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21/6/2008 15:37:56 Exigência dos candidatos a pais é um problema maior que a burocracia Nacionalmente, 60% das pessoas dispostas à adoção preferem recém­nascidos, brancos e do sexo feminino. No Pará, o comportamento é o mesmo, segundo a corregedora Luzia Nadja, que revela ainda ser, em geral, de até R$ 4 mil a renda dos candidatos a pais adotivos. Estima­se que 80 mil crianças vivam em abrigos no País. Os dados reais sobre adoção deverão ser conhecidos após a efetivação do cadastro. A partir dele, será possível também saber a distribuição das crianças adotadas em cada município, região, estado e, com isso, planejar não só medidas de incentivo como ­ a partir da descoberta de focos de abandono ­ de ajuda às famílias. As possibilidades a partir do mapeamento são colocadas pela corregedora como outro aspecto fundamental do cadastro nacional. Por enquanto, o que se tem são dados como o da pesquisa ´Percepção da População Brasileira sobre a Adoção´, divulgada este mês pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entidade que lançou uma campanha de incentivo à adoção. Segundo a pesquisa, depois da preferência por crianças de 0 a 6 meses de idade, as de 3 a 6 anos são citadas por 13,7% dos 1.562 entrevistados. Quem tem mais de 12 anos, só aparece como opção de 1,1% dos dispostos à adoção. Outros pontos da pesquisa, de que 80% disseram não ter preferência de cor e 54% afirmaram não ver problema em adotar uma criança com necessidades especiais, surpreendeu o coordenador da campanha da AMB, Francisco Oliveira Neto. Ele destacou que o elevado grau de exigência dos pretendentes a pais é um problema muito maior que a burocracia. A rapidez do processo de adoção é afirmada também pela corregedora da RMB que reforça: ´o que demora, hoje, é encontrar pais e filhos´. 
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