Quarta-feira
14 Março 2012
Sustentabilidade é “preocupação” para
quem procura escritórios em Portugal
Jones Lang LaSalle diz que esta realidade ainda não é totalmente percepcionada por promotores
e proprietários. Medidas legislativas têm ajudado a mudar cenário actual Página 6
Decoração
CIN apresenta
“Tendências
de Cor” para 2012
04
Crise empurra mercado para
situação preocupante
04
Empreendimento Espaços
Design em comercialização
06
Remax: Campanha de saldos
com “balanço positivo”
04
Sika com sistema de
revestimento de pavimentos
( • Público Imobiliário • Quarta-feira 14 Março 2012
Opinião
Quando nos vemos a bater no fundo,
devemos lembrar que somos nós quem vive aqui
N
Luís Lima
os dias que correm por cá, em Portugal, onde a
televisão ainda é omnipresente em muitos lares
portugueses até às horas das refeições, todas as
séries CSI, de Nova Iorque a Miami, passando por
Las Vegas, mais a “Mentes Criminosas”, a “Investigação
Criminal” e outras, todas elas com dezenas de mortos no
momento da sopa, do prato principal e da sobremesa, são,
apesar da temática, muito mais recomendáveis do que os
nossos telejornais.
A gente sabe, naquele faz de conta das ficções
televisivas, que o Horácio acabará por descobrir e
prender os criminosos, que o Mentalista não lhe fica
atrás em perspicácia policial e que até o Castle, que é
um escritor de romances policiais que faz biscates na
investigação policial, resolve, em 55 minutos, casos
intrincadíssimos do mundo do crime que atravessa as
séries de culto dos mais modernos canais televisivos do
cabo.
Angustiados ficam os telespectadores quando vêem
e ouvem, à hora sagrada do jantar, que é a hora dos
principais jornais televisivos, falar nas quase 6000 casas
já penhoradas e vendidas este ano em Portugal, nos cem
mil salários penhorados, no número, quase seis vezes
maior, de portugueses que não têm salário por estarem
no desemprego ou no crescente aumento de falências
de restaurantes e de outras empresas e no crescente
aumento de famílias que pedem apoio solidário para
comer.
E no aumento do IMI (que só pode ser pago em
prestações se o contribuinte que está com dificuldades
para pagar mas não quer faltar ao pagamento apresentar
uma garantia bancária), e no desespero dos jovens que
procuram, em vão, o primeiro emprego e no desespero,
que não é menor, dos funcionários que vão perder o
subsídio de férias e o subsídio de Natal com os quais
reequilibravam algumas dívidas. Já nem as excepções a
estas austeridades nos divertem.
Quando, já há algum tempo, arriscava a incompreensão
de alguns dos meus amigos quando dizia, como muitas
vezes escrevi, que o desemprego iria subir para valores
nunca vistos num cenário preocupante, muitos dos que
agora se mostram surpreendidos com os actuais 14,8
% de desempregados julgavam-me, a mim que sou um
optimista por natureza, um implacável pessimista. Nem
quero pensar no que dirão quando o desemprego chegar
à casa dos vinte, o que acontecerá se este rumo não se
alterar.
Na verdade, mesmo testemunhando, como estamos
todos a testemunhar, este bater no fundo, eu continuo
a tentar ser optimista e a reclamar a urgência de alguns
sinais concretos de esperança para todos nós, o que, na
prática, significa para a nossa Economia, uma Economia
que não pode ser estrangulada e que tem de voltar,
rapidamente, a crescer também pelo lado da procura
interna. Somos nós quem vive aqui.
Presidente da APEMIP
[email protected]
incerteza e falta de confiança generalizada na Economia
que fazem com que a procura se tenha reduzido para
mínimos históricos.
Com uma procura em baixa e as Instituições
Financeiras a relegar o Crédito Habitação para segundo
plano, vamos ter uma boa parte de 2012 com o Mercado
Imobiliário Residencial em forte baixa, apesar da oferta se
manter em alta.
Poderá parecer estranho que a oferta esteja em alta
quando sabemos que em termos de Construção todos
os indicadores estão, também, em forte baixa, mas a
explicação é simples, como aliás já tinha escrito no inicio
deste Ano, “o numero de Imóveis retomados pela Banca
está a crescer, não estando só a falar de Imóveis usados de
Clientes que deixaram de pagar, estou também a falar de
Imóveis novos recuperados a Promotores/Construtores
com dificuldades Financeiras”.
No início deste ano disse que 2012 iria ser diferente de
todos os outros, em tempos de crise. Com base no que
atrás descrevi, em termos de Mercado, mais certo fico de
que este vai ser um Ano diferente: O Ano da Simbiose.
Pegando na definição de Simbiose; “Associação
recíproca de dois ou mais organismos diferentes que lhes
permite viver com benefício”, percebemos rapidamente
que para a Mediação Imobiliária e para as Instituições
Financeiras esta definição irá aplicar-se na perfeição
durante o Ano de 2012.
As Instituições Financeiras têm um elevado numero
de Imóveis que precisam de vender para aliviar os seus
balanços, e quem melhor que a Mediação Imobiliária
para o fazer mais rapidamente e com Profissionalismo;
A Mediação Imobiliária precisa de Imóveis com
financiamento disponível a preços competitivos, e
quem melhor que as Instituições Financeiras para
o disponibilizar a partir dos Imóveis recuperados
que possuem nos seus balanços com condições de
Financiamento bastante favoráveis e garantidas.
Esta Simbiose será um Oásis no Deserto da Crise
Imobiliária e ambas as partes deverão entender que a
importância desta associação vai muito para além da
Venda de Imóveis, pois poderá ser o garante de uma
actividade que emprega milhares de Portugueses, gera
riqueza e anima a actividade económica de Portugal que,
em recessão, precisa de todas as ajudas que conseguirmos
encontrar para a fazer voltar a crescer.
Director-Geral da UCI
O Ano da Simbiose
A
Pedro
Megre
recente divulgação dos valores referentes ao
Crédito concedido em Janeiro deste Ano feita
pelo Banco de Portugal demonstra de uma forma
acentuada, embora não surpreendente, o que
se tem passado e o que, no curto prazo, se irá passar no
Mercado Imobiliário Residencial e no Financiamento a
Particulares.
No Financiamento a particulares, vulgarmente
chamado crédito, as Instituições Financeiras optam
claramente pelo Financiamento a curto prazo, credito ao
consumo, onde as margens compensam os exagerados
custos da liquidez a que estão sujeitos, além disso, os
montantes, consideravelmente mais reduzidos que
no caso do Credito habitação, não afectam de forma
significativa a persecução dos objectivos a que estão
obrigados em termos de rácios de liquidez e credito
concedido.
Quanto ao Mercado Imobiliário Residencial, apesar
de um número crescente de investidores animarem
o mercado da compra e venda, procurando explorar
as oportunidades que se criam no mercado de
arrendamento, são as crescentes dificuldades económicas
a que a classe média está sujeita em conjunto com a
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Público Imobiliário • Quarta-feira 14 Março 2012 •
Mercados
ÍNDICE CONFIDENCIAL IMOBILIÁRIO
Casas novas perdem 3,8% na região de Lisboa
Os preços de habitação iniciaram o ano
de 2012 a desvalorizar, com o Índice
Confidencial Imobiliário (ICi) a apresentar uma variação mensal negativa
de 0,3% em janeiro de 2012 para o total
do mercado. Comparando com janeiro de 2011, o índice Ci apresentou também uma queda de 1,0%, resultado que
traduz o seu comportamento ao longo
dos últimos 12 meses, apresentando ora
ligeiras descidas ora estagnações nas
taxas de variações mensais.
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Ainda em termos homólogos, o mercado de habitação nova registou uma
desvalorização de 1,5% em janeiro de
2012, bastante mais acentuada do que
a registada para o mercado de usados
que, nesse mês, atingiu 0,6%. Esta performance da habitação nova foi essencialmente afetada pela quebra de preços sentida ao longo de 2011.
Na Área Metropolitana de Lisboa, os
preços das casas também seguiram em
queda ao longo de quase todo o ano
de 2011, registando taxas de variação
mensal positivas em apenas 4 dos 12
meses do ano, pelo que em janeiro de
2012 a taxa de variação homóloga do
ICi situou-se em -1,4%.
A desvalorização das habitações na
AM Lisboa entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012 atingiu quer o segmento de fogos novos quer o de usados,
embora no primeiro caso as quebras
tenham sido mais acentuadas. Nesse
período, as taxas de variação mensal na
habitação nova oscilaram entre -0,4%
e -1,5%, enquanto que nos usados,
essa variação foi entre -0,1% e -0,6%.
Em termos homólogos, em janeiro de
2012, quer os segmentos novos quer
os usados verificaram quebras, embora neste último caso a desvalorização
tenha sido apenas de 0,1%, enquanto
que na habitação nova essa quebra foi
de 3,8%.
Nota aos Editores: O Índice
Confidencial Imobiliário recorre à
informação disponível no portal
LardoceLar.com, desenvolvido e
gerido pela Caixatec e que agrega a
carteira de mais de 1.400 empresas
de mediação imobiliária, numa oferta total acumulada de cerca de 500
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— Índice Confidencial Imobiliário (2005=100) — Taxa Variação Homóloga (%)
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! • Público Imobiliário • Quarta-feira 14 Março 2012
Actualidade
Mercado de escritórios registou em 2011
“a pior performance dos últimos dez anos”
Rui Pedro Lopes
André Almada, da CBRE,
diz que “difícil e complexa
situação do nosso país”
conduziu o mercado
a estes resultados.
Perspectivas para 2012
não são animadoras
PÚBLICO Imobiliário – Que balanço faz dos resultados verificados no mercado de escritórios
português em 2011? São resultados que estão dentro do que
eram as vossas expectativas?
André Almada – Como consequência da difícil e complexa situação do
nosso país, o mercado de escritórios
atravessou, em 2011, momentos
de grande dificuldade, tendo-se
registado uma absorção de 87.000
m² em Lisboa. Esta é a pior performance dos últimos dez anos. Este
desempenho ficou em linha com
as nossas expectativas no início do
ano, uma vez que em 2009 e 2010 já
assistimos a um significativo decréscimo do número de metros quadrados colocados.
Face a este cenário, o que podemos esperar de um ano como
2012? Podemos bater ainda mais
no fundo?
Em 2011 foram colocados 87.000 m²
de escritórios em Lisboa. Esta performance está ao nível dos valores
registados na segunda metade da
mais tempo na actual situação de
indefinição?
Portugal está extraordinariamente
dependente do futuro da Europa e
dos seus parceiros europeus. Esta
questão aliada às dificuldades de
financiamento bancário às empresas e a falta de perspectivas de
crescimento económico no curto e
médio prazo são factores que naturalmente condicionam o futuro do
mercado de escritórios, na medida
em que as empresas não sentem
confiança para implementar estratégias de crescimento. A locomotiva
do mercado de escritórios é o tecido
empresarial.
A construção de novos edifícios
de escritórios está a abrandar
significativamente. Acha que
continua a existir espaço,
no mercado de escritórios
português, para novos
lançamentos? Ou será
que iremos caminhar,
cada vez mais, para
uma aposta na renovação de edifícios de
escritórios já existentes?
Não há dúvidas que a construção abrandou substancialmente
no último ano, exemplo disso foi a
conclusão de apenas dois edifícios
no último trimestre, totalizando
12.450 m². A reformulação profunda
de edifícios de escritórios já existentes é hoje uma realidade e, com base nos projectos de renovação que
conhecemos, acreditamos que esta
é uma tendência que se acentuará.
década de 1990, mas é superior aos
valores registados na primeira metade da mesma década. Para 2012, e
em virtude da recessão prevista para Portugal, somos da opinião que
o mercado de escritórios terá um
desempenho semelhante ao do ano
anterior.
A absorção bruta no último trimestre de 2011 foi quase o dobro
da registada no resto do ano.
O que é que explica isso? Os investidores estão a adiar as suas
decisões de negócio para o final
do ano?
A absorção atingida no 4.º
trimestre foi de 42.000 m², o
que representa cerca de 50
por cento da absorção total
do ano. Historicamente,
o ultimo trimestre do ano
revela sempre um aumento
no número de metros quadrados colocados, uma vez
que várias empresas tomam
decisões sobre a mudança de
instalações no final do ano.
Contudo, importa ainda realçar
que, no último trimestre de 2011,
apenas quatro operações representaram 20.000 m².
As dúvidas crescentes sobre o futuro da Europa são
referidas como um dos principais problemas que explicam
os fenómenos (acesso limitado
ao financiamento bancário e
instabilidade económica) que
condicionam a situação actual do mercado de escritórios.
Pode este mercado continuar
Century 21 Imominds comercializa
empreendimento Espaços Design
A Century 21 Imominds encontra-se a
comercializar, em regime de exclusividade, o empreendimento Espaços
Design, situado na zona do Infantado,
em Loures. O projecto, promovido pelo
Grupo Gameiro Investimentos, distribui-se por dois blocos com oito pisos,
num total de 45 apartamentos.
“O empreendimento Espaços Design
foi desenhado a pensar no conforto dos
seus proprietários e na preservação do
meio ambiente. A sua localização privilegiada, junto ao Loures Shopping e
aos acessos da A8 e IC17, oferece fácil
acesso a um vasto leque de serviços,
desde supermercados, lojas, restaurantes, farmácias, cinema, entre outros”, pode ler-se num comunicado da
Century 21 Imominds.
Apresentando “um design exclusivo”, os apartamentos são “decorados
por um profissional especializado, que
colabora com os proprietários para
adaptar a habitação às necessidades
específicas das famílias e prestar aconselhamento gratuito na área da decoração”, informa aquela agência.
José Pedro Pina, gestor da Century
21 Imominds, concede que “estamos a
oferecer um espaço de excelência aos
nossos clientes”, visto que este “empreendimento assume uma grande relevância para a Century 21 Imominds
dada as características ímpares dos
apartamentos e a aposta na sua sustentabilidade e eficiência energética, o
que está em linha com o nosso posicionamento no mercado”. Os 45 aparta-
mentos, com tipologias entre o T2 e T4,
dispõem de “cozinhas completamente
equipadas”, sendo as casas de banho
“modernas, com loiça suspensa e banheira de hidromassagem”.
A sustentabilidade foi, segundo a
Century 21 Imominds, um dos principais vectores em que assentou o desenvolvimento deste novo empreendimento. “Os materiais utilizados são de
elevada qualidade e durabilidade e têm
em conta a sua eficiência energética. Os
electrodomésticos são de categoria A e
as luzes das zonas comuns foram estudadas para poupar o máximo de energia. Todas as divisões da casa possuem
ar acondicionado, para que a temperatura seja sempre a ideal”, informa
uma nota daquela empresa, que destaca ainda a “função inteligente, que
permite que, ao atingir a temperatura
desejada, o aparelho se desligue automaticamente, reduzindo assim o peso
na electricidade consumida”.
O gestor da Century 21 Imominds
anunciou, entretanto, que o Espaços
Design “tem tido uma enorme procura”. Neste momento, “setenta por
cento dos imóveis já se encontram
vendidos”, garantiu José Pedro Pina,
que deu conta da existência de uma
parceria com o Banco Santander Totta,
que permite oferecer “aos clientes um
acesso ao crédito imobiliário único,
com financiamento total do valor do
imóvel e um spread de 1,75 por cento”.
Pedro Farinha
Sika apresenta
sistema de
revestimento de
pavimentos
A Sika disponibilizou recentemente,
em Portugal, um sistema de revestimento de pavimentos, que é direccionado para infantários, creches, hotéis,
hospitais, clínicas e museus.
Esta nova tecnologia, “que garante
maior conforto e redução do ruído”,
foi desenvolvida “a pensar nas pessoas
que permanecem em pé durante longos períodos e também nos locais onde o ruído pode afectar o normal funcionamento dos espaços”, pode ler-se
num comunicado da Sika.
“O sistema Sika ConfortFloor é mais
um passo em frente na evolução dos
sistemas de revestimento contínuos
para pavimentos, permitindo uma estética irrepreensível à medida dos mais
exigentes padrões arquitectónicos e,
simultaneamente, um desempenho
segundo os mais elevados padrões de
exigência técnica, nomeadamente a
nível funcional e de higiene”, afirmou
José Soares, director-geral da Sika
Portugal.
Entretanto, a reabilitação do Hotel
Embaixador, em Lisboa, contou com
a intervenção da Sika Portugal nos
espaços interiores, onde foi aplicado
este novo sistema de revestimento de
pavimentos em quartos, corredores e
casas de banho.
Segundo José Soares, “o sucesso desta tecnologia inovadora despertou já o
interesse de projectistas, arquitectos e
decoradores, que visitaram as instalações do hotel”.
“Acreditamos que a intervenção que
desenvolvemos no Hotel Embaixador,
em Lisboa, serviu de montra para profissionais do sector, visto que após diversas visitas, se prevêem já projectos
para moradias e residências particulares, assim como outros hotéis e clínicas
médicas”, acrescentou o director-geral
da Sika Portugal.
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" • Público Imobiliário • Quarta-feira 14 Março 2012
Actualidade
Procura de escritórios em Portugal
tem na sustentabilidade “factor importante”
de diferenciação
Rui Pedro Lopes
Responsáveis da Jones
Lang LaSalle chamam,
no entanto, a atenção
para o facto desta
realidade ainda não ser
totalmente percepcionada
por promotores e
proprietários
O tema da sustentabilidade é, “cada
vez mais, uma preocupação de quem
procura escritórios no mercado português, pelo que promotores e proprietários devem ter em consideração
esta necessidade dos seus clientes na
construção ou remodelação dos seus
imóveis”. As palavras são de Mariana
Seabra, directora de Office Agency e
Corporate Solutions da Jones Lang
LaSalle, e surgem numa altura em que
foram conhecidas as conclusões de um
relatório elaborado por esta consultora
imobiliária («Offices 2020»), onde se
revela que cerca de 83 por cento dos
profissionais de imobiliário na Europa
consideram que a sustentabilidade é a
principal prioridade, em termos estratégicos, para os decisores do mercado
de escritórios nos próximos dez anos.
Mariana Seabra não tem dúvidas de
que a sustentabilidade será um factor
crítico no futuro, isto porque “um edifício com uma classificação energética
superior permite melhorar a qualidade
do ambiente no escritório, aumentar a
produtividade dos seus colaboradores
e ter um impacto positivo nos custos
operacionais”.
O director-geral da Jones Lang LaSalle
em Portugal afina pelo mesmo diapasão
da sua colega. Pedro Lancastre considera que a sustentabilidade é “um factor
ao qual os investidores dão cada vez
mais atenção e, a médio prazo, os edifícios ‘verdes’ serão os mais líquidos.
Embora neste momento apenas alguns
investidores limitem as suas opções de
compra a este tipo de edifícios, a médio prazo, o leque de investidores a
fazê-lo será bastante maior”.
Todavia, a directora de Office Agency
e Corporate Solutions da Jones Lang
LaSalle chama a atenção para o facto de
o parque de escritórios português ter
“ainda um longo caminho a percorrer
no campo da sustentabilidade”, sendo
que “ muitos edifícios correm o risco de
se tornarem obsoletos”. Ainda assim,
“temos já bons exemplos de edifícios
‘verdes’ e essa preocupação é notória
em alguns promotores e proprietários”.
Legislação ajuda
A percepção da importância da sustentabilidade no mercado de escritórios tende a variar de país para país e
mesmo no interior de cada um destes
o caminho trilhado está ainda longe de
ser o ideal.
França, Alemanha e o Reino Unido
são, segundo a Jones Lang LaSalle,
bons exemplos de países em que o
“caminho para a construção consistente de imobiliário sustentável”
está a ser percorrido a um “ritmo
interessante”, sobretudo devido à
adopção de legislação nesse sentido.
Bill Page, que liderou a elaboração do
relatório «Offices 2020», destaca a importância das medidas legislativas para
que os profissionais deste mercado percebam as vantagens competitivas da sustentabilidade. “Ainda que as alterações
ambientais, o controlo de custos e as
práticas de ética nos negócios integrem
a equação, a legislação é o verdadeiro
pivot com capacidade de mudar o jogo,
forçando os ocupantes e investidores
europeus a adaptar os seus edifícios de
escritórios. Enquanto a União Europeia
requer que todos os novos edifícios sejam emissores zero de energia até 2020,
há uma crescente divergência entre os
edifícios e países. Esta diferença está
a acentuar-se e irá aumentar ao longo
da próxima década entre os que estão
à frente em termos de imobiliário sustentável e aqueles que ficam para trás”.
Um exemplo da mudança que vai
acontecendo é a entrada em vigor, no
Reino Unido, do Energy Act 2011. “A
partir de Abril de 2018, os proprietários estão impossibilitados de arrendar
fracções residenciais, comerciais e de
escritórios abaixo de um standard mínimo, que se espera, de forma consensual, seja o de classificação mínima de
eficiência energética E. Estima-se que
cerca de 63 por cento do stock do Reino
Unido tenha uma classificação em termos de eficiência energética abaixo de
E. Assim, esta medida forçará a uma rápida alteração na maioria dos edifícios
a acontecer num período temporal de
curto-prazo”, sublinhou Bill Page.
Maria José Vaquero, directora de
Gestão de Imóveis da Jones Lang
LaSalle Portugal, dá também como
exemplo o nosso país, onde “os proprietários têm vindo a melhorar a sustentabilidade dos seus edifícios com a
introdução da legislação de certificação energética”, existindo, contudo,
“muito caminho para percorrer”. “A
sustentabilidade tem que ser entendida
e conjugada com a gestão integrada das
instalações”, assinalou.
Os constrangimentos económicos
estão a ter, no entanto, um impacto
“bastante significativo” no progresso,
destas práticas sustentáveis em outros
países, segundo a Jones Lang LaSalle.
Benoît du Passage, managing director
desta consultora para a França e Sul
da Europa, alerta para esta situação,
mas adverte que “os proprietários e
promotores de escritórios terão de
agir rapidamente para proteger o valor
dos seus imóveis e impedir que estes
se tornem obsoletos. Um edifício sustentável irá rapidamente tornar-se um
pré-requisito para o imobiliário prime.
Como consequência, esperamos que o
diferencial de preços aumente entre os
activos sustentáveis e não-sustentáveis
ao longo dos próximos anos”.
Chamartín
Imobiliária
coloca Spunp
Portugal no
Miraflores Office
Center
A Chamartín Imobiliária, através da sua
área de negócios Corporate Solutions,
concretizou recentemente um acordo de arrendamento com a empresa
Spunp Portugal, que passa a contar
com instalações no edifício Miraflores
Office Center.
A Spunp Portugal, que se dedica à
realização de eventos desportivos e de
entretenimento e consultoria na área
desportiva, dispõe agora de um espaço
de 76 metros quadrados naquele empreendimento, situado na Avenida das
Túlipas, em Miraflores, no concelho
de Oeiras.
De acordo com a Chamartín
Imobiliária, o “Miraflores Office Center
conta com uma excelente acessibilidade (Marginal, CRIL e A5) e é servido
pela rede suburbana de transportes
públicos, proporcionando uma localização privilegiada para quem procura
um fácil acesso de e para a capital”.
Este projecto apresenta “várias opções de espaço disponíveis, com soluções que se adaptam às necessidades
de cada empresa, a partir de 29 m²”,
constata a mesma promotora.
Tendências de Cor para 2012 Remax faz “balanço positivo”
da sua campanha de saldos
apresentadas pela Cin
A Cin lançou o seu novo catálogo de
«Tendências de Cor 2012», inspirado no tema “Home Stories”. Dividido
em quatro colecções de cor (“Delicate
Harmony”, “Natural Impressions”,
“Pure Tranquility” e “Creative Touch”),
este novo catálogo “propõe um hino à
casa enquanto refúgio do mundo exterior e um regresso da cor em todos os
recantos”, indica a Cin em comunicado. “Este ano temos um catálogo de
Tendências Cin mais humanizado, baseado em casas reais, vividas por pessoas reais”, sublinhou Céline Azevedo,
designer de cor da marca, que dá con-
ta de que, “pela primeira vez, demos
protagonismo às pessoas e às suas casas
para proporcionar àqueles que vêem
o nosso catálogo uma maior identificação com os espaços, com diferentes
histórias de vida. São pessoas como nós,
cujas casas foram escolhidas de acordo
com quatro ambientes de cor Tendência
para 2012”. Num catálogo onde “predominam os tons de azul, o destaque
vai para a cor do ano, o turquesa, a que
a Cin chamou Azul Bali. Esta é uma
cor fresca e revitalizante que traduz a
harmonia e a liberdade dentro e fora
da casa”, pode ler-se no comunicado.
A Remax fechou a sua campanha de
saldos, com um total de 424 transacções efectuadas, 83 por cento
das quais referem-se a vendas e 17
por cento a arrendamentos. Lisboa
e Faro foram as zonas do país com
maior adesão a esta iniciativa da rede imobiliária, que decorreu até ao
passado dia 28 de Fevereiro.
“Esta foi a nossa melhor época de
saldos de sempre. Os imóveis já estavam a preço de mercado, mas nesta
campanha ainda reduziram um pouco mais, pelo que para quem tinha
dinheiro para investir esta foi uma
óptima oportunidade para fazer negócio”, frisou Beatriz Rubio, CEO da
Remax Portugal.
A larga maioria das 424 transacções
efectuadas referem-se a vendas (352)
e uma parte menos significativa a arrendamentos (72). No que diz respeito
às vendas, 334 dos imóveis vendidos
destinam-se a habitação a apenas 18
foram procurados para utilização comercial. Já no que concerne ao arrendamento, a habitação continua a ser
o objectivo principal da maioria dos
compradores (58), sendo que a vertente comercial se reflectiu em apenas
22 transacções.
As tipologias mais procuradas para
compra e arrendamento foram os T2
e T3. A nível de venda, o valor médio
das transacções cifrou-se em cerca de
97 mil euros, enquanto no arrendamento a média foi de 507 euros.
Entretanto, a Remax lançou, recentemente, no seu website as
«Oportunidades da Semana», uma
iniciativa que “pretende informar o
cliente final sobre os imóveis que se
destacam pela sua relação qualidadepreço”, explicou Beatriz Rubio. Pedro
Farinha
K&A
Público Imobiliário • Quarta-feira 14 Março 2012 •
Actualidade
Kendall & Associados Imobiliária
Real Estate
MORADIA NA FOZ
Alto dos Moinhos
arrendou escritórios
Pedro Farinha
Promotores dizem
que projecto tem sido
procurado por fundos de
investimento
A promotora J. A. Santos Carvalho
anunciou que o seu projecto imobiliário Alto dos Moinhos, em Lisboa, registou nos primeiros meses deste ano
o arrendamento de quatro fracções de
escritórios, correspondentes a 640 metros quadrados.
“O empreendimento vendeu a investidores privados com taxas de rentabilidade interessantes”, informou a promotora, que diz que começa a existir
também procura por parte de fundos
de investimento, com “o objectivo de
reestruturação da carteira de investimento imobiliário com rentabilidades
EDIFÍCIO NA BAIXA DO PORTO
mais altas do que no passado”.
Actualmente, o Alto dos Moinhos
tem para venda a investidores ou fundos seis unidades de escritórios arrendadas.
A J. A. Santos Carvalho nota que a
construção do Alto dos Moinhos encontra-se concluída e que todos os
seus espaços exteriores estão “consolidados”.
MORADIA NA BOAVISTA
Garrigues instala-se
no edifício República 25
completa rede de transportes públicos
e acessos viários, bem como por uma
vasta oferta de comércio e serviços circundantes. O edifício destina-se, na sua
totalidade, ao arrendamento de escritórios e está dotado das melhores infraestruturas e tecnologias, adequadas às
necessidades e exigências do mercado”, indica um comunicado enviado à
imprensa, que dá igualmente conta de
que este projecto está dividido em sete
pisos e conta com aproximadamente
100 lugares de estacionamento.
Segundo dados avançados pelos
promotores deste empreendimento,
o República 25 encontra-se já arrendado em 85 por cento. P.F.
Extrusal lançou
sistema de
portas A.055
A Extrusal lançou recentemente, no
mercado português, o A.055, um sistema concebido para a construção de
portas de grandes dimensões, sujeitas
a uma utilização moderada (50.000 ciclos) ou elevada (500.000 ciclos).
“O sistema de portas A.055 vem reforçar a gama de produtos da marca,
para aplicação na arquitectura, apresentando como principal inovação a
adopção da poliamida deslizante que
permite dilatações ao sistema”, indica
um comunicado enviado à comunicação social. A nova solução, “de uma ou
duas folhas de abertura para o interior,
exterior e vaivém”, encontra-se disponível “nas versões com ou sem rotura
térmica”. A construção é “perimetral
e tem a opção de perfil de soleira lisa
para uma melhor acessibilidade, sendo
compatível com os restantes sistemas
Extrusal”, acrescenta o mesmo comunicado.Com este lançamento, a Extrusal
“oferece ao mercado uma solução de
raiz para obras de dimensão, em que
os prescritores necessitam de respostas
específicas aos desafios das novas tendências arquitectónicas”, precisou João
Madaíl, director comercial desta marca.
PALACETE NA BAIXA DO PORTO
MORADIA NO BAIRRO GUERRA JUNQUEIRO
PREÇOS SOB CONSULTA
K&A - Kendall & Associados
Tel.: (+351) 226 183 839 • Tm.: 969 555 910 • Fax: (+351) 226 183 841
[email protected] | www.kaimobiliaria.com
RESIDENCIAL
LAZER
HOTÉIS
&
RESORTS
CORPORATE
Lic. 6340 AMI
A sociedade de advogados Garrigues
acaba de se instalar no edifício
Republica 25, situado na avenida com
o mesmo nome, na cidade de Lisboa. A
Garrigues passou a ocupar quatro pisos
neste edifício, propriedade do Fundo
Imobiliário Fechado ImoUrbe, gerido
pela Popular Gestão.
O edifício, datado de 1906, situa-se
no centro da capital portuguesa e foi
recentemente sujeito a uma operação de reabilitação levada a cabo pela
promotora Cerquia. Foi também esta
promotora a responsável pelas obras
de adaptação dos pisos à instalação da
Garrigues.
“O República 25 é servido por uma
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para quem procura escritórios em Portugal