268 X Salão de Iniciação Científica PUCRS Ação antioxidante do Estrogênio em ratas fêmeas submetidas à Ligadura Parcial da Veia Porta - Comparação ao grupo de ratos machos. Simone Iahnig Jacques1, Maria Isabel Morgans Martins1, Camila Marques1,2, Francielli Licks1 , Norma Anair Possa Marroni1,2 (orientador) 1 Laboratório de Estresse Oxidativo e Antioxidantes, ULBRA, 2 Laboratório de Hepatologia Experimental e Fisiologia-HCPA/UFRGS Resumo Introdução A hipertensão portal é a principal causa de mortalidade e morbidade entre pacientes cirróticos. O modelo de ligadura parcial da veia porta (LPVP) induz ao aumento da hipertensão portal, sem desencadear cirrose hepática. Esta é caracterizada pelo aumento da resistência vascular e aumento da pressão venosa portal, como conseqüência leva a dilatação dos vasos e desenvolvimento de circulação colateral hiperdinâmica. O estrogênio é uma molécula antioxidante com diferentes ações fisiológicas, assim nosso objetivo é verificar se ratas fêmeas podem ser mais protegidas da Hipertensão Portal que ratos machos quando avaliado o estresse oxidativo. Metodologia Foram utilizados ratos wistar machos (10) e ratas wistar fêmeas (10). Os animais foram divididos em: Sham-Operated (SO); Ligadura Parcial da Veia Porta (LPVP). No 15º dia foi aferida a pressão portal, e os estômagos retirados para medidas de estresse oxidativo. Foi avaliada a lipoperoxidação (LPO) por TBARS (nmol/mg prot) a atividade das enzimas antioxidantes (AOX) superóxido dismutase (SOD-USOD/mg prot), catalase (CAT-nmoles/mg prot) e glutationa peroxidase (GPx–nmoles/min/mg prot). Para análise estatística ANOVA, seguida de teste Tukey-Kramer, sendo significativo quando P<0,05. X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009 269 Resultados e Discussão Observou-se um aumento na pressão (mmHg) nos ratos machos e fêmeas com LPVP em relação aos SO, induzindo há umaumento da hipertensão portal neste modelo. Quanto a LPO avaliada pelo TBARS nos ratos machos verificamos que SO=0,06±0,0/LPVP=0,94±0,02, nas fêmeas SO=0,44±0,0031/LPVP=0,97±0,24, não houve diferença significativa nos LPVP; na SOD os machos SO=3,54±0,08/LPVP=1,98±0,60 e as fêmeas SO=19,47±2/LPVP=15,21±3, houve um aumento significativo no grupo das fêmeas; CAT machos SO=0,036±0,01/LPVP=0,055±0,01 e nas fêmeas SO=0,13±0,0/LPVP=0,1940±0,0 houve um aumento significativo no grupo fêmeas; quanto a GPx dos machos SO=0,01±0,002/LPVP=0,015±0,007; e a GPx nas fêmeas SO=0,83±0,03/LPVP=0,63±0,0 houve um aumento significativo no grupo fêmeas. Podemos observar quanto a LPO avaliada pelo TBARS, em ambos os grupos de LPVP o dano aumenta significativamente em relação ao SO, mas não em relação a machos e fêmeas. No grupo das ratas fêmeas, houve um aumento significativo na atividade de todas as enzimas AOX em relação aos machos, sugerimos que este efeito seja desencadeado pela ação aox do estrogênio. Conclusão A molécula de oxigênio apresenta radicais hidrofenólicos em sua molécula, assim ela por si só, pode agir como um antioxidante, o que explica o fato do grupo das fêmeas apresentarem maior atividade das enzimas antioxidantes que no grupo dos machos. Referências ANDREU, V.; BOSCH, J. et al. Effects of propranolol on venous compliance in conscious rats with pre-hepatic portal hypertension. Journal of Hepatology 44 (2006) 1040–1045. LANGER, D.A.; SHAH, VH. Nitric oxide and portal hypertension: Interface of vasoreactivity and angiogenesis. Journal of Hepatology 44 (2006) 209–216. BOSCH, J.; TIANI C. et al. Apelin signaling modulates splanchnic angiogenesis and portosystemic collateral vessel formation in rats with portal hypertension. Journal of Hepatology 50 (2009) 296–305. X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009