SAÚDE AMBIENTAL: PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E AGENTES DA VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE DE SÃO JOÃO DO CARIRI/PB RESUMO: A percepção do indivíduo a cerca do ambiente no qual está inserido interfere no impacto ao meio ambiente, por isso todos os trabalhos que visem modificar uma realidade ou inserir uma nova prática deve compreender como aquele grupo ou comunidade percebe o ambiente. Esta pesquisa objetivou compreender a percepção ambiental dos agentes comunitários de saúde – ACS e agentes da vigilância ambiental em saúde – AVAS do município de São João do Cariri - PB. Tratou-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa, realizado durante o período de Agosto de 2008 à Junho de 2009. A amostra foi constituída por 12 ACS e quatro AVAS afalbetizados que possuem vínculo empregatício e desenvolvem suas atividades juntamente com as duas equipes de saúde da família há mais de 12 meses. Pertencem ao sexo masculino, 56,3% dos participantes e ao feminino, 43,8%. A média das idades do grupo foi de 36,26 anos (±7,60 ; xmín=24, xmáx=54). Utilizouse um questionário com objetivo de coletar dados sócioeconômicos e caracterizar a amostra; um roteiro de entrevista em forma de trilha, para coletar dados sobre a percepção ambiental dos profissionais e, a dinâmica do mapa mental para elaboração da representação do meio ambiente, em horário e local de maior conveniência para os profissionais. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UEPB sob o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética – CAAE: 0401.1.133.000-08 e os participantes assinaram o termo de consentmento livre e esclarecido. Neste estudo, as categorias elencadas não foram pré-fixadas pelo roteiro das entrevistas, foram construídas após leituras sucessivas e intercaladas do material e conseqüente agrupamento. Elas são genéricas, abstratas e derivam das unidades de significado, comportamentos, observações e expressões verbais e não dos sujeitos. Os resultados da análise qualitativa mostra que a maioria percebe o meio ambiente como natural com a presença do homem, os principais problemas elencados estavam relacionados direta (poluição da água para beber, poluição da água dos rios, água parada) ou indiretamente (dengue, diarréias, algarobas) com a água. Como formas de debelar estes problemas, são citadas medidas, como: “acabar com o mosquito da dengue”, conscientizar a população, melhorar as políticas públicas de saúde municipais, limpar cisternas e reservatórios de água, entre outras. Todos referem que existem campanhas sobre a saúde na comunidade, principalmente em relação à doenças, como: dengue, hipertensão arterial sistêmica - HAS, doença de Chagas, tuberculose, diabetes, hanseníase, entre outros (todas são doenças de notificação compulsória ou de alta prevalência, como a HAS) e as principais doenças elencadas como as mais prevalentes na região, coincidem com aquelas divulgadas pela mídia nacional, como a dengue e as doenças supracitadas. Em relação às práticas de saúde do municípios, 43,8% as considera ruins e cita que poderiam melhorar através da capaciação (qualidade), aumento do número (quantidade) de profissionais de saúde, melhoria das políticas públicas de saúde e maior emgajamento da comunidade. Não se responsabilizam pelos problemas discutidos. Os agentes acreditam que podem modificar a realidade do seu municícpio e das comunidades que visitam desde que estejam devidamente capacitados para tal. Palavras-chave: Percepção ambiental. Agentes comunitários de saúde. Agentes da vigilância ambiental em saúde REFERÊNCIAS BRASIL. Resolução n. 196 de 10 de outubro de 1996. Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos. Conselho Nacional de Saúde, Brasília, 1996. DEMENIGHI. J. S.; STAHNKE, L. F.; LARRATÉA, T. V.; NOLL, S. H.; PAESE, L.; SAUL, P. F. de A. Atividades de percepção ambiental aplicadas a alunos do ensino infantil, fundamental, médio e superior do município de Ivoti, RS: a visão de acadêmicos de ciências biológicas da UNISINOS. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient, Rio Grande do Sul, v. 21, 2008. DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. Handbook of qualitative research. Thousand Oaks (CA): Sage Publications; 2000. p.1-28. FIORI, A. de.; BATAGHIN, F. A.; TOPPA, R. H. A percepção de impactos ambientais de docentes do Ensino Fundamental associados ao uso e ocupação do solo O Mundo da Saúde São Paulo, v. 32, n. 3, 2008, p. 347-358.