A CRISE NA FUNCEF
- Principais Considerações
 A oportuna e necessária participação da AGEA nas análises,
questionamentos e, a partir daí, a formulação de possíveis
propostas que busquem minorar a atual crise financeira na
FUNCEF, parece ser o destino natural e promissor que
haverá de iluminar seus dirigentes e associados;
 Diante do tamanho da atual crise, suas origens e
consequências, o necessário exercício da liderança da AGEA,
o significado da sua rica história, com certeza, verá ampliada
sua imagem, o respeito e o reconhecimento que sempre
desfrutou nos corações da classe economiária gaúcha e
brasileira;
 A importância da existência da FUNCEF para nossas vidas, o
resguardo da sua saúde financeira e mesmo da manutenção
do nosso já precário e decadente padrão de vida, num
cenário tão adverso e preocupante, não nos é permitido
indiferença, alheamento e muito menos pensar em
acomodação. Recrudesce no pais a perversa doença
inflacionária, crescem seus índices e assim, aos poucos
aniquilam nossos proventos, nossas pensões e acumulam
nossas perdas ;
 No bojo de crise tão perversa, de gestões tão temerárias à
frente da FUNCEF, nossa AGEA ao decidir propor e liderar
evento e debates, em nível nacional, ações que possam
produzir resultados mais favoráveis aos economiários, que
possam minimizar prejuízos, que estabilize nosso futuro,
tanto por nossa condição de assistidos ou como
participantes, decisões que, certamente alcançarão o total
apoio dos economiários brasileiros, tanto ativos como
aposentados e pensionistas;
 Os economiários brasileiros, mesmo dispersos em diferentes
federações, associações estaduais, que hoje reúnem ativos
e aposentados em suas respectivas associações, atualmente
convivendo com indigesta correlação de forte crise na
economia do pais, de claro cenário de recessão, de
continuada crise institucional e política, de acumulados,
persistentes e crescentes déficit(s) nos planos de
aposentadoria da FUNCEF, corrupção generalizada e
perversa, quadro de desesperança e natural indignação, que
contagia, especialmente aposentados, eternas vítimas do
descaso, do ostensivo desprezo e claro rebaixamento. Em
momentos onde o desrespeito triunfa, onde a indiferença da
CAIXA, responsável e patrocinadora da FUNCEF, coautora e
também responsável diante dos atuais rumos e desacertos
de sua patrocinada, silencia, parecendo querer descartar-se,
mesmo diante dos seus compulsórios compromissos legais e
o necessário reconhecimento aos seus ex-servidores e
pensionistas.
Mesmo diante de tantos e irrefutáveis fatos, a esperança é
indispensável, assim como abrandar nossas diferenças,
sepultar nossos ranços ideológicos, preservar e exigir
respeito a nossa dignidade, aos nossos sagrados e
inalienáveis direitos, diálogo franco e leal, união de
propósitos, agenda única em torno da FUNCEF e que supere
indiferenças, que perpetue nossas forças e preserve nosso
inegociável futuro;
 Nossa história recente, face a nossa condição de assistidos
pela FUNCEF, com nitidez sinaliza rosário de prejuízos, de
injustificáveis e continuadas perdas quase sempre causadas
por índices insuficientes e irreais, convenientemente mal
construídos (INPC, IPCA, etc.), inaceitáveis e injustas
decisões dos seus conselhos e diretoria executiva, quase
sempre indiferentes mas que, invariavelmente posicionamse como continuados praticantes de conversa ou escrita de
pouco ou nenhum conteúdo, sempre amparados em
pretextos, adiando soluções enquanto e ao mesmo tempo,
desabam nossos proventos, nosso já anêmico padrão de
vida. E agora, para completar cenário tão adverso,
compulsoriamente, estaremos na iminência de participar de
indigesto compartilhamento no pagamento de vultosa conta
que não é nossa mas, isto sim, muito mais da Caixa e da
FUNCEF.
Erra quem diz que raio não cai duas vezes no mesmo lugar.
Não é nosso caso...
Diante das considerações até aqui expostas, nossa proposta:
 Realização, por iniciativa da AGEA, da sua diretoria e o
necessário apoio dos seus conselhos, de reunião
preparatória em sua sede social, em Porto Alegre, com a
participação dos atuais presidentes de Associações
Estaduais de Economiários aposentados. Referidas
presenças viriam e participariam às suas expensas, cabendo
a AGEA, apenas reservas de hotéis, talvez um almoço ou
jantar (ou recepção na própria AGEA). Referido encontro
teria duração de apenas um dia, ou no máximo dois, em
horário das 09 às 17 horas, resguardado horário de almoço;
- Referido encontro, por sua urgência e necessariamente
extraordinário face à iminência dos processos de
equalização nos planos da FUNCEF, suas consequências e
prejuízos em nossos proventos e pensões;
 Precedendo referido encontro de presidentes, entendemos
como indispensável e sob coordenação da AGEA, reunião
com alguns advogados, aqui residentes, e associados
(podendo a AGEA, a seu critério, convidar um ou mais
advogados da sua confiança, estranhos ao quadro social),
colhendo suas opiniões técnicas, naturalmente sem custos
para a nossa AGEA, versando sobre possível caducidade da
atual legislação reguladora dos atuais fundos de previdência
complementar. Se possível, avaliar seus pontos fracos, sua
vulnerabilidade diante de crises, onde e como nos protege,
por nossa condição de assistidos, resguardo em suas
aplicações, transparência e formas de gestão, forma de
ingerência das patrocinadoras nos processos de
investimentos, demasiada submissão em suas decisões,
especialmente em seus conselhos e em suas diretorias
executivas. Referida análise, por ser técnica, poderá
oferecer preciosas sugestões com vistas à possíveis
mudanças na legislação pertinente. Aqui, poderá ser
previamente oferecido aos advogados convidados, material
versando sobre a legislação em vigor, facilitando assim, a
análise proposta;
Sem maiores pretensões, sugerimos a inclusão nos debates
com os presidentes participantes, o seguinte:
 Ampla análise sobre a legislação vigente, reguladora dos
fundos de aposentadoria complementar, propostas sobre
possíveis modificações, etc. (a partir, também das sugestões
dos advogados);
 Revisão e possíveis modificações nos critérios reguladores
nos processos de contribuição (proporção) das
patrocinadoras em relação aos seus atuais empregados
tendo em vista o equilíbrio futuro nos planos de
aposentadoria das fundações, especialmente no longo
prazo;
 Revisão, enérgica cobrança quanto aos papéis da PREVIC nos
processos de controle, fiscalização e nos procedimentos de
dirigentes de fundações, suas gestões, muitas vezes
temerárias, sua demasiada submissão às patrocinadoras,
principalmente em suas vontades e práticas indutoras de
investimentos mal sucedidos e resultados lastimáveis.
 Revisão dos processos de decisões das diretorias executivas
dos fundos, dos seus conselhos, especialmente quanto ao
voto de minerva e o tamanho de alçadas.
 Como um dos principais objetivos da reunião ora proposta,
será o amplo debate, o acolhimento de propostas para
análise dos presentes, exame de ideias criativas que possam
ser oferecidas visando minimizar a atual crise na FUNCEF;
 Os convidados precisarão receber comunicação (convite)
pessoal do presidente da AGEA, dizendo dos motivos, das
intenções da direção da associação sobre referido encontro
em Porto Alegre. Sua importância em termos de
congraçamento, pontos de vistas e opiniões mais afinadas,
propostas unificadas, questionamentos amparados em
processo coeso, robusto, unido, portanto significativo, de
peso;
 Referido encontro, de caráter mais preparatório, objetiva
movimento maior, mais coeso, com proposições (projetos)
seguramente criativos que depois de analisados e aprovados

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poderiam embasar propostas mais consistentes às
entidades superiores (FENACEF, FENAE, etc.);
Indispensável a participação da direção da FENACEF na
condição de convidada especial;
A reunião preparatória aqui proposta (presidentes) precisa
ser entendida como o início de ação mais abrangente
liderada pelas associações estaduais de aposentados, com o
necessário apoio da FENACEF e proposto também aos ativos,
suas associações, seus associados. Aqui vale a máxima:
unidos teremos maior poder de barganha, dispersos sempre
seremos a alegria da caixa;
Os números indicadores do tamanho dos déficit(s) nos
planos de aposentadoria complementar da FUNCEF, já são
conhecidos, é jogo jogado, assustam e sinalizam futuros
impasses, barreiras, imposições e enquadramento político
nos próximos e compulsórios processos de equalização já
legalmente previstos. São escassas as alternativas menos
dolorosas, menos drásticas, restando a via da negociação
política como o estreito e quase único caminho que possa
alcançar resultados ou soluções mais favoráveis, viáveis no
comprometimento de proventos e pensões, estes caminhos,
naturalmente exigem pressão política de qualidade,
autêntica, legítima e muita habilidade dos negociadores que
possam nos representar. Experiência, conhecimento,
desapego à vaidades, à intransigência, a projetos políticos e
partidários mas, acima de tudo valorizando sua lealdade e
segura identificação à causa economiária;
Neste cenário de grave crise financeira na FUNCEF e na
possibilidade de qualquer solução mais drástica na chamada
equalização dos atuais rombos nos planos da FUNCEF, não
há como não cobrar explicações públicas da caixa, diante da
sua indiferença com seus ex-servidores, enquanto e ao
mesmo tempo, gasta rios de dinheiro, somas astronômicas
em publicidade. No Brasil, hoje, como no mensalão gastos
amazônicos com publicidade despertam desconfiança, já
que referidas práticas podem descambar no rumo do ralo
por onde corre a podridão da corrupção.
Era nossa proposta na esperança de que seja aceita,
compreendida, prossiga e se concretize para o bem e
crescimento da nossa AGEA.
À consideração da direção.
Texto proposto: Jesus de Moura Estery
Associado AGEA
Assinam, por sua condição de associados participantes das
reuniões das quintas-feiras.
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