UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA Curso: Engenharia Civil Disciplina: Estatística (64H) Aula 12: Análise de Variância No capitulo 8 foi testada, a partir da teoria da amostragem, a significância das diferenças entre duas médias amostrais. Foi admitida que as duas populações das quais se extraíram as amostras possuíam as mesmas variâncias. Em outras circunstancias é necessário testar a significância das diferenças entre 3 ou mais medias amostrais, isto é, testar a hipótese nula de que as médias amostrais são todas iguais. Classificação de um critério ou experimentos de um fator: Em um experimento de um fator, obtêm-se medidas ou observações para a grupos de amostras independentes, em que o número de medidas em cada grupo é b. Então designamos por a tratamentos, cada um com b repetições. A disposição dos resultados pode ser feito em uma tabela de a linhas e b colunas. Xjk simboliza a medida na linha de ordem j e na coluna de ordem k, com j indo até a e k indo até b. − Em cada linha pode-se retirar a média X j . − Xj = 1 b ∑ X jk j = 1,2,...a b k =1 − A média total, simbolizada por X : − X= 1 a b ∑∑ X jk ab j =1 k =1 Evento 1 X11,X12,...X1b X1 med Evento 2 X21,X22,...X2b X2 med ... Evento a Xa1,Xa2,...Xab Xa med Variação total, variação dentro dos tratamentos e variação entre tratamentos: Defini-se a variação total, simbolizada por V, como a soma dos quadrados dos desvios de cada − observação em relação à média geral X . Variação total − V = ∑ X jk − X j ,k 2 Variação dentro dos tratamentos 2 − − Vw = ∑ X jk − X j , pois é feito em relação as médias X j . j ,k Variação entre os tratamentos 2 − − VB = b∑ X j − X , pois é feito em relação as médias X . j ,k Então V=Vw+VB Modelo Matemático para a análise da variância: Cada linha da tabela se refere a uma amostra de tamanho b, referente a uma determinada população. Xjk diferirá da média populacional µ j, referente a um tratamento de ordem j por um erro ao acaso ou erro aleatório, que simboliza-se por εjk. Xjk= µ j+ εjk Admite-se que esses erros apresentem média 0 e variância σ2. Sendo µ, a média da população para todos os tratamentos e se αj=µ j-µ, então: Xjk= µ+αj+ εjk Onde: ∑α j =0 j Conclui-se que Xjk podem ser consideradas variáveis aleatórias normalmente distribuídas com média µ e variância σ2. A hipótese nula de que todos os tratamentos possuem as mesmas médias é dada por H0: αj=0 ou o equivalente µ j=µ. Sendo verdadeira a hipótese H0, as amostras terão a mesma distribuição normal, ou seja, as mesmas médias e variâncias. (Estatisticamente Idênticos). Teste F para a hipótese nula de médias iguais: Se a hipótese H0, não é verdadeira, ou seja, que as médias dos tratamentos não são iguais, observamos, da equação: ∧2 E (S B ) = σ 2 + b α 2j ∑ a −1 j com ∧2 SB = VB a −1 ∧2 Que se pode esperar que S B seja maior que σ2, com o efeito acentuado quanto maior for a discrepância entre as médias. Já pelas equações: ∧2 Vw Vw 2 de modo que E = σ S W = a(b − 1) a(b − 1) ∧2 Podemos esperar que S W = σ2, independentemente se as medias sejam iguais ou não. ∧2 ∧2 Então ou boa estatística para testar H0, é dada pela relação S B S W Se essa relação foi muito grande, pode-se concluir que há diferença significante entre as médias dos tratamentos e assim rejeitar H0. ∧2 ∧2 Considerando que F = S B S W E supondo a distribuição F com a-1 e a(b-1) graus de liberdade. Variação Graus de Liberdade Entre os tratamentos a −1 _ _ V B = b∑ X j − X j a(b − 1) Vw = V − VB ab − 1 V = V B + VW _ = ∑ X jk − X j ,k 2 ∧2 SB = 2 Dentro do Tratamento Total Quadrado Médio ∧2 SW = VB a −1 Vw a(b − 1) F ∧2 ∧2 F = S B SW Com a − 1 e a(b − 1) graus de liberdade