Convivência com gatos (Felis catus, LINNAEUS, 1758): a necessidade de conhecer sua natureza para entender seu comportamento Maria Aparecida de Alcântara¹*; Thierry Grima de Cristo²; Sandra Vogel Seixas² ¹ Professora de Etologia e Bem estar animal da Universidade Tuiuti do Paraná (email: [email protected]) ² Acadêmicos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná Problemas comportamentais em gatos são relativamente comuns e incluem uma variedade de atividades inapropriadas: micção e defecação inapropriadas, brincadeiras agressivas, arranhar móveis e atividades predatórias excessivas. Para converter componentes indesejados de cada um desses comportamentos torna-se útil avaliar os aspectos do desenvolvimento da socialização felina. Durante as primeiras sete ou mais semanas de vida, a mãe é a cuidadora principal de seus filhotes. Os problemas que as pessoas têm com seus animais de estimação, são resultados das condições artificiais e estressantes a que os animais domésticos são submetidos. Buscando conhecer estas alterações é que nos propomos a realizar este trabalho com 100 criadores de gatos da cidade de Curitiba-PR. Possuem de 1 a 2 gatos (80%); de 3 a 6 (18%) e mais de 6 gatos (2%). Vivem sozinhos 33% dos entrevistados, enquanto 67% moram com a família. Para os responsáveis, 83% dos gatos estão acostumados à rotina de ir e vir. São de raça desconhecida 64% dos machos, sendo os demais, persas (19%) e siameses (14%). Quanto as fêmeas, 73% são sem raça definida; 19% siameses e 8% persas. No referente as alterações comportamentais observadas durante seu período de ausência são citadas: tristeza (48%); arranhar móveis (21%); defecação e micção em locais inapropriados (14%); miados constantes (8%); arrancar pêlos (4%) e indiferença (3%). A territoridade dos gatos está relacionada com o sexo das espécies, sendo mais comum nos machos (80%) do que nas fêmeas (20%). Arranhar, bem como urinar, segue a conduta instintiva territorial de marcação visual e olfativa. Palavras-chave: comportamento; gatos; alterações comportamentais.