1964/2014 – 50 ANOS DO GOLPE MILITAR:
CONTEXTO E IMPACTOS
[email protected]
“Ali onde os historiadores tentam se defrontar com um período
para o qual existem testemunhas oculares vivas, dois conceitos de
história bem diferentes se chocam ou, no melhor dos casos,
completam-se mutuamente; a acadêmica e a existencial, o arquivo
e a memória pessoal. Pois todo mundo é historiador de sua própria
vida passada consciente, na medida em que elabora uma versão
pessoal dela: um historiador nada confiável, sob a maioria dos
pontos de vista, como bem sabem todos os que se aventuraram
pela “história oral”. Mas um historiador cuja contribuição é
essencial”
(Eric Hobsbawn, A era dos impérios)_
“Por ser mero protagonista secundário do momento histórico,
tornei-me mais testemunha do que ator, e, se ator,,
irrelevante, o que me deu condição de ver como observador
menor. Justamente aquele que tem menos compromisso com
as técnicas de mascaramento e de maquilação da narrativa.
Aquele que, por ser menos, acaba compreendendo mais porque
compreende na perspectiva da margem, que é mais
abrangente”
(José de Sousa Martins, A Sociologia como
aventura)
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ANTECEDENTES
O governo Jango (1961-1964)
A noite do Golpe
I 1964/1969
PERÍODO INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM
Castelo Branco(1964-1967)
Costa e Silva (1967-1969)
II
1969/1974
O MILAGRE ECONÔMICO
ETAPAS DA
DITADURA MILITAR
OS ANOS DE CHUMBO
Médici 1969/1974
III 1973/1979
A CRISE – O FIM DO MILAGRE
A ABERTURA
Geisel (1974-1978)
IV
1979- 1984
ABERTURA E TRANSIÇÃO
[email protected]
Figueiredo (1979-1985)
ANTECEDENTES
Mundo
Guerra Fria
Guerra do Vietnam (1955/1975)
Revolução Cubana (1959)
Brasil
Renuncia de Jânio Quadros (1961)
Jango Goulart (1961-1964)
DECADA DE 60
Debate entre dois projetos políticos que começou no
governo Getulio
Projeto
NacionalDesenvolvimentista
Projeto
[email protected]
Desenvolvimentista
O DEBATE SOBRE O DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO
Projeto Nacional
Desenvolvimentista
desenvolvimento autônomo e soberano
do país
Papel do Estado
Projeto
Desenvolvimentista
modernização conservadora
alinhamento aos interesses norteamericanos repressão a participação
popular.
[email protected]
Projeto Nacional
Desenvolvimentista
80% dos
consumidores
sindicatos
Para isso: lei
Distribuição
de Renda
População
salários
50%
17,91%
30%
27,92%
15%
26,66%
5%
27,69%
Mercadoria
de bens não
duráveis
Pequenas
propriedades
greves
- eleições
alimentos
-
partidos
[email protected]
Projeto Desenvolvimentista
Brasília
Modernização
do país
20% dos
consumidores
Indústria
automobilística
JK
Mercado
exterior
2ª abertura dos
portos
Latifúndio
exportação
mecanização
[email protected]
Para
isso
Ideologia
do
automóvel
Estradas de
rodagem
Dinheiro
do Estado
20% dos
consumidores
Emissão
Inflação
Aumentar o salário da classe
media
Achatar o salário
dos 80%
Empréstimo
externo
Aumento da
dívida
Imobilizar politicamente
[email protected]
os 80%
Projetos

Aliados ideológicos do
1º projeto
80%
 CGT
 Sindicatos
 Trabalhadores
 Movimentos Sociais
 ISEB
 UNE – AP
 FMP


Aliados ideológicos da
2º projeto
Classe média e alta
(20%)
 Adeptos da ordem e
segurança
 Forças Armadas (ESG)
 Anticomunistas
 Povo: inimigo interno
 IBAD
 IPES

[email protected]
UNE
CPC (Centro
Popular de Cultura)
Teatro
Oduvaldo Viana
Filho
Augusto Boal
Ferreira Gullar
Cinema
Eduardo
Coutinho
Carlos
Diegues
Canção do
Subdesenvolvido,
Carlos Lira e
Francisco de Assis
Música
Critica à dependência cultural,
política e econômica do pais desde
o “Descobrimento”
Para ouvir acesse :
http://www.youtube.com/watch?v=opFt_gLoA5A
[email protected]
“O Brasil é uma terra de amores,
Alcatifada de flores,
Onde a brisa fala amores,
Nas lindas tardes de abril.
Correi pras bandas do Sul.
Debaixo de um céu de anil,
Encontrareis um gigante deitado:
Santa Cruz, hoje o Brasil.
Mas um dia o gigante despertou
(ooaahhh!).
Deixou de ser gigante adormecido.
E dele um anão se levantou.
Era um país subdesenvolvido
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido
(bis)
E passado o período colonial,
O país passou a ser um bom quintal.
E depois de dada a conta a Portugal
Instalou-se o latifúndio nacional .. (Ai)
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido
Então o bravo brasileiro (iehéé),
Em perigos e guerras esforçados (iehéé),
Mais que prometia a força humana
Plantou couve, colheu banana.
Bravo esforço do povo brasileiro
Mandou vir capital lá do estrangeiro.
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido.
As nações do mundo para cá mandaram
Seus capitais tão desinteressados.
As nações coitadas só queriam ajudar, não
é?
Aquela ilha velha não roubou ninguém,
País de poucas terras só nos fez um bem
Um Big Ben
Um big ben , bom, bem, bom
Nos deu luz (ah)
Tirou ouro (oh)
Nos deu trem (ah)
Mas levou o nosso tesouro
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido
[email protected]
Mas data houve em que se acabaram
os tempos duros e sofridos
Porque um dia aqui chegaram os
capitais dos países amigos.
País amigo, desenvolvido,
País amigo, país amigo,
Amigo do subdesenvolvido
País amigo, país amigo.
E os nossos amigos americanos
Com muita fé, com muita fé,
Nos deram dinheiro e nos plantamos
Só café, só café.
É uma terra em que se plantando tudo
dá.
Pode-se plantar tudo que quiser
Mas eles resolveram que nos devíamos
plantar
Só café, só café
Bento que bento o frade, frade.
Na boca do forno, forno.
Tirai um bolo, bolo
Fareis tudo que seu mestre mandar?
Faremos todos, faremos todos, faremos
todos.
Começaram a nos vender e nos comprar.
Comprar borracha, vender pneu.
Comprar minério, vender navio.
Pra nossa vela, vender pavio.
Só mandaram o que sobrou de lá:
Matéria plástica, que entusiástica,
Que coisa elástica, que coisa drástica,
Rock balada, filme de mocinho,
Ar refrigerado e chiclete de bola (pop)
E coca cola.
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido.
[email protected]
O povo brasileiro tem personalidade.
Não se impressiona com facilidade
Embora pense como americano
“Uuuuuuu, I’m going to kill that indian
before he kills me (pinim...)
Embora dance como americano
Ta-ta-ta-ta, ta-ta-ta-ta
Embora cante como americano
Eh boi, lá, lá, lá,
Eh roçado bão, lá, lá, lá,
O melhor do meu sertão, lá, lá, lá
Comeram o boi.
O povo brasileiro, embora pense, cante e
dance como americano
Não come como americano,
Não bebe como americano,
Vive menos, sofre mais
Isso é muito importante
Muito mais do que importante
Pois difere o brasileiro dos demais
Personalidade, personalidade,
personalidade sem igual,
Porém,
Subdesenvolvida, subdesenvolvida,
Essa é que é a vida nacional.”
[email protected]
Cultura
Na década de 60, uma série de transformações sociais
e políticas repercutem na efervescente produção
cultural brasileira do período
Uma forte politização no discurso artístico, tanto na
MPB (a geração de protesto e dos grandes festivais, o
resgate do samba de raiz e do choro, a maturidade da
bossa nova), na pintura (pop art), no cinema (o cunho
social da revolução estética proposta pelo Cinema
Novo
[email protected]
O Teatro de Arena caracterizou-se como teatro “revolucionário”,
propondo a discussão da realidade brasileira, levantando
inúmeras questões em suas peças.
O operário, o negro, a empregada doméstica, em suma, o
trabalhador, eram os personagens principais, sendo encenadas
suas vidas, contadas suas histórias
Eles não usam black-tie
Arena conta Zumbi
Arena conta Tiradentes
Acesse
http://youtu.be/Z3fsnKa6AX8
[email protected]
O Governo Jango
A favor
A sua abertura às organizações sociais:
as organizações populares e
trabalhadores ganharam espaço,
O seu apoio a sindicatos e a sargentos
que apoiavam a tentativa de
sindicalização,
A não repressão às greves
O apoio às Ligas Camponesas de
Francisco Julião.
A sua proposta de aumento de 100%
no salario mínimo quando ministro de
Getulio,
A lei de remessa dos lucros do capital
estrangeiro
As Reformas de Base
O comício de 13 março
Contra
A subversão com apoio dos comunistas
O desejo de implantar uma ditadura
sindicalista no Brasil
A quebra da disciplina e da hierarquia
das Forças Armadas.
A preocupação entre setores
conservadores , empresários, banqueiros
e setores da Igreja Católica do estilo
populista do governo
O medo de alguns governadores de um
golpe de estado comunista
A preocupação do governo dos Estados
Unidos, juntamente com as classes
conservadoras brasileiras, de o Brasil
virar mais do que uma nova Cuba, uma
nova China
A marcha da Família com Deus pela
Liberdade
[email protected]
13 de março
comício pelas
reformas ou Comício
da Central, organizado
pela CGT
Reforma Agrária
Decreto assinado naquele dia considerava como passíveis de desapropriação
as terras às margens de rodovias, ferrovias, açudes públicos federais e terras
beneficiadas por obras de saneamento da União. “Ainda não é a carta de
alforria do camponês abandonado”, disse Jango, prometendo avançar em uma
das principais bandeiras de governo.
Estatização de refinarias
Jango anunciou a “encampação” das refinarias de petróleo privadas. “A
partir deste instante, as refinarias (...) passam a pertencer ao povo,
passam a pertencer ao patrimônio nacional.” Poucos dias depois, o
presidente mirava a estatização das companhias aéreas, quando foi
deposto.
[email protected]
19 de
março
Marcha da Família
com Deus pela
Liberdade.
Uma reação ao discurso do expresidente João Goulart, na Central
do Brasil na semana anterior
Alguns setores da sociedade acreditavam
que o governo Jango caminhava para o
comunismo.
As Marchas contaram, em sua organização, com o patrocínio e
financiamento de empresários reunidos no grupo Instituto de
Pesquisas e Estudos Sociais - Ipês, representantes da ala mais
tradicional da Igreja Católica, segmentos do conservadorismo
político e grupos femininos, como a Campanha da Mulher pela
Democracia do Rio de Janeiro, e União Cívica Feminina, de São
Paulo.
[email protected]
30 de março :
discurso de Jango
no Automóvel
Clube do Rio
“Não admitirei o golpe
das reacionários”
31 de março: tropas do
General Olimpio Mourão
Filho( 4ª região militar- MG)
movimentam-se para o Rio
Golpe de 31 de março de
1964
vitória do segundo
projeto
[email protected]
Auro Moura de Andrade:
“Declaro vaga a presidência
da republica”
Acesse:
http://youtu.be/B3Ng_eaG2I
[email protected]
1964/1969 – PERÍODO DE
INSTITUCIONALIZAÇÃO DA
NOVA ORDEM
[email protected]
Atos
Institucionais
Legitimação e legalização das ações
políticas dos militares.
De 1964 a 1969 são decretados 17 atos
institucionais regulamentados por 104
atos complementares.
O governo divulgou que seu objetivo era
combater a "corrupção e a subversão”
[email protected]
1964/1969 – PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM
AI -1 – suspende a constituição
de 1946, organizações de base,
sindicatos, ligas camponesas,
UNE, centros acadêmicos),
cassação de direitos políticos de
centenas de pessoas
AI-2 – após as eleições dos
governadores, cassa JK (candidato
a presidente), prorroga Castelo
Branco até 67, não há mais
eleições diretas (presidente e
governador), bipartidarismo (Arena
e MDB)
[email protected]
AI- 3 determinava eleições
indiretas para governadores e
nomeação dos prefeitos das
capitais.
AI-4 – Convocação do
Congresso Nacional para a
votação e promulgação do
projeto de Constituição, que
revogava definitivamente a
Constituição de 1946.
[email protected]
Lutas com criatividade (encontros da UNE)
Reação
estudantil
Subversão, clandestinidade.
Festivais de música (tratado político)
1964 – Show
Opinião
1966: IIº Festival da
Record – Disparada, de
Vandré
1967 : IIIº Festival da
Record – Roda Viva, de
Chico Buarque
[email protected]
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que
cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
Roda Viva – Chico Buarque
Para ouvir:
http://www.youtube.com/watch?v=HRF
w5u5wR4c
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...(4x)
[email protected]
[email protected]
Assassinato de
Martin Luther
King
Poder Negro
Guerra do
Vietnam
Movimento
Hippie
Invasão
da Tchecoslováquia
Revolução de
Maio de 68
Massacre de
estudantes
no México
Veja o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=ztdj
gXBXt_Y&feature=related
[email protected]
[email protected]
1968

28 de março
No dia 29 de março, Edson Luís
foi velado na Assembleia
Legislativa, tendo o corpo
coberto pela bandeira do Brasil.
[email protected]
1968
2 de abril
Missa em Homenagem a Edson
Luís -
Ao término da missa, diante do cerco
da igreja pela polícia, os padres
puseram-se em frente às pessoas,
enfrentando três fileiras de policiais
empunhados com sabres. Formando
um cordão protetor, os clérigos deramse as mãos, conduzindo as pessoas da
igreja até a Avenida Rio Branco.
[email protected]
1968
12 se abril- Capitão do exército
dos Estados Unidos, Charles
Chandler, acusado de ser agente
da CIA é morto por guerrilheiros
em São Paulo.
16 de abril Metalúrgicos
de Contagem, em Minas
Gerais entram em greve por
10 dias, por reajuste salarial
1º de maio - Governador de São Paulo, Abreu Sodré é
apedrejado em palanque na Praça da Sé por trabalhadores
contra a ditadura militar.
[email protected]
A passeata dos 100 mil, 26 de junho
1968
Na foto: Tônia Carrero, Paulo Autran,
Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre entros.
Pressionado por
Hélio Pellegrino, o
governador Negrão
de Lima deu a
autorização oficial
para que se
realizasse uma
passeata pacifica
no centro da
cidade.. Faziam
parte dos
intelectuais
liderados por Hélio
Pellegrino: Oscar
Niemeyer, Clarice
Lispector, Ferreira
Gullar, Nara Leão,
Ziraldo, Milton
Nascimento e
muitos outros.
[email protected]
1968
A passeata dos 100 mil
[email protected]
18 de julho- Comando de
Caça ao Comunistas espanca
o elenco da peça ‘Roda Viva’
de Chico Buarque em São
Paulo
1968
19 de julho Assembleia
Geral da CNBB no interior de
SP condena a falta de
liberdade de
expressão Brasil.
22 de julho - Sede
da Associação Brasileira de
Imprensa, no Rio de
Janeiro é alvo de atentado
a bomba
[email protected]
1968
29 de agosto - Líder
estudantil da UNB Honestino
Guimarães é preso dentro da
universidade, após invasão
das policias militar e federal
em Brasília.
2 de setembro - Deputado
do MDB, Marcio Moreira
Alves faz discurso ofensivo
contra o governo militar no
Congresso .
Para ouvir
http://www.youtube.com/watc
h?v=faP0EIVvJDQ
[email protected]
1968
A batalha da Maria Antônia, 03 de
outubro
[email protected]
1968
A batalha da Maria Antônia, 3 de
outubro
/http://jeocaz
.wordpress.co
m/2008/10/2
4/brasil-1968do-tiro-nocalabouco-aoai-5
O estudante secundarista José Guimarães após ser
baleado segundo algumas testemunhas, pelo atirador
Osni Ricardo, membro do CCC e informante
da polícia.
[email protected]
1968
http://
acervo.
estadao
.com.br
/noticia
s/acerv
o,maria
antonia
-duashistoria
s-nomesmo
angulo,
9305,0.
htm
A batalha da Maria Antônia, 3 de
outubro
Durante a passeata, José Dirceu, presidente da UEE, faz
discurso
[email protected]
1968
Congresso de Ibiúna
12 de outubro
[email protected]
Sem outra opção, era
preciso encontrar uma
maneira de protestar através
da arte.
A repressão proporcionou
uma riqueza cultural
imensurável devido à
atmosfera de tensão vivida
pelo povo.
Dentre toda a produção musical do período ditatorial, “ Pra não
dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré, foi um hino
de resistência ao regime militar.
Para ouvir acesse:
http://www.youtube.com/watch?v=PDWuwh6ed
kY
[email protected]
Pra Não Dizer Que Não Falei Das
FloresGe
rComposição: Geraldo Vandré aldo
Vandré
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
[email protected]
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(4x)
[email protected]
AI-5
13 de Dezembro- AI-5 é editado
pelo Congresso e sancionado pelo
presidente Costa e Silva, fechando o
Congresso Nacional gerando caos no país.
[email protected]
Recesso Parlamentar :
fechamento do Congresso
AI-5
Plenos poderes para o
Presidente
arbitrariamente intervir
em estados e municípios
Prerrogativa presidencial:
suspender direitos
políticos e cassação de
mandatos
Ficava extinto, em caso de
crimes políticos ou contra
a economia, o habeas
corpus.
O presidente poderia
decretar, a qualquer
momento, estado de sitio,
[email protected]
Decreto 477
Lei da Segurança
Nacional
AI-5
SNI (futuros
presidentes)
Ciex – DÓI-CODI
Cenimar
Cisa
200 mil dedos-duros
Oban
Esquadrão da Morte
Fleury
Dops
[email protected]
O MILAGRE ECONÔMICO
1969/1973
OS ANOS DE CHUMBO
[email protected]
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
[email protected]
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
Período de intenso crescimento
econômico e de grande
endividamento.
O PIB do Brasil cresceu acima de
10% ao ano, em média, apesar da
inflação, que oscilou entre 15% e
20% ao ano,
Grande concentração de renda,
com redução dos salários reais
acentuação da desigualdade
social e aumento da pobreza,
com cerceamento às liberdades
individuais associado à
repressão política
[email protected]
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
1970: Renda
50% = 14,91
30% = 22,85
15% = 27,38
05% = 34,86
Supermercados
Shoppings
Indústria -------- mercadoria ------consumidor
Repressão X euforia dos
consumidores
Ideologia
Brasil, ame-o ou deixe-o
Ninguém segura este
país.
[email protected]
Copa do Mundo
1970
Para ouvir
http://youtu.be/Lbxt
NtGlZxE
Pra Frente Brasil. Os Incriveis
Noventa milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo
o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Gol!
Somos milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo
o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
[email protected]
Eu te amo, meu Brasil, Dom e Ravel
As praias do Brasil ensolaradas
O chão onde o país se elevou
A mão de Deus abençoou
Mulher que nasce aqui
Tem muito mais amor
O céu do meu Brasil tem mais estrelas
O sol do meu país mais esplendor
A mão de Deus abençoou
Em terras brasileiras
Vou plantar amor
Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Meu coração é verde, amarelo, branco, azul,
anil
Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Ninguém segura a juventude do Brasil
As tardes do Brasil são mais douradasmulatas.
Brotam cheias de calor
A mão de Deus abençoou
Eu vou ficar aqui
Porque existe amor
No carnaval os povos querem vê-las
No colossal desfile multicor
A mão de Deus abençoou
Em terras brasileiras
Vou plantar amor
Adoro meu Brasil de madrugada
Na hora em que estou com meu amor
A mão de Deus abençoou
A minha amada vai comigo aonde eu for
As noites do Brasil, tem mais beleza
A hora chora de tristeza e dor
Porque a natureza sopra e ela vai-se embora
Enquanto eu planto o amors
Para ouvir
http://youtu.be/cJ2fxTrsETo
[email protected]
Brasil
Ilha de tranquilidade
3ª abertura dos
portos
petrodólares
Construção de infraestrutura
Polo químico
da Bahia
Aumento da dívida externa
Indústria de
base
Transamazônica
Rio-Niteroi
Grandes
projetos
Usinas
Energia Nuclear
Ferrovia do aço
[email protected]
1969/1973 – OS ANOS DE CHUMBO
A expressão “anos de chumbo”
foi aplicada inicialmente a um
fenômeno da Europa Ocidental,
relacionado com a Guerra Fria e
com a estratégia de tensão.
Anos 70/80: anos marcados por
violência política, luta armada e
terrorismo de esquerda e de direita,
bem como pelo endurecimento do
aparato repressivo dos Estados
democráticos da Europa Ocidental.
[email protected]
do AI-5 em 13 de
dezembro de 1968 até o
final do governo Médici,
em março de 1974
Anos de
Chumbo
Feroz combate entre a
extrema-esquerda de um
lado e, de outro, o aparelho
repressivo policial-militar do
Estado.
O governo é apoiado por
organizações paramilitares e
grandes empresas.
[email protected]
Opções - 1. Estudar
2. Exílio
3. Luta armada
- urbana
- rural
Caça às bruxas
Universidade de
Brasília
USP
Federal do Rio
Colégio Vocacional
[email protected]
Organizações contra o regime militar
Ação Libertadora Nacional(ALN)
Comando de Libertação Nacional (COLINA)
MNR
Movimento de Libertação Popular - Molipo
Movimento Revolucionario 8 de outubro (MR-8]
PCB
PC do B
Partido Comunista Brasileiro Revolucionario(PCBR)
Partido Operario Comunista(POC)
POLOP
Val-Palmares
Vanguarda Popular Revolucionaria(VPR, VAR-P ou VAR-PAL)
[email protected]
Principais movimentos de direita
Instituto de Pesquisa e Estudos Sociai(IPES)
Instituto Brasileiro de Ação Democratica(IBAD)
Campanha da Mulher pela Democracia(Camde) - financiada pelo IPES
União Cívica Feminina(UCF) - sob orientação do IPES
Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (Adce) - ligada ao IPES
Movimento Anti-Comunista (MAC) - formado por universitários
Frente da Juventude Democratica - formada por estudantes
anticomunistas radicais
Comando de Caça aos Comunistas(CCC) - formado por estudantes
anticomunistas radicais
[email protected]
Durante esse período, houve
"desaparecimento" e morte de
milhares de militantes,
políticos e estudantes de
esquerda.
A liberdade de imprensa, a de
expressão e a de manifestação
foram cerceadas.
Por outro lado, alguns
noticiários, como o Jornal
Nacional, tentavam transmitir a
imagem de um Brasil
democrático e retratavam o
evidente “desenvolvimento”
nacional.
[email protected]
1969
Operação Bandeirante
(OBAN)
Para ouvir:
http://youtu.be/WwQmM
8ci9cI
Sequestro do
Embaixador Americano
Esquadrão da Morte
Para ouvir
http://youtu.be/hbyFhA8yz8
[email protected]
1969
Assassinato de
Marighela (ALN)
1970
D.Paulo Evaristo Arns é nomeado Arcebispo de
São Paulo e abre um canal de denuncias contra a
ditadura
Guerrilhas contra o regime militar espalham-se na
cidade e no campo
[email protected]
Apesar De Você
Chico Buarque
Vendo circular pelas ruas os automóveis
com o adesivo “Brasil: ame-o ou deixe-o“,
Chico Buarque se viu obrigado a reagir com
sua melhor arma: a música. E assim nasceu
“Apesar de você”:
A música foi adotada como hino de
resistência aos militares
quando um jornal publicou uma notinha
dizendo que “você”, na verdade, era o
general Médici.
Chamado para depor, Chico disse que a
música era para uma mulher muito
mandona, mas não colou. A música foi
proibida de ser executada e todos os
compactos recolhidos e quebrados.
[email protected]
Apesar De Você
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
(Crescendo) Amanhã vai ser outro dia x
3
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão
(Coro) Apesar de você
amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se
esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Para ouvir
acesse:http://www.youtube.com/watch?v=
R7xRtSUunEY
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
(Coro2) Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa
Apesar de você
(Coro3) Apesar de você
Amanhã há de ser outro
dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de
repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você
(Coro4) Apesar de você
Amanhã há de ser outro
dia.
Você vai se dar mal, etc e
tal,
[email protected]
Cálice – Chico Buarque e Gilberto Gil
"Cálice" é uma canção escrita e
interpretada por Chico Buarque e
Gilberto Gil em 1973.
Na canção percebe-se um
elaborado jogo de palavras para
despistar a censura da ditadura
militar. A palavra-título, por
exemplo, é cantado pelo coral que
acompanha o cantor de forma a
soar como um raivoso "Cale-se!".
A canção teve sua execução
proibida durante anos no Brasil.
Na versão, Milton Nascimento
canta os versos de Gil.
Para ouvir acesse:
http://www.youtube.com/watch?v=wV4vAtPn5-Q
[email protected]
Cálice
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
e Gilberto Gil
Pai! Afasta de mim esse
cálice
De vinho tinto de
sangue...(2x)
Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...
Pai! Afasta de mim esse
cálice
De vinho tinto de sangue...
Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
Esse silêncio todo
Me atordoa
Atordoado
Eu permaneço atento
Na arquibancada
Prá a qualquer
momento
Ver emergir
O monstro da lagoa...
Pai! Afasta de mim
esse cálice
Pai! Afasta de mim
esse cálice
Pai! Afasta de mim
esse cálice
De vinho tinto de
sangue...
De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
Pai! Afasta de mim esse
cálice
Pai! Afasta de mim esse
cálic
Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...
[email protected]
Pai! Afasta de mim
esse cálice
Pai! Afasta de mim
esse cálice
Pai! Afasta de mim
esse cálice
De vinho tinto de
sangue...
De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
(Cálice!)
Essa palavra
Presa na garganta
Esse pileque
Homérico no mundo
De que adianta
Ter boa vontade
Mesmo calado o peito
Resta a cuca
Dos bêbados
Do centro da cidade...
Pai! Afasta de mim esse
cálice
Pai! Afasta de mim esse
cálice
Pai! Afasta de mim esse
cálice
De vinho tinto de sangue...
Talvez o mundo
Não seja pequeno
(Cale-se!)
Nem seja a vida
Um fato consumado
(Cale-se!)
Quero inventar
O meu próprio pecado
(Cale-se!)
Quero morrer
Do meu próprio veneno
(Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez
Tua cabeça
(Cale-se!)
Minha cabeça
Perder teu juízo
(Cale-se!)
Quero cheirar fumaça
De óleo diesel
(Cale-se!)
Me embriagar
Até que alguém me
esqueça
(Cale-se!)
[email protected]
1973-1978 –A crise: o fim do “milagre”
[email protected]
1973-1978 –A crise: o fim do milagre
[email protected]
Crise externa
A crise do petróleo
Esgotamento da capacidade de consumo da classe
média
Crise interna
Queima de
estoque
Aumento
dos preços
Indústria
ociosidade
Diminui a
capacidade
produtiva
Nova força de
trabalho
Sobe o numero
de carnets
Fim da ilusão
Caos social
desemprego
subemprego
marginalidade
[email protected]
polícia
violência
Classe Média
Deixa de
consumir
1974: voto na oposição
Questiona o
modelo
Crise política
Governo
Duas táticas
Crise
econômica
Crise econômica
É preciso pagar
os juros e as
amortizações da
dívida externa
[email protected]
Crise econômica
Incentivar o latifúndio : “exportar é o que
importa”
incentivos fiscais: isenção de impostos
Mão de obra barata: “bóias-frias”
agricultura
Destruição da pequena propriedade que
produzia alimentos para o mercado interno:
êxodo rural
Aumento do preço dos alimentos
Importação de alimentos: aumento da dívida
indústria
Isenção de impostos
para exportação
Começa a faltar
dinheiro para o
Estado
Políticas sociais são
[email protected]
afetadas
Crise econômica
Fabricar dinheiro: inflação
Cigarro.
Energia elétrica
Aumento de imposto da classe media:
solução
Imposto de
renda
Letras do Tesouro e ORTN para os ricos
comprarem. O rico só compra com juros
altos: aumenta a dívida interna
Temos que pagar a dívida externa e a dívida interna
solução
Emprestar mais para pagar juros da dívida
externa
Jogar mais letras do Tesouro no mercado
Círculo financeiro da [email protected]
especulação
Crise política
Movimentos de reivindicação
1970
Comunidades Eclesiais de
Base
Movimento “custo de vida”
Organização da
sociedade civil
Renascimento do movimento
estudantil
Sindicatos: ABC – novas
lideranças
Movimento dos camponeses
Eleições em
1974
Em vez de simplesmente fazer discursos contra
a ditadura, eles passaram a discutir o custo de
vida, a desigualdade social e outras questões
ligadas ao dia a dia da população.
[email protected]
ABI
OAB
SBPC
IGREJA
Foros políticos
de debates
76 - Lei
Falcão
Somente o curriculo
do candidato
Táticas do governo
77 – Pacote de
Abril
Fechamento
temporario do
Congresso
Senadores
Biônicos
[email protected]
Crise política
1971
A repressão se empenha para desarticular a guerrilha
urbana, prendendo, matando e torturando.
Lamarca é asassinado no interior da Bahia
1972
1973
1974
Renascimento do movimento estudantil
Golpe Militar no Chile: Pinochet
Anti-candidatura do Ulisses
Derrota da Guerrilha do Araguaia
Eleição de senadores de oposição
MDB ganha 72% dos votos
Acesse
http://youtu.be/4jHJTVnF
a8c
[email protected]
1975
Morte de Vladimir Herzog
O culto ecumenico foi a primeira
manifestação publica contra a ditadura
1976
Terrorismo de direita
Primeira Greve no ABC - Lula
1977
Intensificam-se os movimentos da
sociedade civil contra a ditadura –
Carta aos Brasileiros – Gofredo da Silva
Teles
Repudio á Ditadura e restabelecimento
imediato do Estado de Direito
[email protected]
1979-1985: Abertura e transição
[email protected]
Fim da década de 70. A pressão para uma abertura
democrática no Brasil vem de todas as formas, mas é
duramente reprimida.
Comitê Brasileiro pela
Anistia
Teotonio Vilela, o
menestrel de Alagoas
Havia os exilados, os presos, os
torturados e o resto, que não
tinha armas com que lutar
contra o governo, embora
também não pudesse continuar
como estava.
[email protected]
1979
Crise Politica
Janeiro– Extinção do AI-5
Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no
período compreendido entre 2 de
setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979,
cometeram crimes políticos ou conexos com estes.
Agosto – Lei da Anistia
§ 1º - Consideram-se conexos, para efeito deste
artigo, os crimes de qualquer natureza relacionados
com crimes políticos ou praticados por motivação
política.
[email protected]
A Lei da Anistia foi sancionada no
mesmo ano de criação da música
“O Bêbado e a Equilibrista”, de João
Bosco e Aldir Blanc – (a utopia e a
esperança) que traz, em cada verso,
um pequeno pedaço de cada batalha.
Para ouvir acesse:
http://www.youtube.com/watch?v=6k
VBqefGcf4
[email protected]
Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos...
A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil.
Meu Brasil!...
Que sonha com a volta
Do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa Pátria
Mãe gentil
Choram Marias
E Clarisses
No solo do Brasil...Mas sei,
que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança...
Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar...
Azar!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar...
[email protected]
Tô Voltando
Pega uma praia, aproveita, tá calor
Composição: Paulo César Pinheiro e Maurício
Vai pegando uma cor
Tapajós
Que eu tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar
Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar
Porque eu tô voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador
Enche a casa de flor
Que eu só quero mesmo é despentear
Quero te agarrar
Pode se preparar porque eu tô voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som
Estréia uma camisola
Eu tô voltando
Dá folga pra empregada
Manda a criançada pra casa da avó
Que eu to voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar
Quero lá, lá, lá, ia, porque eu to voltando!
Que eu tô voltando
Para ouvir acesse:
http://www.youtube.com/watch?v=K
a_l9wyY7vU
[email protected]
Reforma Politica
Novembro - Fim do bipartidarismo
1979
Arena – PDS
MDB – PMDB
PTB
PDT
PP
1980
Fundação do PT
Sindicalistas
Intelectuais de esquerda
[email protected]
Crise econômica
Novo aumento do petróleo
Aumento do juros
internacionais
Segunda crise
internacional
Baixam os preços de matéria prima e
produtos agrícolas
Aumentam os preços da tecnologia e
produtos industrializados
Daí – mais empréstimos – aumenta a dívida –
aumenta o latifúndio para exportar
O Banco do Brasil em Nova York declarou-se sem
fundo
Setembro de
1982
FMI – cartas de intenções
[email protected]
Crise Política
1981
Atentados da direita
Atentado do Rio Centro
[email protected]
Crise Política
1982
Vitoria da oposição:
Montoro
Brizola
Tancredo
[email protected]
Trabalhadores
1979
Morte de Santos Dias
repressão às greves do
ABC
1981
1982
Para ouvir
http://youtu.be/4jHJTVn
Fa8c
CONCLAT
Greves de inúmeras categorias de
trabalhadores
Rompimento com FMI
1983
Autonomia Sindical
Fundação da
CUT
Liberdade de organização politica
Reforma Agrária
Direito de Greve
Eleições Diretas
[email protected]
Crise Política
1984
[email protected]
1985
Eleição de Tancredo Neves
[email protected]
O fim da ditadura militar
O final do governo militar de 1964
Em 8 de maio de 1985, o Congresso Nacional aprovou emenda
[email protected]
constitucional que acabava com os últimos vestígios
da ditadura.
Vai Passar
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque e Francis
Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa
noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas
imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria
fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava
carnaval,
Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa
noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a
cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar
http://www.youtube.com/watch?v=9A_JrsJF6mM
[email protected]
Para ilustrar os acontecimentos da Ditadura Militar,
veja os vídeos da TV Câmara, CONTOS DA
RESISTÊNCIA.
[email protected]
Episódio 1: Estudantes e Igreja
O primeiro episódio de Contos da Resistência retrata a atuação de estudantes e da Igreja contra a ditadura militar.
Relatos emocionantes de presos políticos e vítimas do regime marcam o documentário.
Episódio 2: Congresso
O segundo episódio da série Contos da Resistência enfoca as relações políticas entre Congresso Nacional e governos
militares. O objetivo da série de documentários é esclarecer fatos políticos dos 20 anos de ditadura militar, iniciada em
março de 1964, explicar como se davam as ações de poder e dominação do governo central, e como o Congresso foi,
ao mesmo tempo, núcleo de resistência e caixa de ressonância dos desejos dos militares daquela época.
Episódio 3: Artes e Imprensa
Dando continuidade à série Contos da Resistência, o terceiro episódio trata da resistência nas artes e na imprensa no
período da ditadura militar que vai de 1968 a 1979. Este período foi marcado principalmente pelo anúncio do Ato
Institucional nº 5, o AI-5. Com ele se decretou a censura prévia em jornais, revistas, emissoras de TV e também nos
espetáculos culturais de música, teatro, entre outros.
Episódio 4: Movimento Sindical
O quarto episódio da série conta como operários e líderes sindicais da região do ABC Paulista resistiam à falta de
liberdade e se organizavam por melhores salários e condições de vida. O programa mostra a trajetória dos
metalúrgicos: da alienação política à campanha pelas eleições diretas em 1984 e como a batalha por melhores salários
resultou na luta pela redemocratização do Brasil. Histórias dramáticas e curiosas de operários anônimos e líderes
reconhecidos.
Acesse
http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/?lnk=CONT
OS-DA-RESISTENCIA&selecao=MATDATA&programa=90
[email protected]
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1968 - Sociologia