REPRESENTAÇÕES PLANAS DE OBJETOS TRIDIMENSIONAIS Naira Girotto – Email: [email protected] Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS Porto Alegre – Rio Grande do Sul Márcia Rodrigues Notare – Email: [email protected] Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS - IM/PPGEMAT Porto Alegre – Rio Grande do Sul Marcus Vinicius de Azevedo Basso – Email: [email protected] Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS - IM/PPGEMAT Porto Alegre – Rio Grande do Sul Resumo: Este artigo desenvolve uma proposta didática de pesquisa-ação com alunos de 7º ano do ensino fundamental de uma escola pública do município de Porto Alegre - RS, tratando da aprendizagem na representação em perspectiva de uma figura tridimensional no plano, oportunizando ao aluno a construção bidimensional, utilizando para isso o uso de eixos e papel isométrico, aliados à teoria e a vídeo. Foram utilizados na construção das representações, conceitos geométricos de retas paralelas e concorrentes e estudo de ângulos. Os resultados obtidos durante o processo de construção e diante de questionamentos indicam que houve contribuição aos alunos na compreensão da representação dos sólidos. Palavras-chaves: Sólido, Representação geométrica, Eixo isométrico. 2 1 INTRODUÇÃO A escolha por explorar este tema está ligada à dificuldade de representar em perspectiva uma figura tridimensional no plano. Este fato pode interferir na capacidade de compreensão das representações de objetos tridimensionais, como por exemplo, representações presentes em livros e esboços feitos no quadro, destacando a capacidade do aluno em simular suas representações por meio de desenho. O objetivo é proporcionar ao educando, o estudo de técnicas para representar relações espaciais de objetos sólidos numa superfície plana, assim como identificar as características dos sólidos, reconhecer retas paralelas e concorrentes em uma representação em perspectiva, apoiados em vídeo e slides organizados pela professora, gerando assim iniciativas de análise e entendimento das construções. Apresenta-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais a necessidade de trabalho de conceitos geométricos na aprendizagem de matemática, desta forma busca-se interligar conteúdos de maneira que motive e encoraje o educando a analisar, buscar alternativas para suas produções, identificar a matemática existente no trabalho desenvolvido, amparado pela base teórica do Modelo de Van Hiele de pensamento geométrico. 2 GEOMETRIA NO ENSINO DA MATEMÁTICA A importância e a necessidade de disponibilizar e organizar aulas que contemplem o ensino da geometria está presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) para o ensino fundamental. Os conceitos geométricos são parte importante do currículo de matemática porque, por meio deles, o aluno desenvolve um tipo especial de pensamento que lhe permite compreender, descrever e representar, de forma organizada, o mundo em que vive (p.41). Para Becker (2009), ao agir sobre um objeto, o sujeito está ativamente reproduzindo e prolongando suas transformações, decompondo e recompondo o objeto. Desta forma, possibilita um desenvolvimento importante para o entendimento do educando, que se torna ativo em sua produção, tendo que tomar decisões sobre a melhor forma de construir e analisar com coerência seus resultados. Notare e Basso (2012, p.3), comentam sobre a ação significativa que impulsiona a aprendizagem, Pode-se dizer que o sujeito só aprende porque age. A ação é a força propulsora do desenvolvimento humano, ou seja, é por meio das ações que o sujeito prática, que ele se desenvolve. Entretanto, não é qualquer ação que leva a avanços no conhecimento; é preciso uma ação significativa, que tenha sentido para o sujeito, que o faça pensar sobre o que fez e sobre o próprio pensamento. Entende-se que o estudo da geometria proporciona grandes possibilidades de ações, permitindo um olhar diferenciado, mobilizando conhecimentos de várias áreas da matemática. Os PCNs abordam o uso de vídeos como um dos recursos tecnológicos de comunicação que podem ser usados durante as aulas de matemática, 3 A atual tecnologia de produção de vídeos educativos permite que conceitos, figuras, relações, gráficos sejam apresentados de forma atrativa e dinâmica. Nos vídeos, o ritmo e a cor são fatores estéticos importantes para captar o interesse do observador. Além disso, esse tipo de recurso possibilita uma observação mais completa e detalhada na medida em que permite parar a imagem, voltar, antecipar. (p. 46) O pensamento e o trabalho geométrico beneficiam-se em muitos aspectos, ao se utilizar recursos tecnológicos, neste caso, o uso de vídeos como um meio de orientar, informar e apresentar outras possibilidades de visualização de forma dinâmica e interligada. 3 MODELO VAN HIELE O modelo Van Hiele de pensamento geométrico pode ser usado para guiar a formação do professor e avaliar o estágio de entendimento dos educandos. Linquist (1994) aborda este modelo, destacando os cinco níveis do pensamento geométrico, sendo eles visualização, análise, dedução informal, dedução formal e rigor. Ao visualizar, o aluno consegue identificar figuras, reproduzi-las, mas não reconhece seus ângulos e o paralelismo dos lados. Através de observações e experimentações, analisa as características das figuras, as propriedades de cada figura passam a ser conceituadas, sem encontrar relações entre essas propriedades. Ao deduzir informalmente, o educando estabelece inter-relações de propriedades da figura, posteriormente compreende o significado da dedução formal, constrói demonstrações e não apenas as memoriza, e por fim, passa a estudar geometrias não euclidianas e comparar sistemas diferentes. De acordo com modelo Van Hiele, não é possível pular etapas dos níveis, a sequência deve ser mantida, o que foi trabalhado deve ser compreendido para o aluno passar para o próximo nível. O que pode ocorrer é avançar mais rapidamente de um nível para outro e este avanço depende mais do conteúdo trabalhado e do método utilizado, do que da idade do aluno. Cada etapa possui seus próprios símbolos linguísticos. A combinação do nível do aluno e métodos precisa ser adequada para que haja aprendizagem. Os Van Hiele propuseram cinco fases sequenciais para organizar o aprendizado. Interrogação: após questionamentos, o professor identifica os conhecimentos prévios dos alunos e o aluno toma conhecimento do rumo do estudo. Orientação dirigida: o aluno explora o material organizado pelo professor, pequenas tarefas que irão provocar respostas específicas. Explicação: baseados nas experiências vividas, os alunos expressam e trocam suas visões, o professor orienta os alunos quanto à utilização de uma linguagem precisa e adequada. Orientação livre: o aluno consegue realizar atividades com vários passos, orientando-se a si mesmo. Integração: Ocorre a revisão do que foi trabalhado, formando assim uma visão geral da nova rede de objetos e relações. 4 EXPERIÊNCIA DIDÁTICA E ANÁLISE DOS DADOS Esta experiência didática constitui em uma pesquisa-ação, em que as atividades foram desenvolvidas em uma escola da rede pública do município de Porto Alegre. Foram utilizados 4 três períodos, com uma duração de quarenta e cinco minutos cada, sendo o grupo composto por quinze alunos do sétimo ano do ensino fundamental. O material utilizado consiste em vídeos, recurso multimídia e tarefas divididas em atividades. Através da visualização, estudo da teoria e manipulação de materiais concretos, os estudantes poderão representar sólidos geométricos em superfícies planas, atendendo às características da representação na perspectiva isométrica, usando o eixo isométrico e o papel isométrico. A realização das tarefas foi acompanhada pelo professor em dois aspectos. No primeiro, com respaldo matemático e didático necessário para a construção de conceitos. No segundo, com coleta de dados através de observações, questionário, registros utilizados na análise desta proposta. Inicialmente, foi apresentado aos alunos o vídeo “Leitura e interpretação de desenho técnico mecânico”1, que apresenta a possibilidade de análise da perspectiva, que é uma forma de representar no plano um objeto de três dimensões, passando a ideia de profundidade e relevo, assim como identificação de retas, semirretas e ângulos, sendo a construção realizada através do eixo isométrico. 4.1 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA Na exploração do artigo “Perspectiva Série Mundo da Matemática” (Guia do Professor, s/d), apresenta-se a seguinte explicação, Iso quer dizer mesma; métrica quer dizer medida. A perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto representado. Para construir-se uma perspectiva isométrica de um objeto, basta desenhar a base do desenho, chamada de eixos isométricos, que consistem em três semirretas com o mesmo ponto de origem, formando entre si ângulos de 120º. Cada uma das semirretas é um eixo isométrico e este eixo pode ser representado em várias posições. A Figura 1 ilustra essa ideia. Figura 1 – Eixos isométricos, elaborados pelos autores. 1 Vídeo do Programa Novo Telecurso, tele aula de número 3, “Leitura e interpretação de desenho técnico mecânico”. Telecurso é um sistema educacional de educação à distância brasileiro mantido pela Fundação Roberto Marinho e pelo sistema FIESP. 5 Linhas isométricas são retas paralelas aos eixos isométricos. O vídeo apresenta a explicação destas linhas, e destaca a importância da compreensão para a construção da representação de um objeto espacial na malha isométrica. A atividade descrita a seguir foi entregue aos educandos para resolução e análise. Análise as retas n, p, r e t na figura abaixo, são elas paralelas ou não são paralelas aos eixos x, y e z. No caso de serem paralelas, identifique o paralelismo entre a reta e o eixo correspondente: Figura 2 – Atividade, elaborado pelos autores baseada no vídeo. Ao receberem a atividade, os alunos estavam preocupados em encontrar um resultado numérico, alguns educandos mediram o comprimento da reta, o fato de estarem resolvendo uma atividade matemática sem a presença de cálculos surpreendeu os alunos. A compreensão ocorreu em uma análise conjunta com a turma, pois a reta n foi identificada como reta paralela ao eixo x pela maior parte dos alunos, enquanto que para as retas p e t apresentaram dúvidas, sendo que as retas são paralelas aos eixos y e x respectivamente, para compreensão solicitou-se que prolongassem as retas p e t. Com a sequência do vídeo, partiu-se para a explicação da representação de um sólido na perspectiva isométrica. Figura 3 – Perspectiva isométrica do prisma de base retangular, elaborado pelos autores. Posteriormente um prisma de base retangular foi entregue aos alunos, e solicitado que representassem no eixo isométrico o sólido proposto, semelhante ao que é apresentado na Figura 3. 6 Alguns alunos demoram a iniciar o traçado, estavam analisando e outros partiram para traços impulsivos na tentativa rápida de conseguir a representação, mas após terminar, solicitavam ajuda para identificar o que não estavam fazendo correto, percebiam que a figura não era condizente com o sólido, mas não conseguiam identificar o problema. Neste momento, observa-se a importância da análise e entendimento do conteúdo para o traçado. Figura 4 – Representação feita por aluno, 1ª Etapa Sabe-se que ao fazer um desenho, se utiliza de técnica e treino para sua perfeição, e em um primeiro momento, os desenhos poderiam não ficar totalmente coerentes, mas as propriedades da construção seriam identificadas, sendo estas, a construção de retas paralelas ao eixo isométrico. Após a apresentação do vídeo e algumas explorações, os alunos estavam confiantes que seriam capazes de reproduzir o sólido no plano. Como mostra a Figura 4, iniciaram sem dificuldades a marcação do comprimento, da largura e da altura do sólido no eixo isométrico, mas o traçado das retas paralelas aos eixos apresentaram problemas, o não reconhecimento desta propriedade é característico do nível de visualização do pensamento geométrico do modelo de Van Hiele. Detectadas as dificuldades, na aula seguinte, partiu-se para a análise do sólido entregue. Com o sólido em mãos, analisamos de forma coletiva, quantas faces o compunha, estas faces eram formadas por quais figuras geométricas, medimos o comprimento, a largura e a altura do sólido, e retomamos os eixos isométricos, questionamentos sobre o que estes eixos e as retas paralelas a eles representam na reprodução do sólido em uma face plana. Após essas discussões os alunos foram encorajados a construir uma nova representação. Em seus registros e tentativas, podemos observar que estavam mais atentos aos detalhes do sólido e do desenho, estavam mais dispostos a descobrir o que deveriam corrigir em seus esboços para um resultado satisfatório, notou-se uma postura de empenho e concentração. Solicitavam menos o auxílio da professora, quando iam mostrar o desenho, perguntavam se estava correto e apontavam o que acreditavam não estar adequado, identificando a falha e mostrando disposição para corrigi-la. Esta postura proporciona uma oportunidade de reflexão sobre o assunto trabalhado e, consequentemente, observa-se empenho no exercício proposto. A ajuda mútua entre os colegas também é um destaque, pois mesmo se tratando de uma construção individual, alunos que compreenderam a construção com maior facilidade, estavam dispostos a auxiliar seus colegas. 7 As imagens na figura 5 mostram as construções realizadas na segunda etapa. Podemos observar no primeiro registro da esquerda para a direita, em que o aluno não se preocupou em utilizar a régua para um desenho mais preciso, mas é possível identificar o paralelismo de algumas retas em relação ao eixo. A segunda representação apresenta um cuidado com a utilização da régua, assim como acertos em relação a retas paralelas aos eixos, seu registro aproximou-se satisfatoriamente do sólido solicitado. O terceiro desenho chamou atenção, pois o aluno tinha em mãos um prisma de base retangular, no momento em que foi questionado sobre o sólido desenhado, o mesmo disse “achava que era para reduzir o sólido”, o sólido não foi reduzido, mas modificado, podemos observar que ao desenhar um cubo, a representação apresenta retas paralelas ao eixo isométrico. Figura 5 - Representações feitas pelos alunos 2ª Etapa O vídeo não aborda outras possibilidades de construção das representações na perspectiva isométrica, mas é possível representarmos através do papel isométrico, material este que auxilia e facilita a reprodução. Foi disponibilizado aos alunos o referido papel, com a finalidade de apresentar outra maneira de construção de sólidos na superfície plana. Em Carvalho (2009), destacam-se algumas regras para utilização do papel isométrico, sendo elas: i) Os pontos devem ser ligados por segmentos de retas. ii) Só é permitido unir pontos vizinhos. iii) Não são permitidos segmentos horizontais. iv) Entre os segmentos não verticais devem formar ângulos de 60º ou 120º. v) Representar somente arestas visíveis. Estas orientações foram discutidas e entregues aos alunos. Na terceira aula, partimos para as construções no papel isométrico, onde prismas de base retangular e cubos foram entregues aos alunos. No primeiro momento, houve uma adaptação com o papel para que compreendessem o traçado neste material. Conforme avançavam, foram disponibilizados sólidos diferenciados para que os alunos pudessem manusear e representar no plano. 8 Figura 6 – Representação do cubo feita por aluno Na figura 6, representação do cubo feita por um dos alunos, podemos observar que o comprimento, altura e largura estão corretos, mas na face superior ocorreram problemas quanto ao paralelismo das retas. Alguns educandos tiveram dificuldades em representar os sólidos, não avançaram em sólidos mais elaborados, após tentativas de construções solicitavam ajuda docente para iniciar o traçado, ao passo que outros alunos, começaram a buscar novos sólidos e até mesmo criar combinando sólidos existentes. Figura 7 – Representações feitas por um aluno Na figura 7, após o desenho do cubo, o aluno partiu para a representação de um sólido mais complexo e a representação dos sólidos disponibilizados ocorreu de forma correta. Nas produções realizadas, foi possível perceber que nem todos os alunos estavam preocupados quanto ao local da folha em que seria feito o desenho, faltou cuidado ao otimizar os espaços da folha e em alguns casos, uma parte do sólido foi construído fora da demarcação isométrica. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS No início das atividades, quando os alunos foram questionados em relação às dimensões do sólido, citaram comprimento, altura e largura respondendo rapidamente, mas na prática ao representar o respectivo sólido no plano, dúvidas surgiam, com o sólido em mãos, manuseavam o objeto e, conforme a posição em que o apoiavam na mesa, mudavam-se as medidas do comprimento, largura e altura. No modelo de Van Hiele, a fase 1, que compreende interrogação/informação, é o momento em que o professor fica a par do conhecimento inicial dos alunos, e os alunos compreendem o rumo de seus estudos. Estes questionamentos foram importantes, pois ao manusear o objeto percebiam que este não era estático, sendo possível seu registro no plano em várias perspectivas. No primeiro registro, dentre os resultados observados, constatou-se que ocorreram dificuldades relacionadas à construção das retas paralelas aos eixos isométricos. Desta forma, 9 os estudos foram retomados, foi abordada uma análise coletiva dos tópicos estudados e uma nova construção foi realizada, resultando em representações do sólido de forma mais coerente e correta. Do total de quinze alunos da turma, onze encontram-se no estágio de análise do pensamento geométrico, pois observam as características dos sólidos e as reproduzem, e quatro destes alunos não conseguiram avançar em sólidos mais elaborados durante as construções com o auxílio do papel isométrico, estando estes no nível de visualização do pensamento geométrico do modelo de Van Hiele. Para Lindquist (1994), as figuras geométricas, por exemplo, são reconhecidas por sua forma como um todo, isto é, por sua aparência física, não por suas partes ou propriedades. Nesta etapa de visualização, em que estes alunos se encontram, identificam as faces dos sólidos e suas dimensões, mas apresentavam dificuldades em representá-los. De uma forma geral, os educandos demonstraram interesse em compreender o trabalho proposto e empenho em completar a tarefa da melhor forma possível, buscando alternativas de corrigir imperfeições e superar suas limitações, é um trabalho que se apresenta de forma lúdica, mas que exige concentração e empenho em sua produção. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental. Matemática. Brasília, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental, 1997. BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental. Matemática. Brasília, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental, 1998. BECKER, Marcelo. Uma alternativa para o ensino de geometria: visualização geométrica e representações de sólidos no plano. Dissertação (Mestrado em Ensino de Matemática) Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática, UFRGS, Porto Alegre, 2009. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/17161> CARVALHO, Dione Luchesi; MENDES, Iran de Abreu; BRITO, Arlete de Jesus. História da matemática em atividades didáticas. Editora Livraria da Física, 2009. GUIA DO PROFESSOR, Conteúdos Digitais. Audivisual 14. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Disponível em: <http://ambiente.educacao.ba.gov.br/conteudosdigitais/conteudo/exibir/id/2156> Acesso em: 06 jun 2014. LINDQUIST, Mary Montgomery; SHULTE, Alberto P. Aprendendo e Ensinando Geometria. Capítulo 1. O modelo de Van Hiele de desenvolvimento do pensamento geométrico. São Paulo: Editora Atual, 1994. P. 1 – 20. NOTARE, Márcia Rodrigues; BASSO, Marcus Vinicius de Azevedo. Tecnologia na Educação Matemática: Trilhando o Caminho do Fazer ao Compreender. RENOTE Revista Novas Tecnologias na Educação – Porto Alegre, v. 10, n. 3, 2012. 10 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DESENHO TÉCNICO MECÂNICO. Novo Telecurso. Curso Profissionalizante, tele aula 3. 15:45 min. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=xJhRcFErdZI>. Acesso em: 03 jun 2014. REPRESENTATION PLAN OF THE OBJECTS THREE DIMENSIONAL Abstract: This article develops a didactic proposal of action research with students from the seventh grade of elementary education in a school in Porto Alegre / RS, treating of the learning process in perspective representation of a three dimensional figure in the plan, providing opportunities for the student the construction of two dimensional, using that for the use of axes and isometric paper, combined with the theory and the video. Were used in the construction of representations, geometric concepts as parallel and concurrent lines as well as the study of angles. The results obtained during the construction process and results before questions indicate that there was a contribution to the students in understanding of the representation of the solids. Keywords: Solids, Representation geometric, Axes isometric