Energia: Zorrinho exorta empresas a exportarem soluções para as renováveis
Viseu, 10 fev (Lusa) – O secretário de Estado da Energia e da Inovação, Carlos Zorrinho,
exortou hoje as empresas portuguesas a exportarem para todo o mundo as suas soluções para
as energias renováveis.
Em declarações aos jornalistas em Viseu, onde hoje participou na cerimónia de abertura da
Enervida – Feira e Conferência de Energias Renováveis e Eficiência Energética, Carlos
Zorrinho considerou que Portugal já atingiu “grandes objetivos” nesta área.
“Produzimos 53 por cento de toda a nossa eletricidade a partir de energias renováveis e o
nosso objetivo é chegar a 60 por cento muito rapidamente”, frisou.
No entanto, o secretário de Estado defendeu ser necessário que, aproveitando “essa
experiência e esse valor acrescentado”, as empresas “tenham também soluções para todo o
mundo” e as exportem.
“Sabemos hoje que a economia portuguesa, para enfrentar as dificuldades que está a passar,
tem de apostar muito no aumento das exportações e na substituição de importações”, lembrou,
frisando que as importações de combustíveis fósseis “são muito responsáveis pelo défice”.
Carlos Zorrinho lembrou que Portugal tem empresas “verdadeiramente globais”, apontando um
exemplo do distrito de Viseu, a Martifer, que tem “81 por cento do seu fundo de negócios fora
de Portugal”.
Na sua opinião, as empresas portuguesas “cada vez mais vão ter de ter essa perspetiva:
serem fortemente enraizadas no plano local, mas com uma ambição global muito forte”.
Considerou que Portugal deve apostar primeiro nas tecnologias maduras (como a eólica
tradicional ou a hídrica), para que possam ser produzidas energias renováveis “de uma forma
sustentável, com preços que possam ser pagos e que não criem problemas de competitividade
à indústria”.
No entanto, estão também a ser feitas apostas “em tecnologias que ainda não estão no ponto
de maturidade”, explicou, aludindo à solar e também à eólica “offshore”.
No que respeita ao último caso, reafirmou que no próximo verão deverá ser colocada a
primeira plataforma eólica flutuante no mar.
“Até 2020 imaginamos ter uma parte significativa do aumento da capacidade eólica feita
‘offshore’, mas ainda não estamos neste momento, do ponto de vista tecnológico, no ponto de
a poder instalar de forma alargada”, admitiu.
A Enervida decorre até domingo, em Viseu. O distrito é um dos líderes nacionais na área das
energias renováveis e eficiência energética sendo que, no que respeita às energias eólica e
hídrica, está no primeiro e segundo lugar do “ranking” nacional, respetivamente.
AMF
Lusa/fim
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