2013
PROJECTO DE PRODUÇÃO,PROCESSAMENTO E
DISTRIBUIÇÃO DE HORTÍCOLAS DO DISTRITO
DA MOAMBA
AUTOR: BINDZU
Agrobusiness e Consultoria, Lda
PROPONENTE:
ASSOCIAÇÃO DOS
AGRICULTORES DA
MOAMBA
Dezembro
Projecto de processamento de hortícolas da Moamba
ÍNDICE
1.
CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................................................... 1
1.2 Justificativa ........................................................................................................................................ 3
2. ANÁLISE ESTRATÉGICA ..................................................................................................................... 5
2.1 Missão ................................................................................................................................................ 5
2.2 Visão .................................................................................................................................................. 5
2.3 Objectivos .......................................................................................................................................... 5
2.3.1 Geral ........................................................................................................................................... 5
2.3.2 Específicos .................................................................................................................................. 5
2.4. Metas do projecto .............................................................................................................................. 6
2.5. Valores .............................................................................................................................................. 6
3. LOCALIZAÇÃO DO PROJECTO .......................................................................................................... 7
4. APRESENTAÇÃO DOS PROPONETES ............................................................................................... 8
5. BENEFÍCIOS DO PROJECTO PARA OS AGRICULTORES E COMUNIDADE NO GERAL .......... 8
6. ABORDAGEM E RÍSCOS ...................................................................................................................... 8
6.1 Abordagem ......................................................................................................................................... 8
6.2 Riscos ................................................................................................................................................. 9
7. ANÁLISE DO IMPACTO DO PROJECTO .......................................................................................... 10
8. MATRIZ DO QUADRO LÓGICO ........................................................................................................ 11
9. PLANO DE MARKETING ................................................................................................................... 19
9.1 Análise do sector de hortícolas......................................................................................................... 19
9.2 Mercados-Alvo................................................................................................................................. 20
9.3 Participação, posicionamento e oportunidades de mercado ............................................................. 20
9.4 Actores do mercado ......................................................................................................................... 21
9.5 Análise de Fraquezas, Oportunidades, Forças, e Ameaças .............................................................. 22
9.7 Preços ............................................................................................................................................... 23
9.8 Localização ...................................................................................................................................... 24
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9.9 Promoção ......................................................................................................................................... 24
10. ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA ...................................................................................................... 25
11. PLANO OPERACIONAL .................................................................................................................... 27
12. PLANO DE RECURSOS HUMANOS ................................................................................................ 29
12.1 Estrutura Organizacional do Centro de processamento .................................................................. 29
12. PLANO FINANCEIRO ........................................................................................................................ 33
12.1 Investimentos ................................................................................................................................. 33
12.2 Estimativa do facturamento mensal ............................................................................................... 36
12.3 Fluxo de caixa ................................................................................................................................ 37
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AGRADECIMENTOS
A Bindzu Agrobusiness e Consultoria, LDA agradece a todos os agricultores do distrito
de Moamba pelo fornecimento de informação e ideias que culminaram com a
elaboração do presente projecto.
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1. CONTEXTUALIZAÇÃO
A Constituição da República de Moçambique define a agricultura como a base de
desenvolvimento do País. De facto, o sector agrário é um pilar da economia nacional.
Em 2009 contribuiu com 24% para o Produto Interno Bruto (INE).
A agricultura emprega 90% da força laboral feminina do país e 70% da força laboral
masculina. Isto significa que 80% da população activa do país está empregue no sector
agrário. É dominada pelo sector familiar com 3,7 milhões de pequenas explorações com
uma área média de 1,1 ha/família. (TIA 2008).
A agricultura tem também um papel essencial na segurança alimentar e nutricional. Para
a maioria das pessoas no meio rural a agricultura é a sua principal fonte de alimentos e
de rendimento. Sendo a produção agrícola doméstica altamente variável, com uma fraca
comercialização de alimentos básicos, e havendo restrições na disponibilidade de
divisas para satisfazer as necessidades alimentares por meio de importações, o aumento
e a estabilização da produção doméstica é essencial para se atingir segurança alimentar.
O país possui condições naturais que o potenciam para, a longo prazo, desenvolver um
sector agrário diversificado e dinâmico:

Possui uma superfície de 799.380 km2, com uma fronteira terrestre de 4.330 km
e uma costa de 2.400 km com três portos importantes não só para o país como
para os países vizinhos.

Possui 15 grandes bacias hidrográficas, das quais 9 partilhadas com países
vizinhos, com potencial para apoiar o aumento da produtividade e produção
agrária, a redução dos impactos negativos das variações de factores e mudanças
climáticas, melhorando a capacidade de adaptação dos sistemas de produção.

Do ponto de vista do potencial agro‐ecológico para agricultura, Moçambique
possui dez zonas agro‐ecológicas com diferentes aptidões, que são definidas
principalmente pela precipitação e tipo de solos.
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
Existem mais de 36 milhões de hectares de terra arável, dos quais apenas 10%
em uso e 90% destes pelo sector familiar. Cerca de 3,3 milhões de hectares
podem ser irrigados, o que corresponde ao dobro da área irrigável na África do
Sul.

Mercado em expansão com cerca de 35% da população vive em zonas urbanas,
com uma taxa de crescimento de aproximadamente 4% ao ano. A esta taxa de
crescimento, estima‐se que a população urbana atinja os 45% em 2019, o que se
irá traduzir num aumento considerável da procura de alimentos nos próximos 10
anos.
Contudo, apesar de todo esse potencial o cenário da agricultura moçambicana no geral
continua aquem das expectativas e desenvolve ainda a um ritmo lento devido a
problemas estruturantes que vão desde:

Fraca produção e produtividade - o sector agrário em Moçambique
caracteriza‐se por uma baixa produção e um baixo rendimento das culturas
alimentares e das actividades pecuárias. A baixa produtividade deve‐se a vários
factores, dos quais se destacam a baixa disponibilidade e acesso a insumos de
qualidade (sementes melhoradas, fertilizantes, insecticidas entre outros);
insuficiente cobertura dos serviços de extensão e sua inadequada ligação com os
serviços de pesquisa; limitado aproveitamento da água para a agricultura; e
limitado acesso a crédito.

Limitadas infra‐estruturas e serviços para aceder ao mercado - o sector familiar
em Moçambique enfrenta graves problemas de acesso ao mercado. Outros
aspectos que reduzem a participação do sector familiar no mercado estão
relacionados com a sua baixa capacidade para participar e desenvolver a cadeia
de valor dos produtos agrícolas e pecuários, os baixos padrões de qualidade, o
limitado acesso ao crédito, e a falta de associações de camponeses para
comercializar colectivamente a sua produção.
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O Governo, o sector privado e ONG’s têm desenvolvido esforços conjuntos no sentido
de catapultar a agricultura a patamares mais elevados e tornar efectivo o potencial do
país (o que é cada vez mais premente - quase 10 milhões de pessoas vivem em pobreza
absoluta, com problemas de insegurança alimentar, baixos rendimentos e desemprego).
O Governo empenha‐se essencialmente na criação de um ambiente propício para o
sector privado investir na produção, processamento e comercialização, através de
infra‐estruturas. E as ONG’s apoiam as iniciativas de ambos actuando como parceiros
estratégicos.
1.2 Justificativa
Com a execução do protocolo comercial da SADC os produtores nacionais estão
sujeitos a uma competição ainda maior proveniente de indústrias mais desenvolvidas e
mais avançadas tecnologicamente. Este desafio deve traduzir‐se num aproveitamento
das vantagens comparativas derivadas de condições específicas que existem no país
para a produção de algumas culturas como é o caso da batata reno. Nesta vertente o
distrito da Moamba em particular, com dois imponentes regadios (BLOCO I – 400
hectares e BLOCO II – 400 hectares) e uma vasta planície irrigável (rio Inkomati), tem
alimentado preponderantemente a cidade e província de Maputo com hortícolas de
diversa gama e batata reno especialmente.
Os agricultores nacionais têm fracos conhecimentos de técnicas de produção e de
práticas comerciais avançadas. Na sua maioria operam como produtores individuais e
apenas 7,2% (TIA, 2008) estão organizados em pequenas associações (primeiro nível) e
fóruns (segundo nível – grupos de associações). Porém, muitas destas associações
operam no sector informal, faltando‐lhes um estatuto legal e um mínimo de capacidade
organizacional, o que dificulta ainda mais a obtenção de economias de escala e o acesso
ao crédito e aos mercados.
O distrito da Moamba através da “Associação de Agricultores da Moamba”, ja
legalmente constituida e estabelecida, composta de agricultores com larga experiência e
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técnicos com conhecimento da cadeia de valor de hortícolas vê a possibilidade de se
tornar no verdadeiro celeiro a nível de hortícolas e batata reno em particular com uma
abordagem integrada que inclui a ligação de vários elementos da cadeia que irão desde a
planificação da produção, controlo do processo produtivo e colocação do produto final
no mercado. Com efeito, os agricultores envolvidos no projecto fariam usufruto através
de uma parceria com o Governo representado pelo FDA e CEPAGRI das infraestruturas
de armazenamento e processamento próximas dos focus de produção aí existentes e
terminal FRIGO.
O presente projecto propõe-se reduzir o défice e a sazonalidade no fornecimento de
hortícolas oriundas da produção nacional através da produção escalonada de 500
hectares de batata reno acompanhada com serviço de assistência técnica e
armazenamento climatizado e processamento básico de hortícolas, criando adição de
valor.
Por um lado o presente projecto irá aumentar o poder negocial dos produtores que
estarão organizados numa estrutura única com tipificação do produto em termos de
qualidade e preço; por outro lado irá estimular a produção através do incentivo que os
agricultores terão, fruto da melhor remuneração do seu produto.
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2. ANÁLISE ESTRATÉGICA
2.1 Missão
Fornecer hortícolas, especialmente a batata reno de forma regular e contínua com altos
padrões de qualidade e valor acrescentado.
2.2 Visão
Estabelecer-se como um mercado de referência a nível da zona sul do país e diminuir a
dependência das importações de hortícolas, especialmente batata reno.
2.3 Objectivos
2.3.1 Geral

Contribuir para a melhoria do cenário agrícola na província do Maputo através
da produção e comercialização de forma contínua e escalonada de batata reno e
outras hortícolas com alto padrão de qualidade e valor acrescentado.
2.3.2 Específicos

Planificar a produção de 500 hectares de batata reno e 50 hectares de outras
hortícolas em défice no mercado nacional, especialmente na época quente
nomeadamente: feijão verde, pepino e cenoura;

Aumentar os níveis de produtividade em pelo menos 30% em todas culturas
envolvidas;

Fornecer normas técnicas de produção a todos os agricultores envolvidos no
projecto;

Monitorar a produção de todos os agricultores envolvidos no projecto;

Dotar os produtores locais de técnicas de produção usando variedades com alto
potencial produtivo;

Explorar as estruturas de armazenamento com sistema de frio e processamento
existentes no Distrito da Moamba e a na terminal de carga FRIGO;
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
Produzir e fornecer escalonadamente batata reno e outras hortícolas de acordo
com a demanda do mercado e capacidade instalada de armazenamento;

Produzir e fornecer um mínimo de 1560 toneladas mensais de batata reno e
outras hortícolas com valor acrescentado durante grande parte do ano;

Diminuir a sazonalidade no fornecimento de batata reno nacional e outras
hortícolas acima mencionadas suprindo anualmente em pelo menos 8 meses
(incluíndo os meses críticos de Novembro a Março);

Ganhar progressivamente a quota de mercado da batata reno ao nível da zona
Sul do País;
2.4. Metas do projecto

Produzir 500 ha de batata reno entre os meses de Março a Julho;

Assistir tecnicamente a produção de 50 ha de feijão verde, pepino e cenoura;

Aumentar o rendimento das culturas em pelo menos 30% no seio dos
agricultores abrangidos pelo projecto;

Desenvolver ligações entre os membros da comunidade, mercado consumidor e
provedores de insumos e serviços;

Garantir pelo menos 10 meses do abastecimento do mercado local com batata e
outras hortícolas oriundas de produtores locais.
2.5. Valores

Ética: agir em conformidade com os princípios morais, legais tendo como base
honestidade, justiça e comprometimento;

Ter foco em melhoria contínua;

Diversidade: aceitar e respeitar as diferenças individuais e colectivas;

Responsabilidade;

Confiança, transparência, e flexibilidade;

Respeito: consideração aos valores, sentimentos e regras que permitam uma
convivência harmoniosa entre pessoas, grupos e entidades (doadores, parceiros,
fornecedores, clientes, e colaboradores).
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3. LOCALIZAÇÃO DO PROJECTO
O projecto está situado no distrito da Moamba, província do Maputo a 75 Km da capital
do país, a que está ligado a En4/2, e está posicionado entre os paralelos 24° 27’ e 25 °
50’ Sul e os meridianos 31° 59’e 32° 37’ Este. Tem uma população de cerca de 62.392
habitantes, maioritariamente feminina (53%), e uma densidade populacional de 13,6
hab/km2. O distrito tem 2 estações, uma quente de temperaturas mais elevadas e de
pluviosidade acentuada que vai de Outubro à Março e, outra, fresca que se estende de
Abril à Março. A temperatura média anual oscila entre 23° a 24° C e pluviosidade anual
entre 580 a 590 mm com incidencia entre Dezembro e Fevereiro.
Os solos dos vales do Incomáti e do Sabié são aluvionares e têm fertilidade média a
elevada, com uma boa aptidão agrícola.
Estima-se em 229 mil hectares o potencial de terra arável do distrito da Moamba (cerca
de metade da área total) estando ocupados pela exploração agrícola menos de 20% desta
área (24.500 ha de sequeiro e 9.100 ha irrigados) e pela pecuária cerca de 60 mil
hectares de pasto, isto é, 23% da terra arável. A Moamba possui cerca de 10 mil
explorações agrícolas familiares com uma área média de 1,3 hectares. Metade das
explorações do distrito têm menos de 1 hectare, apesar de ocuparem somente 20% da
área cultivada. As explorações privadas, que ocupam uma parte significativa das terras
férteis, absorvem cerca de 30% da mão de obra assalariada do distrito.
O sector empresarial dedica-se à agricultura, principalmente milho, ao cultivo de
hortícolas e banana, à criação de gado bovino, caprino e suíno e à exploração florestal.
A operacionalização do centro de processamento de hortícolas é de vital importância
para os agricultores uma vez que irá reduzir as perdas pós-colheita e permitir a venda de
produtos no mercado na altura em que estes se encontram alta.
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4. APRESENTAÇÃO DOS PROPONETES
ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES DA MOAMBA
O proponente principal da projecto é a Associação de Agricultores do Distrito da
Moamba (AADM), localizada na Rua Igreja,Vila Sede da Moamba, de fundada em
2011 e legalizada em Julho 2012, possui 120 agricultores comerciais e 3 associações de
camponeses sediados nos regadios blocos I,II e 48 totalizando um universo de 800
membros.
5. BENEFÍCIOS DO PROJECTO
COMUNIDADE NO GERAL
PARA
OS
AGRICULTORES
E

Assistência na planificação e produção das hortícolas projectadas;

Usufruto por parte dos agricultores de armazenamento com sistemas de frio e
processamento básico de hortícolas;

Interacção com os diferentes actores da cadeia de valor de hortícolas;

Formação na utilização de tecnologias simples de processamento de alimentos a
nível familiar;

Colocação das hortícolas produzidas no mercado e criação de uma fonte
sustentável de renda para o agricultor.

Emprego de muita mão-de-obra local nas fases pico de necessidade da mesma;

Maior estabilidade nos preços das hortícolas abrangidas pelo projecto;

Melhoria do bem-estar económico e social das comunidades locais.
6. ABORDAGEM E RÍSCOS
6.1 Abordagem
Com base em uma abordagem participativa as etapas seguidas para a elaboração do
projecto foram:
•
Recolha e análise de documentação;
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•
Encontros com os agricultores permitindo esclarecimento e alinhamento de
ideias, perspectivas e expectativas em torno do projecto ;
•
Visitas de campo e levantamento de informação relevante no terreno;
•
Elaboração do projecto.
O projecto de produção e comercialização de hortícolas no Distrito da Moamba
contempla componentes de:
Planificação – o desenho de todo o curso do projecto incluindo o plano de exploração;
Monitoria – assistência técnica durante o processo produtivo e comercialização das
hortícolas produzidas.
Gestão – gestão integrada de todo o processo de produção, armazenamento,
processamento e comercialização.
A planificação contemplará todos aspectos a ter em conta no desenho de planos de
exploração agrícola encadeiada ao armazenamento, processamento e venda dos
produtos. A mesma foi feita e será continuada seguindo as linhas traçadas nos encontros
de planeamento envolvendo os agricultores e os gestores do projecto.
A monitoria será feita em campo através da assistência técnica prestada por técnicos
com qualificação e experiência em projectos agrícolas, que farão o acompanhamento
desde o estabelecimento e manutenção de cultura em campo (incluindo a nutrição,
protecção, colheita) e no armazenamento, processamento bem como na fase de venda
dos produtos visando aspectos de qualidade e apresentação do produto final.
A gestão será feita por forma a integrar todos os esforços na cadeia, superintendendo
todo o projecto conferindo-lhe racionalidade e sustentabilidade. A mesma irá incluir um
sistema rigoroso de registo e sistematização de informação e contabilidade.
6.2 Riscos
Os principais riscos a que o projecto está exposto são as cheias, inundações, bem como
a falta de seriedade de alguns agricultores.
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7. ANÁLISE DO IMPACTO DO PROJECTO
Tabela 1. Análise do impacto do projecto
Impactos directos/indirectos
Indicadores
Aumento da produtividade das hortícolas
Rendimento das hortícolas abrangidas;
abrangidas pelo projecto;
Melhoria da qualidade dos produtos;
Características físicas específicas de cada
produto e sabor;
Melhoria
na
comercialização
das
Rácio produção/vendas;
hortícolas abrangidas pelo projecto
Redução das perdas pós-colheita através
Percentagem de perdas pós-colheita;
de uma gestão melhorada do pós-colheita
Estabilidade no preço e quantidade da
Preço
e
quantidades
de
hortícolas
oferta de hortícolas
comercializadas ao longo do ano;
Melhoria na organização da produção
Oferta a par da demanda ao longo do ano;
agrícola;
Pequenos e médios produtores com noções
Replicação de pequenos empreendimentos
de gestão de agronegócio;
agrícolas levados a cabo pelos agricultores;
Geração de renda;
Rendimentos provindos da agricultura;
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8. MATRIZ DO QUADRO LÓGICO
Tabela 2. Matriz do quadro lógico
Actividades
Objectivo geral
Contribuir para a melhoria do cenário
agrícola na província do Maputo
através
da
produção
e
comercialização de forma contínua e
escalonada de batata reno e outras
hortícolas
com
alto
padrão
de
qualidade e valor comercial.
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Indicadores
Meios de verificação
Pressupostos
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Objectivos
Encontros
com
os
específicos
agricultores
permitindo
e
Ideia clara sobre o projecto
Número
1.Planificar a produção de pelo
alinhamento de ideias,
e suas linhas de actuação
realizados;
menos 500 hectares de batata reno e
perspectivas
no
50 de outras hortícolas em défice no
expectativas em torno do
mercado nacional, nomeadamente:
projecto ;
esclarecimento
e
seio
de
de
encontros
todos
Consciencialização dos
produtores
sobre
a
necessidade de actuar de
intervenientes;
forma integrada;
feijão verde, pimento e cenoura.
Visitas
de
campo
e
Leitura de dossier’s e
Aderência
bases de dados;
agricultores
Plano de produção em
Aceitação
Existência e submissão de
posse dos intervenientes
comunidades em usar as
um plano de produção;
relevantes;
práticas disseminadas;
técnicas específicas de
Existência de folhetos com
Reunião com os visados
acordo com a cultura e
normas técnicas;
e confirmação da posse
levantamento
de
informação relevante no
Informação
e
dados
relevantes dos campos de
dos
produção disponíveis;
terreno;
Elaboração do projecto.
Desenho
de
normas
das normas técnicas;
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das
Aceitação das
comunidades em usar as
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meio envolvente;
2.Fornecer
normas
técnicas
de
Recomendação
produção usando variedades com alto
semente
potencial
qualidade;
produtivo
a
todos
os
de
práticas disseminadas;
de
alta
Uso de semente de alta
Observação
directa
qualidade por parte dos
visitas de campo;
e
visados;
agricultores envolvidos no projecto;
Quantificação
Recomendação
de
programas de adubação;
Uso
adequado
de,
nutrientes
fertilizantes de acordo com
comparação
as necessidades específicas
recomendado
dos
usados
e
com
o
directa
e
das culturas;
Recomendação
de
programas de controlo
fitossanitário
Uso sistema de controlo
fitossanitario
Observação
calendarizado;
visitas de campo;
Equipes de monitoria a
Visitas aos campos de
cobrir todos os campos;
produção
Organização e alocação
das equipes de monitoria;
3.Monitorar a produção de todos os
agricultores envolvidos no projecto;
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dos
Aceitação das
comunidades em usar as
práticas disseminadas;
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produtores nos processos
de sementeira, adubação,
sacha,
rega,
controlo
Culturas conduzidas com
Registos das operações
critérios e padrões técnicos
préviamente definidos;
Disponibilidade das
unidades de
armazenamento e
processamento;
fitossanitário e colheita;
Verificar
se
existem
desvios ou anomalias na
implementação
Quadro de Monitoria &
Avaliação
em
Disponibilidade das
unidades de
armazenamento e
processamento;
relação ao projectado;
Estabelecer contratos de
exploração das unidades
Leitura dos contratos
assinados;
de armazenamento com
4.Explorar
as
estruturas
de
armazenamento com sistema de frio e
processamento existentes no Distrito
da Moamba e a na terminal de carga
FRIGO;
sistema
de
frio
e
processamento existentes
no Distrito da Moamba e
a na terminal de carga
FRIGO;
Desenhar e organizar os
processos
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de
logística
Verificação dos
processos logísticos;
Disponibilidade de um
especialista de
armazenamento e
processamento;
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nas
unidades
de
armazenamento
e
processamento;
Contrato de consultoria
Leitura do contrato
assinado;
Contratar um especialista
em processamento para
melhorar e deixar as
unidades
em
pleno
funcionamento;
Plantar
de
forma
Área plantada/semana
Medição das áreas
escalonada previamente;
Colher batata reno que
garanta a disponibilidade
Quantidade
5.Produzir e fornecer um mínimo de
em armazém de pelo
disponivel para a venda
15 toneladas diárias de batata reno e
menos 15 toneladas/dia;
nos centros
Fazer
Quantidade
outras
hortícolas
com
valor
acrescentado durante grande parte do
primário de feijão verde,
ano;
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verde,
pipino
de
batata
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Contagem diária dos
sacos disponíveis para
venda;
feijão
Inglês
e
cenoura disponivel para a
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processamento
de
Contagem e
diária
do
pesagem
produto
Demanda estável pelo
produto e próxima dos
níveis actuais
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6.Diminuir
a
sazonalidade
no
fornecimento de batata reno nacional,
suprindo anualmente o mercado em
pelo menos 8 meses (incluíndo os
meses
críticos
de
Novembro
a
pipino Inglês e cenoura;
venda nos centros
Plantar batata reno a
Quantidade
partir da segunda semana
nacional
de Março e estender o
mercado nos meses de
plantio até a segunda
Julho a Fevereiro
de
disponível para venda;
batata
disponível
no
Visita aos mercados
retalhistas alvo
semana de Julho;
Março);
Aderência
dos
agricultores ao projecto;
7.Diminuir
a
sazonalidade
no
Prestar
assistência
fornecimento de feijão verde, pipino
técnica para o cultivo de
Quantidade das referidas
Inglês
feijão
hortícolas
e
cenoura
suprindo
verde,
pipino
nacionais
anualmente o mercado em pelo
Inglês e cenoura a partir
disponíveis no
menos 10 meses.
da segunda semana de
nos meses de Junho a
Março
Março
e
estender
a
mercado
Visita aos mercados
retalhistas alvo
Agricultores
alfabetizados e dispostos
a seguir as normas
técnicas
sementeira até Setembro
Agricultores
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Resultados
Elaborado plano de exploração de
pelo menos 500 hectares de batata
reno e 50 de feijão verde, pimento e
alfabetizados e dispostos
a seguir as normas
técnicas
cenoura.
Normas técnicas de produção em
altos padrões de rendimento em posse
dos agricultores envolvidos.
Aderência
dos
agricultores ao projecto
e disponibilidade das
unidades;
Garantido o cumprimento das normas
técnicas
e
recomendações
dos
Existência de demanda
pelo produto;
responsáveis pela produção.
Exploração
agricultores
efectiva
da
pelos
Moamba
das
estruturas de armazenamento com
sistema de frio e processamento
existentes no Distrito da Moamba e
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Existência de demanda
pelo produto;
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parte da FRIGO.
Fornecimento regular de batata reno
nacional ao mercado em pelo menos
8 meses (incluindo os meses críticos
de Novembro a Março).
Fornecimento regular de feijão verde,
pepino Inglês e cenoura ao mercado
em pelo menos 10 meses.
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9. PLANO DE MARKETING
9.1 Análise do sector de hortícolas
A zona sul de Moçambique particularmente o mercado do grande Maputo, tem estado a conhecer
um aumento de demanda de hortícolas exponencialmente crescente em quantidade e qualidade.
De acordo com o censo (2007) Maputo tem uma população de 1.094.315, que representa um
aumento de 13,2% em 10 anos. A área metropolitana, que inclui a cidade de Matola, tem uma
população de 1.766.823 habitantes, e é até agora a principal cidade financeira, empresarial e
comercial do país, e as recentes descobertas de gás e minerais trouxeram mais circulação de
dinheiro na cidade, que pode ser medido pela alto nível de ocupação anual da rede de hotéis que
é de cerca de 85% e os restaurantes estão lotados em grande parte do tempo. Tudo isso tem
influenciado como nunca na demanda de frutas e vegetais, não só em quantidade mas também na
qualidade.
Apesar destes factos constituírem uma oportunidade ímpar para aumento e melhoria da produção
interna, neste momento o cenário é “negro” para a produção e o pequeno produtor local, e nem a
variável demanda poderá ela por si só abrir outras perspectivas. O pequeno e médio produtor
continua ano após ano frustrando-se no final da campanha por muitas vicissitudes a montante e a
jusante da cadeia de valor de hortícolas. Os problemas estão há muito identificados e as bemintencionadas intervenções cirúrgicas que o Governo as Organizações Não Governamentais
(ONG’S) duma forma casual e pontual, como por exemplo injecção de fundos para esta ou
aquela campanha também não tem resultado apesar de ser uma prática de décadas.
Urge por isso uma abordagem de sustentabilidade na planificação das linhas mestres para a
Revolução Verde e revitalização da classe dos produtores. A sustentabilidade hoje em dia está
indissociavelmente ligada a perspectiva comercial. O produtor tem que ter cada vez mais
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condições de maximização da produção, que pode passar por exemplo de uma escolha criteriosa
das variedades, aquisição de insumos de qualidade, á preço de produção em escala, melhor
informação técnica para a condução da cultura, etc. Por outro lado os preços médios na altura
colocação do produto não podem ficar simplesmente as mãos do acaso, estes devem ter em conta
os custos reais de produção, processamento pós colheita, uma margem digna aos produtores bem
como a capacidade de compra dos consumidores. Para que isto aconteça é necessário uma série
de medidas e segundo a nossa sugestão far-se-ia um zoneamento da produção das grandes
hortícolas nomeadamente tomate e batata, sendo que tomate poderia ficar para o Distrito de
Chókwe e batata confinar-se-ia a zona de Moamba que possui vantagens edafo-climáticas para
produzir em grande escala e fornecer durante uma boa parte do ano.
9.2 Mercados-Alvo
O projecto será implantado próximo da cidade de Maputo (cerca de 75 Km) que é um mercado
em expansão e necessita de produtos hortícolas. Segundo o Conselho Municipal (2012) a cidade
de Maputo conta com uma população fixa de 1.099,102 habitantes e concentra 40% de toda a
população urbana de Moçambique, portanto o mercado alvo será a cidade de Maputo e Matola.
9.3 Participação, posicionamento e oportunidades de mercado
Apesar do considerável crescimento da produção agrícola nos últimos anos, o país continua a ser
um importador líquido de produtos agrícolas MINAG (2011).
Actualmente o mercado de produtos agrícolas e o de hortícolas especialmente anda em alta com
o aumento da capacidade de compra dos habitantes e a crescente preocupação com uma
alimentação saudável.
O projecto de produção, processamento e comercialização de hortícolas na Moamba se
estabelecerá num mercado ainda concentrado e com tendência de expansão uma vez que têm
aumentado o número de projectos de produção e de comercialização de hortícolas a nível da
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zona sul do país e a importação destas dos países vizinhos. Traz um conceito diferente no sentido
de que o mesmo envolve a cadeia de valor desde aspectos que vão da planificação da produção,
processamento e comercialização do produto numa escala distrital, inicialmente.
A produção e comercialização interna de hortícolas é marcadamente sazonal, tendo duas fases
distintas : uma de enorme abundância (na época fresca) onde grande parte dos agricultores nas
cinturas verdes, regadios e planícies ribeirinhas produzem hortícolas e colocam-nas sem
diferenciação ou armazenamento nos mercados mais próximos e no mercado grossista do
Zimpeto a preços relactivamente baixos ; e outra de escassez (na época quente) onde a maioria
dos pequenos agricultores não conseguem produzir hortícolas com padrões de qualidade
aceitáveis para o consumo. Nesta fase os preços das hortícolas sobem e o mercado é abastecido
mormente pelas importações e prevalece a falta de diferenciação ou armazenamento.
9.4 Actores do mercado
Os actores principais no provimento de hortícolas neste momento são:
Produtores Locais: Estes se encontram na província de Maputo, particularmente no distrito de
Moamba. Boane, Namaacha e cinturões verdes de Maputo, distrito de Chokwe na província de
Gaza. Produzem principalmente tomate, pimento, cebola e batata para alimentar o "mercado
aberto". Caracterizam-se por disputar duma forma descoordenada o mercado com reflexos na
incerteza do preço de comercialização, produção e produtividade baixas, processamento básico e
muita sazonal na disponibilidade do produto, o pico da colheita é no final da época fresca que
duram entre Julho e Novembro.
Micro-importadores (Mukheristas): este grupo é caracterizado por importar quantidades
significativas de hortícolas principalmente produtos da vizinha África do Sul e tem a vantagem
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competitiva de fintar o pagamento da totalidade dos direitos aduaneiras colocando no mercado
local á preços extremamente competitivos.
9.5 Análise de Fraquezas, Oportunidades, Forças, e Ameaças
Tabela 3. Fraquezas, Oportunidades, Forças, e Ameaças
Forças
Fraquezas

Condições edafo-climáticas favoráveis
ao desenvolvimento do projecto;

Fraca capacidade
proponentes;

Associação
bem
estruturada
e
legitimada
para
permitir
uma
sensibilização e inclusão de todos
produtores da zona, governo e outras
instituições de interesse.

Pouca experiencia na condução de uma
empreitada do género.
Oportunidades



Existência de uma unidade de
processamento com condições básicas e
8 contentores de frio;

Fragilidade das transacções de
hortícolas;

Riscos inerentes a actividade agrícola;

Deficiente controlo do trafego de
hortícolas nas nossas fronteiras
Existência de 50 câmaras de frio com
capacidade de 60 toneladas de batata
cada na terminal de mercadoria da
Matola (Frigo) que podem ser alugadas
para armazenamento das quantidades a
serem
vendidas
nos
meses
subsequentes a colheita
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dos
Ameaças
Crescente demanda de frutos e vegetais
no grande Maputo
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financeira
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9.6 Estratégia de Marketing
O centro de processamento de hortícolas vai suprir 2 segmentos de mercado, nomeadamente o
mercado aberto composto pelos grossistas onde o produto vai ser vendido directamente no centro
aos revendedores em embalagens de 10 Kg.
A outra linha que o centro se propõe distribuir é dos clientes de gama média alta, composta pelos
grandes supermercados, hotéis e restaurantes cujos aspecto como dias de entregas, qualidade,
embalagem e tamanho do produto normalmente são previamente acertados. Embora eles paguem
relativamente melhor por unidade as suas demandas individuais são pequenas, no entanto a
maioria deles encontra-se na mesma zona da cidade, a zona costeira da cidade pelo que terá que
se conquistar maior parte deles para se sincronizar as entregas de modo a minimizar os custos de
transporte.
O centro de processamento de hortícolas esta ciente que é necessário um trabalho de integração
do tecido dos produtores locais de modo a garantir suprimento em quantidade e qualidade a
unidade, para isso centro fará um acompanhamento total do processo produtivo, desde a
planificação, produção e tratamento pós-colheita.
9.7 Preços
Os preços serão formados tendo em conta todos os custos de produção, processamento e
condicionamento do produto, ao que se acrescentará uma margem dignificante para os
produtores, tendo também em conta a capacidade de compra dos diferentes segmentos com que a
unidade trabalhará.
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9.7 Localização
O centro processamento de hortícolas localizar-se-á nas infra-estruturas do Centro De Promoção
de Agricultura no Distrito de Moamba. No entanto serão usados também câmaras de frio
disponível na Frigo da Matola para armazenamento da batata para meses subsequentes ao da
colheita. No centro será recebido toda a produção vinda dos campos de produção, processada e
parte dela acondicionada. Será também lá levantado o produto pelos dos grossistas
principalmente durante a fase de colheita da batata, pois nos meses após a colheita o
levantamento será feito na Frigo.
9.8 Promoção
Posicionamento: A unidade posicionar-se-á como catalisador na cadeia de valor da batata, desde
a produção, acondicionamento e distribuição da batata. A mesma estabelecera uma relação muito
forte com os produtores, fornecedores de insumos para produção da batata e outros consumíveis
para processamento e os clientes dos diferentes segmentos.
Comunicação: Na fase introdutória do projecto serão convidados todos os atores da cadeia
(fornecedores, produtores, clientes e instituições afins) de modo a dar a conhecer a unidade e o
seu modus operandi. A unidade terá como meios de comunicação, telefone, email, e uma pagina
Web onde os potencias compradores poderão também fazer os seus pedidos e actualizarem-se
dos preços de oferta da unidade.
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10. ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA
Tabela 4. Análise da concorrência
Concorrência
Pontos fortes
 Dispõem de mão de
Pontos fracos
 Produzem apenas em
obra familiar barata;

Podem cultivar culturas
que
Pequenos produtores
requerem
pequenas quantidades;

mais
Podem
abastecer
eficazmente
pequenos
volumes a nichos de
custos
de
transporte/unidade
atenção ao pormenor;

Altos
em
pequenos volumes;

Baixo uso de novas
tecnologias;

mercado especializados.
Têm
dificuldade
obter
capital
em
e
informação

Não
conseguem
cumprir com requisitos
de
fornecimento
contínuo, atempado e
com
tipificação
em
termos de qualidade.


Grandes produtores
Produção
em grande
Têm custos fixos e
escala e mecanizada;
despesas
Podem
funcionamento
produzir

Têm acesso ao crédito;
garantido

Planificação rigorosa da
escoamento
produção.
produção.
Importam variada gama
de vegetais;
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muito
Poucos têm mercado


de
elevados;
culturas que requerem
grandes investimentos;
Importadores


para
da
Dependem
disponibilidade
o
sua
da
dos
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
Têm
produtos
produtos nos locais de
de
compra;
qualidade;

Preço
de
aquisição

Podem perder grande
baixo relativamente ao
parte
mercado nacional.
devido à perecibilidade.

dos
Dependem
produtos
das
variações cambiais e da
política fiscal.
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11. PLANO OPERACIONAL
11.1 Capacidade Planejada
O projecto iniciará com a exploração de uma área total de 500 hectares, 250 ha dos quais
distribuídos pelos regadios do bloco I e II e os remanescentes 250 ha por produtores fora dos
regadios. O rendimento médio esperado é de 20 Toneladas/há prevendo-se uma produção de
cerca de 10.000 toneladas de batata reno.
11.2 Descrição do Processo Produtivo
A produção iniciará em Abril a sementeira será feita de forma escalonada, espaçadas em
períodos mensais de modo a facilitar a logística de colheita, processamento, acondicionamento e
gestão da quantidade disponível no mercado conforme a tabela abaixo.
Tabela 5: Escalonamento da sementeira
SEMENTEIRA
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
TOTAL
ÁREA (HA)
75
75
75
50
225
500
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Tabela 6. Fluxo de colheita
COLHEITA
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Janeiro
Fevereiro
Marco
Abril
Maio
TOTAL
QTD. COLHIDA (TON.)
2625
2625
2625
1750
7875
0
0
0
0
0
0
17500
QTD. VENDIDA (TON) QTD. ARMAZENADA (TON.)
1560
1065
1560
2130
1560
3195
1560
3385
1560
9700
3000
6700
1560
5140
1560
3580
1560
2020
1560
460
460
0
17500
As primeiras colheitas estão previstas para o mês de Julho até o mês de Fevereiro e durante este
período prevê-se comercialização de cerca de 60 Toneladas por dia.
A entrega do produto será feita na unidade central de Moamba pelo proprietário da batata, este
presenciará a contagem dos sacos assim como a classificação da mesma e no acto ser-lhe-á
emitido uma nota de entrega com os dados do produto e do produtor, os quais servirão para o
pagamento deste mesmo produtor. O pagamento da batata será feito num prazo máximo de 15
dias ao produtor.
O preço de venda da batata será tabelado semanalmente consoante as oscilações do mercado, os
quais os compradores (grossistas) deverão actualizar-se para fazerem os depósitos. Haverão 2
pontos de levantamento da batata para os grossistas, o de Moamba e a Frigo da Matola, sendo
apenas o farão mediante a apresentação do talão de depósito a favor da conta da unidade.
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12. PLANO DE RECURSOS HUMANOS
12.1 Estrutura Organizacional do Centro de processamento
Coordenador
C
Associação
C
Sub-unidade de gestão
do armazém/centro de
processamento
Governo
C
Sub-unidade de gestão
de marketing
Sub-unidade de
gestão de produção
C
Equipe de
monitoria
Produtor
Figura 2. Estrutura organizativa para implementação do projecto
O presente projecto será superintendido pelo coordenador indicado em Assembleia Geral para o
efeito que se encarregará de integrar todos os esforços na presente cadeia de valor. O mesmo irá
coordenar e sincronizar os gestores das sub-unidades de armazenamento/processamento e de
produção por forma a que haja uma perfeita integração vertical.
As sub-unidades de armazenamento/processamento e de produção irão se ater aos aspectos de
racionalização das respectivas áreas e dar retroalimentação às informações recebidas da equipe
de monitoria ou dos produtores.
A equipe de monitoria, tal como os outros integrantes da estrutura organizativa, será
seleccionada de acordo com as suas aptidões e experiência técnica em produção de hortícolas em
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média escala uma vez que este estará directamente ligado ao processo produtivo devendo
escrever relatórios pois estará no dia a dia nos campos de produção.
11.2 Necessidade de pessoal e serviços
A unidade de processamento de vegetais, pretende trabalhar com provedores de serviços para
prestar assistência técnica durante o processo produtivo e coordenar as actividades da unidade de
processamento no âmbito da presente iniciativa.
A estrutura organizacional do projecto será definida com as funções de: Governo, Associação
dos agricultores da Moamba e Coordenador da unidade, outros cargos serão de Assistente
administrativa, recepcionista, motorista, contabilista, assistente de vendas, operadores de
processamento, pessoal de limpeza e guarda. Exceptuando o Governo e a Associação dos
agricultores de Moamba os outros serviços serão prestados por profissionais autônomos. Cada
colaborador terá as suas actividades bem definidas e serão orientadas por procedimentos e
normas da unidade de processamento antes de exercer as funções. As tarefas específicas para
cada função são:
Governo- disponibilizar a unidade de processamento com todos equipamentos necessários para
operacionalizar a mesma.
Associação dos agricultores da Moamba- produzir as hortícolas necessárias para abastecer a
unidade de processamento de vegetais de acordo com os padrões de qualidade exigidos pelos
mercados. Acompanhar o processo acondicionamento, armazenamento e de negociação de
preços e vendas das hortícolas.
Coordenador da unidade de processamento- providenciar assistência técnica e formação
prática para a produção de hortícolas, dar formação em gestão agrícola, planificar a produção,
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monitorar os custos e desenvolver estratégias para reduzi-los, introduzir práticas de análise de
custo e benefício, elaborar planos de negócio para a associação, verificar a qualidade de semente
e do material de plantio, verificar a qualidade das operações culturais, assistir a associação na
procura de mercados, investimentos junto a entidades financeiras e doadores, controlar os
processos de colheita, selecção e embalagem da produção, admnistrar a unidade de
processamento e gerir toda actividade financeira incluindo o fluxo de caixa supervisionar e
controlar os estoques, realizar a abertura e fecho de caixa, realizar o pagamento das despesas
comerciais e fornecedores, desenvolver acções de vendas com metas definidas, realizar o
feedback aos associados quanto aos custos de .armazenamento, e comercialização dos produtos.
Contabilista- realizar a contabilidade fiscal e gerencial, cuidar da manutenção e registos da
unidade de processamento, elaborar quinzenalmente relatórios contábeis para os sócios como
auxílio no desenvolvimento de estratégias de redução de custos. elaborar e gerir o orçamento
anual e relatórios financeiros, gerir todas as actividades financeiras incluindo fluxo de caixa,
elaborar folhas de pagamento.
Assistente administrativa- Gerir e controlar os recursos humanos, controlar o caixa da empresa,
elaborar programas e políticas de remuneração, controlar a folha de pagamento, planear
treinamentos, avaliar o desempenho dos funcionários, análise económica e financeira,
Supervisionar e controlar as contas a pagar e a receber; monitorar os custos e desenvolver
estratégias para reduzi-los; negociar com instituições financeiras; administrar compras e
controlar os contratos.
Recepcionista- Atender ao público, planear as acções de trabalho, elaborar relatórios sobre as
actividades da empresa, gerir e controlar as actividades de serviço.
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Motorista- conduzir a viatura da unidade e velar pela manutenção da mesma.
Assistente de vendas- realizar operações de caixa; repositor, atendimento ao público; troca de
mercadorias e emissão de nota fiscal, executar as entregas em domicílio; retirada e transporte de
mercadorias conforme solicitação e os enviar para a separação; auxiliar no inventário da
empresa; efectuar estocagem de mercadorias recebidas identificando-as, acondicionando-as em
locais apropriados segundo suas características; codificar e colar os preços com a etiquetadeira
nos produtos; manter a área de depósito desobstruída para facilitar o deslocamento de pessoas e
mercadorias; cuidar da limpeza do estoque; atendimento ao cliente.
Operadores de processamento- cuidar da limpeza, embalagem e padronização das hortícolas.
Pessoal de limpeza- cuidará da limpeza e arrumação da unidade de processamento.
Guarda- cuidará da segurança e manutenção da ordem da unidade processamento.
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12. PLANO FINANCEIRO
12.1 Investimentos
Tabela 7. Investimentos pré-operacionais
UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE VEGETAIS DA MOAMBA
ITEM
UNIDADE
QUANTIDADE
INVESTIMENTOS PRE-OPERACIONAIS
PRECO UNIT.(Mt)
Prospeccao do mercado (incluindo viagens a potenciais mercados)
Licensas
Reforma do local
Publicidade, divulgacao e inauguracao
VALOR (Mt)
50,000.00
5,000.00
150,000.00
250,000.00
455,000.00
Sub-Total
Tabela 8. Investimentos em equipamento
EQUIPAMENTO
UNIDADE
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid (23 pecas)
Unid.
Unid.
Unid
Unid.
Unid.
ITEM
Viatura 4x4
Multiprocessador de alimentos
Fogao a gas
Pias para lavagem de legumes
Mesas de aco inox e polietileno
Seladora
Balança (30 Kg)
Balança (150 Kg)
Paleta
Frigideira
Prateleira
Panela
Faca
Liquidificador
Paleteira
Caixas de madeira
Maquina de descascar vegetais
Caixas de plasticas
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PRECO UNIT.(Mt)
1,200,000.00
232,000.00
120,000.00
8,000.00
15,000.00
60,000.00
5,000.00
9,000.00
1,500.00
3,000.00
200,000.00
8,000.00
30,000.00
30,000.00
120,000.00
4,000.00
20,000.00
200.00
VALOR (Mt)
1,200,000.00
232,000.00
240,000.00
48,000.00
60,000.00
180,000.00
5,000.00
9,000.00
300,000.00
6,000.00
200,000.00
16,000.00
30,000.00
60,000.00
240,000.00
40,000.00
40,000.00
100,000.00
3,006,000.00
Subtotal
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QUANTIDADE
1
1
2
6
4
3
1
1
200
2
1
2
1
2
2
10
2
500
Projecto de processamento de hortícolas da Moamba
Tabela 9. Investimentos em Material de escritório
ITEM
Secretaria
Cadeiras
Mesa de reunioes (10 lugares)
Prateleiras
Extintor de incendio
Estante
Cestos de lixo
Carimbos
Cadeados
Cofre
Ar condicionado
Telefone fixo
Computador e estabilzador
Internet
Impressora c/ fax
MATERIAL DE ESCRITORIO
UNIDADE
QUANTIDADE
Unid.
5
Unid.
10
Unid.
1
Unid.
2
Unid.
2
Unid.
1
Unid.
2
Unid.
2
Unid.
10
Unid.
2
Unid.
2
Unid.
3
Unid.
5
Unid.
1
Unid.
2
PRECO UNIT.(Mt)
10,000.00
1,850.00
70,000.00
10,000.00
4,000.00
8,000.00
1,200.00
800.00
500.00
5,000.00
14,000.00
3,000.00
25,000.00
10,000.00
7,500.00
VALOR (Mt)
50,000.00
18,500.00
70,000.00
20,000.00
8,000.00
8,000.00
2,400.00
1,600.00
5,000.00
10,000.00
28,000.00
4,500.00
125,000.00
10,000.00
15,000.00
376,000.00
Subtotal
Tabela 10. Salários e encargos
SALARIOS E ENCARGOS
UNIDADE
QUANTIDADE
Mes
12
Mes
12
12
Mes
12
Mes
12
Mes
120
Mes
24
Mes
36
Mes
ITEM
Assistente admnistrativa
Recepcionista
Motorista
Contabilista
Assistente de vendas
Operadores de processamento
Pessoal de limpeza
Carregadores
Subtotal
INSS
4%
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VALOR (Mt)
120,000.00
60,000.00
84,000.00
120,000.00
240,000.00
480,000.00
64,800.00
97,200.00
1,266,000.00
50,640.00
1,316,640.00
Subtotal
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PRECO UNIT.(Mt)
10,000.00
5,000.00
7,000.00
10,000.00
20,000.00
4,000.00
2,700.00
2,700.00
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Tabela 11. Despesas mensais
DESPESAS MENSAIS
DESPESAS FIXAS
UNIDADE
QUANTIDADE
12
Mes
12
Mes
12
Mes
12
Mes
12
Mes
12
Mes
ITEM
Agua e energia
Telefonia e internet
Seguro
Seguranca
Publicidade e propaganda
Produtos de higiene
Sub-Total
DESPESAS VARIAVEIS
12
12
Consumiveis de escritorio
Combustivel
Sub-Total
PRECO UNIT.(Mt)
20,000.00
5,000.00
10,000.00
15,000.00
5,000.00
3,000.00
VALOR (Mt)
240,000.00
60,000.00
120,000.00
180,000.00
60,000.00
36,000.00
696,000.00
10,000.00
10,000.00
120,000.00
120,000.00
240,000.00
Mes
Mes
936,000.00
Subtotal
Tabela 12. Capital giro
CAPITAL GIRO
UNIDADE
Mes
Mes
ITEM
Transporte de batata para FRIGO
Consumiveis de empacotamento
QUANTIDADE
3
6
PRECO UNIT.(Mt)
1,000,000.00
50,000.00
3,300,000.00
Subtotal
NOTA: O transporte dos produtos ate aos potenciais clientes sera facturado separadamente, de acordo com os precos facturados pelos transportadores
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VALOR (Mt)
3,000,000.00
300,000.00
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Tabela 13. Estimativa do investimento total
ESTIMATIVA DO INVESTIMENTO TOTAL
ITEM
INVESTIMENTOS PRE-OPERACIONAIS
EQUIPAMENTO
MATERIAL DE ESCRITORIO
SALARIOS E ENCARGOS
DESPESAS MENSAIS
CAPITAL GIRO
Subtotal
Imprevistos(10%)
VALOR(Mt)
455,000.00
3,006,000.00
376,000.00
1,316,640.00
936,000.00
3,300,000.00
9,389,640.00
938,964.00
10,328,604.00
TOTAL
12.2 Estimativa do facturamento mensal
Tabela 14. Estimativa do facturamento mensal
PRODUTO
BATATA
CENOURA
PIMENTA
HORTICOLAS DE FOLHA
FEIJAO VERDE
PEPINO INGLES
ESTIMATIVA DE FACTURAMENTO MENSAL
PERIODO
QUANTIDADE(TON.) PRECO(MT/TON.) VALOR
Mes
1560
15,000.00
23,400,000.00
Mes
15
25,000.00
375,000.00
Mes
20
25,000.00
500,000.00
Mes
2
25,000.00
50,000.00
Mes
4
30,000.00
120,000.00
Mes
5
15,000.00
75,000.00
24,520,000.00
TOTAL
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12.3 Fluxo de caixa
Tabela 15. Fluxo de caixa
FLUXO DE CAIXA ANO 1
ITEM
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
ABRIL
MAIO
JUNHO
JULHO
AGOSTO
SETEMBRO OUTUBRO
NOVEMBRO DEZEMBRO
INVESTIMENTOS PRE-OPERACIONAIS
37,916.67
37,916.67
37,916.67
37,916.67
37,916.67
37,916.67
37,916.67
37,916.67
37,916.67
37,916.67
37,916.67
37,916.67
EQUIPAMENTO
250,500.00
250,500.00
250,500.00
250,500.00
250,500.00
250,500.00
250,500.00
250,500.00
250,500.00
250,500.00
250,500.00
250,500.00
MATERIAL DE ESCRITORIO
31,333.33
31,333.33
31,333.33
31,333.33
31,333.33
31,333.33
31,333.33
31,333.33
31,333.33
31,333.33
31,333.33
31,333.33
SALARIOS E ENCARGOS
109,720.00
109,720.00
109,720.00
109,720.00
109,720.00
109,720.00
109,720.00
109,720.00
109,720.00
109,720.00
109,720.00
109,720.00
DESPESAS MENSAIS
78,000.00
78,000.00
78,000.00
78,000.00
78,000.00
78,000.00
78,000.00
78,000.00
78,000.00
78,000.00
78,000.00
78,000.00
CAPITAL GIRO
825,000.00
825,000.00
825,000.00
825,000.00
IMPREVISTOS
78,247.00
78,247.00
78,247.00
78,247.00
78,247.00
78,247.00
78,247.00
78,247.00
78,247.00
78,247.00
78,247.00
78,247.00
1,410,717.00
1,410,717.00
1,410,717.00
1,410,717.00
585,717.00
585,717.00
585,717.00
585,717.00
585,717.00
585,717.00
585,717.00
585,717.00
24,520,000.00
24,520,000.00 24,520,000.00
24,520,000.00
24,520,000.00
24,520,000.00
TOTAL DE CUSTOS
-
-
-
-
-
-
-
-
RECEITA
-
COMISSAO DOS AGRICULTORES ( 87% )
-
-
-
-
-
-
21,332,400.00
21,332,400.00 21,332,400.00
21,332,400.00
21,332,400.00
21,332,400.00
COMISSAO DO COORDENADOR DA UNIDADE ( 5%)
-
-
-
-
-
-
1,226,000.00
1,226,000.00
1,226,000.00
1,226,000.00
1,226,000.00
1,226,000.00
COMISSAO DO GOVERNO (2%)
-
-
-
-
-
-
490,400.00
490,400.00
490,400.00
490,400.00
490,400.00
490,400.00
COMISSAO DE MANUTENCAO DA UNIDADES(6%)
-
-
-
-
-
-
1,471,200.00
1,471,200.00
1,471,200.00
1,471,200.00
1,471,200.00
1,471,200.00
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TOTAL
455,000.00
3,006,000.00
376,000.00
1,316,640.00
936,000.00
3,300,000.00
938,964.00
10,328,604.00
147,120,000.00
127,994,400.00
7,356,000.00
2,942,400.00
8,827,200.00
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ANEXOS
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PLANO DE PRODUÇÃO DA BATATA RENO
CUSTOS ENVOLVIDOS
Descrição
Limpeza das valas e obras de manuntencao
Subtotal
Custos para Produção de 1 ha de batata reno época fresca;
Estimativas de custos Pre-operacionais
Unidade
Quantidade
Valor Unitario (Mtn) Total (Mtn)
Unid.
1
3,000.00
3,000.00
3,000.00
Descrição
Balanca de precisão
Pá
Pulverizador
Botas
Oculos
Enxadas
Fita metrica
Tambor
Fatos de pulverização
Luvas de Borracha
Mascaras
Subtotal
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Estimativa dos custos de utensilios
Unidade
Quantidade
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
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1
2
1
2
1
5
1
1
1
2
2
Valor Unitario (Mtn)
Total (Mtn)
1,300.00
1,300.00
385.00
770.00
3,293.00
3,293.00
285.00
570.00
50.00
50.00
400.00
2,000.00
360.00
360.00
1,000.00
1,000.00
600.00
600.00
120.00
240.00
120.00
240.00
10,423.00
Projecto de processamento de hortícolas da Moamba
Descrição
Lavoura
Gradagem
Sulcagem
Semeadora de batata
Sub-total
Batata semente calibre 28/35
NPK2:3:4
NPK1:0:
Omnical
MAP
Omniboost
Organocell
Sub-total
Basamide
Bandit
Cloropirifos
Steward
Thiara
Abamectina
Biomiprid
Benomyl
Metalaxil+Mancozebe
Spore kill
Sub-total
Colhedora de batata
Sacos de batata
Subtotal
Total
Estimativa dos custos de estabelecimento e manuntenção da plantação
Unidade
Quantidade
Valor Unitario (Mtn) Total(Mtn)
Preparação do solo
Hora
8
800.00
6,400.00
Hora
4
800.00
3,200.00
Hora
1.5
800.00
1,200.00
Hora
2.5
800.00
2,000.00
12,800.00
Plantio
Kg
2000
40.00
80,000.00
Fertilizantes
50 KG
10
1,400.00
14,000.00
50 KG
8
1,350.00
10,800.00
25 Kg
4
700.00
2,800.00
50 Kg
2
1,700.00
3,400.00
15 Kg
2
1,500.00
3,000.00
20 L
1
3,500.00
3,500.00
37,500.00
Fitofarmacos
Kg
2
300.00
600.00
L
2
1,083.00
2,166.00
L
2
333.00
666.00
Kg
2
2,595.00
5,190.00
Kg
2
3,600.00
7,200.00
L
1
665.00
665.00
L
2
2,800.00
5,600.00
Kg
2
520.00
1,040.00
Kg
4
520.00
2,080.00
L
2
500.00
1,000.00
26,207.00
Beneficiamento
Hora
2.5
800.00
2,000.00
Unid.
2000
10.00
20,000.00
22,000.00
178,507.00
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Estimativa do custo de Mão de Obra
Unidade
Quantidade
Descrição
Sazonais/Actividade
Sacha e amontoa
Colheita/seleccao e empacotamento
Subtotal
Jorna/Homem/dia
Jorna/Homem/dia
Estimativa de Capital Giro
Unidade
Quantidade
Mes
Unid.
Descricao
Taxa de agua
Transporte produto final (28ton)
Total
Valor unitario(Mtn)
40
20
Total (Mtn)
150.00
150.00
6,000.00
3,000.00
9,000.00
Valor Unitario (Mtn) Total (Mtn)
5
750.00
3,750.00
1
5,000.00
5,000.00
8,750.00
Estimativa do Investimento Total (1 ha)
Descricao
Estimativa de custos Pre-operacionais
Estimativa de custos de utensilios
Estimativa do estabelecimento da plantação
Estimativa do custo de Mao de Obra
Estimativa de Capital Giro
Total
Imprevistos (2.5%)
Total
Total
Estimativa do Investimento Total (500 ha)
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3,000.00
10,423.00
178,507.00
9,000.00
8,750.00
209,680.00
5,242.00
214,922.00
107,461,000.00
Projecto de processamento de hortícolas da Moamba
ESTIMATIVA DE FACTURAMENTO PARA O AGRICULTOR
Periodo
Final da campanha
Total
Estimativa do facturamento para 1 ha(- Rend. 20 ton/ha)
Produto
Quantid. (ton.) Preço (Mt)
Batata
35000
Estimativa do facturamento para 500 ha (- Rend. 20 ton/ha)
Valor (Mt)
13.05
456,750.00
456,750.00
228,375,000.00
ANÁLISE DE VIABILIDADE PERSPECTIVA DO AGRICULTOR
ANALISE DE VIABILIDADE
VALORES ANUAIS
ITEM
RECEITA TOTAL (Mt)
INVESTIMENTO TOTAL (Mt)
LUCRO LIQUIDO (Mt)
RENTABILIDADE (%)
LUCRATIVIDADE (%)
PERIODO DE RETORNO
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VALOR
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214,922.00
241,828.00
112.5
52.9
0.9