Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI
ISSN 1809-1636
DENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO ENSINO DE BIOLOGIA: UMA SEQUÊNCIA
DIDÁTICA DE ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
Dolanei de Souza França e SILVA1
Rita de Cassia FRENEDOZO2
RESUMO
O presente artigo propõe analisar e discutir os resultados da aplicação de uma sequência didática de
estratégias pedagógicas de ensino como a pesquisa, o debate, o trabalho de campo e o seminário, no
estudo do tema Desenvolvimento Sustentável como mediadoras diversificados que favoreçam uma
abordagem dinâmica e contextualizada. Possibilitando assim situações de aquisição e produção de
conhecimento, informações, a vivência e a troca de experiências que buscam promover alterações
de atitudes, tomada de posicionamentos e decisões, numa percepção mais globalizada e integrada
do referido assunto. O estudo tem como referência as aulas de Biologia para alunos do 3º ano do
Ensino Médio, de uma escola estadual no município de Pirapora, Minas Gerais. A presente análise
se justifica não só pela relevância universal do tema nas discussões e preocupação com o meio
ambiente, mas principalmente na forma como o assunto deve ser abordado como conteúdo
multidisciplinar.
Palavras-chave: meio ambiente, interdisciplinaridade, aprendizagem, alterações de atitudes.
ABSTRACT
This article aims to analyze the effectiveness of teaching strategies of teaching, as research,
discussion, field work and seminar, to study the topic Sustainable Development. How diversified
mediators favoring a dynamic and contextualized approach, and enabling conditions for the
acquisition and production of knowledge, information, experience and exchange of experiences,
promote changes in attitudes and making positions and decisions, in a sense more globalized and
integrated said issue. This study will take as a reference biology classes for students in 3rd year of
high school, in a state school in the city of Pirapora, Minas Gerais. This analysis is justified not only
by the universal relevance of the theme in the discussions and concerns about the environment, but
mainly on how the matter should be approached as an multidisciplinary subject.
Keywords: environment, interdisciplinarity, learning, changes in attitudes.
INTRODUÇÃO
Não é preciso fazer parte do convívio no espaço escolar para perceber que a educação,
principalmente nas escolas públicas, não vai bem. Os sinais que apontam a má qualidade do ensino
já são logo indicados pelos resultados das avaliações externas que são divulgados pela mídia.
Difícil encontrar uma única causa dentro de um panorama tão negativo, pois um
1
E.E. Luiz Balbino e E.E. Argelce Cavalho Santos da Mota – Pirapora- MG. - [email protected]
2
Pós-Graduação – Mestrado em Ensino de Ciências - UNICSUL – SP
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emaranhado de fatores sociais, políticos, econômicos e culturais se interagem numa barreira
fortemente construída, impedindo a melhoria da qualidade do ensino. Todavia nos belos discursos
teoricamente, essa barreira é facilmente derrubada.
A todo o momento e em qualquer lugar, encontram-se estampados os problemas da
educação do nosso país. São poucos investimentos dos seus mantenedores, problemas de ordem
social, econômica e cultural que se desencadeiam num ambiente escolar atribulado e inseguro.
Enumerar os problemas que afetam o processo de ensino-aprendizagem nas escolas
públicas não é difícil. Esses podem ter como causas desde a má gestão, perpassar pela precariedade
na infraestrutura escolar; nas estratégias pedagógicas; nos equipamentos; nas formas de avaliação
da aprendizagem; nos materiais de ensino; até a omissão da família no acompanhamento do
aproveitamento do aluno.
Esse aluno que, na maioria, se coloca numa posição de falsa independência, passivo,
desinteressado, sem o hábito de estudar e, que exige do professor a transmissão de informações
pontuais, valoriza excessivamente as notas, os privilégios, os certificados e quase nunca pensam na
aprendizagem.
Solucionar esses e outros problemas se torna um desafio de diversas complexidades para a
instituição escolar que tenta se firmar e atender de forma eficaz às rápidas transformações e novas
demandas da exigente sociedade contemporânea.
A sociedade ainda tem dificuldade de definir o papel da escola, na medida em que a
concebe como promotora da produção de um conhecimento mais abrangente, globalizado, que
possibilite uma aplicação imediata de habilidades, das competências e dos conhecimentos
adquiridos, em detrimento da atual abordagem fragmentada, linear, abstrata e descontextualizada do
conhecimento.
No entanto, estamos inseridos num meio social que também supervaloriza o papel do
professor como sendo somente aquele que transmite conteúdos, aplica e corrigi provas, atribui
notas, confere diploma, prepara para o concurso, o vestibular e para o mundo do trabalho. E, em
situações de problemas com o comportamento humano, ainda concebe a escola como espaço de
formação e aprendizado da cidadania, da convivência e da vida social.
Nesse contexto de indefinição do papel da escola, da ausência histórica do reconhecimento
social e valorização profissional do professor pouco se pensa no processo ensino – aprendizagem e
no “como” ele ocorre.
Segundo (Oliveira, 2004, p.57), “o aprendizado ou aprendizagem é o processo pelo qual o
indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc, a partir de seu contato com a
realidade, o meio ambiente, as outras pessoas”.
Diante dessa afirmação, fica evidente que garantir o direito constitucional de acesso à
escola não é suficiente. Faz-se necessário criar situações que envolvam a capacidade de processar,
eleger e aplicar o conhecimento de modo produtivo. É necessário também buscar respostas relativas
ao quê, ao como, ao para quê e “para quem” ensinar, objetivando em última instância, ensinar a
aprender, a compreender e a exercer os saberes construídos. O processo ensino-aprendizagem deve
ser integrado com as dimensões antropológicas, sociais, econômicas, políticas e culturais do
indivíduo como homem.
Assim aumentam as discussões sobre como o currículo é pensado, elaborado e organizado,
e sobre a necessidade de uma nova prática educativa. Faz-se necessária também a seleção e
aplicação de métodos e estratégias pedagógicas na execução desse currículo. Constata-se que não é
suficiente acumular informações, mas sim alcançar o domínio dos mecanismos de produção e
apropriação do conhecimento sistematizado.
Daí, para trabalhar com o tema desenvolvimento sustentável são fundamentais as
articulações entre os conteúdos das diversas áreas dos saberes científicos disciplinares,
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proporcionando, assim, uma visão global da realidade.
Nesse sentido, observa-se um aumento na concordância de se promover uma melhoria nas
propostas curriculares pelos educadores e autoridades educacionais.
Conscientes dessa necessidade, propõe-se aqui analisar o estudo do tema desenvolvimento
sustentável, no ensino de Biologia, para alunos do 3º ano do Ensino Médio, de uma escola pública
mineira, mediado por uma sequência didática que inclui estratégias pedagógicas como: a pesquisa
escrita, o debate em sala de aula, o trabalho de campo e o seminário.
O TEMA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Trata-se de um assunto relevante, uma vez que os indicadores atuais mostram um aumento
significativo nas discussões ecológicas que clamam por um desenvolvimento sustentável, uma
produção de qualidade e um consumo controlado.
Parece existir um grande paradoxo entre discursos ecológicos muito bem elaborados, uma
legislação severa, protetora e atitudes e ações práticas. Essa situação tem contribuído para algumas
falhas nas análises econômicas e na formulação de políticas públicas eficazes que consigam
sustentar e limitar o crescimento econômico a qualquer custo.
Em grandes áreas do mundo, as demandas humanas sobre os sistemas biológicos da Terra
estão atingindo um nível insustentável em que sua produtividade está sendo prejudicada. Isso
poderá provocar um colapso em grande escala, criando problemas sociais e ambientais mais
rapidamente do que eles possam ser solucionados.
Sistemas biológicos naturais do mundo estão submetidos a intensas pesquisas científicas
com vários objetivos, dentre eles a identificação de espécies novas, principalmente aquelas que
possam ser utilizadas a favor da melhoria da qualidade de vida dos humanos, seja para fornecer
produtos para a indústria, seja para aperfeiçoar as técnicas de produção de alimento e, também para
fins medicinais.
Isso acaba atraindo e intensificando a necessidade de pesquisas científicas e seus resultados
atraem recursos financeiros para mais exploração e, também desenvolvimento de estratégias de
proteção dos recursos naturais, o que pode ser verificado, por exemplo, através dos inúmeros
acordos internacionais e legislação ambiental diversificada, como os citados por (Primack, 2001, p.
289)
A Declaração do Rio (apresenta os princípios gerais para orientar as ações de países
ricos e pobres com relação a questões de meio ambiente e desenvolvimento.). A
Convenção sobre Mudanças Climáticas (este acordo exige que os países
industrializados reduzam a emissão de dióxido de carbono e outros gases do efeito
estufa e que apresentem relatórios regulares sobre seus procedimentos.). A
Convenção sobre a Biodiversidade (tem três objetivos; a proteção da diversidade
biológica; seu uso sustentável; uma divisão equitativa dos benefícios provenientes de
novos produtos manufaturados, a partir de espécies silvestres e cultivadas.). A
Declaração sobre os Princípios de Florestas (sugere um manejo sustentável de
florestas) e a Agenda 21 (abrange as políticas necessárias para um desenvolvimento
de meio ambiente seguro.).
Um dos princípios da sustentabilidade é gerar uma estrutura nacional para integrar
desenvolvimento e conservação através de informações e de conhecimento, leis e instituições,
políticas econômicas e sociais coerentes com a sustentabilidade. Estrutura que deve ser flexível,
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regionalizada, centrada nas pessoas e nos fatores sociais, econômicos, técnicos e políticos, de modo
a influir na geração e distribuição de riqueza e bem–estar. Deve visar ainda desenvolver estratégias,
práticas e políticas que permitam minimizar o esgotamento dos recursos não renováveis e que
desenvolvam o equilíbrio entre a capacidade da natureza e as necessidades humanas. Às pessoas
caberá modificar suas atitudes e práticas pessoais adotando a ética de viver sustentavelmente.
Primack (2001, p. 309) diz ainda que
O desenvolvimento sustentável tornou-se um conceito importante para guiar as
atividades humanas, mas não é fácil encontrar-se o equilíbrio exato entre a proteção
da biodiversidade biológica e o uso dos recursos naturais.
Ricklefs (2003, p. 473) ainda reforça outros desafios dos humanos e sua interação com o
ambiente afirmando que
A atual população humana está consumindo os recursos mais rápido de que são
regenerados pela biosfera, isso ao mesmo tempo em que libera tantos rejeitos que a
qualidade do ambiente na maior parte das regiões da Terra está se deteriorando numa taxa
alarmante. Se pretendemos viver num mundo habitável para as futuras gerações, nossa
prioridade máxima deve ser atingir uma relação sustentável com o resto da biosfera. Isso
exigirá pôr um fim ao crescimento populacional, desenvolver fontes de energia sustentáveis,
proporcionar a regeneração de nutrientes e outros materiais e restaurar habitats deteriorados.
Assim, um tema tão importante e complexo como esse, não poderia deixar de estar
contemplado na proposta curricular da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais
(SEE/MG), de acordo com as proposições dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que o
identifica como um tema transversal a ser abordado de forma interdisciplinar e contextualizada,
rompendo com a rigidez da organização das disciplinas e do conhecimento fragmentado,
consequentemente, deverá estar inserido no planejamento pedagógico das aulas regulares em sala
de aula. A experiência nos permite afirmar que não é uma tarefa fácil. A proposta é interessante,
mas gera muita polêmica e, ainda, representa um desafio para os professores que, considerando as
dificuldades já citadas anteriormente, deverão ter, além de boa vontade, estímulo e compromisso
profissional, buscar formas colaborativas de trabalho no sentido de diminuir os impactos negativos
do tempo e espaço escolares rígidos, que interferem na qualidade do ensino.
É importante ressaltar que o referido tema tem abordagem muito precária ou, nem mesmo é
abordado nos livros didáticos de Biologia disponibilizados pelo PNLEM (Programa nacional do
Livro para o Ensino Médio) do Ministério da Educação.
O exposto anteriormente nos permite afirmar que em última instância caberá ao professor
decidir sobre abordar ou não o tema.
É relevante ressaltar que o trabalho com o tema foi sugerido após estudos sobre conceitos
básicos em Ecologia, transferência de matéria e energia nos ecossistemas, fotossíntese e respiração,
relações ecológicas entre os seres vivos, a dinâmica de populações, biodiversidade e os fatores que
a reduzem, biodiversidade do Brasil, unidades de preservação e conservação ambiental,
desequilíbrios ambientais. Esses temas possibilitam ao aluno conhecimentos básicos e, assim já se
inicia um processo de “sensibilização” e preparação para estudar o tema proposto e a compreensão
de todas as suas dimensões.
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METODOLOGIA
A presente análise foi produzida durante cada etapa da sequência pedagógica proposta pra
abordar o tema desenvolvimento sustentável nas aulas regulares de Biologia, para alunos do 3º ano
do ensino médio da Educação Básica, de uma escola pública mineira, no município de Pirapora.
Cada estratégia foi comunicada juntamente com seus objetivos. Os instrumentos utilizados foram a
aplicação de questionários aos alunos, em que os mesmos puderam fazer sua análise em relação às
estratégias pedagógicas sugeridas para abordar o tema; a observação da participação e do
desempenho dos alunos durante os trabalhos. As estratégias pedagógicas foram aplicadas conforme
a sequência didática explicitada em seguida.
Estratégias Didáticas Sugeridas e sua Sequência Didática
Bordenave e Pereira (1997) alertam que quando o professor tem uma visão estrutural da
sociedade, principalmente, capitalista e globalizada como a sociedade brasileira,
[...] a opção metodológica feita pelo professor pode ter efeitos decisivos
sobre a formação da mentalidade do aluno, de sua cosmovisão, de seu
sistema de valores e, finalmente, de seu modo de viver. Alguém disse
uma vez que “enquanto os conteúdos informam, os métodos de ensino
formam”. Efetivamente, dos conteúdos do ensino o aluno aprende datas,
fórmulas, estruturas, classificações, nomenclaturas, cores, pesos, causas e
efeitos, etc. Dos métodos ele aprende a ser livre ou submisso; inseguro ou
seguro; disciplinado ou organizado; responsável ou irresponsável;
competitivo ou cooperativo. Dependendo de sua metodologia, o professor
pode contribuir para gerar uma consciência crítica ou uma memória fiel,
uma visão universalista ou uma visão estreita e unilateral, uma sede de
aprender pelo prazer apenas para receber um prêmio e evitar um castigo.
(BORDENAVE E PEREIRA, 1997, p. 68).
O desenvolvimento da compreensão da importância dos conhecimentos científicos
relacionados ao desenvolvimento sustentável e sua interferência na vida, bem como o
desenvolvimento de atitude científica e consciência ecológica dependem das experiências vividas
pelos alunos. Acredita-se que através da metodologia proposta neste trabalho, tais pressupostos
podem ser alcançados.
As diretrizes da proposta curricular da SEE/MG (2007, p. 4)
Orientam para a produção de um conhecimento interdisciplinar e contextualizado.
Sugerem estratégias diversificadas que mobilizem menos a memória e mais o
raciocínio, centrado nas interações estudante-professor e estudante-estudante na
construção de conhecimentos coletivos. Há de se considerar o interesse dos
estudantes pelos temas e a problematização de situação para o desenvolvimento dos
conteúdos. A contextualização é um recurso importante para retirar o aluno da
condição de espectador passivo, permitindo uma aprendizagem significativa. Ao
planejar atividades, é necessário partir do princípio de que os fatos e conceitos não
são apenas os conteúdos a serem ensinados em sala de aula. É necessário
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desenvolver outros tipos de conteúdos: os procedimentos, as atitudes e os valores,
sem os quais os conceitos e fatos não serão significativos.
Já Vygostki (1998, p. 104) alerta que,
A experiência prática mostra que o ensino direto de conceitos é impossível e
infrutífero. Um professor que tenta fazer isso geralmente não obtém qualquer
resultado, exceto o verbalismo vazio, uma repetição de palavras pela criança,
semelhante a de um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos
correspondentes, mas que na realidade oculta um vácuo.
Assim, aplicamos quatro estratégias pedagógicas, sendo a pesquisa dirigida, o debate em
sala de aula sobre o tema da pesquisa, o trabalho de campo com temas relacionados ao assunto e o
seminário, que ocorreram em quatro etapas sequenciais.
Com a utilização de tais estratégias, propusemos os objetivos abaixo relacionados a serem
atingidos pelos alunos.
a) Objetivos:
• Aprofundar e compreender as informações e ideias sobre o funcionamento dos
sistemas biológicos, dando significados e contextos a esses conhecimentos;
• Identificar, prever e compreender as consequências das intervenções humanas nos
ambientes;
• Pesquisar e discutir as estratégias do uso sustentável da biodiversidade e da
administração adequada do ambiente e, perceber que o desenvolvimento de
sociedades integrado com os princípios de funcionamento da natureza só é possível
com a redução da desigualdade social;
• Tomar posicionamentos e apresentar argumentação consistente;
• Exercitar a iniciativa, a criatividade, a responsabilidade, o compromisso e o trabalho
em equipe;
• Tomar gosto pelo conhecimento e adquirir uma atitude de permanente aprendizado.
b) Etapas e atividades propostas
O tema desenvolvimento sustentável é muito amplo, por isso, elegemos para este trabalho
alguns dos assuntos que se inserem nesse tema tão complexo.
Primeira etapa: Pesquisa escrita sobre o tema: o que é desenvolvimento sustentável?Relação
entre crescimento econômico e desenvolvimento sustentável. Possíveis estratégias de
desenvolvimento sustentável. Perspectivas de desenvolvimento sustentável no Brasil.
Segunda etapa: Entrega da pesquisa e debate em sala de aula. Participação individual, em que
cada aluno deverá responder pergunta sorteada.
Terceira etapa: Trabalho de campo em equipe: divisão em grupos de cinco a seis alunos,
pesquisar e coletar informações, produzir registros e materiais: através de visitas locais, entrevistas,
vídeo, fotos, cartazes, etc. Preparar seminário para apresentação em datas definidas de acordo com
os temas abaixo:
1-Flagra: situações de desperdício de água. Os alunos saíram em campo portando equipamentos
(câmeras) necessários a fotografar ou filmar situações de desperdício de água. Após a edição e
preparação do material apresentaram o resultado em sala de aula.
O objetivo dessa atividade é submeter os alunos a situações de reflexão, a percepção e a
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identificação da água como recurso natural cuja sustentabilidade é uma das principais preocupações
do mundo. Que seu uso insustentável poderá ainda ser causa de graves demandas nacionais e
internacionais pelo poder de sua exploração. O mundo inteiro discute a prática e atividades
desperdiçadoras e insustentáveis desse recurso e suas consequências podem colocar em risco tanto a
vida dos humanos como toda a “vida” do planeta.
2- Visitação ao aterro sanitário da cidade. Nessa atividade foi proposta uma entrevista com o
setor da prefeitura responsável pela manutenção do aterro, a visita ao local com a coleta de
informações sobre o critério para a escolha da localização, legislação ambiental, funcionamento,
vantagens, desvantagens, perspectivas. Produziram materiais e prepararam apresentação em sala de
aula.
Nessa perspectiva, (Towsend, 2006, p.487) afirma que
O lixo urbano inclui uma gama de materiais de fontes muito diferentes- por exemplo,
a indústria química, as forças armadas e as residências – e inclui plásticos, madeira e
metal. Tais resíduos são normalmente depositados em aterro sanitários, os quais são
posteriormente cobertos com solo e transferidos para a agricultura ou o
desenvolvimento urbano. Existem muitos casos nos quais esse uso posterior de
aterros sanitários tem causado problemas, à medida que substâncias químicas tóxicas
começam a lixiviar nos cursos d’água vizinhos e gases nauseantes são liberados.
Numa sociedade como o Brasil, em que se verificam graves problemas sociais, de infra-estrutura,
econômicos, políticos e de ocupação territorial, a ocorrência do exposto acima poderá trazer
problemas graves à saúde pública.
3- Coleta seletiva do Lixo na cidade. Os alunos deveriam pesquisar junto ao setor da prefeitura
responsável pela coleta do lixo e obter informações como: o que é coleta seletiva? Finalidades? A
abrangência no município. Critérios para a oferta do serviço. Dificuldades. Funcionamento.
Perspectivas. Produzir material e preparar apresentação em sala de aula.
4- Visitação à associação de catadores de material reciclável da cidade. Foi proposto aos alunos
coletar informações referentes à origem, estrutura e funcionamento, dificuldades e perspectivas.
Produzir material e preparar apresentação em sala de aula.
5- Reciclagem e reutilização. Ao grupo de alunos, foram propostas as pesquisas de iniciativas na
cidade; as visitações e coletas de informações referentes ao funcionamento, estrutura, vantagens,
dificuldades e perspectivas. Esse grupo também deveria produzir material e preparar apresentação
em sala de aula.
As atividades três, quatro e cinco citadas anteriormente ajudam o aluno na compreensão
sobre a relação do crescimento da população humana que demanda cada vez mais o consumo de
recursos e a produção de lixo.
6 – Pesca profissional: visitação à colônia de pescadores da cidade. Para esse grupo foi proposto a
visita à colônia de pescadores da cidade com o objetivo de entrevistar o presidente e associados e
coletar informações sobre a origem, estrutura e funcionamento da referida associação, bem como a
legislação sobre a pesca, as suas dificuldades, vantagens e suas perspectivas.
Nessa atividade o aluno deveria perceber, dentre outros fatores, que para manter a produção
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constante é necessário o manejo controlado dos recursos da pesca, no sentido de permitir seu ciclo
de crescimento e desenvolvimento natural até atingir seu potencial reprodutivo. Medida que serve
tanto para os recursos obtidos por “coleta natural” como para as espécies cultivadas. Deveria
identificar procedimentos legais para evitar a sobreexploração da atividade de pesca, tão importante
em sua comunidade, o que deverá ser conhecido pelos seus exploradores demonstrando
compreensão entre a importante interação que deve haver entre o consumidor e o recurso.
Townsend (2008, p. 453), diz que
Não é fácil percorrer o estreito caminho entre a sub e sobre- exploração. Espera-se de
uma política de governo que combine o bem-estar da espécie explorada, o lucro da
empresa exploradora e a continuidade de emprego para a força de trabalho, bem
como os estilos de vida tradicionais, os costumes sociais e a biodiversidade natural.
7- Oficina de reutilização: uma professora de ciências da escola aplicou a oficina a um grupo de
alunos abordando a experiência em relação à obtenção de renda, as dificuldades e vantagens da
reutilização de lixo na fabricação de artesanato. Nessa oficina foi proposta a reutilização de tecidos
para produzir enfeites em camisetas e a utilização de papel na confecção de origami. Cada aluno
produziu a sua peça.
Quarta etapa: Preparação e apresentação de seminário resultado da pesquisa em campo.
As atividades propostas funcionaram como mediadoras eficientes na abordagem do tema do
ponto de vista ecológico, mas que abrange um contexto interdisciplinar, contrariando uma prática
pedagógica que privilegia a transmissão e recepção passiva de informações e conceitos, na relação
professor – aluno. Numa metodologia participativa, que exige planejamento por parte dos grupos
em que os recursos e procedimentos propostos e outros utilizados a seu critério e criatividade criam
oportunidades e situações de “troca”, a construção e desconstrução coletiva de conhecimentos,
contribuindo para a compreensão dos assuntos propostos.
Consequentemente, essas estratégias permitem o desenvolvimento de atitudes e valores, sem os
quais os conceitos, os fatos e as informações não serão significativos. Tais atividades coletivas
transformam o ambiente escolar num ambiente social que coloca os adolescentes face a face com
seus pares e com pessoas adultas, favorecendo a interação social e o seu desenvolvimento
individual.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A presente análise foi possível, a partir dos instrumentos já mencionados anteriormente. A
seguir apresentamos a voz dos alunos sobre as estratégias aplicadas.
A voz dos alunos
Quadro 1- Depoimento dos alunos sobre a pesquisa escrita
Dupla1: “Conseguimos obter mais conhecimento sobre o assunto sugerido. A desvantagem é que
muitas vezes o cansaço obtido pelo tamanho do trabalho”.
Dupla 2: “ A desvantagem é que as pessoas não têm interesse de estar lendo, e sim só copiar das
outras pessoas”.
Dupla 3: “A vantagem é que temos que ler pra escrever”.
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Dupla 4: “ Você tem que ler pra resumir, e ficamos mais interagidos com o assunto, a desvantagem
é que a mão fica doendo, a estética do trabalho não fica legal, tiramos algumas coisas importantes
das pesquisas para podermos resumir”.
Dupla 5: “... muitas vezes a pessoa só copia e não aprende nada”.
Dupla 6: “Leva o aluno a procurar mais sobre o assunto.A desvantagem é só de ter a teoria sobre
o assunto”.
Dupla 7: “Incentivo a leitura”.
Dupla 8: A desvantagem é que a maioria dos alunos baixam da Internet a parte escrita sem ao
menos lê-lo”.
Quadro 2- Depoimento dos alunos sobre o debate em sala de aula
Dupla 9: “Cada um conhece mais o ponto de vista do outro”.A desvantagem é que tem muito ponto
de vista que os outros não gostam e acaba em discussão por causa das diferentes opiniões”.
Dupla 8: “... é uma troca de informações, de idéias. A desvantagem é que nem todos participam,
deixando de dar sua opinião”.
Dupla 10: “Todos têm o direito a dar sua opinião, e ficam por dentro do assunto. Muitos não
colaboram e ficam conversando paralela atrapalhando o debate”.
Dupla 4: “ Tira a mesmice das aulas e os alunos interage. Alguns não sabem o que é debate e
transforma tudo em brincadeira”.
Dupla 2: ...” a gente escuta a opinião do outro mesmo não concordando”.
Dupla 1: “Nós podemos aprender com o conhecimento dos outros”.
Dupla 11: “Falamos o que aprendemos e tira as dúvidas com o conteúdo dos alunos e a explicação
do professor”.
Quadro 3- Depoimento dos alunos sobre o trabalho de pesquisa de campo
Dupla 12: “A vantagem é que tudo aquilo que nós realmente pensávamos nós vimos. E a
desvantagem é que a medida que nós fazia perguntas eles ficavam tímidos ou meio constrangidos”.
Dupla 09: “Todos conhecem mais o meio ambiente”.
Dupla 08: “Mostra ao educando a parte prática da matéria. A desvantagem é que alguns alunos
deixam a responsabilidade sobre uma pessoa apenas”.
Dupla 10: “... Ficamos por dentro do que realmente vai ser abordado, e termos mais conhecimento
do que será explicado. A desvantagem é andar no sol quente, às vezes não achamos o que
procuramos”.
Dupla 13: “Tivemos oportunidade de conhecer os locais de trabalho. A desvantagem é que as
pessoas que procuramos saber mais sobre o assunto, não soube nos receber e nem dá uma
assistência adequada de informação”.
Dupla 6: “ Muitas pessoas não aceitam que elas sejam fotografadas, filmadas, fazendo coisas
erradas”.
Dupla 14: “Podemos aprender sobre ecologia em lugares diferentes”.
Dupla 4: “ Conhecemos lugares novos e obtemos novas experiências. A desvantagem é que alunos
imaturos que não sabem se comportar fora da escola”.
Dupla 3: “ Com os temas dados pela professora mostrou a realidade para nós, a desvantagem é
que nós mesmo conhecendo a realidade não fazemos nada pra mudá-la. Enfim fica a pergunta:
para que esse trabalho?
Dupla 2: “ O trabalho em campo não foi muito bom pois todas as pessoas responsáveis não tinham
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interesse nenhum em falar com nós”.
Dupla 15: “Vantagem: permitir o acesso a situações reais envolvendo o assunto”.
Dupla 16: “... colhemos informações e descobrimos o modo de vida de várias pessoas que mudou o
nosso jeito de pensar”.
Dupla 17: “... a desvantagem do aterro sanitário é que já não estávamos (meu grupo) conseguindo
ficar ali, por causa do cheiro forte e muitos mosquitos”.
Dupla 18: “A vantagem é que você tenta fazer com que isso mude pelo menos na sua vida
cotidiana, por exemplo, temos o desperdício de água depois que a gente apresentou o trabalho nós
tentamos não desperdiçar tanta água”.
Dupla 19: “Das atividades sugeridas foi a que achamos melhor, pois nós temos de ir ao local e
ficamos de frente com o problema e vemos realmente como funcionam diversos tipos de problema,
podemos conversas com as pessoas que entendem do assunto e ficarmos por dentro do que
verdadeiramente esta acontecendo”.
Dupla 20: “Você vai ver com seus próprios olhos a realidade fora da sala de aula”.
Dupla 21: A “desvantagem é que muita pesquisa é muito longe e é perigoso”.
Quadro 4 – Depoimento dos alunos sobre o seminário
Dupla 22: “Com o seminário podemos explicar tudo o que entendemos para outros alunos”.
Dupla 23: “A desvantagem é que muitos alunos atrapalham a nossa apresentação fazendo
gracinha e deixando a pessoa nervosa e não deixando apresentar direito a pesquisa”.
Dupla 24: “Os alunos têm por obrigação estudar e compreender o assunto para ser transmitido ao
restante da sala. Aprendemos a trabalhar em grupo, porque é necessário toda uma organização”.
Dupla 19: “As apresentações foram legais, vemos talentos de cada aluno desenvolvendo uma
atividade em sala de aula e mostrando que muitos deles estão saindo do terceiro ano mais
preparados para encararem o mercado de trabalho com as experiências que aprendemos na
escola...”.
Dupla 20: “A desvantagem é que as pessoas têm medo de expressar seus conhecimentos em
público”.
Dupla18: “A vantagem é que faz com que os alunos possam perder sua timidez e a desvantagem é
que os alunos tentam decorar sua fala e acaba não aprendendo nada do assunto”.
Dupla 25: “... expressa tudo que sabe e aprende a falar em público, a desvantagem é que nem
todos querem participar”.
Dupla 3: “Muitos alunos correm atrás para demonstrar claramente os grandes problemas e as
suas soluções. Enquanto outros não estudam e vão a frente falar besteira. Isso eu acho que é uma
grande desvantagem pois , o tema pode cair em uma prova, vestibular, concurso ,etc.”.
Dupla 26: “Vantagem: nenhuma. Desvantagem: perda de tempo”.
Dupla 27: “Muito bom, teve boa fala e slide perfeito”.
Dupla 28: “Isso é bom porque muitas vezes um aluno entende melhor o outro”.
Em relação à pesquisa escrita, observa-se certa deficiência na elaboração da mesma. É
urgente que os professores repensem a forma como a pesquisa é proposta e avaliada, uma vez que
os alunos ainda concebem a pesquisa escrita como cópia dos textos de livros ou da internet e, até
mesmo de colegas. Outro desafio importante a ser superado é o da falta, ou mau uso, e precariedade
das bibliotecas públicas e o seu acervo.
O trabalho desenvolvido pode nos sugerir que o debate em sala de aula é um instrumento
pedagógico eficiente, na medida em que proporciona a exposição de idéias, o respeito ao outro, a
possibilidade de desenvolvimento da arguição oral. Porém pode apresentar problemas que
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comprometem sua eficácia, devido as turmas serem numerosas, e que incorre no perigo da
desordem, quando o professor não possui bom manejo de classe e um bom guia do trabalho e, a
falta de interesse de alguns alunos em participar ou a menor importância que se dá à exposição do
colega. Daí percebeu-se a importância do direcionamento planejado das discussões pelo professor.
O trabalho de pesquisa de campo submete os alunos a situações próximas de seu ambiente
experimental e, através de relatos orais dos alunos, e na nossa observação de suas atitudes e
comportamento, mostra-se como de grande utilidade em oportunizar situações de aprendizagem
globalizada. Isso acontece porque desde a sua organização até a sua execução, os alunos estarão
expostos a diversas situações novas que requerem habilidade de iniciativa, criatividade, percepção,
o espírito de observação, de curiosidade e de investigação.
Essa estratégia possibilita desenvolver o senso de responsabilidade e capacidade de trabalhar
em equipe. Os alunos deverão ser orientados na elaboração de um guia de trabalho, trazendo todas
as ações bem programadas e traçadas a fim de facilitar o monitoramento do trabalho.
No seminário sugerido, os alunos apresentaram o resultado do trabalho da pesquisa de
campo. Foi mais uma situação de aprendizagem na qual os alunos foram submetidos, à medida que
tiveram que organizar todo o material coletado em campo e montar uma apresentação para seus
colegas. O professor deverá ficar atento às condições de disciplina dentro da sala de aula. Deve
também fazer as complementações e os questionamentos necessários, a fim de explorar o máximo o
assunto porque nesse momento os alunos acabam falando sobre as dificuldades de se organizar o
trabalho e, não desperdiçar nenhuma de suas contribuições. Esses aspectos criam um momento
propício para reflexão crítica e o replanejamento.
Na oficina de reutilização, observou-se um entusiasmo inicial dos alunos em aprender as
possibilidades do artesanato, compreender que o mesmo, além de aprendizado, requer habilidade e
material. Assim, a situação propiciou uma discussão sobre as possibilidades e a necessidade da
reutilização do lixo como uma medida sustentável. Além disso, essa oficina tornou-se interessante à
medida que o aluno percebeu que é uma medida sustentável eficiente, mas que requer
investimentos, não sendo tão simplista como é sugerida nos discursos sobre o meio ambiente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados obtidos evidenciam a necessidade de voltarmos à atenção para algumas
providências a serem tomadas como fazer a seleção de atividades mediadoras. Esse processo é
essencial no processo educativo, porque dessas providências dependerá a geração de aprendizagem
em que os conhecimentos tenham sentido ou não para os alunos. Contribuindo, assim, para a
compreensão e o enfrentamento da realidade ambiental, numa perspectiva globalizada que vão
desde o nível individual e local até os níveis coletivo, público e regional, nacional e internacional.
É relevante comentar que é de extrema importância que os objetivos sejam comunicados aos
alunos, a fim de que tomem uma posição de participação ativa contribuindo conscientemente para
alcançá-los.
Cada estratégia pedagógica tem suas características e funções, o que deve ser conhecido pelo
professor e pelo aluno. Daí a relevância da formação pedagógica inicial e continuada do professor,
bem como a disponibilidade para o planejamento das aulas.
Sugerimos no presente trabalho quatro estratégias pedagógicas que numa sequência didática
coerente permite atingir os objetivos proposto ao estudar o tema desenvolvimento sustentável.
Durante todo o processo, os alunos devem ser levados a identificar e compreender a interação entre
eles, o que permite uma abordagem mais completa em suas várias dimensões, principalmente, se
conseguirem perceber que o assunto não poderá ser esgotado e que todos deverão ter atitude
investigativa e crítica, bem como de acompanhamento participativo constante das novas demandas
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e possibilidades para uma sociedade sustentável.
Independente das dificuldades que qualquer indivíduo ligado ao processo educativo possa
citar em relação ao trabalho do professor, o planejamento pedagógico sempre deverá ser
privilegiado.
Quanto à dificuldade na eficácia em relação à pesquisa escrita, em que se verifica a prática
do “copiar e colar”, comum entre os alunos, que chegou juntamente com o uso inadequado da
Internet, podemos argumentar que o uso pedagógico das ferramentas tecnológicas como
instrumentos mediadores do aprendizado no ambiente escolar ainda é um desafio, principalmente
para professores e alunos. Essa situação
reforça a necessidade de adoção de medidas
governamentais que possibilitem uma educação tecnológica básica e continuada. Observa-se ainda,
que é essencial o papel do professor em promover a evolução dos conhecimentos e atitudes dos
alunos para o nível dos conhecimentos científicos, despertando-os para a curiosidade e a
investigação científica.
As atividades propostas dentro de um contexto local dos alunos facilitam a percepção da
importância de um acompanhamento crítico e contínuo sobre a produção dos conhecimentos
relacionados ao desenvolvimento sustentável, sua articulação com outras áreas da ciência e da
tecnologia, identificando suas implicações na sociedade e no bem-estar das pessoas.
Assim, se considerarmos as novas demandas do ensino médio, principalmente no que diz
respeito ao prosseguimento de estudos e formação para o mundo do trabalho, podemos afirmar que
se faz urgente a mudança de atitude e postura no ambiente escolar. É necessário ir além dos
objetivos educacionais que ficam no papel, no sentido de se repensar a importância do “como”
ensinar – aprender, sugerindo a seleção e a aplicação de estratégias pedagógicas mediadoras
eficientes e eficazes que podem contribuir nas condições de aprendizagem e na melhoria da
qualidade do ensino.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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Tradução Jéferson Luiz Camargo.
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uma sequência didática de estratégias