Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF – 16, 17 e 18 de abril de 2013 MUNICÍPIOS PAULISTAS E TRANSIÇÃO DE GOVERNO: A PESQUISA E ALGUNS RESULTADOS Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz 2 Painel 21/078 Transição de governo: debatendo as possibilidades e os limites a partir de reflexões teóricas e experiências práticas MUNICÍPIOS PAULISTAS E TRANSIÇÃO DE GOVERNO: A PESQUISA E ALGUNS RESULTADOS Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz RESUMO O texto inicia abordando a importância da transição de governo nos municípios. Apresenta resultados da pesquisa realizada pela Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam nos municípios paulistas, em 2011. O estudo tem como base metodológica questionário encaminhado aos 645 municípios paulistas, por correspondência eletrônica (e-mail). O questionário trata da existência ou não de instrumento de transição e da normatização adotada pelos municípios: lei, decreto, Lei Orgânica Municipal (LOM) e portaria. A pesquisa mostra que, em 2011, 82% dos municípios não possuíam instrumento institucionalizado que garantisse a transição. Apresenta, ainda, a ampliação de instrumentos de transição nos municípios-membros da Associação dos Municípios do Extremo Noroeste do Estado (Amensp) onde, em 2011, apenas um município tinha decreto e hoje mais de 56% criaram um instrumento, após trabalho realizado com o Cepam. Finaliza descrevendo os dados parciais do levantamento iniciado pelo Cepam, em fevereiro de 2013, com os 164 municípios paulistas que participaram das atividades promovidas. No estudo detectou-se que, até 18/3/2013, dos que responderam, 40% modificaram a sua prática criando instrumentos que regulamentam o processo. 3 INTRODUÇÃO 1 O Brasil tem avançado na democratização do poder e os processos eleitorais vêm ocorrendo de forma sistemática, nas últimas décadas. Entretanto, intercorrências têm sido enfrentadas nas transições de governos, como contratos de prestação de serviço que vencem nos últimos dias do mandato que finaliza; venda de maquinário para fazer caixa no último semestre; desaparecimento de sistemas de informação; falta de dados sobre convênios, contratos, pessoal, dívida; e ausência de agenda de atuação para os primeiros dias, entre outras que poderiam ser fartamente arroladas. Essas questões são históricas e permeadas de valores, práticas, ações e tradições existentes neste momento histórico brasileiro. Ainda são poucos os municípios que adotam mecanismos para institucionalizar o processo de transição, além do que é estabelecido no normativo jurídico. Aqui será entendida a institucionalização como as normas e regras formais, com caráter obrigatório e impessoal, para regulamentar o processo de transição de forma democrática e transparente. A transição de governo institucionalizada e com a transmissão de informações de gestão é recente, pois foi registrada pela primeira vez no Brasil, em 2002, na passagem de governo entre os Presidentes da República Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva (LOBATO, 2002). Entende-se transição de governo como a passagem ordenada do poder, sem perda do ritmo, da continuidade e do comando da ação governamental, em que as administrações que se sucedem demonstram ser capazes de se organizar em relação ao interesse público. No âmbito municipal, a transição de governo objetiva propiciar as condições para que o candidato eleito, mas ainda não empossado no cargo de prefeito e escolhido nas urnas pelos eleitores daquela localidade, possa receber do prefeito atual todos os dados e informações necessárias à consecução do seu programa de governo. O processo tem início assim que é divulgado o resultado da eleição e se encerra com a posse do eleito. 1 Este trabalho é baseado em outro, elaborado para o Seminário Internacional de Administração Pública e Governo - Novas Pesquisas da FGV-EAESP, em 2012. Foi ampliado em 2013 pela autora. Também foram utilizadas as publicações do Cepam. 4 Para a garantia da continuidade dos serviços essenciais aos cidadãos, é importante que o prefeito eleito e sua equipe sejam municiados com informações públicas sobre serviços, políticas públicas, programas e projetos, convênios, orçamento e gestão de pessoas. Todos esses dados são a base para a organização das estratégias do novo programa de governo. Para tanto, são necessárias ações administrativas e políticas que garantam a alternância de poder sem prejuízo da prestação de serviços à população. Nesse contexto, o Cepam, órgão do governo do estado de São Paulo, visando contribuir com o aprimoramento dos processos de transição de governo nas prefeituras, organizou, em 2008, um modelo de lei e decreto para institucionalizar a transição (CEPAM, 2008). Em 2011, preocupado em conhecer o estágio de institucionalização da transição de governos nos municípios paulistas e aprimorá-la, realizou uma pesquisa. Além da pesquisa, também foi apresentado, em 2012, modelo de lei como referência e metodologia de organização dos dados, que resultou em planilhas setoriais para serem utilizadas no diagnóstico das diversas áreas de uma prefeitura. Todo o material desenvolvido foi implementado e aperfeiçoado nos 16 municípios2 da Associação dos Municípios do Extremo Noroeste do Estado de São Paulo (Amensp), região onde foi realizado um projeto-piloto. Cada município nomeou um interlocutor, para proporcionar o melhor funcionamento do projeto e fazer a interface com o Cepam3. Participaram dos trabalhos os prefeitos, as equipes técnicas e os gestores das diversas políticas municipais dessas localidades. O instrumental fornecido aos Executivos municipais (mandato de 2009 a 2012) para organizarem os dados e informações foi concebido para contribuir com o início da nova gestão (mandato de 2013 a 2016), em respeito aos cidadãos no seu direito à continuidade da prestação de serviços municipais (CEPAM, 2012, v. 2). 2 A AMESP é composta dos seguintes municípios: Andradina, Bento de Abreu, Castilho, Guaraçaí, Guararapes, Ilha Solteira, Itapura, Lavínia, Mirandópolis, Murutinga do Sul, Nova Independência, Pereira Barreto, Rubiácea, Sud Mennucci, Suzanápolis e Valparaíso. 3 O interlocutor era responsável por organizar as informações e repassá-las ao prefeito eleito ou reeleito após as eleições de 2012. Possuía acesso às planilhas setoriais que deveriam ser preenchidas pelo município nas oficinas. Com o conhecimento prévio do conteúdo, era facilitada a escolha dos representantes que participariam de cada oficina. O interlocutor era o responsável por discutir o instrumental, as facilidades e dificuldades para o preenchimento, e apresentar as críticas e sugestões de melhoria. 5 As planilhas foram disponibilizadas em Excell e PDF para ser adequado à realidade de cada município. Após a realização do projeto-piloto, na Amensp, foi organizado um conjunto de oficinas, videoconferências, seminários e palestras para sensibilizar os gestores sobre a temática, disseminar os materiais e orientá-los na estruturação de processos de transição. Durante o projeto foram elaboradas quatro publicações que estão disponíveis no site do Cepam. Também foi criado o grupo Transição de Governo na Célula de Inovação do Município – Rede CIM, uma rede social que trata de assuntos de interesse municipal, para dar apoio à institucionalização da transição, disponibilizar materiais, promover discussões e troca de experiências. O presente texto apresenta a importância da transição, a pesquisa aplicada, realizada pela Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam, em 2011, que identificou o grau de institucionalização existente na transição4. Também descreve os primeiros resultados de um levantamento sobre a institucionalização dos processos de transição nos municípios que participaram das oficinas e seminários realizados pelo Cepam sobre esta temática, em 2013. Não serão tratados, aqui, os aspectos do modelo de lei municipal desenvolvido, bem como do instrumental para organização de dados5. IMPORTÂNCIA DA TRANSIÇÃO DE GOVERNO DEMOCRÁTICA O processo de transição de governo tem início assim que é divulgado o resultado da eleição e se encerra com a posse do eleito. Ocorre quando um prefeito é reeleito e quando passa a gestão municipal para outro candidato eleito. Em ambos os casos, há transição, entretanto, de forma diferenciada. A reeleição é um momento de recomposição política e rearticulação das linhas de atuação; nesse período, é útil 4 A autora agradece o presidente do Cepam, Lobbe Neto; à equipe formada por Sílvia Maura T. Seixas, Laís Mourão e Rodrigo Sanchez de Queiroz Camarinha (estagiário); a coordenação de Fernando F. Montoro e José Carlos Macruz; a colaboração de Adriana Romeiro de Almeida Prado, Fábio Salomão, Fátima Fernandes de Araújo, Juçara Terra Rodrigues e Luiz Antônio da Silva; a Associação dos Municípios do Extremo Noroeste de São Paulo (Amensp), em especial, Celso Torquato Junqueira Franco, prefeitos da microrregião, Fernanda Souza e toda equipe técnica dos municípios envolvidos. 5 A importância das informações no processo de transição é tratado no artigo de Sílvia Maura T. Seixas. 6 avaliar o atual mandato e planejar o próximo, aprimorando setores que não tiveram bons resultados no primeiro mandato. Não ocorre naturalmente e deve ser provocada e instaurada (SOUZA, 44). A gestão que se encerra deve programar e assegurar a passagem, de forma que os princípios da Administração Pública (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência) sejam respeitados e garantidos (CEPAM, 2008). Deve institucionalizar o processo, estabelecendo, por meio de lei específica, as regras de funcionamento da equipe de transição (número de servidores que vão participar da consolidação dos dados, estrutura administrativa que dará o suporte às atividades, prazos a serem observados, infraestrutura fornecida, etc.) (CEPAM, 2012, v.1). O acesso às informações pode ser garantido com a edição de lei que disponha sobre o processo de transição. Sabe-se que a sua existência é a base para regulamentar os trabalhos no período. Os instrumentos escritos, que se cristalizam em leis, passam a ter um caráter obrigatório e impessoal, e seu não cumprimento pode acarretar penalidades (LOBATO, 10). É necessário, ainda, organizar as informações necessárias a serem passadas ao novo gestor para permitir a continuidade dos serviços públicos. As planilhas desenvolvidas (CEPAM, 2012, v.2) permitem que os municípios organizem os principais dados de todas as áreas de governo (obras, licitações, recursos humanos, saúde, educação, etc.), no foco de interesse do prefeito eleito ou reeleito. Os dados proporcionam a elaboração de um breve diagnóstico setorial. Essas informações podem orientar as decisões iniciais, sem comprometer a continuidade de serviços essenciais à população. Nesse contexto, as gestões devem avançar na profissionalização e no compromisso com a continuidade dos serviços. Compreender que o cidadão e seu bem-estar é o objetivo básico da gestão do estado, aqui representado pelo município. Assim, é importante oferecer um modelo de projeto de lei para a transição e orientar os Executivos municipais sobre a forma de organizar as informações relevantes destinadas às decisões das novas administrações. Ressalta-se que ter as informações organizadas significa efetivar a transição de governo de maneira pacífica, com respeito aos resultados que emergiram das urnas, e garantir a continuidade dos serviços municipais prestados à sociedade local. Para tal, é razoável que o prefeito em exercício, no decorrer do 7 último ano de seu mandato, constitua um grupo de trabalho, composto por agentes públicos do quadro da prefeitura, que terá a incumbência de sistematizar as informações a serem colocadas à disposição da equipe do prefeito eleito (CEPAM, 2012, v. 1). O Executivo municipal deve garantir ao seu sucessor o conhecimento da realidade administrativa, com informações e dados relativos às finanças locais; estrutura administrativa; relação de ocupantes de cargos, empregos e funções públicas; políticas públicas; aos programas e projetos; ao gerenciamento de pessoas, de convênios, situação dos próprios municipais e dos estoques; contratos; providências a serem tomadas nos primeiros dias da nova gestão, dentre outros temas relevantes. Para o bom andamento do processo, deve ser criada uma equipe de transição de governo com natureza bipartite. Uma parte é composta por membros indicados pelo prefeito eleito e a outra, pelo mandatário em exercício, que terão acesso às informações. Na análise da bibliografia estudada pelo Cepam, há referência sobre a importância de uma coordenação dessa equipe. O Cepam sugere que seja coordenada por pessoa indicada pelo eleito. Como é um espaço de interlocução entre as duas equipes, poderá contar com a contribuição de outros servidores. O processo sugerido pode ser visto como um instrumento para orientar o planejamento das ações do próximo mandato, a base para o programa de governo e para o Plano Plurianual (PPA). Os resultados da pesquisa realizada entre outubro a dezembro de 2011 são apresentados a seguir. A PESQUISA NOS MUNICÍPIOS PAULISTAS A pesquisa sobre a institucionalização da transição de governo foi apresentada em seminário, no Cepam, em 30 de novembro de 2011. Este estudo é uma pesquisa aplicada com o intuito de subsidiar a ação da equipe técnica do Cepam na promoção de processos de transição democráticos e responsáveis. 8 Tem como base metodológica questionário encaminhado aos 645 municípios paulistas, por correspondência eletrônica (e-mail). O questionário trata da existência ou não de instrumento de transição e da normatização adotada pelos municípios: lei, decreto, Lei Orgânica Municipal (LOM) e portaria. As informações contidas nos questionários respondidos pelos governos locais foram complementadas por meio de consulta telefônica e feita a análise dos instrumentos (lei, decreto, LOM e portaria) com relação à data de promulgação; existência de comissão de transição, seu papel e atribuições, composição e coordenação; entre outros aspectos. Para enriquecer a análise, foram feitas entrevistas presenciais e por telefone com alguns prefeitos, equipes e vereadores. O processo de transição foi considerado institucionalizado quando registrada a existência de um instrumento (lei, decreto, LOM ou portaria) que o discipline. A pesquisa foi respondida por 319 municípios paulistas (49% dos 645 do estado) e abrangeu as diversas faixas populacionais (Gráfico 1). Gráfico 1: Porcentual de municípios participantes da pesquisa Levantamento de Dados Municípios que responderam 49% 51% Fonte: Cepam, 2011 Municípios que não responderam 9 Todos os municípios com população acima de 110 mil habitantes responderam à pesquisa (Gráfico 2). A participação das localidades com até 40 mil habitantes foi menor, entretanto, não foi possível inferir se as localidades que não responderam não dispõem de instrumentos de transição (REDE CIM, 2012). Gráfico 2: Participação na pesquisa, por faixa populacional (em %) 100% 0% 0% 0% 100% 100% 100% 110.001 a 290.000 290.001 a 630.000 mais de 630.000 15% 90% 80% 70% 63% 66% 60% 50% 85% 40% 30% 20% 37% 34% 0 a 15.000 15.001 a 40.000 10% 0% 40.001 a 110.000 Municípios que responderam Municípios que não responderam Fonte: Cepam, 2011 Todas as regiões do estado de São Paulo (Mapa 1) foram abrangidas e encontrados variados instrumentos para regulamentar a transição. 10 Mapa 1: Municípios participantes da pesquisa discriminados por instrumento de transição Fonte: Cepam, 2011 A maioria dos municípios (82%) que responderam ao questionário não possui instrumento que especifique as regras e os procedimentos da transição. Por outro lado, observou-se que 59 (18%) componentes do estudo possuem algum arranjo jurídico para regulamentá-la (Gráfico 3). Gráfico 3: Participantes da pesquisa com instrumento de transição de governo (em %) 18% Possuem instrumento Não Possuem Instrumento 82% Fonte: Cepam, 2011 11 Observa-se que há instrumento de transição em todas as faixas populacionais (Tabela 1). O maior percentual de municípios com algum tipo de instrumento situa-se nas faixas de pequeno e de médio porte. O fato de os de menor e de médio porte constituírem 76% dos municípios paulistas, justifica que o percentual maior dos que detêm algum instrumento de transição esteja nessa faixa. Infere-se, ainda, que 63% dos municípios com população até 15 mil habitantes e 64% dos municípios de 15.001 a 40 mil habitantes não responderam à pesquisa, portanto, trabalhou-se com um universo menor dos considerados de pequeno e médio portes. Tabela 1: Municípios do Estado de São Paulo participantes da pesquisa com instrumento de transição, por faixa populacional Faixa populacional Municípios do estado de São Paulo Municípios que participaram da pesquisa Quantidade Quantidade % Municípios que possuem instrumento (a) % (b) Quantidade % até 15.000 350 54 131 37 13 10 15.001 a 40.000 140 22 47 34 15 32 40.001 a 110.000 92 14 78 85 13 17 110.001 a 290.000 41 6 41 100 12 29 290.001 a 630.000 16 3 16 100 4 25 6 1 6 100 2 33 645 100 319 49 59 18 mais de 630.000 TOTAL (a) Quantidade de municípios que participaram da pesquisa/Quantidade em cada faixa populacional. Quantidade de municípios que possuem instrumento/Quantidade que participou da pesquisa em cada faixa populacional. (b) Fonte: Cepam, 2011 12 Dos municípios que possuem instrumento, a LOM é o mais frequente. O segundo mais citado é a lei específica (27%). Decretos e portarias mostraram-se menos frequentes, institucionalizando transição específica de determinado mandato (Gráfico 4). Gráfico 4: Tipos de instrumento de formalização do processo de transição de governo (em %) 3% 12% LEI ORGÂNICA LEI 27% 58% DECRETO PORTARIA Fonte: Cepam, 2011 Na Tabela 2, observa-se que a LOM é o instrumento mais comum nas diversas faixas. Exceções são os municípios com população de 40.001 a 110 mil e os acima de 630 mil habitantes, nos quais prevalece lei específica. Na maioria dos municípios que possuem LOM, a previsão legal resume-se apenas à entrega de relatório da gestão à equipe do candidato eleito, com informações já previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal. 13 Tabela 2: Quantidade e porcentual de municípios, por tipo de instrumento que institucionaliza a transição de governo, e porte populacional Instrumento Faixa populacional Lei Qtd. % Decreto Lei orgânica Portaria Qtd. Qtd. Qtd. % % Total % até 15.000 1 8 0 0 12 92 0 0 13 15.001 a 40.000 3 20 3 20 7 47 2 13 15 40.001 a 110.000 7 54 1 8 5 38 0 0 13 110.001 a 290.000 2 17 3 25 7 58 0 0 290.001 a 630.000 1 25 0 0 3 75 0 0 mais de 630.000 2 100 0 0 0 0 0 0 2 16 27 7 12 34 58 2 3 59 TOTAL 12 4 Fonte: Cepam, 2011 Quanto à data em que o instrumento foi estabelecido (Gráfico 5), observase que a maioria das LOMs foi promulgada na década de 1990. Nas entrevistas, identificou-se que algumas Câmaras Municipais realizaram emendas à LOM após a promulgação, devido a processos complicados de transição. Quanto às leis e decretos, a edição concentrou-se entre os anos de 2005 e 2008. 14 Gráfico 5: Data de promulgação dos instrumentos de transição de governo Instrumento de Transição e data de promulgação. 20 18 16 14 12 Lei Orgânica 10 Lei 8 Decreto 6 Portaria 4 2 0 Antes de 2001 2001 a 2004 2005 a 2008 depois de 2008 Fonte: Cepam, 2011 Na composição das equipes de transição, foi identificada concentração de equipes mistas, isto é, formadas por representantes do candidato eleito e do prefeito em exercício. Os membros são, principalmente, representantes das áreas financeira/contábil e da chefia de gabinete. Há pouca presença de outras secretarias ou departamentos das áreas-fim (educação, saúde, assistência social, obras, etc.). Em um único caso constatou-se a presença da área de educação, área responsável por, no mínimo, 25% do orçamento municipal. Observou-se ainda que alguns instrumentos de transição não tratam da composição da equipe e, em outros, participam apenas representantes do candidato eleito. A maioria dos instrumentos analisados não estabelece a obrigatoriedade da atual gestão fornecer infraestrutura (local e apoio técnico) à equipe de transição. Identificou-se pequena incidência de localidades que disponibilizam dotação orçamentária para o processo. Outro ponto que merece reflexão é que a maioria dos instrumentos não estabelece prazo de fornecimento das informações. Sabe-se que esse período é curto para que os gestores se apropriem de toda informação e permita a tomada de decisão logo no início do mandato. 15 Finalizando, esse diagnóstico foi a base para o trabalho do Cepam na elaboração do projeto de lei, na criação do instrumental de diagnóstico setorial, na aplicação da metodologia na microrregião da Amensp e na disseminação dos materiais entre outros municípios. A seguir, são apresentados os dados preliminares do levantamento em curso para identificar mudanças na prática dos municípios que participaram de alguma atividade desenvolvida sobre a transição no Cepam6. O PROJETO TRANSIÇÃO DE GOVERNO E SEUS RESULTADOS O Projeto de Transição de Governo nos Municípios Paulistas abrangeu 174 municípios, dos quais 164 no estado de São Paulo (25% dos municípios). Também participaram representantes de municípios dos estados do Amapá, Amazonas, Paraná e Rio de Janeiro (Tabela 3 e Mapa 2) que levaram a metodologia para ser disseminada em suas regiões. Tabela 3: Número de municípios participantes das atividades desenvolvidas pelo Cepam, discriminados por estado Estados Número de municípios Amapá 2 Amazonas 1 Paraná 3 Rio de Janeiro 4 São Paulo 164 Total 174 Fonte: Cepam, 2013 6 Foram desenvolvidos um seminário, para apresentação da pesquisa; oficinas ou reuniões nos municípios da Amensp; oficinas no Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema (Civap) e, no Cepam, três videoconferências e diversas palestras. 16 Neste trabalho, estão incluídos municípios cujos representantes participaram, no mínimo, de uma atividade desenvolvida pelo Cepam (seminário, oficina, palestra, etc.) em 2012. Foi registrada a presença de prefeitos em exercício ou eleitos, vereadores, vice-prefeitos, gestores, servidores, membros da sociedade civil, entre outros. Aqui não estão contabilizados os municípios que consultaram o Cepam presencialmente, por telefone, e-mail ou na Rede Cim. Mapa 2: Municípios participantes do Projeto de Transição de Governo Fonte: Cepam, 2013 Para identificar os resultados do projeto, a equipe técnica do Cepam iniciou, em fevereiro de 2013, levantamento para verificar quais municípios paulistas implantaram o processo de transição, seguindo o modelo proposto pelo Cepam. A metodologia utilizada para o estudo envolveu o encaminhamento de um questionário aos 164 municípios paulistas, cujos representantes estiveram presentes em alguma atividade do Cepam, por correspondência eletrônica (e-mail). As questões tratavam da criação de algum instrumento (lei, decreto, portaria ou 17 resolução) para regulamentar a transição, a utilização das planilhas elaboradas pelo Cepam e outras considerações. Para aqueles que promulgaram algum instrumento, foi solicitada cópia por e-mail ou telefone. Observa-se que, em função do início de novo mandato, até o dia 18 de março de 2013, 45 municípios (27%) responderam ao levantamento (Gráfico 6). Gráfico 6: Porcentual de municípios que participaram do Projeto de Transição de Governo e responderam ao levantamento de 2013 Levantamento de dados 27% Municipios que responderam Municípios que não responderam 73% Fonte: Cepam, 2013 Dos municípios que responderam ao levantamento, respondentes) institucionalizaram a transição (Gráfico 7). 18 (40% dos 18 Gráfico 7: Porcentual de municípios que participaram do Projeto de Transição de Governo e institucionalizaram o processo Existência de Instrumento 40% Sim Não 60% Fonte: Cepam, 2013 Observa-se que foi ampliada a sua institucionalização, pois, no levantamento de 2011, apenas 18% tinham instrumento (lei, decreto, etc.) e, em 2013, os dados parciais apontam para 40% (Gráfico 8). Gráfico 8: Porcentual de municípios com instrumento para regulamentar a transição de governo, em 2011 e 2013 Existência de Instrumento (%) 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Existência de Instrumento (%) 2011 Fonte: Cepam, 2011 e 2013 2013 19 Ao analisar, em 2013, o instrumento que regulamenta o processo de transição, 13 municípios utilizam lei (72%), quatro possuem decreto (22%) e um (6%) faz uso de ordem de serviço (Gráfico 9). Gráfico 9: Tipos de instrumento de formalização do processo de transição de governo (em %) Tipo de Instrumento 6% 22% Lei Decreto Ordem de Serviço 72% Fonte: Cepam, 2013 Esses dados também indicam mudança significativa em relação a 2011, quando a maioria dos municípios tratava da transição de governo na LOM (Gráfico 10). A regulamentação por meio de lei, em 2013, aponta para a ampliação do emprego do instrumento divulgado e considerado adequado pelo Cepam. A lei garante que o processo deve ser contínuo e independente do gestor. Destaca-se que nenhum município mencionou alteração na LOM, em 2013. 20 Gráfico 10: Porcentual de instrumento institucionalizado nos municípios que participaram dos levantamentos em 2011 e 2013 Tipo de Instrumento 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% ORDEM DE SERVIÇO PORTARIA LEI ORGÂNICA DECRETO LEI 2011 2013 Fonte: Cepam, 2011 e 2013 Duas peculiaridades ocorreram nesse processo. Em uma localidade, a transição foi institucionalizada a partir de Indicação do Legislativo mostrando que há papel importante da instância nesse processo e, em outro, o projeto foi rejeitado pela Câmara Municipal por isso exige análise para conhecimento das motivações. Em alguns municípios, ocorreu a organização das informações para a transição em uma área específica da prefeitura (exemplo: obras ou assistência social). Apesar de ser um avanço a preocupação do gestor com a sistematização dos dados em órgão municipal, esses casos não foram contabilizados, pois a ideia é identificar o processo de transição na prefeitura como um todo. Em 14 municípios, houve o processo de transição, mas não a sua institucionalização. Todos utilizaram as planilhas do Cepam para organizar as informações e as disponibilizaram para as novas equipes. Entretanto, também não foram contabilizados, apesar de apontar mudança na cultura política existente. Quanto ao instrumental para diagnóstico setorial, 27 municípios (60% dos respondentes) utilizaram, total ou parcialmente, as planilhas disponibilizadas (Gráfico 11). 21 Gráfico 11: Porcentual de municípios que utilizaram as planilhas do Cepam Utilização das planilhas do CEPAM 9% Sim 31% Não 60% Sem Informação Fonte: Cepam, 2013 Para uma análise mais aprofundada, a seguir, são apresentados os resultados nos municípios da Amensp, microrregião em que foi aplicado o projetopiloto de transição e houve um trabalho mais intenso com os prefeitos e as equipes gestoras. RESULTADOS DO PROJETO DE TRANSIÇÃO DE GOVERNO NOS MUNICÍPIOS DA AMENSP O projeto-piloto da Transição de Governo foi realizado nos 16 municípiosmembros da microrregião da Amensp. Participaram ativamente do processo 15 localidades (94%) e um município não partilhou da elaboração das planilhas. Observa-se que, após o trabalho realizado, nove municípios criaram algum instrumento para regulamentar a transição: oito (50%) promulgaram lei e um (6%) decreto (Tabela 4). Houve ampliação de 800% na institucionalização da transição, quando comparada a 2008. 22 Tabela 4: Municípios da Amesp com instrumento de transição, em 2011 e 2013 2008 Município Existência de Instrumento 2012 Ano do instrumento Existência de Instrumento Ano do instrumento Andradina Não - Não Bento de Abreu Não - Não Rubiácea Não - Não Decreto - Decreto 2012 Guaraçaí Não - Lei 2012 Guararapes Não - Não Ilha Solteira Não - Lei Itapura Não - Lei 2012 Lavínia Não - Lei 2012 Mirandópolis Não - Lei 2012 Murutinga do Sul Não - Lei 2012 Nova Independência Não - Não Pereira Barreto Não - Não Sud Mennucci Não - Lei Suzanápolis Não - Não Valparaíso Não - Lei 2012 9 800% Castilho Total / Variação 1 2012 Fonte: Cepam, 2013 As leis criadas seguem o padrão proposto pelo Cepam, com ajustes em função de cada realidade. Todas as comissões criadas são compostas por representantes do prefeito em exercício e do eleito. A quantidade de participantes é especificada em quatro leis, com limite mínimo de até cinco membros e o máximo de oito. Nas demais leis, a definição do número de membros fica a cargo do prefeito eleito. Em todas, a coordenação da comissão é indicada pelo prefeito eleito. As leis elaboradas também disciplinam o funcionamento das comissões. Todas estabelecem que os pedidos de informação devem ser feitos por escrito e o prazo para a divulgação varia de quatro a 12 dias. São previstas reuniões, que devem ser agendadas e registradas em atas, permitindo o encontro com outros 23 agentes da prefeitura. Avançam, ainda, definindo que deve ser disponibilizada infraestrutura para o funcionamento das comissões. Essas leis apontam para uma transição mais democrática e não focada apenas na entrega de relatórios à nova gestão. São disponibilizados espaços de diálogos entre as equipes atual e eleita para discutir e aprofundar as informações fornecidas. Os 15 municípios da Amensp elaboraram, total ou parcialmente, as planilhas setoriais propostas para o diagnóstico setorial. O relatório síntese foi feito por alguns municípios, pois identificaram dificuldade na sua elaboração e análise dos dados. Os dados mostram que essa microrregião conseguiu porcentual maior de municípios que institucionalizaram a transição de governo e organizaram os dados. Os interlocutores de cada município apontaram que o trabalho coletivo facilitou o andamento do projeto e a comunicação com a mídia regional. Foi criado um ambiente de confiança entre os municípios e um espaço de qualificação e valorização da equipe designada pelas prefeituras para o trabalho. Entretanto, muitos citaram dificuldade em obter algumas informações na prefeitura e como é importante a organização de um sistema de informação municipal para auxiliar no processo de transição e no planejamento do município. Também é apontado como desafio a análise dos dados no momento de elaboração do relatório. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa aponta que o processo é recente; cria um novo arranjo organizacional (comissões ou equipe de transição) e exige o aprimoramento de sua institucionalização nos municípios paulistas. A maioria (82%) dos municípios do Estado, em 2011, não possuía o processo de transição institucionalizado. Sabe-se que apenas a lei não garante o processo, mas é importante que receba atenção especial. Nesse contexto, é adequado que seja incentivada a adoção de modelos mais democráticos, mais cordiais e comprometidos com a coisa pública. A divulgação, pelo Cepam, da importância de elaborar lei sempre teve como objetivo institucionalizar o processo, dado que, com a lei, o processo torna-se obrigatoriamente contínuo, assim como a prática de recolher informações, criar comissões e compor todo o aparato necessário à transição. Isso significa que a vontade política do prefeito manifesta-se na elaboração da lei, e depois resta cumprila. 24 O instrumental desenvolvido pelo Cepam possibilita um diagnóstico dos diversos setores municipais e o preenchimento das planilhas pode auxiliar na análise da situação das ações. Entretanto, é necessário um trabalho mais sistemático de orientação para o seu preenchimento, pois muitos técnicos encontraram dificuldade ao sistematizar a informação e em sua análise. Conforme identificado no levantamento de 2013, os resultados parciais de institucionalização da transição foram maiores em 2013 em relação a 2011, sendo 40% e 18%, respectivamente. Avançou-se na organização das informações que não eram um preocupação. Também, em 2013, a microrregião da Amensp, local em que houve um trabalho sistemático, com sensibilização dos atores políticos (Gráfico 11), também mostra resultados mais efetivos. Gráfico 11: Porcentual de municípios que institucionalizaram o processo, discriminados por perfil Existência de Instrumento 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Não Sim Geral Sem AMENSP AMENSP Fonte: Cepam, 2013 Ao ser analisado o instrumento criado, observa-se também que nos municípios da Amensp, proporcionalmente, foi maior a adoção de lei própria (Gráficos 12 e 13). 25 Gráfico 12: Quantidade de municípios que institucionalizaram o processo, discriminados por tipo de instrumento Tipo de Instrumento 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Ordem de Serviço Decreto Lei Geral Sem AMENSP AMENSP Fonte: Cepam, 2013 Gráfico 13: Quantidade de municípios que utilizaram o instrumental de diagnóstico setorial Utilização das planilhas do CEPAM 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sem Informação Não Sim Geral Fonte: Cepam, 2013 Sem AMENSP AMENSP 26 Na região, já existia trabalho de cooperação intermunicipal e a liderança acreditou ser possível mudar a cultura política para garantir a continuidade dos serviços à população. Essa conjuntura facilitou a implementação das ações necessárias. Assim, para a próxima transição de governo, poderiam ser utilizadas instituições com atuação regionalizada, para apoiar a implementação (consórcios intermunicipais ou públicos, associações, fórum regionais, etc.). Todo coletivo de municípios, quer tenha sua união derivada de problemas comuns; de vocações regionais; por distância dos grandes centros de decisões, pode transformar esses locais em espaços nos quais as mudanças organizacionais se realizam pelo apoio mútuo, por lideranças sensíveis e incisivas que não se unem para repetir o passado, mas para vislumbrar o futuro. O futuro não pode ser resumido em disputa, que coloque em plano inferior os anseios do cidadão. As divergências eleitorais devem acabar no dia da eleição, para que se desenvolva um clima de cordialidade e civilidade na passagem do governo, visto que os serviços não podem parar devido a desavenças, descuidos e descomprometimentos. Quando ocorrem palestras, ou oficinas, incentiva-se a sensibilização dos participantes que não garantem a implementação do processo de transição. Para uma mudança prática real, é necessário que vários atores (prefeitos, vereadores, gestores, técnicos e cidadãos) se insiram nesse debate e compreendam a sua importância. O fazer é sempre técnico, mas a sensibilização pode incluir a sociedade civil interessada, outros poderes e organizações enquanto atores sociais influentes. É importante que cada um compreenda o seu papel, domine os instrumentais e acredite que é possível mudar a cultura organizacional existente na administração pública municipal. Observou-se que o tema ganhou repercussão na mídia e as publicações do Cepam, disponibilizadas na Internet, foram visualizadas por 26.4437 interessados. 7 Foram 7.098 visualizações do texto Transição de Governo nos Municípios Paulistas – Projeto-Piloto, publicado em 12/3/2012; 8.057 da Transição de Governo nos Municípios Paulistas – volume 1, publicado em 13/8/2012; 7.995 da Transição de Governo nos Municípios Paulistas – volume 2, publicado em 13/8/2012; e 2.483 da Transição de Contas, publicado em 7/11/2012 (Dados de 19/3/2013). 27 Também foi ampliado, o alcance do trabalho com a Rede CIM. O grupo Transição de Governo está com 91 membros. Entretanto, os comentários e discussões foram visualizados, de 2/5/2013 até 19/3/2013, por 14.804 pessoas. Apesar da abrangência de acessos, da troca de experiência e da disseminação dos materiais, observa-se que muitos gestores preferem solucionar suas dúvidas por telefonema ou em visita ao Cepam e não pela rede social. Esse é um aspecto que deve ser aprofundado, pois as redes sociais profissionais podem ser um instrumento mais efetivo de apoio aos agentes e servidores municipais. O tema deverá ainda alcançar repercussão, em decorrência da recente promulgação da Lei de Acesso à Informação (Lei federal 12.527/2011) e é importante que a temática comece a fazer parte da agenda dos municípios. Com a cobrança da mídia e dos cidadãos, essa poderá ser incluída na agenda governamental de várias localidades e, dessa forma, a cultura política existente pode ser democratizada e responsável. Ressalta-se que, em 473 municípios paulistas (73%) houve mudança na chefia do Executivo, em 2013. Recomenda-se que o Cepam e os municípios estabeleçam mecanismos para garantir aos eleitos o conhecimento da realidade da administração local, de forma padronizada e com a qualidade que possibilitará a continuidade dos serviços imprescindíveis aos cidadãos, como os de saúde, educação, assistência social e demais políticas públicas em andamento. O Cepam iniciou um trabalho, em 2011, com o levantamento dos municípios acerca do instrumental para institucionalizar o processo de transição. Em 2013, a meta é aprimorar os instrumentais e continuar contribuindo para fortalecer o espírito democrático, o senso de responsabilidade e o comprometimento dos atores públicos, provocando mudanças organizacionais; lutando pelos diagnósticos e pelo planejamento das ações governamentais, com metas e resultados partilhados com cidadãos que usam e necessitam dessas ações. 28 REFERÊNCIAS BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Relações Institucionais. Orientações para o gestor municipal: encerramento de mandato. Brasília: SRI, 2012. 31p. CRUZ, Maria do Carmo Meirelles. T.; MOURÃO, Laís de Almeida; SEIXAS, Silvia Maura Trazzi. Transição de governo em municípios paulistas: um breve panorama. Apresentado no Seminário Internacional de Administração Pública e Governo - Novas Pesquisas da FGV-EAESP, São Paulo, 2013. Mimeografado. FUNDAÇÃO PREFEITO FARIA LIMA – CEPAM. Transição democrática – Modelo de lei e decreto. São Paulo: Cepam, 2008. 11p ____. Transição de governo nos municípios paulistas. v. 1, São Paulo: Cepam, 2012. 29 p. Disponível em: <http://www.cepam.sp.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1710>. Acesso em: 30 jan. 2013 ____. Transição de governo nos municípios paulistas. v. 2 – Modelo de Planilhas Setoriais e Relatório. São Paulo: Cepam, 2012. 133p. Disponível em: <http://www.cepam.sp.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1710>. Acesso em: 30 jan. 2013 _____. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS – UNICAMP. Instituto de Economia. Construindo o diagnóstico municipal: uma metodologia. São Paulo, 2008. 160 p. _____. Projeto transição de governo nos municípios paulistas. São Paulo, 2011. _____. Transição de governo nos municípios paulistas – projeto-piloto. São Paulo, 2012. LOBATO, Ana Lucia Martins. Transição e democracia: institucionalizando a passagem do poder. Brasília: Casa Civil, 2002. 390p. PEREIRA, Edmo da Cunha. Governar o município – antes e depois da posse. 5. ed. Belo Horizonte: O Lutador, 2004. REDE CIM – CÉLULA DE INOVAÇÃO AO MUNICÍPIO. Transição de governo. Disponível em: < http://www.redecim.com.br/group/transicao-de-governo>. Acesso em: 30 jan. 2013. SEIXAS, Sílvia Maura T. A importância das informações no processo de transição. VI CONGRESSO CONSAD DE GESTÃO PÚBLICA, Brasília, 2013. SOUZA, Adilson de. Transição de governo nos municípios: apontamentos teóricos, roteiro de trabalho e orientações práticas para prefeitos e comissões de transição. Belo Horizonte: Bigráfica, 2008. 29 ___________________________________________________________________ AUTORIA Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz – Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam – Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal; Doutorado em Administração Pública e Governo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas Endereço eletrônico: [email protected]; [email protected]