Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 DENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO ENSINO DE BIOLOGIA: UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA DE ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS Dolanei de Souza França e SILVA1 Rita de Cassia FRENEDOZO2 RESUMO O presente artigo propõe analisar e discutir os resultados da aplicação de uma sequência didática de estratégias pedagógicas de ensino como a pesquisa, o debate, o trabalho de campo e o seminário, no estudo do tema Desenvolvimento Sustentável como mediadoras diversificados que favoreçam uma abordagem dinâmica e contextualizada. Possibilitando assim situações de aquisição e produção de conhecimento, informações, a vivência e a troca de experiências que buscam promover alterações de atitudes, tomada de posicionamentos e decisões, numa percepção mais globalizada e integrada do referido assunto. O estudo tem como referência as aulas de Biologia para alunos do 3º ano do Ensino Médio, de uma escola estadual no município de Pirapora, Minas Gerais. A presente análise se justifica não só pela relevância universal do tema nas discussões e preocupação com o meio ambiente, mas principalmente na forma como o assunto deve ser abordado como conteúdo multidisciplinar. Palavras-chave: meio ambiente, interdisciplinaridade, aprendizagem, alterações de atitudes. ABSTRACT This article aims to analyze the effectiveness of teaching strategies of teaching, as research, discussion, field work and seminar, to study the topic Sustainable Development. How diversified mediators favoring a dynamic and contextualized approach, and enabling conditions for the acquisition and production of knowledge, information, experience and exchange of experiences, promote changes in attitudes and making positions and decisions, in a sense more globalized and integrated said issue. This study will take as a reference biology classes for students in 3rd year of high school, in a state school in the city of Pirapora, Minas Gerais. This analysis is justified not only by the universal relevance of the theme in the discussions and concerns about the environment, but mainly on how the matter should be approached as an multidisciplinary subject. Keywords: environment, interdisciplinarity, learning, changes in attitudes. INTRODUÇÃO Não é preciso fazer parte do convívio no espaço escolar para perceber que a educação, principalmente nas escolas públicas, não vai bem. Os sinais que apontam a má qualidade do ensino já são logo indicados pelos resultados das avaliações externas que são divulgados pela mídia. Difícil encontrar uma única causa dentro de um panorama tão negativo, pois um 1 E.E. Luiz Balbino e E.E. Argelce Cavalho Santos da Mota – Pirapora- MG. - [email protected] 2 Pós-Graduação – Mestrado em Ensino de Ciências - UNICSUL – SP Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 95 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 emaranhado de fatores sociais, políticos, econômicos e culturais se interagem numa barreira fortemente construída, impedindo a melhoria da qualidade do ensino. Todavia nos belos discursos teoricamente, essa barreira é facilmente derrubada. A todo o momento e em qualquer lugar, encontram-se estampados os problemas da educação do nosso país. São poucos investimentos dos seus mantenedores, problemas de ordem social, econômica e cultural que se desencadeiam num ambiente escolar atribulado e inseguro. Enumerar os problemas que afetam o processo de ensino-aprendizagem nas escolas públicas não é difícil. Esses podem ter como causas desde a má gestão, perpassar pela precariedade na infraestrutura escolar; nas estratégias pedagógicas; nos equipamentos; nas formas de avaliação da aprendizagem; nos materiais de ensino; até a omissão da família no acompanhamento do aproveitamento do aluno. Esse aluno que, na maioria, se coloca numa posição de falsa independência, passivo, desinteressado, sem o hábito de estudar e, que exige do professor a transmissão de informações pontuais, valoriza excessivamente as notas, os privilégios, os certificados e quase nunca pensam na aprendizagem. Solucionar esses e outros problemas se torna um desafio de diversas complexidades para a instituição escolar que tenta se firmar e atender de forma eficaz às rápidas transformações e novas demandas da exigente sociedade contemporânea. A sociedade ainda tem dificuldade de definir o papel da escola, na medida em que a concebe como promotora da produção de um conhecimento mais abrangente, globalizado, que possibilite uma aplicação imediata de habilidades, das competências e dos conhecimentos adquiridos, em detrimento da atual abordagem fragmentada, linear, abstrata e descontextualizada do conhecimento. No entanto, estamos inseridos num meio social que também supervaloriza o papel do professor como sendo somente aquele que transmite conteúdos, aplica e corrigi provas, atribui notas, confere diploma, prepara para o concurso, o vestibular e para o mundo do trabalho. E, em situações de problemas com o comportamento humano, ainda concebe a escola como espaço de formação e aprendizado da cidadania, da convivência e da vida social. Nesse contexto de indefinição do papel da escola, da ausência histórica do reconhecimento social e valorização profissional do professor pouco se pensa no processo ensino – aprendizagem e no “como” ele ocorre. Segundo (Oliveira, 2004, p.57), “o aprendizado ou aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc, a partir de seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas”. Diante dessa afirmação, fica evidente que garantir o direito constitucional de acesso à escola não é suficiente. Faz-se necessário criar situações que envolvam a capacidade de processar, eleger e aplicar o conhecimento de modo produtivo. É necessário também buscar respostas relativas ao quê, ao como, ao para quê e “para quem” ensinar, objetivando em última instância, ensinar a aprender, a compreender e a exercer os saberes construídos. O processo ensino-aprendizagem deve ser integrado com as dimensões antropológicas, sociais, econômicas, políticas e culturais do indivíduo como homem. Assim aumentam as discussões sobre como o currículo é pensado, elaborado e organizado, e sobre a necessidade de uma nova prática educativa. Faz-se necessária também a seleção e aplicação de métodos e estratégias pedagógicas na execução desse currículo. Constata-se que não é suficiente acumular informações, mas sim alcançar o domínio dos mecanismos de produção e apropriação do conhecimento sistematizado. Daí, para trabalhar com o tema desenvolvimento sustentável são fundamentais as articulações entre os conteúdos das diversas áreas dos saberes científicos disciplinares, Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 96 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 proporcionando, assim, uma visão global da realidade. Nesse sentido, observa-se um aumento na concordância de se promover uma melhoria nas propostas curriculares pelos educadores e autoridades educacionais. Conscientes dessa necessidade, propõe-se aqui analisar o estudo do tema desenvolvimento sustentável, no ensino de Biologia, para alunos do 3º ano do Ensino Médio, de uma escola pública mineira, mediado por uma sequência didática que inclui estratégias pedagógicas como: a pesquisa escrita, o debate em sala de aula, o trabalho de campo e o seminário. O TEMA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Trata-se de um assunto relevante, uma vez que os indicadores atuais mostram um aumento significativo nas discussões ecológicas que clamam por um desenvolvimento sustentável, uma produção de qualidade e um consumo controlado. Parece existir um grande paradoxo entre discursos ecológicos muito bem elaborados, uma legislação severa, protetora e atitudes e ações práticas. Essa situação tem contribuído para algumas falhas nas análises econômicas e na formulação de políticas públicas eficazes que consigam sustentar e limitar o crescimento econômico a qualquer custo. Em grandes áreas do mundo, as demandas humanas sobre os sistemas biológicos da Terra estão atingindo um nível insustentável em que sua produtividade está sendo prejudicada. Isso poderá provocar um colapso em grande escala, criando problemas sociais e ambientais mais rapidamente do que eles possam ser solucionados. Sistemas biológicos naturais do mundo estão submetidos a intensas pesquisas científicas com vários objetivos, dentre eles a identificação de espécies novas, principalmente aquelas que possam ser utilizadas a favor da melhoria da qualidade de vida dos humanos, seja para fornecer produtos para a indústria, seja para aperfeiçoar as técnicas de produção de alimento e, também para fins medicinais. Isso acaba atraindo e intensificando a necessidade de pesquisas científicas e seus resultados atraem recursos financeiros para mais exploração e, também desenvolvimento de estratégias de proteção dos recursos naturais, o que pode ser verificado, por exemplo, através dos inúmeros acordos internacionais e legislação ambiental diversificada, como os citados por (Primack, 2001, p. 289) A Declaração do Rio (apresenta os princípios gerais para orientar as ações de países ricos e pobres com relação a questões de meio ambiente e desenvolvimento.). A Convenção sobre Mudanças Climáticas (este acordo exige que os países industrializados reduzam a emissão de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa e que apresentem relatórios regulares sobre seus procedimentos.). A Convenção sobre a Biodiversidade (tem três objetivos; a proteção da diversidade biológica; seu uso sustentável; uma divisão equitativa dos benefícios provenientes de novos produtos manufaturados, a partir de espécies silvestres e cultivadas.). A Declaração sobre os Princípios de Florestas (sugere um manejo sustentável de florestas) e a Agenda 21 (abrange as políticas necessárias para um desenvolvimento de meio ambiente seguro.). Um dos princípios da sustentabilidade é gerar uma estrutura nacional para integrar desenvolvimento e conservação através de informações e de conhecimento, leis e instituições, políticas econômicas e sociais coerentes com a sustentabilidade. Estrutura que deve ser flexível, Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 97 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 regionalizada, centrada nas pessoas e nos fatores sociais, econômicos, técnicos e políticos, de modo a influir na geração e distribuição de riqueza e bem–estar. Deve visar ainda desenvolver estratégias, práticas e políticas que permitam minimizar o esgotamento dos recursos não renováveis e que desenvolvam o equilíbrio entre a capacidade da natureza e as necessidades humanas. Às pessoas caberá modificar suas atitudes e práticas pessoais adotando a ética de viver sustentavelmente. Primack (2001, p. 309) diz ainda que O desenvolvimento sustentável tornou-se um conceito importante para guiar as atividades humanas, mas não é fácil encontrar-se o equilíbrio exato entre a proteção da biodiversidade biológica e o uso dos recursos naturais. Ricklefs (2003, p. 473) ainda reforça outros desafios dos humanos e sua interação com o ambiente afirmando que A atual população humana está consumindo os recursos mais rápido de que são regenerados pela biosfera, isso ao mesmo tempo em que libera tantos rejeitos que a qualidade do ambiente na maior parte das regiões da Terra está se deteriorando numa taxa alarmante. Se pretendemos viver num mundo habitável para as futuras gerações, nossa prioridade máxima deve ser atingir uma relação sustentável com o resto da biosfera. Isso exigirá pôr um fim ao crescimento populacional, desenvolver fontes de energia sustentáveis, proporcionar a regeneração de nutrientes e outros materiais e restaurar habitats deteriorados. Assim, um tema tão importante e complexo como esse, não poderia deixar de estar contemplado na proposta curricular da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais (SEE/MG), de acordo com as proposições dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que o identifica como um tema transversal a ser abordado de forma interdisciplinar e contextualizada, rompendo com a rigidez da organização das disciplinas e do conhecimento fragmentado, consequentemente, deverá estar inserido no planejamento pedagógico das aulas regulares em sala de aula. A experiência nos permite afirmar que não é uma tarefa fácil. A proposta é interessante, mas gera muita polêmica e, ainda, representa um desafio para os professores que, considerando as dificuldades já citadas anteriormente, deverão ter, além de boa vontade, estímulo e compromisso profissional, buscar formas colaborativas de trabalho no sentido de diminuir os impactos negativos do tempo e espaço escolares rígidos, que interferem na qualidade do ensino. É importante ressaltar que o referido tema tem abordagem muito precária ou, nem mesmo é abordado nos livros didáticos de Biologia disponibilizados pelo PNLEM (Programa nacional do Livro para o Ensino Médio) do Ministério da Educação. O exposto anteriormente nos permite afirmar que em última instância caberá ao professor decidir sobre abordar ou não o tema. É relevante ressaltar que o trabalho com o tema foi sugerido após estudos sobre conceitos básicos em Ecologia, transferência de matéria e energia nos ecossistemas, fotossíntese e respiração, relações ecológicas entre os seres vivos, a dinâmica de populações, biodiversidade e os fatores que a reduzem, biodiversidade do Brasil, unidades de preservação e conservação ambiental, desequilíbrios ambientais. Esses temas possibilitam ao aluno conhecimentos básicos e, assim já se inicia um processo de “sensibilização” e preparação para estudar o tema proposto e a compreensão de todas as suas dimensões. Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 98 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 METODOLOGIA A presente análise foi produzida durante cada etapa da sequência pedagógica proposta pra abordar o tema desenvolvimento sustentável nas aulas regulares de Biologia, para alunos do 3º ano do ensino médio da Educação Básica, de uma escola pública mineira, no município de Pirapora. Cada estratégia foi comunicada juntamente com seus objetivos. Os instrumentos utilizados foram a aplicação de questionários aos alunos, em que os mesmos puderam fazer sua análise em relação às estratégias pedagógicas sugeridas para abordar o tema; a observação da participação e do desempenho dos alunos durante os trabalhos. As estratégias pedagógicas foram aplicadas conforme a sequência didática explicitada em seguida. Estratégias Didáticas Sugeridas e sua Sequência Didática Bordenave e Pereira (1997) alertam que quando o professor tem uma visão estrutural da sociedade, principalmente, capitalista e globalizada como a sociedade brasileira, [...] a opção metodológica feita pelo professor pode ter efeitos decisivos sobre a formação da mentalidade do aluno, de sua cosmovisão, de seu sistema de valores e, finalmente, de seu modo de viver. Alguém disse uma vez que “enquanto os conteúdos informam, os métodos de ensino formam”. Efetivamente, dos conteúdos do ensino o aluno aprende datas, fórmulas, estruturas, classificações, nomenclaturas, cores, pesos, causas e efeitos, etc. Dos métodos ele aprende a ser livre ou submisso; inseguro ou seguro; disciplinado ou organizado; responsável ou irresponsável; competitivo ou cooperativo. Dependendo de sua metodologia, o professor pode contribuir para gerar uma consciência crítica ou uma memória fiel, uma visão universalista ou uma visão estreita e unilateral, uma sede de aprender pelo prazer apenas para receber um prêmio e evitar um castigo. (BORDENAVE E PEREIRA, 1997, p. 68). O desenvolvimento da compreensão da importância dos conhecimentos científicos relacionados ao desenvolvimento sustentável e sua interferência na vida, bem como o desenvolvimento de atitude científica e consciência ecológica dependem das experiências vividas pelos alunos. Acredita-se que através da metodologia proposta neste trabalho, tais pressupostos podem ser alcançados. As diretrizes da proposta curricular da SEE/MG (2007, p. 4) Orientam para a produção de um conhecimento interdisciplinar e contextualizado. Sugerem estratégias diversificadas que mobilizem menos a memória e mais o raciocínio, centrado nas interações estudante-professor e estudante-estudante na construção de conhecimentos coletivos. Há de se considerar o interesse dos estudantes pelos temas e a problematização de situação para o desenvolvimento dos conteúdos. A contextualização é um recurso importante para retirar o aluno da condição de espectador passivo, permitindo uma aprendizagem significativa. Ao planejar atividades, é necessário partir do princípio de que os fatos e conceitos não são apenas os conteúdos a serem ensinados em sala de aula. É necessário Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 99 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 desenvolver outros tipos de conteúdos: os procedimentos, as atitudes e os valores, sem os quais os conceitos e fatos não serão significativos. Já Vygostki (1998, p. 104) alerta que, A experiência prática mostra que o ensino direto de conceitos é impossível e infrutífero. Um professor que tenta fazer isso geralmente não obtém qualquer resultado, exceto o verbalismo vazio, uma repetição de palavras pela criança, semelhante a de um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes, mas que na realidade oculta um vácuo. Assim, aplicamos quatro estratégias pedagógicas, sendo a pesquisa dirigida, o debate em sala de aula sobre o tema da pesquisa, o trabalho de campo com temas relacionados ao assunto e o seminário, que ocorreram em quatro etapas sequenciais. Com a utilização de tais estratégias, propusemos os objetivos abaixo relacionados a serem atingidos pelos alunos. a) Objetivos: • Aprofundar e compreender as informações e ideias sobre o funcionamento dos sistemas biológicos, dando significados e contextos a esses conhecimentos; • Identificar, prever e compreender as consequências das intervenções humanas nos ambientes; • Pesquisar e discutir as estratégias do uso sustentável da biodiversidade e da administração adequada do ambiente e, perceber que o desenvolvimento de sociedades integrado com os princípios de funcionamento da natureza só é possível com a redução da desigualdade social; • Tomar posicionamentos e apresentar argumentação consistente; • Exercitar a iniciativa, a criatividade, a responsabilidade, o compromisso e o trabalho em equipe; • Tomar gosto pelo conhecimento e adquirir uma atitude de permanente aprendizado. b) Etapas e atividades propostas O tema desenvolvimento sustentável é muito amplo, por isso, elegemos para este trabalho alguns dos assuntos que se inserem nesse tema tão complexo. Primeira etapa: Pesquisa escrita sobre o tema: o que é desenvolvimento sustentável?Relação entre crescimento econômico e desenvolvimento sustentável. Possíveis estratégias de desenvolvimento sustentável. Perspectivas de desenvolvimento sustentável no Brasil. Segunda etapa: Entrega da pesquisa e debate em sala de aula. Participação individual, em que cada aluno deverá responder pergunta sorteada. Terceira etapa: Trabalho de campo em equipe: divisão em grupos de cinco a seis alunos, pesquisar e coletar informações, produzir registros e materiais: através de visitas locais, entrevistas, vídeo, fotos, cartazes, etc. Preparar seminário para apresentação em datas definidas de acordo com os temas abaixo: 1-Flagra: situações de desperdício de água. Os alunos saíram em campo portando equipamentos (câmeras) necessários a fotografar ou filmar situações de desperdício de água. Após a edição e preparação do material apresentaram o resultado em sala de aula. O objetivo dessa atividade é submeter os alunos a situações de reflexão, a percepção e a Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 100 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 identificação da água como recurso natural cuja sustentabilidade é uma das principais preocupações do mundo. Que seu uso insustentável poderá ainda ser causa de graves demandas nacionais e internacionais pelo poder de sua exploração. O mundo inteiro discute a prática e atividades desperdiçadoras e insustentáveis desse recurso e suas consequências podem colocar em risco tanto a vida dos humanos como toda a “vida” do planeta. 2- Visitação ao aterro sanitário da cidade. Nessa atividade foi proposta uma entrevista com o setor da prefeitura responsável pela manutenção do aterro, a visita ao local com a coleta de informações sobre o critério para a escolha da localização, legislação ambiental, funcionamento, vantagens, desvantagens, perspectivas. Produziram materiais e prepararam apresentação em sala de aula. Nessa perspectiva, (Towsend, 2006, p.487) afirma que O lixo urbano inclui uma gama de materiais de fontes muito diferentes- por exemplo, a indústria química, as forças armadas e as residências – e inclui plásticos, madeira e metal. Tais resíduos são normalmente depositados em aterro sanitários, os quais são posteriormente cobertos com solo e transferidos para a agricultura ou o desenvolvimento urbano. Existem muitos casos nos quais esse uso posterior de aterros sanitários tem causado problemas, à medida que substâncias químicas tóxicas começam a lixiviar nos cursos d’água vizinhos e gases nauseantes são liberados. Numa sociedade como o Brasil, em que se verificam graves problemas sociais, de infra-estrutura, econômicos, políticos e de ocupação territorial, a ocorrência do exposto acima poderá trazer problemas graves à saúde pública. 3- Coleta seletiva do Lixo na cidade. Os alunos deveriam pesquisar junto ao setor da prefeitura responsável pela coleta do lixo e obter informações como: o que é coleta seletiva? Finalidades? A abrangência no município. Critérios para a oferta do serviço. Dificuldades. Funcionamento. Perspectivas. Produzir material e preparar apresentação em sala de aula. 4- Visitação à associação de catadores de material reciclável da cidade. Foi proposto aos alunos coletar informações referentes à origem, estrutura e funcionamento, dificuldades e perspectivas. Produzir material e preparar apresentação em sala de aula. 5- Reciclagem e reutilização. Ao grupo de alunos, foram propostas as pesquisas de iniciativas na cidade; as visitações e coletas de informações referentes ao funcionamento, estrutura, vantagens, dificuldades e perspectivas. Esse grupo também deveria produzir material e preparar apresentação em sala de aula. As atividades três, quatro e cinco citadas anteriormente ajudam o aluno na compreensão sobre a relação do crescimento da população humana que demanda cada vez mais o consumo de recursos e a produção de lixo. 6 – Pesca profissional: visitação à colônia de pescadores da cidade. Para esse grupo foi proposto a visita à colônia de pescadores da cidade com o objetivo de entrevistar o presidente e associados e coletar informações sobre a origem, estrutura e funcionamento da referida associação, bem como a legislação sobre a pesca, as suas dificuldades, vantagens e suas perspectivas. Nessa atividade o aluno deveria perceber, dentre outros fatores, que para manter a produção Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 101 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 constante é necessário o manejo controlado dos recursos da pesca, no sentido de permitir seu ciclo de crescimento e desenvolvimento natural até atingir seu potencial reprodutivo. Medida que serve tanto para os recursos obtidos por “coleta natural” como para as espécies cultivadas. Deveria identificar procedimentos legais para evitar a sobreexploração da atividade de pesca, tão importante em sua comunidade, o que deverá ser conhecido pelos seus exploradores demonstrando compreensão entre a importante interação que deve haver entre o consumidor e o recurso. Townsend (2008, p. 453), diz que Não é fácil percorrer o estreito caminho entre a sub e sobre- exploração. Espera-se de uma política de governo que combine o bem-estar da espécie explorada, o lucro da empresa exploradora e a continuidade de emprego para a força de trabalho, bem como os estilos de vida tradicionais, os costumes sociais e a biodiversidade natural. 7- Oficina de reutilização: uma professora de ciências da escola aplicou a oficina a um grupo de alunos abordando a experiência em relação à obtenção de renda, as dificuldades e vantagens da reutilização de lixo na fabricação de artesanato. Nessa oficina foi proposta a reutilização de tecidos para produzir enfeites em camisetas e a utilização de papel na confecção de origami. Cada aluno produziu a sua peça. Quarta etapa: Preparação e apresentação de seminário resultado da pesquisa em campo. As atividades propostas funcionaram como mediadoras eficientes na abordagem do tema do ponto de vista ecológico, mas que abrange um contexto interdisciplinar, contrariando uma prática pedagógica que privilegia a transmissão e recepção passiva de informações e conceitos, na relação professor – aluno. Numa metodologia participativa, que exige planejamento por parte dos grupos em que os recursos e procedimentos propostos e outros utilizados a seu critério e criatividade criam oportunidades e situações de “troca”, a construção e desconstrução coletiva de conhecimentos, contribuindo para a compreensão dos assuntos propostos. Consequentemente, essas estratégias permitem o desenvolvimento de atitudes e valores, sem os quais os conceitos, os fatos e as informações não serão significativos. Tais atividades coletivas transformam o ambiente escolar num ambiente social que coloca os adolescentes face a face com seus pares e com pessoas adultas, favorecendo a interação social e o seu desenvolvimento individual. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A presente análise foi possível, a partir dos instrumentos já mencionados anteriormente. A seguir apresentamos a voz dos alunos sobre as estratégias aplicadas. A voz dos alunos Quadro 1- Depoimento dos alunos sobre a pesquisa escrita Dupla1: “Conseguimos obter mais conhecimento sobre o assunto sugerido. A desvantagem é que muitas vezes o cansaço obtido pelo tamanho do trabalho”. Dupla 2: “ A desvantagem é que as pessoas não têm interesse de estar lendo, e sim só copiar das outras pessoas”. Dupla 3: “A vantagem é que temos que ler pra escrever”. Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 102 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 Dupla 4: “ Você tem que ler pra resumir, e ficamos mais interagidos com o assunto, a desvantagem é que a mão fica doendo, a estética do trabalho não fica legal, tiramos algumas coisas importantes das pesquisas para podermos resumir”. Dupla 5: “... muitas vezes a pessoa só copia e não aprende nada”. Dupla 6: “Leva o aluno a procurar mais sobre o assunto.A desvantagem é só de ter a teoria sobre o assunto”. Dupla 7: “Incentivo a leitura”. Dupla 8: A desvantagem é que a maioria dos alunos baixam da Internet a parte escrita sem ao menos lê-lo”. Quadro 2- Depoimento dos alunos sobre o debate em sala de aula Dupla 9: “Cada um conhece mais o ponto de vista do outro”.A desvantagem é que tem muito ponto de vista que os outros não gostam e acaba em discussão por causa das diferentes opiniões”. Dupla 8: “... é uma troca de informações, de idéias. A desvantagem é que nem todos participam, deixando de dar sua opinião”. Dupla 10: “Todos têm o direito a dar sua opinião, e ficam por dentro do assunto. Muitos não colaboram e ficam conversando paralela atrapalhando o debate”. Dupla 4: “ Tira a mesmice das aulas e os alunos interage. Alguns não sabem o que é debate e transforma tudo em brincadeira”. Dupla 2: ...” a gente escuta a opinião do outro mesmo não concordando”. Dupla 1: “Nós podemos aprender com o conhecimento dos outros”. Dupla 11: “Falamos o que aprendemos e tira as dúvidas com o conteúdo dos alunos e a explicação do professor”. Quadro 3- Depoimento dos alunos sobre o trabalho de pesquisa de campo Dupla 12: “A vantagem é que tudo aquilo que nós realmente pensávamos nós vimos. E a desvantagem é que a medida que nós fazia perguntas eles ficavam tímidos ou meio constrangidos”. Dupla 09: “Todos conhecem mais o meio ambiente”. Dupla 08: “Mostra ao educando a parte prática da matéria. A desvantagem é que alguns alunos deixam a responsabilidade sobre uma pessoa apenas”. Dupla 10: “... Ficamos por dentro do que realmente vai ser abordado, e termos mais conhecimento do que será explicado. A desvantagem é andar no sol quente, às vezes não achamos o que procuramos”. Dupla 13: “Tivemos oportunidade de conhecer os locais de trabalho. A desvantagem é que as pessoas que procuramos saber mais sobre o assunto, não soube nos receber e nem dá uma assistência adequada de informação”. Dupla 6: “ Muitas pessoas não aceitam que elas sejam fotografadas, filmadas, fazendo coisas erradas”. Dupla 14: “Podemos aprender sobre ecologia em lugares diferentes”. Dupla 4: “ Conhecemos lugares novos e obtemos novas experiências. A desvantagem é que alunos imaturos que não sabem se comportar fora da escola”. Dupla 3: “ Com os temas dados pela professora mostrou a realidade para nós, a desvantagem é que nós mesmo conhecendo a realidade não fazemos nada pra mudá-la. Enfim fica a pergunta: para que esse trabalho? Dupla 2: “ O trabalho em campo não foi muito bom pois todas as pessoas responsáveis não tinham Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 103 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 interesse nenhum em falar com nós”. Dupla 15: “Vantagem: permitir o acesso a situações reais envolvendo o assunto”. Dupla 16: “... colhemos informações e descobrimos o modo de vida de várias pessoas que mudou o nosso jeito de pensar”. Dupla 17: “... a desvantagem do aterro sanitário é que já não estávamos (meu grupo) conseguindo ficar ali, por causa do cheiro forte e muitos mosquitos”. Dupla 18: “A vantagem é que você tenta fazer com que isso mude pelo menos na sua vida cotidiana, por exemplo, temos o desperdício de água depois que a gente apresentou o trabalho nós tentamos não desperdiçar tanta água”. Dupla 19: “Das atividades sugeridas foi a que achamos melhor, pois nós temos de ir ao local e ficamos de frente com o problema e vemos realmente como funcionam diversos tipos de problema, podemos conversas com as pessoas que entendem do assunto e ficarmos por dentro do que verdadeiramente esta acontecendo”. Dupla 20: “Você vai ver com seus próprios olhos a realidade fora da sala de aula”. Dupla 21: A “desvantagem é que muita pesquisa é muito longe e é perigoso”. Quadro 4 – Depoimento dos alunos sobre o seminário Dupla 22: “Com o seminário podemos explicar tudo o que entendemos para outros alunos”. Dupla 23: “A desvantagem é que muitos alunos atrapalham a nossa apresentação fazendo gracinha e deixando a pessoa nervosa e não deixando apresentar direito a pesquisa”. Dupla 24: “Os alunos têm por obrigação estudar e compreender o assunto para ser transmitido ao restante da sala. Aprendemos a trabalhar em grupo, porque é necessário toda uma organização”. Dupla 19: “As apresentações foram legais, vemos talentos de cada aluno desenvolvendo uma atividade em sala de aula e mostrando que muitos deles estão saindo do terceiro ano mais preparados para encararem o mercado de trabalho com as experiências que aprendemos na escola...”. Dupla 20: “A desvantagem é que as pessoas têm medo de expressar seus conhecimentos em público”. Dupla18: “A vantagem é que faz com que os alunos possam perder sua timidez e a desvantagem é que os alunos tentam decorar sua fala e acaba não aprendendo nada do assunto”. Dupla 25: “... expressa tudo que sabe e aprende a falar em público, a desvantagem é que nem todos querem participar”. Dupla 3: “Muitos alunos correm atrás para demonstrar claramente os grandes problemas e as suas soluções. Enquanto outros não estudam e vão a frente falar besteira. Isso eu acho que é uma grande desvantagem pois , o tema pode cair em uma prova, vestibular, concurso ,etc.”. Dupla 26: “Vantagem: nenhuma. Desvantagem: perda de tempo”. Dupla 27: “Muito bom, teve boa fala e slide perfeito”. Dupla 28: “Isso é bom porque muitas vezes um aluno entende melhor o outro”. Em relação à pesquisa escrita, observa-se certa deficiência na elaboração da mesma. É urgente que os professores repensem a forma como a pesquisa é proposta e avaliada, uma vez que os alunos ainda concebem a pesquisa escrita como cópia dos textos de livros ou da internet e, até mesmo de colegas. Outro desafio importante a ser superado é o da falta, ou mau uso, e precariedade das bibliotecas públicas e o seu acervo. O trabalho desenvolvido pode nos sugerir que o debate em sala de aula é um instrumento pedagógico eficiente, na medida em que proporciona a exposição de idéias, o respeito ao outro, a possibilidade de desenvolvimento da arguição oral. Porém pode apresentar problemas que Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 104 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 comprometem sua eficácia, devido as turmas serem numerosas, e que incorre no perigo da desordem, quando o professor não possui bom manejo de classe e um bom guia do trabalho e, a falta de interesse de alguns alunos em participar ou a menor importância que se dá à exposição do colega. Daí percebeu-se a importância do direcionamento planejado das discussões pelo professor. O trabalho de pesquisa de campo submete os alunos a situações próximas de seu ambiente experimental e, através de relatos orais dos alunos, e na nossa observação de suas atitudes e comportamento, mostra-se como de grande utilidade em oportunizar situações de aprendizagem globalizada. Isso acontece porque desde a sua organização até a sua execução, os alunos estarão expostos a diversas situações novas que requerem habilidade de iniciativa, criatividade, percepção, o espírito de observação, de curiosidade e de investigação. Essa estratégia possibilita desenvolver o senso de responsabilidade e capacidade de trabalhar em equipe. Os alunos deverão ser orientados na elaboração de um guia de trabalho, trazendo todas as ações bem programadas e traçadas a fim de facilitar o monitoramento do trabalho. No seminário sugerido, os alunos apresentaram o resultado do trabalho da pesquisa de campo. Foi mais uma situação de aprendizagem na qual os alunos foram submetidos, à medida que tiveram que organizar todo o material coletado em campo e montar uma apresentação para seus colegas. O professor deverá ficar atento às condições de disciplina dentro da sala de aula. Deve também fazer as complementações e os questionamentos necessários, a fim de explorar o máximo o assunto porque nesse momento os alunos acabam falando sobre as dificuldades de se organizar o trabalho e, não desperdiçar nenhuma de suas contribuições. Esses aspectos criam um momento propício para reflexão crítica e o replanejamento. Na oficina de reutilização, observou-se um entusiasmo inicial dos alunos em aprender as possibilidades do artesanato, compreender que o mesmo, além de aprendizado, requer habilidade e material. Assim, a situação propiciou uma discussão sobre as possibilidades e a necessidade da reutilização do lixo como uma medida sustentável. Além disso, essa oficina tornou-se interessante à medida que o aluno percebeu que é uma medida sustentável eficiente, mas que requer investimentos, não sendo tão simplista como é sugerida nos discursos sobre o meio ambiente. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados obtidos evidenciam a necessidade de voltarmos à atenção para algumas providências a serem tomadas como fazer a seleção de atividades mediadoras. Esse processo é essencial no processo educativo, porque dessas providências dependerá a geração de aprendizagem em que os conhecimentos tenham sentido ou não para os alunos. Contribuindo, assim, para a compreensão e o enfrentamento da realidade ambiental, numa perspectiva globalizada que vão desde o nível individual e local até os níveis coletivo, público e regional, nacional e internacional. É relevante comentar que é de extrema importância que os objetivos sejam comunicados aos alunos, a fim de que tomem uma posição de participação ativa contribuindo conscientemente para alcançá-los. Cada estratégia pedagógica tem suas características e funções, o que deve ser conhecido pelo professor e pelo aluno. Daí a relevância da formação pedagógica inicial e continuada do professor, bem como a disponibilidade para o planejamento das aulas. Sugerimos no presente trabalho quatro estratégias pedagógicas que numa sequência didática coerente permite atingir os objetivos proposto ao estudar o tema desenvolvimento sustentável. Durante todo o processo, os alunos devem ser levados a identificar e compreender a interação entre eles, o que permite uma abordagem mais completa em suas várias dimensões, principalmente, se conseguirem perceber que o assunto não poderá ser esgotado e que todos deverão ter atitude investigativa e crítica, bem como de acompanhamento participativo constante das novas demandas Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 105 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 e possibilidades para uma sociedade sustentável. Independente das dificuldades que qualquer indivíduo ligado ao processo educativo possa citar em relação ao trabalho do professor, o planejamento pedagógico sempre deverá ser privilegiado. Quanto à dificuldade na eficácia em relação à pesquisa escrita, em que se verifica a prática do “copiar e colar”, comum entre os alunos, que chegou juntamente com o uso inadequado da Internet, podemos argumentar que o uso pedagógico das ferramentas tecnológicas como instrumentos mediadores do aprendizado no ambiente escolar ainda é um desafio, principalmente para professores e alunos. Essa situação reforça a necessidade de adoção de medidas governamentais que possibilitem uma educação tecnológica básica e continuada. Observa-se ainda, que é essencial o papel do professor em promover a evolução dos conhecimentos e atitudes dos alunos para o nível dos conhecimentos científicos, despertando-os para a curiosidade e a investigação científica. As atividades propostas dentro de um contexto local dos alunos facilitam a percepção da importância de um acompanhamento crítico e contínuo sobre a produção dos conhecimentos relacionados ao desenvolvimento sustentável, sua articulação com outras áreas da ciência e da tecnologia, identificando suas implicações na sociedade e no bem-estar das pessoas. Assim, se considerarmos as novas demandas do ensino médio, principalmente no que diz respeito ao prosseguimento de estudos e formação para o mundo do trabalho, podemos afirmar que se faz urgente a mudança de atitude e postura no ambiente escolar. É necessário ir além dos objetivos educacionais que ficam no papel, no sentido de se repensar a importância do “como” ensinar – aprender, sugerindo a seleção e a aplicação de estratégias pedagógicas mediadoras eficientes e eficazes que podem contribuir nas condições de aprendizagem e na melhoria da qualidade do ensino. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BORDENAVE, Juan Diaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de ensino- aprendizagem. 17ª ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1997. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Ministério da Educação, Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Brasília: MEC, 1998. MINAS GERAIS. Proposta curricular de Biologia. Educação Básica, Ensino Médio. Belo Horizonte, 2007. OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotski: Aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. 4ª Ed. São Paulo: Scipione, 2004. PRIMACK, B. Richard; RODRIGUES, Efraim. Biologia da Conservação. Londrina: Editora Planta, 2001 RICKLEFS, E. Robert. A Economia da Natureza. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A, 2003. Tradução Pedro P. de Lima-e-Silva, Patrícia Mousinho. TOWNSEND, R. Colin; BEGON, Michael; HARPER L. John. Fundamentos em Ecologia. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. Tradução Gilson Rudinei Pires Moreira... et al. VYGOTSKI, Lev. Semnovich. Pensamento e Linguagem. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. Tradução Jéferson Luiz Camargo. Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 106 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 Vivências. Vol.6, N.11: p.95-106, Outubro/2010 107