RELATÓRIO GUIA DE CONSULTA Objectivos e metodologia Este relatório foi compilado com o apoio de um grupo de investigadores, académicos e jornalistas que agregaram e tornaram disponível informação com origem principalmente em fontes internacionais, relatórios de vários grupos religiosos diferentes e depoimentos de testemunhas oculares nos locais. O objectivo foi o de proporcionar uma imagem abrangente, que fosse contudo detalhada, da liberdade religiosa no mundo e com a maior objectividade possível. O relatório tenta permitir as diferentes religiões, crenças e agrupamentos religiosos que falem por si próprios, evitando quaisquer juízos de valor sobre os credos ou convicções que estão na base das suas práticas e dos ensinamentos religiosos. Acreditamos que o objectivo e a utilidade deste relatório consistem principalmente em tornar disponível, dentro do contexto de um todo organizado, notícias, factos, situações e testemunhos pessoais que de outra forma correriam o risco de ficarem no silêncio ou perdidos entre a avalanche de informação diária. Esperamos que proporcione um entendimento mais completo dos direitos e deveres relativos à liberdade religiosa, e dos direitos humanos de modo mais geral, os destaques específicos deste relatório. Estrutura e formato As entradas dos países registam e descrevem a situação actual e os acontecimentos mais recentes no que diz respeito à liberdade religiosa nos respectivos países. Elas encontram-se organizadas de acordo com o seguinte formato: – uma descrição resumida do enquadramento jurídico e institucional em relação ao direito à liberdade religiosa; – o relato de qualquer melhoria ou deterioração na situação durante o período sob análise; – o relato de episódios de intolerância ou de perseguição cometidos pelas autoridades ou por grupos religiosos contra outros grupos. Fontes jurídicas e factuais consultadas No que diz respeito às fontes de informação, em termos gerais, estas estão enumeradas no apêndice, depois da secção relevante. Estas fontes são provenientes, como se pode ver nas fontes religiosas citadas, de uma variedade de crenças e confissões religiosas diferentes; para as restantes, os relatórios são fornecidos por organizações e agências internacionais que estão ligadas à questão dos direitos humanos e, mais especificamente, à liberdade religiosa. Para outra informação obtida localmente as fontes por vezes não são citadas, por razões de segurança pessoal. Um agradecimento especial e devido aos funcionários do Departamento de Projectos da sede internacional da Ajuda a Igreja que Sofre, cuja dedicação na verificação da informação dada e, em muitos casos, o conhecimento directo dos problemas envolvidos, contribuíram grandemente para o êxito na realização deste projecto. Estatísticas As estatísticas indicadas são obtidas a partir de uma variedade de fontes que foram escolhidas com base na sua credibilidade e integridade. RELATÓRIO Os dados mais básicos, como o número de habitantes, são, para muitos países, o resultado de estimativas e não são baseados em relatórios de censos genuínos, os quais, ou não existem nestes países, ou são cientificamente dúbios. Os dados reportados são obtidos a partir dos dados fornecidos pela ONU. A composição religiosa dos vários países é o aspecto mais complexo e difícil de verificar, como os estudiosos deste campo muito bem sabem. Para alguns países existem estudos cientificamente credíveis, mas para outros é preciso, por vezes, confiar em números fornecidos pelas partes directamente interessadas, o que claramente não nos proporciona uma imagem passível de verificação. Dada a necessidade de fazer uma escolha, decidimos, para os cristãos em geral e para as outras religiões e movimentos, por dados reportados e estimativas proporcionadas pela World Christian Database (Base de Dados Cristã Mundial), considerada pelos académicos da sociologia das religiões uma das fontes mais seguras. Em alguns casos, que estão adequadamente indicados, foram usadas estimativas de especialistas que julgamos serem dignos de confiança. Fomos buscar as estatísticas sobre refugiados e desalojados aos sítios da Internet do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) e do Centro de Monitorização dos Deslocados Internos (IDMC) do Conselho Norueguês de Refugiados.