Estrutura para o Sudeste Asiático
O bloco dos países do Sudeste Asiático constitui um pólo dinâmico, com uma rápida
transformação da sua estrutura produtiva, apresentando elevadas taxas de
crescimento.
Este grupo de países, Singapura, Tailândia, Filipinas, Malásia, Indonésia, Brunei,
Vietname, Myanmar, Laos, Camboja (membros da ASEAN - Associação das Nações do
Sudeste Asiático) e Timor-leste (observador ASEAN), tornou-se num dos motores do
crescimento asiático. Estes países formam a ASEAN, com uma população de mais de
500 milhões de habitantes (8,8% da população mundial) e uma área de 4,5 milhões
de quilómetros quadrados, sendo que em 2010 o PIB nominal agregado era de 1 800
000 milhões de dólares americanos e considerada como uma única entidade a 9ª
economia do mundo, com exportações da ordem de US$ 900 000 milhões e
importações alcançando os US$ 850 000 milhões. Possui acordos de comércio livre
com a China, Japão, Coreia, Índia, Austrália e Índia.
Além de serem agressivos no mercado internacional, contam com um mercado
interno em expansão, aumento do rendimento disponível, melhoria de condições de
vida da população e uma alta taxa de população jovem.
A ASEAN, acima referida, tem como objectivo promover o crescimento económico,
o progresso social e o desenvolvimento cultural entre os seus membros, além da
promoção da paz na região. A nível económico, desde a fundação da ASEAN e
através de vários tratados, aumentaram bastante as trocas comerciais entre os
estados membros. Em 1992 foi criada uma zona de comércio livre, de modo a
desenvolver a produtividade e competitividade da região, que assim passou a
funcionar como um bloco unido. A visão da ASEAN é a de que, em 2015 seja criada,
através da Comunidade Económica da ASEAN (CEA), uma integração económica
regional baseada nos três pilares seguintes:
•
Um mercado e uma base de produção únicos;
•
Uma região económica altamente competitiva;
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•
Uma região completamente integrada na economia global.
Em resumo, a AEC vai transformar a ASEAN numa região com livre circulação de
capital, mercadorias, serviços, investimento e mão-de-obra.
As relações económicas de Portugal com estes países são pouco significativas, no
entanto
podem
apresentar
oportunidades
para
as
empresas
portuguesas
diversificarem mercados de exportação e investimento.
Podem ser considerados diversos sectores, agro-alimentar, têxteis e vestuário,
calçado, moldes, construção e materiais de construção, engenharia, logística,
componentes de automóvel e aeronáuticos, industria naval, maquinaria, energia
(tradicional e renováveis), ambiente, industria dos mar, tecnologias de informação,
maquinas e equipamento, biotecnologia, saúde, com enormes potencialidades de
cooperação bilateral, em que se poderão concretizar em negócios.
A procura de novos mercados e oportunidades para as empresas e economia
nacional, promovendo a sua internacionalização, é uma das funções da AICEP, que
deverá encarar estes mercados como uma das zonas mais promissoras a nível de
desenvolvimento e crescimento económico, com uma grandeza politica, económica
e social mais próxima da nossa. Percepciona-se que haverá maior facilidade para
uma empresa típica do nosso tecido industrial mais facilmente interagir com estes
mercados, do que com outros de maior dimensão do continente asiático.
Propomos que o modelo de rede externa a implantar nesta zona seja um escritório
localizado num destes países, funcionando com 1 Director expatriado, 2 técnicos e
um administrativo locais e contratação, em regime de avença, de
entidade/consultora em mais 4/5 países dos acima referidos.
Contratando serviços a empresas locais e utilizando o conhecimento de alguns dos
técnicos do Aicep, nesses mercados para trabalharem nas Embaixadas ou com
firmas contratadas, permite-se reduzir os custos globais de funcionamento das
representações no exterior e maximizar as sinergias e economias de escala,
cobrindo mercados que têm um grande potencial de crescimento.
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A coordenação centralizada, num escritório, seria suficiente para implementar os
programas da AICEP para a região e dar apoio e informação aos exportadores
portugueses. Evitar-se-iam despesas com recursos humanos, possíveis conflitos com
leis laborais e segurança social e de modo particular, eliminando-se custos fixos de
funcionamento (alugueres, comunicações etc.). O controle das despesas seria fácil
e transparente.
Igualmente não seriam prejudiciais a assistência às empresas, nem se impediria a
realização de acções genéricas ou oficiais que fossem programadas para a região.
Os interesses económicos de Portugal não permitem que se abandonem estes
mercados, mas também não se deve tolerar que esses se “aglomerem” de qualquer
modo, como tem sido feito ultimamente, sem uma estratégia. Com uma estrutura
coerente, flexível, operacional e eficiente é possível defender os interesses dos
agentes económicos portugueses.
O responsável expatriado, seria acreditado em todas as Embaixadas de Portugal,
nos Países referidos, dando-lhe esse estatuto acesso oficial aos patamares das
Estruturas Governamentais.
Do ponto de vista estratégico a nossa localização poderia optar por uma das
seguintes:
Singapura
Localização actual e da nossa experiência de quatro anos neste mercado poderá
ser efectuado um levantamento das vantagens e inconvenientes desta escolha.
Trata-se de um centro nevrálgico desta comunidade de países, com grande
influência nos fluxos financeiros devido á importância da sua bolsa de valores
neste mercado regional.
Tailândia
País com uma localização estratégica que pode ser de porta de entrada para a
Ásia, com fortes ligações a Portugal e com a embaixada mais antiga na região,
onde a Aicep se poderia localizar. A Tailândia foi o iniciador da ASEAN e goza de
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uma grande influência neste mercado regional. Por esta razão foi instrumental
na formação e desenvolvimento da Área de Comercio Livre da ASEAN
Indonésia
A Indonésia, país que se encontra na intersecção do oceano pacifico e o indico e
da China e Austrália, rotas com um papel dominante na globalização dos
negócios á escala mundial é o único pais do sudoeste asiático que pertence ao G20, prevendo-se a sua inclusão nos G-7 em 2030 e que em 2030 seja a 5ª
economia do mundo.
A Indonésia é membro da ASEAN, e na sua capital, Jacarta, encontra-se sediado
o Secretariado da Associação, com representação de todos os países que a
compõem.
Várias multinacionais consideram os seus investimentos na Indonésia como base
para as suas actividades na região.
Destaca-se que este país tem um potencial crescente que advém da sua
dimensão física e económica, do relacionamento preferencial com os países da
ASEAN, ao ser sede do secretariado e do mercado único em 2015 e pela
existência de uma embaixada portuguesa com forte dinamismo nos últimos anos.
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