Observação geral: o trabalho revela algum trabalho de pesquisa, capacidade de observação que leva a exposição pelos autores um pouco além da descrição em um ou outro lugar (v. comentários)... 4 de Janeiro de 2012 Porém: Alguns requisitos formais básicos não foram respeitados, em especial as referências às fontes (pelo menos no que respeita os inúmeros factos e biográficos referidos directa ou indirectamente sobre Wharol e a sua obra, a Pop Art, etc). Há apenas a referência a uma única fonte. Essencialmente por esta razão, a classificação do trabalho é, tal como está, de 10 valores. Outras possíveis melhorias e correcções de outros requisitos estão comentadas ao longo do texto. Recomendo a correcção, pelo menos, da 1ª deficiência referida para poder dar outra classificação bem diferente, até por que o trabalho é merecedor de uma outra classificação desde que corrigido... (para as correcções, V.explicações e exemplos no site da cadeira para as correcções). História da Arte e da Técnica Tal como está - 10 valores Design Andy Warhol e a sua obra: Marilyn Monroe Turma: 1ºC2 Nuno Maria Alarcão Campelo Ribeiro - 20110526 Sophia Catherine de Jesus Pereira McDonald - 20110505 Rita Themudo e Mello Franco Mira - 20110350 1 4 de Janeiro de 2012 Índice Pàgs. Introdução ……………………………………………………………………………………..3 Andy Warhol.......................................................................................4 Serigrafia de Warhol...........................................................................6 Marilyn Monroe..................................................................................8 Serigrafia de Marilyn Monroe..........................................................10 Relação público/imagem..................................................................12 Relação redundância/entropia da imagem......................................14 Conclusão.........................................................................................15 Bibliografia........................................................................................16 2 4 de Janeiro de 2012 Introdução Este trabalho tem como objectivo principal fazer uma descrição pormenorizada de uma obra de Andy Warhol. Neste caso, a célebre actriz Marilyn Monroe foi um dos temas mais desenvolvidos por Warhol nas suas serigrafias baseadas num original fotográfico do rosto da actriz. Diversas transformações de cor e de mancha conseguiram oferecer uma imagem que, sendo sempre diferente, permanece constantemente invariável. Para isso, consultámos, entre outras, as seguintes obras: Andy Warhol: a retrospective, McShine K., New York, 1989; Nothing to lose: interview with Andy Warhol, Berg G., Cahiers du Cinema, nº 10, Maio de 1967, p. 40; Andy Warhol: modelo para o projecto de uma exposição transdisciplinar de design e artes visuais, Freitas D., IADE Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing, 2008. Andy Warhol foi um artista que indubitavelmente contribuiu para o impulso da cultura moderna, através da utilização de varias técnicas pioneiras mas principalmente pelo isolamento visual da imagem. Figura 2 - Auto-Retracto Andy Warhol Faltaria ainda referir nesta Introdução (posto que brevemente): o(s) aspecto(s) concretos 3 que serão analisados (descritivo sintético das secções do trabalho), por forma a que o leitor compreenda melhor aquilo que a autora afirma pretender demonstrar... transferindo a 1ª frase seguinte para aqui e fazendo uma brevíssima descrição... Aqui (e também na bibliografia) os nomes dos autores mencionam -se primeiro... 4 de Janeiro de 2012 Andy Warhol Neste capítulo iremos falar de vários aspectos sobre Warhol, tais como: Teria valido a pena inserir aqui algumas imagens que exemplificass em estas etapas da obra do autor... Biografia Formação Obras principais Aqui e nas páginas seguintes - onde estão as referências às fontes de onde todos estes dados factuais e históricos foram extraídos pelos autores do trabalho? Para corrigir esta deficiência séria, cf. site da cadeira, secção Normas e Metodologia => item «Requisitos formais» => botões «Fontes», «Bibliografia» => exemplos gráficos Andy Warhol (nome verdadeiro: Andrew Warhola) nasceu a 6 de Agosto de 1928, em Pittsburgh, nos Estados Unidos da América. Estudou no liceu de Schenley onde frequentou aulas de arte, assim como aulas do Museu Carnegie, instituição sedeada perto do liceu e no Instituto de Tecnologia Carnegie Melon University. Contratado pela revista Glamour, começou por desenhar sapatos mas os primeiros desenhos apresentados tiveram de ser refeitos devido às suas claras sugestões sexuais. Passou a desenhar anúncios – actualmente ainda muito usados na publicidade de moda nos Estados Unidos da América – para revistas como a Vogue e a Harper’s Bazaar, assim como capas de livros e cartões de agradecimento. Em 1961 realizou a sua primeira obra em série usando as latas da sopa Campbell’s como tema, continuando com as garrafas da Coca-Cola e as notas de Um Dólar, reproduzindo continuamente as suas obras, com diferenças entre as várias séries, tentando tornar a sua arte o mais industrial possível, usando métodos de produção em massa. Com a inauguração do seu estúdio – The Factory, Andy Warhol passou a usar pessoas mundialmente conhecidas, desde Jacqueline Kennedy a Marilyn Monroe passando por Che Guevara e Elvis Presley, em vez de objectos de uso massificado, como fontes do seu trabalho. 4 4 de Janeiro de 2012 A técnica baseava-se em pintar grandes telas com lábios, sobrancelhas, cabelo, etc., em fundos com cores fortes, transferindo por serigrafia, fotografias para a tela. Sendo estas obras de um enorme sucesso, Warhol deixou a sua marca no mundo artístico e a sua frase mais conhecida: «No futuro, toda a gente será famosa durante quinze minutos” (1968), só se aplicará no futuro, quando a produção cultural for totalmente massificada e quando a arte for distribuída pelos meios de produção de massa. Morreu a 22 de Fevereiro de 1987, em Nova Iorque, deixando-nos as suas obras A referência à fonte é nestes casos em serigrafia, como iremos tratar no capítulo seguinte. de citação directa também obrigatória! (cf. site da cadeira, secção Normas e Metodologia... «requisitos formais» e respect. exemplos gráficos) Figura 2 – Andy Warhol no Atelier Factory 5 4 de Janeiro de 2012 Serigrafia de Warhol A razão que me leva a pintar deste modo é eu querer ser uma máquina e sinto que tudo o que faço é que faço como uma máquina, é o que eu quero fazer. ( Andy Warhol, 1963) Neste segundo capítulo iremos falar sobre a técnica individual de serigrafia de Andy Warhol. Procuremos primeiro ver o que é a serigrafia. Teria valido a pena mencionar uma obra sobre a serigrafia... Serigrafia (ou silk-screen) é um processo de impressão no qual a tinta é vazada, pela pressão de um rodo ou puxador, através de uma tela preparada. A tela (Matriz serigráfica), normalmente de poliéster ou nylon, é esticada com um bastidor (quadro) de madeira, alumínio ou aço. A "gravação" da tela dá-se pelo processo de fotossensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotossensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto ‘matriz+fotolito’ colocados por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotossensível que foi exposta a luz. Andy Warhol terá desejado o futuro, sentindo na pele a ineficácia do século XX: ainda não somos máquinas! Mas Warhol procurou sempre comportar-se como tal, desde o número extraordinário da produção ou da indiferença passiva e serial dos conteúdos escolhidos, as técnicas de registo utilizadas na sua obra, a obsessão pelo quotidiano massificado, conduziram o seu espírito criativo no sentido de uma transformação essencial, com ele próprio a converter-se num produto-mercadoria absolutamente comercializável, repetitivo, para comercializar e deitar fora. Desse modo, aproximou em definitivo dois mundos irreconciliáveis: a arte erudita e a cultura popular. Com Warhol falece o último dos preconceitos guardados pelo Olimpo da arte. Afinal, entre uma capa e revista e uma tela pintada, ou entre a TV e o cinema, há apenas uma diferença de meios e não qualquer imanentismo metafísico. 6 4 de Janeiro de 2012 Uma vez mais, teria valido a pena inserir aqui algumas imagens que exemplificass em esta dimensão da obra do autor... Warhol procurou sempre anular diferenças confundir e misturar atmosferas, criando um universo que afirmava apenas a contradição, a simultaneidade e a convivência dos opostos, chamando a atenção para o efeito anestésico dos media e da sociedade pós-industrial. Aí todos se aparentem a máquinas, manipuladas e satisfeitas. Warhol desmonta o sistema de sublimação artística, os pretensos valores da sua autonomia, para melhor revelar as suas semelhanças com os outros domínios sociais. Funciona assim a dimensão amoral e acrítica do artista norte-americano: “considero que cada um deveria ser como qualquer outro”. Warhol congelou o expressionismo abstracto imiscuindo-se no seu domínio para nos dar o “glamour” imediatista da arte comercial e do design. Isso só foi possível, trazendo para o mundo das galerias não só as técnicas empregues na imagem publicitária como os símbolos do american way of life. Entre o profundo e o artificial, Warhol foi mimando o caminho ao fazer confluir num mesmo grau: pintura e design de moda, rock e cinema, superstars e políticos, motins raciais e coleccionadores de arte, flores e acidentes de automóvel. Tudo tem o mesmo valor nesta sociedade mediatizada e, por isso, sem qualquer memória histórica. Quando a imagem substitui o acontecimento, procede-se à maior banalização do significado. Muito antes dos teóricos franceses dos anos 70, Warhol confirmou com as suas imagens a consciência caótica e delirante do mundo contemporâneo. Apropriando-se da lógica simulacionista do séc. XX, sobretudo nas obras realizadas desde o anos 60, Warhol produz o reflexo mais exacto da permeabilidade da arte à sociedade de consumo. Como exemplo disso temos Marilyn Monroe como tema de varias obras de Warhol, o qual vamos tratar no capitulo seguinte. Figura 4 – Máquina actual de serigrafia 7 4 de Janeiro de 2012 Marilyn Monroe Neste terceiro capítulo iremos abordar o tema, por nós escolhido, deste trabalho: Marilyn Monroe, um dos maiores sex-simbols produzidos por Hollywood. Comecemos então por explicar as razões que nos levaram a escolher este tema. Começámos por escolher o tema da fotografia mas chegamos à conclusão que tínhamos pouco conhecimento em relação a essa área. Decidimos então estudar Andy Warhol por gostarmos bastante de Pop Art e dentro desse tema escolhemos Marilyn Monroe porque gostaríamos de saber as razões que levaram este autor a fazer quadros com repetições da mesma imagem mas em cores diferentes. Daí termos escolhido este tema e daí termos feito o nosso trabalho sobre Marilyn Monroe. A obra Marilyn Monroe de Andy Warhol transmite-nos o consumismo americano e a vulgaridade de Marilyn Monroe. As cores vivas, salvas de jogos cromáticos luminosos e variados, formam uma cortina de motivos grandes que nos desvia o olhar para a imagem em si, de Marilyn. Esta forma de trabalhar as imagens ficou conhecida como a imagem de marca de Andy Warhol. O autor quis mostrar que Marilyn Monroe, tão conhecida e idolatrada por todos, não passava de uma pessoa igual a nós próprios, comum a qualquer pessoa, igual a tantas outras pessoas. Marilyn Monroe ou Norma Jean Baker Mortenson (o seu nome verdadeiro) nasceu em Los Angeles, Califórnia, em 1926, e viveu grande parte da infância em orfanatos. Casou-se aos 16 anos, com James Dougherty, e aproveitou, quando o marido serviu na 2ªGuerra para tentar a sorte no cinema. Mais tarde, já separada de Dougbherty casou-se com o ex-jogador de basebol Joe Di Maggio e posteriormente com o dramaturgo Arthur Miller. 8 4 de Janeiro de 2012 Morreu devido a uma overdose de sedativos mas não existem provas concretas, apenas suposições e depoimentos. No final de um documentário inglês, a actriz foi lembrada como a glamourosa loura de Hollywood que morreu durante o sono com a tenra idade de 36 anos, a 5 de Agosto de 1962. Falando verdade, não foi só nesse documentário que a actriz foi lembrada de forma positiva, mas todos nós a lembramos assim, como a linda figura loura de Hollywood com a saia do vestido ao vento. Warhol pintou o quadro de Marilyn poucos dias depois de esta morrer e, segundo o autor, pintou-o como forma de proteger a actriz das histórias que apareceram sobre a sua morte. Sendo assim, as razões que levaram Warhol a usar Marilyn Monroe como tema do seu trabalho serão tratadas no capitulo seguinte, bem como a técnica usada: a serigrafia. Uma vez mais, aqui seria indispensável fazer a referência às fontes de todos estes dados biográficos... (V. site - Trabalhos subsecção «Referências Bibliográficas» «Citar Fontes indirectas» Figura 5: Marilyn Monroe 9 4 de Janeiro de 2012 O texto destes parágrafos repete o que já ficou exposto acima: o Tal como foi mencionado anteriormente, neste quarto capitulo iremos falar texto de todo sobre a serigrafia que Warhol pintou de Marilyn Monroe e as suas razões ou, na o trabalho deveria ter verdade, o seu acaso. sido revisto e A serigrafia com cores fortes de estrelas americanas como Marilyn Monroe, organizado... tornaram-se ícones da segunda metade do século XX e povoam ainda hoje a imaginação da sociedade mundial. Serigrafia de Marilyn Monroe O responsável por esse fenómeno foi Andy Warhol, um dos rostos da Pop Art, que mais do que um movimento artístico encarna toda uma revolução social e cultural. Warhol personificou, mais do que ninguém, uma ligação entre a arte e a vida, entre a arte e a sociedade mediatizada, capitalista e industrial das grandes cidades mundiais.. Warhol mostrou-nos o quanto as personalidades públicas são figuras impessoais e vazias. Mostrou-nos tal verdade associando a técnica com que reproduzia estes retratos, numa produção mecânica ao invés do trabalho manual. Da mesma forma, utilizou a técnica da serigrafia para representar a impessoalidade do objecto produzido em massa para o consumo. É especificamente nas obras em que retrata Marilyn Monroe que uma das faces mais fortes da mente de Andy Warhol se revela. Apesar de ser fã de celebridades e de entender o carácter transitório da fama, o seu interesse estava no público e na sua devoção a uma figura como um símbolo cultural da época, um figura criada pela imprensa. 10 4 de Janeiro de 2012 O retrato de Marilyn Monroe fazia parte de uma série sobre a morte que eu estava a fazer, sobre pessoas que tinham morrido de diferentes formas. Não havia nenhuma razão profunda para fazer essa série sobre a morte, não eram vítimas do seu tempo; não havia qualquer razão para o fazer, só uma razão superficial. (Gretchen Berg, “Nothing to lose: interview with Andy Warhol”, Cahiers du Cinema, nº 10, Maio de 1967, p. 40) Tal como verificamos na frase em epígrafe, Andy Warhol não teve uma razão sólida para desenhar Marilyn Monroe, foi tudo fruto do acaso. Tendo acabado este assunto, passemos para o capitulo seguinte em que falaremos sobre a relação entre o público e a imagem, entre o Pop Art e Marilyn Monroe. 11 4 de Janeiro de 2012 Relação Público/Imagem Aqui teria Iremos agora então analisar o tema geral que é o Pop Art e a sua relação com a valido a pena citar alguma imagem de Marilyn Monroe. obra sobre a A forma como está formulado este objectivo é pouco Pop Art como clara... forma de O Pop Art é considerado como uma reacção ao Expressionismo Abstracto, um credibilização movimento artístico, liderado, entre outros, por Andy Warhol. O Expressionismo do texto.... Abstracto, que floresceu na Europa e nos Estados Unidos nos anos 50, reforçava a individualidade e expressividade do artista rejeitando os elementos figurativos. Pelo contrário, o universo do Pop Art nada tem de abstracto ou de expressionista porque transpõe e interpreta os ícones da cultura pop. A televisão, a banda desenhada, o cinema, os meios de comunicação em massa, fornecem os símbolos que alimentam os artistas Pop. O sentido e os símbolos do Pop Art pretendem ser universais e facilmente reconhecidos por todos, numa tentativa de eliminar o espaço entre arte erudita e arte popular. Marilyn Monroe tornou-se a sacerdotisa da arte pop, frequentemente aclamada como símbolo da sexualidade feminina mas às vezes condenada pela sociedade por comercialização de sexo. A primeira vez que Warhol usou a imagem de Marilyn foi em 1962 numa tela chamada “The Six Marilyns” ou “Marilyn Six-Pack” (imagem da capa). Warhol escolheu uma fotografia promocional da actriz num filme, aumentou o seu rosto para proporções enormes e pintou a sua imagem seis vezes numa tela. Manipulou a imagem usando verdes exuberantes, magentas para os olhos e lábios e ajeitando as cores para que contrastassem. A fama de Marilyn estava no seu rosto, especialmente nos seus lábios vermelhos e sedutores. A pintura de Warhol distorce, propositadamente, a sua face e lábios, enfatizando a artificialidade da sua imagem e suscitando isso como comercialização grosseira de uma imagem que poderia levar Marilyn ao declínio. Warhol usou o retrato de Marilyn em várias outras telas durante os anos 60, ocasionalmente usando-as como papel de parede. Mudava as cores da boca e dos olhos com frequência mas usava sempre a mesma fotografia. 12 4 de Janeiro de 2012 Se os artistas às vezes usaram a imagem de uma estrela de cinema para representar uma ideia abstracta, então, o Pop Art também pode fazer o mesmo. Quatro décadas depois da sua morte, o rosto de Marilyn e a sua imagem estampam uma série de itens, desde cartões até baralhos, de cerâmica a lençóis. Agradando uma multidão de fãs, a figura de Marilyn encanta no Museu de Cera Madame Tussaud, em Londres. A estátua de cera, criada no final dos anos 50, tem sido periodicamente tratada para reflectir as mudanças da pessoa pública de Marilyn. De um modo mais modesto, a sua imagem continua a ser usada na publicidade e na promoção de produtos, incluindo publicidade televisiva e de rua. A arte, os produtos, os livros, os filmes, os rumores, as comemorações, tudo isso é consequência da longevidade única de Marilyn, que continua a encantar com o seu talento e a fascinar com a sua beleza. Nos corações de muitos, continua insuperável apesar de a sua morte deixar uma sombra escura sobre a sua imagem. Passemos então a analisar as razões que levaram Andy Warhol a pintar a partir de uma só imagem para passar a pintar varias imagens numa só obra e o porquê da variação de cor. Figura 6: Marilyn Monroe pintada por Andy Warhol 13 4 de Janeiro de 2012 Relação redundância/entropia da imagem Tal como referimos no final do capitulo anterior, nesta parte iremos falar sobre a redundância da imagem que está na sua repetição e banalização. A obra de Warhol não se trata apenas de uma cópia mas sim do mesmo objectivo dito ou feito de maneira diferente, ou seja, o resultado é visivelmente diferente mas objectivamente igual. Vejamos que numa imagem aparece Marilyn com o cabelo azul, noutra com o cabelo vermelho. Não é de todo igual mas é a mesma figura. A entropia da imagem está no processo de criar “alguma coisa” com regras. Marilyn Monroe tinha o cabelo loiro platinado mas numa imagem fiel há várias nuances, vários tons. No Pop Art de Andy Warhol, como o grau de entropia desta imagem é elevado, vai desprezar esses pormenores e, por isso, simplifica tudo e generaliza-a numa só cor. Ao simplificar a imagem de todos os pormenores ao máximo, Warhol concebe um novo sistema em que o código de cores como conhecemos é alterado e entropicamente reinventado. É a entropia que torna a imagem simples e com regras de cor novas e faz, por isso, com que a redundância exista uma vez que a repetição é favorecida por essa aleatoriedade. Dando por terminada a análise deste tema, iremos fazer uma breve conclusão deste trabalho. Figura 7: Obra de Andy Warhol, Marilyn Monroe Apesar das deficiências assinaladas, a análise nesta parte do trabalho reveste interesse e está formulada numa linguagem escorreita... É por aqui o caminho! 14 4 de Janeiro de 2012 Conclusão O Pop Art salienta não só o carácter autónomo da obra de arte mas também os seus instrumentos e os seus produtos que se submetem às regras do mercado. O Pop Art manteve um diálogo com o seu contexto cultural e ao contrário do que se pode pensar, a arte Pop não está compartilhada com a lógica do sistema ou até mesmo com a reprodução da sua linguagem mas sim com uma maneira não subjectiva de reagir a uma espécie de crise, uma maneira inovadora, ousada, irónica e crítica. Do Pop Art resultaram fenómenos como: o sensacionalismo, o culto das estrelas, a perda da individualidade e a importância e eficácia dos clichés. Os motivos do Pop Art americano foram geralmente adoptados a partir de recortes de revistas, foto gramam, imagens publicitárias. Usaram-se processos e técnicas especiais de impressão para transferir a imagem para o respectivo suporte, onde era alterada e colorida. Andy Warhol esteve sempre dentro da sociedade consumista, na medida em que comprar é mais americano do que pensar, logo, vai comprando e fazendo a sua própria colecção a partir da qual vai buscar ideias para as suas obras. Esta tendência americana consumista foi contribuir, em parte, para a queda das barreiras entre a arte e o resto do mundo e foi capaz de retirar com sucesso o chamado artist’s touch da arte. Reprodução e intertextualidade trabalham juntas em Warhol na medida em que as suas obras acabam por dar a conhecer as marcas da publicidade por ele em todo o mundo, vendendo-as. Concluímos assim que o papel de Andy Warhol foi fundamental no desenvolvimento do Pop Art e que sem ele e sem a sua excentricidade este estilo nunca se teria tornado tão conhecido como é hoje em dia. 15 4 de Janeiro de 2012 Bibliografia Imagens: Figura 1 – (Capa): http://tavernadoserodio.wordpress.com/2010/11/02/de-quem-e-a-arte/ Figura2: http://vernissageyurinog.blogspot.com/2011/04/influencia-andy-warhol.html Figura 3: http://www.bmwartcarcollection.com/2011/05/04-andy-warhol-bmw-art-car/ Figura 4: http://www.elnico.cz/en/pcb-placement/ Figura 5: http://abracadabra.weblog.com.pt/arquivo/127458.html Figura 6: http://www.google.pt/imgres?q=marilyn+monroe+warhol&um=1&hl=ptPT&sa=N&biw=1280&bih=680&tbm=isch&tbnid=COf_zc_xL_BZM:&imgrefurl=http://artesteves.blogspot.com/2011/10/andy-warhol-marilynmonroe.html&docid=nNwARUW6hAJcIM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/rA_SggDs2Vo/ThyulMm0QkI/AAAAAAAAFs4/pqVNto7FxDM/s400/M.Monroe.jpg&w=4 00&h=400&ei=Kc7WTp7zK86X8gP2voGhAg&zoom=1&iact=hc&vpx=370&vpy=143&du r=171&hovh=225&hovw=225&tx=113&ty=86&sig=100863781194915413940&page=1 &tbnh=152&tbnw=152&start=0&ndsp=19&ved=1t:429,r:1,s:0 Figura 7: http://www.angel.com.br/blog/wp-content/uploads/2010/03/turquoisemarilyn_andy-warhol.jpg 16 4 de Janeiro de 2012 Sites consultados: falta um título descritivo destes materiais consultados online e uma data aprox. de consulta (cf. exemplo no site da cadeira) http://dossiers.publico.clix.pt/noticia.aspx?idCanal=293&id=67084 (26/11/11) http://www.biblarte.gulbenkian.pt/ (26/11/11) http://dossiers.publico.clix.pt/noticia.aspx?idCanal=293&id-67319 (13/12/11) http://coca-cola-art.com/2007/11/07/king-of-pop-art/ (13/12/11) Tal como foi indicado acima, http://www.warholfoundation.org (13/12/11) os materiais nesta bibliografia http://www.angel.com.br/blog/?p=7434 (03/01/12) deveriam estar formatados de forma correcta e/ou completa. A maior parte destas entradas estão incompletas...(V. Livros consultados: exemplos no site da cadeira Andy Warhol: a retrospective, McShine K., New York, 1989 secção Normas e Metodologia) A arte da serigrafia, Rodrigues P., Artes & Leilões, Lisboa, Dez. 1992 – Jan. 1993, p. 82 – 84 Nothing to lose: interview with Andy Warhol, Berg G., Cahiers du Cinema, nº 10, Maio de 1967, p. 40 Andy Warhol: modelo para o projecto de uma exposição transdisciplinar de design e artes visuais, Freitas D., IADE Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing, 2008 Modern Art, Kerrigan M., Flame Tree Publishing, 2005, p. 62 Breton Philippe/ Serge Proulx, A Explosão da Comunicação. Bizancio, Lisboa 2000; Warhol, Andy, Lismoa, 2005; Fiske. John, Introdução ao Estudo da Comunicação, Edições ASA História da Arte as vanguardas do expressionismo ao abstracto, Editorial Salvat, 2006; Joly, Martine, Introduçao à Análise da Imagem, Edições 70; 17