06/11/2015
RS: Rede Leite discute soluções para fortalecer escolas do campo durante seminário em Ijuí ­ Página Rural
Quinta­feira, 05 de novembro de 2015 ­ 14h18m
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RS: Rede Leite discute soluções para fortalecer escolas do campo
durante seminário em Ijuí
Ijuí/RS
Com o objetivo de fortalecer as escolas do campo, professores e integrantes da Rede Leite ­ Programa
em Rede de Pesquisa­desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira no Noroeste do
Rio Grande do Sul ­, apresentaram propostas, nesta quarta­feira (04), em Ijuí, durante o Seminário
Regional das Escolas do Campo da 4ª Região. O Seminário, que é promovido pelo Governo do Estado,
deve manter em Ijuí a presença de professores de diversas cidades gaúchas até hoje (05). Ao final do
encontro, um documento contendo as principais reflexões elaboradas durante o evento deverá ser
entregue ao secretário estadual de Educação, Vieira da Cunha.
Nesta quarta­feira, duas perguntas lançadas pelo Grupo Temático Social da Rede Leite orientaram o
debate durante a oficina Juventude Rural: perspectivas de inclusão social produtiva: quem são os jovens?
Que escola do campo temos hoje?
De acordo com a professora da Universidade de Cruz Alta (Unicruz), pedagoga Rosane Felix, a escola
do campo "não é uma escola para, por ou com, mas do campo, com vínculos de pertencimento". A ligação com a sua realidade, segundo Rosane, é o que
define a identidade de uma escola.
Para tentar compreender melhor o "fenômeno juventude rural", o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, sociólogo Jorge SantAnna, apresentou uma
pesquisa conduzida pelo sociólogo Ricardo Abramovay, sobre sucessão profissional na agricultura familiar do oeste de Santa Catarina. Esses estudos se
somam aos que o sociólogo da Embrapa tem feito sobre juventude rural no Rio Grande do Sul e apontam para as principais queixas dos jovens. Entre
elas, falta de capital para adquirir máquinas e implementos agrícolas, falta de capacitação e informação sobre gerenciamento da propriedade, falta de
remuneração pelo trabalho realizado no campo e autoritarismo dos pais.
O extensionista da Emater/RS­Ascar, Abel Toquetto, trouxe ao debate o tema das políticas públicas. Algumas políticas bem­intencionadas como o Pronaf
Jovem, por exemplo, não garantem, na prática que o jovem poderá acessá­las. "Precisamos pensar um pouco se o jovem pode ser capaz de pensar sobre
sua política pública ou se alguém tem que pensar por ele", disse Toquetto.
O extensionista da Emater/RS­Ascar defendeu a autonomia e a capacidade de agência dos jovens. "Temos que ouvir os jovens, que educação eles
querem? É essa mesma educação que nós queremos pra eles?", questionou Toquetto.
Diagnóstico
Ao final da oficina, foi traçado um "retrato" aproximado do que pode vir a caracterizar a escola rural: é uma escola que depende fundamentalmente do
transporte escolar; é chamada de rural porque está localizada no território rural, todavia, nem sempre valoriza as coisas do campo; não está conseguindo
oferecer um projeto de vida aos jovens; absorve os reflexos de uma crise que não é apenas econômica, mas principalmente familiar. Paira sobre as
escolas do meio rural o temor de alguns professores, que elas sejam fechadas.
Rede Leite
Fazem parte da Rede Leite, Emater/RS­Ascar, Embrapa, Unijuí, Unicruz, Instituto Federal Farroupilha campus Santo Augusto, Ufsm, Fepagro,
Cooperfamiliar e Rede Dalacto.
Fonte: Emater/RS E­mail Twitter Orkut Facebook Entrar
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