CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES
DE CUSTOS
1.1 Conceitos Básicos
1.2 Principais Classificações de Custos
1.3 Distinção dos Conceitos “LUCRO” e “PRÓLABORE”
1.4 EXERCÍCIOS
Evandro Brandão Barbosa
1.1 Conceitos Básicos
• Para gerenciar custos e preços é imprescindível
compreender corretamente os conceitos relacionados.
• O que são GASTOS, Investimentos, DESPESAS,
Perdas, DESPERDÍCIOS e Custos?
GASTOS: São ocorrências nas quais a empresa despende recursos ou
contrai uma obrigação (dívida) perante terceiros (fornecedores, bancos etc.)
para obter algum bem ou serviço que necessite para suas operações
cotidianas.
INVESTIMENTOS: São os gastos efetuados na aquisição de ativos (bens e
direitos registrados em conta do Ativo no Balanço Patrimonial) com a
perspectiva de gerar benefícios econômicos em períodos futuros.
DESPESAS: São os valores despendidos voluntariamente com bens ou
serviços utilizados para obter receitas, seja de forma direta ou indireta.
Evandro Brandão Barbosa
1.1 Conceitos Básicos (Continuação)
• O que são GASTOS, Investimentos, DESPESAS,
Perdas, DESPERDÍCIOS e Custos?
PERDAS: São as ocorrências fortuitas, ocasionais, indesejadas ou
involuntárias no ambiente das operações de uma empresa.
DESPERDÍCIOS: São os gastos relacionados com atividades que não
agregam valor, do ponto de vista do cliente, que implicam dispêndio de tempo
e dinheiro desnecessários aos produtos (ou serviços).
CUSTOS: São os gastos efetuados para fabricar produtos ou prestar serviços.
Evandro Brandão Barbosa
1.1.1 Exemplos dos Conceitos Básicos
GASTOS: São ocorrências nas quais a empresa despende recursos ou
contrai uma obrigação (dívida) perante terceiros (fornecedores, bancos etc.)
para obter algum bem ou serviço que necessite para suas operações
cotidianas.
É um conceito abrangente e pode englobar outros termos comuns na área de
custos.
EXEMPLOS: Pode
ser algum investimento (a compra de máquinas e
equipamentos) ou alguma forma de consumo de recursos (custos
fabris ou despesas administrativas).
Evandro Brandão Barbosa
1.1.1 Exemplos dos Conceitos Básicos
INVESTIMENTOS: São os gastos efetuados na aquisição de
ativos (bens e direitos registrados em conta do Ativo no Balanço
Patrimonial) com a perspectiva de gerar benefícios econômicos
em períodos futuros.
EXEMPLOS: Aquisição de uma máquina industrial ou um lote de matériasprimas, pois a empresa desembolsa recursos com esses ativos, visando um
retorno futuro sob a forma de produtos fabricados pelo equipamento ou pela
transformação das matérias-primas em produtos elaborados e sua
comercialização com lucro, posteriormente.
Evandro Brandão Barbosa
1.1.1 Exemplos dos Conceitos Básicos
DESPESAS: São os valores despendidos voluntariamente com bens ou
serviços utilizados para obter receitas, seja de forma direta ou indireta.
EXEMPLOS: Gastos ligados às atividades gerenciais da empresa (como
despesas de vendas, despesas administrativas e despesas financeiras); e
ainda: gastos com aluguel, salários e energia elétrica da administração
(despesas administrativas), gastos com juros pagos por atraso na quitação de
uma duplicata e tarifas de manutenção de conta bancária (despesas
financeiras) e gastos com comissões de vendedores e propaganda (despesas
de vendas).
Evandro Brandão Barbosa
1.1.1 Exemplos dos Conceitos Básicos
PERDAS: São as ocorrências fortuitas, ocasionais, indesejadas ou
involuntárias no ambiente das operações de uma empresa.
EXEMPLOS: Valores relacionados com a deterioração anormal de ativos
causados por incêndios ou inundações, os furtos de mercadorias ou matériasprimas, o corte equivocado de uma peça (tornando-a imprestável para uso ou
reaproveitamento).
Tais tipos de gastos não devem ser considerados integrantes dos custos
de fabricação dos produtos, de vez que são fatores oriundos de
ineficiência interna da empresa.
Evandro Brandão Barbosa
1.1.1 Exemplos dos Conceitos Básicos
DESPERDÍCIOS: São os gastos relacionados com atividades que não
agregam valor, do ponto de vista do cliente, que implicam dispêndio de tempo
e dinheiro desnecessários aos produtos (ou serviços).
EXEMPLOS: São mais difundidos na área da Engenharia de Produção do
que nas áreas contábil e administrativa e podem englobar os custos e as
despesas utilizados de forma não eficiente:
a) Se a pintura de uma parede apresenta padrão de excelência apenas com
uma demão de tinta e o trabalhador aplica duas demãos de tinta nessa
parede, representa desperdício de tinta e de mão-de-obra;
b) A produção de itens defeituosos, pois o retrabalho das unidades mal
fabricadas ocasiona um dispêndio desnecessário;
c) A inspeção de qualidade (assume-se que o produto deveria ser fabricado
corretamente em cada setor, descartando uma inspeção adicional).
Evandro Brandão Barbosa
1.1.1 Exemplos dos Conceitos Básicos
CUSTOS: São os gastos efetuados para fabricar produtos ou prestar serviços.
EXEMPLOS: Matérias-primas consumidas; salários e encargos sociais dos
operários da fábrica; combustíveis, energia elétrica e água utilizadas no
processo fabril; seguro do prédio industrial, manutenção, depreciação e outros,
devem ser considerados custos.
Outra forma de identificar os gastos que podem ser classificados como custos é
que esses geralmente ocorrem durante todo o processo produtivo, ou seja, os
insumos de produção consumidos desde a fase inicial de fabricação até a etapa
em que o produto está completamente pronto, disponível para despacho aos
clientes da organização industrial.
Evandro Brandão Barbosa
Distinção entre Custos e Despesas
DESPESAS
Gastos voluntários ocorridos no
ambiente administrativo
CUSTOS
Gastos voluntários efetuados no
ambiente fabril (industrial)
Evandro Brandão Barbosa
Síntese dos Conceitos Básicos
GASTO
(pode abranger os
demais conceitos)
INVESTIMENTO
DESPESA
(gasto ativado com expectativa
de benefício futuro)
(gasto administrativo para obter
receita, direta ou indiretamente)
PERDA
CUSTO
(gasto involuntário
desejado)
(gasto no processo de
fabricação)
DESPERDÍCIO
(gasto que não agrega valor do ponto de
vista do cliente)
Questão Importante
Por que é necessário identificar ou
distinguir os conceitos de custos, despesas,
perdas, investimentos e desperdícios?
Competitividade de mercado
Evitar o equívoco de repassar para o preço de venda todos
os gastos da empresa
Quais itens de gastos devem ser
considerados no preço de venda?
•
Todos os custos inerentes ao processo de
produção ou de prestação de bens e
serviços e somente algumas despesas,
desde que estejam associadas às vendas
dos produtos:
a) Tributos incidentes sobre vendas ou
receitas operacionais;
b) Comissões de vendedores;
c) Taxas de franquia cobradas sobre o
faturamento, entre outros
Os valores decorrentes das perdas, dos
desperdícios e das despesas não ligadas
diretamente às vendas devem ser
segregados e não devem ser computados
para efeito de formação ou análise de
preços.
• Da mesma forma, os recursos para novos
investimentos devem provir dos lucros obtidos e não
serem provisionados, como alguns comerciantes
insistem em fazer, pela inclusão de um valor “x” no
preço de venda como “reserva para investimentos
futuros”.
Evandro Brandão Barbosa
1.2 PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES
DE CUSTOS
Classificação
Categorias
Quanto à facilidade de identificação no produto
Diretos
Indiretos
Quanto ao volume produzido no período
Variáveis
Fixos
Evandro Brandão Barbosa
1.2.1 Quanto à facilidade de
identificação no produto
• Custos Diretos
São todos os custos efetuados exclusivamente
com a fabricação do produto.
São aqueles custos que podem ser identificados
com facilidade como apropriáveis a este ou
aquele item produzido.
Evandro Brandão Barbosa
1.2.1 Quanto à facilidade de
identificação no produto
(continuação)
• Custos Indiretos
Englobam os itens de custo em que há dificuldades de identificálos às unidades de produtos fabricados no período.
Nesses casos, a atribuição dos custos indiretos aos objetos
acontece por intermédio de rateios, que consideram a divisão
do montante de determinado tipo de custos entre produtos ou
serviços utilizando um critério qualquer, como o volume
fabricado por produto ou o tempo de fabricação consumido.
Evandro Brandão Barbosa
1.2.2 Quanto ao volume produzido
no período
• Custos Variáveis
São os gastos cujo total do período está
proporcionalmente relacionado com o volume
de produção.
Um exemplo de custo variável é a matéria-prima, pois, se para
fabricar uma unidade de produto gasta-se $ 20,00, ao produzir
dez unidades serão gastos $ 200,00 e assim sucessivamente.
Evandro Brandão Barbosa
1.2.2 Quanto ao volume de
produção no período
• Custos Fixos
São os gastos cujos valores totais tendem a
permanecer constantes (fixos) mesmo havendo
alterações nos níveis de atividades operacionais do
período.
Relacionam-se mais especificamente com a capacidade
instalada,ou com a estrutura física que a empresa possui, sendo
seu valor total desvinculado do volume fabricado.
POR EXEMPLO: se produzir 10 ou 20.000 unidades, o valor gasto com o
aluguel do galpão industrial terá o mesmo valor ($ 30.000,00).
Evandro Brandão Barbosa
Representação Gráfica do comportamento dos
Custos fixos e Variáveis
CUSTOS FIXOS
CUSTOS VARIÁVEIS
$
$
Valor total do período
Valor total do período
CV
CF
Unidades produzidas
Unidades produzidas
Duas outras Categorias de Custos: Semivariáveis e Semifixos
• Custos Semivariáveis
São aqueles que têm variação no valor total pelo volume de unidades produzidas,
mas não exatamente na mesma proporção.
Exemplo: A água e a energia elétrica que costumam ter uma taxa
mínima (fixa) e outra cobrada pelo consumo efetivo (variável).
• Custos Semifixos
São aqueles que têm valor total constante até certo volume de produção.
Exemplo: O valor total da folha de pagamento dos supervisores
de produção, por exemplo, permanece o mesmo (fixo) ate a
contratação de outro supervisor para trabalhar com os
supervisores atuais.
1.3 Distinção dos Conceitos “Lucro” e
“Pró-Labore”
• Lucro é a remuneração do capital
investido pelos acionistas na empresa,
depois de deduzidas das receitas todas as
despesas e custos do período.
• Pró-Labore é o valor que a empresa
remunera os acionistas quando estes
exercem atividade produtiva na empresa
O PRÓ-LABORE É UMA DAS
DESPESAS DO PERÍODO,
ENQUANTO O LUCRO É O
RESULTADO FINAL DAS
OPERAÇÕES
Demonstração de Resultado do
Período (DRE)
RECEITAS DE VENDAS
100.000
(-) Custos dos Produtos Vendidos
(60.000)
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
40.000
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Financeiras
(2.000)
Vendas
(3.000)
Administrativas(Pró-labore dos sócios)
(10.000)
Remuneração do
Trabalho
(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO
25.000
Remuneração do
Capital
Diferença entre LUCRO e PRÓ-LABORE
Sobre a Remuneração dos Sócios
• QUAL VALOR DEVE SER PAGO AOS SÓCIOS
POR TRABALHAREM NA EMPRESA?
A mesma quantia que a empresa pagaria a terceiros (não-sócios) para executar as
funções exercidas por estes.
Assim, se para um profissional executar as funções de gerente comercial os sócios
concordariam em pagar $ 2.000,00 por mês, seria esta a remuneração que eles
deveriam retirar da empresa mensalmente a título de pró-labore, se atuantes nesse
cargo gerencial.
*** FIM ***
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