A AÇÃO DO PROFESSOR REFLEXIVO NO ENSINO RELIGIOSO: AUTONOMIA E IDENTIDADE DOMINGUES, GLEYDS SILVA - FACEL [email protected] Eixo Temático: Ensino Religioso Agência Financiadora: CAPES Resumo Este artigo tem por proposta apresentar a temática relacionada à autonomia e à construção identitária constituída na pessoa do professor reflexivo situado no campo do Ensino Religioso. Para tal ação, busca-se analisar a partir dos estudos de Brzezinski (2002); Contreras (1997); Pimenta e Anastasiou (2010); Nóvoa (1992); Schön (1992) e Zeichner (1992) como esses processos - autonomia e identidade – são constituídos no fazer profissional e o que expressam para a existência do “eu professor”. A observação da prática docente no Ensino Religioso efetivada no âmbito de Escolas Municipais de Curitiba oportuniza tecer leituras de como essa área do conhecimento é percebida pelos docentes e como a autonomia e a identidade, do “eu professor”, se revelam e são materializadas a partir de valorações morais, que aos olhos desse profissional são significadas no processo de ensino e aprendizagem. Isso implica em dizer que a investigação sobre o objeto de estudo do Ensino Religioso não é evidenciado e que as condições de exercício da docência precisam ser revisitadas, a fim de que o fazer profissional ganhe um novo sentido. O sentido da reflexão sobre a prática efetivada. É no âmbito da reflexividade que a prática é transformada, visto que há uma aproximação da realidade e dos sujeitos que estão envolvidos na ação docente. Essa constatação permite afirmar que a prática reflexiva é situada historicamente e como tal é instituída de intencionalidade política e social. Palavras-chave: Autonomia. Construção Identitária. Professor Reflexivo. Introdução Uma das propostas revisitadas no contexto da prática docente é a que diz respeito à ação reflexiva e como essa se revela e se corporifica nos modos de ser, dizer e fazer dos professores. Falar em reflexividade é admitir a existência de uma prática pensada que busca encontrar sentidos nas formas como o processo educativo se evidencia no contexto chamado escola. 10839 Não é à toa que a ação do professor reflexivo requer dele posturas e posicionamentos que expressem sua identidade docente, Afinal, é ela a marca materializada na profissionalidade assumida, à medida que evidencia concepções que estão presentes na constituição e na construção de sua prática pedagógica. A ação reflexiva do professor frente ao seu trabalho docente remete à autonomia legitimada e consolidada que busca nos discursos produzidos a representação dos papeis que entram em jogo no ato de fazer e acontecer a educação. O agir reflexivo torna-se uma prática emancipatória que requer do professor uma visão comprometida com a reconstrução social. Isso porque ele se torna um protagonista de sua ação, pois assume o processo de autoria que permite a construção de novos saberes, os quais se farão presentes no ato de ensinar. Ao transpor a concepção do professor reflexivo para o Ensino Religioso percebe-se que seu papel requer abertura para o diálogo e, acima de tudo, a aceitação do outro. Esse outro é percebido e sentido com toda a gama de discursos construídos, aceitos e representados na esfera social. O processo de ensinar não pode ser instituído de uma forma padronizada e linear, que se justifica por si só, antes deve ser percebido no campo de conflito e de contradição, por isso é marcado de intencionalidade e força ideológica que podem ser usadas tanto para perpetuar e/ou transformar a realidade. A reflexividade não é um ato simples da prática docente, isso porque o próprio ato revela o modo como o pensamento é projetado e concretizado no trabalho educativo. Quando se pensa em ação reflexiva, deve-se fazer a correlação possível entre os sujeitos em cena, a partir de suas leituras e percepções sobre a vida e, principalmente, como esses apreendem os objetos e os sentidos atribuídos no ato de significação e desvelamento do desconhecido. A ideia de professor reflexivo não pode ser decantada a partir de uma visão romantizada, ou mesmo partidarista. Ao contrário, busca-se encontrar possibilidades de pensar o pensado, do ir ao encontro das incertezas e de compartilhar com o outro angústias, medos e desafios que se apresentarão no fazer profissional. Assim, o objetivo deste estudo é discutir o processo de constituição da identidade e da autonomia a partir da compreensão do conceito de professor reflexivo que busca na racionalidade prática sua defesa e sua legitimação. 10840 As Racionalidades e o Trabalho Educativo Antes de se falar em ação reflexiva é preciso delinear as racionalidades que se fazem presentes na prática dos professores, uma vez que são elas que darão corpo e forma aos modos como o processo de ensino e aprendizagem é constituído no ambiente formal de educação. O estudo sobre as racionalidades do ato educativo possibilita traçar sinais identificadores das práticas e também dos discursos e das representações que se estabelecem entre professores, alunos e processo educativo. Esses discursos e representações legitimam o fazer profissional docente e é nele que se pode perceber a presença de uma identidade. Essa identidade torna-se reveladora do jeito de ser de cada docente e da forma como ele assume sua ação educativa. Diante disso, é preciso elucidar que a prática profissional não mais pode ser percebida como uma fórmula que contém respostas prontas e acabadas para as situações cotidianas que envolvem o ensino e a aprendizagem. Não se trata de criar padronizações técnicas, pois o processo educativo é complexo e necessita de investigação para que se possa compreender o próprio sentido do trabalho educativo. Pimenta e Anastasiou (2010, p. 13) apontam que “[...] o desenvolvimento profissional dos professores é objetivo de propostas educacionais que valorizam sua formação não mais baseada na racionalidade técnica, que os considera meros executores de decisões alheias”. A racionalidade técnica é um modelo que retira do sujeito, professor, sua capacidade de refletir sobre a ação desenvolvida, à medida que robotiza o processo de ensino e de aprendizagem e o limita a um jogo aplicacionista de técnicas pensadas e projetadas por outro, o que retira do docente o seu papel de autor e protagonista de sua própria prática educativa. O que importa, na formação docente, não é a repetição mecânica do gesto, este ou aquele, mas a compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, do desejo, da insegurança a ser superada pela segurança, do medo que, ao ser educado, vai gerando coragem. (FREIRE, 1998, p. 45). Pensar a racionalidade técnica é, antes de tudo, situá-la num campo ideológico em que ocorre a coisificação do sujeito e, ao transformá-lo em coisa, é ele esvaziado de pensamento, identidade, vontade, escolha e ação. O processo educativo torna-se mecânico e as relações 10841 entre os sujeitos são estabelecidas dentro de um conjunto bem definido de regras e jogos de poder. Em contraposição à racionalidade técnica surge um novo paradigma que recoloca o professor como autor e sujeito da sua ação. Esse novo olhar não ocorre de forma passiva e mágica, antes é estabelecido em zona de resistência, uma vez que o fazer deixa de ter um caráter meramente técnico e assume a natureza da reflexão em ação. Ao assumir o paradigma da racionalidade prática como aquele que oportuniza ao professor pesquisador realizar a sua tarefa educativa de forma crítica e reflexiva, faz-se necessário encontrar um caminho para que esta finalidade se materialize na sua ação docente. A racionalidade prática aponta para a necessidade de reposicionamento docente, uma vez que a ação educativa é ressignificada no próprio processo de refletir sobre os saberes construídos nas relações e como esses são incorporados pelos sujeitos aprendentes. A ação reflexiva é um processo que implica mais do que a busca de soluções lógicas e racionais para os problemas; envolve intuição, emoção; não é um conjunto de técnicas que possa ser empacotado e ensinado aos professores. A busca do professor reflexivo é a busca do equilíbrio entre a reflexão e a rotina, entre o ato e o pensamento. (GERALDI et al, 1998, p.248) Esse olhar para dentro das práticas ressignificadas pelos docentes torna-se o ponto de partida da reflexão, visto que é na ação refletida que se buscam os entendimentos sobre as situações de ensino e aprendizagem construídas e é nesse caminho que possibilidades se apresentam, no sentido da inovação das próprias práticas assumidas. “A compreensão é um dos elementos constitutivos do processo de conhecimento e tem sua validade na inter-relação com as explicações teórica e historicamente sustentadas” (PIMENTA e ANASTASIOU, 2010, p. 50). Situar-se frente às racionalidades exige do profissional docente posicionamento político e ideológico, por isso não é uma decisão neutra, descomprometida e inconsequente, antes podem-se vislumbrar as repercussões da escolha assumida no contexto educacional, espaço de consolidação e de legitimação dessas mesmas práticas. 10842 Identidade e Autonomia no Fazer Profissional No caminho para o entendimento sobre identidade e autonomia faz-se necessário delinear o conceito norteador que respalda esses processos, visto que sua presença no contexto das práticas docentes implica em posicionamentos de cunho político e social diante das problemáticas advindas da realidade. O posicionamento político e social torna-se uma ação responsável, uma vez que “autonomia, responsabilidade e capacitação são características tradicionalmente associadas a valores profissionais que devem ser inevitáveis à formação docente” (CONTRERAS, 1997, p. 49). Nesse entendimento, a autonomia é percebida como presença marcante no ser professor, à medida que lhe confere o direito de dizer, agir e decidir sobre sua ação. Essa ação não pode ser destituída de reflexão, pois é situada num espaço histórico e ideológico e por isso se apresenta como voz a ser exercida no fazer educação. No ato de situar-se, o professor e a professora demonstram em suas práticas as concepções que norteiam a forma como dizem o mundo. Eles revelam valores, crenças e representações que fazem parte de sua identidade e do modo como tecem leituras sobre suas práticas. Essas leituras são corporificadas no ato de ensinar e se apresentam nas relações mantidas entre o objeto do conhecimento, o sujeito aprendente e a realidade circundante. Nessa interação expressam-se os quefazeres dos professores que assumem diferentes posturas, conforme a interpretação e o significado que os mesmos atribuem aos contextos em que suas práticas são situadas. As relações mantidas possibilitam ao professor “assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva, porque capaz de amar” (FREIRE, 1998, p. 41). No processo de interpretação e de significação surge a consciência moral refletida diretamente na prática docente, á medida que sinaliza sobre os valores educativos desenvolvidos e realizados e que se objetivam nas situações de ensino e de aprendizagem, com vistas à melhoria da prática. Como afirma Contreras (1997, p. 58), 10843 [...] somente reconhecendo sua capacidade reflexiva e de elaboração do conhecimento profissional em relação ao conteúdo de sua profissão, como sobre os contextos que condicionam sua prática e que vão além da sala de aula, podem os professores desenvolver sua competência profissional. Esse entendimento aponta para a relevância da reflexão que em ação tenta descortinar novas possibilidades que se configuram no desenvolvimento profissional “O futuro professor, assim, qualifica-se para estabelecer com autonomia o diálogo cultural, então entre esses diferentes mundos, pois é por meio dele que produz seu trabalho docente e constrói sua identidade profissional”. (FIORENTINI, 2004, p.256). Com relação à identidade é preciso dizer que esta não e acabada e pronta, antes se encontra em constante processo de transformação. Isso porque, “a identidade não é um dado adquirido, não é uma propriedade, não é um produto. A identidade é um lugar de lutas e conflitos, é um espaço de construção de maneiras de ser e estar na profissão”. (NÓVOA, 1995, p. 34) A identidade se legitima na trajetória docente percorrida como um quadro em composição advindo de três situações: formação inicial, desenvolvimento profissional e prática exercida no âmbito institucional e são elas que se legitimarão o fazer profissional. Pimenta e Anastasiou (2010, p. 113) ressaltam: Na construção da identidade docente busca-se reelaborar saberes inicialmente tomados como verdades, em confronto com as descrições das práticas cotidianas que se tornam auxiliares nesse processo e em relação à teoria didática. Esse método de descrever as práticas cotidianas configura um processo essencialmente reflexivo. É no ato de reflexão que o profissional professor dialoga com a diversidade e com um padrão de verdade legitimado socialmente, mas que se contradiz quando exposto na realidade, na medida em que se distancia dos sentidos produzidos nas interações sociais. Ainda Domingues (2007, p. 23) afirma: Esta identidade é construída num contexto marcado por contradições e ideologias, que ora demarcam o distanciamento existente entre formação, prática educativa e realidade, ora agem contrariamente. Isso porque a identidade do professor não se restringe apenas às questões relacionadas à aquisição de competências e habilidades, mas também ao modo de pensar e agir no mundo e sobre o mundo, à medida que concepções que subjazem seu trabalho são tecidas, contempladas na prática em constante relação. 10844 A construção da identidade torna-se um desafio à profissionalidade docente, pois no ato de ser professor há momentos marcados pelas incertezas, dúvidas, inconsistências e tensões e que por isso reclamam a necessidade do agir criativo na busca de respostas e soluções para as problemáticas encontradas. Para Brzezinski (2002, p. 15) a identidade do professor revela-se no profissional que é “dotado de competência para produzir conhecimento sobre seu trabalho, de tomar decisão em favor da qualidade cognitiva das aprendizagens escolares e, fundamentalmente, de atuar no processo constitutivo da cidadania do ‘aprendente’, seja ele criança, jovem ou adulto”. Instaura-se, assim, uma prática que busca na dinâmica da profissão ser complementada, a partir da adesão que envolve princípios e valores, da ação que se apresenta como uma escolha pessoal e da autoconsciência que envolve o processo de reflexão do professor sobre sua ação (PIMENTA, ANASTASIOU, 2010). Mais uma vez a reflexão encontra seu espaço e seu lugar no fazer profissional, pois é um ato que envolve o pensamento em ação para que os entendimentos, as situações e a prática possam ser alvos constantes da melhoria do processo de ensino e aprendizagem. A Prática do Professor Reflexivo no Ensino Religioso No Ensino Religioso por se tratar de uma área em que a tessitura de redes de diálogo deve nortear o centro do processo de ensino e aprendizagem, há nesse espaço uma riqueza de fontes a serem consideradas como alvo de confrontos e tensões que demandam a presença e a ação responsável do professor reflexivo. Atentar para a natureza do trabalho educativo do professor reflexivo no Ensino Religioso é contemplar a diversidade, a qual se distancia substancialmente de conteúdos fechados em ritos de moralidade e valor. Isso porque não há de se falar “em práticas prontas e acabadas, mas práticas construídas de acordo com as demandas, carências e necessidades que são postas socialmente” (PEREIRA e MARTINS, 2002, p. 121). Essa afirmação revela que as práticas são situadas e, por serem situadas, elas irão refletir a vida social. Ao observar a prática educativa que se insere nas escolas públicas municipais pertencentes à Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, no que se refere ao Ensino Religioso, o quadro encontrado é de uma ação distanciada do fenômeno religioso, uma vez que muitas atividades pedagógicas que são efetivadas são construídas em cima de propostas 10845 temáticas referenciadas a atitudes e a comportamentos que carregam dentro de si uma carga de sentido de efeito moralizante. Os projetos desenvolvidos, em sua grande maioria, pelos professores versam sobre as temáticas de violência, amor, solidariedade, responsabilidade social, desenvolvimento sustentável, respeito ao próximo e valorização da vida. Não que essas temáticas não tenham grau de relevância, mas que são pensadas distanciadas do objeto de estudo do Ensino Religioso e, por isso, soam com um forte apelo aos valores morais e éticos. Na pele do professor reflexivo essas questões devem ser fruto de inquietações e, tornam-se canais de articulação para um novo reposicionamento frente às problemáticas levantadas num determinado contexto social e que, muitas vezes, versam sobre crenças que se perpetuam culturalmente. Ao se posicionar política e historicamente, o professor reflexivo confere novos jeitos de trabalhar o Ensino Religioso, à medida que permite o ato de se descobrir diante do inusitado, do inesperado, do impensável e do não crido. Nesse gesto de abertura para o diferente há a proposição da autonomia, que confere voz e vez aos sujeitos que estão diretamente envolvidos nas práticas cotidianas, pois o que se fala é de vida e não de suposições. A identidade do professor é representada quando acontece a exposição de si mesmo para o outro. Esse outro não é visto na condição de submissão a uma verdade imposta, antes é o fator que provoca e desestabiliza as certezas e por isso abre um espaço para a interlocução entre iguais e diferentes sobre o sentido das verdades construídas social e historicamente. Considerações Finais A ação do professor reflexivo é situada histórica, social e politicamente e, por isso, as representações se expressam no cotidiano do seu fazer profissional, espaço de significação e legitimação do trabalho docente. A intencionalidade do fazer profissional é decorrente da construção identitária delineada no processo de formação e de desenvolvimento profissional. Isso porque, não se pode esvaziar a identidade do “eu” pessoa e professor, antes é mesclada nos jeitos incorporados da práxis docente. A práxis, enquanto espaço de reflexão e ação, é ressignificada pelo professor reflexivo nas leituras que tece sobre o contexto no qual se insere sua prática profissional. 10846 A reflexão torna-se uma ferramenta imprescindível para a conquista da autonomia, uma vez que abre novos espaços de diálogos e de interações com a diversidade. Pensar na ação do professor reflexivo é posicioná-lo frente às incertezas geradas, sendo elas que mobilizam para o desejo de transformação. O diálogo e a interação despontam como uma alternativa indispensável à reflexão, uma vez que é no encontro com o outro que são abertas possibilidades frente ao então desconhecido. E é nesse ato de interlocução que as práticas são ressignificadas pelos sujeitos envolvidos no processo educativo. A ação do professor reflexivo no Ensino Religioso, ainda, requer desse profissional a atitude de abrir-se à discussão e à crítica frente ao objeto de estudo em questão, o qual deve ser reposicionado nos discursos, nas representações e nos fazeres dos diferentes grupos sociais presentes em seu fazer educativo. REFERÊNCIAS BRZEZINSKI, I. (org.). Profissão Professor: identidade e profissionalização docente. Brasília: Plano Editora, 2002. CONTRERAS, J. D. La autonomía del professorado. Madrid: Edições Morata, 1997. DOMINGUES, G. S. Concepções de investigação-ação na formação inicial de professores. 2007, 135 p. (Dissertação de Mestrado). Programa de Pós Graduação (stricto sensu) em Educação, Universidade Metodista de Piracicaba - SP, 2007. FIORENTINI, D. A Didática e a Prática de Ensino Mediadas pela Investigação sobre a Prática. In: Conhecimento Local e Conhecimento Universal: Pesquisa, Didática e Ação Docente, vol 1, Curitiba: Champagnat, 2004). FREIRE, P. 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