13/2/2009 ATÉ TU, BRUTUS? A atitude do Sr. Carlos Nadalutti Filho, presidente de Furnas, de orientar os representantes da Empresa no Conselho Deliberativo da FRG – especialmente o Sr. Victor Albano da Silva Esteves, presidente daquele Conselho e principal “operador” das tentativas de mudança – quanto à substituição do Diretor-Presidente e do Diretor de Investimentos da FRG, é por nós entendida como uma TRAIÇÃO aos participantes assistidos e ativos. O Sr. Nadalutti está em Furnas há quase 30 anos, é participante da Fundação e conhece bem os problemas que acontecem no fundo diariamente, como também os prejuízos sofridos pelo nosso patrimônio, a exemplo dos casos do Banco Santos e SADE, entre outros. Por outro lado, ele mostra a sua lealdade para com seus pares, aqueles que deram sustentação política à sua indicação, como o ministro Edison Lobão, o deputado Eduardo Cunha e o Sr Boris Gorenstin, que assessora a presidência, entre outros. Mas todos, com certeza, pertencentes ao mesmo “grupo político”, com interesses pessoais inteiramente conflitantes com o dos participantes da REAL GRANDEZA. As entidades representativas dos participantes e assistidos, que compõem o FÓRUM EM DEFESA DA FUNDAÇÃO REAL GRANDEZA, tem denunciado e reafirmado que a instituição vem sendo vítima de agressões inaceitáveis e alvo de sucessivas manobras por parte do grupo político que hoje comanda a patrocinadora Furnas, em movimento deliberado para desestabilizar a atual gestão, com intenções mascaradas, mas claramente voltadas ao aparelhamento da instituição. O mencionado grupo, conhecido no sistema e na mídia por polêmica passagem pela Prece (fundo de pensão da CEDAE, RJ) vem, em nome de Furnas, perpetrando seguidos atos contrários aos interesses dos participantes, sempre infringindo as boas práticas de relacionamento com o Fundo de Pensão. E o pior: normalmente eivados de ilegalidades flagrantes. Nitidamente se observa uma tentativa de tumultuar a gestão da FRG, que vem procurando resolver os principais problemas do fundo. A tentativa de intervir na gestão da Fundação teve início a partir da posse do Sr. Luís Paulo Conde e, agora, o novo presidente de Furnas assume o compromisso de tentar levar a cabo a empreitada que seu antecessor não conseguiu. Acreditávamos que o Sr. Nadalutti, por ser do quadro próprio, participante da FRG, e por sua trajetória de vida – que gosta sempre de exaltar –, não comungaria com os métodos e as antigas práticas do grupo político que o apóia, no tocante às intenções e ao passado de manipulação de fundos de pensão. No inicio de sua gestão na presidência de Furnas, afirmou aos sindicatos que transmitissem tranquilidade aos trabalhadores, pois a Fundação estava blindada, que não recebera nenhuma orientação sobre a gestão do nosso Fundo de Pensão e que estava próximo de se aposentar e usufruir do benefício da FRG. Mas, nessa mesma época, alertávamos que poderia haver pressões do grupo político ao qual ele pertence e que deveríamos ficar com “um olho no peixe e outro no gato” Infelizmente, estávamos certos. Nova pressão sobre os conselheiros para a retirada dos diretores da Fundação surgiu, e para os próprios diretores a serem trocados, com ligações telefônicas ora oferecendo cargos em furnas, ora com pressões do tipo “você será prejudicado na volta à patrocinadora para prestar serviços”. É importante deixar claro, para todos, o disposto no artigo 51 do Estatuto da REAL GRANDEZA, que transcrevemos: “Os membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, e da Diretoria Executiva, no exercício de seus mandatos, têm independência relativamente às Patrocinadoras em seus votos, opiniões e pareceres, não podendo sofrer qualquer tipo de sanção administrativa ou trabalhista em decorrência das aludidas manifestações, respeitados os aspectos legais”. Há vários problemas na FRG que temos urgência em ver resolvidos, todos de interesse dos participantes e assistidos. Um exemplo é a dívida das patrocinadoras, que está contratada e quase sempre é objeto de discussão no seio dos participantes, patrocinadoras e Fundação. A questão do déficit dos participantes e assistidos ainda está por se resolver, dentre outros problemas apontados pela fiscalização da SPC, para os quais precisamos encontrar uma saída que dê conforto e tranquilidade a todos. E isso só é possível em um ambiente sem pressões, com responsabilidade, honestidade, ética, transparência e a certeza de que o patrimônio da Fundação é nosso. Por fim, estaremos atentos e manteremos os trabalhadores mobilizados e informados na defesa do nosso patrimônio contra quaisquer atos que possam trazer prejuízos ao nosso Fundo, bem como contra as tentativas de mudanças imotivadas de seus gestores; paralisaremos todas as atividades de FURNAS e da Fundação e, se necessário, iremos às últimas consequências para denunciar e barrar as ações que possam colocar em risco o nosso patrimônio. Convocamos todas as entidades que compõem o Fórum para reunião a realizar-se no dia 17.02.09, no Rio de Janeiro, com o objetivo de discutirmos os encaminhamentos e as ações de mobilização que o caso requer. O seu futuro e o de sua família estão correndo perigo. Reaja! Rio de janeiro Escritório Central e Fundação Real Grandeza Convocamos todos os trabalhadores para a entrada principal de Furnas, na segunda-feira, dia 16.02.09, às 9h, quando faremos um ato em defesa da Fundação Real Grandeza.