DIÓXIDO DE CLORO NO TRATAMENTO DE ÁGUA Dra. ANGELA DI BERNARDO DANTAS PROF. UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO - UNAERP RESPONSÁ RESPONS ÁVEL TÉ TÉCNICA DA HIDROSAN ENGENHARIA Dr. LUIZ DI BERNARDO PROF. TITULAR DA ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS – USP DIRETOR DA HIDROSAN ENGENHARIA Dra. CRISTINA PASCHOALATO PROF. UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO – UNAERP COLABORADORA INTRODUÇÃO Principais oxidantes e desinfetantes usados no tratamento de água: § Cloro § Di Dió óxido de cloro § Ozônio QUALIDADE § Ultravioleta § Cloraminas § Permanganato de Potá Potássio § Ácido Peracé Peracético DA Á GUA OXIDANTE BRUTA BRUTA OXIDANTES USADOS NO TRATAMENTO DE ÁGUA SELECIONADO COMUNIDADE § Per Peró óxido de Hidrogênio § Combinados (O3 + UV; O3 + H2O2, etc) $$$$$ Instalação e Operação no período de projeto ENSAIOS EM BANCADA OU EM INSTALAÇÃO PILOTO PARA DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA E CUSTOS ENVOLVIDOS PROPRIEDADES DO DIÓXIDO DE CLORO § Dióxido de Cloro é um oxidante e desinfetante universal e amplamente difundido para diversas aplicações. § Desde 1944 usado como oxidante no tratamento de água. § O dióxido de cloro funciona como um oxidante seletivo devido ao seu mecanismo de transferência de um único elétron, sendo reduzido a clorito ClO2-. § Alta reatividade para oxidação e desinfecção: ClO2 + e- ž •O ClO2- (Clorito) Cl O E0 = 0.95 V O Cl § Solúvel em água - capaz de penetrar em membranas celulares - capaz de inativar microorganismos e remover biofilmes O• PROPRIEDADES DO DIÓXIDO DE CLORO § Reatividade independe do pH: ao contrário do gás cloro que sofre hidrólise na água, o dióxido de cloro não hidrolisa mesmo em concentrações relativamente altas, permanecendo como gás dissolvido na água. § Baixa taxa de decomposição na água: é relativamente estável em soluções diluídas em tanques fechados, sem a presença de luz. PROPRIEDADES DO DIÓXIDO DE CLORO Principais mecanismos de inativação de microrganismos: n Reação com a membrana celular com aumento da permeabilidade e conseqüentes danos fisiológicos; n Interferência na biossíntese e no crescimento, principalmente pelo prejuízo à síntese das proteínas. O ClO2 reage rapidamente com os aminoácidos cisteína, triptofan e tirosina, mas não com o RNA dos vírus. GERAÇÃO DO DIÓXIDO DE CLORO n Método de Geração de Dióxido de Cloro a partir de Clorito de Sódio e de Ácido Hipocloroso n Método de Geração de Dióxido de Cloro a partir de Clorito de Sódio e de Gás Cloro n Método de Geração de Dióxido de Cloro a partir de Clorito de Sódio e de Ácido Hidroclórico n Método de Geração de Dióxido de Cloro a partir de Clorato de Sódio, Peróxido de Hidrogênio e de Ácido Sulfúrico n Método de Geração de Dióxido de Cloro a partir de Clorato de Sódio e de Ácido Hidroclórico n Dióxido de cloro estabilizado em solução aquosa - Uso em pequenas ETAs VANTAGENS E BENEFÍCIOS DO DI ÓXIDO DE CLORO Principais Vantagens e Desvantagens dos Oxidantes usados no Tratamento de Água Oxidante Vantagens Desvantagens Cloro Oxidante moderado; sistema de dosagem relativamente simples; residual persistente. Forma compostos organo-halogenados quando a água possui precursores; problemas de sabor e odor; influência do pH na formação de espécies de cloro Ozônio Oxidante poderoso; geralmente forma quantidades pequenas de compostos organo-halogenados; não apresenta problemas de odor e sabor; pequena influência do pH; ajudante de coagulação Pequena meia-vida; geração no local da ETA; consumo excessivo de energia elétrica; produz alguns compostos biodegradáveis; complexa geração e medição de residuais nos meios gasoso e líquido; corrosivo Dióxido de Cloro Oxidante poderoso; residual relativamente persistente; geralmente forma quantidades pequenas de compostos organo-halogenados; não há influência do pH Formação de alguns compostos organo-halogenados (diferentes dos trialometanos); possíveis subprodutos (clorito e clorato); Geração no local* Permanganato de Potássio Fácil de aplicar na água; não forma trialometanos; Oxidante moderado; confere cor (rosa) à água; pequena ação desinfetante Fonte: adaptada de (AWWA, 1991, 1999) VANTAGENS E BENEFÍCIOS DO DIÓXIDO DE CLORO PATOGÊNICOS Aplicação do dióxido de cloro na préoxidação de águas que tenham confirmada a presença de alguns organismos patogênicos. Ameba Rotavírus A ação do cloro é relativamente baixa na inativação de protozoários. Criptosporidio Giardia VANTAGENS E BENEFÍCIOS DO DIÓXIDO DE CLORO PATOGÊNICOS Valores de CxT (dosagem x tempo de contato) de diferentes desinfetantes para inativação de microrganismos Microrganismo Escherichia coli Poliovírus 1 Cloro Livre Cloramina (pH de 6 a 7) (pH de 8 a 9) 0,034 a 0,05 95 a 180 Exemplo: 1,1 aPara 2,5 T = 10768 mina 3740 Dióxido de Cloro (pH de 6 a 7) Ozônio (pH de 6 a 7) 0,4 a 0,75 0,02 0,2 a 6,7 0,1 a 0,2 Rotavírus 0,01 a 6476C = 7200,2 a 2,1 0,006 a 0,06 Cloro: C xaT0,05 = 7200, 3806 resultando mg/L a a Cisto de Giardia lamblia Dióxido 47 de a 150 Cloro: C x T 2200 = 78, resultando C26 = 7,8 mg/L 0,5 a 0,6 Cisto de Giardia muris Crypstosporidium parvum 30 a 630 1400 7,2 a 18,5 1,8 a 2,0 7200b 7200c 78d 5 a 10e a : inativação de 99,9 %; b : inativação de 99 %; c: inativação de 90 % ; d : inativação de 90 %; e: inativação de 99 % (T = 25 0C); C: dosagem do desinfetante (mg/L); T: tempo de contato (min) Fonte: Craun (1996) VANTAGENS E BENEFÍCIOS DO DIÓXIDO DE CLORO PATOGÊNICOS Valores de CT para Inativação de Cistos de giardia CLORO DIÓXIDO DE CLORO Fonte: USEPA (1999) VANTAGENS E BENEFÍCIOS DO DIÓXIDO DE CLORO PATOGÊNICOS – Remoção de Biofilme n coberturas de slime de microrganismos e compostos extracelulares em tubulações e tanques n muitos germes patogênicos como E. coli ou Legionella vivem em biofilmes n biofilmes são extremamente resistentes n dióxido de cloro e ozônio são desinfetantes aplicáveis, capazes de destruir e remover biofilmes em tanques e tubulações de água potável VANTAGENS E BENEFÍCIOS DO DIÓXIDO DE CLORO REAÇÃO COM SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS § A oxidação de Ferro (Fe2+) e Manganês (Mn2+) a Fe3+ e Mn4+ com o dióxido de cloro, ocorre de acordo com: 1 mg Ferro consome 1,2 mg ClO2 1 mg Mangânes consome 2,5 mg ClO2 Águas contendo Fe e Mn complexados com a matéria orgânica requerem a pré-oxidação para liberação dos metais visando posterior oxidação para obtenção dos precipitados. CLORO NESTE CASO FORMA SUBPRODUTOS! VANTAGENS E BENEFÍCIOS DO DIÓXIDO DE CLORO FORMAÇÃO DE SUBPRODUTOS Compostos orgânicos precursores Sub-produtos da desinfecção n Oxidação n n n n DIÓXIDO DE CLORO Principais SOH quando Trialometanos Ácidos haloacé haloacéticos Haloacetonitrilas Haloacetonas Tricloroacetaldeíídos Tricloroacetalde usado o cloro: Portaria 518: 0,1 mg/L de TTHM FORMA QUANTIDADES MENORES DE SUBPRODUTOS ORGÂNICOS HALOGENADOS REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO FORMAÇÃO DE SUBPRODUTOS Pré-oxida Pré oxidaç ção com dió di óxido de cloro Pré Pr é-oxida oxidaç ção com cloro Dos = 5 mg/L 100 Concentração de subprodutos (ug/L) Concentração de subprodutos(ug/L) 100 Dos = 3,5 mg/L TAMs 90 CH 80 HANs 70 HKs AHAs 60 50 40 30 20 10 0 90 TAM 80 CH 70 HAN 60 HK 50 AHA 40 30 20 10 0 0 6 12 Tempo de contato (h) 18 24 0 6 12 18 Tempo de contato (h) Concentração de Subprodutos na Água com Substâncias Húmicas Após Pré-oxidação, Coagulação com Sulfato de Alumínio, Filtração em Filtro de Papel Whatman 40 e Pós-Cloração com 5 mg Cl2/L em Função do Tempo de Contato de Pós-Cloração a 25°C (TAMs:trialometanos; CH: cloral hidrato ou tricloroacetaldeído; HANs: haloacetonitrilas; HKs: haloacetonas; AHAs: ácidos haloacéticos) Fonte: Paschoalato (2005) 24 REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO REMOÇÃO DE COR E FORMAÇÃO DE SUBPRODUTOS INFLUÊNCIA DA PRÉ-OXIDAÇÃO COM CLORO E DIÓXIDO DE CLORO DE ÁGUA CONTENDO SUBSTÂNCIAS HÚMICAS AQUÁTICAS NA COAGULAÇÃO-FILTRAÇÃO E NA FORMAÇÃO DE SUBPRODUTOS ORGÂNICOS HALOGENADOS Ensaios de filtração direta em jarteste e filtros Whatman 40 foram realizados utilizando-se o sulfato de alumínio como coagulante e o cloro ou o dióxido de cloro como pré-oxidantes. A água bruta foi coletada no Rio Itapanhaú (Bertioga/SP). Ácido Fúlvico Ácido Húmico 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 < 0,45µm No dia da coleta: Cor verdadeira = 190 uH COD = 17,5 mg C/L < 0,45µm – 100 KDa 100 – 30 KDa 30 – 10 KDa 10 – 5 KDa < 5 KDa Porcentagem de AH e AF nas diferentes frações das SHA Fonte: Sloboda (2007) REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO REMOÇÃO DE COR E FORMAÇÃO DE SUBPRODUTOS Condições de Coagulação fixadas para os ensaios sem e com a pr éoxidação com cloro e dióxido de cloro Ensaio de Coagulação , filtração e póscloração Ensaio de préoxidação com cloro, coagulação, filtração e póscloração Ensaio de préoxidação com dióxido de cloro, coagulação, filtração e póscloração 5,0 20,0 5,0 5,0 - - 8,0 130 130 150 Dosagem de Alcalinizante (mg NaOH/L) - - 26,0 Dosagem de Acidificante (mg H2SO4 /L) - 3,0 - 5,12 4,92 5,93 8 5 10 Fonte: Montanha (2007) Dosagem de Cloro na Pré-oxidação (mg Cl2/L) Dosagem de Cloro na Pós-cloração (mg Cl2/L) Dosagem de Dióxido de Cloro na Pré-oxidação (mg ClO2/L ) Dosagem de Sulfato de Alum ínio (mg/L produto comercial) pH de coagulação Cor aparente da água filtrada (uH) REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO REMOÇÃO DE COR E FORMAÇÃO DE SUBPRODUTOS Limite máximo permitido pela USEPA para AHA = 0,060 mg/L. Concentração de SHO (µg/L) 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 THM TCA HP HAN HK AHA Ensaio de coagulação, filtração e pós-cloração 8,4 0,1 0,1 0,1 0,1 21,8 Ensaio de pré-oxidação com cloro, coagulação, filtração e pós-cloração 15,4 23,7 0,4 12,8 21,9 138,7 Ensaio de pré-oxidação com dióxido de cloro, coagulação, filtração e pós-cloração 7,9 0,0 0,0 0,0 3,6 11,3 Subprodutos Concentração dos SHO na água tratada 30 min após a pós-cloração Fonte: Montanha (2007) REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO REMOÇÃO DE COR E FORMAÇÃO DE SUBPRODUTOS Limite máximo permitido pela USEPA para AHA = 0,060 mg/L. Concentração de SHO (µg/L) 250,0 200,0 150,0 100,0 50,0 0,0 THM TCA HP HAN HK AHA Ensaio de coagulação, filtração e pós-cloração 12,8 3,2 0,5 3,8 6,2 29,0 Ensaio de pré-oxidação com cloro, coagulação, filtração e pós-cloração 22,8 35,4 1,1 20,7 36,4 248,1 Ensaio de pré-oxidação com dióxido de cloro, coagulação, filtração e pós-cloração 10,5 3,6 0,0 2,6 9,2 111,4 Subprodutos Concentração dos SHO na água tratada 24h após a pós-cloração Fonte: Montanha (2006) REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO PRÉ-OXIDA ÇÃO DE ÁGUA CONTAMINADA COM HERBICIDA O cultivo da cana-de-açúcar exige o uso de grande quantidade de herbicidas, como a ametrina, diuron, tebutiuron e hexazinona, que, por exibirem alto potencial de lixiviação, oferecem risco de contaminação das águas subterrâneas e superficiais Atualmente, o principal herbicida utilizado na cultura da cana de açúcar é o VELPAR K® GRDA CH3 (CH3)2N Composição: Diuron 468 g/kg Hezaxinona 132 g/kg Cl NHCON(CH3)2 Cl Diuron N N O N O Hexazinona Classe: Herbicida Seletivo (controle seletivo de ervas daninhas na cultura de cana-de-açúcar) Fonte: PROSAB, UNAERP (2008) REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO PRÉ-OXIDA ÇÃO DE ÁGUA CONTAMINADA COM HERBICIDA 1,00 Adsorção em CAG Água de estudo = água de poço profundo + 50 mg/L do produto comercial contendo os herbicidas diuron (23,4 mg/L) e hexazinona (6,6 mg/L). Pré-oxidação com cloro e adsorção em CAG Pré-oxidação com dióxido de cloro e adsorção em CAG ENSAIOS EM INSTALAÇÃO PILOTO: CÂMARA DE PRÉ-OXIDAÇÃO COM TEMPO DA ORDEM DE 30 MIN E ADSORÇÃO EM FILTRO DE CAG 0,50 0,25 0,00 0 4 8 12 16 20 24 3,0 32 28 Adsorção em CAG 2,5 -0,25 Pré-oxidação com cloro e adsorção em CAG tempo (h) Pré-oxidação com dióxido de cloro e adsorção em CAG 2,0 Na pré-oxidação ocorreu a formação de subprodutos que provavelmente competiram com os herbicidas na adsorção. hexazinona (mg/L) Diuron (mg/L) 0,75 1,5 1,0 0,5 0,0 0 4 8 12 16 -0,5 -1,0 Fonte: PROSAB, UNAERP (2008) tempo (h) 20 24 28 32 REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO FORMAÇÃO DE SUBPRODUTOS DE ÁGUA CONTAMINADA COM HERBICIDA Dosagem de cloro: 100 mg/L (residual de 3,5 mg/L); Potencial de formação de 7 dias de SOH Concentração de contaminação Velpar = 50 mg/L; Água superficial: rio Pardo Parâmetros Método USEPA 551 (ug/L) Ensaio A - Água deionizada (AD) Ensaio B - Água rio Pardo (ARP) ARP + ARP + Velpar + Cloro Cloro AD AD + Velpar + Cloro Clorofórmio <0,01 1671,15 311,5 1886,87 Tricloro acetonitrila <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 Dicloroacetonitrila <0,01 8,77 <0,01 21,09 Bromodiclorometano <0,01 <0,01 9,56 <0,01 Tricloroacetalde ído <0,01 680,55 156,12 1072,45 1,1-dicloropropanona <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 Cloropicrina <0,01 23,52 1,62 30,27 Dibromoclorometano <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 1,1,1-tricloropropanona <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 Bromocloroacetonitrila <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 Dibromoacetonitrila <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 Bromoformio <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 Fonte: PROSAB, UNAERP (2008) REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO REMOÇ REMO Ç ÃO DE MICROALGAS E CIANOBACTÉ CIANOBACTÉ RIAS - FORMA FORMAÇ ÇÃO DE SUBPRODUTOS Água do açude Gavião (Fortaleza, CE) (90 % de Cylindrospermopsis racirborskii e Plancktotrix aghardii) Fonte: Sales (2006) REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO REMOÇÃO DE CIANOBACT ÉRIAS E FORMAÇÃO DE SUBPRODUTOS ENSAIOS COM A PRÉOXIDAÇÃO Água Bruta: Turbidez de 10 uT e concentração de cianobactérias da ordem de 443 000 cel/mL. CONDIÇÕES DO ENSAIO 1 Concentração de Cianobactérias (cel/mL) 9000 Efluente Filtro Ascendente Efluente Filtro Descendente 8000 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 Coagulação com PAC = 25 mg/L e Polímero cat.=1,0 mg/L Dupla filtração com FA de areia grossa Pós-cloração com 5 mg/L e tc = 24 h) 0 Sem pré-oxidação Cloro 3,0 Permanganato de Potássio Efluente Filtro Ascendente Efluente Filtro Descendente 2,5 Turbidez (uT) DF1: sem pré-oxidante; DF2: 2 mg/L de Cloro na Pré-oxidação; DF3: 1 mg/L de Dióxido de cloro na Pré-oxidação; DF4: 0,25 mg/L de Permanganato de Potássio na Préoxidação Dióxido de Cloro 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 Sem préoxidação Fonte: Sales (2006) Cloro Dióxido de Cloro Permanganato de Potássio REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO Água Bruta: Turbidez de 11 uT e concentração de cianobactérias da ordem de 308 000 cel/mL. CONDIÇÕES DO ENSAIO 2 Coagulação com PAC = 20 mg/L e Polímero cat.=1,0 mg/L Dupla filtração com FA de areia grossa Pós-cloração com 5 mg/L e tc = 24 h) DF1: sem inter-oxidante; DF2: 2 mg/L de Cloro na inter-oxidação; DF3: 1 mg/L de Dióxido de cloro na inter-oxidação; DF4: 0,25 mg/L de Permanganato de Potássio na interoxidação 8000,0 Efluente Filtro Ascendente 7000,0 Efluente Filtro Descendente 6000,0 5000,0 4000,0 3000,0 2000,0 1000,0 0,0 Sem pré-oxidação Cloro Dióxido de Cloro 2,0 Efluente Filtro Ascendente 1,8 Efluente Filtro Descendente Permanganato de Potássio 1,6 Turbidez (uT) ENSAIOS COM A IINTER-OXIDAÇÃO Concentração de cianobactérias (cel/mL) REMOÇÃO DE CIANOBACT ÉRIAS E FORMAÇÃO DE SUBPRODUTOS 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 Sem pré-oxidação Fonte: Sales (2006) Cloro Dióxido de Cloro Permanganato de Potássio REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO REMOÇÃO DE CIANOBACT ÉRIAS E FORMAÇÃO DE SUBPRODUTOS FORMAÇ FORMA ÇÃO DE SUBPRODUTOS ENSAIOS COM PRÉ PRÉ-OXIDA OXIDAÇ ÇÃO – ENSAIOS 1 X Concentração de Subprodutos ( g/L) ENSAIOS COM A INTERINTER-OXIDA OXIDAÇ ÇÃO – ENSAIOS 2 AHA - Ensaios 1 250 TTHM - Ensaios 1 AHA - Ensaios 2 200 TTHM - Ensaios 2 150 100 50 0 Sem pré-oxidação Fonte: Sales (2006) Cloro Dióxido de Cloro Permanganato de Potássio REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO ÁGUA COM CIANOBACT ÉRIAS - FORMAÇÃO DE SUBPRODUTOS 2,7 0,2 1,9 Distribuição do PFSPOs 7 (%) para AE-A Cultura de Microcystis spp. com 1,5 × 107 cel/mL Total THMs Total HANs Total CH Total AHAs 95,0 Potencial de formação de subprodutos 7 dias com o cloro Fonte: Kuroda (2005) Água de estudo 1,2 × 105 cel/mL Total THMs (µg/L) 31,2 Total HANs (µg/L) 2,0 Total CH (µg/L) 1,6 Total HKs (µg/L) 22,7 Total HPs (µg/L) <1,0 Total AHAs (µg/L) 1112,5 REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO ÁGUA COM CIANOBACT ÉRIAS – REMOÇÃO DE MICROCISTINA RESULTADOS COM O CLORO Residual MCs totais ( g/L) aaaa ENSAIOS PARA VERIFICAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DE MICROCISTINAS INTRA E EXTRACELULARES 140 Dosagem Cloro Residual MCs totais (µg/L) para TC = 30 min com CV máxde = 3,2 % = 0,35 mg/L TC=30 min 120 Dosagem de= cloro Residualmin MCs totais (µg/L) para TC = 60 min com CV máx 3,8 % = 1,05 mg/L TC=60 100 80 60 40 20 0 Cloro (mg/L) 0,00 0,50 1,00 2,50 5,00 TC=30 min 131,95 70,05 21,75 7,51 2,44 TC=60 min 131,95 71,44 16,85 4,26 1,02 Fonte: Kuroda (2005) REFERÊNCIAS NO SANEAMENTO REMOÇÃO DE TOXINAS DE CIANOBACT ÉRIAS RESULTADOS COM O DIÓXIDO DE CLORO ENSAIOS PARA VERIFICAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DE MICROCISTINAS INTRA E EXTRACELULARES Residual MCs totais ( g/L) aaaa 140 Dosagem Dióxido Residual MCs totais (µg/L) para TC = 30 min com CV máxde = 3,2 % de Cloro = 0,15 mg/L TC=30 min Residual MCs totais (µg/L) para TC = 60 min com Dosagem CV máxde= Dióxido 3,8 % de cloro = 0,25 mg/L TC=60 min 120 100 80 60 40 20 Dióxido 0 Cloro (mg/L) 0,00 0,25 0,50 1,00 2,00 TC=30 min 131,95 86,934 63,809 83,998 68,349 TC=60 min 131,95 82,770 71,436 57,277 55,343 Fonte: Kuroda (2005) PADRÕES E CRIT ÉRIOS DE POTABILIDADE DIÓXIDO DE CLORO, CLORITO E CLORATO BRASIL Portaria 518 Dioxido de cloro (mg/L) - Clorito (mg/L) 0,2 Clorato (mg/L) - OMS Guidelines for Drinking Water Quality USEPA National Primary Drinking Water Standards. Limita a dosagem de 0,8 dióxido de cloro em torno de 0,3 0,7 1,0 a 0,5 mg/L 0,7 - Health & Safety Commission in Great Britain ALEMANHA Padrão de Potabilidade 0,4 0,5 0,2 0,2 DESVANTAGENS E PROBLEMAS DO USO DO DIÓXIDO DE CLORO Problema: em torno de 50 a 70% do dióxido de cloro aplicado se converte em clorito, o que limita a dosagem máxima de dióxido de cloro em ETA. Componentes Fe2+ Mn2+ INO2Matéria orgânica Equação ClO2 + Fe2+ --> Fe3+ + ClO22 ClO2 + Mn2+ + 2 H2O --> MnO2 + 2 ClO2- + 4 H+ 2 ClO2 + 2 I- --> I2 + 2 ClO 22 ClO2 + NO2- + H2O --> NO3- + 2 ClO 2- + 2 H+ u ClO2 + v RH --> w RO + x RO2 … + y CO2 +z ClO 2- ELIMINA ÇÃO DE CLORITO E CLORATO n Adição de componentes ferrosos o uso de sais de ferro como coagulante reduz a concentração de clorito na água final, sendo que 3,1 mg/L de cloreto férrico ou sulfato férrico reduz em 1 mg/L a concentração de clorito. n Carvão ativado n Adição de cloro - Formação de clorato ClO2- + HOCl ClO3- + Cl - + H+ (lado da reação para at pH> 7) - Formação de dióxido de cloro 2 ClO2- + HOCl 2 ClO2 + Cl- + OH(lado da reação, lentamente para pH neutro e rápido para pH< 7) DESVANTAGENS E PROBLEMAS DO USO DO DIÓXIDO DE CLORO Problema: Remoção de substâncias aderidas nas paredes internas das tubulações da rede de distribuição, acarretando a presença de turbidez e cor na água de consumo quando o dióxido de cloro é usado na desinfecção final. Tubulação de ferro fundido parcialmente obstruída: Corrosão e formação de tubérculos nas paredes internas das tubulações. TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DE DIÓXIDO DE CLORO E CLORITO TÉCNICAS ANALÍ ANAL ÍTICAS PARA QUANTIFICAÇ QUANTIFICAÇ ÃO DE DIÓ DIÓXIDO E CLORITO USADAS NA UNAERP - PROSAB Método 1: Espectrofotométrico com uso de DPD e cálculo estequiométrico Equipamento: DR-2000 Hach Método Hach: 80 – Cloro Livre Faixa: 2,0 mg/L Comprimento de onda: 530 nm - 25 mL da amostra; - 1 Powder Pillow DPD para cloro livre (HACH); - Fazer um branco com água destilada sem reagente. O resultado da leitura deve ser multiplicado por 1,90 pra transformar mg/L /Cl2 para mg/L de ClO2. Método 2: Espectrofotométrico com uso de DPD Equipamento: DR-2500 Hach Método Hach: 72 Faixa: 2,0 mg/L Comprimento de onda: 530 nm - 50 mL da amostra em dois balões volumétricos; - 1 mL do Reagente 1 (Hach) em cada balão; Em um dos balões, colocar 1 Powder Pillow do desclorante, agitar, branco; - 1 mL do Reagente 2 (Hach), agitar; - 1 mL do Reagente 3 (Hach), agitar. O resultado obtido será em mg/L de ClO2. TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DE DIÓXIDO DE CLORO E CLORITO TÉCNICAS ANALÍ ANAL ÍTICAS PARA QUANTIFICAÇ QUANTIFICAÇ ÃO DE DIÓ DIÓXIDO E CLORITO USADAS NA UNAERP - PROSAB Método 3: Espectrofotométrico com uso de DPD e Glicina Equipamento: DR-2000 Método: curva de calibração EKA Faixa: 2,5 mg/L Comprimento de onda: 530 nm - 25 mL da amostra; - 1 mL de Glicina 10%; - 1 DPD para cloro livre (Hach); - Branco com água destilada sem reagente. O resultado obtido em mg/L de ClO2 . Absorbância Concentração (mg/L) 0,00 0,00 0,060 0,25 0,120 0,50 0,238 1,50 0,354 1,00 0,468 2,00 0,257 2,50 Método 4: Titrimétrico por Iodometria Equipamento: Autocat 9000 Hach Concentração até 1500 mg/L de dióxido de cloro Sensores para Di óxido de Cloro e Clorito n Dulcotest CDE 2-mA para dióxido de cloro ¨ n Dulcotest CDP 1-mA-2 mg/L para dióxido de cloro ¨ ¨ n 3 faixas de medição (10, 2 e 0,5 mg/L) Sensor especial para água de processo contaminada com detergentes (máquina de lavagem de garrafas, processos CIP) Faixa de medição 2 mg/L Dulcotest CLT 1-mA para clorito ¨ 2 faixas de medição (2 e 0,5 mg/L) SEGURANÇA n Gás amarelo esverdeado, não pode ser estocado ou comprimido, deve ser produzido “ in loco ”; n Nos geradores atuais a concentração máxima do gás gerado é menor que 2% (5 x vezes abaixo do ponto crítico); n Em solução aquosa não há risco de explosão; n Em nenhuma fase da produção ocorre o armazenamento de gás. n Para a segurança da instalação (transferencia, armazenamento e veiculação dos insumos) é essencial que seja feito um projeto de acordo com o fabricante, fornecedor e usuário do dióxido de cloro EMPRESAS QUE UTILIZAM O DIÓXIDO DE CLORO SANEAMENTO: CAGECE – ETA – 8200 L/s DAE BAURU - ETA - 550 L/s. SAAE INDAIATUBA - ETA - 300 L/s SANEPAR - ETA IGUAÇU - 3600 L/s SANEPAR - ETA ARAUCÁRIA - 250 L/s SANEPAR - ETA PASSAÚNA - 1800 L/s SANEPAR - ETA GUARATUBA - 260 L/s SANEPAR - ETA MATINHOS - 850 L/s SANEPAR - ETA UNIÃO DA VITÓRIA - 200 L/s SANEPAR - ETA 1 CASCAVEL - 1400 L/s SANEPAR - ETA 3 CASCAVEL - 150 L/s COMUSA - NOVA HAMBURGO - 800 L/s SAE ITAJAÍ - ETA - 150 L/s DEMAE PORTO ALEGRE - ETA SÃO JOÃO - 3200 L/s DEMAE PORTO ALEGRE - ETA TRISTEZA - 380 L/s DEMAE PORTO ALEGRE - ETA MOINHO DE VENTO - 2000 L/s SANESUL - ETE BONITO EMPRESAS QUE UTILIZAM O DIÓXIDO DE CLORO Segmento de Alimentos: SADIA / REFRICON ( MC DONALD´S) / AVIPAL / A´DORO ALIMENTOS Segmento de Bebidas: LD COMMODITIES / SUCOCITRICO CUTRALE / FISCHER (CITROSUCO) / CERVEJARIA PETRÓPOLIS (Boituva SP - Petrópolis e Teresópolis RJ - Rondonópolis MT) / CERVEJARIA MALTA / CERVEJARIA CONTI / BEBIDAS FRUKI Segmento de Papel e Celulose: MD PAPÉIS / SUZANO PAPÉIS / VERACEL Segmento Têxtil: RHODIA / LEÃO JETEX Segmento de Químicos e Petroquímicos: EKA CHEMICALS / COPESUL / PETROBRÁS (RECAP - REFAP - REMAN - REVAP) / JOHNSON DIVERSEY Segmento de Cosméticos: NATURA / UNILEVER (Valinhos e Louveira) MENSAGEM É IMPORTANTE O CONHECIMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA E DA COMUNIDADE; É RECOMENDADO QUE A SELEÇ SELEÇÃO DE UM OXIDANTE/DESINFETANTE SEJA FEITA COM BASE EM RESULTADOS DE ENSAIOS EM LABORATÓ LABORAT ÓRIO COM A ÁGUA A SER TRATADA; OS FABRICANTES DE DIÓ DIÓXIDO DE CLORO DEVEM SER CONSULTADOS PARA QUE O PROJETO DA INSTALAÇ INSTALAÇÃO DE GERAÇ GERAÇÃO SEJA EFICAZ E SEGURA; O DIÓ DIÓXIDO DE CLORO É UMA ALTERNATIVA AO CLORO, APRESENTANDO AS SEGUINTES VANTAGENS COMPROVADAS: • MAIOR EFICIÊNCIA NA INATIVAÇ INATIVAÇÃO DE PROTOZOÁ PROTOZO ÁRIOS; • MAIOR EFICIÊNCIA NA INATIVAÇ INATIVAÇÃO DE CIANOBACTÉ CIANOBACT ÉRIAS; • MENOR FORMAÇ FORMAÇÃO DE SOH, PRINCIPALMENTE DE AHA; • OXIDA OXIDAÇ ÇÃO DE INORGÂNICOS EM ÁGUAS CONTENDO FERRO E MANGANES COMPLEXADOS NA MATÉ MAT ÉRIA ORGANICA SEM A FORMAÇ FORMAÇÃO EM GRANDES QUANTIDADES DE SOH. MUITO OBRIGADA.