UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL INFLUÊNCIA DA SUCÇÃO NO COMPORTAMENTO DE UM PERFIL DE SOLO TROPICAL COMPACTADO ANNA KARINA CHAVES DELGADO ORIENTADOR: PROF. JOSÉ CAMAPUM DE CARVALHO, PhD DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM GEOTECNIA PUBLICAÇÃO: G.DM- 093A/02 BRASÍLIA: ABRIL DE 2002 i You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL INFLUÊNCIA DA SUCÇÃO NO COMPORTAMENTO DE UM PERFIL DE SOLO TROPICAL COMPACTADO ANNA KARINA CHAVES DELGADO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE. APROVADA POR: -----------------------------------------------------------JOSÉ CAMAPUM DE CARVALHO, PhD (UnB) (ORIENTADOR) ---------------------------------------------------------JOSÉ HENRIQUE FEITOSA PEREIRA, PhD (UnB) (EXAMINADOR INTERNO) ---------------------------------------------------------JORGE AUGUSTO PEREIRA CERATTI, PhD (UFRGS) (EXAMINADOR EXTERNO) BRASÍLIA/DF, 11 DE ABRIL DE 2002 ii You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) FICHA CATALOGRÁFICA DELGADO, ANNA KARINA CHAVES Influência da sucção no comportamento de um perfil de solo tropical compactado xvii, 181p., 210 mm x 297 mm (ENC/FT/UnB, Mestre, Geotecnia, 2002). Dissertação de Mestrado – Universidade de Brasília Faculdade de Tecnologia. Departamento de Engenharia Civil. 1. Pavimentação 3. Sucção I. ENC/FT/UnB 2. Solos Tropicais 4. Ensaios de Laboratório II. Título (Série) REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DELGADO, A. K. C. (2002). Influência da sucção no comportamento de um perfil de solo tropical compactado. Dissertação de Mestrado, G.DM-093A/02, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 200p. CESSÃO DE DIREITOS NOME DO AUTOR: Anna Karina Chaves Delgado TÍTULO DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: Influência da sucção no comportamento de um perfil de solo tropical compactado GRAU/ANO: Mestre/2002 É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta dissertação de mestrado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta dissertação pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor. ------------------------------------------------Anna Karina Chaves Delgado SQN 405, Bloco N, apt.203, Asa Norte CEP: 70846-140 Brasília/DF – Brasil iii You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) DEDICATÓRIA A DEUS A minha mãe Maria Célia, Tias, Maria José Chaves e Maria Djanira Chaves Avós, José Chaves (in memória) e Maria do Carmo E Irmãos, Vladimir e Anna Karenina iv You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) AGRADECIMENTOS Ao Prof. José Camapum de Carvalho pelo interesse, incentivo, orientação e ensinamentos ministrados durante o período de desenvolvimento da dissertação. Ao professor Márcio Muniz de Farias pelas valiosas orientações recebidas na fase de análise dos resultados. Ao professor José Henrique Feitosa Pereira por todo interesse, ajuda, apoio e incentivo. Aos técnicos Alessandro da Silva Barbosa, Ricardo e Vanilson, pelo auxílio na realização dos ensaios laboratoriais. À CAPES pelo apoio financeiro. À Universidade de Brasília e ao Programa de Pós-Graduação em Geotecnia pela oportunidade de desenvolver o trabalho de pesquisa. Aos colegas David Luz, Luiz Guilherme Mello, Maruska Tatiana, Danielle Quirino, Márcia Mascarenha, Marisaides Lima, Luciana Dellabianca, Suzana Dellabianca, por todo o apoio e ajuda fornecida, assim como pelo aprendizado tanto no campo profissional quanto pessoal. A minha mãe Maria Célia e tias Maria José e Djanira que sempre me apoiaram no decorrer da vida e cujo incentivo foi essencial durante o período do mestrado. E ainda a prima Maria da conceição que tanto me ajudou no ínicio em Brasília. v You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) INFLUÊNCIA DA SUCÇÃO NO COMPORTAMENTO DE UM PERFIL DE SOLO TROPICAL COMPACTADO RESUMO Este trabalho visa o estudo da influência da sucção no comportamento mecânico de um perfil de solo laterítico compactado. A metodologia adotada envolve a execução de ensaios laboratoriais sobre amostras oriundas de um perfil de solo, variando de 0,0 a 9,0m de profundidade, localizado no Campo Experimental do Programa de Pós-Graduação em Geotecnia da Universidade de Brasília (UnB). A análise é feita a partir de resultados de sucção obtidos pelo método do papel filtro, da umidade determinada em estufa, da massa específica aparente seca obtida usando-se os resultado da balança hidrostática e medições com paquímetro e, da resistência a penetração considerando o método de ensaio de MiniCBR e uma adaptação do DCP, para o laboratório, denominada Cone Adaptado. Os resultados indicam que as propriedades e comportamento do solo variam ao longo do perfil de intemperismo. No entanto, quanto ao comportamento mecânico do solo compactado, se observa a predominância da influência das condições de compactação, em relação a das características física, química e mineralógica do solo. Destaca-se ainda a boa correlação encontrada entre os valores de Mini-CBR e o coeficiente de rigidez (Ec), obtido do ensaio de Cone Adaptado. vi You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) SUCTION INFLUENCE IN THE BEHAVIOR OF TROPICAL COMPACTED SOIL PROFILE ABSTRACT This research objectives the study of sucction paper in mecanic behaviour of compacted lateritic soil profile. The methodology used is based in laboratory tests in the soil profile, between 0,0 and 9,0 meters depth, located in the Experimental Area of Geotechnical Postgraduated Programme in the Brasilia University (UnB). The analyse was realized with the suction results obtained in the filter paper metod, water content determinated on the stove, dry mass unit weight using the results obtained in the hidrostatic balance and measurements with sliding calliper and, penetration strength considering Mini-CBR test method and DCP adaptation, for laboratory, called adaptable cone. The results pinted to propriets and behavior variations in the intemperism soil profile. Although, in the compacted soil mechanical behavior, where occur compaction conditions influence prevails, in relation the soil phisics, chemics and mineralogicals aspects. Then, emphasize the good correlation found between Mini-CBR and stiffness coeficient (Ec) values, obtained in the adaptable cone test. vii You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) ÍNDICE Capítulo Página CAPÍTULO 1- INTRODUÇÃO........................................................................ 1 CAPÍTULO 2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................. 5 2.1- OS SOLOS LATERÍTICOS.................................................................................. 2.1.1- CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS LATERÍTICOS DO DISTRITO............. FEDERAL 5 11 2.2- HISTÓRICO SOBRE O USO DOS SOLOS TROPICAIS NA..................... PAVIMENTAÇÃO 13 2.3- A IMPORTÂNCIA DOS SOLOS TROPICAIS NA PAVIMENTAÇÃO E O. DESENVOLVIMENTO DE UMA NOVA METODOLOGIA 14 2.4- A METODOLOGIA MCT (MINIATURA, COMPACTADO, TROPICAL)... 18 2.4.1- CLASSIFICAÇÃO GEOTÉCNICA MCT..................................................... 23 2.5- ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO................................................. 26 2.5.1- ENSAIOS DE LABORATÓRIO..................................................................... 2.5.1.1-CONVENCIONAIS........................................................................................ 2.5.1.2-ENSAIOS DA METODOLOGIA MCT......................................................... 2.5.1.3-A TÉCNICA DO PAPEL FILTRO................................................................. 2.5.1.4-MINI-CBR...................................................................................................... 2.5.1.5-PENETRÔMETRO DINÂMICO DE CONE (DCP) ADAPTADO............... 26 26 28 31 35 36 2.5.2- ENSAIOS DE CAMPO...................................................................................... 2.5.2.1-PENETRÔMETRO DINÂMICO DE CONE (DCP)...................................... 37 37 2.6-A SUCÇÃO............................................................................................................... 40 2.7- CURVA CARACTERÍSTICA............................................................................... 44 2.7.1-CURVA CARACTERÍSTICA TRANSFORMADA...................................... 47 CAPÍTULO 3- MATERIAIS E MÉTODOS............................................................... 52 viii You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 3.1- MATERIAIS UTILIZADOS.................................................................................. 52 3.2-METODOLOGIA.................................................................................................... 3.2.1- MINI-COMPACTAÇÃO................................................................................. 3.2.2- DETERMINAÇÃO DA SUCÇÃO – MÉTODO DO PAPEL FILTRO....... 3.2.3- DETERMINAÇÃO DO MINI-CBR EM CORPOS DE PROVA DE.......... ALTURA REDUZIDA 3.2.4- UTILIZAÇÃO DO DCP ADAPTADO PARA LABORATÓRIO................ 3.2.5- DETERMINAÇÃO DO PESO ESPECÍFICO APARENTE DAS............... AMOSTRAS 3.2.6- DETERMINAÇÃO DAS CURVAS CARACTERÍSTICAS......................... 3.2.7- DETERMINAÇÃO DO MINI-CBR CONVENCIONAL............................. 52 52 54 56 CAPÍTULO 4- APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS................... 62 4.1- CARACTERIZAÇÃO DO SOLO ESTUDADO.................................................. 62 4.1.1- PROPRIEDADES FÍSICAS........................................................................... 62 4.1.2- CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E MICROMORFOLÓGICA. 4.1.2.1- CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA................................................... 4.1.2.2- MICROMORFOLOGIA............................................................................... 68 68 73 4.1.3- CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS................................................................ 76 4.2- CURVAS DE COMPACTAÇÃO.......................................................................... 79 4.3- CURVAS CARACTERÍSTICAS.......................................................................... 83 4.3.1- CURVA CARACTERÍSTICA AO LONGO DO PERFIL DO SOLO........ NATURAL 84 4.3.2- INFLUÊNCIA DO AMOLGAMENTO NA CURVA.................................... CARACTERÍSTICA 88 4.3.3- INFLUÊNCIA DA COMPACTAÇÃO NA CURVA CARACTERÍSTICA 4.3.3.1- ENERGIA NORMAL DE COMPACTAÇÃO................................................... 4.3.3.2- ENERGIA INTERMEDIÁRIA DE COMPACTAÇÃO..................................... 4.3.3.3- EFEITO DA COMPACTAÇÃO NA CURVA CARACTERÍSTICA................ 89 90 93 94 4.3.4- TRANSFORMAÇÃO DA CURVA CARACTERÍSTICA............................ 98 4.3.5- ÍNDICE DE VAZIOS....................................................................................... 104 4.4- INFLUÊNCIA DA UMIDADE E ENERGIA DE COMPACTAÇÃO NA SUCÇÃO E COMPORTAMENTO DO SOLO........................................................... 106 4.4.1- MINI-COMPACTAÇÃO................................................................................. 106 57 58 59 60 ix You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.4.2- SUCÇÃO............................................................................................................ 4.4.2.1- INFLUÊNCIA DA UMIDADE NA SUCÇÃO............................................ 4.4.2.2-INFLUÊNCIA DA ENERGIA DE COMPACTAÇÃO (N) NA SUCÇÃO.. (pF) 4.4.2.2.1- UMIDADE DE COMPACTAÇÃO FIXA............................................. 4.4.2.2.2- ENERGIA FIXA..................................................................................... 4.4.2.3- CURVAS DE ISOSUCÇÃO...................................................................... 111 111 116 117 122 127 4.4.3- MINI-CBR E CONE ADAPTADO................................................................. 4.4.3.1- MINI-CBR.................................................................................................... 4.4.3.2- CONE ADAPTADO..................................................................................... 4.4.3.3- ANÁLISE DA RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE O MINI-CBR E O........ CONE 4.4.3.4- MINI-CBR x CONE (Ec): ENSAIOS COM E SEM IMERSÃO................. 130 130 135 143 CAPÍTULO 5- CONCLUSÕES.................................................................................... 154 5.1- SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS.................................................... 158 CAPÍTULO 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................... 159 A. PARÂMETROS DA MINI-COMPACTAÇÃO......................................................... B. ANÁLISE DE SUCÇÃO CONSIDERANDO UMA ENERGIA DE COMPACTAÇÃO FIXA................................................................................................. C. ENSAIO MINI-CBR E CONE.................................................................................... 167 150 173 176 x You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) LISTA DE FIGURAS Figura Página Figura 1.1-Ocorrência de solos lateríticos no Território Brasileiro................................... Figura 2.1-Constituição granulométrica de alguns materiais usados na construção rodoviária no Brasil............................................................................................................ Figura 2.2-Aparelho Compactador.................................................................................... Figura 2.3-Gráficos representativos de resultados de ensaios........................................... Figura 2.4-Gráfico da classificação MCT e dados diversos dos grupos de solos.............. Figura 2.5-Ensaios da classificação MCT.......................................................................... Figura 2.6-Formas de Fluxo de água................................................................................. Figura 2.7-Curvas de Calibração para o papel filtro Whatmann n0 42.............................. Figura 2.8-Cone Adaptado para Laboratório..................................................................... Figura 2.9-Penetrômetro Dinâmico de Cone (DCP).......................................................... Figura 2.10-Exemplificação da obtenção do DN............................................................... Figura 2.11-Exemplificação de Curvas Características..................................................... Figura 2.12- Curvas Características representativas do perfil de solo (Amostras Indeformadas – Trajetória de Umedecimento) – Guimarães (2002)................................. Figura 2.13- Curva Característica e Curva Característica Transformada.......................... Figura 2.14- Distribuição de Poros.................................................................................... Figura 2.15- Modelo de distribuição de poros................................................................... Figura 2.16-Estudo do comportamento mecânico dos solos.............................................. Figura 3.1- Corpos de prova compactados......................................................................... Figura 3.2- Exemplificação da obtenção do parâmetro ISC.............................................. Figura 3.3- Equipamento utilizado para a realização do ensaio de penetração do cone.... Figura 3.4- Saturação dos corpos de prova para obtenção da Curva Característica........ segundo a Trajetória de Secagem Figura 4.1- Caracterização física do solo do campo experimental da geotecnia da UnB (Modificado, Guimarães, 2002)......................................................................................... Figura 4.2- Caracterização física do solo do campo experimental da geotecnia da UnB (Modificado, Guimarães, 2002)......................................................................................... Figura 4.3- Perfil de umidade natural do solo estudado.................................................... Figura 4.4- Percentual de agregação existente no perfil de solo........................................ Figura 4.5- Curvas Granulométricas com e sem defloculante (9,0m) (Guimarães, 2002) Figura 4.6- Distribuição dos minerais ao longo da profundidade...................................... 3 17 20 21 25 30 31 34 37 39 39 44 47 48 49 50 51 53 57 58 60 63 64 65 65 68 69 xi You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Figura 4.7- Distribuição dos minerais ao longo da profundidade...................................... Figura 4.8- Evolução mineralógica.................................................................................... Figura 4.9- Variação dos índices de Atterberg em relação aos teores de hematita e goetita................................................................................................................................. Figura 4.10- Microscopia de varredura na profundidade de 1,0m e com ampliação de 500x.................................................................................................................................... Figura 4.11- Microscopia de varredura na profundidade de 1,0m e com ampliação de 1000x.................................................................................................................................. Figura 4.12- Microscopia de varredura na profundidade de 1,0m e com ampliação de 10.000x............................................................................................................................... Figura 4.13- Microscopia de varredura na profundidade de 5,0m e com ampliação de 500x................................................................................................................................... Figura 4.14- Microscopia de varredura na profundidade de 9,0m e com ampliação de 500x.................................................................................................................................... Figura 4.15- Microscopia de varredura na profundidade de 9,0m e com ampliação de 3000x.................................................................................................................................. Figura 4.16- Composição química do solo em perfil......................................................... Figura 4.17- Curva de Compactação nas energias normal (EN) e intermediária (EI) (Profundidade: 1,0m)......................................................................................................... Figura 4.18- Curva de Compactação nas energias normal (EN) e intermediária (EI) (Profundidade: 3,0m)......................................................................................................... Figura 4.19- Curva de Compactação nas energias normal (EN) e intermediária (EI) (Profundidade: 5,0m)......................................................................................................... Figura 4.20- Curva de Compactação nas energias normal (EN) e intermediária (EI) (Profundidade: 7,0m)......................................................................................................... Figura 4.21- Curva de Compactação nas energias normal (EN) e intermediária (EI) (Profundidade: 9,0m)......................................................................................................... Figura 4.22- Curvas características do solo do Campo Experimental da UnB (Amostras (Indeformadas – Trajetória de Umedecimento) (Modificado, Guimarães (2002)............. Figura 4.23- Curvas características do solo Amolgado (a) 1,0m ; (b) 9,0m........................................................................................................... Figura 4.24- Curvas características do solo amolgado e Indeformado (a) 1,0m ; (b) 9,0m........................................................................................................... Figura 4.25- Curvas Características de Amostras Compactadas (a) - Energia Normal - Trajetória de Secagem................................................................... (b) - Energia Normal – Trajetória de Umedecimento........................................................ 70 71 72 73 73 74 74 75 75 77 80 80 81 81 82 85 88 89 91 91 Figura 4.26 – Comparação entre as Trajetórias de Secagem e Umedecimento – E.N........................................................................................................................... 92 Figura 4.27- Amostras Compactadas – E.I.- Trajetória de Secagem e Umedecimento..... Figura 4.28- Curvas características do solo a 1,0m........................................................... Figura 4.29- Curvas características do solo a 9,0m........................................................... Figura 4.30- Amostra Indeformada versus Amostra Compactada- 3,0m.......................... Figura 4.31- Amostra Indeformada versus Amostra Compactada- 5,0m.......................... Figura 4.32- Amostra Indeformada versus Amostra Compactada- 7,0m.......................... 93 94 95 96 96 97 xii You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Figura 4.33- Curvas Características em diferentes profundidades (a) Curvas Características das Amostras Indeformadas.................. ................................. (b) Curvas Características Transformadas das Amostras Indeformadas........................... Figura 4.34- Curvas Características em diferentes profundidades (a) Curvas Características das Amostras Amolgadas........................................................ (b) Curvas Características Transformadas das Amostras Amolgadas............................... Figura 4.35- Curvas Características em diferentes profundidades (a) Curvas Características das Amostras Compactadas (E.N.)......................................... (b) Curvas Características Transformadas de Amostras Compactadas (E.N.).................. Figura 4.36- Curvas Características em diferentes profundidades (a) Curvas Características das Amostras Compactadas (E.I.)............................................ (b) Curvas Características Transformadas das Amostras Compactadas (E.I.).................. Figura 4.37- Comparação entre as Curvas Características Transformadas em 1,0 e 9,0m.................................................................................................................................... Figura 4.38- Curvas características transformadas representativas do perfil de solo (Compactadas- Energia Normal)............................................................................... Figura 4.39- Correção de índices de vazios....................................................................... Figura 4.40– Localização dos pontos em relação à Curva de Compactação (1,0m)...... Figura 4.41– Localização dos pontos em relação à Curva de Compactação (3,0m)...... Figura 4.42– Localização dos pontos em relação à Curva de Compactação (5,0m)...... Figura 4.43– Localização dos pontos em relação à Curva de Compactação (7,0m)...... Figura 4.44– Localização dos pontos em relação à Curva de Compactação (9,0m)...... Figura 4.45 – Curvas Sucção (pF) versus umidade (w) (a) 1,0m ; (b) 3,0m ; (c) 5,0m ; (d) 7,0m ; (e) 9,0m................................................... Figura 4.46- Curvas pF x Sr e epF x Sr em diferentes umidades de compactação (a) e (b) – 1,0m ; (c) e (d) – 3,0m................................................................................. (e) e (f) – 5,0m ; (g) e (h) – 7,0m ; (i) e (j) – 9,0m............................................. Figura 4.47 – Comparação entre curvas transformadas no perfil (a) ramo seco, variação de –3% da umidade ótima..........................................….............. (b) ramo úmido, variação de +3% da umidade ótima......................................................... Figura 4.48- Curvas pF x N e epF x N para energia variável e umidades fixas (a) e (b) – 1,0m ; (b) e (d) – 3,0m...................................................................................... (c) e (f) – 5,0m ; (d) e (h) – 7,0m ; (e) e (j) – 9,0m...................................................... Figura 4.49- Curva e x N em diferentes umidades de compactação (a) 1,0m ; (b) 3,0m ; (c) 5,0m ; (d) 7,0m ; (e) 9,0m.................................................. Figura 4.50– Variação da sucção para uma energia de compactação fixa (a)pF x w – 1,0m................................................................................................................. (b)pF x Sr – 1,0 m ; (c) epF x Sr – 1,0m........................................................................... (d) tendências (epF x Sr) – 1,0m.......................................................................................... Figura 4.51 – Variação da sucção para uma energia de compactação fixa (a)pF x w – 9,0m................................................................................................................. (b)pF x Sr – 9,0 m ; (c) tendências (epF x Sr) – 9,0m...................................................... Figura 4.52- Curvas de isosucção calculadas- 1,0m......................................................... 99 99 100 100 101 101 101 101 102 102 103 104 108 109 109 110 110 112 113 114 116 116 117 118 121 122 123 124 125 126 127 xiii You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Figura 4.53- Curvas de isosucção calculadas- 3,0m......................................................... Figura 4.54- Curvas de isosucção calculadas- 5,0m......................................................... Figura 4.55- Curvas de isosucção calculadas- 7,0m......................................................... Figura 4.56- Curvas de isosucção calculadas- 9,0m........................................................... Figura 4.57- Variação do Mini-CBR x pF e Mini-CBR x pF/e (a) e (b) - 1,0m................................................................................................................... (c) e (d) - 3,0m ; (e) e (f) - 5,0m ; (g) e (h) - 7,0m..................................................... (i) e (j) - 9,0m................................................................................................................... Figura 4.58- Variação do Mini-CBR x pF para todas as profundidades............................ Figura 4.59- Variação do Mini-CBR x pF/e para todas as profundidades........................ Figura 4.60- Curvas Normatizadas para umidades de compactação fixas.......................... Figura 4.61 – Obtenção de Parâmetro Cone aplicando-se a formulação do Mini-CBR (a) pF x Cone - 1,0m ; (b) pF/e x Cone - 1,0m.............................................................. (c) pF x Cone - 9,0m ; (d) pF/e x Cone - 9,0m............................................................. Figura 4.62- Exemplificação da obtenção do Ec................................................................ Figura 4.63 – Coeficiente de rigidez (Ec) x pF e (Ec) x pF/e (a) e (b) - 1,0m ; (c) e (d) - 3,0m..................................................................................... (e) e (f) - 5,0m ; (g) e (h) - 7,0m ; (i) e (j) - 9,0m....................................................... Figura 4.64- Variação de pF x Ec para todas as profundidades......................................... Figura 4.65- Variação de pF/e x Ec para todas as profundidades...................................... Figura 4.66- Curvas Normatizadas (Ec) x sucção (pF/e) para umidades fixas................... Figura 4.67- Correlação CBR x Cone (Ec) (a) 1,0m ; (b) 3,0m............................................................................................................. (c) 5,0m ; (d) 7,0m ; (e) 9,0m............................................................................................ Figura 4.68 – Variação do CBR x d e do Ec x d (a) e (b) – 1,0m ; (c) e (d) – 3,0m ; (e) e (f) – 5,0m......................................................... (g) e (h) – 7,0m ; (i) e (j) – 9,0m....................................................................................... Figura 4.69- Correlações obtidas para 1,0m (a) umidades: 16 % e 19% ; (b) umidades: 22% , 25% e 28%......................................... Figura 4.70- Correlações obtidas para 3,0m (a) umidade: 18% ; (b) umidades: 21% e 24% ; (c) umidades: 27% e 30%................... Figura 4.71- Correlações obtidas para 5,0m (a) umidades: 16% e 19% ; (b) umidades: 22%, 25% e 28%........................................... Figura 4.72 - Correlações obtidas para 7,0m (a) umidades: 18% e 21% ; (b) umidades: 24%, 27% e 30%............................................ Figura 4.73- Correlações obtidas para 9,0m (a) umidades: 16% e 19% ; (b) umidades: 22%, 25% e 28%........................................... Figura 4.74- Parâmetros de resistência para a amostra a 1,0m de profundidade................ Figura 4.75- Parâmetros de resistência para a amostra a 9,0m de profundidade................ 128 128 129 129 130 131 132 132 132 135 136 137 137 138 139 140 140 142 143 144 145 146 147 147 148 148 149 152 152 Figura B.1- 3,0m - (pFxw), (pFxSr), (epFxSr).................................................................... 173 Figura B.2- 5,0m - (pFxw), (pFxSr), (epFxSr)................................................................... 174 Figura B.3- 7,0m - (pFxw), (pFxSr), (epFxSr).................................................................... 175 xiv You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) LISTA DE TABELAS Tabelas Página Tabela 2.1- Classificação AASHTO................................................................................ Tabela 2.2- Classificação SUCS....................................................................................... Tabela 2.3- Tempo de equilíbrio para a medição da sucção total.................................... 27 27 35 Tabela 4.1-Resultados dos ensaios de caracterização geotécnica do solo da UnB (Modificado Guimarães, 2002)......................................................................................... Tabela 4.2-Características Mineralógicas do solo da UnB (Carvalho,1995)................... Tabela 4.3-Composição química dos solos do campo experimental da UnB.................. Tabela 4.4-Parâmetros de Compactação do solo estudado.............................................. Tabela 4.5-Resumo dos ensaios realizados...................................................................... Tabela 4.6-Dados das curvas características para amostras indeformadas (Modificado, Guimarães, 2002).............................................................................................................. 62 Tabela 4.7-Pontos de entrada de ar representativos das curvas características obtidas.................................................................................................................... Tabela 4.8-Parâmetros relativos a Mini-Compactação.......................................... Tabela 4.9-Energias Efetivas................................................................................. Tabela 4.10-Parâmetros de resistência para amostra a 1,0m de profundidade...... Tabela 4.11-Parâmetros de resistência para amostra a 3,0m de profundidade...... Tabela 4.12-Parâmetros de resistência para amostra a 5,0m de profundidade...... Tabela 4.13-Parâmetros de resistência para amostra a 7,0m de profundidade...... Tabela 4.14-Parâmetros de resistência para amostra a 9,0m de profundidade...... 97 107 120 150 151 151 151 151 Tabela A.1- 1,0m - (a), (b)- Parâmetros da Mini-Compactação....................................... Tabela A.2- 3,0m - (a), (b)- Parâmetros da Mini-Compactação....................................... Tabela A.3- 5,0m - (a), (b)- Parâmetros da Mini-Compactação....................................... Tabela A.4- 7,0m - (a), (b)- Parâmetros da Mini-Compactação....................................... Tabela A.5- 9,0m - (a), (b)- Parâmetros da Mini-Compactação....................................... 168 169 170 171 172 Tabela C.1- 1,0m – Ensaio Mini-CBR............................................................................. Tabela C.2- 1,0m – Ensaio Cone...................................................................................... Tabela C.3- 3,0m – Ensaio Mini-CBR............................................................................. Tabela C.4- 3,0m – Ensaio Cone...................................................................................... Tabela C.5- 5,0m – Ensaio Mini-CBR............................................................................. Tabela C.6- 5,0m – Ensaio Cone...................................................................................... Tabela C.7- 7,0m – Ensaio Mini-CBR............................................................................. Tabela C.8- 7,0m – Ensaio Cone...................................................................................... Tabela C.9- 9,0m – Ensaio Mini-CBR............................................................................. Tabela C.10- 9,0m – Ensaio Cone.................................................................................... 176 177 177 178 178 179 179 180 180 181 69 76 82 83 87 xv You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) LISTA DE SÍMBOLOS, NOMENCLATURA E ABREVIAÇÕES A.A. – Amostra Amolgada A.I. – Amostra Indeformada AASHO – American Association of State Highway Officials AASHTO – American Association of State Highway and Transportation Officials ABNT – Associação Brasileira de normas Técnicas %aCD / %aSD – Relação entre percentual de argila com e sem defloculante Al – Alumínio %Al – Percentual de Saturação em Alumínio ASTM – American Society for Testing and Materials B0 – pressão correspondente ao término de entrada de ar nos macroporos C – Carbono orgânico Ca - Cálcio CBR – California Bearing Ratio c´ - Coeficiente de deformabilidade da classificação MCT CCI – Curva Característica obtida a partir de Amostra Indeformada CD – Ensaio realizado com defloculante C/ imersão1 – Ensaio realizado com imersão, considerando o tempo estipulado em norma (1 hora) C/ imersão2 – Ensaio realizado com imersão, após retirada do recipiente utilizado para imersão (15 minutos) CCN – Curva Característica obtida a partir de Amostra Compactada na Energia Normal C.T.C. – Capacidade de Troca Catiônica DCP – penetrômetro dinâmico de cone DN – índice de penetração DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DER-DF – Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal DER-SP – Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo d´- inclinação da parte retilínea do ramo seco da curva de compactação na metodologia MCT e0 – índice de vazios inicial e´- índice de classificação MCT e – índice de vazios EAMI – pressão de entrada de ar nos microporos Ec – Coeficiente de rigidez obtido através do ensaio de Cone Adaptado eb – índice de vazios obtido pela balança hidrostática ec – índice de vazios corrigido E.I. – Energia Intermediária de Compactação E.N. – Energia Normal de Compactação ep – índice de vazios obtido através de medições do paquímetro Fe – Ferro Gs – Densidade dos grãos HRB – Highway Research Board Ia – Índice de atividade IPT/ SP – Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo IP – Índice de Plasticidade ISC – Índice de Suporte Califórnia xvi You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Iseco – inclinação do ramo seco Iúmido – inclinação do ramo úmido K - Potássio MCT – Miniatura, Compactado, Tropical MCV – Moisture Condition Value Mg - Magnésio Mini-MCV – Ensaio MCV da metodologia MCT Mini-CBR – Ensaio de suporte da metodologia MCT Mini-Proctor – Ensaio de compactação de energia constante da metodologia MCT MO – Matéria Orgânica MR – Módulo Resiliente N – Número de golpes Na - Sódio NBR – Norma Brasileira Registrada P – peso PEA CCI – ponto de entrada de ar na característica de amostra compactada na energia intermediária (CCI) PEA CCN – ponto de entrada de ar na curva característica de amostra compactada na energia normal (CCN) pF – logarítmo da sucção em centímetros de coluna de água pH – Potencial Hidrogeniônico PI – Perda de massa por imersão SD – Ensaio realizado sem defloculante Si – Silício S/ imersão – Ensaio realizado sem imersão Sr – grau de saturação Sr B0 – Saturação correspondente ao ponto B0 Sr EAMI – Saturação correspondente ao ponto de entrada de ar nos microporos (EAMI) T.S. – Trajetória de Secagem T.U. – Trajetória de Umedecimento ua-uw (kPa) - Sucção SUCS – Unified Soil Classification System UnB – Universidade de Brasília u a – Pressão de ar u w – Pressão de água %V – Percentual de saturação de bases wB0 – Teor de umidade correspondente ao ponto B0 west – Teor de umidade estipulado wEAMI – Teor de umidade correspondente ao ponto de entrada de ar nos microporos (EAMI) wobt - Teor de umidade obtido WL – Limite de liquidez WP – Limite de Plasticidade w – teor de umidade wót – teor de umidade ótimo est – peso específico estipulado obt – peso específico obtido obt (b) – peso específico obtido pela balança hidrostática obt (p) – peso específico obtido pelo paquímetro - Porosidade xvii You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1- INTRODUÇÃO Logo após a introdução dos princípios da mecânica dos solos nos meios rodoviários brasileiros, na década de quarenta, os engenheiros encontraram dificuldade no desenvolvimento de soluções de problemas geotécnicos ligados à pavimentação. Isto ocorreu devido às peculiaridades comportamentais apresentadas pelos solos tropicais, que não eram consideradas nas especificações técnicas então vigentes. Estas condenavam a maioria dos materiais existentes no Brasil, face aos seus elevados valores de WL, IP e porcentagem de material passando na peneira n200 (0,074 mm). A definição do tipo de solo a ser usado nas obras viárias, era então determinado pelas normas americanas AASHTO e ASTM, desenvolvidas especificamente para países situados na zona temperada. No Brasil existe em abundância materiais naturais conhecidos como solos lateríticos ou solos tropicais (Figura 1.1). Estes solos apresentam características diferentes daquelas tradicionalmente adotadas, o que foi comprovado com a utilização mais generalizada do ensaio CBR (no início da década de cinqüenta). Observou-se que, as argilas lateríticas apresentavam elevada capacidade de suporte e baixa expansibilidade, que chegava a ultrapassar os valores da própria brita padrão. Como os materiais que atendem as especificações tradicionais não são facilmente encontrados em todas as regiões do Brasil, e principalmente junto aos grandes centros urbanos, tornou-se essencial o estudo de materiais alternativos como os solos lateríticos finos. Sendo assim, vários estudos foram iniciados utilizando-se os solos tropicais como material de construção em diversas obras de engenharia, com o objetivo de avaliar as características e propriedades relacionadas com seu comportamento físico e mecânico. O Estado de São Paulo foi pioneiro na utilização dos solos finos. O primeiro especialista em mecânica dos solos a valorizar sua utilização, foi o Eng. Francisco Pacheco e Silva do IPT/SP. Por meio da execução de trechos experimentais, ele comprovou o bom comportamento apresentado pelas argilas lateríticas, excetuando-se os períodos de chuvas prolongados e o caso de trânsito muito pesado. Uma das soluções empregadas na época foi à 1 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) incorporação de brita, resultando uma camada conhecida como “virado paulista”, que contrariou as recomendações de estabilização granulométrica tradicionais. Baseando-se nas considerações acima, esta pesquisa visa o estudo dos solos finos argilosos com a finalidade de seu melhor aproveitamento nas obras de pavimentação. Muitas pesquisas têm sido realizadas, em diferentes países, que comprovam a influência marcante da sucção no módulo de resiliência dos solos. Como ocorrem constantes variações climáticas nos países tropicais, embora o solo na maioria das vezes se mantenha não saturado, esta condição de não saturação varia bastante ao longo do ano, observando-se assim, à importância do parâmetro sucção na resistência dos solos. Então, de modo a analisar até que ponto a sucção pode ser considerada, para um melhor dimensionamento de pavimentos, foi aqui realizado um estudo que tenta, a partir da curva característica do solo, obter uma ligação entre a mesma e o comportamento dos solos. Utiliza-se para este fim, os modelos propostos por Camapum de Carvalho & Lerouil (2000) e Camapum de Carvalho e Pereira (2001), que levam em conta respectivamente, a transformação e a normalização da sucção em pF (logaritmo da sucção em centímetros de coluna d’água) pelo índice de vazios. Com a incorporação do índice de vazios, facilita-se a análise do comportamento dos solos não saturados. Objetivou-se também, o estudo de uma possível correlação entre os parâmetros de resistência obtidos no ensaio de Mini-CBR e, o modelo obtido a partir de um ensaio de Cone adaptado para laboratório (Ec). O estudo desta adaptação, objetiva avaliar o potencial de uso do Cone na determinação da capacidade de suporte dos pavimentos. Este trabalho visa então, através do estudo mais detalhado do comportamento de um perfil de solo tropical fino compactado, contribuir para minimizar os custos e assegurar os critérios de segurança, qualidade e durabilidade, utilizando este tipo de solo, nas obras de pavimentação. As análises são realizadas com base em ensaios laboratoriais. Segundo Burmister (1970), a identificação de solos no campo e no laboratório é o primeiro e mais essencial passo na investigação do solo para uso em engenharia, cabendo ressaltar ainda que, freqüentemente a fração fina tem influência dominante nos comportamentos dos solos, particularmente em questões de drenagem, valores de suporte, estabilidade e deformabilidade. Foram realizados os seguintes ensaios nesta pesquisa: análises químicas, medição de sucção, Mini-CBR, Cone adaptado (Ec) e determinação das curvas características do solo compactadas nas condições ótimas e energias Proctor normal e intermediário. As 2 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) compactações e Mini-CBR foram executados segundo a metodologia MCT. Além dos ensaios realizados utilizaram-se ainda os resultados de caracterização física e mineralógica e as curvas características do solo no estado natural, apresentados por Guimarães (2002). Figura 1.1- Ocorrência dos Solos Lateríticos no Território Brasileiro (Villibor, Nogami, Beligni & Cincerre, 2000) Esta dissertação apresenta no Capítulo 1 uma breve introdução sobre o trabalho e seus objetivos. No Capítulo 2 consta a revisão bibliográfica onde são apresentados conceitos sobre os solos lateríticos, sua utilização na pavimentação, sua importância e o desenvolvimento da metodologia MCT. Também apresenta-se uma breve descrição desta metodologia, dos ensaios 3 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) de laboratório realizados, da sucção, da curva característica do solo e algumas características que compõe o solo do Distrito Federal. O Capítulo 3 descreve os materiais e métodos utilizados na realização dos ensaios. No Capítulo 4 tem-se a apresentação dos resultados, as análises realizadas a partir dos mesmos e, as correlações obtidas. Também observa-se a variação da composição química e mineralógica do perfil de solo estudado. O Capítulo 5 contém as conclusões e sugestões para pesquisas futuras. No Capítulo 6 apresenta-se as Referências Bibliográficas utilizadas como embasamento para realização deste trabalho. 4 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A aplicabilidade dos solos lateríticos no campo da pavimentação vêm se desenvolvendo acentuadamente nos últimos anos, muito embora os procedimentos de projetos usuais ainda não considerem a influência da sucção no comportamento mecânico apresentado pelo material compactado. Sendo assim, este Capítulo visa apresentar aspectos gerais dos solos lateríticos e a sua importância como material de pavimentação, além de detalhar os procedimentos laboratoriais e de campo usados para a determinação do seu comportamento mecânico em termos de resistência à penetração. 2.1- OS SOLOS LATERÍTICOS Segundo Lucena & Cabrera (1990), o termo laterita foi empregado inicialmente pelo geógrafo inglês, Buchanan em 1807. Este autor denominou laterita a um material avermelhado, não estratificado, existente no sul da Índia. Este solo podia ser facilmente cortado em blocos e possuía a característica de endurecimento quando exposto ao ar. Posteriormente verificou-se que esta definição é restrita, devido à ocorrência de solos de outra natureza e possuidores da mesma característica, em outras regiões tropicais. Observou-se então, que os solos tropicais são influenciados por diversos fatores ligados ao meio ambiente, rocha de formação, temperatura, precipitação e umidade. Com isto evidenciou-se a necessidade de definições mais gerais para os solos lateríticos. Conforme Melfi (1994), o que Buchanan chamou de laterita não era um perfil completo de solo, mas apenas um horizonte, que os pedólogos brasileiros hoje classificam como laterita hidromórfica. Maignien (1966), citado por Melfi (1994), ressaltou que o termo laterita utilizado por geólogos, engenheiros e pedólogos nem sempre define o mesmo objeto e nem sempre tem o mesmo significado. Visando a uniformização dos conceitos apresentados nos diferentes campos das geociências e também uma melhor compreensão da sua gênese, distribuição e propriedades, Schellmann (1982), apresentou a moderna definição de laterita. O autor definiu laterita como 5 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) sendo “acumulações superficiais ou subsuperficiais de produtos provenientes do intenso intemperismo de rochas, desenvolvidos sob condições favoráveis a uma maior mobilidade dos elementos alcalinos, alcalinos-terrosos e sílica e imobilização de ferro e de alumínio”. Apesar de formada a partir de um único processo, as lateritas podem englobar vários tipos de produtos que se diferenciam, por exemplo, pela intensidade e tempo de atuação deste processo e pelo tipo de material de origem. Sendo assim, as lateritas apresentam propriedades físicas (cor, estrutura, dureza, consistência), químicas, físico-químicas e mineralógicas (aluminosas, ferruginosas, manganesíferas) diferenciadas. Posteriormente às diversas definições encontradas para lateritas, o DNER-SP (1971) vem a definir o solo laterítico como sendo o solo cuja fração coloidal (abaixo de 2 micra) apresenta relação molecular sílica/sesquióxidos menor que 2 e, em conjunto a presença apreciável de sesquióxido de ferro, tendência para o concrecionamento e endurecimento sob exposição ao sol, baixa expansibilidade e baixo teor de matéria orgânica. Casanova (1987), complementa a definição anterior dando um enfoque mais detalhado quanto à mineralogia deste tipo de solo. O autor observa que: “Um solo dito tropical tem a sua mineralogia restrita a argilominerais do tipo (1:1) e óxidos livres, além de sílica livre na forma de quartzo, podendo ocorrer pequena quantidade de material paracristalino. Todos esses minerais compartilham o fato de serem minerais cuja carga superficial é variável e dependente do pH. Como um todo, apresentam baixos valores para a superfície específica, a capacidade de troca catiônica e densidade superficial da carga”. Vaughan (1985), no entanto, define os solos tropicais como produtos resultantes essencialmente da intemperização física e química de rochas ígneas, sedimentares e metamórficas, devido às mudanças nas condições climáticas. De uma forma geral, em um perfil de solo tropical são normalmente encontrados dois tipos de solo, o laterítico e o saprolítico. O primeiro, residual ou não, intemperizado e rico em minerais de argila e sesquióxidos formando a camada superficial. O saprolítico, localizado na camada mais profunda, mantêm a estrutura da rocha de origem. Várias classificações foram propostas com o objetivo de agrupar os diferentes tipos de lateritas. Algumas se basearam na porcentagem de sesquióxidos, outras nas propriedades químicas e mineralógicas e, algumas nos aspectos físico-morfológicos (Rezende, 1999), como verifica-se nas definições apresentadas anteriormente. 6 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Segundo Nogami et al (1996), os solos lateríticos constituem a parte mais superficial do subsolo em áreas bem drenadas (acima do lençol freático, indicado pela ausência de cursos d´água permanentes). Estes solos se destacam no perfil, devido a sua uniformidade e coloração característica: vermelha, alaranjada ou amarela. Formam um capeamento recobrindo as demais camadas de solos; e possuem aspecto uniforme, não se percebendo manchas, listras, camadas e xistosidades. Estes ainda apresentam constituição mineralógica caracterizada, principalmente, pela presença de reduzido número de minerais resistentes ao intemperismo tropical. Sua fração de areia sendo constituída de quartzo e outros minerais resistentes tanto às intempéries como mecanicamente, como por exemplo a magnetita, a ilmenita, a turmalina e o zircão. Quanto a fração pedregulho, podem ocorrer quantidades variadas de concreções ferruginosas ou aluminosas, conhecidas como lateritas, que apresentam resistência mecânica inferior aos minerais referidos anteriormente. A fração argila, no entanto, é constituída de argilo-minerais da família da caulinita e óxidos hidratados de ferro e/ou alumínio. Estes óxidos envolvem os argilo-minerais, resultando uma microfábrica esponjosa ou de “pipoca”, muito característica. Devido a cimentação existente entre os elementos que compõe esta microestrutura (diâmetro inferior a 2 microns), a granulometria resultante dos ensaios padronizados pode acusar elevada porcentagem de grãos maiores nas frações silte e areia, devido a presença de torrões. Quanto aos solos saprolíticos, estes constituem predominantemente a parte subjacente da camada de solos lateríticos. Localizam-se em terrenos bem drenados (sem nível freático emergente). São predominantemente heterogêneos (manchados, listrados ou xistosos) e apresentam freqüentemente camadas de formas complexas, presença de matacões, dobras e camadas inclinadas. Originam-se pela decomposição de rocha matriz, sendo portanto, genuinamente residual e assim, herdando a sua estrutura, além de desenvolver outras feições decorrentes da heterogeneidade de atuação do processo de intemperismo. Apresentam cores variadas, tais como branco, preto, azul, verde, roxo, róseo, amarelo, vermelho e variegada. Ao contrário dos solos lateríticos, sua composição mineralógica é variada, podendo ser simples ou extremamente complexa, dependendo do tipo de rocha matriz e do seu grau de intemperização. No entanto é bastante típica a ocorrência de mineralogia complexa em todas as suas frações granulométricas. Na fração areia, podem ocorrer minerais não estáveis, mica e feldspatos, ao intemperismo tropical e, na fração argila, minerais expansivos da família da ilita e da montmorrilonita. Estes minerais geralmente se encontrando sob a forma de cristais ou pacotes de cristais isolados. Na fração silte, no entanto, destaca-se entre seus componentes 7 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) os argilo-minerais especialmente sob a forma de “sanfonas” de caulinita, as micas, o quartzo, a magnetita e a ilmenita, por exemplo. Os solos lateríticos mais típicos pertencem à classe dos latossolos (segundo terminologia adotada pelo Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solo). Porém, em termos de comportamento geotécnico, tem-se incluído outros solos de outras classes pedológicas no grupo dos de comportamento laterítico (L), como é o caso de muitos solos podzólicos e algumas areias quartzosas (Godoy, Bernucci & Nogami,1996). Segundo Queiroz de Carvalho (1987), os solos lateríticos, como resultado do processo de laterização, são largamente dependentes dos seus constituintes finos, tidos como constituintes ativos, isto é, constituintes amorfos e constituintes da fração tamanho argila. Estes constituintes ativos são normalmente cimentados pelos óxidos de ferro e/ ou alumínio, passando assim, a desempenhar um papel essencial quanto ao comportamento geotécnico destes solos. Godoy & Bernucci (2000), complementam observando que, a principal peculiaridade dos solos tropicais lateríticos (que os diferencia dos solos de clima temperado), é justamente a presença desta cimentação natural causada pelos óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio. De acordo com a análise da microestrutura de solos lateríticos em duas regiões do Brasil (PB e PA), Queiroz de Carvalho (1987) também observou que, a composição minerológica destes solos apresenta argilomineral do tipo haloisita, e uma estrutura concrecionária com cimentação/agregação das partículas finas por sesquióxidos de ferro e/ou alumínio. Comprovou então, que estes possuem um alto grau de cimentação devido quase que exclusivamente ao óxido de ferro/alumínio hidratado. No entanto, Cardoso (1995), estudando solos lateríticos do Distrito Federal, observou microestruturas em que os solos apresentaram níveis de cimentação por óxidos de ferro e alumínio bastante baixos. Resultados de medidas de sucção, porosimetria e estudos químicos e mineralógicos em solos lateríticos na região de Minas Gerais, sugerem que em estado não saturado, uma grande porção das partículas argilosas são mantidas juntas por forças de capilaridade, adsorção e interpartículas (Galvão, Sans et al., (1997). 8 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) De acordo com Santana & Gontijo (1987) observa-se em solos de comportamento lateríticos as seguintes características bastante peculiares: i) pequena fração de areia grossa entre as peneiras no 10 e no 40; ii) posibilidade de ocorrência de elevados teores de finos, mais de 25% passando na peneira no 200, com elevados valores de LL e IP, maiores que 25 e 8, respectivamente, embora com CBRs elevados; iii) dificuldade em enquadrá-los nas especificações granulométricas da AASHTO, similarmente ao que ocorre em relação aos limites de LL 25% e IP 6%; iv)encontra-se com pouca freqüência a relação kr (sílica/sesquióxidos) > 2 ; v) expansão baixa e; vi) minerais argílicos do tipo caulinita, às vezes com traços de ilita, mas nunca de montmorilonita. Gidigasu (1976), citado por Rezende (1999), estudou grãos finos lateríticos e não lateríticos que sofreram processo de lixiviação e laterização em vários graus de intensidade, diferenciadas pelas condições climáticas, vegetação, topografia, condições de drenagem e tipos de rocha de origem. Este autor confirmou que a relação entre o teor de argila e as características geotécnicas de um solo são governadas pelo grau de lixiviação e laterização a que são submetidos e também pela mineralogia da argila. Segundo Melfi (1994), a relação existente entre as propriedades mecânicas dos materiais, sua composição mineralógica e organização interna (estado de cristalização dos minerais secundários, sistema poral, estado físico-químico da fração argila, composição mineralógica da fração argila a arranjo microestrutural dos constituintes dos solos e das lateritas) é marcante. Sendo assim, torna-se cada vez mais importante o estudo microscópico das lateritas (amostras indeformadas), que além de estabelecer as relações entre as fases minerais presentes e sua organização, possibilita a compreensão de solos com índices geotécnicos semelhantes apresentarem comportamento mecânico distinto. Observa-se então que, as condições climáticas em que os solos são formados, assim como aos diferentes graus de intemperização a que são submetidos, têm influência marcante no seu comportamento do ponto de vista da engenharia. As propriedades índices tradicionais não permitem identificar diretamente os solos de comportamento laterítico, pois solos possuidores de idênticos índices podem apresentar propriedades mecânicas e hidraúlicas, tanto em estado natural como compactado, bem diferentes, conforme se tenha comportamento laterítico ou não (Nogami & Villibor, 1995). 9 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) No caso de solo laterítico, as propriedades índices conduzem muitas vezes a resultados discordantes dos observados na análise táctil-visual proposta por Casagrande. De acordo com Godoy & Bernucci (2000) , na engenharia, os solos lateríticos são aqueles que quando devidamente compactados, ao perderem umidade, adquirem condição de baixa perda de resistência ou até nenhuma perda, mesmo na presença de água. Por outro lado, no estado natural, quanto maior o grau de laterização menor a sua susceptibilidade à erosão, além de serem altamente permeáveis, possuem baixa capacidade de suporte, elevada deformabilidade, excelentes condições de drenagem e possibilidade de colapso quando submetido a determinadas cargas e molhagem (Nogami, Villibor, Sória & Fabbri, 1993). Nogami & Villibor (1995) constataram a relevância da definição apresentada por Godoy , além de detalharem o comportamento dos mesmos quando compactados. Os autores observaram que estes solos se caracterizam pelo ramo seco da curva de compactação muito inclinado, elevado grau de saturação quando compactados na densidade máxima, valores de suporte elevados, baixa perda de suporte por imersão, baixa permeabilidade, lento deslocamento da frente de umidade, baixa perda de massa por imersão, baixa expansibilidade quando em contato com água livre, contração apreciável por perda de umidade e possibilidade de elevado módulo de resiliência. Vasconcelos Costa & Lucena (1987) após a realização de estudos em laboratório visando definir a influência do desvio de umidade na resistência dos solos lateríticos compactados, após a saturação, concluíram que, ocorrendo desvios de umidade em relação à ótima, superiores a 0,5% no lado úmido e 1% no lado seco, alteraria-se substancialmente os valores de resistência, em termos de CBR, dos solos lateríticos ensaiados após quatro dias de imersão. O comportamento resiliente destes solos, segundo dados publicados pela COPPE (Medina e Motta, 1988) é bastante variado, obedecendo a quatro modelos diferentes. Cabe destacar que valores muito elevados de módulo resiliente foram encontrados nas camadas lateríticas compactadas, mesmo as de natureza eminentemente argilosa (grupo LG´). Motta et al. (1985) verificaram que este módulo é pouco variável em função da tensão desvio e do confinamento. 10 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Verificou-se portanto que, os solos lateríticos têm seu comportamento extremamente influenciado pela gênese, composição química e mineralogica, grau de intemperização e condições ambientais. 2.1.1- Características dos Solos Lateríticos do Distrito Federal Os solos de um modo geral apresentam características próprias, herdadas ou adquiridas, resultantes de fatores tais como: rocha matriz, clima, relevo, tempo e ação química e biológica acrescidos das ações antrópicas. No distrito Federal, como em outras regiões tropicais, através dos diversos processos ocorridos desde sua gênese, o solo apresenta propriedades, estrutura e comportamentos hidráulico e mecânico peculiares (Guimarães, Camapum de Carvalho & Muniz, 1997). Os solos do Distrito Federal representam bem os solos da região do cerrado, como comprovado por Melfi & Pedro (1977), através da verificação da abundância de gibsita, nos solos do DF. Este fenômeno foi também constatado por Martins (1998), que caracterizou as camadas mais superficiais da região por sofrerem essencialmente o processo de alitização, em áreas com solos bem drenados. De acordo com o autor, em regiões de solos mal drenados ocorre a ressilicação da gibbsita para caulinita. Observa-se que a laterização controla basicamente toda a formação dos solos de Brasília e, segundo Martins (1998), tanto as reações de hidrólise, como queluviação parcial agem conjuntamente para esta formação. O manto superficial dos perfis de solo característicos do DF são geralmente constituídos de um material poroso, seja residual ou transportado. Sua espessura varia de centímetros a dezenas de metros. Estes solos foram submetidos ao processo de laterização caracterizando-se pela predominância de argilominerais do tipo caulinita e presença de óxidos de ferro e alumínio e hidróxido de alumínio (Gibbsita). A maioria das bases Ca, Mg, K, Na e SiO2 foram lixiviadas, restando materiais em estado avançado de intemperismo que apresentam uma estrutura porosa com partículas geralmente ligadas por pontes de argila (Paixão & 11 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Camapum de Carvalho, 1994; Cardoso, 1995 e Araki, 1997). O pH ácido desses solos (4,5 a 5) favorece a agregação existente no solo em seu estado natural. A estrutura porosa e as agregações que existem nestes solos, confere a eles elevada porosidade (apesar da matriz argilosa) e comportamento em termos de permeabilidade similar aos solos granulares finos (10-3 a 10 -4 cm/s). Cardoso (1995) observa que, devido à agregação das partículas de solo e a conseqüente geração de grandes vazios (associados aos contatos estruturais realizados através de pontes de argila), bem como, a inexpressiva ação da cimentação (devido ao pH ácido) e conseqüente dissolução e precipitação dos oxihidróxidos de ferro, ocorre à existência de elevados potenciais de colapso. Paixão e Camapum de Carvalho (1994) correlacionam o colapso à camada de “argila porosa”. Segundo Camapum de Carvalho et al. (1993), a “argila porosa” é constituída por argilas, siltes e areias combinadas em diferentes proporções dependendo do domínio geológico local, apresentando geralmente as seguintes características: SPT inferior a 6 golpes; Limite de liquidez entre 25 e 78%; Limite de plasticidade entre 58 e 18%; Ìndice de plasticidade entre 4 e 38%; e Índice de Vazios entre 1,2 e 2,2. Segundo Camapum de Carvalho & Leroueil (2000), a presença de agregações nos solos do DF, faz com que a textura argilosa verificada em ensaios granulométricos convencionais com o uso de defloculante não seja normalmente constatada no solo em estado natural. Estas agregações por sua vez se relacionando à presença de óxidos de ferro e alumínio e, sendo responsáveis pela geração de uma microestrutura importante para as propriedades e comportamento dos solos. De acordo com Araki (1997) e Cardoso (1995), esta microestrutura é constituída por poros no interior das agregações normalmente distintos dos poros existentes entre elas. A estabilidade estrutural do solo estando então, diretamente ligada à natureza das ligações nas agregações e entre elas. 12 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Araki (1997) realizando um estudo em perfil, sob a camada de “argila porosa” na região da Asa Sul, no Metrô de Brasília, verificou que, a gibbsita e os minerais paracristalinos de Al são predominantes nos primeiros metros, e sofrem uma redução gradual em seus teores de acordo com a profundidade, o que também se reflete nos valores referentes de índice de vazios. Tal fenômeno sendo resultado do intemperismo químico mais intenso em condições mais superficiais. O solo estudado para fins de elaboração da presente dissertação encontra-se detalhado em termos de sua composição física, química e mineralógica no Capítulo 4. 2.2- HISTÓRICO SOBRE O USO DOS SOLOS TROPICAIS NA PAVIMENTAÇÃO A importância dos solos tropicais como material de construção rodoviária no Brasil foi reconhecida no final da década de trinta, pelo IPT/SP (Vargas, 1994). Isto ocorreu no decorrer de um programa de estabilização de solos, que visava o revestimento das estradas de terra e que apresentaram resultados insatisfatórios. Estes resultados foram atribuídos a diversos fatores, como: utilização de procedimentos de construção baseados nas normas das regiões temperadas, as peculiaridades dos solos tropicais, a falta de materiais granulares naturais, ao clima tropical e ao volume de trânsito muito elevado (Rezende, 1999). Segundo Nogami & Villibor (1990), o primeiro especialista em Mecânica dos Solos que valorizou a elevada capacidade de suporte e a baixa expansibilidade das argilas lateríticas foi o Engenheiro Francisco Pacheco e Silva do IPT. De acordo com suas idéias foram construídos trechos experimentais com base de argila vermelha compactada, selada de todos os lados por pintura betuminosa, os quais mostraram excelente desempenho quando comparados à base constituída de pedra britada. Observou-se posteriormente que as argilas lateríticas só não apresentavam bom desempenho durante períodos de chuva prolongados e em rodovias de trânsito muito pesado. Adotou-se então uma solução denominada “virado paulista”, que tratava-se da incorporação 13 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) de brita a essas argilas, que foi realizada contrariando as recomendações da estabilização granulométrica tradicional. A implantação do plano de Pavimentação Paulista em 1956/60, criado no governo de Jânio Quadros, impulsionou a utilização dos solos lateríticos em pavimentação. Substituiu-se o uso do macadame hidráulico por solo laterítico, como componente de bases estabilizadas granulometricamente, de solo-cimento e nas sub-bases e reforços do sub-leito. O uso das propriedades índices sofreu algumas modificações, pois pela primeira vez foi utilizado solo com IP acima de 10%. No fim da década de 60 verificou-se o bom desempenho das bases de solo arenoso fino laterítico em trechos experimentais no Estado de São Paulo. Estes solos não satisfaziam as exigências tradicionais para bases estabilizadas granulometricamente e o bom desempenho dos pavimentos conduziram ao desenvolvimento de novos procedimentos laboratoriais que melhor pudessem caracterizá-los. Visando esta melhor caracterização desenvolveu-se, no ínicio da década de 80, uma nova metodologia de ensaios geotécnicos denominada MCT (Miniatura, Compactado, Tropical) e uma nova classificação dos solos Tropicais (Nogami & Villibor, 1981). 2.3- A IMPORTÂNCIA DOS SOLOS TROPICAIS NA PAVIMENTAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE UMA NOVA METODOLOGIA Os solos tropicais possuem comportamentos bem diferentes daqueles previsíveis pelos procedimentos tradicionais de classificação geotécnica. Estas classificações tradicionais se baseiam essencialmente, na granulometria, limite de liquidez (LL) e no índice de plasticidade (IP). Ao contrário do que indicavam as classificações tradicionais, foi através da realização do ensaio CBR, que primeiramente se comprovou às excelentes qualidades dos solos lateríticos em pavimentação. Mitchell & Sitar (1982) levantaram a possibilidade de usar resultados como os limites de Atterberg na avaliação de características úteis a engenharia, como permeabilidade e 14 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) compressibilidade. No entanto, Wesley (1988) opinou que, os testes convencionais são mais aplicáveis quando se trata de solos residuais. No entanto, Gidigasu (1974) verificou que, os aspectos comportamentais dos solos tropicais são complexos de forma que seu comportamento não pode ser entendido de acordo com os princípios convencionais estabelecidos para regiões de clima temperado. Villibor et al (1996), complementa a afirmação de Gidigasu (1974), observando que o uso dos métodos tradicionais na identificação e classificação dos solos tropicais pode ocasionar duas conseqüências desagradáveis. A primeira conseqüência em se tratando de um superdimensionamento do pavimento, no caso do solo comportar-se melhor que o previsto e, a segunda referente ao subdimensionamento do pavimento, no caso do solo se comportar pior que o previsto, resultando em uma drástica redução da vida útil ou ruptura precoce do pavimento. De acordo com os referidos autores, as pesquisas que se tem realizado mostram que os eventos anteriormente referidos acontecem com freqüência, ilustrando a ineficiência da correlação CBR e o índice de grupo, procedimento tradicionalmente usado pelo DNER para dimensionamento de pavimentos. A dificuldade de localização de materiais granulares e a predominância dos solos de comportamento tropical contribuiu para o desenvolvimento de novos procedimentos laboratoriais que possibilitassem uma melhor caracterização dos solos tropicais. Os solos lateríticos têm constituído importante fonte de matéria-prima para a construção viária, devido a seu excelente comportamento estrutural, ao menor custo em relação aos outros tipos de matéria-prima e a sua abundância. São empregados na constituição de estruturas de pavimentos (reforço do sub-leito, sub base e base), aterros, camadas de proteção de taludes, recuperação de áreas degradadas, camadas de proteção de bacias de decantação, clay liners, etc. Como as propriedades índices tradicionais variam em função da estrutura dos solos, estas não se prestam para prever de forma apropriada o comportamento dos solos lateríticos em obras civis. Segundo Villibor (1981) ocorrem limitações nas avaliações referentes às propriedades dos solos tropicais, baseadas nas classificações HRB-AASHO e USCS, devido à dificuldade em se conseguir reprodutividade nos ensaios de limites de consistência. Tal fato sendo parcialmente ocasionado pela decomposição dos materiais primários, as partículas finas 15 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) fortemente agregadas e a força de ligação variada nas concreções. O autor observou ainda que, as propriedades previstas nas classificações tradicionais conduzem geralmente a um comportamento inferior ao verificado na prática quando se trata dos solos lateríticos e, superior quando em solos sapróliticos (não lateríticos). Devido a estas limitações, procurou-se relacionar novos procedimentos laboratoriais às propriedades mecânicas e hidráulicas dos solos compactados. Isto resultou no desenvolvimento de uma nova metodologia de ensaios geotécnicos, denominada MCT (Miniatura, Compactado, Tropical) e uma nova classificação dos solos tropicais (Nogami & Villibor, 1981). Após o desenvolvimento da metodologia MCT desenvolveram-se várias pesquisas objetivando verificar o comportamento dos solos lateríticos como material de construção rodoviária. Santana & Gontijo (1987) observaram que, o pavimento laterítico possui durabilidade aproximadamente duas vezes maior que o pavimento não laterítico. Tal fato foi verificado através dos maiores valores de módulo resiliente para o pavimento com base laterítica. Nota-se daí, a importância de se trabalhar com métodos de dimensionamento que levem em conta os módulos resilientes das diversas camadas que constituem a estrutura de um pavimento. Nogami & Villibor (1993) estudaram o desempenho destes solos como subleito, reforço de subleito, sub-base e base. Dentre as bases estudadas estavam às misturas estabilizadas granulometricamente, a argila laterítica, a argila laterítica + brita, argila laterítica + outros estabilizantes. Os autores verificaram que, os solos de comportamento laterítico dispensavam a estabilização granulométrica tradicional ou adição de estabilizantes químicos e, que, as misturas dos mesmos com material granular visava apenas a atender diferentes critérios daqueles considerados para as misturas bem-graduadas. Tendo em vista facilitar sua utilização, os materiais lateríticos foram classificados em Concreções Ferruginosas (ou lateríticas) resistentes, Solos Finos de comportamento laterítico e Solos Graúdos de comportamento laterítico. As Concreções Ferruginosas são passíveis de, por britagem, fornecerem agregados graúdos. Quanto aos solos finos podem ser usados como material para sub-bases e bases (exceto para tráfego pesado). Os solos graúdos além de usado como material (inclusive para tráfego pesado) são usados como agregados graúdos em forma de pisólitos lateríticos, obtidos por lavagem e peneiramento, para camadas asfálticas (inclusive tratamentos superficiais) e de concreto de cimento portland (Santana & Gontijo, 16 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1987). Pode-se observar alguns exemplos das granulometrias de materiais usados na construção rodoviária brasileira na Figura 2.2. Após vários estudos realizados observou-se que, a utilização de materiais locais, aliada a apropriados métodos de dimensionamento, propiciam um pavimento de custo bem menor e de características técnicas iguais ou superiores ao pavimento obtido com materiais que concordem com as especificações granulométricas ortodoxas. Verificou-se que apenas a garantia da ausência de fadiga no concreto asfáltico, justifica a melhor qualidade técnica do chamado pavimento laterítico. Figura 2.2- Constituição Granulométrica de alguns materiais usados na construção rodoviária no Brasil (Medina, 1989). Em relação ao processo executivo destes pavimentos, constitui-se prática usual o umedecimento prévio, com o intuito do ganho de peso específico durante a compactação. No entanto, Guimarães et al. (1997) mostraram que esta técnica não é vantajosa, pois embora 17 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) ocorra aumento do peso específico, há quebra na estrutura do solo, ocasionando redução da resistência e do módulo de deformação. Em relação ao comportamento apresentado por estes solos em laboratório verificou-se que, mesmo para os solos lateríticos finos, a reutilização da amostra deve ser evitada, pois a correção de umidade e peso específico pode piorar o comportamento do solo. Isto é justificável considerando-se que para diferentes arranjos de partículas, pode-se ter um mesmo peso específico. Portanto, as características estruturais do solo devem ser consideradas. 2.4- A METODOLOGIA MCT (MINIATURA, COMPACTADO,TROPICAL) Após a introdução dos princípios da Mecânica dos solos nos meios rodoviários, na década de quarenta, os engenheiros encontraram dificuldade em aplicá-los na pavimentação, devido às peculiaridades comportamentais apresentadas pelos solos tropicais, que não eram consideradas nas publicações disponíveis (Nogami et al, 1993). Constatou-se que as recomendações baseadas nos métodos tradicionais não coincidiam com o comportamento hidráulico e mecânico de muitos solos utilizados como material de construção rodoviário. Assim, tornou-se necessário o desenvolvimento de uma metodologia que melhor caracterizase o material disponível. Devido a predominância dos solos lateríticos no território brasileiro, passou-se a considerar-se sua utilização como alternativa para a construção rodoviária. No entanto foi apenas no início da década de cinqüenta, que a utilização mais generalizada do ensaio CBR veio confirmar a qualidade das argilas lateríticas. Tal comportamento contrariando as recomendações das classificações tradicionais baseadas nas propriedades índices. No entanto, a desvinculação total dos procedimentos tradicionais para a escolha dos solos lateríticos na pavimentação só foi possível no Estado de São Paulo em 1981, quando foram divulgados os fundamentos da metodologia que passou a ser designada mais tarde de metodologia MCT (Villibor (1981); Nogami e Villibor (1981)). 18 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) A metodologia MCT (Miniatura, Compactado, Tropical) baseia-se no princípio que, os índices classificatórios tradicionais não podem ser aplicados diretamente aos solos tropicais. Surgindo a necessidade de desenvolver novos índices mais significativos, passou-se a efetuar ensaios mecânicos e hidraúlicos simplificados, estes mais diretamente correlacionáveis com o comportamento dos solos tropicais. Cabe ressaltar que o termo comportamento foi introduzido a fim de caracterizar que a classificação se baseia em propriedades mecânicas e hídricas de corpos de prova compactados, e não na morfologia, da maneira como ocorre freqüentemente em pedologia ou em ciência do solo. Segundo Nogami & Villibor (1995), a miniaturização da aparelhagem utilizada, que corresponde à redução para 1/3 das dimensões lineares dos corpos de prova utilizados no procedimento tradicional, foi indispensável por motivos econômicos. Ainda segundo os autores, escolheu-se o diâmetro de 50 mm para os corpos de prova e, adotou-se o procedimento de compactação desenvolvido em Iowa, segundo sugestão do Prof. Carlos Sousa Pinto. Um dos passos mais importantes para o desenvolvimento de uma metodologia própria para solos tropicais foi à introdução do Mini-CBR (Nogami, 1972), devido a sua importância no projeto de pavimentos. Verificou-se porém, que esse ensaio por si só, não era suficiente para a escolha dos melhores solos; assim, os ensaios de infiltrabilidade, permeabilidade, contração, penetração da pintura betuminosa e Mini-CBR de campo, foram incorporados. Apesar da miniaturização, o custo e a complexidade dos ensaios eram ainda relativamente elevados para a fase de estudos preliminares, sendo adequada no entanto, para a escolha definitiva de solos de granulação fina lateríticos destinados a bases de pavimentos de baixo custo. Para que o Mini-CBR e ensaios associados pudessem ser usados em estudos geotécnicos preliminares apresentando custo comparável ao dos procedimentos tradicionais baseados na determinação de LL, LP e Granulometria por peneiramento, houve necessidade de uma drástica simplificação. De acordo com Nogami & Villibor (1995), isto só foi possível com a adoção do novo método de compactação desenvolvido no Transport and Road Research Laboratory (Parsons, 1976), conhecido como MCV (Moisture Condition Value). 19 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) O procedimento MCV envolve a determinação do MCV adaptado para o uso de corpos de prova de dimensões reduzidas, que será designado de Ensaio Mini-MCV. Este procedimento caracteriza-se por utilizar: a) Energia de Compactação variável: Para cada teor de umidade do corpo de prova, aplica-se um número de golpes crescentes, até atingir uma massa específica aparente máxima; b) Compactador: Provido de soquete de seção plena que trabalha dentro de um molde cilíndrico de 50 mm de diâmetro, com pesos variando de 2270 g a 1000g e alturas de queda de 30,5 cm a 20 cm, no caso de adaptação para miniatura e sub-miniatura, respectivamente (Figura 2.2). Figura 2.2- Aparelho Compactador (Nogami & Villibor, 1995). A adaptação realizada conduziu a parâmetros similares aos de Parsons, designados, a’ e b’; que não distinguiam os solos lateríticos dos sapróliticos. Daí a necessidade de introduzir um novo coeficiente c’, obtido a partir do ensaio de Perda de Massa por Imersão e também, a consideração da inclinação do ramo seco da curva de compactação, que corresponde ao coeficiente d’. 20 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Um exemplo da determinação destes coeficientes é apresentada na Figura 2.3. Figura 2.3- Gráficos representativos de resultados de ensaios (Nogami & Villibor, 1995). 21 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Destaca-se ainda que, a adaptação não objetiva apenas a classificação do solo, pois, a partir da sistemática de ensaios que envolvem o Mini-MCV e o ensaio de comportamento dos corpos de prova a imersão em água, outros dados de importância são considerados, tais como: - Família de Curvas de Compactação, obtida com energia variável (da normal a intermediária); - Relação entre o Mini-MCV e o Teor de Umidade, que permite determinar no campo o teor de umidade de compactação; - Capacidade de Suporte, expressa em Mini-CBR, sem imersão dos corpos de prova e com máxima densidade obtida para um determinado teor de umidade; - Classificação do solo - Ordem de grandeza da Permeabilidade do solo através da determinação do Mini-MCV correspondente à exsudação, na ocasião da compactação dos corpos de prova; - Características de Expansibilidade e Coesão do solo compactado sob condição de imersão total em água, com confinamento parcial. Paralelamente ao desenvolvimento da metodologia MCT são estudados procedimentos associados visando uma maior simplificação na obtenção dos parâmetros necessários, sendo estes: - Identificação Expedita dos Grupos MCT pelo Método das Pastilhas: visa a correlação do coeficiente c’ com a contração de corpos de prova, e, do índice e’ com a consistência da pastilha previamente seca e posteriormente submetida à embebição em água. Estes corpos de prova são moldados (não-compactados) em anéis de 20 mm de diâmetro e 5 mm de altura, utilizando-se a fração de solo que passa na peneira 0,42 mm. - Penetrômetros: visa verificar a diferença entre as propriedades dos solos naturais “in situ” e após a compactação. - Previsão de erosão: visa desenvolver uma série de procedimentos para previsão e combate da erosão em cortes, saias de aterros e faixa marginal dos pavimentos adaptados aos solos tropicais. Para tal considera-se as propriedades de infiltrabilidade e perda de massa por imersão. 22 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Maiores detalhes sobre os itens acima citados, podem ser encontrados em Nogami & Villibor, 1995. 2.4.1- Classificação Geotécnica MCT A classificação geotécnica MCT para um determinado solo é realizada a partir do gráfico, apresentado na Figura 2.4, onde se considera em abcissas o coeficiente c’, obtido no ensaio de compactação e, em ordenadas, o índice e’ calculado pela Equação (2.1): e’ = (Pi / 100 + d’ / 20)1/3 (2.1) onde: Pi = perda de massa por imersão; d’ = inclinação do ramo seco da curva de compactação, correspondente à energia de 12 golpes, soquete tipo leve. Para fins classificatórios é necessária a determinação dos parâmetros c’, d’ e e’, assim sendo torna-se necessária uma breve descrição quanto a obtenção dos mesmos. A compactação é realizada considerando teores de umidade e energias variáveis, obtendo-se assim, uma família de curvas de compactação. Com os dados obtidos para uma determinada umidade, plota-se uma curva de deformabilidade, considerando-se as diferenças de altura do corpo de prova entre os golpes n e 4n. De acordo com Villibor et al. (1996), a inclinação (coeficiente c’) das curvas de deformabilidade na compactação apresenta-se variável com a granulometria dos solos, no entanto, como c’ não varia com a laterização, tornou-se necessário o desenvolvimento do índice e’. Estudos realizados por Barroso & Fabbri (1996) em solos artificiais, variando-se o tipo e o teor da fração fina presente, demonstraram que o coeficiente c’ é ineficiente para expressar o grau de argilosidade dos solos. De acordo com Nogami e Villibor (2000), em grande parte 23 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) esta ineficiência decorre do uso da mesma série de golpes e do mesmo procedimento para cálculo das deformações, utilizado originalmente por Parsons. Assim, os autores propõe o uso de uma nova série de golpes e uma nova maneira de calcular as deformações dos corpos de prova. Maiores detalhes sobre a metodologia MCT e os procedimentos de ensaio, podem ser encontrados em Nogami & Villibor (1981, 1995). Para fins classificatórios, desenvolveu-se o gráfico apresentado na Figura 2.4. A linha tracejada divide as áreas ocupadas pelos solos de comportamento laterítico (sigla L) dos nãolateríticos (sigla N). Cabe ressaltar que esse comportamento só se refere a solos compactados. No entanto, através de correlação pode-se inferir muitas das propriedades dos solos em estado natural. Quanto aos solos saprolíticos, de comportamento pior do que o previsto pelos métodos tradicionais, encaixam-se nesta classificação, sobretudo na classe NS’. Ainda se tratando de classificação, observa-se na Figura 2.4 que, a classificação MCT comporta 7 grupos distintos, onde constam as características texturais e mineralógicas dos vários grupos de solos tropicais, bem como algumas de suas propriedades mecânicas e hídricas. Estas propriedades correspondem à compactação realizada no teor de umidade ótimo e massa específica aparente seca máxima, correspondentes ao Mini-Proctor. De acordo com Nogami e Villibor (1985) tem sido constatadas diferenças no grau de confiabilidade de previsão das propriedades nos diversos grupos da classificação. No que se refere à capacidade de suporte Mini-CBR, obteve-se maior confiabilidade nos solos de comportamento laterítico, tanto na condição não imersa como imersa, sob condições padronizadas. Já para os solos NS’ (Solos Siltosos Não Lateríticos) foram constatadas grandes dispersões, em termos de capacidade de suporte, sobretudo se forem considerados tipos mineralógicos e texturais extremos, tais como solos saprolíticos constituídos essencialmente de silte caulinítico ou de silte sericítico. Verificou-se que, a classificação MCT não se relaciona de forma simples com os grupos de classificação AASHO, podendo, por exemplo, um solo A-7 corresponder tanto a argilas lateríticas do grupo LG’, de excelente comportamento, ou as argilas expansivas do grupo NG’ 24 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) ou, ainda, a siltes micáceos saprolíticos do grupo NS’, que incluem os piores solos que se conhecem. Figura 2.4- Gráfico da classificação MCT e dados diversos dos grupos de solos (Nogami & Villibor, 1995). 25 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 2.5- ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO Neste subitem apresenta-se os ensaios de laboratório convencionais, os característicos da metodologia MCT, a técnica do papel filtro (para medição da sucção), o mini-CBR, o cone adaptado para laboratório e ainda o ensaio de campo denominado DCP (Penetrômetro Dinâmico de Cone). 2.5.1- ENSAIOS DE LABORATÓRIO 2.5.1.1- Convencionais Estes ensaios de laboratório têm como finalidade à caracterização, classificação, compactação e determinação da capacidade de suporte dos materiais. Todos os ensaios fazem uso de amostras deformadas e, suas respectivas metodologias são definidas por normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Os ensaios convencionais mais usados são: - Análise Granulométrica: NBR – 7181 (ABNT, 1984a); - Determinação da massa específica aparente de amostras indeformadas, com emprego da balança hidrostática: MB – 2887 (ABNT, 1988); - Limite de Plasticidade: NBR – 7180 (ABNT, 1981); - Limite de Liquidez: NBR – 6459 (ABNT, 1984b); - Ensaio de Compactação: NBR – 7182 (ABNT, 1986a); - Expansão e Índice de Suporte Califórnia: NBR – 9895 (ABNT, 1987). Os ensaios de granulometria e limites de Atterberg, fornecem os parâmetros necessários para efetuar-se a classificação dos solos, de acordo com as classificações tradicionais adotadas (AASHO e SUCS). Dentre elas, a da AASHO é mais utilizada para fins de pavimentação. As Tabelas 2.1 e 2.2 fornecem uma visão geral do procedimento de classificação. 26 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela 2.1- Classificação AASHTO (DNER, 1996) MATERIAIS GRANULARES 35% (ou menos) passando na peneira no 200 CLASSIFICAÇÃO GERAL CLASSIFICAÇÃO DOS GRUPOS Granulometria - % passando na peneira No 10 No 40 No 200 Características da fração passando na peneira No 40 Limite de Liquidez A-1 A -1 - A A-3 A-1-B MATERIAIS SILTO-ARGILOSOS Mais de 35% passando na peneira no 200 A-7 A-4 A -5 A-6 A-7-5 A-7-6 A-2 A - 2 -4 A - 2 - 5 A - 2 - 6 A - 2 - 7 50 max 30 max 30 max 51 min 15 max 25 max 10 max 35 max 35 max 40 max 41 min 35 max 35 max 36 min 36 min 36 min 36 min 40 max 41 min 40 max 41 min 40 max 41 min Índice de Plasticidade Índice de Grupo 6 max 6 max NP 10 max 10 max 11 min 11 min 10 max 10 max 11 min 11 min * 0 0 0 0 0 4 max 4 max 8 max 12 max 16 max 20 max Fragmentos de pedra, Pedregulho ou areias siltosas ou Materiais Constituintes Solos siltosos Solos Argilosos pedregulho fino e areia argilosas Comportamento como subleito Excelente a bom Sofrível a mau * O IP do grupo A - 7 - 5 é igual ou menor do que o LL menos 30 Tabela 2.2- Classificação SUCS (DNER, 1996) Pedregulhos: 50% ou mais da fração graúda retida na peneira n04 GW Pedregulho sem finos GP Pedregulho GM com finos GC SOLOS DE GRADUAÇÃO GROSSA: mais de 50% retido na peneira n0 200 Areias sem SW finos Areias: mais de 50% da fração graúda passando na peneira n04 SP Areias com SM finos SC ML SOLOS DE GRADUAÇÃO FINA: 50% ou mais passando na peneira SILTES e ARGILAS com LL < 50 CL OL n0 200 SILTES e ARGILAS com LL > 50 Solos Altamente Orgânicos Pedregulhos bem graduados ou misturas de areia e ped. com pouco ou nenhum fino. Pedregulhos mau graduados ou misturas de areia e ped. com pouco ou nenhum fino. Pedregulhos siltosos ou misturas de ped. areia e silte Pedregulhos argilosos, ou mistura de ped. areia e argila Areias bem graduadas ou areias pedregulhosas, com pouco ou nenhum fino. Areias mal graduadas ou areias pedregulhosas, com pouco ou nenhum fino. Areias siltosas- Misturas de areia e silte. Areias argilosas- Misturas de areia e argila. Siltes inorgânicos- Areias muito finas Areias finas siltosas e argilosas Argilas inorgânicas de baixa a média plasticidade. Argilas pedregulhosas, arenosas e siltosas Siltes orgânicos- Argilas siltosas orgânicas de baixa plasticidade MH Siltes- Areias finas ou siltes micáceos Siltes elásticos CH Argilas inorgânicas de alta platicidade OH Argilas orgânicas de alta e média plasticidade PT Turfas e outros solos altamente orgânicos 27 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) O procedimento de ensaio da balança hidrostática visa a determinação da massa específica aparente de amostras indeformadas, podendo ser usada também em amostras compactadas. Apartir do valor de massa especifica determinada pelo método, obtêm-se o valor de índice de vazios (e) relativo a uma determinada amostra de solo. O ensaio de Compactação visa a determinação do teor de umidade ótimo (wót) e da massa específica aparente seca máxima dos solos (d máx). No ensaio de Expansão e índice de Suporte Califórnia (ISC) faz-se uso dos mesmos corpos de prova obtidos durante o ensaio de compactação. A medida da expansão é determinada com o auxílio de extensômetros (colocados na parte superior de cada molde), após um período de 4 (quatro) dias em imersão. Decorrido este período de imersão, retira-se os corpos de prova da água e realiza-se o ensaio denominado CBR. O CBR determina a resistência à penetração (por um pistão padronizado) do solo compactado. 2.5.1.2- Ensaios da Metodologia MCT Os ensaios que compõe a metodologia MCT são realizados em corpos de prova de dimensões reduzidas (5 cm de diâmetro e cerca de 5 cm de altura), sendo representados por: - Mini-Compactação: DNER-ME 228/94; - Capacidade de Suporte (Mini-CBR): DNER-ME 254/94; - Contração; - Infiltrabilidade; - Permeabilidade; - Perda de Massa por Imersão: DNER-ME 256/94; - Penetração da Imprimadura; - Controle da Compactação. Um resumo destes ensaios é mostrado na Figura 2.5. 28 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Figura 2.5- Ensaios da Classificação MCT 29 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Figura 2.5- Ensaios da Classificação MCT (Nogami & Villibor, 1995). 30 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 2.5.1.3 - A Técnica do Papel Filtro A técnica do papel filtro baseia-se no principio de absorção e equilíbrio, que ocorre quando um material poroso, apresentando deficiência de umidade, é posto em contato com um papel filtro, cujo teor de umidade é menor. O papel passa a absorver uma certa quantidade de água do solo até que o sistema entre em equilíbrio de sucção. Tendo-se a relação entre sucção e umidade do material poroso, isto é, a calibração, a sucção do solo pode ser obtida referindose à curva de calibração. Destaca-se ainda que, o estado de equilíbrio fornece sucções iguais, tanto no material poroso quanto no solo, porém umidades diferentes. O fluxo de água pode ocorrer de duas formas: Fluxo de vapor ou Fluxo Capilar (Figura 2.6). Figura 2.6- Formas de Fluxo de água (Marinho, 1994) Quando se fala de fluxo de vapor, as moléculas de água vencem as forças capilares e as osmóticas para escapar da água de poro. O espaço deixado entre o solo e o papel fornece uma barreira para os sais, permitindo apenas o fluxo de vapor de água (água pura).Neste caso obtêm-se a sucção total. Tratando-se do fluxo capilar, ocorre uma interação entre o papel filtro e a água do poro, resultando na medição da sucção matricial. 31 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Segundo Marinho (1994), o primeiro a fazer uso deste fenômeno da absorção como instrumento de medição de sucção foi Shull (1916), utilizando sementes selecionadas como material absorvente de umidade. Posteriormente Hansen (1926) fez uso do papel filtro saturado com uma solução de açúcar, cuja pressão de vapor era previamente conhecida. Porém, o primeiro a utilizar o papel filtro sem saturação prévia, conforme realizado atualmente, foi Gardner em 1937. Normalmente o papel filtro “quantitativo”, tipo 2 é empregado. Os mais usados sendo: Whatman n 42 ou Schleicher & Schuell n 589. Fawcett and Collis-George, (1967); MacQueen and Miller, (1968) e Chandler and Gutierrez, (1986), citados por Marinho (1994), o papel filtro deve ser usado diretamente da caixa (isto é, seco ao ar) (e.g.), no entanto, a norma americana ASTM-D5298-92 sugere que o papel filtro seja seco em estufa por no mínimo 16 horas antes de sua utilização. Tal procedimento pode afetar as características de absorção do papel, o que resultaria na alteração da curva de calibração. O procedimento de calibração consiste em permitir que o papel filtro atinja o estado de equilíbrio com uma sucção conhecida, posteriormente sendo pesado e seco em estufa (normalmente 2 horas de secagem a 105C). A umidade é então obtida e relacionada com a sucção gerada. Existem vários técnicas para se gerar sucção com o intuito de calibração do papel, podendo-se citar: Placa de sucção (0 – 1 atm), amostras de campo (0 – 2 atm), amostras oedométricas (0,1 Mpa – 2 MPa), placas de pressão (0 – 1,5 MPa) e dessecador (0,5 MPa – 30 MPa). Cada uma destas técnicas para geração de sucção depende do nível de sucção desejado. Deve-se observar certos cuidados para uma adequada medição de sucção, que consistem basicamente em evitar-se perda significativa de umidade. Esta perda sendo mais rápida quanto mais alta se apresenta à umidade. Observa-se então que, dentre os vários métodos para se determinar à sucção dos solos, o Papel Filtro é um método indireto, onde a sucção é obtida através de uma curva de calibração, que relaciona sucção com a umidade do Papel Filtro. 32 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) De acordo com Marinho (1994), a norma americana (ASTM – D5298-92) recomenda as Equações (2.2) e (2.3), visando descrever as curvas de calibração para o papel Schleicher & Schuell n 589: Para umidades do papel filtro (w) > 54% : Sucção (kPa) = 10 (1,882-0,01202*w) (2.2) Para umidades do papel filtro (w) 54% : Sucção (kPa) = 10 (5,056-0,0688*w) (2.3) De acordo com Marinho (1995), quanto ao papel filtro Whatman n 42, Chandler et al. (1992) apresentam as Equações (2.4) e (2.5) representando as curvas de calibração (Figura 2.7). Para umidades do papel filtro (w) > 47% : Sucção (kPa) = 10 (6,05-2,48*logw) (2.4) Para umidades do papel filtro (w) 47% : Sucção (kPa) = 10 (4,84-0,0622*w) (2.5) Ainda segundo Marinho (1995), a ASTM D5298-92 recomenda as Equações (2.6) e (2.7), segundo análises feitas por Greace et al. (1987), para o papel filtro Whatman n 42. Para umidades do papel filtro (w) 54% : Sucção (kPa) = 10 (2,412-0,0135*w) (2.6) 33 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Para umidades do papel filtro (w) 54% : Sucção (kPa) = 10 (5,327-0,0779*w) (2.7) Faw cet and Collis-George (1967) Hamblin (1981) - batch -2 Chandler et al. (1992) Whatm an n.42 Hamblin (1981) - batch -1 Chandler and Gultierrez (1986) Greacen et al. (1987) 1000000 Sucção (kPa) 100000 10000 1000 100 10 1 0 20 40 60 80 100 120 140 Um idade do Papel Filtro (%) Figura 2.7 – Curvas de Calibração para o Papel Filtro Whatman n0 42 (Marinho, 1995). Geralmente utiliza-se as equações apresentadas por Chandler et al. (1992), quando se trata do papel filtro Whatman n 42, pois nestas foram considerados um maior número de pontos. Para o papel filtro em contato com o solo, Greacen et al. (1987) observaram que, grande parte da água é absorvida nos primeiros minutos e, a partir daí, lentamente absorvida até atingir o equilíbrio em aproximadamente 7 dias. No caso de medição da sucção total, McQueen e Miller (1968) observaram que quanto mais baixo o valor da sucção, maior o tempo de equilíbrio. Marinho (1994) realizou testes onde o papel filtro Whatman n 42 foi deixado equilibrar sobre diferentes soluções salinas e água pura, em ambiente fechado e protegido de variações de temperatura. O autor verificou um aumento da umidade do papel com o tempo de equilíbrio considerado, assim como, a influência da distância entre o papel filtro e a fonte de 34 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) vapor. Os resultados comprovaram que a curva de calibração apresentada por Chandler e Gutierrez (1986), pode ser utilizada para a obtenção da sucção total e matricial, desde que o tempo de equilíbrio (Tabela 2.3) seja adequado. Tabela 2.3 – Tempo de equilíbrio para a medição de sucção total (Marinho, 1994). Nível de Sucção Total (kPa) Tempo de Equilíbrio sugerido 0 - 100 Não determinado, mas certamente maior que 30 dias 100 - 250 30 dias 250 - 1000 15 dias 1000 - 30000 7 dias 2.5.1.4- Mini-CBR O ensaio Mini-CBR foi desenvolvido na Iowa State University (Lafleur et al, 1960), no entanto, o valor obtido foi designado por IBV (Iowa Bearing Value) (Nogami & Villibor, 1995). Caracteriza-se por utilizar corpos de prova de dimensões reduzidas, com 50 mm de diâmetro e pistão de penetração de 16 mm de diâmetro. Adaptações foram efetuadas por Nogami (1972), neste método de ensaio de Iowa, de forma a poder correlacionar seus resultados, com o CBR obtido pela norma NBR 9895. Esta adaptação objetivou a minoração da precariedade das previsões de suporte baseadas nas propriedades índices dos solos (granulometria e limites de Atterberg). Verificou-se que, a miniaturização permitia aproveitar os corpos de prova de modo a determinar também outras propriedades, tais como: infiltrabilidade, permeabilidade, dentre outros. Este ensaio permite uma grande flexibilidade nas variáveis que influenciam o valor do suporte, podendo-se determinar a capacidade de suporte com e sem imersão em água, com 35 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) vários tipos de sobrecarga, vários teores de umidade e energias de compactação e com lâmina d’água na ocasião de penetração do pistão. Considerando-se estas variáveis, tornou-se possível se caracterizar de forma mais exata, além de mais econômica e prática, as peculiaridades características dos solos tropicas. Quanto à execução do Mini-CBR, usa-se uma carga padrão menor que a estabelecida no ensaio de CBR tradicional, o que se deve as menores dimensões do pistão de penetração. As cargas correspondem então, a 1/3 das penetrações, isto é, 0,84 e 1,7 mm. No que se refere à obtenção da expansão, o procedimento é semelhante ao tradicional, diferindo apenas quanto ao intervalo de tempo em imersão (no caso, 20 horas). 2.5.1.5- Penetrômetro Dinâmico de Cone (DCP) adaptado O Penetrômetro Dinâmico de Cone (DCP) adaptado para laboratório apresenta função semelhante ao utilizado em campo, ou seja, a determinação da capacidade de suporte do solo. Como o DCP é basicamente usado para medição da resistência à penetração, observouse que o tamanho da ponta de cone deveria ser correlacionado com o tamanho médio dos grãos do material penetrado. Podendo-se verificar como, o número de grãos em contato com a face do cone e conseqüentemente, o deslocamento dos grãos mediante o avanço do cone no material, influi na superfície de ruptura e portanto, na resistência a penetração. Destaca-se, no entanto que, a adaptação do equipamento determina a penetração da ponta cônica sob uma determinada velocidade de penetração, diferentemente da penetração sob impacto ocorrida em campo. No desenvolvimento desta pesquisa pretende-se a obtenção de uma correlação entre os resultados de penetração, obtidos com o DCP adaptado e o valor do Mini-CBR. Um maior detalhamento referente ao procedimento de execução do ensaio, equipamentos utilizados, determinação de parâmetros e correlações, constam nos Capítulos 3 e 4. A Figura 2.8 mostra o equipamento citado. 36 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Figura 2.8- Cone Adaptado para laboratório 2.5.2- ENSAIOS DE CAMPO 2.5.2.1- Penetrômetro Dinâmico de Cone (DCP) O Penetrômetro Dinâmico de Cone (DCP) é usado para caracterizar a capacidade de suporte do solo em seu estado natural ou compactado, através do processo de penetração dinâmica. Este equipamento vêm sendo utilizado à muito tempo por vários países, pois representa uma forma econômica de estudo das camadas do pavimento e do subleito, caracterizando-se como um ensaio “semi não-destrutivo”. Além de suas óbvias vantagens econômicas foi também implantado devido a seu baixo coeficiente de variação em relação ao ensaio CBR. Segundo Nogami e Villibor (1995), a faixa de trabalho deste aparelho é bastante ampla, desde solos moles ou pouco consistentes, até camadas de bases, correspondentes a bases de brita graduada ou pedregulho. Visando sua maior utilização é necessário que se estabeleçam correlações apropriadas para as condições pedogenéticas de formação dos solos, principalmente no que diz respeito ao 37 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Brasil.Tendo em vista a determinação destas correlações, este aparelho tem sido estudado, pela Escola de Engenharia de São Carlos, da USP (Rohm e Nogueira, 1990), pelo DER-PR (Heyn, 1986) e pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA (Oliveira e Vermatti, 1997). O tipo de equipamento (Figura 2.9), geralmente utilizado no Brasil, consiste de uma barra de aço de 16 mm de diâmetro, que possui fixado em sua extremidade, um cone de aço de 60. O cone e a barra são introduzidos no solo através do impacto de um martelo de aço pesando 8 kg, que desliza por uma barra de aço de 25 mm de diâmetro, com uma altura de queda de 575 mm. Portanto, não há necessidade de abertura de um furo. Posteriormente, mede-se, com uma régua, o comprimento em milímetros que a lança penetra no solo, para um determinado número de golpes. Finalizado o ensaio, realiza-se a plotagem da curva do DCP, que consiste na representação do número de golpes acumulado para a penetração do equipamento com a profundidade. A inclinação desta curva caracteriza a resistência, sendo tanto menos inclinada quanto mais resistente for o material. Esta inclinação representa então, o parâmetro índice de penetração (DN) em mm/golpe, ou seja, a razão entre profundidade e número de golpes necessários para penetrar até a respectiva profundidade. A obtenção deste índice (DN) é necessária, pois atualmente trabalha-se considerando correlações DN x CBR, segundo verifica-se em Heyn, (1986), Cardoso & Trichês, (1998), Vermatti & Oliveira, (1998). Outros parâmetros também são usados na tentativa de correlação com o índice DN, tais como, módulo elástico de solos de sub-base, módulos elásticos retro-analisados de testes com FWD (Falling Weight Deflectometer), módulos teóricos, resistência ao cisalhamento e outros (Konrad & Lachance, 2001). Maiores detalhes sobre este método de ensaio, podem ser encontrados em Cardoso & Trichês (2000). Um exemplo da obtenção do índice DN é mostrado na Figura 2.10. 38 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Figura 2.9- Penetrômetro Dinâmico de Cone (DCP) (Cardoso & Trichês, 2000). Número de golpes 0 5 10 15 20 25 30 35 0 100 DN = 15 mm/golpes Profundidade (mm) 200 300 400 500 DN= 50 mm/golpes 600 700 800 900 DN= 8,0 mm/golpe Figura 2.10- Exemplificação da obtenção do DN (Cardoso & Trichês, 2000). Apenas a título de esclarecimento, na Figura 2.10, ocorrem mudanças de inclinação das retas, o que é resultado ou da alteração da resistência do material, devido, por exemplo, à alteração no seu teor de umidade ou na sua massa específica aparente, ou ainda, uma mudança do tipo de material da camada. 39 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 2.6- SUCÇÃO O conceito de sucção do solo representa um dos principais parâmetros que refletem o comportamento mecânico do solo. O sistema solo-água pode ser expresso como função de relações entre teor de umidade e sucção. É essencial salientar que este sistema varia em função do teor de umidade, da mineralogia, solutos presentes na água entre os poros e da estrutura dos solos (Edil & Motan, 1979). Elliot et al. (1988) verificaram que, os principais fatores que afetam o teor de umidade em campo são: drenabilidade, condutividade hidráulica, tipo de solo, geometria da estrada, topografia, profundidade do lençol freático, precipitação e a temperatura. Segundo Ceratti et al. (1996) como os solos têm seus poros preenchidos parcialmente por água, devido às variações ambientais constantes nos países tropicais, a pressão de água nos mesmos será menor que a pressão atmosférica, portanto negativa. Logo, a redução da água livre no solo (secagem) resultaria em um aumento na pressão negativa, até valores superiores a 10 MPa. Esta pressão negativa é definida como sucção ou energia livre da água e, apresenta-se como função da temperatura, umidade relativa, pressão de vapor dentre outros fatores. Ainda segundo os autores, a quantidade de energia ou sucção requerida para remover água de um solo depende do tamanho do poro e da tensão superficial entre as partículas de solo e das moléculas de água. Assumindo-se que a tensão superficial seja constante, a sucção requerida para remover a água dependerá apenas da estrutura do solo. Em alguns casos, a estrutura do solo constitui-se de arranjos irregulares de partículas de solo com diferentes tamanhos de poros. Nos solos argilosos (poros menores) a sucção para iniciar a remoção d’água nos poros será maior que para os solos arenosos (poros maiores). Observa-se então que, a distribuição de tamanho de poro é um dado muito usado para avaliar algumas características comportamentais dos solos (Tuncer, 1988; Prapaharan et al., 1991), podendo ser determinado através do porosímetro de intrusão de mercúrio, apenas nos estados, saturado e seco. 40 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Alonso (1985), citado por Núnez et al (1996), sugere que apenas duas componentes devem ser consideradas para definir a sucção total (St) de um solo não saturado: a sucção matricial (Sm) e a osmótica (So). A sucção matricial representando a diferença entre a pressão do ar e a pressão de água (ua-u w), e, sendo originada pelos fenômenos de tensão superficial. Ou seja, a sucção matricial pode ser definida como a pressão de água negativa, desenvolvida na água do solo devido à capilaridade (predominante em solos arenosos) e as forças de adsorção (associado a solos argilosos), e, sendo dependente da configuração e disposição das partículas. A sucção osmótica por sua vez, encontra-se associada à ocorrência de diferenças de concentração de solutos no solo. Edil & Motan (1979) verificaram que, o potencial mátrico do solo é afetado tanto pelo tamanho e o número de poros, quanto pelas forças de adsorção associadas às superfícies das partículas. Tal afirmação concordando com o observado por Alonso (1985). Existe um grande número de procedimentos para medir a sucção em laboratório e “in situ”, citando-se o método do papel filtro e tensiômetros respectivamente. Utilizando ensaios de sucção controlada, encontra-se na literatura, relações lineares associando a resistência ao cisalhamento e a sucção, assim como, relações entre a coesão e a sucção. Tal fato ocorrendo devido ao comportamento mecânico do solo depender tanto do estado físico, tamanho e forma dos poros, quanto do físico-químico, interação mineral água, no sistema solo-água. Fredlund et al (1978), considerando a água contida nos poros como quimicamente inerte, formularam uma equação para a resistência ao cisalhamento dos solos não saturados (Equação (2.8)). = c’ + ( - ua)tg’ + (ua – uw) tan b (2.8) onde: c’ = coesão efetiva do solo no estado saturado ’ = ângulo de atrito interno relativo às variações no termo ( - ua), quando (ua – uw) é mantido constante; 41 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) b = ângulo de atrito interno relativo às variações no termo (ua - uw), quando ( - ua) é mantido constante; ( - ua) = tensão normal; u a = pressão no ar existente nos poros; u w = pressão na água existente nos vazios do solo. Portanto, a coesão nos solos não saturados teria duas componentes: c = c’+ (ua-u w)tgb , onde o segundo termo é a parcela da resistência ao cisalhamento devido a sucção matricial. Além da relação resistência ao cisalhamento x sucção, também têm sido realizados trabalhos relacionados com a influência da sucção no módulo resiliente. Wood (1982), Fredlund et al. (1975), Phillip (1994), Phillip & Cameron (1995) et al., citados por Ceratti et al. (1996), Mohammad et al. (1995), dentre outros; comprovaram que, as variações ambientais (secagem e umedecimento) influenciam o comportamento mecânico de resistência ao cisalhamento e de compressibilidade dos solos. Estas alterações resultam em variações de umidade no solo do subleito do pavimento e produzem deformações irreversíveis e ou reversíveis nos materiais do pavimento. Podendo também afetar a caracterização da deformabilidade elástica dos materiais no ensaio de determinação do módulo de resiliência. Ou seja, as alterações ambientais provocam alterações no módulo de resiliência, além daquelas relacionadas ao estado de tensões. Estudos realizados indicaram uma relação não linear entre o módulo de resiliência e teor de umidade, mostrando também que, um incremento no teor de umidade resulta em uma diminuição no módulo de resiliência (Fredlund et al., 1975; Li e Selig, 1994 e Jin et al., 1994). Edil & Motan (1979) observaram, através de numerosos estudos em campo, que a performance do pavimento é controlada pela magnitude da deformação resiliente, ocasionada pela ciclagem – secagem, umedecimento. Esta deformação sendo responsável, por sua vez, pela ruptura por fadiga em superfícies de concreto asfáltico. Pode-se destacar algumas conseqüências resultantes desta variação ambiental, tais como: saturação devido à inundação das camadas de solo que, resulta no desenvolvimento do processo de erosão da sub-base, trincas de contração em solos plásticos desenvolvidas em 42 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) períodos extremamente secos. No caso do desenvolvimento de trincas em período chuvoso, o solo sofre saturação e, conseqüentemente diminui sua capacidade de resistência. Fredlund et al. (1975), Fredlund & Bergan et al. (1977), comprovaram esta observação, através da execução de ensaios triaxiais de cargas repetidas em conjunto com a curva característica de teor de umidade versus sucção. Os autores definiram uma relação para o módulo de resiliência (através de uma análise de estado de tensões), que é função de três variáveis: tensão de confinamento (3 – ua), tensão desvio (1-3) e sucção (ua-uw). Segundo Walsh & Houston (1997) em regiões onde os solos estão sempre cimentados, as mudanças no regime subterrâneo e superficial das águas, que se originam da urbanização, representam a fonte da grande maioria dos problemas geotécnicos. Observa-se então, a importância de se determinar à sucção nos solos não saturados, pois esta influi diretamente no comportamento mecânico dos materiais e, conseqüentemente, no dimensionamento e na vida útil dos pavimentos. Cabe ressaltar que nos estudos realizados pelos autores, a sucção representou o parâmetro de maior influência na resistência dos solos, e, a cimentação química apresentou-se como parâmetro de pouca influência. Camapum de Carvalho et al. (2000), também destaca a importância de se avaliar a influência da sucção no comportamento desses solos. Segundo os autores, a elevada porosidade dos solos do DF aliada a baixa capacidade de retenção de água dos minerais nele presentes faz com que as variações de teor de umidade em uma dada profundidade sejam importantes ao longo do ano. De acordo com Walsh & Houston (1997), o interesse na determinação da sucção consiste basicamente em se determinar o impacto das variações de umidade (saturação ou redução de pressão negativa e da secagem) na resistência dos solos, já que em solos não saturados esta resistência é controlada pela tensão normal e a sucção matricial (Fredlund & Rahardjo, 1993). 43 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 2.7- CURVA CARACTERÍSTICA De acordo com Fredlund & Rahardjo (1993) a curva característica representa a variação da sucção com a umidade ou grau de saturação. Cada tipo de solo (areia, argila ou silte) apresenta uma única curva característica devido a sua estrutura (Ceratti et al., 1996). Esta curva é uma propriedade do solo que determina a quantidade de água que um solo pode perder ou ganhar, através do parâmetro sucção. Na Figura 2.11 observa-se um exemplo da mesma. Figura 2.11- Exemplificação de Curvas Características (a) Distribuição de Poros Homogênea (b) Distribuição de Poros Bimodal (Modificado- Camapum de Carvalho & Leroueil, 2000). Edil e Motan (1979) observam que, a estrutura do solo influência fortemente a distribuição de tamanho de poros e, conseqüentemente a forma da curva característica, especialmente quando se têm valores de sucção baixos. Verifica-se então a observação de Ceratti et al (1996). Ainda segundo os autores, obtêm-se diferentes formas de curvas características considerando amostras compactadas na umidade ótima, amostras no ramo seco 44 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) e no ramo úmido da curva de compactação. Os autores observaram ainda que, mesmo para altos valores de sucção as curvas não apresentam aproximação. Tal fenômeno ocorrendo devido à influência dominante das características da estrutura inicial (tamanho e forma dos poros) do solo na curva, em detrimento das forças superficiais de adsorção. Os solos tropicais e os solos argilosos compactados no ramo seco fazem parte do grupo de solos que possui uma distribuição de poros não homogênea considerada como bimodal (Figura 2.11). Uma distribuição de poros mais homogênea pode ser gerada a partir de um processo de compactação no ramo úmido, considerando a quebra das agregações existentes nos solos tropicais (Rezende, 1999). Destacando-se que, este tipo de solo pode ter suas agregações naturais preservadas durante a compactação e assim, a distribuição bimodal de poros pode persistir. No entanto, no que se refere a solos naturais, a distribuição de poros depende da gênese e das alterações sofridas ao longo do tempo (Camapum de Carvalho & Lerouil, 2000). Observa-se então, a importância da distribuição de poros e do índice de vazios na definição das curvas características, sendo que outros fatores, tais como orientação das partículas e variação iônica, também podem modificar a forma destas curvas, uma vez que, a interação entre as partículas e as forças de ligação e de retenção de água, podem ser alteradas (Camapum de Carvalho e Lerouil, 2000). Segundo Marinho & Pinto (1997), a curva característica pode ilustrar como o decréscimo no volume de água pode ser relacionado ao tamanho do poro. Sendo assim, a determinação do tamanho dos poros é essencial, pois afeta diretamente parâmetros de engenharia, como por exemplo, no caso dos solos colapsíveis característicos da região do Distrito Federal. Ainda segundo os autores, na literatura encontram-se dois modelos, Brooks & Corey (1990) e Fredlund & Xing (1994), que visam correlacionar a sucção com o coeficiente de permeabilidade dos solos. Estes modelos, por sua vez, têm por finalidade a obtenção da distribuição de poros presente no solo (Marinho & Pinto, (1997)). Cabe ressaltar que, os dois modelos utilizam-se da curva característica do solo como base de derivação. Pode-se também, correlacionar mudanças na distribuição de tamanho de poro com mudanças no peso específico compactado, resistência e rigidez. Observa-se, no entanto que, a distribuição é mais dependente do teor de umidade de compactação (Ahmed et al., (1974)). 45 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Definida a curva característica do solo é possível correlaciona-la com outras propriedades físicas, tais como: permeabilidade, resistência ao cisalhamento e módulo de resiliência (Fredlund, 1996). Existe uma equação que mostra uma relação direta entre a sucção e a distribuição de poros e, há um estudo detalhado a respeito da influência da compactação na distribuição de poros (Watabe et al., 2000; citado por Camapum de Carvalho & Lerouil, 2000). Na literatura há várias equações propostas para representar a forma das curvas características dos solos, sendo que a grande maioria adota funções logarítmicas ou exponenciais. Segundo Ceratti et al. (1996), a partir da determinação da curva característica do solo, é possível relacionar o módulo de resiliência e a sucção, além de obter outras propriedades mecânicas deste material. Esta curva permite prever a magnitude de variação do módulo de resiliência devido a alterações ambientais. Ou seja, a curva característica é usada para refletir a susceptibilidade dos solos compactados a mudanças de umidade (Edil & Motan (1976)). Baseando-se na importância da determinação da curva característica em termos de análise do comportamento mecânico dos solos, torna-se importante à identificação dos pontos básicos por ela representados. Sendo assim, a Figura 2.12 apresenta três curvas características representativas do perfil em estudo, apresentando-se estes pontos básicos. Destaca-se ainda que, Guimarães (2002) descreve em detalhes cada um destes pontos. Assim, de acordo com a Figura 2.12 observa-se que, geralmente até a entrada de ar nos macroporos o solo apresenta, devido ao aumento da sucção, certa redução do índice de vazios até atingir o limite de retração que o caracteriza. Esta retração dos macroporos pode ser avaliada pela inclinação do trecho da curva compreendido entre (pF=0, Sr=100%) e a entrada de ar nos macroporos, sendo trechos mais verticais correspondentes a uma menor retração. Segundo Camapum de Carvalho e Pereira (2001), em solos pré-adensados, ou cimentados, a influência da sucção no comportamento mecânico, até que se atinja a pressão de entrada de ar é quase desprezível, uma vez que a estrutura do solo é capaz de suportar o acréscimo de tensão capilar que ocorre por variação do raio do menisco no contorno do volume do solo. Assim, no caso de solos tropicais, à variação do índice de vazios neste trecho de retração seria pequeno. 46 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 6.0 100000 pF residual Entrada de ar dos microporos (pF EA MI) 5.0 10000 Curva C 4.0 1000 Curva B inclinação 3.0 100 Sucção (kPa) Sucção (pF) Curva D Entrada de ar dos macroporos (pF EAMA) 2.0 10 Término de entrada de ar nos macr oporos (pFB0) Curva A 1.0 0.0 20.0 40.0 60.0 80.0 1 100.0 Sr (%) 1m 2m 3m Ajuste inicial Figura 2.12- Curvas características representativas do perfil de solo. (Amostras Indeformadas – Trajetória de Umedecimento) Guimarães, (2002). 2.7.1- Curva Característica Transformada A quase totalidade dos estudos sobre solos não saturados ou se prende a análise da curva característica ou consiste em estudos específicos dos comportamentos hidráulico ou mecânico fundamentados em número limitado de ensaios a sucção controlada ou com medida de sucção. A determinação da curva característica implica em um procedimento simples, no entanto, não há ligação direta entre ela e o estado e comportamento do solo, o que tem reduzido sua importância prática. Assim, visando integrar os aspectos físico e químico, Camapum de Carvalho & Lerouil (2000), desenvolveram um método que simplifica o estudo e a análise do comportamento dos solos não saturados a partir da definição da curva característica do solo transformada em relação ao índice de vazios. 47 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Para um dado solo têm-se curvas características (pF x Sr) variando com o índice de vazios; pois quanto menor o índice de vazios, maior será a sucção para um mesmo grau de saturação. Portanto, ao solicitar-se em solo ocorre redução de índice de vazios e, conseqüente mudança de curva característica. Sendo assim, a transformação da curva característica é realizada multiplicando-se a sucção (pF) pelo índice de vazios (e). A partir da Equação (2.9) obtêm-se uma curva característica única (Equação (2.10)), representativa de diferentes índices de vazios para a mesma distribuição de poros. pFi = a i Sri + bi (2.9) e * pF = a n Sr + bk (2.10) Nas equações (2.9) e (2.10), ai estabelece a alteração de pFi (logaritmo da sucção em centímetros de coluna de água) em função das variações do grau de saturação (Sri), bi corresponde à pressão de entrada de ar para um dado índice de vazios (e), an é igual ao produto de (e) por ai e b k corresponde à pressão de entrada de ar multiplicada por (e). Ao aplicar-se a transformação, a curva apresentada pela Equação (2.10) torna-se única, para um dado solo, independentemente do índice de vazios, como mostra a Figura 2.12. Figura 2.13- Curva Característica e Curva Característica Transformada (Camapum de Carvalho & Pereira, 2001). 48 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) O modelo proposto por Camapum de Carvalho e Leroueil (2000) é importante, do ponto de vista prático, pois conhecendo-se a curva característica de um solo, determina-se a sua sucção para índices de vazios diferentes, sem que haja a necessidade de se medir ou acompanhar as variações de sucção no solo. No entanto, deve-se observar que, a aplicação deste modelo torna-se menos precisa a medida em que se afasta da distribuição de poros inicial. As curvas características podem ser afetadas por vários fatores, como: as propriedades químicas e mineralógicas, o índice de vazios e a distribuição de poros. No entanto, diferenças nas propriedades químicas e mineralógicas diferenciam apenas curvas características transformadas ou não, de dois solos distintos, não interferindo em relação ao mesmo solo. Em se tratando da distribuição de poros e do índice de vazios, por refletirem o estado do solo, o comportamento é inverso. Embora a curva característica transformada independa do índice de vazios, ela não contempla diferenças na distribuição de poros. A Figura 2.13 mostra os dois extremos quanto à distribuição de poros. Figura 2.14- Distribuição de poros (a) solos tropicais (b) e (c) solos compactados (Camapum de Carvalho & Leroueil, 2000). 49 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) De acordo com resultados apresentados por Li (1995), analisados segundo o modelo de transformação proposto, verificou-se que a distribuição de poros é função da umidade e do peso específico para os quais o solo foi compactado. Assim, ter-se-á se tantas curvas e pF quantas distribuições de poros ocorrerem. A Figura 2.14 apresenta um exemplo de modelo de distribuição de poros, definido com base nos resultados obtidos por Li (1995). È importante ressaltar que, o fato do epF variar com a distribuição de poros, não invalida a sua aplicação prática, pois em campo, trabalha-se com faixas específicas de umidade e peso específico, o que permite, na maioria dos casos, limitar o número de curvas características transformadas representativas para cada obra a uma ou no máximo duas. Figura 2.15- Modelo de distribuição de Poros (Camapum de Carvalho & Leroueil, 2000). Baseando-se no mesmo princípio utilizado no desenvolvimento do modelo de transformação da curva característica, pode-se analisar o comportamento mecânico de um solo considerando conjuntamente os parâmetros índice de vazios e a sucção matricial (u a-uw) ou (pF). 50 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Fisicamente a sucção e o comportamento mecânico de um solo não saturado dependem do teor de umidade (w) e do índice de vazios (e). Camapum de Carvalho e Pereira (2001) utilizando resultados de Machado e Vilar (1998), observaram a aplicabilidade do modelo de normalização, no sentido de generalização quanto ao comportamento dos solos. A Figura 2.15 mostra as curvas características e os resultados de coesão obtidos por Machado e Vilar, conjuntamente a aplicação da normalização. Curvas Características Relações Coesão aparente x pF (c) Coesão aparente em função da sucção normalizada Figura 2.16- Estudo do Comportamento Mecânico dos solos (Camapum de Carvalho & Pereira, 2001). 51 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 3- MATERIAIS E MÉTODOS 3.1- MATERIAIS UTILIZADOS O solo fino utilizado para o desenvolvimento desta pesquisa foi coletado no Campo Experimental do Programa de Pós-Graduação em Geotecnia da Universidade de Brasília (UnB), nas profundidades de 1,0m, 3,0m, 5,0m, 7,0m e 9,0m. Procedeu-se a escavação de um poço, com profundidade de 10,0m, de onde foram coletados cerca de 40kg de amostra deformada referente a cada profundidade, assim como amostras indeformadas. O perfil de solo é constituído até 8,0m por um solo laterítico poroso, característico do manto superficial do Distrito Federal. A partir desta profundidade tem-se uma camada de transição até atingir o solo saprolítico entre 9,0 e 10,0m. Guimarães, (2002) e Cardoso, (2002) indicam que no Distrito Federal o manto poroso possui espessura variando de centímetros a dezenas de metros. 3.2- METODOLOGIA 3.2.1- Mini- Compactação O ensaio de compactação foi realizado segundo procedimentos indicados pela metodologia MCT, mais especificamente de acordo com o procedimento Mini-Proctor da norma do DNER (DNER-ME 254/94). Foi executada a determinação das curvas de compactação para todas as profundidades, nas energias equivalentes ao Proctor Normal (5 golpes – soquete de P=2270 g) e ao Proctor Intermediário (6 golpes – soquete de P= 4540 g). 52 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Para a avaliação da influência do peso específico e da umidade de compactação nos resultados de sucção, compactou-se corpos de prova utilizando um peso úmido de aproximadamente 75g em lugar das 190g previstas em norma, para 5 umidades diferentes e variando-se a energia de compactação. As 5 umidades selecionadas foram: wót-9%, wót-6%, wót-3%, wót, wót+3%. Foram então obtidos 2 corpos de prova com aproximadamente a mesma densidade e, a mesma umidade de compactação, de modo a posteriormente executarse ensaios de Mini-CBR e Cone adaptado. Obteve-se assim, um total de 10 amostras compactadas para cada teor de umidade utilizada. A Figura 3.1 mostra corpos de prova compactados nestas condições. É importante ressaltar que, a limitação do tamanho dos corpos de prova se deu em conseqüência do pouco volume de solo disponível para a realização do estudo. Estipulou-se portanto, que mesmo para a maior densidade a ser obtida a altura não poderia ser inferior a 2,5 cm. Sendo assim, os corpos de prova apresentaram alturas variando entre 2,5 a 3,0cm. Figura 3.1- Corpos de prova compactados Utilizando-se os mesmos teores de umidade anteriormente definidos, foram ainda compactados corpos de prova nas energias normal e intermediária usando-se a quantidade de solo prevista em norma (190g). Posteriormente estes corpos de prova foram submetidos aos ensaios de Mini-CBR e Cone adaptado, considerando-se duas situações estremas de resistência, ou seja, sem imersão (sucção atuando) e com imersão (sucção nula). Foram ainda 53 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) consideradas duas situações compondo os ensaios com imersão, uma com a obtenção da resistência obedecendo ao tempo estipulado em norma para a dissipação das poropressões (1 hora), e a outra com a realização do ensaio logo após a amostra ter sido retirada da imersão (cerca de 15 minutos). De maneira a verificar-se o efeito do amolgamento foi, ainda, realizada uma compactação estática, com o auxílio de uma prensa. As compactações englobaram as cinco profundidades anteriormente citadas e foram executadas no teor de umidade apresentado in situ. A preparação dos corpos de prova constou basicamente de uma leve desagregação do solo, executada entre os dedos, para a seguir ser executada a pesagem de aproximadamente 81,0g de material, que são levados ao molde cilíndrico e submetidos a compactação estática através da pressão exercida por um pistão, de mesmo diâmetro do molde utilizado, esta aplicada a uma velocidade de 1,17 mm/min. Esta pressão atua até que os corpos de prova atinjam uma altura aproximada de 3,0 cm, o que representaria um índice de vazios da ordem de 0,92. 3.2.2- Determinação da sucção – Método do Papel Filtro O método do Papel Filtro foi utilizado para a obtenção da sucção em amostras compactadas, indeformadas e amolgadas. Sendo estas últimas realizadas apenas para as profundidades de 1,0m e 9,0m. É essencial destacar que, a obtenção das curvas características para as amostras indeformadas e amolgadas foi realizada para que se pudesse verificar como os efeitos amolgamento e compactação influenciam na curva característica de um mesmo tipo de solo. Após a compactação de cada corpo de prova, foi realizada a extração da amostra do molde e a medição da altura com a utilização do paquímetro (3 medições executadas), de modo a possibilitar o controle do peso específico pretendido. Posteriormente ao registro das alturas obtidas, a amostra é colocada sobre três discos de papel Filtro Whatman no 42, envolta em filme plástico e selada com fita adesiva, de forma a garantir o total contato do corpo de prova com o papel. Na fita é anotada a devida identificação de cada amostra compactada, 54 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) contendo o número do corpo de prova, o teor de umidade utilizado e data da compactação e, a energia utilizada. A seguir, apenas para garantir o contato do papel filtro com o corpo de prova, as amostras são colocadas em uma caixa de isopor, sob um pequeno peso ( 20g); e, deixadas em local sem grandes variações de temperatura por um período de 15 dias (no caso, na câmara úmida), tempo este sugerido por Marinho (1995) em função do nível de sucção apresentado. Cabe ressaltar que a observação do tempo de equilíbrio é fundamental para a qualidade do ensaio. Finalizado o período de equilíbrio, os corpos de prova são retirados da caixa de isopor para efetuar-se as pesagens da quantidade de água presente no papel filtro. Com o auxílio de uma pinça, retira-se o papel filtro central e efetua-se a sua pesagem, no menor intervalo de tempo possível, em balança com 0,0001g de precisão. Por precaução pesou-se ainda o papel filtro mantido em contato com o filme plástico. Assim, obtêm-se o peso do papel úmido. Os discos de papel filtro são posteriormente colocados em cápsulas e, levados a estufa (temperatura de 105 a 110 oC) por um período de 3 horas. Decorrido este intervalo de tempo procede-se à pesagem do papel filtro seco. Esta outra pesagem também requer um extremo cuidado, no sentido de evitar que, o disco de papel não ganhe umidade quando em contato com o ar. O procedimento utilizado ao realizar a segunda pesagem constou basicamente na colocação das cápsulas contendo os papéis filtro, em uma caixa de isopor, onde primeiramente foi posta uma cápsula contendo sílica gel, de forma a conservar o ar seco dentro do isopor. A caixa de isopor é então conduzida para um local próximo da balança e a pesagem é realizada retirando-se um por um dos papéis, de forma a minimizar erros no peso seco de cada disco de papel filtro. Determinados os pesos úmido e seco, calcula-se a umidade do papel através da Equação (3.1): (3.1) w = (Pw-Ps) Ps onde: Pw = Peso úmido do papel filtro 55 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Ps = Peso seco do papel filtro A partir do valor calculado de umidade no papel empregou-se a equação recomendada por Chandler et al. (1992), citado por Marinho (1994), apresentada no item 2.5.2, para a determinação da sucção. Quanto ao corpo de prova, este é re-envolto em filme plástico, evitando-se perdas de umidade, para a seguir ser pesado em balança de precisão 0,1 g de forma a verificar a quantidade de água perdida pelo corpo de prova no período de 15 dias. Tal fato é verificado através da diferença entre os pesos após a compactação e após a remoção do papel filtro. Posteriormente, cada corpo de prova é levado para a prensa onde se executará os ensaios de Mini-CBR em alguns e Cone adaptado em outros. 3.2.3- Determinação do Mini-CBR em corpos de prova de altura reduzida Como anteriormente citado, após a pesagem, o corpo de prova é levado a prensa para a realização do procedimento de ensaio para a determinação do Mini-CBR. De modo a garantir o confinamento da amostra, cada uma delas era previamente colocada no interior de um tubo de PVC bipartido e unido por abraçadeira metálica. É óbvio que este confinamento está longe de ser semelhante ao obtido ao realizar-se o ensaio no próprio molde metálico em que se procedeu a compactação. Esta condição de pouco confinamento pode e deve influir nos resultados de resistência obtidos, mas tratando-se de uma idéia puramente comparativa, desconsidera-se este efeito, o que também é devido à igualdade de condições referente ao ensaio do Cone adaptado (Ec). A execução deste ensaio segue o mesmo procedimento adotado para a determinação do CBR convencional, a exceção das penetrações utilizadas, que devido ao efeito escala são reduzidas. As penetrações foram levadas até 10,16 mm sob uma velocidade de ensaio de 1,17 div/min. Convém observar que, o lado em que se executam as penetrações é aquele que esteve em contato direto com o papel filtro, de modo a minimizar a possibilidade de erro. 56 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Finalizando as leituras, remove-se o corpo de prova do anel de PVC e, com o mesmo é executado o ensaio da balança hidrostática para determinação do peso específico. De forma a obter o parâmetro de resistência a penetração, traçou-se às curvas (carga versus penetração) para cada corpo de prova e, este foi retirado das curvas após a realização das correções recomendadas em norma. De forma a exemplificar a obtenção do parâmetro de resistência, a Figura 3.2 mostra as correções realizadas o respectivo valor do ISC obtido. 160 140 120 Carga Kgf 100 80 60 40 20 0 0,00 0,67 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 Penetração (m m ) ISC 2,0 mm = 35,66 ISC 2,50 mm = 36,1 (considera-se o maior valor) Figura 3.2- Exemplificação da obtenção do parâmetro ISC. 3.2.4- Utilização do PDC adaptado para laboratório O procedimento utilizado neste ensaio é semelhante ao adotado para o Mini-CBR. A diferença básica consta no acoplamento de uma ponta cônica rosqueável à prensa, utilizada para o procedimento Mini-CBR, visando simular o ensaio de penetração realizado em campo denominado DCP. Destaca-se também que, as penetrações utilizadas foram iguais às especificadas para o Mini-CBR. 57 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Levando-se em consideração as dimensões reduzidas dos corpos de prova usados e ainda a condição de confinamento totalmente diversa da existente in situ, deve-se considerar que o efeito escala provavelmente exerce importante influência na obtenção do parâmetro de resistência; sendo assim, os valores apresentados no apêndice C apenas são viáveis para efeito comparativo, embora se pretenda no futuro correlaciona-los com os resultados de campo. A seguir, apresenta-se a Figura 3.3, que visa ilustrar o procedimento. Figura 3.3- Equipamento utilizado para realização do ensaio de penetração do Cone. 3.2.5- Determinação do peso específico aparente das amostras A determinação do peso específico aparente das amostras compactadas foi feita por meio de medidas diretas de altura e diâmetro e também, com o emprego da balança hidrostática, segundo normatizado pela ABNT - NBR 10838 - MB-2887. Uma vez concluídas as pesagens previstas no ensaio procedeu-se a remoção da camada de parafina existente, com o auxílio de uma espátula e, com esta amostra é verificado o teor de umidade pelo método da estufa. Segundo Camapum de Carvalho (2001), como se utiliza três papéis filtros, para a determinação da sucção, pode ocorrer perda significativa de umidade, sendo recomendável, 58 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) após a secagem dos papéis, a determinação do peso específico natural de cada corpo de prova e sua umidade final. 3.2.6- Determinação das Curvas Características Para verificar o fenômeno da histerese determinou-se as curvas características para as trajetórias de secagem e umedecimento. Foram determinadas curvas características do solo compactado, na condição ótima da energia equivalente ao Proctor Normal, para as profundidades de 1,0; 3,0 ; 5,0 ; 7,0 e 9,0 metros. Determinou-se também, para as profundidades de 1,0 e 9,0 metros, curvas características considerando-se a energia intermediária de compactação; bem como, curvas características utilizando-se amostras indeformadas e amolgadas. O procedimento de determinação das curvas características para as amostras compactadas constou essencialmente da compactação de 25 corpos de prova. Foram utilizados 12 corpos de prova na determinação da curva característica na trajetória de secagem, 12 para a trajetória de umedecimento e 1 foi tomado como ponto de referência e ensaiado na condição de compactação. Na obtenção da curva característica de acordo com a trajetória de umedecimento, após a compactação, os corpos de prova são pesados e, postos em uma bandeja para secar ao ar. Logo após a secagem, os corpos de prova são submetidos à saturação com o auxílio de um conta-gotas e água destilada. De forma a se ter uma idéia mais exata da faixa de variação de umidades que os corpos de prova devem apresentar, foi executado primeiramente o último ponto (ponto mais saturado). De posse dos valores de umidade do ponto mais úmido e do ponto mais seco, procedeu-se à determinação da faixa de variação de umidade utilizada para alterar a saturação das amostras restantes. A verificação das umidades é realizada através de pesagens consecutivas. Com relação à trajetória de secagem, logo após a compactação e pesagem da amostras, estas são postas para saturar. A saturação é feita por capilaridade, utilizando-se papel filtro comum e pedra porosa parcialmente imersa em água destilada (Figura 3.4). Atingida a 59 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) saturação máxima, estabelece-se novamente a faixa de variação de umidade a ser considerada e, deixa-se os demais corpos de prova secarem até atingirem as umidades estipuladas para cada um deles. A determinação das variações de umidade são também obtidas, através da diferença de pesos. Com todos os dados em mãos, as curvas características são representadas em termos de saturação x sucção. A sucção é apresentada em pF, que é o logaritmo da sucção em centímetros de coluna de água. Figura 3.4- Saturação dos corpos de prova para obtenção da Curva Característica segundo a Trajetória de Secagem. 3.2.7- Determinação do Mini-CBR convencional Como descrito no item 3.2.1, compactou-se corpos de prova considerando uma faixa de umidade em torno da ótima ( 3%) e nas energias Normal e Intermediária. Neste item trabalhou-se também, considerando as profundidades de 1,0; 3,0; 5,0; 7,0 e 9,0 metros. Como estabelecido na norma do Mini-CBR, utilizou-se um peso de solo úmido equivalente a 190 g para compactação dos corpos de prova a serem ensaiados. 60 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Após o procedimento de Mini-compactação, alguns corpos de prova foram submetidos diretamente ao ensaio de resistência a penetração e, outros foram imersos em água, de forma a verificar-se primeiramente a expansão ocorrida. A determinação da expansão também é detalhado na norma de execução do Mini-CBR, apresentando como diferença básica, em relação à expansão em corpos de prova convencionais, o intervalo de tempo que os corpos de prova permanecem imersos (20 horas). Retiradas às amostras da imersão, estas são deixadas a escorrer por 15 minutos e, em seguida são colocadas em ambiente sem grandes variações de temperatura, por 1 hora, de modo a ocorrer a dissipação das poropressões existentes. Visando a comparação entre os valores de suporte obtidos considerando-se o período de 1 hora e, o valor obtido após a retirada do recipiente de imersão (15 minutos), procedeu-se à compactação de dois corpos com iguais teores de umidade. Quanto ao equipamento utilizado para a execução do ensaio propriamente dito, este consta basicamente de uma prensa que permita o acoplamento tanto do pistão para determinação do Mini-CBR, quanto da ponta cônica desenvolvida para o ensaio de cone em laboratório. Sendo assim, após a retirada da imersão e em alguns casos após a compactação, os corpos de prova são levados a prensa, onde procede-se a penetração do pistão a uma velocidade de 1,17 div/mm, registrando-se as forças aplicadas. Estas medidas sendo correspondentes às seguintes penetrações: 0,25 mm, 0,50mm, 0,63mm, 0,75 mm, 1,00mm, 1,25mm, 1,27mm, 1,50 mm, 1,90mm, 2,0mm, 2,5mm, 2,54mm, 3,0mm, 3,5mm, 3,81mm, 4,0mm, 4,5mm, 5,0mm, 5,08mm, 6,35mm, 7,62mm, 8,89mm e 10,16mm. É necessário ainda destacar que, procede-se a execução do Mini-CBR em uma das extremidades do corpo de prova e, a seguir, o ensaio do cone na outra extremidade do mesmo corpo de prova. Finalizado o ensaio de penetração, remove-se o corpo de prova do molde metálico em que foi compactado e, determina-se sua umidade com o auxílio da estufa. 61 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 – CARACTERIZAÇÃO DO SOLO ESTUDADO Os estudos foram realizados para um perfil de solo intemperizado e não saturado localizado no campo experimental do programa de Pós-Graduação em Geotecnia da Universidade de Brasília (UnB). As amostras ensaiadas foram coletadas a 1,0, 3,0, 5,0, 7,0 e 9,0m em relação à superfície do terreno natural. De forma a bem caracterizar o material utilizado, fez-se uso das suas características mineralógicas, químicas e físicas. Destaca-se que, só assim é possível uma melhor análise dos aspectos que influenciam no seu comportamento quando em estado natural e compactado; o que por sua vez vem a contribuir para a determinação de seu potencial de uso em obras de pavimentação. 4.1.1 – Propriedades Físicas Os resultados referentes à caracterização física do perfil de solo estudado são apresentados nas Tabela 4.1 e Figuras 4.1 e 4.2. Na Tabela 4.1 além dos símbolos convencionais aparecem os termos CD, referindo-se ao tratamento do solo com o defloculante hexametafosfato de sódio e SD referindo-se as amostras não submetidas a este tratamento. A Figura 4.2 apresenta o teor de agregação calculado a partir da relação da quantidade de argila com defloculante (aCD) sobre a quantidade de argila sem defloculante (aSD). 62 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela 4.1- Resultados dos ensaios de caracterização geotécnica do solo da UnB (Modificado- Guimarães 2002). Parâmetro 3 s (kN/m ) 2 3 4 26,86 26,78 26,11 25,97 3 10,32 d (kN/m ) 2,739 Gs e 1,6 61,6 (%) wnat (%) 26,2 Pedregulho CD 0,2 Areia CD 41,5 24,9 Silte CD Argila CD 33,4 Pedregulho SD 0,2 Areia SD 56,2 Silte SD 41,4 Argila SD 2,2 %aCD/%aSD 15,18 Classificação ASSHO A-4 Classificação SUCS ML/OL Classificação MCT wL (%) 38 wP (%) IP (%) Ia 28 10 0,29 26 10 0,33 29 10 0,3 7 25,75 29 12 0,29 34 11 0,26 33 11 0,21 35 11 0,21 0,5 28 1 1,5 2 1 1 1 2 2 2 3 3 3 6 7 Profundidade (m) 0 5 5 6 7 10 27,62 13,86 2,677 0,89 47,2 26,92 3,6 33,8 27,4 35,2 3,6 42 51,9 2,5 14,08 A-5 ML/OL LG' 43 13,8 2,77 0,96 49 26,6 0,6 10,2 80,4 8,8 0,6 10,2 86,8 2,4 3,67 A-7-6 CL 13,29 2,816 1,08 51,9 31,46 0 3,4 93,2 3,4 0 1,4 79,5 19,1 0,178 A-7-5 ML/OL 44 46 34 9 0,21 26 18 2 30 16 4,71 10 11 12 13 14 15 0 4 9 27,2 d (KN/m 3) 0 4 8 26,52 26,25 e Profundidade (m) Profundidade (m) 26 26,94 10,41 11,49 11,46 11,96 11,98 12,82 2,731 2,662 2,648 2,474 2,626 2,704 1,57 1,27 1,27 1,25 1,15 1,07 61,1 56 55,9 55,6 53,5 51,7 31,3 33,28 33,58 32,7 32,11 29,78 0,2 0,7 0,8 1,4 2,1 4,3 41,5 41,6 33,7 31,6 25,7 22,7 29,2 25,7 26,3 26,5 22,9 24,6 29,1 32 39,2 40,5 49,3 48,4 0,2 0,7 0,8 1,4 2,1 4,3 56,2 53,2 53 49,2 34,9 30,1 35,9 34,2 43,1 48,6 61,4 61,9 7,7 11,9 3,1 0,8 1,6 3,7 3,779 2,6891 12,65 50,625 30,813 13,08 A-4 A-4 A-7-6 A-7-6 A-7-6 A-7-6 ML/OL ML/OL ML/OL ML/OL ML/OL ML/OL LG' 36 39 41 45 44 46 s (KN/m 3) 24 Profundidade (m) 5 6 1 4 5 6 7 8 8 8 9 9 9 10 10 10 11 11 11 Figura 4.1- Caracterização física do solo do Campo Experimental de Geotecnia da UnB (Guimarães, 2002). 63 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Gs lim ites de Atterberg 2,45 2,55 2,65 2,75 2,85 0 1 1 2 2 2 3 3 3 5 6 7 1 Profundidade (m) 4 0 4 5 6 7 4 5 6 7 8 8 8 9 9 9 10 10 11 11 10 11 wL IP Granulom etria SD 0 6 8 10 12 14 16 18 20 0 20 40 60 80 100 0 1 1 1 2 2 2 3 3 3 5 6 7 Profundidade (m) 0 4 4 5 6 7 WP Granulom etria CD 0 Profundidade (m) Profundidade (m) 20 25 30 35 40 45 50 0 Profundidade (m) Profundidade (m) 45 49 53 57 61 65 20 40 60 80 100 4 5 6 7 8 8 8 9 9 9 10 10 10 11 11 11 areia Argila Silte areia Argila Silte Figura 4.2- Caracterização física do solo do Campo Experimental de Geotecnia da UnB (Guimarães, 2002). 64 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Wnat 25 28 31 34 0 1 2 Profundidade (m) 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Figura 4.3- Perfil de umidade natural do solo estudado. % agregação 0 10 20 30 40 50 60 0 1 2 Profundidade (m) 3 4 5 6 7 8 9 10 11 argila Figura 4.4- Percentual de agregação existente no perfil de solo. 65 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) De acordo com os resultados apresentados nas Figuras 4.1 e 4.2, percebe-se a existência de três camadas com características bem definidas. São elas: - Camada areno argiloso siltosa até 3,0 metros: caracterizada pelo alto índice de vazios(1,27 e 1,60), peso específico dos sólidos em torno de 26,5 kN/m3 e índice de plasticidade igual a 10; - Camada argilo arenosa com silte entre 3,0 e 8,0 metros: caracterizada por índice de vazios decrescente (1,27 para 0,89), peso específico dos sólidos e índice de plasticidade semelhante à camada anterior; - Camada siltosa de 8,0 a 10,0m: nesta camada há tendência de aumento do índice de vazios, peso específico dos sólidos e índice de plasticidade, quando comparado a 8,0m. Em termos de evolução pedogenética pode-se dizer que a camada mais superficial (0,0 a 3,0m) encontra-se fortemente agregada, com presença marcante de macroporos e mais sujeita a bioturbações. A partir de 3,0m estas características vão se tornando menos marcante até chegar à transição para o solo saprolítico entre 8,0 e 10,0m. No perfil de solo estudado ocorre predominância da fração argila nos horizontes mais superficiais. Esta superioridade é imposta pelo grau de intemperismo, que quanto maior se apresentar, menor será a dimensão dos minerais de argila e oxi-hidróxidos constituintes (Tardy, 1993; Cardoso, 2002). O índice de vazios, cujos valores elevados resultam da influência direta do intemperismo químico, apresenta valores mais altos nas camadas mais superficiais (variando de 1,6 a 1,27 até 5,0m de profundidade). A porosidade deste solo está em torno de 53%, encontrando-se em estado não saturado. Mendonça (1993) explica que a elevada porosidade, assim como as ligações cimentíceas que compõe este solo, resultam unicamente dos processos físico-químicos de sua formação, especialmente da lixiviação associada ao processo de laterização; o que explica a tendência de queda da porosidade a partir do quinto metro no perfil aqui estudado. Esta porosidade aliada à condição não saturada conduz a camada porosa do Distrito Federal a um comportamento colapsível quando submetido a variação do estado de tensões ou ataques químicos (Araki,1997). Segundo Feda (1966), citado por Araki (1997), os 66 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) solos do DF apresentam a característica peculiar da colapsibilidade quando possuem uma porosidade maior que 40%. Guimarães (2002) e Camapum de Carvalho et al.(2002) apresentam a análise micro-estrutural deste perfil de solo no estado natural. Quanto aos limites de Atterberg enquanto se verifica diferenças consideráveis nos valores de wL e wP, o IP apresenta tendência a se manter mais ou menos constante até o oitavo metro (IP médio em torno de 10). Este comportamento será analisado quando da apresentação das características mineralógicas do perfil de solo no item 4.1.2. A baixa e aproximadamente constante atividade e plasticidade deste solo, com exceção dos valores obtidos para 9,0 e 10,0m, representam uma característica típica de solos lateríticos, que segundo Sória (1986), normalmente apresentam atividade menor que 0,8. Com relação a granulometria nota-se que as amostras apresentam grandes diferenças quando ensaiadas com e sem defloculante, o que indica a presença marcante da agregação existente. A Figura 4.5 apresenta um exemplo típico de curva granulométrica do solo em estudo. Segundo Camapum de Carvalho et al. (1996), baseando-se em análises microscópicas realizadas em uma amostra coletada à 2,0m no Campo Experimental da Geotecnia, o solo quando em estado natural, submetido à imersão em água, gera uma certa desagregação, que não é total. Fato também comprovado por Guimarães (2002) em posteriores análises com o mesmo perfil de solo. Quando do uso do defloculante, as agregações são, na quase totalidade, destruídas. Observa-se um decréscimo nos percentuais de areia e silte caracterizando a existência de argila agregada nestas frações. Sendo assim, as análises a serem realizadas devem compreender os resultados obtidos com e sem o uso de defloculante. O uso de defloculante torna-se importante apenas no caso de estudo de percolação por fluidos específicos, como em sumidouros e lagos de estabilização. 67 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 100 90 80 % passa 70 60 50 40 30 20 10 0 0.001 0.010 0.100 1.000 Diâmetro das partículas (mm) Com Defloculante 10.000 100.000 Sem Defloculante Figura 4.5- Curvas granulométricas com e sem defloculante (9,0m) (Guimarães, 2002). Segundo Cardoso (2002) o comportamento dos solos diante das propriedades físicas, químicas e mineralógicas está diretamente associado ao tipo de fração granulométrica predominante, o que, a príncipio, conduz a considerar-se três zonas comportamentais (arenoso, argiloso e siltoso). Observa-se também, uma nítida mudança de comportamento aos 8,0m de profundidade, com redução nos teores de areia e argila e aumento no teor de silte. 4.1.2 – Características Mineralógicas e Micromorfológicas 4.1.2.1 – Características Mineralógicas Os resultados apresentados na Tabela 4.2 e nas Figuras 4.6 e 4.7 mostram a composição mineralógica do solo da UnB. 68 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela 4.2.- Características mineralógicas do solo da UnB (Carvalho 1995). Mineral (%) gibbsita caolinita quartzo hematita goethita anastásio rutilo ilita 1 39,2 8,3 32,5 6,8 3,5 5,9 3,8 0 2 41,7 6,9 29,4 6,9 3,4 6,9 4,9 0 3 38,7 5,4 37,6 6,7 4,7 4,1 3,1 0 Profundidade (m) 5 6 36,6 27,1 11,7 17,5 29,4 15,7 10,8 14,1 0 0 7,4 7,9 4,1 6,5 0 6,9 4 43,3 8,7 22,1 10,1 4,4 5,9 5,5 0 minera is c o ns tit uint es ( %) 0 10 20 30 40 7 9,1 27,1 28,9 14,4 0 7,3 3,8 5,7 8 3,7 41,1 9,4 13,7 0 5,1 6,6 7,9 9 0 30,9 27,6 11,9 0 7,2 0 7,1 10 0 37,1 22,5 14,1 0 0 0 11,2 m ine rais co nst ituinte s ( %) 0 50 0 0 2 2 4 4 6 6 8 8 10 10 12 12 3 6 9 12 cao linita gibbsita anastásio goethita quartzo hematita rutilo ilita Figura 4.6. Distribuição dos minerais ao longo da profundidade. A Tabela 4.2 e a Figura 4.7 mostram que o solo é bastante aluminoso em sua maioria. Segundo Martins (1988), apud Cardoso (1998b e 2002), a mineralogia apresentada é típica de solos que sofreram intemperismo químico, cujos processos de alteração predominantes são a alitização e a monossialitização. O primeiro processo podendo ser bem avaliado nos horizontes mais superficiais em áreas de terrenos bem drenados, onde os teores de gibbsita são expressivos (no caso em estudo estando entre 27,1 e 43,3%). 69 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) m ine rais c o ns t it uint e s ( %) 0 10 20 30 40 50 m ine rais c o ns t it uint e s ( %) 60 0 0 0 2 2 4 4 6 6 8 8 10 10 12 10 20 30 40 50 60 12 gibbsita+cao linita caulinita+illita gibbsita+illita caulinita+illita gibbsita+hamatita+go etita gibbsita+caulinita+illita Figura 4.7. Distribuição dos minerais ao longo da profundidade. Esta característica foi comprovada por Araki (1995) para o perfil de solo do metrô, que através da determinação dos elementos amorfos (utilizando-se um espectrômetro de emissão atômica com plasma de acoplamento indutivo), verificou uma alta concentração de alumínio na superfície (mais de 80% no primeiro metro) e valores decrescente com a profundidade, comportamento típico de solos porosos formados por processo de acumulação relativa. Outra característica verificada é a quantidade de quartzo encontrada, com presença marcante em todo o perfil, chegando a 37,6% no terceiro metro. Segundo Nogami & Villibor (1995) a presença deste mineral em solos superficiais lateríticos, principalmente nas frações de areia e pedregulhos é muito freqüente. Cardoso (2002) destaca ainda que este compõe a quase totalidade da fração areia nos solos do Distrito Federal, uma vez que não são encontrados outros minerais típicos desta fração, como feldspatos e carbonatos (provavelmente solubilizados sob as condições regionais de intemperismo químico). A Figura 4.6 aponta para aspectos importantes do perfil mineralógico. A variabilidade do teor de quartzo está provavelmente associada à rocha de origem que é um metaritmito. Por 70 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) outro lado, o somatório constante dos teores de illita, caulinita e gibbsita apontam para a cadeia evolutiva dos argilominerais aos óxidos de alumínio (Figura 4.8). Ilita Caulinita Gibbsita Figura 4.8- Evolução mineralógica. Segundo Cardoso et al. (1998) os oxihidróxidos de Al cristalinos e para cristalinos, formados na alitização, são fundamentais no desenvolvimento de agregados de partículas finas e nas fracas ligações interestruturais dos latossolos do DF. A geração destes agregados argilosos influi no aumento da macroporosidade, influenciando assim no comportamento mecânico dos solos. Ainda segundo os autores, os solos do DF apresentam suas características estruturais influenciadas pelo intemperismo químico não tendo nenhuma influência a origem (residual ou transportado) do solo. Camapum de Carvalho et al. (2000) mostram que a agregação do solo aumente com o crescimento do teor dos óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio. O peso específico dos sólidos entre 26 e 28kN/m3, conforme observado no item 4.1.1, é típico deste solo, e está associado à presença de caulinita (s=25,5kN/m3), quartzo (s=26,0kN/m3), oxido-hidróxidos de ferro (hematita, s=51,0 kN/m3 e goethita, s= 40,0 a 42,0 kN/m3) e alumínio (gibbsita, s=24,0 kN/m3). O aumento de s a partir de 8,0m se deve provavelmente ao desaparecimento da gibbsita, enquanto o teor de hematita é mantido. Cardoso (2002) observou que o limite de plasticidade do solo está diretamente associado ao crescimento do teor da fração argila e dos principais minerais que a compõe (gibbsita e caulinita). Ainda segundo o autor, o mesmo não ocorre para o limite de plasticidade, provavelmente porque este pode ser resultante de combinações mais complexas entre as propriedades dos solos. Para o perfil de solo estudado observa-se no entanto, na Figura 4.9, um certo paralelismo entre os resultados de wL e wP. O aumento de wL e wP até o 8,0m de profundidade parece estar associado a redução do teor de gibbsita e portanto de agregados, enquanto o aumento destes parâmetros a partir desta profundidade está associado 71 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) ao surgimento da ilita. A constância do IP até 8,0m parece indicar que a transformação mineralógica, se mantida a soma dos argilominerais com os óxidos de alumínio não afetaria a plasticidade. A Figura 4.9 mostra ainda uma certa semelhança entre os perfis de hematita e hematita+goetita e os perfis de limite de liquidez e plasticidade. A baixa e constante atividade e plasticidade deste solo, com exceção dos valores obtidos para 9,0 e 10,0m, anteriormente observados, pode ser explicada pela predominância de argilomineral do tipo caolinita, e ausência de argilominerais do tipo montmorilonita. Levando-se em consideração os aspectos analisados anteriormente, comprova-se a explanação de diversos autores (Cardoso, 1995 e 2002; Camapum de Carvalho et al., 1996) quanto à direta associação do grau de intemperismo do solo à sua composição mineralógica, o que por sua vez influencia as suas propriedades físicas. 0 10 20 30 40 50 0 2 2 4 4 Profundidade Profundidade 0 0 6 8 10 20 30 40 50 6 8 10 10 12 12 hematita hematita+goetita wP hematita hematita+goetita wL Figura 4.9 – Variação dos índices de Atterberg em relação aos teores de hematita e goetita. 72 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.1.2.2- Micromorfologia De forma a permitir o melhor entendimento das discussões relacionadas à microestrutura do perfil de solo estudado, as Figuras 4.10 a 4.12, 4.13 e 4.14 e 4.15 apresentam respectivamente as imagens obtidas para as profundidades de 1,0m, 5,0m e 9,0m. Figura 4.10- Microscopia de varredura na profundidade de 1,0m e com ampliação de 500x. Figura 4.11- Microscopia de varredura na profundidade de 1,0m e com ampliação de 3.000x. 73 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Figura 4.12- Microscopia de varredura na profundidade de 1,0m e com ampliação de 10.000x. Figura 4.13- Microscopia de varredura na profundidade de 5,0m e com ampliação de 500x. 74 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Figura 4.14- Microscopia de varredura na profundidade de 9,0m e com ampliação de 500x. Figura 4.15- Microscopia de varredura na profundidade de 9,0m e com ampliação de 3.000x. O perfil de solo estudado é constituído por uma camada intemperizada até 8,0m de profundidade e de 8,0m a 10,0m tem-se a transição para o saprólito. Até 3,0m de profundidade solo apresenta propriedades físico-químicas e mineralógicas semelhantes o mesmo se dando com a micro-estrutura. As Figuras 4.10 a 4.12 ilustram esta situação com 75 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) imagens obtidas para a profundidade de 1,0m. Nesta camada, observa-se a presença de agregados e entre eles a existência de macroporos. A Figura 4.12 mostra ainda que mesmo nos agregados podem ocorrer poros de tamanho importante. Esta quantidade de agregados e macroporos tente a diminuir a partir dos 3,0m de profundidade. A Figura 4.13 ilustra esta condição para a profundidade de 5,0m. Já na transição os macroporos e microporos dão lugar a uma distribuição de poros mais homogênea (Figuras 4.14 e 4.15). 4.1.3 – Características Químicas A Tabela 4.3 e a Figura 4.16 apresentam os resultados das análises químicas realizadas no perfil do solo em estudo no decorrer desta pesquisa. Tabela 4.3- Composição Química dos solos no Campo Experimental da UnB. Complexo Sortido 1,0m 2,0m 3,0m 4,0m 5,0 m 6,0m 7,0 m 8,0 m Ca+Mg Ca Mg K Na S Al Acidez Total H+Al C.T.C. % Al %V C (g/Kg) MO (g/Kg) pH em água pH em KCl 1N 0,83 0,7 0,13 0,03 0,03 0,89 0,1 3,2 4,09 10 22 8,5 14,6 5,7 5,1 0,42 0,3 0,12 0,15 0,04 0,61 0 2,5 3,11 0 20 4 6,9 5,7 6,1 0,28 0,2 0,08 0,03 0,03 0,34 0 2,5 2,84 0 12 4 6,9 5,7 6,4 0,38 0,3 0,08 0,15 0,04 0,57 0 2,4 2,97 0 19 3 5,2 5,7 6,3 0,3 0,2 0,1 0,03 0,03 0,36 0 2,5 2,86 0 13 4 6,9 5,6 5,8 0,38 0,3 0,08 0,17 0,05 0,6 0 3,2 3,8 0 16 4 6,9 5,4 4,8 0,49 0,4 0,09 0,03 0,04 0,56 1 3,7 4,26 64 13 2 3,4 5,5 4,1 0,28 0,2 0,08 0,15 0,04 0,47 2,2 5 5,47 82 9 3 5,2 5,5 3,9 9,0m 10,0 m 0,28 0,2 0,08 0,12 0,04 0,44 5,5 10,5 10,94 93 4 3 5,2 5,5 3,8 0,28 0,2 0,08 0,06 0,04 0,38 5,8 9 9,38 94 4 4 6,9 4,8 3,5 76 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 0,25 0,5 0,75 0 1 3 6 9 12 0 0 2 2 2 4 4 4 6 8 10 12 Profundidade (m) 0 Profundidade (m) Profundidade (m) 0 0 6 8 0 5 10 12 12 15 3 20 %Al 4 5 75 100 8 H+Al Al C.T.C = S+H+Al 10 50 6 10 Ca Mg K Na S= Ca+Mg+K+Na 25 6 %V 7 0 0 1 2 2 Profundidade (m) Profundidade (m) 3 4 6 8 4 5 6 7 8 10 9 10 12 11 C MO água KCl Figura 4.16- Composição química do solo em perfil. De acordo com Camapum de Carvalho et al. (1996) e Cardoso (1995, 2002), o pH dos solos finos está associado diretamente ao teor de argila que o compõe. Sendo assim, o pH representa um fator importante na formação de agregados e, conseqüentemente, influencia o 77 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) arranjo estrutural entre os vazios e sólidos do solo. Verifica-se que, a floculação dos minerais de argila é mais fácil quanto mais ácido é o pH do solo. Na Figura 4.16 observa-se que o pH em água varia entre 5,7 e 4,8; enquanto que o pH em KCl varia entre 6,4 e 3,5; confirmando assim, o caráter essencialmente ácido do solo. Os resultados de pH fornecidos pelo pH em KCl 1N menos o pH em água, se caracterizam por valores negativos acima de 6,5m e positivos abaixo desta cota. Tais resultados concordam com o esperado uma vez que a Figura 4.16 mostra a predominância dos óxidos acima desta profundidade e dos argilominerais abaixo dela. Os resultados mostram baixos valores de C.T.C. e teores de sódio desprezíveis. Esta capacidade de troca catiônica (C.T.C) é definida como a soma total dos cátions que o solo pode reter na superfície coloidal.Catani et al. (1955) estabeleceram limites quanto a baixa (CTC < 4,62 cmolc / Kg) e alta ( 4,62 < CTC < 11,30 cmolc / kg); assim de acordo com os dados obtidos, ocorre uma baixa capacidade de troca de cátions até o sexto metro. Cardoso (2002) observou que um valor baixo de CTC pode ser reflexo de baixos teores de matéria orgânica. Tal fato é comprovado no solo em estudo, pois mesmo em 1,0m de profundidade têm-se baixos valores de matéria orgânica. Destacando-se, no entanto que, os valores de C.T.C. não se encontram diretamente correlacionáveis com os teores de matéria orgânica (MO). Ainda segundo o autor, a matéria orgânica pode influenciar alguns parâmetros físicos do solo, como Gs, grau de agregação e limites de Atterberg, embora para o perfil de solo estudado, devido ao baixo teor de MO, estas alterações não sejam marcantes. Observa-se ainda que, os maiores teores de potássio correspondem aos menores de quartzo obtidos da análise mineralógica. Embora esta alternância possa ser reflexo de variações relativas as alterações no teor de quartzo, ela aponta para a consideração de um perfil residual cuja rocha de origem é um metarritmito constituído por intercalações de camadas quartzosas e argilosas. Os teores de cálcio e magnésio são superiores nos primeiros 2,0m, o que provavelmente reflete efeitos de colagem do solo. É importante observar que a exceção do primeiro metro, para o qual os teores de carbono e matéria orgânica são mais elevados, estes componentes se fazem presentes ao longo da profundidade, embora em teores muito baixos. 78 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) O teor em alumínio trocável é praticamente nulo nos 6,0 primeiros metros passando a aumentar a partir do sétimo metro e tendendo a se estabilizar de 9,0 para 10,0m. O hidrogênio trocável se mantém praticamente constante até 8,0m sofrendo ligeiro aumento para as profundidades de 9,0 a 10,0m. Posteriormente as análises físicas, químicas e mineralógicas, chega-se à conclusão da existência de uma boa relação entre elas. Assim, de posse deste conjunto de dados é possível dividir o perfil química e mineralogicamente nas seguintes subcamadas: - 0 a 3,0m : camada na qual o teor de gibbsita e caulinita se mantêm praticamente constante com baixa C.T.C. e pH; - 3,0 a 8,0m : camada na qual ocorre, a partir de 3,0m, uma redução no teor de gibbsita e aumento no teor de caulinita com aparecimento da ilita a 6,0m de profundidade. A C.T.C. e o pH se mantêm baixos e praticamente constantes; - 8,0 a 10,0m: desaparece a gibbsita, a caulinita se mantêm praticamente constante e o teor de illita sofre um ligeiro aumento. A C.T.C. e o pH em KCl 1N aumentam. 4.2 – CURVAS DE COMPACTAÇÃO Foram realizados ensaios de Mini-Compactação nas energias normal e intermediária, tendo-se por finalidade a determinação das curvas de compactação representativas do perfil de solo em estudo. A obtenção dos parâmetros de compactação apresentou-se essencial no desenvolvimento dos estudos posteriormente realizados. As Figuras 4.17 a 4.21 apresentam as curvas de compactação obtidas, para as amostras coletadas nas profundidades de 1,0 , 3,0 , 5,0 , 7,0 e 9,0m respectivamente. A Tabela 4.4, por sua vez, mostra os valores de wót e dmax obtidos nestes ensaios. 79 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1,0m (EN) Curva de Saturação 1,0m (E.I.) 20,00 d (kN/m 3) 18,00 16,00 14,00 12,00 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 w (%) Figura 4.17 – Curva de compactação nas energias normal (EN) e intermediária (EI) (Profundidade 1,0m). 3,0m (EN) Curva de Saturação 3,0m (EI) 18,00 d (kN/m 3) 16,00 14,00 12,00 15 20 25 30 35 40 w (%) Figura 4.18 – Curva de compactação nas energias normal (EN) e intermediária (EI) (Profundidade 3,0m). 80 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 5,0m (EN) Curva de Saturação 5,0m (EI) 19,00 18,00 d (kN/m 3) 17,00 16,00 15,00 14,00 13,00 12,00 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 w (%) Figura 4.19 – Curva de compactação nas energias normal (EN) e intermediária (EI) (Profundidade 5,0m). 7,0m (EN) Curva de Saturação 7,0m (EI) d (kN/m 3) 18,00 16,00 14,00 12,00 16,0 20,0 24,0 28,0 32,0 36,0 40,0 w (%) Figura 4.20 – Curva de compactação nas energias normal (EN) e intermediária (EI) (Profundidade 7,0m). 81 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 9,0m (E.N.) Curva de saturação 9,0m (E.I.) 19,00 d (kN/m 3) 17,00 15,00 13,00 16,0 21,0 26,0 31,0 36,0 w (%) Figura 4.21 – Curva de compactação nas energias normal (EN) e intermediária (EI) (Profundidade 9,0m). Tabela 4.4- Parâmetros de compactação do solo estudado. Energia Normal Profundidades wót (%) 1,0m 3,0m 5,0m 7,0m 9,0m 25 27 25 27 24,5 3 dmáx (kN/m ) 15,84 15,5 15,5 15,15 15,4 Intermediária wót (%) dmáx (kN/m3) 21 23 21 22 22 16,84 15,85 15,6 15,72 16,4 É importante salientar que, as curvas de saturação obtidas foram traçadas a partir dos valores de Gs corrigidos, pois os valores obtidos por Guimarães (2002) apresentavam alguns erros de determinação. No entanto, devido à tardia observação quanto aos valores errôneos da densidade dos grãos, para as demais análises foram adotados os valores de Gs obtidos por Guimarães (2002), sendo o erro comparativamente desprezível. 82 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.3 – CURVAS CARACTERÍSTICAS Nas regiões de clima tropical a grande maioria dos materiais usados em obras geotécnicas apresentam-se não saturados. Devido à complexidade, quase todos os estudos destes solos se prendem a análise da curva característica, por ser de fácil determinação ou mesmo se fundamentar em resultados obtidos para o solo saturado. Visando a verificação das mudanças ocorridas na curva característica do solo quando compactado em diferentes energias, justifica-se a realização do estudo das propriedades do solo na sua condição natural, para fins puramente comparativos. Sendo assim, este item apresenta as curvas características obtidas para amostras compactadas, indeformadas e amolgadas. A Tabela 4.5 objetiva resumir os ensaios realizados. Tabela 4.5 – Resumo dos ensaios realizados. Profundidade Amostradas Compactadas 1,0 m EN - T.S. EN - T.U. EI - T.S. EI - T.U. Amostra Amolgada Amostra Indeformada T.U. T.U. 3,0 m EN - T.S. EN - T.U. x T.U. 5,0 m EN - T.S. EN - T.U. x T.U. 7,0 m EN - T.S. EN - T.U. x T.U. T.U. T.U. 9,0 m EN - T.S. EN - T.U. EI - T.S. EI - T.U. onde: T.U – Trajetória de umedecimento; T.S. – Trajetória de secagem; EN – Energia normal de compactação; EI – Energia intermediária de compactação. 83 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Na Tabela 4.5 observa-se que algumas curvas características (amostras indeformadas e amolgadas) foram obtidas considerando apenas a trajetória de umedecimento (T.U.), o que se deve à desagregação sofrida pelos corpos de prova, quando o ensaio foi executado na trajetória de secagem (T.S.). Ressalta-se ainda que, todas as curvas características posteriormente apresentadas se encontram em função de pF e de ua – uw (kPa). No decorrer deste capítulo trabalhou-se mais comumente em termos de pF, que representa o logaritmo da sucção em centímetros de coluna de água. 4.3.1 – Curvas Características ao Longo do Perfil do Solo Natural A Figura 4.22 apresenta as curvas características representativas do perfil de solo estudado. Destaca-se que, a exceção da profundidade de 9,0m, estas curvas foram obtidas por Guimarães (2002). No entanto, para efeito comparativo realizou-se ainda a determinação da curva característica para a profundidade de 1,0m. A distribuição de poros no solo pode ir desde uma situação em que eles sejam praticamente homogêneos, ou seja, iguais, como por exemplo, para uma areia uniforme, até o caso onde ocorra a distribuição com concentrações em determinados tamanhos de poros. Para melhor visualisar tal fato, considera-se um solo de granulometria aberta, com lacunas em certas faixas do tamanho de grãos. Sendo assim, o solo poderá ter, neste caso, dois (distribuição bimodal) ou mais tamanhos de poros predominantes. Segundo Camapum de Carvalho e Leroueil (2000) tanto os solos tropicais como os solos argilosos compactados no ramo seco apresentam uma distribuição de poros predominantemente bimodal. Nos solos compactados à medida que se aumenta a umidade e energia de compactação esta distribuição tenderia a condição homogênea. A Figura 4.22, obtida para o perfil de solo estudado ilustra por meio da maioria das curvas (1,0 a 8,0m) os casos de distribuição bimodal, com predominância de tamanhos de poros distintos no interior dos agregados e entre eles. Conforme mostrado por Camapum de Carvalho et al. (2002) e por Guimarães (2002), para 84 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) este perfil de solo se teria o predomínio marcante de microporos no interior dos agregados e macroporos de 0,0 a 3,0m, sendo que a partir desta profundidade a importância dos macroporos diminuiria até praticamente desaparecer a partir do oitavo metro. Para 9,0 e 6 100000 5 10000 4 1000 3 100 2 10 1 1 Ua-Uw (KPa) pF 10,0m, a distribuição de poros tenderia a ser mais do tipo homogênea. 0,1 0 0 20 40 60 80 100 Sr (%) 1,0 mD 1,0mG 3,0 m 5,0m 2,0 m 4,0 m 6,0 m 8,0 m 7,0 m 9,0 mD 10m Figura 4.22- Curvas características do solo do Campo Experimental da Unb (Amostras Indeformadas – Trajetória de Umedecimento) Modificado- Guimarães (2002). onde: 1,0mD- Curva característica para 1,0m de profundidade determinada pela autora; 1,0mG- Curva característica para 1,0m de profundidade determinada por Guimarães (2002); 9,0mD- Curva característica para 9,0m de profundidade determinada pela autora. De acordo com Camapum de Carvalho e Leroueil (2000), em se tratando de solos tropicais, o intemperismo e a acidez são responsáveis pela agregação de partículas cimentadas ou não por óxidos e/ou hidróxidos de alumínio e/ou ferro. Estas agregações por sua vez se 85 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) ligam a outras, seja por estes cimentos ou por pontes de argila (Paixão & Camapum de Carvalho, 1994) dando origem à distribuição bimodal de poros. Os solos com distribuição bimodal de poros apresentam dois pontos de entrada de ar, sendo o primeiro referente à entrada de ar nos macroporos, para pequenos valores de sucção, e o segundo diz respeito à entrada de ar nos microporos, para valores de sucção mais elevados. Nos solos tropicais os macroporos ocorrem inter-agregados enquanto os microporos estão intra-agregados, estes muitas vezes podendo apresentar volume maior que o dos macroporos (Cardoso, 2002). Posteriormente a observação, no Capítulo 2, da Figura 2.12 verifica-se que a Figura 4.22 evidencia alguns pontos importantes, tais como: - Até a profundidade de 6,0m o ponto de entrada de ar varia entre 4 e 6 kpa; de 7 a 10kpa a partir de 6,0 até 8,0m e este é próximo a 100kpa para as amostras de 9,0 e 10,0m; - Aumento do grau de saturação de término de entrada de ar com a profundidade (53% para 93%); - É nítida a variação comportamental apresentada nas curvas características. Observa-se que, a curva característica obtida para a profundidade de 1,0 e 2,0m são distintas das obtidas para as demais profundidades. A curva característica de 3,0m é representativa (quanto à forma) das apresentadas de 4,0 a 8,0m; enquanto que as de 9,0 e 10,0m possuem forma diferenciada, o que certamente é resultante da microestrutura associada à composição mineralógica. Segundo Aubertin et al. (1998), citado por Guimarães (2002), o ponto de entrada de ar deve variar entre 0,2kPa a 1kPa para areias grossas, 1kPa a 3,5kPa nas areias médias, 3,5kPa a 7,5kPa para areias finas, 7kPa a 25kPa em siltes e mais de 25kPa para as argilas. Portanto, para o perfil de solo estudado o comportamento verificado para as profundidades de 1,0 a 8,0m se aproximaria do correspondente as areias e siltes e, para as profundidades de 9,0 e 10,0m ao das argilas. Considerando-se as distribuições granulométricas apresentadas na Figura 4.2 observa-se que este comportamento entre 1,0 e 8,0m estaria mais associado a análise granulométrica sem o uso de defloculante. É possível ainda estimar que ele estaria 86 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) mais associado à condição física (presença de macroporos) que a condição química e mineralógica. Comparando-se duas curvas características (1,0mG e 1,0mD), na Figura 4.22, obtidas para uma mesma profundidade, observa-se que embora elas não se sobreponham existe uma semelhança entre elas, ou seja, a não sobreposição pode estar ligada a eventual heterogeneidade e repetibilidade do ensaio enquanto que, a semelhança de forma reflete a mesma distribuição de poros. A Tabela 4.6 apresenta resultados das análises das curvas características considerandose os pontos especificados na Figura 2.12. Tabela 4.6- Dados das curvas características para Amostras Indeformadas (Modificado- Guimarães, 2002). Profundidade (m) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 e0 EAMA (Kpa) 1,6 4 1,57 6 1,27 5 1,27 5 1,25 6 1,15 5 1,07 4 0,89 10 0,92 x 1,08 x B0 (Kpa) 6 8 7 13 19 28 x 40 100 83 wB0 (%) 31 30 27 30 28 27 x 32 33,4 37 Sr B0 (%) 53 52 57 63 62 62 x 73 85,6 96 EAMI (Kpa) w EAMI (%) Sr EAMI (%) 530 22 38 1240 18 31 4421 17 35 7117 18 37 6506 19 42 1511 20 46 7176 18 44 1973 17 51 5892 16,25 45 869 25 65 onde: e0 = índice de vazios inicial; EAMA = Pressão de entrada de ar dos macroporos; B0 = Pressão correspondente ao término de entrada de ar nos macroporos; w B0 = teor de umidade correspondente ao ponto B0; Sr B0 = saturação correspondente ao ponto B0; EAMI = pressão de entrada de ar nos microporos; w EAMI = teor de umidade correspondente ao ponto EAMI; Sr EAMI = saturação correspondente ao ponto EAMI; x = não definido. 87 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.3.2 – Influência do Amolgamento na Curva Característica Devido ao período excessivamente curto para o desenvolvimento deste trabalho só foi possível a obtenção de curvas características do solo amolgado para duas profundidades, 1,0 e 9,0m. As mesmas foram estabelecidas visando a melhor avaliação da influência do amolgamento no solo. Explica-se a adoção destas profundidades por representarem respectivamente os pontos de maior e menor teor de agregação presente no perfil em estudo, o que torna possível verificar a influência da agregação e, portanto do intemperismo no comportamento da curva característica. Tendo-se como objetivo uma melhor visualização dos resultados, apresenta-se primeiramente as curvas obtidas para amostras amolgadas (Figura 4.23), considerando-se as trajetórias de secagem (T.S.) e umedecimento (T.U.) e, posteriormente na Figura 4.24 a comparação entre os resultados obtidos para as amostras amolgada (A.A.) e indeformada (A.I.). 10000 2,5 2 1000 0 10000 4,5 4 1000 3,5 3 100 2,5 2 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 20 40 60 80 10 100 Sr (%) Sr (%) 1,0m- T.U. 100000 5,5 5 Ua-Uw (KPa) 4 3,5 3 pF 5 4,5 pF 6 100000 Ua-Uw (KPa) 6 5,5 9,0 m- T.S. 1,0m - T.S (a) 9,0m- T.U. (b) Figura 4.23- Curvas características do solo amolgado (a) 1,0m (b) 9,0m 88 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 100000 10000 1000 3 100 2 10 0 100000 10000 4,5 pF 4 Ua-Uw (KPa) pF 5 6 5,5 5 4 3,5 1000 3 2,5 100 2 10 20 30 40 50 60 70 80 90 0 20 40 Sr (%) 1,0m- A.A. 60 80 Ua-Uw (KPa) 6 10 100 Sr (%) 9,0m- A.A. 1,0m- A.I. (a) 9,0m- A.I. (b) Figura 4.24- Curvas características do solo amolgado (A.A.) e indeformado (A.I.) (a) 1,0m (b) 9,0m A Figura 4.23 (a e b) mostra que para os resultados obtidos não é claro o fenômeno de histerese. A figura 4.24(b) não permite colocar em evidência grandes variações nas curvas características. Para a profundidade de 9,0m isso seria esperado, no entanto para 1,0m de profundidade o mesmo não ocorre. Na Figura 4.24(a) observa-se uma diferenciação considerável entre as curvas representativas da amostra amolgada (A.A.) e da amostra indeformada (A.I.), o que é provavelmente resultante de certa desagregação dos macroporos no decorrer do processo de amolgamento. 4.3.3 – Influência da Compactação na Curva Característica Segundo Camapum de Carvalho e Lerouil (2000), nos solos tropicais há possibilidade de preservação das agregações naturais durante a compactação o que ocasionaria a persistência da distribuição de poros bimodal. 89 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) O objetivo deste item é verificar se a afirmação procede e, em caso positivo, qual a faixa de atuação em que uma determinada variação da energia de compactação provoca mudança real na estrutura do solo. Assim, tendo-se por finalidade um melhor entendimento da influência dos níveis de energia na curva característica, realizou-se em primeira instância suas determinações em materiais pertencentes às profundidades de 1,0m, 3,0m, 5,0m, 7,0m e 9,0m sob condição de compactação equivalente a energia do Proctor normal e, posteriormente, em amostras coletadas apenas nas profundidades de 1,0m e 9,0m sob condição de compactação equivalente a energia do Proctor intermediária. A opção pelo primeiro e nono metro, ocorreu por elas caracterizarem condições extremas no perfil. Seguindo o esquema de apresentação do sub-ítem anterior, têm-se primeiramente (Figura 4.25) as curvas características obtidas no procedimento de compactação normal e, posteriormente no processo de compactação intermediário (Figura 4.27). De posse do conjunto de resultados há uma base de dados considerável para proceder-se às comparações entre curvas características (Figuras 4.28 e 4.29), de forma a se obter as informações pretendidas. 4.3.3.1 – Energia Normal de Compactação O material coletado nas cinco profundidades trabalhadas foi previamente preparado (seco ao ar, destorroado e homogeneizado com água destilada) de forma a serem compactados nos seus respectivos teores de umidade ótima, anteriormente obtidos no ensaio de Minicompactação. Este teor de umidade foi aqui estipulado visando uma aproximação maior com o que se adota em campo, quando da compactação de uma base ou sub base de solos argilosos lateríticos, onde representa procedimento prático, a fixação de uma faixa de variação de umidade, em torno da ótima, para o prosseguimento dos trabalhos de compactação. A seguir são apresentadas as curvas características representativas do perfil de solo em estudo, considerando respectivamente as trajetórias de secagem e umedecimento (Figura 4.25 (a e b)). 90 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 100000 5 10000 4 1000 3 100 2 0 20 40 60 Ua-Uw (KPa) pF 6 10 100 80 Sr (%) 1,0m 3,0m 5,0m 7,0m 9,0m 6 100000 5 10000 4 1000 3 100 2 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Ua-Uw (KPa) pF (a)– Energia Normal – Trajetória de Secagem 10 100 Sr (%) 1,0m 3,0m 5,0m 7,0m 9,0m (b)– Energia Normal – Trajetória de Umedecimento Figura 4.25- Curvas Características de Amostras Compactadas. 91 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 6 100000 5 10000 5 10000 4 1000 4 1000 3 100 3 100 2 20 40 60 80 pF 10 100 2 0 20 40 Sr (%) 80 10 100 Sr (%) 1,0ms 1,0mu 3,0ms (a) 1,0m 3,0mu (b) 3,0m 6 100000 6 100000 5 10000 5 10000 4 1000 4 1000 3 100 3 100 2 0 20 40 60 pF Ua-Uw (KPa) pF 60 10 100 80 2 0 20 40 Sr (%) 80 10 100 Sr (%) 5,0ms 5,0mu 7,0ms 7,0mu (d) 7,0m 6 100000 5 10000 4 1000 3 100 2 0 20 40 60 80 Ua-Uw (KPa) (c) 5,0m pF 60 Ua-Uw (KPa) 0 Ua-Uw (KPa) 100000 Ua-Uw (KPa) pF 6 10 100 Sr (%) 9,0ms 9,0mu (e) 9,0m Figura 4.26- Comparação entre as trajetórias de secagem e umedecimento- E.N. 92 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Ao proceder-se a comparação entre T.S. e T.U. na Figura 4.26 observa-se que, o fenômeno da histerese não é marcante para o perfil de solo estudado. Com relação aos resultados obtidos e apresentados nas Figuras 4.25 (a e b) observa-se que a distribuição de poros bimodal só tende a persistir para 1,0m de profundidade, onde a agregação é mais intensa. Para a profundidade de 3,0m, esta distribuição é pouco marcante e, para as demais profundidades, tanto na secagem (s) como no umedecimento (u), as curvas características assumem forma de uma distribuição mais homogênea. É possível observar também, a similiaridade existente entre as curvas características resultantes do processo de compactação na energia normal, no que se refere às profundidades de 3,0, 5,0 e 7,0m, o que não ocorre para as curvas características referentes a 1,0m e 9,0m, que apesar de se distinguirem das curvas dos solos naturais, ainda apresentam características bastante distintas das demais. Um ponto em comum entre as curvas de 3,0 e 9,0m (T.S) diz respeito ao ponto de entrada de ar, que é aparentemente semelhante. Outro aspecto interessante a se destacar é a tendência apresentada por todas as curvas características de comportamento único até um grau de saturação 20%. 4.3.3.2 – Energia Intermediária de Compactação A semelhança do subitem 4.3.3.1, a Figura 4.27 apresenta as curvas características representativas do perfil de solo considerando as trajetórias de secagem e umedecimento. Comparando-se as curvas características verifica-se que, na energia intermediária as curvas características para 1,0 e 9,0m são semelhantes e se sobrepõem até 70% de grau de saturação. A partir daí, a curva T.S. para 1,0m se sobrepõe a T.U. de 9,0m e, a curva T.U. para 1,0m se sobrepõe a T.S. de 9,0m. Esta alternância não permite caracterizar o comportamento como de histerese. 93 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 5 10000 4 1000 3 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Ua-Uw (KPa) 100000 pF 6 100 100 Sr (%) 1,0m-T.S. 1,0m-T.U. 9,0m- T.S. 9,0m-T.U. Figura 4.27- Amostras Compactadas- E.I.- Trajetória de Secagem e Umedecimento. 4.3.3.3 – Efeito da Compactação na Curva Característica As Figuras 4.28 e 4.29 têm por objetivo mostrar o efeito ocasionado pela compactação na curva característica, em solos sujeitos a graus máximo e mínimo de intemperismo (1,0 e 9,0m). Optou-se por utilizar nestas Figuras apenas os resultados obtidos de acordo com a trajetória de umedecimento, pois não foi possível a determinação das curvas características em amostras indeformadas seguindo a trajetória de secagem. De acordo com a Figura 4.28 percebe-se a aproximação das quatro curvas para níveis de saturação 20%, o que indica a influência marcante da composição química e mineralógica do solo. A partir de Sr=20% nota-se que a curva característica do solo natural se distancia das demais colocando em evidência a influência da porosidade e de sua distribuição na forma das curvas características. Destaca-se ainda a posição intermediária ocupada pela amostra amolgada. Com relação às amostras compactadas, observa-se que as curvas se assemelham, pelo menos para valores de saturação 60%. Tal fato dá a idéia de que após a desestruturação do solo com a compactação é a natureza química e mineralógica do solo, que prevalece em detrimento da porosidade, ou seja, o índice de vazios passaria a assumir pouca importância. 94 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 100000 5 10000 4 1000 3 100 2 Ua-Uw (KPa) pF 6 10 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Sr (%) 1,0m-E.I. 1,0m- E.N. 1,0m-A.A. 1,0m-A.I. 6 100000 5 10000 4 1000 3 100 2 10 20 30 40 50 60 70 80 Ua-Uw (KPa) pF Figura 4.28- Curvas características do solo a 1,0m. 10 90 100 Sr (%) 9,0m-E.I. 9,0m- E.N. 9,0m-A.A. 9,0m-A.I. Figura 4.29- Curvas características do solo a 9,0m. Na Figura 4.29 nota-se a grande aproximação das quatro curvas até valores de Sr<30%. A partir daí elas se distanciam. Como no nono metro de profundidade o percentual de agregação do solo é baixo e a porosidade menor, as curvas características não mostram diferenças tão consideráveis em relação ao solo natural quanto no primeiro metro. No entanto, para o solo amolgado e compactado a diferenciação é maior. 95 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Quanto à pressão de entrada de ar é aproximadadamente igual a 100kpa, para as curvas obtidas na condição indeformada e amolgada, e aproximadamente 1000kpa, para as amostras compactadas. Verifica-se que este ponto de entrada de ar não variou de 1,0m para 9,0m, em relação as amostras compactadas, o mesmo não ocorrendo em relação as amostras indeformadas, que apresenta valor aproximadamente igual a 10 kPa. As Figuras 4.30, 4.31, e 4.32 apresentam a comparação das curvas características obtidas para o solo natural e compactado na energia normal para as profundidades de 3,0, 5,0 e 7,0m, respectivamente. Estas Figuras mostram que para graus de saturação inferiores aos de entrada de ar dos microporos no solo natural, as curvas características são coincidentes e para graus de saturação maiores, elas se diferenciam bastante colocando em evidência a importância da distribuição de poros na análise da curva característica e na avaliação da 6 100000 5 10000 4 1000 3 100 2 10 1 1 0 0 20 40 60 80 Ua-Uw (KPa) pF influência da sucção no comportamento do solo. 0,1 100 Sr (%) 3,0 m- A.I. 3,0m- E.N. Figura 4.30- Amostra Indeformada versus Amostra Compactada - 3,0m. Ainda em relação às amostras compactadas, as pressões de entrada de ar variaram nas faixas mostradas na Tabela 4.7. 96 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 100000 5 10000 4 1000 3 100 2 10 1 1 0 0 20 40 60 Ua-Uw (KPa) pF 6 0,1 100 80 Sr (%) 5,0m- A.I. 5,0m- E.N. 6 100000 5 10000 4 1000 3 100 2 10 1 1 0 0 20 40 60 80 Ua-Uw (KPa) pF Figura 4.31- Amostra Indeformada versus Amostra Compactada- 5,0m. 0,1 100 Sr (%) 7,0 m- A.I. 7,0m- E.N. Figura 4.32- Amostra Indeformada versus Amostra Compactada- 7,0m. Tabela 4.7 – Pontos de entrada de ar representativos das curvas características obtidas. Profundidade 1,0 m 3,0 m 5,0 m 7,0 m 9,0 m CCI PEA CCI 2,22 1,67 1,79 1,77 2,98 Sr (%) 77 79,50 76,1 81,43 85,63 CCN PEA CCN Sr (%) 4,66 58,5 4,7 82 4,2 93,1 4,36 87,34 4,23 68,73 97 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) onde: CCI = curva característica obtida a partir da amostra indeformada; CCN = curva característica obtida a partir da amostra compactada na energia normal; PEA CCI = pressão de entrada de ar da CCI; PEA CCN = pressão de entrada de ar da CCN. 4.3.4 – Transformação da Curva Característica Segundo Camapum de Carvalho e Lerouil (2000) o valor da saturação residual dos macroporos constitui um ponto importante na curva característica, pois a partir daí a sucção aumenta consideravelmente. A partir deste ponto verifica-se uma certa linearidade, que apresenta grande importância na ligação com o estado e comportamento dos solos. No entanto, o índice de vazios que não é considerado na curva característica, muito embora defina sua forma, represente parâmetro essencial, sendo então necessário uma ligação deste parâmetro com o estado real do solo. Ainda segundo os autores, ao se solicitar um solo, reduz-se o índice de vazios mudando assim a curva característica. Na maioria dos casos, a variação do índice de vazios impõe ao solo variações do grau de saturação conduzindo-o a se deslocar sobre uma nova curva característica representativa do novo índice de vazios. Para tensões externas ou devido ao peso próprio, solos saturados submetidos a um aumento de sucção ou um solo seco submetido à redução de sucção podem respectivamente apresentar uma redução ou aumento do índice de vazios. Porém, para um dado índice de vazios tem-se para cada solo uma curva característica única a menos que intervenham fatores outros como diferenças estruturais, quebra de cimentações com variação da distribuição de poros ou o fenômeno da histerese propriamente dito. Baseando-se neste fenômeno eles propuseram um modelo de transformação da curva característica que é muito importante do ponto de vista prático, pois conhecendo a curva característica de um solo é possível determinar a sua sucção para índices de vazios diferentes sem que haja a necessidade de se medir as variações de sucção no solo. Este modelo permite a obtenção de uma curva característica única representativa de diferentes índices de vazios para a mesma distribuição de poros. Visando a análise dos solos estudados utiliza-se este modelo 98 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) de transformação da curva característica para verificar-se a tendência comportamental dos mesmos. São apresentadas a seguir apenas as curvas obtidas de acordo com a trajetória de umedecimento. Guimarães (2002) mostrou que, a partir da transformação da curva característica do perfil de solo natural verifica-se uma boa relação das famílias de curvas características, apresentando um coeficiente de correlação linear em torno de 0,9. O referido autor em concordância com o observado por Camapum de Carvalho e Leroeuil (2000) comprovou então, a importância de se levar em conta às características dos solos na definição e aplicação das curvas características, e que a transformação só é válida para uma determinada distribuição de poros. De forma a analisar a validade do modelo para os solos compactados e amolgados apresenta-se a seguir, os resultados obtidos para o solo natural (Figura 4.33), amolgado (Figura 4.34), compactado na energia normal (Figura 4.35) e compactado na energia intermediária (Figura 4.36). 3,0 m 5,0m 7,0 m 9,0 m 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1,0m 10000000 100000 10 epF 1000 Ua-Uw (kPa) pF 1,0 m 0,1 Sr (%) 5,0m 7,0m 9,0m 8 7 6 5 4 3 2 1 0 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 3,0m 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Sr (%) (a) (b) Figura 4.33- Curvas Características em diferentes profundidades (a) Curvas Características das Amostras Indeformadas (b) Curvas Características Transformadas das Amostras Indeformadas 99 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 9,0m 1000000 7 6 100000 6 5 10000 4 1000 3 100 2 10 0 20 40 60 80 epF 7 Ua-Uw (kPa) pF 1,0m 1,0m 9,0m 40 60 5 4 3 2 100 0 Sr (%) 20 80 100 Sr (%) (a) (b) Figura 4.34- Curvas Características em diferentes profundidades (a) Curvas Características das Amostras Amolgadas (b) Curvas Características Transformadas das Amostras Amolgadas A dispersão das curvas características transformadas apresentadas na Figura 4.33 é discutida por Camapum de Carvalho et al. (2002) que mostraram a necessidade de se ponderar a distribuição de poros nos valores de índice de vazios, o que conduz a uma maior proximidade das curvas. Não se pretende no entanto, que elas sejam coincidentes pois a química e a mineralogia variam ao longo do perfil. Os maiores valores de sucção transformada obtidos para a amostra oriunda de 1,0m de profundidade e amolgada em relação aos valores obtidos para 9,0m, colocam em evidência uma eventual influência do teor de matéria orgânica, o que merece comprovação a partir de estudos complementares para outros solos. As curvas características transformadas das Figuras 4.35 e 4.36 tendem a confirmar esta observação ao colocar em evidência maiores valores de sucção para a profundidade de 1,0m. 100 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1,0m 3,0m 5,0m 7,0m 100000 5,0 10000 4,5 4,0 0 20 40 60 80 3,0m 5,0m 7,0m 9,0m 3,5 e x pF 5,5 pF 1,0m 4 Ua-Uw (kPa) 6,0 9,0m 3 2,5 1000 100 2 0 20 Sr(%) 40 60 80 100 Sr (%) (a) (b) Figura 4.35- Curvas Características em diferentes profundidades (a) Curvas Características das Amostras Compactadas (E.N.) (b) Curvas Características Transformadas das Amostras Compactadas (E.N.) 1,0m 9,0m 6 1,0m 9,0m 40 60 4 10000 4,5 1000 4 3,5 3 0 20 40 60 80 100 100 3,5 epF pF 5 Ua-Uw (kPa) 5,5 3 2,5 2 0 20 80 100 Sr (%) Sr (%) (a) (b) Figura 4.36- Curvas Características em diferentes profundidades (a) Curvas Características de Amostras Compactadas (E.I.) (b) Curvas Características Transformadas de Amostras Compactadas (E.I.) 101 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1,0m-A.I 1,0m-A.A 1,0m-E.N 1,0m-E.I. 9,0m-A.I 9,0m-A.A. 9,0m-E.N 9,0m-E.I. 8 7 epF 6 5 4 3 2 1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Sr (%) Figura 4.37- Comparação entre as curvas características transformadas em 1,0 e 9,0m. A Figura 4.37 põe em evidência a importância do processo de alteração e da mineralogia refletindo no comportamento das curvas características transformadas. Observase que, as diferenças se apresentam bem mais acentuadas ao comparar-se a curva transformada de 1,0m (A.I) em relação as demais de igual profundidade, que a apresentada em 9,0m ao comparar-se a (A.I) as demais de mesma profundidade. Pode-se ainda verificar a tendência a comportamento único apresentada pelas curvas características transformadas à medida que se aumenta a energia de compactação aplicada, pois observa-se que as curvas 1,0m (E.I) e 9,0m (E.I) são coincidentes. A título de exemplificação, a Figura 4.38 mostra para o solo compactado na energia normal, a transformação da curva característica pF x Sr, no trecho mais linearizado, onde teoricamente neste trecho a distribuição de poros é homogênea. 102 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1,0m (EN) 3,0m 4,5 5,0m 7,0m 4 epF 9,0m y = -0,0138x +3,8354 R2 = 0,9351 3,5 y = -0,0123x +4,007 R2 = 0,9468 3 y = -0,0079x +3,5349 R2 = 0,9776 2,5 0 20 40 60 80 Sr (%) 100 y = -0,0101x +3,6561 R2 = 0,952 y = -0,0198x +4,4726 R2 = 0,9714 Figura 4.38- Curvas Características Transformadas representativas do perfil de solo (Compactadas- Energia Normal). Os resultados obtidos na Figura 4.38 apontam para a aplicabilidade do modelo de transformação da curva característica ao estudo dos solos compactados. A Figura mostra ainda que o método permite agrupar profundidades de comportamento semelhante. A sua aplicação as demais curvas características obtidas (AA , AI. e E.I) forneceram coeficientes de correlação entre 0,92 e 0,97; o que, mais uma vez aponta para a validade do modelo proposto por Camapum de Carvalho e Leroueil (2000). Deve-se destacar ainda que, as equações acima apresentadas só são válidas para os trechos de saturação considerados e para o solo em estudo, pois em outra circunstância a curva pode apresentar outro comportamento. 103 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.3.5- Índice de Vazios (e) Este sub-ítem têm o intuito de esclarecer algumas correções feitas com relação ao índice de vazios obtido após medição da sucção, este índice de vazios corrigido foi usado no traçado das curvas características anteriormente apresentadas. Devido à possibilidade de erros no procedimento da balança hidrostática realizou-se também medições com o uso do paquímetro (3 medidas, de onde retirou-se uma média). Fazendo-se uso destes dois valores, plotou-se ebalança (eb) versus epaquímetro (ep) , de forma a verificar se algum dos pontos fugia a tendência. Embora os valores obtidos tenham sido bastante próximos, percebe-se em alguns casos uma dispersão ocasionada por erro de ensaio ou medida. Em alguns pontos o erro apresenta-se bem visível, mesmo durante a realização do ensaio. Esta correção foi feita através da consideração do índice de vazios obtido pela balança e, em outros casos, através da consideração da média entre os índices de vazios obtidos pelo paquímetro. Foram usados os dois métodos de correção, pois em alguns corpos de prova ocorreu entrada de água durante a obtenção do peso submerso. Assim, não sendo possível a total verificação através da plotagem da curva anteriormente citada. Também devido à perda destes pontos, deu-se preferência a utilização do índice de vazios calculado através das 0,645 0,645 0,640 0,640 0,635 0,635 0,630 0,630 ep ep medições do paquímetro. 0,625 0,625 0,620 0,620 0,615 0,60 0,615 0,610 0,61 0,62 0,63 0,64 0,6 eb 0,61 0,62 eb 0,63 0,64 Figura 4.39- Correção de índices de vazios. 104 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Como demonstrado anteriormente, a correção consta basicamente de um ajuste nos pontos que estão fugindo a tendência apresentada. Posteriormente verifica-se a tendência uauw (kPa) versus ec (índice de vazios corrigidos) de forma a verificar se os dois índices de vazios obtidos não estariam incorretos, pois se algum ponto apresenta dispersão significa que os dois valores se encontram com problema; assim deve-se proceder à correção através de uma média aritmética dos outros pontos obtidos. No entanto, não foi necessário tal nível de correção, pois para a grande maioria dos pontos, a correção necessária foi atendida a partir da média aritmética, encaixando-os na tendência apresentada ou mesmo corrigindo valores de índice de vazios que fugiam totalmente aos outros obtidos. 105 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.1.2.2- Micromorfologia De forma a permitir o melhor entendimento das discussões relacionadas à microestrutura do perfil de solo estudado, as Figuras 4.10 a 4.12, 4.13 e 4.14 e 4.15 apresentam respectivamente as imagens obtidas para as profundidades de 1,0m, 5,0m e 9,0m. Figura 4.10- Microscopia de varredura na profundidade de 1,0m e com ampliação de 500x Figura 4.11- Microscopia de varredura na profundidade de 1,0m e com ampliação de 3.000x 73 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Figura 4.12- Microscopia de varredura na profundidade de 1,0m e com ampliação de 10.000x Figura 4.13- Microscopia de varredura na profundidade de 5,0m e com ampliação de 500x 74 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Figura 4.14- Microscopia de varredura na profundidade de 9,0m e com ampliação de 500x Figura 4.15- Microscopia de varredura na profundidade de 9,0m e com ampliação de 3.000x O perfil de solo estudado é constituído por uma camada intemperizada até 8,0m de profundidade e de 8,0m a 10,0m tem-se a transição para o saprólito. Até 3,0m de profundidade solo apresenta propriedades físico-químicas e mineralógicas semelhantes o mesmo se dando com a micro-estrutura. As Figuras 4.10 a 4.12 ilustram esta situação com 75 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) imagens obtidas para a profundidade de 1,0m. Nesta camada, observa-se a presença de agregados e entre eles a existência de macroporos. A Figura 4.12 mostra ainda que mesmo nos agregados podem ocorrer poros de tamanho importante. Esta quantidade de agregados e macroporos tente a diminuir a partir dos 3,0m de profundidade. A Figura 4.13 ilustra esta condição para a profundidade de 5,0m. Já na transição os macroporos e microporos dão lugar a uma distribuição de poros mais homogênea (Figuras 4.14 e 4.15). 4.1.3 – Características Químicas A Tabela 4.3 e a Figura 4.16 apresentam os resultados das análises químicas realizadas no perfil do solo em estudo no decorrer desta pesquisa. Tabela 4.3- Composição Química dos solos no Campo Experimental da UnB. Complexo Sortido 1,0m 2,0m 3,0m 4,0m 5,0 m 6,0m 7,0 m 8,0 m Ca+Mg Ca Mg K Na S Al Acidez Total H+Al C.T.C. % Al %V C (g/Kg) MO (g/Kg) pH em água pH em KCl 1N 0,83 0,7 0,13 0,03 0,03 0,89 0,1 3,2 4,09 10 22 8,5 14,6 5,7 5,1 0,42 0,3 0,12 0,15 0,04 0,61 0 2,5 3,11 0 20 4 6,9 5,7 6,1 0,28 0,2 0,08 0,03 0,03 0,34 0 2,5 2,84 0 12 4 6,9 5,7 6,4 0,38 0,3 0,08 0,15 0,04 0,57 0 2,4 2,97 0 19 3 5,2 5,7 6,3 0,3 0,2 0,1 0,03 0,03 0,36 0 2,5 2,86 0 13 4 6,9 5,6 5,8 0,38 0,3 0,08 0,17 0,05 0,6 0 3,2 3,8 0 16 4 6,9 5,4 4,8 0,49 0,4 0,09 0,03 0,04 0,56 1 3,7 4,26 64 13 2 3,4 5,5 4,1 0,28 0,2 0,08 0,15 0,04 0,47 2,2 5 5,47 82 9 3 5,2 5,5 3,9 9,0m 10,0 m 0,28 0,2 0,08 0,12 0,04 0,44 5,5 10,5 10,94 93 4 3 5,2 5,5 3,8 0,28 0,2 0,08 0,06 0,04 0,38 5,8 9 9,38 94 4 4 6,9 4,8 3,5 76 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 100000 5 10000 4 1000 3 100 2 10 1 1 0 0 20 40 60 80 Ua-Uw (KPa) pF 6 0,1 100 Sr (%) 5,0m- A.I. 5,0m- E.N. 6 100000 5 10000 4 1000 3 100 2 10 1 1 0 0 20 40 60 80 Ua-Uw (KPa) pF Figura 4.31- Amostra Indeformada versus Amostra Compactada- 5,0m. 0,1 100 Sr (%) 7,0 m- A.I. 7,0m- E.N. Figura 4.32- Amostra Indeformada versus Amostra Compactada- 7,0m. Tabela 4.7 – Pontos de entrada de ar representativos das curvas características obtidas Profundidade 1,0 m 3,0 m 5,0 m 7,0 m 9,0 m CCI PEA CCI 2,22 1,67 1,79 1,77 2,98 Sr (%) 77 79,50 76,1 81,43 85,63 CCN PEA CCN Sr (%) 4,66 58,5 4,7 82 4,2 93,1 4,36 87,34 4,23 68,73 97 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) onde: CCI = curva característica obtida a partir da amostra indeformada; CCN = curva característica obtida a partir da amostra compactada na energia normal; PEA CCI = pressão de entrada de ar da CCI; PEA CCN = pressão de entrada de ar da CCN. 4.3.4 – Transformação da Curva Característica Segundo Camapum de Carvalho e Lerouil (2000) o valor da saturação residual dos macroporos constitui um ponto importante na curva característica, pois a partir daí a sucção aumenta consideravelmente. A partir deste ponto verifica-se uma certa linearidade, que apresenta grande importância na ligação com o estado e comportamento dos solos. No entanto, o índice de vazios que não é considerado na curva característica, muito embora defina sua forma, represente parâmetro essencial, sendo então necessário uma ligação deste parâmetro com o estado real do solo. Ainda segundo os autores, ao se solicitar um solo, reduz-se o índice de vazios mudando assim a curva característica. Na maioria dos casos, a variação do índice de vazios impõe ao solo variações do grau de saturação conduzindo-o a se deslocar sobre uma nova curva característica representativa do novo índice de vazios. Para tensões externas ou devido ao peso próprio, solos saturados submetidos a um aumento de sucção ou um solo seco submetido à redução de sucção podem respectivamente apresentar uma redução ou aumento do índice de vazios. Porém, para um dado índice de vazios tem-se para cada solo uma curva característica única a menos que intervenham fatores outros como diferenças estruturais, quebra de cimentações com variação da distribuição de poros ou o fenômeno da histerese propriamente dito. Baseando-se neste fenômeno eles propuseram um modelo de transformação da curva característica que é muito importante do ponto de vista prático, pois conhecendo a curva característica de um solo é possível determinar a sua sucção para índices de vazios diferentes sem que haja a necessidade de se medir as variações de sucção no solo. Este modelo permite a obtenção de uma curva característica única representativa de diferentes índices de vazios para 98 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) a mesma distribuição de poros. Visando a análise dos solos estudados utiliza-se este modelo de transformação da curva característica para verificar-se a tendência comportamental dos mesmos. São apresentadas a seguir apenas as curvas obtidas de acordo com a trajetória de umedecimento. Guimarães (2002) mostrou que, a partir da transformação da curva característica do perfil de solo natural verifica-se uma boa relação das famílias de curvas características, apresentando um coeficiente de correlação linear em torno de 0,9. O referido autor em concordância com o observado por Camapum de Carvalho e Leroeuil (2000) comprovou então, a importância de se levar em conta às características dos solos na definição e aplicação das curvas características, e que a transformação só é válida para uma determinada distribuição de poros. De forma a analisar a validade do modelo para os solos compactados e amolgados apresenta-se a seguir, os resultados obtidos para o solo natural (Figura 4.33), amolgado (Figura 4.34), compactado na energia normal (Figura 4.35) e compactado na energia intermediária (Figura 4.36). 3,0 m 5,0m 7,0 m 1,0m 9,0 m 8 7 6 5 4 3 2 1 0 10000000 1000 10 0,1 epF 100000 Ua-Uw (kPa) pF 1,0 m 3,0m 5,0m 7,0m 9,0m 8 7 6 5 4 3 2 1 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Sr (%) Sr (%) (a) (b) Figura 4.33- Curvas Características em diferentes profundidades (a) Curvas Características das Amostras Indeformadas (b) Curvas Características Transformadas das Amostras Indeformadas 99 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 9,0m 7 1000000 7 6 100000 6 5 10000 4 1000 3 100 2 0 20 40 60 80 epF Ua-Uw (kPa) pF 1,0m 1,0m 9,0m 40 60 5 4 3 10 100 2 0 Sr (%) 20 80 100 Sr (%) (a) (b) Figura 4.34- Curvas Características em diferentes profundidades (a) Curvas Características das Amostras Amolgadas (b) Curvas Características Transformadas das Amostras Amolgadas A dispersão das curvas características transformadas apresentadas na Figura 4.33 é discutida por Camapum de Carvalho et al. (2002) que mostraram a necessidade de se ponderar a distribuição de poros nos valores de índice de vazios, o que conduz a uma maior proximidade das curvas. Não se pretende no entanto, que elas sejam coincidentes pois a química e a mineralogia variam ao longo do perfil. Os maiores valores de sucção transformada obtidos para a amostra oriunda de 1,0m de profundidade e amolgada em relação aos valores obtidos para 9,0m, colocam em evidência uma eventual influência do teor de matéria orgânica, o que merece comprovação a partir de estudos complementares para outros solos. As curvas características transformadas das Figuras 4.35 e 4.36 tendem a confirmar esta observação ao colocar em evidência maiores valores de sucção para a profundidade de 1,0m. 100 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1,0m 3,0m 5,0m 7,0m 100000 5,0 10000 4,5 4,0 0 20 40 60 80 5,0m 7,0m 9,0m 3,5 e x pF pF 5,5 3,0m 4 Ua-Uw (kPa) 6,0 1,0m 9,0m 3 2,5 2 1000 100 0 20 40 60 80 100 Sr (%) Sr(%) (a) (b) Figura 4.35- Curvas Características em diferentes profundidades (a) Curvas Características das Amostras Compactadas (E.N.) (b) Curvas Características Transformadas das Amostras Compactadas (E.N.) 1,0m 9,0m 6 10000 1,0m 9,0m 40 60 4 5,5 1000 4 3,5 3 0 20 40 60 80 epF 4,5 3,5 Ua-Uw (kPa) pF 5 3 2,5 100 100 2 0 Sr (%) 20 80 100 Sr (%) (a) (b) Figura 4.36- Curvas Características em diferentes profundidades (a) Curvas Características de Amostras Compactadas (E.I.) (b) Curvas Características Transformadas de Amostras Compactadas (E.I.) 101 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1,0m-A.I 1,0m-A.A 1,0m-E.N 1,0m-E.I. 9,0m-A.I 9,0m-A.A. 9,0m-E.N 9,0m-E.I. 8 7 6 epF 5 4 3 2 1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Sr (%) Figura 4.37- Comparação entre as curvas características transformadas em 1,0 e 9,0m A Figura 4.37 põe em evidência a importância do processo de alteração e da mineralogia refletindo no comportamento das curvas características transformadas. Observase que, as diferenças se apresentam bem mais acentuadas ao comparar-se a curva transformada de 1,0m (A.I) em relação as demais de igual profundidade, que a apresentada em 9,0m ao comparar-se a (A.I) as demais de mesma profundidade. Pode-se ainda verificar a tendência a comportamento único apresentada pelas curvas características transformadas à medida que se aumenta a energia de compactação aplicada, pois observa-se que as curvas 1,0m (E.I) e 9,0m (E.I) são coincidentes. A título de exemplificação, a Figura 4.38 mostra para o solo compactado na energia normal, a transformação da curva característica pF x Sr, no trecho mais linearizado, onde teoricamente neste trecho a distribuição de poros é homogênea. 102 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1,0m (EN) 3,0m 5,0m 4,5 7,0m epF 4 9,0m y = -0,0138x + 3,8354 R 2 = 0,9351 3,5 y = -0,0123x + 4,007 R 2 = 0,9468 3 y = -0,0079x + 3,5349 R 2 = 0,9776 2,5 0 20 40 60 80 Sr (%) 100 y = -0,0101x + 3,6561 R 2 = 0,952 y = -0,0198x + 4,4726 R 2 = 0,9714 Figura 4.38- Curvas características Transformadas representativas do perfil de solo (Compactadas- Energia Normal) Os resultados obtidos na Figura 4.38 apontam para a aplicabilidade do modelo de transformação da curva característica ao estudo dos solos compactados. A Figura mostra ainda que o método permite agrupar profundidades de comportamento semelhante. A sua aplicação as demais curvas características obtidas (AA , AI. e E.I) forneceram coeficientes de correlação entre 0,92 e 0,97; o que, mais uma vez aponta para a validade do modelo proposto por Camapum de Carvalho e Leroueil (2000). Deve-se destacar ainda que, as equações acima apresentadas só são válidas para os trechos de saturação considerados e para o solo em estudo, pois em outra circunstância a curva pode apresentar outro comportamento. 103 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.3.5- Índice de Vazios (e) Este sub-ítem têm o intuito de esclarecer algumas correções feitas com relação ao índice de vazios obtido após medição da sucção, este índice de vazios corrigido foi usado no traçado das curvas características anteriormente apresentadas. Devido à possibilidade de erros no procedimento da balança hidrostática realizou-se também medições com o uso do paquímetro (3 medidas, de onde retirou-se uma média). Fazendo-se uso destes dois valores, plotou-se ebalança (eb) versus epaquímetro (ep) , de forma a verificar se algum dos pontos fugia a tendência. Embora os valores obtidos tenham sido bastante próximos, percebe-se em alguns casos uma dispersão ocasionada por erro de ensaio ou medida. Em alguns pontos o erro apresenta-se bem visível, mesmo durante a realização do ensaio. Esta correção foi feita através da consideração do índice de vazios obtido pela balança e, em outros casos, através da consideração da média entre os índices de vazios obtidos pelo paquímetro. Foram usados os dois métodos de correção, pois em alguns corpos de prova ocorreu entrada de água durante a obtenção do peso submerso. Assim, não sendo possível a total verificação através da plotagem da curva anteriormente citada. Também devido à perda destes pontos, deu-se preferência a utilização do índice de vazios calculado através das medições do paquímetro. Deve-se destacar que esta correção de índice de vazios só se fez necessária para alguns pontos isolados, nos solos compactados. A seguir apresenta-se uma exemplificação deste 0,645 0,645 0,640 0,640 0,635 0,635 0,630 0,630 ep ep procedimento de correção (Figura 4.39). 0,625 0,625 0,620 0,620 0,615 0,60 0,615 0,610 0,61 0,62 0,63 0,64 0,6 eb 0,61 0,62 eb 0,63 0,64 Figura 4.39- Correção de índices de vazios 104 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Como demonstrado anteriormente, a correção consta basicamente de um ajuste nos pontos que estão fugindo a tendência apresentada. Posteriormente verifica-se a tendência uauw (kPa) versus ec (índice de vazios corrigidos) de forma a verificar se os dois índices de vazios obtidos não estariam incorretos, pois se algum ponto apresenta dispersão significa que os dois valores se encontram com problema; assim deve-se proceder à correção através de uma média aritmética dos outros pontos obtidos. No entanto, não foi necessário tal nível de correção, pois para a grande maioria dos pontos, a correção necessária foi atendida a partir da média aritmética, encaixando-os na tendência apresentada ou mesmo corrigindo valores de índice de vazios que fugiam totalmente aos outros obtidos. 105 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.4 – INFLUÊNCIA DA UMIDADE E ENEGIA DE COMPACTAÇÃO NA SUCÇÃO E COMPORTAMENTO DO SOLO Este item é composto pela junção de 4 tipos de ensaio laboratoriais, que têm por finalidade efetuar uma associação entre os parâmetros sucção e resistência. Primeiramente foi executado o procedimento de Mini-compactação visando a preparação dos corpos de prova, posteriormente submetidos à medição da sucção através do método do papel filtro. Após as pesagens do papel filtro, efetuou-se também a pesagem de cada corpo de prova e, a medição do parâmetro resistência. Este sendo determinado por meio dos ensaios de Mini-CBR e Cone. Retirados da prensa foram obtidos seus pesos específicos aparentes através do ensaio da balança hidrostática e, também seus respectivos teores de umidade, com o auxílio da estufa. A seguir apresenta-se o detalhamento de cada etapa com seus respectivos resultados. 4.4.1 – Mini- Compactação O procedimento de Mini-Compactação foi executado sob diferentes energias, através da variação do número de golpes aplicados com o soquete de peso igual a 2270g. Foram usadas 5 faixas de umidade de compactação para as 5 profundidades trabalhadas. De acordo com as curvas de compactação obtidas no item 4.1.2 (Figuras 4.17 a 4.21) foi estipulada uma variação de 3% em relação à umidade ótima (wót) e, intervalos mais ou menos regulares acima e abaixo do ponto equivalente ao peso específico máximo. Esta faixa de variação de pesos específicos sendo definida a partir das curvas de compactação anteriormente citadas. A Tabela 4.8 e as Figuras 4.40 a 4.44 dão uma idéia geral das faixas de valores consideradas. No entanto, no apêndice A (Tabela A.1 a A.5) podem ser encontrados maiores detalhes. 106 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela 4.8 – Parâmetros relativos a Mini-Compactação Profundidade 1,0 m 3,0 m 5,0 m 7,0 m 9,0 m W est (%) 16 19 22 25 28 18 21 24 27 30 16 19 22 25 28 18 21 24 27 30 16 19 22 25 28 3 est (KN/m ) 12,84 - 18,84 13,18 - 17,75 13,18 - 17,47 13,53 - 17,64 14,34 - 18,35 W obt (%) 16,49 19 21,98 24,9 28,07 18,07 21,29 24,05 26,99 30,47 16,43 19,06 21,84 25,41 28,16 18,5 20,59 24,31 26,66 29,83 16,01 18,83 22,07 25,22 27,52 3 obt (KN/m ) 13,45 - 17,77 12,71 - 17,15 12,59 - 15,90 13,85 - 15,7 14,49 - 15,30 12,74 - 17,51 12,76 - 17,02 13,53 - 16,02 13,38 - 15,42 14,66 - 14,80 14,11 - 16,12 13,85 - 17,69 12,69 - 16,64 13,82 - 15,97 14,49 - 15,39 13,29 - 17 14,36 - 17,07 13,42 - 16,33 14,04 - 15,88 14,36 - 15,22 14,67 - 17,01 14,63 - 17,60 13,87 - 16,92 14,50 - 16,48 15,33 - 15,71 A Tabela 4.8 apresenta para cada profundidade, o teor de umidade estipulado inicialmente (west), a umidade de compactação obtida após homogeneização das amostras (wobt), a variação de pesos específicos estipuladas (est) , assim como a variação obtida (obt). Esta tabela têm o intuito de resumir o procedimento adotado. No entanto, nas Tabelas A.1 a A.5, além dos valores de umidade e peso específico estipulados apresenta-se também o número de golpes aplicados (N), número do corpo de prova compactado e um desdobramento do peso específico obtido em dois valores: Peso específico utilizando o paquímetro (obt (p)) e a balança hidrostática (obt (b)). Para efeito de cálculo preferiu-se utilizar o obt (p), pois alguns pontos apresentaram problemas durante a pesagem submersa. Conforme mostrado na Tabela 4.8, para algumas umidades de compactação, a faixa do peso específico obtido foi bem próxima da pretendida, mas em outros casos não foi possível compactar muito além do ponto representativo da massa específica aparente seca máxima. Tal 107 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) fato é explicado pela organização estrutural do solo, que de acordo com os componentes mineralógicos, químicos e estruturais que o compõe, apresenta maior ou menor possibilidade de compactação. Nota-se que o ponto com menor variação de peso específico corresponde à profundidade de 9,0m, compactado com w = 28%, muito embora estas faixas tenham se apresentado mais estreitas em todos os pontos mais úmidos. È importante destacar que foram compactados dois corpos de prova com a mesma energia, um deles destinado ao ensaio de Mini-CBR e, o outro ao de Cone. As figuras 4.40 a 4.44 têm por finalidade localizar os mesmos, tanto em relação à umidade de compactação como em relação ao peso específico obtido. As curvas de compactação apresentadas foram obtidas para as energias normal e intermediária. d (kN/m 3) E.N. w = 16 % w = 22 % w = 28 % E.I. w =19% w ót=25% 18,4 18,0 17,6 17,2 16,8 16,4 16,0 15,6 15,2 14,8 14,4 14,0 13,6 13,2 12,8 12,4 16 18 20 22 24 w (%) 26 28 30 32 Figura 4.40– Localização dos pontos em relação à Curva de Compactação (1,0 m). 108 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) d (kN/m 3) E.N. w = 18% w = 24 % w = 30 % E.I. w = 21 % w ót = 27 % 18,1 17,7 17,3 16,9 16,5 16,1 15,7 15,3 14,9 14,5 14,1 13,7 13,3 12,9 12,5 16 18 20 22 24 26 28 w (%) 30 32 34 36 Figura 4.41– Localização dos pontos em relação à Curva de Compactação (3,0m). 3 d (kN/m ) E.N. w = 16% w = 22% w = 28 % E.I. w = 19% w ót = 25% 17,9 17,5 17,1 16,7 16,3 15,9 15,5 15,1 14,7 14,3 13,9 13,5 13,1 12,7 12,3 11,9 11,5 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 w (%) Figura 4.42– Localização dos pontos em relação à Curva de Compactação (5,0m). 109 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) d (kN/m 3) E.N. w = 18% w = 24% w = 30% E.I. w = 21% w ót = 27% 17,3 16,9 16,5 16,1 15,7 15,3 14,9 14,5 14,1 13,7 13,3 12,9 12,5 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 w (%) Figura 4.43– Localização dos pontos em relação à Curva de Compactação (7,0m). d (kN/m 3) E.N. w = 16% w = 22% w = 28% E.I. w = 19% w ót = 25% 17,9 17,5 17,1 16,7 16,3 15,9 15,5 15,1 14,7 14,3 13,9 13,5 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 w (%) Figura 4.44– Localização dos pontos em relação à Curva de Compactação (9,0m). 110 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.4.2– Sucção Como descrito no Capítulo 3, a medição da sucção foi realizada pelo método do papel filtro, com a finalidade de obter seu valor para cada corpo de prova anteriormente compactado e a ser submetido a ensaio de Mini-CBR e Cone. A determinação destes parâmetros foi feita com o intuito de se verificar o efeito da umidade e energia de compactação nos valores de sucção obtidos. Foi ensaiada uma grande quantidade de corpos de prova, assim optou-se pela apresentação dos resultados apenas através de gráficos, posteriormente mostrados, de forma a tornar mais clara a interpretação dos dados. O objetivo aqui proposto se relaciona ao estudo dos parâmetros que influenciam de forma efetiva na sucção e, como os mesmos vão modificar o comportamento mecânico do solo em termos de resistência, o que constitui uma preocupação na área da pavimentação. Os subitens de 4.4.2.1 a 4.4.2.3 fornecem subsídios, em termos de perfil do solo trabalhado, para considerações importantes em termos comportamentais. 4.4.2.1 – Influência da Umidade na Sucção A Figura 4.45 mostra os gráficos de umidade (wcomp-wperda) versus sucção (pF), onde a umidade utilizada é a diferença entre a da compactação e a perda ocorrida do corpo de prova para o papel filtro ao final do ensaio de sucção. 111 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 19% 22% 25% 28% 10000 4 ua-uw (kPa) pF 4,5 1000 3,5 3 21% 100 4 1000 3 100 2 10 14 16 18 20 22 24 26 28 30 w com p-w perda(%) (a) 1,0m 22% 30% 10000 w com p-w perda (%) 19% 27% 5 12 14 16 18 20 22 24 26 28 16% 24% pF 5 18% ua-uw (kPa) 16% (b) 3,0m 25% 18% 28% 5 21% 24% 27% 30% 5 10000 10000 3 16 18 20 22 24 26 3 28 100 16 w com p-w perda(%) (c) 18 20 22 26 28 w com p-w perda(%) 5,0m (d) 7,0m 16% 19% 22% 25% 28% 10000 5 4,5 pF 24 4 1000 3,5 3 ua-uw (kPa) 14 1000 3,5 100 12 4 ua-uw (kPa) 1000 pF 4 ua-uw (kPa) pF 4,5 100 12 14 16 18 20 22 24 26 28 w com p-w perda (%) (e) 9,0m Figura 4.45 – Curvas Sucção (pF) versus umidade (w). 112 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) A tendência de queda da sucção com a umidade de compactação, para todas as profundidades trabalhadas, é nitidamente observada na Figura 4.44. A faixa de variação da sucção apresenta um aumento do primeiro para o terceiro metro e, a partir daí, um decréscimo até o nono metro. Estas variações podem estar associadas ao teor e estabilidade dos agregados diante do esforço de compactação. De maneira a melhor avaliar-se a variação da sucção fez-se necessário o desdobramento da Figura 4.45 (pF versus w), e a incorporação do índice de vazios de compactação, de forma a se obter uma melhor visualização de cada curva característica, para uma dada umidade de compactação estabelecida. A Figura 4.46 apresenta as curvas de sucção (pF) versus saturação (Sr(%)) e, a transformação epF versus saturação, visando uma melhor análise referente a influência do índice de vazios na sucção. 16% 19% 22% 25% 28% 16% 4 1000 3,5 3 40 50 60 70 80 90 epF pF 4,5 2,5 2 100 100 40 50 60 70 80 90 100 Sr (%) 24% (b) 1,0m 27% 5 30% 18% 10000 21% 24% 27% 30% 5 4,5 1000 3,5 3 100 2,5 2 40 50 60 70 80 90 4 epF 4 ua-uw (KPa) 4,5 pF 28% 3,5 3 (a) 1,0m 21% 25% 4,5 4 Sr(%) 18% 22% 5,5 5 10000 ua-uw (KPa) 5 19% 3,5 3 2,5 2 10 100 40 Sr (%) 50 60 70 80 90 100 Sr (%) (c) 3,0m (d) 3,0m Figura 4.46- Curvas pF x Sr e epF x Sr em diferentes umidades de compactação 113 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 16% 19% 22% 25% 28% 16% 1000 3,5 40 50 18% 60 21% 70 80 90 3,5 3 2 100 100 40 24% 27% 30% 18% 3,5 3 70 80 90 ua-uw (KPa) 1000 21% 22% 3,5 3 100 100 2,5 40 50 60 25% 16% 28% 1000 3,5 3 70 80 90 100 80 90 19% 22% 25% 28% 4,5 4 epF 4 ua-uw (KPa) 4,5 60 70 (h) 7,0m 10000 50 30% Sr (%) 5 40 27% 100 4 (g) 7,0m 19% 24% 90 4,5 Sr (%) 16% 80 (f) 5,0m 4 60 70 (e) 5,0m 4,5 50 60 Sr (%) 10000 40 50 Sr (%) 5 pF 28% 2,5 3 pF 25% 4 epF 4 22% 4,5 epF pF 4,5 19% 5 10000 ua-uw (KPa) 5 3,5 3 2,5 2 100 100 40 50 60 70 80 90 100 Sr (%) Sr (%) (i) 9,0m (j) 9,0m Figura 4.46- Curvas pF x Sr e epF x Sr em diferentes umidades de compactação. 114 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Considerando-se cada teor de umidade separadamente, as Figuras 4.46(a), (c), (e), (g) e (i) mostram os resultados obtidos para diferentes valores de peso específico aparente seco e, portanto de índices de vazios. No entanto ocorreram variações relativamente pequenas nos valores de sucção para cada umidade de compactação utilizada; o que dá uma idéia preliminar de que o índice de vazios não está contribuindo para uma grande variação da sucção. De forma a exemplificar este fato, observa-se que as maiores variações de sucção apresentadas foram de pF = 0,41 e 0,33 , para 1,0 e 3,0m respectivamente. Aplicando-se a transformação de pF em função do índice de vazios, ocorrem tendências bem definidas, porém com certas diferenças. De acordo com resultados obtidos por Gens et al. (1995) e Ahmed et al. (1974), um solo compactado no ramo seco pode ter uma distribuição de poros diferente de um solo compactado no ramo úmido. Tal fato foi verificado por Camapum de Carvalho e Leroueil (2000), que comprovaram, com base nos resultados apresentados por Li (1995), que a distribuição de poros varia continuamente com a umidade e o peso específico para os quais realizou-se a compactação. As curvas características transformadas apresentadas nas Figuras 4.46 (b), (d), (f), (h) e (j), mostram que o solo compactado na menor umidade do ramo seco situa-se sempre abaixo dos demais e a correspondente umidade ótima ligeiramente acima. As demais curvas tendem a se colocarem em posição intermediária. A maior dispersão ocorrendo sempre, para o solo compactado na maior umidade. Apesar das diferenças verificadas, percebe-se que a transformação agrupa os resultados em tendências bem definidas. De forma a complementar esta análise realizou-se a comparação destas curvas transformadas em profundidade. Observou-se a tendência a comportamentos bastante semelhante, se não coincidente para umidades de compactação mais baixas (ramo seco). No caso, para umidades de compactação variando de 16 a 22%, com o uso da transformação podese realizar uma excelente aproximação entre as curvas compactadas com a mesma umidade, nas diferentes profundidades. Este resultado pode ser considerado excelente em razão de se ter trabalhado tanto com umidades de compactação diversas, quanto por tratar-se de amostras coletadas em diferentes profundidades. No entanto, tal fato não ocorre a partir de 24% de umidade de compactação, pois as curvas apresentam tendências um pouco mais distintas, embora sejam ainda semelhantes, sendo que as maiores diferenças são verificadas para umidades superiores a 27%. Cabe lembrar que é no ramo úmido que a energia e o tipo de 115 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) compactação exercem maior influência na estrutura do solo (Camapum de Carvalho, 1985). A Figura 4.47 apresenta uma exemplificação deste fato. 22%-1m 24%-3m 24%-7m 22%-9m 22%-5m 5 4,5 30%-3m 30%-7m 4 28%-9m 28%-5m 3,5 epF 4 epF 28%-1m 3,5 3 3 2,5 2,5 2 40 50 60 70 80 90 2 100 70 80 90 100 Sr (%) Sr (%) (a) (b) Figura 4.47- Comparação entre curvas transformadas no perfil (a) ramo seco, variação de –3% da umidade ótima (b) ramo úmido, variação de +3% da umidade ótima 4.4.2.2 – Influência da Energia de Compactação (N) na Sucção (pF) A abordagem seguida será visualizada de forma a verificar-se o efeito da influência da variação na energia de compactação para uma umidade fixa e o efeito que uma energia fixa causa na sucção quando da compactação sob diferentes umidades. Assim aborda-se as diversas situações que se apresentam também no campo durante o procedimento de compactação. 116 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.4.2.2.1- Umidade de Compactação Fixa Os resultados referentes à variação da sucção (pF) e da sucção transformada epF em função do número de golpes (energia variável), sob condição de umidade fixa, encontram-se na Figura 4.48. 16% 19% 22% 25% 16% 28% 5 22% 28% 1000 4 epF 4 ua-uw (KPa) 4,5 3,5 3,5 3 2,5 3 2 100 0 10 20 30 40 50 0 60 10 20 (a) 1,0m 18% 21% 30 40 50 N N 24% (b) 1,0m 27% 18% 30% 5 21% 24% 27% 30% 5 10000 4,5 1000 3,5 3 100 4 epF 4 ua-uw (KPa) 4,5 pF 25% 5 10000 4,5 pF 19% 3 2,5 2,5 2 2 10 0 10 20 30 40 3,5 0 50 10 20 30 40 50 N N (c) 3,0m (d) 3,0m Figura 4.48- Curvas pF x N e epF x N para energia variável e umidades fixas 117 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 16% 19% 22% 25% 28% 16% 5 10000 22% 25% 28% 5 1000 3,5 4 epF 4 ua-uw (KPa) 4,5 4,5 pF 19% 3,5 3 2,5 3 100 0 10 20 30 40 2 50 0 10 20 N (e) 5,0m 18% 21% 40 50 24% (f) 5,0m 27% 30% 18% 4 1000 3,5 24% 27% 30% 4,5 epF 4,5 21% 5 10000 ua-uw (KPa) 5 pF 30 N 4 3,5 3 3 100 0 10 16% 20 30 40 0 10 20 30 N N (g) 7,0m (h) 7,0m 19% 22% 25% 28% 16% 4 1000 3,5 22% 50 25% 28% 4 epF 4,5 19% 40 4,5 10000 ua-uw (KPa) 5 pF 2,5 50 3,5 3 2,5 3 100 0 10 20 30 40 2 50 0 N 10 20 30 40 50 N (i) 9,0m (j) 9,0m Figura 4.48- Curvas pF x N e epF x N para energia variável e umidades fixas. 118 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Observando-se a Figura 4.48 (a,c,e,g,i) percebe-se que em todo o perfil trabalhado, a sucção apresenta pouca variação com a energia de compactação, para uma determinada umidade, sendo no entanto significativa ao se considerar o conjunto de umidades ensaiadas. Ao aplicar a transformação destas curvas, ocorre a tendência de se comportarem de forma semelhante a partir de uma determinada energia de compactação (N), variável com a profundidade.Os pontos mais úmidos apresentando curvas distintas, na maioria dos casos. Isto também sendo verdade para outros valores de umidade, em alguns casos a ótima e, em outros compondo o ponto mais seco. Tal comportamento vem a comprovar que, ao se aumentar a energia e o peso específico da amostra ocorre uma tendência a mudança na distribuição de poros; mas esta, se dá até um determinado valor de umidade e de energia de compactação. As curvas que apresentaram comportamento semelhante, sendo provavelmente devido a uma distribuição de poros semelhante. A Figura mostra então, que o índice de vazios influi na sucção, mas para este solo, não apresenta papel de destaque, o mesmo cabendo à umidade de compactação, como comprovado na Figura 4.45, onde o decréscimo na sucção é bastante notável com o aumento deste parâmetro. De acordo com o visualizado anteriormente, quando se trata de energia de compactação é importante a verificação do ponto máximo que a energia atua de forma efetiva para que ocorra o rearranjo na estrutura do solo. Pode-se denominar tal ponto de “energia de compactação efetiva”; representada por um número N de golpes. No desenvolvimento da parte experimental de compactação, observou-se o efeito da aplicação da energia no perfil de solo considerado. De forma a melhor visualizar este parâmetro, apresenta-se os gráficos N versus índice de vazios (e), para todas as profundidades (Figura 4.49). As Figuras mostram claramente a ocorrência de estabilização do índice de vazios após um determinado número de golpes, variável de acordo com o teor de umidade de compactação e a profundidade considerada. Esta tendência indica que, a partir daquela energia não é possível uma maior compactação da amostra. A energia excedente aplicada não contribuirá mais para o aumento de densidade e será absorvida pela água presente na estrutura do solo. Assim, a partir das tendências obedecidas pelas curvas pode-se ter uma idéia aproximada do valor da energia efetiva para cada teor de umidade de compactação. 119 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) A Tabela 4.9 apresenta a energia máxima que se aplicou no ensaio (N(ensaio)) e o provável N efetivo. Este N efetivo foi deduzido não apenas através das curvas (índice de vazios versus N), anteriormente apresentadas, mas segundo dados obtidos no próprio procedimento de ensaio; onde foi necessária a variação da energia em intervalos de pequenos números de golpes, de modo a se obter o valor de peso específico mais próximo ao inicialmente estipulado. Sendo assim, no decorrer da compactação, têm-se os valores de peso específico (obt(p)) correspondentes a N = 25, 35 e 45 golpes, para todas as umidades utilizadas. De posse destes dados associados à Figura 4.42, pode-se deduzir, por exemplo, que a energia efetiva para w = 16% (1,0m) deve ser aproximadamente N = 35 golpes, pois a variação apresentada para N = 45 é insignificante. Considerando as demais umidades de compactação; assim como o restante do perfil, a dedução do Nefetivo seguiu a mesma linha de raciocínio. Tabela 4.9 – Energias Efetivas Profundidades N (ensaio) N efetivo w compactação 16% 50 35 19% 50 35 1,0 m 22% 50 35 25% 50 30 28% 50 20 18% 50 50 21% 50 25 3,0 m 24% 50 25 27% 50 25 30% 35 3 16% 35 35 19% 35 35 5,0 m 22% 35 20 25% 50 20 28% 35 5 18% 50 50 21% 25 17 7,0 m 24% 25 15 27% 35 5 30% 35 12 16% 50 30 19% 25 25 9,0 m 22% 30 30 25% 30 10 28% 20 3 120 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) w 19% w 22% w 25% w 28% w 18% 1,2 1,1 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 w 21% w 24% w 27% w 30% 1,2 1,1 1 0,9 e e w 16% 0,8 0,7 0,6 0,5 0 10 20 30 40 50 0 N 10 20 (a) 1,0m 16% 19% 22% N 30 40 50 (b) 3,0m 25% 28% 18% 1 0,9 0,9 0,8 0,8 24% 27% 30% e e 1 21% 0,7 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0 10 20 30 40 50 0 10 20 N 30 40 50 N (c) 5,0m (d) 7,0m 16% 19% 22% 25% 28% 10 20 N 30 40 1 0,9 e 0,8 0,7 0,6 0,5 0 (e) 9,0m Figura 4.49- Curva e x N em diferentes umidades de compactação. Corrigindo-se a energia têm-se uma modificação nas curvas pF versus N e epF versus N, muito embora não ocorra modificação quanto as tendências obtidas; pois se trata tão somente 121 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) de uma limitação do N máximo. Optou-se então, por continuar trabalhando com o N ensaio, nos itens posteriores. 4.4.2.2.2- Energia (N) Fixa Neste sub-ítem tentou-se verificar qual o comportamento do solo quanto à sucção quando considera-se uma energia de compactação fixa com umidades variáveis. Assim, para um melhor entendimento desta inter-relação, efetuou-se o estudo através de comparações utilizando-se (pF x w), (pF x Sr) e (epF x Sr). As Figuras 4.50 a 4.51 fornecem uma visão geral deste comportamento. Figuras complementares são apresentadas no apêndice B (Figuras B.1 a B.3). N1 N2 N3 N30 N35 N50 N5 N8 N10 N12 N15 N20 N25 5 10000 4 1000 ua-uw (KPa) pF 4,5 3,5 3 100 10 15 20 25 30 W (%) (a) Figura 4.50– Variação da sucção para uma energia de compactação fixa (a) pF x w – 1,0m ; (b) pF x Sr – 1,0m ; (c) epF x Sr – 1,0m (d) tendências (epF x Sr) – 1,0m 122 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) N1 N2 N3 N30 N35 N50 N5 N7 N8 N10 N12 N15 5 N20 N25 10000 4 ua-uw (KPa) pF 4,5 1000 3,5 3 40 50 60 70 80 100 100 90 Sr (%) (b) N1 N30 N2 N35 N3 N50 N5 N7 N8 N10 N12 N15 N20 N25 5 4,5 epF 4 3,5 3 2,5 2 40 50 60 70 80 90 100 Sr (%) Sr (%) (c) Figura 4.50– Variação da sucção para uma energia de compactação fixa (a) pF x w – 1,0m ; (b) pF x Sr – 1,0m ; (c) epF x Sr – 1,0m (d) tendências (epF x Sr) – 1,0m 123 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) N1 N35 N2 N50 N3 N7 N5 N8 N10 N12 N15 N20 N25 N30 5 4,5 epF 4 3,5 16% 19% 25% 3 2,5 2 40 50 60 Sr (%) 70 80 90 100 Sr (d) Figura 4.50– Variação da sucção para uma energia de compactação fixa (a) pF x w – 1,0m ; (b) pF x Sr – 1,0m ; (c) epF x Sr – 1,0m (d) tendências (epF x Sr) – 1,0m Associando-se a Figura 4.50 e 4.48 (pF x N), torna-se possível localizar cada ponto compactado em diferentes umidades de compactação. No entanto, é possível observar que a aplicação da transformação não definiu tendência única, provavelmente devido ao fato de que a influência do índice de vazios na sucção depende da umidade de compactação. Ainda na curva (a) nota-se alguns pontos um tanto fora da tendência, o que pode indicar uma certa influência do índice de vazios. Durante o procedimento de localização de cada ponto observou-se que a transformação permitiu agrupar os pontos por faixas de umidade como ilustra a Figura 4.50(d), o que do ponto de vista prático é importante, pois na execução de uma obra, a compactação do solo se dá dentro de condições limitadas de umidade e de peso específico. A seguir, apresenta-se os gráficos correspondentes a profundidade de 9,0m, onde a única variação observada, em relação as análises acima efetuadas, consta na verificação distinta dos 124 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) três pontos compactados (curvas) no ramo seco, no entanto, as curvas para 19% e 22% se encontram próximas. Sendo assim, pode-se afirmar levando em consideração todas as profundidades (Figuras 4.50, 4.51, B.1, B.2 e B.3), que se verifica a maior importância da umidade de compactação em relação à energia aplicada, quando se fala de sucção e, ainda que a tendência mantida mais nítida é equivalente ao ponto de compactação mais seco (umidades de 16% e 18%), com aparecimento de uma tendência única no 5,0 e 7,0m. O que indica que, aparentemente o solo sofre uma transição que se reflete no seu comportamento, causando a separação do 1,0 ao 3,0m, do 5,0 ao 7,0 e do 7,0 ao 9,0m; esta, podendo ser reflexo da composição química e mineralógica do mesmo. No entanto é difícil afirmar tal fato, pois quando se inclui o efeito da compactação, torna-se extremamente complexo a análise da influência das características químicas e mineralógicas no processo. Sendo assim, para um melhor entendimento, este estudo deve ser complementado por análises microestruturais do solo compactado. N=1 N=2 N=3 N= 4 N= 5 N= 7 N=8 N = 12 N = 15 N = 16 N = 20 N = 25 N = 30 N = 50 N = 10 5 10000 4 1000 ua-uw (KPa) pF 4,5 3,5 3 100 10 15 20 25 30 w (%) (a) Figura 4.51 – Variação da sucção para uma energia de compactação fixa (a) pF x w – 9,0m ; (b) pF x Sr – 9,0m ; (c) tendências (epF x Sr) – 9,0m 125 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) N= 1 N= 2 N= 3 N=4 N=5 N=7 N=8 N = 12 N = 15 N = 16 N = 20 N = 25 N = 30 N = 50 5 N = 10 10000 4 1000 ua-uw (KPa) pF 4,5 3,5 3 40 50 60 70 80 100 100 90 Sr (%) (b) N= 1 N= 2 N= 3 N=4 N=5 N=7 N=8 N = 12 N = 15 N = 16 N = 20 N = 25 N = 30 N = 50 N = 10 4,5 4 epF 3,5 3 16% 19% 22% 2,5 2 40 50 60 70 80 90 100 Sr (%) (c) Figura 4.51 – Variação da sucção para uma energia de compactação fixa (b) pF x w – 9,0m ; (b) pF x Sr – 9,0m ; (c) tendências (epF x Sr) – 9,0m 126 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.4.2.3- Curvas de Isosucção As Figuras 4.52 a 4.56 mostram as curvas de isosucção matricial para o perfil de solo em estudo. As Figuras apresentam também, curvas equivalentes a diferentes graus de saturação e a curva de compactação. Nas figuras 4.52 a 4.56 percebe-se que a sucção possui em geral, uma pequena variação com a umidade, exceto em 3,0m de profundidade onde observa-se o valor de pF=1,6. Este valor, no entanto, foi calculado através da equação representativa do teor de umidade igual a 21%, pois os pontos referentes ao teor de umidade de 30% se encontram (no gráfico epF x Sr) mais próximos do valor de 21%. Sendo assim, provavelmente esta equação não representa de forma significativa esta curva de isosucção. Curva de Compactação pF=3,7 (501,2kPa) pF=4,3 (1995kPa) Sr=80% pF=3,5 (316,2kPa) pF=4 (1000kPa) Sr=100% 19,00 18,50 18,00 17,50 d k m 17,00 16,50 16,00 15,50 15,00 14,50 14,00 13,50 13,00 12,50 14,0 16,0 18,0 20,0 22,0 24,0 26,0 28,0 30,0 32,0 w (%) Figura 4.52- Curvas de isosucção calculadas- 1,0m. 127 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Curva de Compactação pF=1,6 pF=2,5 pF=3,4 pF=3,6 pF=3,7 pF=4 Sr=100% Sr=80% 19 18,5 d (kN/m 3) 18 17,5 17 16,5 16 15,5 15 14,5 14 13,5 13 12,5 12 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 w (%) Figura 4.53- Curvas de isosucção calculadas- 3,0m. Curva de Compactação pF=3,6 pF=3,8 Sr=100% pF=3 pF=3,7 pF=4 Sr=80% d (kN/m 3) 18 17,5 17 16,5 16 15,5 15 14,5 14 13,5 13 12,5 12 11,5 11 12,5 15 17,5 20 22,5 25 27,5 30 32,5 35 w (%) Figura 4.54- Curvas de isosucção calculadas- 5,0m. 128 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Curva De Compactação pF=3,5 pF=3,8 Sr=100% pF=3,2 pF=3,6 pF=4 Sr=80% 18 17,5 17 16,5 d (kN/m 3) 16 15,5 15 14,5 14 13,5 13 12,5 15 17,5 20 22,5 25 27,5 30 32,5 35 w (%) Figura 4.55- Curvas de isosucção calculadas- 7,0m. d(kN/m 3) Curva de Compactação pF=3,5 pF=3,8 Sr=100% pF=3,2 pF=3,6 pF=4 Sr=80% 18,1 17,8 17,5 17,2 16,9 16,6 16,3 16 15,7 15,4 15,1 14,8 14,5 14,2 13,9 13,6 13,3 13 14 15,5 17 18,5 20 21,5 23 24,5 26 27,5 29 30,5 32 w (%) Figura 4.56- Curvas de isosucção calculadas- 9,0m. A importância do método de transformação da curva característica, proposto por Camapum de Carvalho e Leroueil (2000), pode ser observado através destas curvas de iso sucção, pois para um dado peso específico e umidade, é possível obter-se o valor da sucção sem que para isto seja necessária sua freqüente medição em campo. Tal informação é de grande aplicabilidade prática, já que “in situ” se trabalha com faixas de umidade e pesos específicos determinados. 129 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.4.3 – Mini- CBR e Cone Na literatura diferentes relações podem ser encontradas entre a resistência ao cisalhamento e a sucção (Escario 1988, Röhm 1992, Escario et Jucá 1989). Também, segundo Camapum de Carvalho e Pereira (2001) a sucção normalizada apresenta uma boa relação com o comportamento mecânico dos solos nas condições compactadas. Sendo assim, este item tem por finalidade o estudo do efeito da sucção na resistência a penetração, através das correlações sucção x Mini-CBR e sucção x Cone adaptado (Ec). A seguir descreve-se o procedimento realizado e, conjuntamente apresentam-se os resultados obtidos. 4.4.3.1- Mini-CBR A realização deste ensaio seguiu o método de ensaio estabelecido pelo DNER-ME 254/94. A diferença básica disse respeito apenas ao sistema de confinamento e a altura dos corpos de prova utilizados. O conjunto de valores de Mini-CBR estão apresentados de forma detalhada no apêndice C (Tabelas C.1 a C.2). A Figura 4.57 apresenta então, para as diferentes profundidades analisadas as curvas CBR x pF e CBR x (pF/e) e, na Figura 4.58 e 4.59 estes resultados são apresentados conjuntamente. w 19% w 22% w 25% w 16% w 28% 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 CBR CBR w 16% 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 w 19% w 22% w 25% w 28% 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 5,0 2,5 pF (a) 1,0m 3,5 4,5 5,5 6,5 pF/e 7,5 8,5 9,5 (b) 1,0m Figura 4.57- Variação do Mini-CBR x pF e Mini-CBR x epF 130 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) w 21% w 24% w 27% w 18% w 30% 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 CBR CBR w 18% 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 w 21% w 24% 5,0 2,5 3,5 4,5 (c) 3,0m 5,5 6,5 pF/e w 22% w 25% w 28% 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2,5 3,0 3,5 4,0 w 16% 4,5 w 19% w 27% w 30% 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2,5 3,0 3,5 4,0 w 25% w 28% (f) 5,0m w 18% CBR CBR w 24% w 22% 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 pF/e 5,0 (e) 5,0m w 21% 9,5 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 pF w 18% 7,5 8,5 (d) 3,0m CBR CBR w 19% w 30% 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 pF w 16% w 27% 4,5 w 21% 2,5 3,5 5,0 pF w 24% w 27% w 30% 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 pF/e (g) 7,0m (h) 7,0m Figura 4.57- Variação do Mini-CBR x pF e Mini-CBR x epF 131 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) w 19% w 22% w 25% w 28% w 16% 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 CBR CBR w 16% 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 w 19% w 22% w 25% 5,5 6,5 pF/e 7,5 w 28% 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 5,0 2,5 3,5 4,5 pF (i) 9,0m 8,5 9,5 (j) 9,0m Figura 4.57- Variação do Mini-CBR x pF e Mini-CBR x epF. w 16%-1m w 18%-3m w 16%-5m w 18%-7m w 16%-9m w 19%-1m w 21%-3m w 19%-5m w 21%-7m w 19%-9m w 22%-1m w 24%-3m w 22%-5m w 24%-7m w 22%-9m w 25%-1m w 27%-3m w 25%-5m w 27%-7m w 25%-9m w 28%-1m w 30%-3m w 28%-5m w 30%-7m w 28%-9m 90 80 70 CBR 60 50 40 30 20 10 0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 pF Figura 4.58- Variação do Mini-CBR x pF para todas as profundidades. w 16%-1m w 18%-3m w 16%-5m w 30%-7m w 16%-9m 90 w 19%-1m w 21%-3m w 19%-5m w 27%-7m w 19%-9m w 22%-1m w 24%-3m w 22%-5m w 24%-7m w 22%-9m w 25%-1m w 27%-3m w 25%-5m w 21%-7m w 25%-9m w 28%-1m w 30%-3m w 28%-5m w 18%-7m w 28%-9m 80 70 CBR 60 50 40 30 20 10 0 3 4 5 6 7 8 9 10 pF/e Figura 4.59- Variação do Mini-CBR x pF/e para todas as profundidades. 132 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Fisicamente a sucção e o comportamento mecânico de um solo não saturado dependem do grau de saturação (Sr) e do índice de vazios (e). Variando-se a umidade varia-se as forças de ligação entre a estrutura mineral e a água; e, alterando-se o índice de vazios, modifica-se as forças de interação entre as partículas, as forças de contato e o raio dos meniscos. Os resultados apresentados na Figura 4.57 comprovam mais uma vez, a validade do modelo de transformação proposto por Camapum de Carvalho e Pereira (2001), para o caso do Mini-CBR. Observa-se, de forma geral, que há tendência bem definida de aumento do CBR com a sucção normalizada. Considerando-se que para uma obra trabalha-se com uma faixa estreita de umidades e peso específico de compactação, o modelo ganha em precisão na avaliação de casos reais. As Figuras 4.58 e 4.59 demonstram que, mesmo considerando-se a normalização da sucção, não ocorre tendência a um comportamento único. Na figura 4.60 procede-se a comparação da variação do Mini-CBR x sucção normalizada (pF/e), considerando uma umidade de compactação fixa e profundidades variáveis. Assim, ao comparar-se as Figuras 4.59 e 4.60, percebe-se que, para umidades fixas as variações são maiores que para profundidades constantes. Tal observação aponta para a importância do processo de alteração no comportamento e sucção do solo. Na Figura 4.57, percebe-se ainda que de 1,0 a 7,0m, os pontos mais úmidos (ramo úmido) tendem a se colocar em posição inferior aos mais secos sendo a linha ótima aparentemente o limite inferior destes pontos. Em síntese, é possível dizer que o Mini-CBR depende da profundidade do solo no perfil de alteração e que, a compactação do solo no ramo seco ou no ramo úmido reflete no seu comportamento mesmo considerando-se a mesma umidade de equilíbrio, ou seja, para a mesma relação pF/e. Estas constatações são importantes do ponto de vista prático, pois realça a necessidade de estudos em perfil dos mantos intemperizados a serem usados em obras rodoviárias. 133 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) w 16%-5m w 19%-1m w 16%-9m 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 CBR CBR w 16%-1m pF/e pF/e (a) (b) w 22%-9m w 25%-1m 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 CBR CBR w 22%-5m (d) w 18%-3m w 28%-9m 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 CBR CBR w 25%-9m 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 pF/e (b) w 28%-5m w 25%-5m 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 pF/e w 28%-1m w 19%-9m 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 w 22%-1m w 19%-3m 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 w 18%-7m 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 pF/e pF/e (e) (f) Figura 4.60- Curvas Normalizadas para umidades de compactação fixa 134 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) w 24%-3m w 21%-7m 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 CBR CBR w 21%-3m 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 pF/e pF/e (g) w 27%-3m (h) w 30%-3m w 27%-7m 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 CBR CBR w 24%-7m 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 w 30%-7m 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 pF/e pF/e (i) (j) Figura 4.60- Curvas Normalizadas para umidades de compactação fixa. 4.4.3.2- Cone Adaptado Após a realização dos ensaios de Cone plotou-se as curvas carga versus penetração. A partir daí, se apresentou o problema de obtenção do parâmetro de resistência, pois o DCP considera uma relação referente ao número de golpes por penetração; o que não é possível no caso em estudo, onde se trabalhou a deformação controlada. Sendo assim, primeiramente considerou-se sua obtenção de forma idêntica à calculada no Mini-CBR (Figura 4.61); no entanto, ao se perceber a grande dispersão nos resultados, optou-se por adotar a noção de rigidez, obtendo-se um coeficiente de rigidez Ec no intervalo anterior ao primeiro pico de carga, presente nos gráficos plotados, pois apenas neste intervalo inicial pode-se garantir a 135 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) existência da estrutura inicial do solo compactado para as condições de ensaio adotadas. Como estes picos representam provavelmente trincas na estrutura, após o aparecimento dos mesmos o arranjo estrutural inicial obtido durante a compactação é quebrado, e assim não há como medir a influência da sucção a partir daí, já que a mesma também depende da porosidade presente no solo. O procedimento de cálculo deste coeficiente (Ec), pode ser visualizado na Figura 4.62 e Equação (4.1). Apenas a título de observação, considerou-se o módulo existente pós-pico referente ao intervalo de 5,08 a 10,16 mm. Considerando-se a maior dispersão encontrada, este segundo módulo vêm a comprovar a existência de um arranjo estrutural diverso do original. Os resultados visualizados nas Figuras 4.63 e 4.64 tratam do intervalo anterior ao pico, pois se pretende observar uma possível correlação entre os mesmos e os parâmetros de CBR anteriormente obtidos. Estas Figuras apresentam variação do parâmetro de resistência Cone (Ec) com a sucção, onde se observa ainda presente uma certa dispersão, porém em menor escala do que a apresentada na Figura 4.61, principalmente para a profundidade de 9,0m. w 22% w 19% w 16% w 28% w 25% 40 35 40 30 25 20 15 30 Cone Cone w 25% 10 5 0 w 22% w 19% w 19% w 28% 20 10 0 2,4 2,8 3,2 3,6 4,0 4,4 4,8 2 5,2 3 4 5 6 pF pF/e (a) (b) 7 8 9 10 Figura 4.61– Obtenção de Parâmetro Cone aplicando-se a formulação do Mini-CBR (a) pF x Cone - 1,0m ; (b) pF/e x Cone - 1,0m (c) pF x Cone - 9,0m ; (d) pF/e x Cone - 9,0m 136 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) w 25% w 22% w 19% w 16% w 28% w 25% 30,00 w 19% w 16% w 28% 5,00 6,00 7,00 8,00 30,00 20,00 20,00 Cone Cone w 22% 10,00 0,00 3,00 3,50 4,00 4,50 10,00 0,00 4,00 5,00 pF pF/e (c) (d) Figura 4.61– Obtenção de Parâmetro Cone aplicando-se a formulação do Mini-CBR (a) pF x Cone - 1,0m ; (b) pF/e x Cone - 1,0m (c) pF x Cone - 9,0m ; (d) pF/e x Cone - 9,0m w19% 50 120 40 100 30 Carga (Kgf) Carga (Kgf) w19% Carga 20 10 80 Carga 60 40 20 Penetração 0 0 1 2 3 Penetração 0 4 5 6 0 Penetração (m m ) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Penetração (m m ) Figura 4.62- Exemplificação da obtenção do Ec. Ec = Carga Penetração (4.1) Os pontos destacados em vermelho apresentados na Figura 4.63 fugiram as tendências observadas, e a príncipio detectou-se problema quanto à baixa densidade por eles apresentadas, 137 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) se tornando necessário à verificação do comportamento a baixas faixas de densidade com umidades de compactação variadas, para que se afirme de forma categórica a predominância desta baixa densificação em relação à sucção. Nas Figuras 4.63 e 4.64 observa-se que, a semelhança dos resultados obtidos para o MiniCBR, a sucção possui papel de destaque quanto ao aumento do coeficiente de rigidez ocorrendo ainda a tendência de localização dos pontos mais úmidos abaixo dos mais secos. w 19% w 22% w 25% w 28% w 16% 50 50 40 40 Cone (Ec) Cone (Ec) w 16% 30 20 w 19% w 22% w 28% 30 20 10 10 0 0 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 3 4 5 pF w 18% w 21% w 24% 6 7 8 9 pF/e (a) 1,0m (b) 1,0m w 27% w 30% w 18% 50 50 40 40 Cone (Ec) Cone (Ec) w 25% 30 20 10 w 21% w 24% w 27% w 30% 30 20 10 0 0 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 2 pF 3 4 5 6 7 8 9 pF/e (c) 3,0m (d) 3,0m Figura 4.63 – Coeficiente de rigidez (Ec) x pF e (Ec) x pF/e 138 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) w 19% w 22% w 25% w 28% w 16% 50 50 40 40 Cone (Ec) Cone (Ec) w 16% 30 20 w 19% w 22% 3 5 30 20 0 0 2 3 4 2 5 4 pF w 18% w 21% w 24% w 27% w 18% w 30% Cone (Ec) 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 w 21% 5,0 2 3 4 w 22% 9 10 w 24% w 27% w 30% 5 6 7 8 9 pF/e (g) 7,0m w 19% 8 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 pF w 16% 7 (f) 5,0m 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 2,0 6 pF/e (e) 5,0m Cone (Ec) w 28% 10 10 (h) 7,0m w 25% w 28% w 16% 50 50 40 40 Cone (Ec) Cone (Ec) w 25% 30 20 w 19% w 22% w 25% w 28% 30 20 10 10 0 0 2 2,5 3 3,5 4 4,5 2 5 3 4 5 6 7 8 9 pF/e pF (i) 9,0m (j) 9,0m Figura 4.63 – Coeficiente de rigidez (Ec) x pF e (Ec) x pF/e. 139 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) w 16%-1m w 18%-3m w 16%-5m w 18%-7m w 16%-9m w 19%-1m w 21%-3m w 19%-5m w 21%-7m w 19%-9m w 22%-1m w 24%-3m w 22%-5m w 24%-7m w 22%-9m w 25%-1m w 27%-3m w 25%-5m w 27%-7m w 25%-9m w 28%-1m w 30%-3m w 28%-5m w 30%-7m w 28%-9m 45 40 35 Cone (Ec) 30 25 20 15 10 5 0 2,5 3 3,5 4 4,5 5 pF Figura 4.64- Variação de pF x Ec para todas as profundidades. w 16%-1m w 18%-3m w 16%-5m w 18%-7m w 16%-9m w 19%-1m w 21%-3m w 19%-5m w 21%-7m w 19%-9m w 22%-1m w 24%-3m w 22%-5m w 24%-7m w 22%-9m w 25%-1m w 27%-3m w 25%-5m w 27%-7m w 25%-9m w 28%-1m w 30%-3m w 28%-5m w 30%-7m w 28%-9m 45 40 35 Cone (Ec) 30 25 20 15 10 5 0 3 4 5 6 7 8 9 10 pF/e Figura 4.65- Variação de pF/e x Ec para todas as profundidades. È necessário analisar-se também o comportamento mecânico do solo estudado em perfil. Para tal, as Figuras 4.64 e 4.65 apresentam os valores de Ec x pF e Ec x pF/e. Observa-se que, a inexistência de uma tendência única se mantêm. De forma semelhante ao item 4.4.3.1, na Figura 4.66 apresentam-se, para efeito de melhor visualização, os resultados do coeficiente de reação (Ec) x pF/e para umidades de compactação iguais. 140 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) w 16%-1m w 16%-5m w 16%-9m w 19%-1m 25 Cone (Ec) 40 30 20 10 20 15 10 5 0 3 4 5 6 7 8 9 0 10 3 4 5 6 pF/e w 22%-1m 7 8 9 10 pF/e (a) (b) w 22%-5m w 22%-9m w 25%-1m w 25%-5m w 25%-9m 25 20 20 15 Cone (Ec) Cone (Ec) w 19%-9m 30 50 Cone (Ec) w 19%-5m 10 5 15 10 5 0 3 4 5 6 7 0 8 3 4 5 pF/e pF/e (c) 6 7 (d) w 28%-1m w 28%-5m w 28%-9m 5 Cone (Ec) 4 3 2 1 0 2 3 4 5 6 pF/e 7 8 9 (e) Figura 4.66- Curvas Normatizadas (Ec) x sucção (pF/e) para umidades fixas. 141 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) w 21%-3m w 18%-7m 25 25 20 20 Cone (Ec) Cone (Ec) w 18%-3m 15 10 w 21%-7m 15 10 5 5 0 0 3 4 5 6 pF/e 7 8 3 9 4 5 (f) 6 pF/e 7 8 9 (g) w 24%-3m w 24%-7m w 27%-3m w 27%-7m 25 25 20 Cone (Ec) Cone (Ec) 20 15 10 15 10 5 5 0 0 3 4 5 6 pF/e 7 8 3 9 4 5 (g) 6 pF/e 7 8 9 (i) w 30%-3m w 30%-7m 25 Cone (Ec) 20 15 10 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 pF/e (j) Figura 4.66- Curvas Normatizadas (Ec) x sucção (pF/e) para umidades fixas. 142 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Os resultados apresentados na Figura 4.66 mostram que ao se fixar a umidade de compactação existem tendências claras de aumento de Ec com pF/e. Analisando-se conjuntamente as Figuras 4.63 e 4.66, observa-se que apesar da dispersão relativamente importante, verifica-se a coerência dos resultados que apontam para a pouca influência das propriedades químicas e mineralógicas sobre a relação Ec x (pF/e). Portanto, estima-se que a melhoria da técnica de ensaio, com o uso de corpos de prova melhor confinados e com maiores dimensões poderá contribuir para a melhoria dos resultados. 4.4.3.3 – Análise da relação existente entre o Mini-CBR e o Cone (Ec) Este sub-ítem têm a finalidade de verificar a existência de uma provável correlação entre os dois parâmetros anteriormente obtidos, CBR e Ec, de forma a verificar o potencial de utilização do Cone na prática da engenharia rodoviária. Na Figura 4.67 observa-se que os coeficientes de correlação para os referidos parâmetros de resistência não se apresentam razoáveis, variando entre 0,38 e 0,84, o que conduz uma pesquisa mais detalhada a cerca dos pontos que fogem ao comportamento geral apresentado. No entanto, como é visível o papel da sucção quanto a uma mudança de tendência, cabe uma análise em relação à obtenção de um coeficiente de correlação mais adequado ao agruparmos os dados em termos de umidade de compactação. Desta forma, justifica-se uma análise por faixa de sucção para todo o perfil estudado. 70 50 60 45 40 35 40 CBR CBR 50 30 30 25 20 20 15 10 y = -0,0093x 2 + 1,4919x + 6,2413 R2 = 0,8406 10 y = -0,0466x 2 + 2,4998x + 4,8738 R2 = 0,6469 5 0 0 0 10 20 30 40 50 0 Cone (Ec) 5 10 15 20 25 30 Cone (Ec) (a) 1,0m (b) 3,0m Figura 4.67 – Correlação CBR x Cone (Ec) 143 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 50 90 45 80 40 70 35 60 30 CBR CBR 100 50 25 40 20 30 15 20 10 10 5 0 y = 0,0114x 2 + 1,218x + 10,985 R2 = 0,6183 0 0 5 10 15 20 25 30 y = -0,0205x 2 + 2,4697x + 8,6134 2 R = 0,3867 Cone (Ec) 0 5 10 15 20 25 Cone (Ec) (c) 5,0m (d) 7,0m 30 25 CBR 20 15 (e) 9,0m 10 5 y = -0,0767x 2 + 2,2793x + 7,1202 R2 = 0,5558 0 0 5 10 15 20 Cone (Ec) Figura 4.67 – Correlação CBR x Cone (Ec). De forma a verificar a importância da umidade considerando-se a condição de densidade variável utilizada, procedeu-se à análise da variação do CBR e do Ec em função do peso específico aparente seco. Na Figura 4.68 verifica-se que embora a dispersão seja importante tanto para o CBR quanto para Ec, ocorre à tendência de aumento destes parâmetros com o crescimento do peso específico aparente seco. Nestes resultados a influência da umidade parece mais clara para os resultados de CBR. 144 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 28% 25% 22% 19% w 28% 16% 40 80 30 Cone (Ec) 100 CBR 60 40 w 25% w 22% 14,0 16,0 10 0 12 14 16 18 0 12,0 20 d (kg/m 3) w 30% w 27% w 24% w 21% w 30% w 18% 80 30 Cone (Ec) 40 60 40 20 14,0 16,0 18,0 w 27% w 22% 0 12,0 20,0 w 18% 14,0 16,0 18,0 20,0 w 19% w 16% d (kg/m 3) (d) 3,0m w 19% w 16% w 28% 80 30 Cone (Ec) 100 40 60 40 w 25% w 22% 14,0 16,0 20 10 20 0 12,0 w 21% 10 (c) 3,0m w 25% w 24% 20 d (kg/m3) w 28% 20,0 (b) 1,0m 100 0 12,0 18,0 d (kg/m 3) (a) 1,0m CBR w 16% 20 20 CBR w 19% 14,0 16,0 18,0 0 12,0 20,0 18,0 20,0 3 d (kg/m ) d (kg/m 3) (e) 5,0m (f) 5,0m Figura 4.68 – Variação do CBR x d e do Ec x d 145 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) w 30% w 27% w 24% w 21% w 18% w 30% 100 Cone (Ec) CBR 40 10 14,0 16,0 18,0 0 12,0 20,0 14,0 3 18,0 20,0 d (kg/m ) (g) 7,0m w 25% 16,0 3 d (kg/m ) (h) 7,0m w 22% w 19% w 16% w 28% w 25% w 22% w 19% w 16% 18,0 20,0 40 100 Cone (Ec) 80 CBR w 18% 20 20 60 40 20 0 12,0 w 21% 30 60 w 28% w 24% 40 80 0 12,0 w 27% 14,0 16,0 18,0 20,0 30 20 10 0 12,0 14,0 16,0 d (kg/m 3) 3 d (g/cm ) (i) 9,0m (j) 9,0m Figura 4.68 – Variação do CBR x d e do Ec x d. Adotando-se a separação em faixas de umidades de compactação, obtêm-se uma melhoria nas correlações obtidas, considerando-se o conjunto de resultados (Figuras 4.69 a 4.73). 146 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1,0 m 1,0 m 70 25 50 20 40 15 CBR CBR 60 30 20 10 y = 0,7756x + 14,279 R2 = 0,9324 10 y = 2,4486x + 2,8126 R2 = 0,905 5 0 0 0 20 40 Cone (Ec) 60 0 2 4 6 Cone (Ec) (a) 8 (b) Figura 4.69- Correlações obtidas para 1,0m (a) umidades: 16 % e 19% ; (b) umidades: 22% , 25% e 28%. 3,0 m 3,0 m 35 50 30 25 30 CBR CBR 40 20 15 10 y = 0,752x + 25,523 R2 = 0,921 10 20 y = 1,6863x + 8,3393 R2 = 0,8693 5 0 0 0 10 20 Cone (Ec) 30 0 5 10 15 Cone (Ec) (a) 20 25 (b) 3,0 m 12 10 CBR 8 6 4 2 y = 2,5413x + 1,7836 R2 = 0,9396 0 0 1 2 3 4 Cone (Ec) (c) Figura 4.70- Correlações obtidas para 3,0m (a) umidade: 18% ; (b) umidades: 21% e 24% ; (c) umidades: 27% e 30%. 147 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 5,0 m 40 60 30 CBR 80 CBR 100 40 y = 3,3538x - 3,5916 R2 = 0,9735 20 5,0 m 28% 50 y = 2,4933x + 4,6565 R2 = 0,9438 20 10 0 0 0 10 20 30 0 10 Cone (Ec) (a) 20 Cone (Ec) 30 40 (b) Figura 4.71- Correlações obtidas para 5,0m (a) umidades: 16% e 19% ; (b) umidades: 22%, 25% e 28%. 7,0 m 7,0 m 50 30 CBR CBR 40 20 y = 1,6594x + 13,868 R2 = 0,9367 10 0 0 10 20 30 Cone (Ec) 40 35 30 25 20 15 10 5 0 y = 0,5723x2 - 15,61x + 125,18 R2 = 0,9964 0 30% (a) 10 20 Cone (Ec) 30 (b) Figura 4.72 - Correlações obtidas para 7,0m (a) umidades: 18% e 21% ; (b) umidades: 24%, 27% e 30%. 148 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 9,0 m 30 25 25 20 20 15 y = 1,7716x + 12,571 R2 = 0,9426 CBR CBR 9,0 m 30 15 10 10 y = 0,8022x + 12,589 R2 = 0,9039 5 0 5 y = -0,4649x2 + 9,5418x - 20,66 R2 = 0,9011 0 0 5 10 15 20 0 Cone (Ec) 28% 5 10 15 Cone (Ec) (a) (b) Figura 4.73- Correlações obtidas para 9,0m (a) umidades: 16% e 19% ; (b) umidades: 22%, 25% e 28%. As Figuras 4.69 a 4.73 demonstram uma tendência a boas correlações lineares do 1,0 ao 5,0m de profundidade, à exceção do ponto mais úmido (Figura 4.71). No entanto as Figuras 4.72 e 4.73, referentes às profundidades de 7,0 a 9,0m, demonstram apenas bons índices de correlação referentes aos pontos de menores umidades de compactação. Observando-se que os pontos de umidade iguais 24%, 27% para a profundidade de 7,0m apresentam tendência polinomial, o mesmo ocorrendo para as umidades de 22% e 25% na profundidade de 9,0m. Os pontos mais úmidos (30% para 7,0m e 28% para 9,0m), no entanto, não apresentam tendências definidas. È necessário destacar ainda que, os pontos em destaque nas Figuras anteriores são referentes as menores densidades. Tais pontos fogem as tendências apresentadas, assim para a obtenção das equações apresentadas, estes não foram considerados. Observa-se então que ocorre alguma influência mais acentuada da baixa densificação, o que indica um estudo posterior referente a pontos de baixa densidade compactados com diferentes teores de umidade. Os resultados apresentados mostram que existe uma boa relação entre o Mini-CBR e o Ec do cone, o que aponta para a importância de se estudar melhor esta técnica de ensaio com vistas a utiliza-lo na engenharia rodoviária. 149 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.4.3.4 – Mini-CBR x Cone (Ec): Ensaios com e sem Imersão Foram realizados ensaios com e sem imersão de forma a ter uma noção da faixa de variação da capacidade de suporte do solo quando os mesmos são submetidos ao procedimento de imersão. Os corpos de prova usados foram moldados na umidade ótima e com uma variação de 6% em torno da ótima, considerando o procedimento estipulado em norma de compactação em equipamento Miniatura DNER-ME 228/94. Deu-se prioridade a esta faixa de variação, para execução dos referidos ensaios, embora comumente se utiliza in situ, uma variação em torno da umidade ótima de 2%. Estipulou-se uma variação de umidade superior a normalmente adotada de maneira a ressaltar a influência do papel da sucção nos valores obtidos. Os ensaios de resistência à penetração foram executados através do Mini-CBR e também do Cone Adaptado (Ec). Para tal foi usado o mesmo corpo de prova em sentidos contrários, de forma a aproximar a igualdade estrutural da amostra. O procedimento de imersão foi realizado segundo estipulado na norma do Mini-CBR, considerando após a retirada da imersão, um intervalo de tempo equivalente à 1 hora, de forma a propiciar a dissipação das poropressões. Foram ainda realizados ensaios logo após a retirada da imersão (após 15 minutos). Os resultados obtidos são apresentados nas Tabelas 4.10 a 4.14. Tabela 4.10- Parâmetros de resistência para amostra a 1,0m de profundidade Energia W comp E.N. E.I. 19% 22% 25% 28% 31% 15% 18% 21% 24% 27% CBR Cone (Ec) 3 3 d (KN/m ) d (KN/m ) S/ imersão C/ imersão1 C/ imersão2 S/ imersão C/ imersão1 C/ imersão2 21,24 9,252 10,65 15,12 4,7 1,676 1,789 15,12 13,675 10,85 11,69 15,35 4,376 2,506 2,61 15,35 12,2 5,3 5,8 15,73 17,88 3,688 4 15,73 2,524 2,452 2,477 14,306 1,438 1,25 1,29 14,306 2,4 2,4 2,42 14,25 0,626 0,62 0,788 14,25 20,224 15,314 15,687 16,948 3,5 1,876 2 16,948 21,339 14,539 14,99 16,794 4,312 3,21 6,876 16,794 33,94 24,814 25,02 16,965 9,126 4,188 4,81 16,965 31,788 14,407 14,758 16,148 8,25 8,125 8,15 16,148 8,057 5,25 6,98 15,39 1,526 0,876 1,1 15,39 150 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela 4.11- Parâmetros de resistência para amostra a 3,0m de profundidade Energia W comp 21% 24% 27% 30% 33% 17% 20% 23% 26% 29% E.N. E.I. CBR Cone (Ec) 3 3 d (KN/m ) d (KN/m ) S/ imersão C/ imersão1 C/ imersão2 S/ imersão C/ imersão1 C/ imersão2 15,41 4,8 5,8 13,525 8,126 1,562 2,69 13,525 19,168 12,676 13,8 15,0712 3,626 3,376 3,41 15,0712 7,2 6,5 6,7 15,215 2,25 2,15 2,44 15,215 4,69 3,352 3,6 14,734 2,062 1,876 2 14,734 2,45 2,42 2,42 14,11 1,312 1,212 1,4 14,11 42,389 3,524 9,87 13,715 17,5 1,626 9,5 13,715 26,715 13,689 18,2 14,525 12,876 3,188 7,1 14,525 26,4 20,68 21 16,066 5,188 4,5 5,69 16,066 15,593 11,51 13 15,489 6,876 3,188 4,5 15,489 7,652 7,3 7,35 14,892 1,876 1,188 1,2 14,892 Tabela 4.12- Parâmetros de resistência para amostra a 5,0m de profundidade Energia W comp 19% 22% 25% 28% 31% 14,5% 17,5% 20,5% 23,5% 26,5% E.N. E.I. CBR Cone (Ec) 3 3 d (KN/m ) d (KN/m ) S/ imersão C/ imersão1 C/ imersão2 S/ imersão C/ imersão1 C/ imersão2 21,1 1,552 10 12,801 12,376 1,426 8,2 12,801 17,943 7,2 10 14,05 4,326 2,326 3 14,05 15,1 10,282 11,2 15,3168 2,376 1,626 1,87 15,3168 9,75 4,4 5,6 14,91 2,688 1,776 2 14,91 5,3 3,776 3,78 14,074 1,312 1 1,876 14,074 38,539 4,682 15 13,859 19,126 3,138 10 13,859 47,075 5,676 16,25 15,269 17,626 4,126 8,9 15,269 39,382 14,064 16,87 16,263 14,722 4 6 16,263 27,795 19,075 21,2 16,215 6,25 5,87 8,375 16,215 9,9 8,7 9,876 15,376 3,375 2,75 2,78 15,376 Tabela 4.13- Parâmetros de resistência para amostra a 7,0m de profundidade Energia W comp 21% 24% 27% 30% 33% 16,0% 19,0% 22,0% 25,0% 28,0% E.N. E.I. CBR Cone (Ec) 3 3 d (KN/m ) d (KN/m ) S/ imersão C/ imersão1 C/ imersão2 S/ imersão C/ imersão1 C/ imersão2 19,7 1,93 9,2 14,259 5,376 0,876 2,8 14,259 11,543 8,6 10 15,125 4,95 2,376 3,1 15,125 13,875 10,524 11 15,012 2,588 2,126 2,2 15,012 8,139 4,852 5,6 14,776 2,5 1,726 1,73 14,776 3,776 3,7 3,72 13,614 1,562 1,162 1,1 13,614 47,075 3,276 21 14,397 6,688 1,876 3 14,397 36,85 4,589 12 14,405 16,5 1,938 7,66 14,405 36,568 14,575 16,2 15,156 11,562 3,638 5 15,156 21,993 15,216 17 15,6137 5,688 2,626 3,5 15,6137 10,318 6,925 8,2 15,022 2,626 2,442 2,51 15,022 Tabela 4.14- Parâmetros de resistência para amostra a 9,0m de profundidade Energia E.N. E.I. W comp 18,5% 21,5% 24,5% 27,5% 30,5% 16,0% 19,0% 22,0% 25,0% 28,0% CBR Cone (Ec) 3 3 d (KN/m ) d (KN/m ) S/ imersão C/ imersão1 C/ imersão2 S/ imersão C/ imersão1 C/ imersão2 19,925 6,025 10 14,893 9,062 2,562 3,3 14,893 19,818 9,452 11,2 15,576 4,376 2,15 3,1 15,576 11,825 7,489 8,2 15,521 3 2,626 2,74 15,521 10,282 4,8 6,2 15,097 5,5 1,75 2,6 15,097 4,589 4,324 4,4 14,5187 1,1 1,1 1,438 14,5187 48,2 6,825 20 15,506 10,876 1,976 5,2 15,506 44,543 14,824 25 16,224 8,562 2,688 3,6 16,224 26,25 16,4 17,2 16,296 7,75 4,126 5,2 16,296 11,45 4,024 5,2 14,838 3,188 2,338 2,5 14,838 8,389 5,452 6,21 13,308 1,75 1,5 2,162 13,308 151 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) onde: S/ imersão – ensaio realizado sem imersão dos corpos de prova; C/ imersão 1 – ensaio realizado com imersão, considerando o tempo estipulado em norma (1 hora); C/ imersão 2 – ensaio realizado com imersão, após retirada (15 minutos) do recipiente de imersão. Cone (Ec) PN PI PN1h PI1h PN15' PI15' 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 0 10 20 30 40 CBR Figura 4.74- Parâmetros de resistência para a amostra a 1,0m de profundidade. PN PI PN1h PI1h PN15' PI15' 12 Cone (Ec) 10 8 6 4 2 0 0 20 40 60 CBR Figura 4.75- Parâmetros de resistência para a amostra a 9,0m de profundidade. onde: PN’- Proctor Normal sem imersão; PI’- Proctor Intermediário sem imersão; PN’1h- Proctor Normal com imersão, considerando o tempo de 1h; 152 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) PI’1h- Proctor Intermediário com imersão, considerando o tempo de 1h; PN’15’- Proctor Normal com imersão, considerando o tempo de 15 minutos; PI’15’- Proctor Intermediário com imersão, considerando o tempo de 15 minutos. Analisando-se as Tabelas 4.10 a 4.14 percebe-se nitidamente a importância da sucção nos parâmetros mecânicos obtidos para o ramo seco e umidade ótima, através de queda drástica ao comparar os valores resultantes dos ensaios sem imersão aos com imersão. Sendo essencial observar que, no que se refere às umidades de compactação mais elevadas, o parâmetro sucção não é mais representativo, sendo praticamente nula sua influência na resistência. Tanto os parâmetros resultantes do ensaio Mini-CBR quanto os do Cone (Ec) comprovam a queda brusca de resistência, demonstrando a significativa diferença principalmente em umidades de compactação mais baixas. È importante notar também que os corpos de prova mostraram um acréscimo no CBR e no Ec ao desconsiderar-se o intervalo de tempo estipulado em norma (1 hora). Tal fato podendo ser resultado tanto de uma certa perda de umidade na amostra, o que ocasionaria um certo acréscimo de sucção, ou mesmo devido a diferenças de densidade entre os dois lados das amostras ensaiadas submetidas à imersão. Ao plotar-se os parâmetros de resistência CBR e Ec, as Figuras 4.74 e 4.75 vêm a mostrar a boa relação existente entre os parâmetros de resistência obtidos, assim justificandose a continuação do estudo do cone adaptado para laboratório, com vistas a sua aplicabilidade no campo da Pavimentação. 153 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 5- CONCLUSÕES Com base nos resultados apresentados e nas análises realizadas, conclui-se que: - Os resultados apresentados pelas caracterizações física, mineralógica e química, são representativos de um perfil de solo tropical típico da região do D.F. - As curvas características executadas para as amostras indeformadas refletem de forma marcante a distribuição de poros bimodal até 8,0m de profundidade; a partir daí, caracterizando uma distribuição de poros monomodal . - Em se tratando de amostras amolgadas, a curvas características representativas das profundidades 1,0 e 9,0m, não apresentam claramente o fenômeno da histerese. Em relação ao efeito amolgamento observou-se que o solo a 9,0m de profundidade possui curvas que não põe em evidência as diferenças existentes entre a amostra em estado indeformado e a amolgada, o que era de se esperar devido a menor agregação e porosidade existente nas camadas mais profundas. A 1,0m de profundidade, no entanto, as diferenças deveriam se apresentar significativas; mas devido à limitação da saturação empregada, não foi possível comprovar este efeito. - Nas curvas características das amostras compactadas na energia normal, verifica-se que o efeito da histerese não é marcante no perfil de solo estudado. Observou-se também, a presença marcante da distribuição de poros bimodal na profundidade de 1,0m; o que já não apresenta-se tão nitidamente para 3,0m; e, tende a homogênea a partir daí. Sendo importante observar que, as curvas características dos solos compactados apresentaram comportamento único para grau de saturação inferior a 20%. - No processo de compactação utilizando-se a energia intermediária, verificou-se que as curvas características se apresentam coincidentes até um grau de saturação igual a 70%. - Ao sobrepor-se todas as curvas características obtidas (A.I., A.A., E.N. e E.I.) para 1,0 m de profundidade, verificou-se a aproximação das mesmas para graus de saturação menores que 154 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 20%; o que provavelmente é função da composição química e mineralógica dos solos. Considerando-se graus de saturação superiores a 20% observa-se a grande diferenciação apresentada da amostra indeformada para as demais, refletindo assim, o efeito da porosidade existente. Quanto às amostras compactadas, ocorre uma certa igualdade entre as curvas para graus de saturação menores que 60%. Tal fato sugere a predominância da natureza do solo, quanto o comportamento, em detrimento da porosidade após a desestruturação do solo com a compactação. Efetuando-se semelhante análise para a profundidade de 9,0m, observa-se que as curvas se aproximam até graus de saturação iguais a 30%, a partir daí apresentando diferenciação, muito embora esta não se apresente tão marcante quanto à observada a 1,0m de profundidade. Isto coloca em evidência a importância das diferenças estruturais entre as duas profundidades no estado natural. - Comparando-se as curvas referentes a 3,0, 5,0 e 7,0m, compactadas na energia normal, notase que estas são coincidentes para saturação menor que a correspondente ao ponto de entrada de ar dos microporos; e, distintas para valores de saturação maiores que este. Tal fato aponta para a importância da distribuição de poros na análise da curva característica e na avaliação da influência da sucção no comportamento do solo. - Aplicando-se o modelo de transformação da curva característica proposto por Camapum de Carvalho e Leroueil (2000), observa-se uma certa dispersão das curvas características transformadas, o que é provavelmente ocasionado pela diferenciação na distribuição de poros. Observa-se também uma certa influência da presença da matéria orgânica, evidenciada pelos maiores valores de sucção transformada em 1,0m de profundidade. No entanto, a aplicação do modelo de transformação para o trecho mais linearizado da curva característica mostra um agrupamento do 1,0 ao 5,0m e, do 7,0 ao 9,0m. Estes resultados apontam para a aplicabilidade do modelo ao estudo dos solos compactados. - Ao estudar-se a influência da umidade na sucção, em corpos de prova com densidades variáveis ocorre uma nítida redução da sucção com o aumento da umidade de compactação, para todas as profundidades trabalhadas. Observou-se ainda que, mesmo com diferentes índices de vazios, não se verificou para a mesma umidade, alterações significativas na sucção, o que coloca a umidade como o principal fator definidor da sucção. 155 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) - Ainda considerando uma umidade de compactação fixa e, ao trabalhar-se com a sucção transformada, ocorre o agrupamento dos pontos em tendências bem definidas, porém com certas diferenças, à exceção das dispersões ocorridas para as maiores umidades de compactação utilizadas (pontos mais úmidos). Cabe ressaltar que este agrupamento geralmente apresentou uma única linha de tendência para os valores de sucção mais elevados, o mesmo não ocorrendo para os pontos localizados no ramo úmido da curva de compactação, onde a energia e o tipo de compactação exercem maior influência na estrutura do solo. - Analisando-se a variação da sucção com o aumento da energia de compactação, verificou-se que a sucção não sofre grandes variações com o aumento da energia aplicada. Tal fato ocorrendo para uma determinada umidade de compactação. - Ao aplicar-se o modelo de transformação observa-se que as curvas de sucção transformada (epF) versus energia de compactação (N), se comportam de forma semelhante a partir de uma determinada energia aplicada. Esta ocorrência indica a existência de uma distribuição de poros semelhante a partir de uma determinada energia efetiva aplicada, a partir da qual o índice de vazios estabiliza e, não é mais possível compactar-se a amostra. - Agrupando-se os pontos por energia de compactação aplicada (N), observou-se que apesar do índice de vazios influir na sucção, no caso do solo estudado este representa pouca importância em relação à umidade de compactação. E ainda que, ao proceder-se a transformação da sucção, não definiu-se tendência única, provavelmente porque a influência do índice de vazios na sucção depende da umidade de compactação. No entanto, foi possível agrupar os pontos por faixas de umidade (principalmente os pontos no ramo seco), o que do ponto de vista prático é importante, pois em campo se trabalha com umidade e pesos específicos limitados. - Este agrupamento de pontos mostra ainda que, ocorre uma transição quanto ao comportamento das curvas transformadas, onde surgem diferenças de 1,0 e 3,0m para 5,0 e 7,0m e, destes pontos para 9,0m. Este comportamento diferenciado coincidindo com mudanças na composição química e mineralógica apresentadas para o perfil. No entanto, se torna necessário à execução de análises microestruturais do solo compactado para que se torne possível confirmar tal hipótese. 156 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) - As curvas de isosucção apresentadas mostram as variações de sucção relativamente pequenas que ocorrem no perfil de solo estudado. Destaca-se também sua importância prática, pois sua utilização possibilita conhecer-se a sucção, a partir da umidade de compactação e do peso específico, sem se tornar necessária sua constante medição. - Os estudos de resistência à penetração (Mini-CBR e Cone (Ec)) em função da sucção mostram que de uma maneira geral a sucção influência a resistência à penetração, apresentando atuação mais efetiva em se tratando dos pontos com umidades de compactação menores. - Ao realizar-se o estudo Mini-CBR versus a sucção normalizada (pF/e) percebe-se uma tendência a agrupamentos diferenciados, variando com a umidade de compactação e profundidade trabalhada. No caso das profundidades de 1,0 e 3,0 m observa-se a existência de tendência única nos pontos mais secos e, à medida que se trabalha com umidades maiores, mesmo dentro do ramo seco da curva de compactação, esta tendência se torna menos definida. A 5,0m, no entanto, existe uma tendência única englobando os pontos do ramo seco, o que não ocorre a 7,0 e 9,0m de profundidade. - Quanto às variações apresentadas pelo ensaio do Cone (Ec), aparentemente este instrumento parece ser mais sensível as variações de sucção ocorridas dentro da massa do solo, do que o Mini-CBR, parâmetro que parece ser mais função da densidade de cada corpo de prova. Ao aplicar-se a normalização da sucção em relação ao índice de vazios, aos pontos Ec, observa-se que alguns saem das tendências e, estes são sempre os que apresentam menor densificação. No entanto, apesar da dispersão considerável, verifica-se uma tendência clara de aumento do coeficiente de rigidez (Ec) com a sucção normatizada, além dos mesmos resultados apontarem para a pouca influência das propriedades químicas e mineralógicas sobre a relação Ec x pF/e. Portanto, estima-se que a melhoria da técnica de ensaio com o uso de corpos de prova melhor confinados e com maiores dimensões poderá contribuir para a melhoria dos resultados. - As correlações obtidas entre o Mini-CBR e o Cone (Ec) apresentaram-se satisfatórias, com coeficiente de correlação linear variando entre 0,904 a 0,996, o que mostra a grande possibilidade de utilização do Cone adaptado. É necessário destacar que, estas correlações se limitam no momento ao solo trabalhado e dentro das faixas de umidade utilizadas. 157 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) - Os ensaios realizados com e sem imersão vêm a demonstrar, em termos quantitativos, a importância da sucção na resistência à penetração. 5.1- SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS O presente trabalho representa um passo importante no sentido de avaliar a influência da sucção no comportamento de um perfil de solo laterítico do Distrito Federal (DF). De forma a continuar as avaliações apresentadas neste trabalho, recomenda-se para pesquisas futuras: - Análises a serem efetuadas em outros perfis de solo fino laterítico, mas com textura e gênese diferentes; - Avaliar a importância de estabilizantes químicos nas curvas características e no comportamento mecânico do perfil de solo; - Com base nas boas correlações obtidas entre o Mini-CBR e o Ec do cone, estes serem realizados em campo e laboratório, de modo a se viabilizar análises que permitam o seu uso na avaliação de estruturas de pavimento; - Mediante resultados de ensaios efetuados em campo proceder-se o estudo através da aplicação dos métodos de transformação e normatização propostos respectivamente por Camapum de Carvalho e Leroueil (2000) e Camapum de Carvalho e Pereira (2001), de maneira a poder definir condições ideais de projeto; - De posse de um banco de dados proveniente de resultados de ensaios tanto de campo como de laboratório, realizar análises numéricas objetivando avaliar o desempenho estrutural de obras de terra ou pavimentos com solos finos estabilizados ou não. 158 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT (1981). Limite de plasticidade, NBR-7180, Rio de Janeiro, RJ, 3p. ABNT (1984a). Solo – Determinação do limite de liquidez, NBR-6459, Rio de Janeiro, RJ, 6p. ABNT (1984b). Solo – Análise granulométrica, NBR-7181, Rio de Janeiro, RJ, 13p. ABNT (1986a). Solo – Ensaio de compactação, NBR-7182, Rio de Janeiro, RJ, 10p. ABNT (1986a). Solo – Índice de Suporte Califórnia, NBR-9895, Rio de Janeiro, RJ, 14p. ABNT (1988). Solo - Determinação da massa específica aparente de amostras indeformadas, com emprego da balança hidrostática, NBR-10838- MB-2887, Rio de Janeiro, RJ, 4p. Ahmed, S. , Asce, A . M. , Lovell JR, C. W. , Asce, F. & Diamond, S. (1974). Pore Sizes and Strength of Compacted Clay. Journal of the Geotechnical Engineering Division, vol.100, p.407-425. Araki. M.S. (1997). Aspectos relativos às propriedades dos solos porosos colapsíveis do Distrito Federal. Dissertação de mestrado G.DM-040A/97. Mestrado em Geotecnia, Universidade de Brasília. 121p. Barroso, S. H. A. & Fabbri, G. T. P. (1996). Algumas Considerações sobre a Classificação MCT e seus Índices. 30 @ Reunião Anual de Pavimentação, Salvador – BA, 2: 495-505. Brasileiro, F. E. & Vasconcelos Costa, C. R. (1987). Degradação dos Solos e seus Efeitos no Índice de Suporte Califórnia pela Ação de Diferentes Níveis de Energia no Laboratório. 22 @ Reunião Anual de Pavimentação, Maceió – AL, 1: 115-130. Burmister, D.M. (1970). Suggested methods of test for identification of soils. In: Special procedures for testing soil and rock for engineering purposes. Philadelphia, ASTM-STP 479, p. 311-332. Camapum de Carvalho, J. (1985). Étude du comportement mécanique d’une marne compactée. Thèse de Doctorat, Institut National des Sciences Appliquées - I.N.S.A., FranceToulouse, 181p. Camapum de Carvalho, J., Mortari, D., Silva, P.R. e Paixão, M.M.O.M. (1993). Avaliação da colapsibilidade de um solo poroso em conseqüência da construção de um aterro, 27 @ Reunião Anual de Pavimentação, Belém, p. 255-263. Camapum de Carvalho, J.; Guimarães, R.C; Cardoso, F.B.F & Pereira, J.H.F. (1996). Proposta de uma nova terminologia para ensaios de sedimentação. 30 a Reunião Anual de Pavimentação, Salvador, BA, 2:521-531. 159 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Camapum de Carvalho, J., Pereira, J. H. F., Guimarães, R. C. e Abreu, P.S.B. (2001). Análise da Influência da Sucção nos resultados de SPT e SPT-T em Solos Porosos Colapsíveis. 40 Simpósio Brasileiro de Solos Não Saturados, Porto Alegre-RS, vol. único: 509-520. Camapum de Carvalho, J. & Leroueil, S. (2000). Modelo de Normalização da Curva Característica. 32a Reunião Anual de Pavimentação, Brasília, 1: 96-106. Camapum de Carvalho, J. & Pereira, J.H.F. (2001). Estudo do Comportamento Mecânico dos Solos Não-Saturados com Base na Sucção Normalizada. 40 Simpósio Brasileiro de Solos Não Saturados, Porto Alegre-RS, vol. único: 134-148. Camapum de Carvalho, J. (2001). Comunicação pessoal. Departamento de Engenharia Civil, Unb, Brasília, DF. Camapum de Carvalho, J., Guimarães, R.C. & Pereira, J.H.F. (2002). Courbes Caracteristiques d’um profil d’alteration. Third International Conference on Unsaturated Soils, ABMS/ISSMGE, Recife-PE. Cardoso, F.B.F (1995). Análise química, mineralógica e micromorfológica de solos tropicais colapsíveis e o estudo da dinâmica do colapso. Dissertação de mestrado G.DM-026A/95. Mestrado em Geotecnia, UnB, 140p. Cardoso, A. B. & Trichës, G. (2000). Avaliação da Capacidade de Suporte de Aterros e Subleito de Rodovias utilizando o Penetrômetro Dinâmico de Cone. 32a Reunião Anual de Pavimentação, Brasília-DF, 2: 649-656. Cardoso, F.B.F., Martins, E.S. e Camapum de Carvalho, J. (1998). A Evolução Pedogeoquímica e sua Influência nas Propriedades Físicas dos Solos Profundamente Intemperizados do Distrito Federal. XI COBRAMSEG, Brasília, Vol 1, p. 51-58. Cardoso, F.B.F. (2002). Propriedades e Comportamento Mecânico de Solos do Planalto Central Brasileiro. Tese de Doutorado G.TD- 009A/02. Doutorado em Geotecnia, UnB, 351p. Carvalho, M.N. (1995). Seminário da Disciplina Geotecnia dos Solos Tropicais. Programa de Pós-Graduação em Geotecnia. Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, UnB, BrasíliaDF, 6p. Catani, R.A., Romano Gallo, J. & Gargantini, H. (1955). Amostragem de solo, métodos de análise, interpretação e indicações gerais para fins de fertilidade. Boletim n0 69, Instituto Agronômico de Campinas, Campinas, SP, 28p. Casanova, F. J. (1987). A Físico-química de Solos Tropicais – Fundamentos Teóricos. 22 a Reunião Anual de Pavimentação, Maceió – AL, p.538-553. Ceratti, J.A., Gehling, W.Y.Y., Bica, A.V.D. & Rodrigues, M.R. (1996). Influência da Sucção no Módulo de Resiliência de um solo típico do Rio Grande do Sul. 30@ Reunião Anual de Pavimentação, Salvador, 2: 541-555. Costa, C. R. V. (1987). Influência do Desvio de Umidade na Resistência de Solos Lateríticos Compactados. 22a Reunião Anual de Pavimentação, Maceió – AL, 1: 145-154. 160 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) DNER (1971)- Especificações Gerais para Obras Rodoviárias. São Paulo. DNER-ME 228/94 (1994). Solos- Compactação em equipamento miniatura. São Paulo,16p. DNER- ME 254/94 (1994). Solos Compactados em equipamento miniatura - Mini-CBR e expansão. São Paulo, 12p. DNER- N0 697/100 (1996). Manual de Pavimentação. Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico- IPR/DNER, São Paulo, 320p. Escario, V. (1988). Formulationes para la definitión de la resistencia a esfuerzo cortante de los suelos parcialmente saturados. Ingenieria Civil n0 68, CEDEX. Escario, V. & Juca, J. (1989). Strength and deformation of partly saturated soils. Proceedings of the 12th International Conference on Soil Mechanics and Foundation Engineering, Rio de Janeiro, vol.3, p. 453-456. Edil, T.B. & Motan S.E. (1979). Soil-Water Potencial and Resilient Behaviour of Subgrade Soils. Transportation Research Record, vol. 705: 54-63. Elliot, R. P., Thornton, S. L., Foo, K. Y., Siew, K. W. & Woodbridge, R. (1988). Resilient Properties of Arkansas Subgrades. Report No FHWA/AR-89/004, Arkansas Highway and Transportation Research Center, University of Arkansas, Fayetteville. Fredlund, D. G.; Bergan, A . T.; Sauer, E. K. (1975). Deformation characteristics of subgrade soils for highways and runways in Northern environments. Canadian Geotechnical Journal, v.12, n.2, p.213-223. Fredlund, D. G.; Bergan, A . T.; Wong, P. K. & Brentnall, M. M. et al. (1977). Relation Between Resilient Modulus and Stress Conditions for Cohesive Subgrade Soils. Transportation Research Record , vol. 642, p. 73-81. Fredlund, D.G., Wong, P.K., Brentnall, M.M (1977). Relation between Resilient Modulus and Stress Conditions for Cohesive Subgrade Soils. Transportation Research Record, vol. 642: 7381. Fredlund, D.G., Morgenstern, N.R. & Widger, R.A. (1978). The shear strength of unsaturated soils. Canadian Geotechnical Journal, v.15, p. 313-321. Fredlund, D.G. & Rahardjo, H. (1993). Soil Mechanics for Unsaturated Soils. John Wiley & Sons, New YorK, p.517. Fredlund, D.G. & Xing, A. (1994). Equations for the soil-water characteristic curve. Canadian Geotechnical Journal, vol.31, p. 521-532. Fredlund, D.G (1996). Recent research on the soil-water characteristic curve and its application n engineering. University of Saskatchewan, Saskatoon, Sask, Canadá. Galvão, T. C. B., Aguiar Sans, L. M., Schulze, D. G. & Drnevich, V. P. (1997). Geotechnical Properties of an Unsaturated Collapsible Lateritic Soil from Minas Gerais, Brazil. 3 o 161 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Simpósio Brasileiro de Solos Não Saturados, Rio de Janeiro-RJ, vol.1,p. 171-178. Gehling, W. Y. Y. , Ceratti, J. A . , Nunez, W. P. & Rodriguez, M. R. (1998). Relação entre a Sucção e o Módulo de Resiliência: Estudo de Campo e Laboratório. XI COBRAMSEG, Brasília – DF, vol 1: 629-634. Gehling, W.Y.Y., Ceratti, J.A. & Rodriguez, M. R. (1998). Influência da Sucção no Módulo de Resiliência dos Solos de Subleitos de Pavimentos. XI COBRAMSEG, Brasília- DF, vol.1, p. 643-648. Gehling, W. Y. Y. & Dias, R.D. (1986). Influência da sucção na resistência ao cisalhamento de solos tropicais do Rio Grande do Sul. VIII COBRAMSEG, Porto Alegre, 2:193-202. Gens, A., Alonso, E.E., Suriol, J. & Lloret (1995). Effect of structure on the volumetric bahaviour of a compacted soil. Unsaturated Soils. Paris. Vol. 1, pp. 83-88. Gidigasu, M.D. (1974). Laterite soil engineering. Elsevier, Holland. Greacen, E.L., Walker, G.R. & Cook, P.G. (1987). Evaluation of the filter paper method for measuring over a wide moisture range, Soil Science, vol.43, january-june-p. 277-283. Guimarães, R.C., Camapum de Carvalho, J., Farias, M. M. (1997). Contribuição ao estudo da utilização de solos finos em pavimentação. 1 Simpósio Internacional de Pavimentação de Rodovias de Baixo Volume de Tráfego, ABPv, Rio de Janeiro, RJ, 2: 469-477. Guimarães, R.C. (2002). Análise das Propriedades e Comportamento de um Perfil de Solo Laterítico aplicada ao Estudo do Desempenho de Estacas Escavadas. Dissertação de Mestrado. Publicação G.DM – 091A/02. Mestrado em Geotecnia, UnB, 200p. Godoy, H. & Bernucci, L. B. (2000). Caracterização de Propriedades Geotécnicas de Solos realizada no próprio Campo e de maneira Expedita. 32a Reunião Anual de Pavimentação, Brasília – D.F., 1: 108-115. Godoy, H. , Bernucci, L. B. & NOGAMI, J. S. (1996). Diretrizes para a Identificação Expedita de Solos Lateríticos para Uso em Obras Viárias. 30a Reunião Anual de Pavimentação, Salvador-BA, 2: 556-568. Heyn, A. (1986). Aplicações do Penetrômetro Dinâmico de Ponta de Cone na Avaliação de Estruturas de Pavimentos, 21a Reunião Anual de Pavimentação, Salvador-BA. Houston, S. L., Walsh, K. D. & Houston, W. N.(1997). Shear Strength Contribution of Soil Suction in Cemented Soil. 3o Simpósio de Solos Não Saturados, Rio de Janeiro-RJ, vol.1 , p. 25-33. Jin, S. M.; Lee, K. W.; Kovacs, W. D. (1994). Seasonal Variation of resilient modulus of soil subgrades. Journal of Transportation Engineering, New York: ASCE, v.120, n.4, p.603-616. Kiehl, E.J. (1979). Manual de Edafologia - Relações solo-planta. Ed. Agronômica Ceres, São Paulo, 264p. 162 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Li, D.; Selig, E. T. (1994). Resilient modulus for fine grained subgrade soils. Journal of Geotechnical Engineering, ASCE, v.120, n.6, p. 939-957. Li, Z.M. (1995). Compressibility and collapsibility of compacted unsaturated loessial soils. Unsaturated Soils. Paris. Vol. 1, p. 139-144. Lucena, F. B. & Cabrera, J. G. (1990). Definição, origem e formação dos solos lateríticos. 24 a Reunião Anual de Pavimentação, 1: 384-401. Konrad, J. -M. & Lachance, D. (2001). Mechanic properties of unbound aggregates from DCP and plate load tests. Dept. de génie civil, Université Laval, Québec, Canada, G1K 7P4. NSERC Research Chair in Operation of highways subjected to Frost Action. Machado, S.L. & Vilar, O.M. (1998). Resistência ao cisalhamento de solos não saturados: Ensaios de laboratório e determinação expedita. Solos e Rocha, n0 (21) 2: 65-78. Mahalinga-Iyer, U. & Williams, D. J. (1985). Unsaturated strength behaviour of compacted lateritic soils. Géotechnique 45, n.2, 317-320. Marinho, F.A . M. (1994). Medição de sucção com o método do papel filtro. X COBRAMSEF, Foz do Iguaçu, vol.2: p. 515-522. Marinho, F.A.M. (1995). A Técnica do Papel Filtro para Medição de Sucção. Encontro sobre Solos não Saturados, Rio Grande do Sul, 1: 1-14. Marinho, F. A. M. & Pinto, C. S. (1997). Evaluation of Pore Size Characteristic of Plastic Soils. 3o Simpósio de Solos Não Saturados, Rio de Janeiro-RJ, vol.1, p. 1-11. Martins, E.S. (1998). Petrografia, Mineralogia e Geomorfologia de Rególitos Lateríticos do Distrito Federal, Tese de Doutoramento, Instituto de Geociências, Departamento de Mineralogia e Petrologia, UnB, 372p. McQueen, I.S. & Miller, R.F. (1968). Calibration and evaluation of a wide-range gravimetric method for measuring moisture stress. Soil Science, vol.106, n.3- p.225-231. Medina, J. & Motta, L. M. G. (1988). Design of asphalt pavements using lateritic soils in Brazil. Solos e Rochas – Revista Brasileira de Geotecnia, 11 (único): 3-9. Medina, J. (1989). Tropical Soils in Pavement Design. 12a Internacional Conference on Soil Mechanics and Foundation Engineering , Rio de Janeiro-RJ, vol.1, p.543-546. Medina, J. (1997). Mecânica dos Pavimentos. Ed. UFRJ, Rio de Janeiro, 380 p. Melfi, A.J. e Pedro, G. (1977). Estudo Geoquímico dos Solos e Formações do Brasil, Parte 1Caracterização e Repartição dos Principais Tipos de Evolução Pedogeoquímica. Rev. Bras. Geoc., Vol. 7 (4), p. 271-286. Melfi, A.J. (1994). Lateritas e processos de laterização. Publicação 093/94, Escola de Engenharia de São Carlos, São Carlos, 29p. 163 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Mendonça, A.F. (1993). Caracterização da erosão subterrânea nos aqüíferos porosos do DF. Tese de Mestrado, IG/Unb, 152p. Mitchell, J. K. & Sitar, N. (1982). Engineering properties of Tropical Residual Soils”. ASCe Geotechnical Engineering Specialty Conference on Engineering and Construction in Tropical Tropical and Residual Soils, Hawaii, p. 30-57. Mohammad, L.N., Puppala, A . J. & Alavilli, P.(1995). Resilient Properties of Laboratory Compacted Subgrade Soils. Transportation Research Record , vol.1504, p.87-102. Motta, L. M. G. , Aranovich, L. A . S. & Ceratti, J. A . P. (1985). Comportamento Resiliente de Solos utilizados em Pavimentos de Baixo Custo. Solos e Rochas – Revista Brasileira de Geotecnia, 3 (vol. 8): 15-42. Nogami, J.S. (1972). Determinação do índice de suporte Califórnia em equipamento de dimensões reduzidas (ensaio Mini-CBR), II Reunião das Organizações Rodoviárias, Brasília. Nogami, J. S. & Villibor, D. F. (1981). Uma nova classificação de solos para finalidades rodoviárias. Simpósio Brasileiro de Solos Tropicais em Engenharia, Rio de Janeiro, 1: 30-41. Nogami, J. S. & Villibor, D. F. (1985). Algumas Comparações entre uma nova Classificação de Solos e as Tradicionais, principalmente para Finalidades Rodoviárias. VII Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações, Olinda/Recife. Nogami, J. S. & Villibor, D. F. (1990). Características e Desempenho de Segmentos com Base de Argila Laterítica. 24 a Reunião Anual de Pavimentação, Belém- PA, 1: 291-304. Nogami, J. S., Villibor, D. F. , Sória, M. H. A . & Fabbri, G. T. P. (1993). Pavimentação com Solos Lateríticos. Associação Brasileira de Mecânica dos Solos (ABMS), Departamento de Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos – USP. Nogami, J. S. & Villibor, D. F. (1995). Pavimentação de baixo custo com solos lateríticos. Ed. Vilibor, São Paulo, 213 p. Nogami, J.S., Villibor, D.F., Serra, P.R.M. & Zuppolini Neto, A. (1996). Procedimentos NãoTradicionais na Pavimentação com Solos e Ambientes Tropicais. 30a Reunião Anual de Pavimentação, Salvador – BA, 4: 1603-1633. Nogami, J. S. & Villibor, D. F. (2000). Nova Conceituação do Coeficiente c’ da Classificação Geotécnica MCT. 30a Reunião Anual de Pavimentação, Brasília – DF, 1: 33-41. Nünez, W.P., Rodrigues, M.R., Ceratti; Oliveira, J.A.A. (1996). Análise Experimental de Pavimentos com camadas estruturais em basalto alterado – A construção das pistas experimentais. 30a Reunião Anual de Pavimentação. Salvador, BA. Nünez, W.P., Rodrigues, M.R., Ceratti, J., Gehling, W.Y.Y. & Oliveira, J.A . (1996). A Influência da Sucção no Módulo Resiliente de um Solo de Comportamento Laterítico – Resultados de Laboratório e de Campo com emprego do Simulador de Tráfego UFRGSDAER/RS. 30a Reunião Anual de Pavimentação. Salvador, 2: 701-720. 164 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Oliveira, L.E. e Vermatti, E. (1997). Análise de Pavimentos de Baixo Volume de Tráfego Executado Com Solos Transicionais. I SINBATRA, Rio de Janeiro. Paixão, M.N.O.N. & Camapum de Carvalho, J. (1994). Influência da microestrutura no colapso de um solo de Brasília. 20 Simpósio sobre Solos Não-Saturados, ABMS/UFPE, Recife, PE, 1: 105-110. Pandian, N. S. , Nagaraj T. S. & Sivakumar Babu, G. L. (1992). Tropical Clays. I: Index Properties and Microstructural Aspects. Journal of Geotechnical Engineering, vol.119, no 5, p. 826-839. Pandian, N. S. , Nagaraj T. S. & Manoj, M. (1998). Re-examination of compaction characteristics of fine-grained soils. Géotechnique, 47, no 2, p. 363-366. Pandian, N. S. , Nagaraj T. S. & Sivakumar Babu, G. L. (1992). Tropical Clays II: Engineering Behavior. Journal of Geotechnical Engineering, vol.119, no 5, p. 840-861. Prapaharan, S., White, D.M. and Altschaeffl (1991). Fabric of field and laboratory compacted clay. Journal of Geotechnical Engineering, vol.117, n.12, Dec- p. 1934-1940. Queiroz de Carvalho, J. B. (1987).Análise da microestrutura de solos lateríticos do Brasil. 22 a Reunião Anual de Pavimentação, Maceió, 1: 373-382. Rezende, L.R. (1999).Técnicas alternativas para a construção de base de pavimentos rodoviários. UnB, 169p. Rohm, S.A. e Nogueira, J.B. (1990). Determinação de Mini-CBR Através do Ensaio de Penetração Dinâmica. 24a Reunião Anual de Pavimentação, Rio de Janeiro. Röhm, S.A. (1992). Resistência ao cisalhamento de um solo arenoso laterizado não saturado da região de São Carlos-SP. Tese de doutorado, EESC-USP, São Carlos. Santana, H. & Gontijo, P.R.A. (1987). Os Materiais Lateríticos na Pavimentação de Baixo Custo no Brasil. ABPv – 22 a Reunião Anual de Pavimentação, Maceió, 2: 850-899. Schellmann, W. (1982). Considerations on the definition and classification of laterites. International Seminar on Lateritisation Processes (Trivandrum, 1979), Oxford IBH Publish, 1-10. Silveira, R.M.S. & Vilar, O.M. (1998). Influência do aumento de pressão de ar na resistência ao cisalhamento de um solo compactado. XI COBRAMSEG, Brasília, 1:7-14. Sória, M. H. A.; Fabbri, G. T. (1980). O Ensaio Mini-MCV – Um Ensaio de MCV, Moisture Condition Value, com Corpos de Prova de Dimensões Reduzidas. 15a Reunião Anual de Pavimentação, ABPv, Belo Horizonte. Sória, M.H.A. (1986). Os Limites de Atterberg, o argilomineral e o teor de argila. VIII COBRAMSEG. Porto Alegre, 1: 161-171. Tardy, Y. (1993). Pétrologie dês Latérites et des Sols Tropicaux. Masson, Paris, France, 459p. 165 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Teixeira, R.S. & Vilar, O.M. (1997). Resistência ao cisalhamento de um solo compactado não saturado. 30 Simpósio Brasileiro de solos não saturados, Rio de Janeiro, 1:161-169. Tuncer, E.R. (1988). Pore size distribution of tropical soils in relation to engineering properties. Proceedings of the 2 nd International Conference on Geomechanics in Tropical Soils – Singapore – p. 63-70. Vargas, M. (1994). A engenharia de solos e fundações no Brasil. Escola Politécnica da USP, São Paulo, SP, 147-180. Vasconcelos Costa, C. R. & Lucena, F. B. (1987). Influência do desvio de umidade na resistência de solos lateríticos compactados. 22a Reunião Anual de Pavimentação, Maceió, 1:145-154. Vaughan, P. R. (1985). “Mechanical and hydraulic properties of in situ residual soils”. Proc. First Int. Conf. On Geomech. In Tropical Laterite and Saprolitic Soils, vol.3, p. 1-33. Vermatti, E. & Oliveira, L. E. (1998). Comportamento de Solos Tropicais de Natureza Transicional em Camadas Estruturais de Pavimentos. XI COBRAMSEG, Brasília-DF, vol.1, p. 657-664. Villibor, D.F. (1981). Pavimentos Econômicos. Novas Considerações. Tese de doutoramento. Departamento de Vias de Transportes e Topografia. Escola de Engenharia de São Carlos da USP. São Carlos, SP. Villibor, D.F., Nogami, J.S., Zuppolini Neto, A. & Serra, P.R.M. (1996). Tecnologia do Uso de Solos Lateríticos em Pavimentos Urbanos. 4a Reunião de Pavimentação Urbana, p. 257277. Villibor, D.F., Nogami, J.S., Serra, P.R.M. & Zuppolini Neto, A. (1996). A Importância dos Solos Tropicais na Pavimentação. 7a Reunião de Pavimentação Urbana. São José dos Campos. São Paulo, SP, 1: 165-186. Villibor, D.F., Nogami, J.S., Fortes, F. Q. & Tonato, J. E. (1995). Pavimentação Urbana de Baixo Custo com Base de Argila Laterítica. 29a Reunião Anual De Pavimentação, CuiabáMT, vol.3. p. 363-389. Villibor, D.F., Nogami, J.S., Beligni, M. & Cincerre, J.R. (2000). Pavimentos Com Solos Lateríticos E Gestão De Manutenção De Vias Urbanas. ABPv- Associação Brasileira de Pavimentação, São Paulo, 138p. Wesley, L. D. (1988). “Influence of structure and composition on residual soils”. Journal Geotechnical Engineering, ASCE, vol.116(4), p. 589-603. 166 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) APÊNDICE A PARÂMETROS DA MINI-COMPACTAÇÃO Nas Tabelas A.1 a A.5 são apresentadas os parâmetros estipulados inicialmente e os obtidos na realização do ensaio de Mini-Compactação para 1,0, 3,0, 5,0, 7,0 e 9,0m de profundidade. 167 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela A.1- 1,0m Profundidade C.P. N 1,0 m CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 3 8 10 35 50 1 2 15 25 50 1 2 12 35 50 1 2 15 30 50 1 5 20 35 50 West (%) 3 est (KN/m ) 12,84 14,34 15,84 17,34 18,84 12,84 14,34 15,84 17,34 18,84 12,84 14,34 15,84 17,34 18,84 12,84 15,84 18,84 14,34 15,84 12,84 14,34 15,84 17,34 18,84 16 19 22 25 28 Wobt (%) 16,49 19 21,98 24,9 28,07 3 obt (p) (KN/m ) 3 obt (b) (KN/m ) 13,65 15,18 15,77 17,64 17,99 12,76 14,41 15,47 17,1 17,13 12,51 14,52 15,97 16,37 16,35 13,91 14,39 14,26 14,55 14,59 14,53 14,48 15,24 14,62 14,59 14,19 15,13 15,81 17,84 18,37 12,74 14,64 15,56 17,53 17,66 12,55 14,62 15,98 16,05 16,38 14,01 14,5 14,49 15,57 15,12 14,96 15,26 15,23 15,16 15,21 (a) Profundidade C.P. N 1,0 m CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 3 8 10 35 50 1 2 15 25 50 1 2 12 35 50 1 2 15 30 50 1 5 20 35 50 West (%) 3 est (KN/m ) 12,84 14,34 15,84 17,34 18,84 12,84 14,34 15,84 17,34 18,84 12,84 14,34 15,84 17,34 18,84 12,84 15,84 18,84 14,34 15,84 12,84 14,34 15,84 17,34 18,84 16 19 22 25 28 Wobt (%) 16,49 19 21,98 24,9 28,07 3 3 obt (p) (KN/m ) obt (b) (KN/m ) 13,41 15,1 15,8 17,5 17,55 12,66 14,54 15,5 16,96 17,17 12,67 14,15 15,83 16,26 16,45 13,79 14,26 14,59 15,77 15,8 14,46 14,63 15,35 14,74 14,53 14,32 15,22 15,9 17,69 18,11 10,32 14,96 15,49 17,72 15,04 12,93 14,07 15,68 16,3 16,17 13,92 14,12 14,1 15,76 15,78 15,44 15,39 15,39 15,16 15,15 (b) 168 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela A.2- 3,0m Profundidade C.P. N 3,0 m CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 1 2 12 25 50 1 2 15 25 50 1 2 14 25 50 1 2 12 25 50 1 2 8 20 35 West (%) 3 est (KN/m ) 13,18 14,34 15,5 16,63 17,75 13,18 14,34 15,5 16,63 17,75 13,18 14,34 15,5 16,63 17,75 13,18 14,34 15,5 16,63 17,75 13,18 14,34 15,5 16,63 17,75 18 21 24 27 30 Wobt (%) 18,07 21,29 24,05 26,99 30,47 3 obt (p) (KN/m ) 3 obt (b) (KN/m ) 15,2 14,93 15,73 17,05 17,6 12,82 14,37 15,69 17,07 16,86 14,08 14,38 15,44 16,06 16,11 13,5 15,12 15,43 15,42 15,17 14,61 14,87 14,66 14,8 14,53 15,52 15,01 16,31 17,81 18,43 13,64 14,52 15,54 16,7 16,25 14,35 14,53 15,72 15,73 16,02 13,65 15,02 15,57 15,05 15,11 15,01 15,04 15,11 14,86 14,98 3 obt (p) (KN/m ) 3 obt (b) (KN/m ) 14,66 14,55 16,02 16,74 17,42 12,71 14,3 15,55 16,97 16,86 12,98 15,85 15,82 15,98 15,77 13,25 15,08 15,36 14,65 15,66 14,71 14,73 14,74 14,54 14,71 16,02 16,38 16,72 17,36 18,52 12,82 14,42 15,47 17,33 17,18 13,2 16,1 15,78 16,1 15,71 13,74 15,26 14,97 15,45 15,43 15,12 14,88 14,89 15,04 14,96 (a) Profundidade C.P. N 3,0 m CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 1 2 12 25 50 1 2 15 25 50 1 2 14 25 50 1 2 12 25 50 1 2 8 20 35 West (%) 3 est (KN/m ) 13,18 14,34 15,5 16,63 17,75 13,18 14,34 15,5 16,63 17,75 13,18 14,34 15,5 16,63 17,75 13,18 14,34 15,5 16,63 17,75 13,18 14,34 15,5 16,63 17,75 18 21 24 27 30 Wobt (%) 18,07 21,29 24,05 26,99 30,47 (b) 169 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela A.3- 5,0m Profundidade C.P. N 5,0 m CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 8 12 20 35 50 5 11 14 22 35 1 2 12 20 35 1 2 8 25 50 1 5 8 22 35 West (%) 3 est (KN/m ) 13,18 14,34 15,5 16,49 17,47 13,18 14,34 15,5 16,49 17,47 13,18 14,34 15,5 16,49 17,47 13,18 14,34 15,5 16,49 17,47 13,18 14,34 15,5 16,49 17,47 16 19 22 25 28 Wobt (%) 16,43 19,06 21,84 25,41 28,16 3 obt (p) (KN/m ) 3 obt (b) (KN/m ) 13,89 14,72 15,54 16,03 15,66 13,79 15,24 15,88 16,77 17,72 12,70 14,39 15,20 16,70 16,72 13,66 14,84 16,05 15,91 15,75 15,13 15,34 15,41 15,37 15,43 14,89 14,94 15,68 16,43 16,43 13,93 15,44 15,79 16,56 17,47 13,23 14,87 15,23 16,63 16,59 14,41 15,22 15,85 15,67 15,72 15,15 15,06 15,46 15,28 15,20 (a) Profundidade C.P. N 5,0 m CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 8 12 20 35 50 5 11 14 22 35 1 2 12 20 35 1 2 8 25 50 1 5 8 22 35 West (%) 3 est (KN/m ) 13,18 14,34 15,5 16,49 17,47 13,18 14,34 15,5 16,49 17,47 13,18 14,34 15,5 16,49 17,47 13,18 14,34 15,5 16,49 17,47 13,18 14,34 15,5 16,49 17,47 16 19 22 25 28 Wobt (%) 16,43 19,06 21,84 25,41 28,16 3 3 obt (p) (KN/m ) obt (b) (KN/m ) 14,34 14,67 15,33 16,22 15,71 13,91 15,73 16,05 16,48 17,68 12,67 14,26 15,55 16,59 16,54 13,98 15,26 15,91 15,76 16,13 14,83 15,44 15,37 13,60 15,28 15,55 15,08 15,67 16,21 16,21 14,21 15,58 15,85 16,66 18,11 13,15 14,93 15,72 17,20 17,21 13,95 15,85 16,10 16,10 16,14 15,11 15,54 15,71 14,95 15,37 (b) 170 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela A.4- 7,0m Profundidade C.P. N 7,0 m CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 4 9 12 35 50 6 9 11 14 32 1 2 3 15 25 1 2 3 25 35 1 8 12 35 50 West (%) 3 est (KN/m ) 13,53 14,34 15,15 16,4 17,64 13,53 14,34 15,15 16,4 17,64 13,53 14,34 15,15 16,4 17,64 13,53 14,34 15,15 16,4 17,64 13,53 14,34 15,15 16,4 17,64 18 21 24 27 30 Wobt (%) 18,5 20,59 24,31 26,66 29,83 3 obt (p) (KN/m ) 3 obt (b) (KN/m ) 13,44 14,28 15,38 16,37 16,99 14,24 15,18 16,06 16,40 17,04 13,38 14,76 15,39 16,20 16,24 13,87 14,64 15,65 15,20 15,37 15,20 14,36 14,98 15,20 14,89 13,81 15,20 15,46 16,82 17,30 14,08 15,06 16,00 15,88 17,28 13,48 15,02 15,72 16,18 16,10 14,05 14,76 15,57 15,81 15,41 15,10 14,91 15,18 15,16 15,19 (a) Profundidade C.P. N 7,0 m CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 4 9 12 35 50 6 9 11 14 32 1 2 3 15 25 1 2 3 25 35 1 8 12 35 50 West (%) 3 est (KN/m ) 13,53 14,34 15,15 16,4 17,64 13,53 14,34 15,15 16,4 17,64 13,53 14,34 15,15 16,4 17,64 13,53 14,34 15,15 16,4 17,64 13,53 14,34 15,15 16,4 17,64 18 21 24 27 30 Wobt (%) 18,5 20,59 24,31 26,66 29,83 3 3 obt (p) (KN/m ) obt (b) (KN/m ) 13,14 14,46 15,13 16,49 17,02 14,49 15,15 15,54 16,54 17,11 13,47 14,82 15,55 16,46 16,09 14,22 14,82 16,12 15,22 15,15 14,36 14,90 15,24 15,24 14,93 13,59 14,88 15,07 16,51 17,03 14,40 15,38 15,67 16,36 16,94 14,06 15,15 15,93 16,36 16,89 15,80 13,59 16,10 15,88 15,59 15,36 15,34 15,78 15,33 15,97 (b) 171 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela A.5- 9,0m Profundidade C.P. N 9,0 m CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 4 8 12 25 50 4 5 10 16 25 1 2 3 15 30 1 2 3 15 30 1 2 5 15 20 West (%) 16 19 22 25 28 3 est (KN/m ) 14,34 14,87 15,4 16,88 18,35 14,34 14,87 15,4 16,88 18,35 14,34 14,87 15,4 16,88 18,35 14,34 14,87 15,4 16,88 18,35 14,34 14,87 15,4 16,88 18,35 Wobt (%) 16,01 18,83 22,07 25,22 27,52 3 obt (p) (KN/m ) 3 obt (b) (KN/m ) 14,67 15,40 16,03 16,87 17,00 14,75 15,13 15,35 17,05 17,61 13,81 14,93 15,67 16,39 16,99 14,55 15,78 16,24 16,54 16,17 15,38 15,64 15,13 15,44 15,76 14,27 15,21 15,66 16,51 16,41 14,90 15,35 14,32 17,22 17,66 14,33 15,23 15,77 16,28 17,16 14,05 15,25 16,08 16,45 16,34 15,64 15,42 15,83 15,77 15,40 3 obt (p) (KN/m ) 3 obt (b) (KN/m ) 14,69 15,66 15,98 16,71 17,03 14,53 15,24 14,97 17,26 17,60 13,94 14,88 15,70 16,17 16,85 14,46 15,73 16,51 16,43 16,37 15,44 15,55 15,54 15,16 15,65 14,51 15,51 16,03 16,40 17,16 14,64 15,38 15,23 17,48 17,88 14,66 15,52 16,12 16,41 17,57 14,16 15,50 16,75 16,69 16,59 15,64 15,57 15,83 15,84 15,92 (a) Profundidade C.P. N 9,0 m CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 4 8 12 25 50 4 5 10 16 25 1 2 3 15 30 1 2 3 15 30 1 2 5 15 20 West (%) 16 19 22 25 28 3 est (KN/m ) 14,34 14,87 15,4 16,88 18,35 14,34 14,87 15,4 16,88 18,35 14,34 14,87 15,4 16,88 18,35 14,34 14,87 15,4 16,88 18,35 14,34 14,87 15,4 16,88 18,35 Wobt (%) 16,01 18,83 22,07 25,22 27,52 (b) 172 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) APÊNDICE B ANÁLISE DA SUCÇÃO CONSIDERANDO UMA ENERGIA DE COMPACTAÇÃO FIXA Nas Figuras B.1 a B.5 são apresentados gráficos (pF x w), (pF x Sr) e (epF x Sr) para 3,0, 5,0, e 7,0m de profundidade. N=2 N=8 N = 15 N = 35 N= 4 N = 12 N = 20 N = 50 N=1 N=6 N = 14 N = 25 Seqüência13 100000 pF 4 1000 3,5 3 100 pF 10000 ua-uw (KPa) 5 2,5 2 10 15 20 25 N= 4 N = 12 N = 20 N = 50 6 5,5 5 4,5 4 3,5 3 2,5 2 5,5 4,5 N= 2 N= 8 N = 15 N = 35 100000 10000 1000 100 40 30 50 60 w (%) 70 80 90 ua-uw (KPa) N=1 N=6 N = 14 N = 25 Seqüência13 6 10 100 Sr (%) (a) (b) N= 1 N=2 N=4 N= 6 N=8 N = 12 N = 14 N = 15 N = 20 N = 25 N = 35 N = 50 5 4,5 epF 4 3,5 3 18% 21% 2,5 2 40 50 60 70 80 90 100 Sr (%) (c) Figura B.1- 3,0 m. 173 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) N=1 N=8 N = 14 N = 25 Seqüência13 N=2 N = 11 N = 20 N = 35 N= 5 N = 12 N = 22 N = 50 6 N=1 N=8 N = 14 N = 25 Seqüência13 100000 N= 5 N = 12 N = 22 N = 50 6 5,5 100000 4 1000 10000 4,5 4 3,5 1000 ua-uw (KPa) 4,5 5 pF 10000 ua-uw (KPa) 5,5 5 pF N=2 N = 11 N = 20 N = 35 3,5 3 100 10 15 20 25 3 30 40 50 60 70 80 90 100 100 Sr (%) w (%) (a) (b) N=1 N=2 N=5 N= 8 N = 11 N = 12 N = 14 N = 20 N = 22 N = 25 N = 35 N = 50 5 4,5 epF 4 3,5 3 16% 22% 2,5 2 40 50 60 70 80 90 100 Sr (%) (c) Figura B.2- 5,0 m. 174 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) N= 2 N= 6 N = 11 N = 15 N = 35 N= 3 N= 8 N = 12 N = 17 N = 50 10000 1000 3,5 3 pF 4 20 25 N= 3 N= 8 N = 12 N = 17 N = 50 10000 4 1000 3,5 3 100 15 N= 2 N= 6 N = 11 N = 15 N = 35 4,5 ua-uw (KPa) 4,5 pF N=1 N=4 N=9 N = 14 N = 25 Seqüência16 5 40 30 50 wW(%) (%) 60 70 80 90 ua-uw (KPa) N=1 N=4 N=9 N = 14 N = 25 Seqüência16 5 100 100 Sr (%) (a) (b) N=1 N=8 N = 15 N=2 N=9 N = 17 N=3 N = 11 N = 25 N= 4 N = 12 N = 35 N= 6 N = 14 N = 50 5 4,5 epF 4 3,5 18% 21% 3 2,5 2 40 50 60 70 80 90 100 Sr (%) (c) Figura B.3- 7,0 m. 175 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) APÊNDICE C ENSAIO MINI-CBR E CONE Nas Tabelas C.1 a C.10 são apresentadas os parâmetros estipulados inicialmente e os obtidos na realização do ensaio de resistência à penetração Mini-CBR e Cone, para 1,0, 3,0, 5,0, 7,0 e 9,0m de profundidade. Tabela C.1- 1,0m Profundidade umidades de compactação Peso Específico Corpo de Prova Mini- Cbr 13,64 15,77 15,18 17,64 17,98 15,47 12,75 14,41 17,1 17,13 12,51 14,52 16,35 16,37 15,97 13,91 14,55 14,39 15,48 15,6 14,47 14,53 15,24 14,62 14,59 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 17,46 40 31,4 46,7 62,04 36,1 10 14,5 22,55 22,49 3,92 7,58 18,4 15,69 19,91 4,15 x 5,67 11,64 9,2 7,45 5,08 4,88 5,6 6,87 16% 19% 1,0 m 22% 25% 28% 176 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela C.2- 1,0m Profundidade umidades de compactação Peso Específico Corpo de Prova Cone (Ec) 13,41 15,801 15,1 17,5 17,55 15,5 12,66 14,54 16,96 17,17 12,67 14,15 16,45 16,26 15,83 13,79 14,58 14,25 15,76 15,79 14,63 14,46 15,35 14,73 14,53 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 2,5 29,58 30 38,93 32,876 11,188 11,485 2,812 8,96 11,25 1,012 1,905 4,097 6,376 5,876 1,1 x 0,9852 0,947 1,968 1,4 0,85 1,126 1,562 1,262 Peso Específico Corpo de Prova Mini-CBR 15,73 14,92 15,2 17,05 17,61 12,81 17,07 14,37 16,86 15,69 14,38 15,44 14,08 16,06 16,11 15,43 15,12 13,5 15,42 15,17 14,66 14,87 14,61 14,8 14,53 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 33,5 26,4 25,94 42 44,99 9,62 28,68 17,75 23,4 20,15 5,8 13,6 6,18 13,52 17,55 10,7 8,4 3,9 6,96 7,38 3,65 2,95 4,8 3,67 3,65 16% 19% 1,0 m 22% 25% 28% Tabela C.3- 3,0m Profundidade umidades de compactação 18% 21% 3,0 m 24% 27% 30% 177 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela C.4- 3,0m Profundidade umidades de compactação Peso Específico Corpo de Prova Cone (Ec) 16,01 14,55 14,66 16,74 17,41 12,71 16,97 14,3 16,86 15,55 15,85 15,82 12,98 15,98 15,77 15,36 15,08 13,25 14,64 15,66 14,74 14,73 14,71 14,54 14,71 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 5,94 2,588 3,25 24,586 23,76 4,452 13,217 4,22 7,124 20 6,04 4,375 1,012 2 5 3,188 2,931 0,562 1,875 2,235 0,562 0,626 1,062 0,85 1,15 Peso Específico Corpo de Prova Mini-CBR 15,54 14,72 13,89 15,65 16,027 15,88 15,236 13,792 16,774 17,72 12,7 14,388 16,724 16,69 15,198 16,695 18,296 19,707 19,675 19,493 15,412 15,128 15,33 15,374 15,43 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 9,05 9,75 11,3 10,21 10,65 42,5 37,41 21,34 70,5 86,81 15,5 23,31 45,92 39,35 35 8,39 8,2 24 21,42 18,31 36,72 x 21,71 38,63 x 18% 21% 3,0 m 24% 27% 30% Tabela C.5- 5,0m Profundidade umidades de compactação 16% 19% 5,0 m 22% 25% 28% 178 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela C.6- 5,0m Profundidade umidades de compactação Peso Específico Corpo de Prova Cone (Ec) 15,37 14,83 15,43 13,604 15,27 16,04 15,726 13,9 16,48 17,67 12,67 14,26 16,53 16,59 15,55 13,98 15,25 15,906 15,76 16,12 15,32 14,67 14,34 15,71 16,22 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 5,288 3,376 3,6 3,065 6,812 13 11,252 3,065 13,124 27,08 5,452 8,1575 15,973 14,0625 12,153 4,92 23,33 7,938 4,5 6,188 3,9075 4,32 4,1 3,853 3,438 Peso Específico Corpo de Prova Mini-CBR 15,13 14,46 13,14 16,48 17,01 15,53 15,14 14,49 16,54 17,108 16,09 14,81 13,46 16,45 15,54 16,12 14,82 14,22 15,22 15,15 15,24 14,35 14,89 15,24 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 24,55 16,72 12,48 35,46 31,7 37,2 34 25,1 39 44,8 19,58 20,11 16,29 36,84 20,11 18 17,55 11,42 22,7 16,14 13,25 10,79 10,52 13,04 x 16% 19% 5,0 m 22% 25% 28% Tabela C.7- 7,0m Profundidade umidades de compactação 18% 21% 7,0 m 24% 27% 30% 179 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela C.8- 7,0m Profundidade umidades de compactação Peso Específico Corpo de Prova Cone (Ec) 15,38 14,28 13,44 16,37 16,98 16,06 15,18 14,24 16,4 17,03 16,24 14,75 13,37 16,2 15,39 15,64 14,64 13,87 15,2 15,37 15,19 14,36 14,97 15,2 14,891 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 4,388 3,688 1,126 10,63 9,5 14,752 12,504 6,074 15,41 19,752 14,197 15,47 8,375 19,25 12 4,062 9,876 5,55 6,5625 2,812 2,762 3,812 2,512 4,097 x Peso Específico Corpo de Prova Mini-CBR 16,03 15,4 14,66 16,87 17 15,35 14,74 15,13 17,05 17,61 15,67 13,806 14,93 16,38 16,99 15,77 16,23 16,53 14,55 16,17 15,64 15,12 15,38 15,44 15,76 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 CP1 CP3 CP5 CP7 CP9 15,5 15,95 15,1 21,66 23,69 19,08 15,1 17,16 22,2 23,59 15,75 11,61 14,3 27,4 27,64 16 x 25 14,54 22,64 8,15 9,25 5,42 9,6 10,76 18% 21% 7,0m 24% 27% 30% Tabela C.9- 9,0m Profundidade umidades de compactação 16% 19% 9,0m 22% 25% 28% 180 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tabela C.10- 9,0m Profundidade umidades de compactação Peso Específico Corpo de Prova Cone (Ec) 15,97 15,65 14,68 16,7 17,02 14,96 14,52 15,24 17,26 17,59 15,7 13,93 14,88 16,16 16,85 15,72 16,51 16,42 14,46 16,37 15,54 15,54 15,44 15,15 15,65 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 CP2 CP4 CP6 CP8 CP10 8 3,624 2,312 12,586 14,504 5,155 5,248 6,66 9,822 12,23 8,75 4,92 4,3 9,685 8,037 2,931 x 6,876 0,562 5,376 3,75 1,5 2,362 2,25 2,226 16% 19% 9,0m 22% 25% 28% 181 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com)