Observação geral: o trabalho revela algum trabalho de
pesquisa, capacidade de observação que leva a exposição
pelos autores um pouco além da descrição em um ou outro
lugar (v. comentários)...
4 de Janeiro de 2012
Porém:
Alguns requisitos formais básicos não foram respeitados, em
especial as referências às fontes (pelo menos no que
respeita os inúmeros factos e biográficos referidos directa ou
indirectamente sobre Wharol e a sua obra, a Pop Art, etc).
Há apenas a referência a uma única fonte. Essencialmente
por esta razão, a classificação do trabalho é, tal como está,
de 10 valores. Outras possíveis melhorias e correcções de
outros requisitos estão comentadas ao longo do texto.
Recomendo a correcção, pelo menos, da 1ª deficiência
referida para poder dar outra classificação bem diferente, até
por que o trabalho é merecedor de uma outra classificação
desde que corrigido... (para as correcções, V.explicações e
exemplos no site da cadeira para as correcções).
História da Arte e da Técnica
Tal como está - 10
valores
Design
Andy Warhol e a sua obra:
Marilyn Monroe
Turma: 1ºC2
Nuno Maria Alarcão Campelo Ribeiro - 20110526
Sophia Catherine de Jesus Pereira McDonald - 20110505
Rita Themudo e Mello Franco Mira - 20110350
1
4 de Janeiro de 2012
Índice
Pàgs.
 Introdução ……………………………………………………………………………………..3
 Andy Warhol.......................................................................................4
 Serigrafia de Warhol...........................................................................6
 Marilyn Monroe..................................................................................8
 Serigrafia de Marilyn Monroe..........................................................10
 Relação público/imagem..................................................................12
 Relação redundância/entropia da imagem......................................14
 Conclusão.........................................................................................15
 Bibliografia........................................................................................16
2
4 de Janeiro de 2012
Introdução
Este trabalho tem como objectivo principal fazer uma descrição pormenorizada
de uma obra de Andy Warhol. Neste caso, a célebre actriz Marilyn Monroe foi um dos
temas mais desenvolvidos por Warhol nas suas serigrafias baseadas num original
fotográfico do rosto da actriz. Diversas transformações de cor e de mancha
conseguiram oferecer uma imagem que, sendo sempre diferente, permanece
constantemente invariável. Para isso, consultámos, entre outras, as seguintes obras:
Andy Warhol: a retrospective, McShine K., New York, 1989; Nothing to lose: interview
with Andy Warhol, Berg G., Cahiers du Cinema, nº 10, Maio de 1967, p. 40; Andy
Warhol: modelo para o projecto de uma exposição transdisciplinar de design e artes
visuais, Freitas D., IADE Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing, 2008.
Andy Warhol foi um artista que indubitavelmente contribuiu para o impulso da
cultura moderna, através da utilização de varias técnicas pioneiras mas principalmente
pelo isolamento visual da imagem.
Figura 2 - Auto-Retracto Andy Warhol
Faltaria ainda referir nesta Introdução (posto que brevemente): o(s) aspecto(s) concretos 3
que serão analisados (descritivo sintético das secções do trabalho), por forma a que o
leitor compreenda melhor aquilo que a autora afirma pretender demonstrar... transferindo
a 1ª frase seguinte para aqui e fazendo uma brevíssima descrição...
Aqui (e
também na
bibliografia)
os nomes
dos autores
mencionam
-se
primeiro...
4 de Janeiro de 2012
Andy Warhol
Neste capítulo iremos falar de vários aspectos sobre Warhol, tais como:
Teria valido a
pena inserir
aqui algumas
imagens que
exemplificass
em estas
etapas da
obra do
autor...

Biografia

Formação

Obras principais
Aqui e nas páginas seguintes - onde estão as
referências às fontes de onde todos estes dados
factuais e históricos foram extraídos pelos autores
do trabalho? Para corrigir esta deficiência séria, cf.
site da cadeira, secção Normas e Metodologia =>
item «Requisitos formais» => botões «Fontes»,
«Bibliografia» => exemplos gráficos
Andy Warhol (nome verdadeiro: Andrew Warhola) nasceu a 6 de Agosto de
1928, em Pittsburgh, nos Estados Unidos da América. Estudou no liceu de Schenley
onde frequentou aulas de arte, assim como aulas do Museu Carnegie, instituição
sedeada perto do liceu e no Instituto de Tecnologia Carnegie Melon University.
Contratado pela revista Glamour, começou por desenhar sapatos mas os
primeiros desenhos apresentados tiveram de ser refeitos devido às suas claras
sugestões sexuais. Passou a desenhar anúncios – actualmente ainda muito usados na
publicidade de moda nos Estados Unidos da América – para revistas como a Vogue e a
Harper’s Bazaar, assim como capas de livros e cartões de agradecimento.
Em 1961 realizou a sua primeira obra em série usando as latas da sopa
Campbell’s como tema, continuando com as garrafas da Coca-Cola e as notas de Um
Dólar, reproduzindo continuamente as suas obras, com diferenças entre as várias
séries, tentando tornar a sua arte o mais industrial possível, usando métodos de
produção em massa.
Com a inauguração do seu estúdio – The Factory, Andy Warhol passou a usar
pessoas mundialmente conhecidas, desde Jacqueline Kennedy a Marilyn Monroe
passando por Che Guevara e Elvis Presley, em vez de objectos de uso massificado,
como fontes do seu trabalho.
4
4 de Janeiro de 2012
A técnica baseava-se em pintar grandes telas com lábios, sobrancelhas, cabelo,
etc., em fundos com cores fortes, transferindo por serigrafia, fotografias para a tela.
Sendo estas obras de um enorme sucesso, Warhol deixou a sua marca no mundo
artístico e a sua frase mais conhecida: «No futuro, toda a gente será famosa durante
quinze minutos” (1968), só se aplicará no futuro, quando a produção cultural for
totalmente massificada e quando a arte for distribuída pelos meios de produção de
massa.
Morreu a 22 de Fevereiro de 1987, em Nova Iorque, deixando-nos as suas obras
A referência à fonte é nestes casos
em serigrafia, como iremos tratar no capítulo seguinte.
de citação directa também
obrigatória! (cf. site da cadeira,
secção Normas e Metodologia...
«requisitos formais» e respect.
exemplos gráficos)
Figura 2 – Andy Warhol no Atelier Factory
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Serigrafia de Warhol
A razão que me leva a pintar deste modo é eu querer ser uma máquina e sinto
que tudo o que faço é que faço como uma máquina, é o que eu quero fazer.
( Andy Warhol, 1963)
Neste segundo capítulo iremos falar sobre a técnica individual de serigrafia de
Andy Warhol.
Procuremos primeiro ver o que é a serigrafia.
Teria valido a pena
mencionar uma obra
sobre a serigrafia...
Serigrafia (ou silk-screen) é um processo de impressão no qual a tinta é vazada,
pela pressão de um rodo ou puxador, através de uma tela preparada. A tela (Matriz
serigráfica), normalmente de poliéster ou nylon, é esticada com um bastidor (quadro)
de madeira, alumínio ou aço. A "gravação" da tela dá-se pelo processo de
fotossensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotossensível é
colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto ‘matriz+fotolito’ colocados por sua
vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que
ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido e os
pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são
impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotossensível que foi exposta a luz.
Andy Warhol terá desejado o futuro, sentindo na pele a ineficácia do século XX:
ainda não somos máquinas! Mas Warhol procurou sempre comportar-se como tal,
desde o número extraordinário da produção ou da indiferença passiva e serial dos
conteúdos escolhidos, as técnicas de registo utilizadas na sua obra, a obsessão pelo
quotidiano massificado, conduziram o seu espírito criativo no sentido de uma
transformação essencial, com ele próprio a converter-se num produto-mercadoria
absolutamente comercializável, repetitivo, para comercializar e deitar fora. Desse
modo, aproximou em definitivo dois mundos irreconciliáveis: a arte erudita e a cultura
popular. Com Warhol falece o último dos preconceitos guardados pelo Olimpo da arte.
Afinal, entre uma capa e revista e uma tela pintada, ou entre a TV e o cinema, há
apenas uma diferença de meios e não qualquer imanentismo metafísico.
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4 de Janeiro de 2012
Uma vez
mais, teria
valido a pena
inserir aqui
algumas
imagens que
exemplificass
em esta
dimensão da
obra do
autor...
Warhol procurou sempre anular diferenças confundir e misturar atmosferas,
criando um universo que afirmava apenas a contradição, a simultaneidade e a
convivência dos opostos, chamando a atenção para o efeito anestésico dos media e da
sociedade pós-industrial. Aí todos se aparentem a máquinas, manipuladas e satisfeitas.
Warhol desmonta o sistema de sublimação artística, os pretensos valores da sua
autonomia, para melhor revelar as suas semelhanças com os outros domínios sociais.
Funciona assim a dimensão amoral e acrítica do artista norte-americano: “considero
que cada um deveria ser como qualquer outro”. Warhol congelou o expressionismo
abstracto imiscuindo-se no seu domínio para nos dar o “glamour” imediatista da arte
comercial e do design. Isso só foi possível, trazendo para o mundo das galerias não só
as técnicas empregues na imagem publicitária como os símbolos do american way of
life.
Entre o profundo e o artificial, Warhol foi mimando o caminho ao fazer confluir
num mesmo grau: pintura e design de moda, rock e cinema, superstars e políticos,
motins raciais e coleccionadores de arte, flores e acidentes de automóvel. Tudo tem o
mesmo valor nesta sociedade mediatizada e, por isso, sem qualquer memória histórica.
Quando a imagem substitui o acontecimento, procede-se à maior banalização do
significado. Muito antes dos teóricos franceses dos anos 70, Warhol confirmou com as
suas imagens a consciência caótica e delirante do mundo contemporâneo.
Apropriando-se da lógica simulacionista do séc. XX, sobretudo nas obras realizadas
desde o anos 60, Warhol produz o reflexo mais exacto da permeabilidade da arte à
sociedade de consumo. Como exemplo disso temos Marilyn Monroe como tema de
varias obras de Warhol, o qual vamos tratar no capitulo seguinte.
Figura 4 – Máquina actual de serigrafia
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Marilyn Monroe
Neste terceiro capítulo iremos abordar o tema, por nós escolhido, deste
trabalho: Marilyn Monroe, um dos maiores sex-simbols produzidos por Hollywood.
Comecemos então por explicar as razões que nos levaram a escolher este tema.
Começámos por escolher o tema da fotografia mas chegamos à conclusão que
tínhamos pouco conhecimento em relação a essa área. Decidimos então estudar Andy
Warhol por gostarmos bastante de Pop Art e dentro desse tema escolhemos Marilyn
Monroe porque gostaríamos de saber as razões que levaram este autor a fazer
quadros com repetições da mesma imagem mas em cores diferentes. Daí termos
escolhido este tema e daí termos feito o nosso trabalho sobre Marilyn Monroe.
A obra Marilyn Monroe de Andy Warhol transmite-nos o consumismo
americano e a vulgaridade de Marilyn Monroe. As cores vivas, salvas de jogos
cromáticos luminosos e variados, formam uma cortina de motivos grandes que nos
desvia o olhar para a imagem em si, de Marilyn. Esta forma de trabalhar as imagens
ficou conhecida como a imagem de marca de Andy Warhol. O autor quis mostrar que
Marilyn Monroe, tão conhecida e idolatrada por todos, não passava de uma pessoa
igual a nós próprios, comum a qualquer pessoa, igual a tantas outras pessoas.
Marilyn Monroe ou Norma Jean Baker Mortenson (o seu nome verdadeiro)
nasceu em Los Angeles, Califórnia, em 1926, e viveu grande parte da infância em
orfanatos.
Casou-se aos 16 anos, com James Dougherty, e aproveitou, quando o marido
serviu na 2ªGuerra para tentar a sorte no cinema. Mais tarde, já separada de
Dougbherty casou-se com o ex-jogador de basebol Joe Di Maggio e posteriormente
com o dramaturgo Arthur Miller.
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Morreu devido a uma overdose de sedativos mas não existem provas concretas,
apenas suposições e depoimentos. No final de um documentário inglês, a actriz foi
lembrada como a glamourosa loura de Hollywood que morreu durante o sono com a
tenra idade de 36 anos, a 5 de Agosto de 1962. Falando verdade, não foi só nesse
documentário que a actriz foi lembrada de forma positiva, mas todos nós a lembramos
assim, como a linda figura loura de Hollywood com a saia do vestido ao vento. Warhol
pintou o quadro de Marilyn poucos dias depois de esta morrer e, segundo o autor,
pintou-o como forma de proteger a actriz das histórias que apareceram sobre a sua
morte.
Sendo assim, as razões que levaram Warhol a usar Marilyn Monroe como tema
do seu trabalho serão tratadas no capitulo seguinte, bem como a técnica usada: a
serigrafia.
Uma vez mais, aqui seria indispensável
fazer a referência às fontes de todos estes
dados biográficos... (V. site - Trabalhos subsecção «Referências Bibliográficas» «Citar Fontes indirectas»
Figura 5: Marilyn Monroe
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O texto
destes
parágrafos
repete o que
já ficou
exposto
acima: o
Tal como foi mencionado anteriormente, neste quarto capitulo iremos falar texto de todo
sobre a serigrafia que Warhol pintou de Marilyn Monroe e as suas razões ou, na o trabalho
deveria ter
verdade, o seu acaso.
sido revisto
e
A serigrafia com cores fortes de estrelas americanas como Marilyn Monroe, organizado...
tornaram-se ícones da segunda metade do século XX e povoam ainda hoje a
imaginação da sociedade mundial.
Serigrafia de Marilyn Monroe
O responsável por esse fenómeno foi Andy Warhol, um dos rostos da Pop Art,
que mais do que um movimento artístico encarna toda uma revolução social e cultural.
Warhol personificou, mais do que ninguém, uma ligação entre a arte e a vida, entre a
arte e a sociedade mediatizada, capitalista e industrial das grandes cidades mundiais..
Warhol mostrou-nos o quanto as personalidades públicas são figuras
impessoais e vazias. Mostrou-nos tal verdade associando a técnica com que reproduzia
estes retratos, numa produção mecânica ao invés do trabalho manual. Da mesma
forma, utilizou a técnica da serigrafia para representar a impessoalidade do objecto
produzido em massa para o consumo.
É especificamente nas obras em que retrata Marilyn Monroe que uma das faces
mais fortes da mente de Andy Warhol se revela. Apesar de ser fã de celebridades e de
entender o carácter transitório da fama, o seu interesse estava no público e na sua
devoção a uma figura como um símbolo cultural da época, um figura criada pela
imprensa.
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O retrato de Marilyn Monroe fazia parte de uma série sobre a morte que
eu estava a fazer, sobre pessoas que tinham morrido de diferentes
formas. Não havia nenhuma razão profunda para fazer essa série sobre
a morte, não eram vítimas do seu tempo; não havia qualquer razão para
o fazer, só uma razão superficial.
(Gretchen Berg, “Nothing to lose: interview with Andy Warhol”, Cahiers
du Cinema, nº 10, Maio de 1967, p. 40)
Tal como verificamos na frase em epígrafe, Andy Warhol não teve uma razão
sólida para desenhar Marilyn Monroe, foi tudo fruto do acaso.
Tendo acabado este assunto, passemos para o capitulo seguinte em que
falaremos sobre a relação entre o público e a imagem, entre o Pop Art e Marilyn
Monroe.
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4 de Janeiro de 2012
Relação Público/Imagem
Aqui teria
Iremos agora então analisar o tema geral que é o Pop Art e a sua relação com a
valido a pena
citar alguma imagem de Marilyn Monroe.
obra sobre a
A forma como está formulado este objectivo é pouco
Pop Art como
clara...
forma de
O
Pop
Art
é
considerado
como
uma
reacção ao Expressionismo Abstracto, um
credibilização
movimento artístico, liderado, entre outros, por Andy Warhol. O Expressionismo
do texto....
Abstracto, que floresceu na Europa e nos Estados Unidos nos anos 50, reforçava a
individualidade e expressividade do artista rejeitando os elementos figurativos.
Pelo contrário, o universo do Pop Art nada tem de abstracto ou de
expressionista porque transpõe e interpreta os ícones da cultura pop. A televisão, a
banda desenhada, o cinema, os meios de comunicação em massa, fornecem os
símbolos que alimentam os artistas Pop. O sentido e os símbolos do Pop Art
pretendem ser universais e facilmente reconhecidos por todos, numa tentativa de
eliminar o espaço entre arte erudita e arte popular.
Marilyn Monroe tornou-se a sacerdotisa da arte pop, frequentemente
aclamada como símbolo da sexualidade feminina mas às vezes condenada pela
sociedade por comercialização de sexo.
A primeira vez que Warhol usou a imagem de Marilyn foi em 1962 numa tela
chamada “The Six Marilyns” ou “Marilyn Six-Pack” (imagem da capa).
Warhol escolheu uma fotografia promocional da actriz num filme, aumentou o
seu rosto para proporções enormes e pintou a sua imagem seis vezes numa tela.
Manipulou a imagem usando verdes exuberantes, magentas para os olhos e lábios e
ajeitando as cores para que contrastassem.
A fama de Marilyn estava no seu rosto, especialmente nos seus lábios
vermelhos e sedutores. A pintura de Warhol distorce, propositadamente, a sua face e
lábios, enfatizando a artificialidade da sua imagem e suscitando isso como
comercialização grosseira de uma imagem que poderia levar Marilyn ao declínio.
Warhol usou o retrato de Marilyn em várias outras telas durante os anos 60,
ocasionalmente usando-as como papel de parede. Mudava as cores da boca e dos
olhos com frequência mas usava sempre a mesma fotografia.
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Se os artistas às vezes usaram a imagem de uma estrela de cinema para
representar uma ideia abstracta, então, o Pop Art também pode fazer o mesmo.
Quatro décadas depois da sua morte, o rosto de Marilyn e a sua imagem estampam
uma série de itens, desde cartões até baralhos, de cerâmica a lençóis.
Agradando uma multidão de fãs, a figura de Marilyn encanta no Museu de Cera
Madame Tussaud, em Londres. A estátua de cera, criada no final dos anos 50, tem sido
periodicamente tratada para reflectir as mudanças da pessoa pública de Marilyn. De
um modo mais modesto, a sua imagem continua a ser usada na publicidade e na
promoção de produtos, incluindo publicidade televisiva e de rua.
A arte, os produtos, os livros, os filmes, os rumores, as comemorações, tudo
isso é consequência da longevidade única de Marilyn, que continua a encantar com o
seu talento e a fascinar com a sua beleza. Nos corações de muitos, continua
insuperável apesar de a sua morte deixar uma sombra escura sobre a sua imagem.
Passemos então a analisar as razões que levaram Andy Warhol a pintar a partir
de uma só imagem para passar a pintar varias imagens numa só obra e o porquê da
variação de cor.
Figura 6: Marilyn Monroe pintada por Andy Warhol
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Relação redundância/entropia da imagem
Tal como referimos no final do capitulo anterior, nesta parte iremos falar sobre
a redundância da imagem que está na sua repetição e banalização.
A obra de Warhol não se trata apenas de uma cópia mas sim do mesmo
objectivo dito ou feito de maneira diferente, ou seja, o resultado é visivelmente
diferente mas objectivamente igual. Vejamos que numa imagem aparece Marilyn com
o cabelo azul, noutra com o cabelo vermelho. Não é de todo igual mas é a mesma
figura.
A entropia da imagem está no processo de criar “alguma coisa” com regras.
Marilyn Monroe tinha o cabelo loiro platinado mas numa imagem fiel há várias
nuances, vários tons. No Pop Art de Andy Warhol, como o grau de entropia desta
imagem é elevado, vai desprezar esses pormenores e, por isso, simplifica tudo e
generaliza-a numa só cor.
Ao simplificar a imagem de todos os pormenores ao máximo, Warhol concebe
um novo sistema em que o código de cores como conhecemos é alterado e
entropicamente reinventado.
É a entropia que torna a imagem simples e com regras de cor novas e faz, por
isso, com que a redundância exista uma vez que a repetição é favorecida por essa
aleatoriedade.
Dando por terminada a análise deste tema, iremos fazer uma breve conclusão
deste trabalho.
Figura 7: Obra de Andy Warhol, Marilyn Monroe
Apesar das deficiências assinaladas, a análise
nesta parte do trabalho reveste interesse e está
formulada numa linguagem escorreita... É por
aqui o caminho!
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Conclusão
O Pop Art salienta não só o carácter autónomo da obra de arte mas também os
seus instrumentos e os seus produtos que se submetem às regras do mercado. O Pop
Art manteve um diálogo com o seu contexto cultural e ao contrário do que se pode
pensar, a arte Pop não está compartilhada com a lógica do sistema ou até mesmo com
a reprodução da sua linguagem mas sim com uma maneira não subjectiva de reagir a
uma espécie de crise, uma maneira inovadora, ousada, irónica e crítica.
Do Pop Art resultaram fenómenos como: o sensacionalismo, o culto das
estrelas, a perda da individualidade e a importância e eficácia dos clichés.
Os motivos do Pop Art americano foram geralmente adoptados a partir de
recortes de revistas, foto gramam, imagens publicitárias.
Usaram-se processos e técnicas especiais de impressão para transferir a
imagem para o respectivo suporte, onde era alterada e colorida.
Andy Warhol esteve sempre dentro da sociedade consumista, na medida em
que comprar é mais americano do que pensar, logo, vai comprando e fazendo a sua
própria colecção a partir da qual vai buscar ideias para as suas obras. Esta tendência
americana consumista foi contribuir, em parte, para a queda das barreiras entre a arte
e o resto do mundo e foi capaz de retirar com sucesso o chamado artist’s touch da arte.
Reprodução e intertextualidade trabalham juntas em Warhol na medida em
que as suas obras acabam por dar a conhecer as marcas da publicidade por ele em
todo o mundo, vendendo-as.
Concluímos assim que o papel de Andy Warhol foi fundamental no
desenvolvimento do Pop Art e que sem ele e sem a sua excentricidade este estilo
nunca se teria tornado tão conhecido como é hoje em dia.
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4 de Janeiro de 2012
Bibliografia
Imagens:
Figura 1 – (Capa):
http://tavernadoserodio.wordpress.com/2010/11/02/de-quem-e-a-arte/
Figura2:
http://vernissageyurinog.blogspot.com/2011/04/influencia-andy-warhol.html
Figura 3:
http://www.bmwartcarcollection.com/2011/05/04-andy-warhol-bmw-art-car/
Figura 4:
http://www.elnico.cz/en/pcb-placement/
Figura 5:
http://abracadabra.weblog.com.pt/arquivo/127458.html
Figura 6:
http://www.google.pt/imgres?q=marilyn+monroe+warhol&um=1&hl=ptPT&sa=N&biw=1280&bih=680&tbm=isch&tbnid=COf_zc_xL_BZM:&imgrefurl=http://artesteves.blogspot.com/2011/10/andy-warhol-marilynmonroe.html&docid=nNwARUW6hAJcIM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/rA_SggDs2Vo/ThyulMm0QkI/AAAAAAAAFs4/pqVNto7FxDM/s400/M.Monroe.jpg&w=4
00&h=400&ei=Kc7WTp7zK86X8gP2voGhAg&zoom=1&iact=hc&vpx=370&vpy=143&du
r=171&hovh=225&hovw=225&tx=113&ty=86&sig=100863781194915413940&page=1
&tbnh=152&tbnw=152&start=0&ndsp=19&ved=1t:429,r:1,s:0
Figura 7: http://www.angel.com.br/blog/wp-content/uploads/2010/03/turquoisemarilyn_andy-warhol.jpg
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Sites consultados:
falta um título
descritivo destes
materiais
consultados online
e uma data aprox.
de consulta (cf.
exemplo no site da
cadeira)






http://dossiers.publico.clix.pt/noticia.aspx?idCanal=293&id=67084 (26/11/11)
http://www.biblarte.gulbenkian.pt/ (26/11/11)
http://dossiers.publico.clix.pt/noticia.aspx?idCanal=293&id-67319 (13/12/11)
http://coca-cola-art.com/2007/11/07/king-of-pop-art/ (13/12/11)
Tal como foi indicado acima,
http://www.warholfoundation.org (13/12/11)
os materiais nesta bibliografia
http://www.angel.com.br/blog/?p=7434 (03/01/12)
deveriam estar formatados de
forma correcta e/ou completa.
A maior parte destas entradas
estão incompletas...(V.
Livros consultados:
exemplos no site da cadeira  Andy Warhol: a retrospective, McShine K., New York, 1989
secção Normas e Metodologia)
 A arte da serigrafia, Rodrigues P., Artes & Leilões, Lisboa, Dez. 1992 – Jan. 1993,
p. 82 – 84
 Nothing to lose: interview with Andy Warhol, Berg G., Cahiers du Cinema, nº 10,
Maio de 1967, p. 40
 Andy Warhol: modelo para o projecto de uma exposição transdisciplinar de
design e artes visuais, Freitas D., IADE Instituto de Artes Visuais, Design e
Marketing, 2008
 Modern Art, Kerrigan M., Flame Tree Publishing, 2005, p. 62
 Breton Philippe/ Serge Proulx, A Explosão da Comunicação. Bizancio, Lisboa
2000;
 Warhol, Andy, Lismoa, 2005;
 Fiske. John, Introdução ao Estudo da Comunicação, Edições ASA
 História da Arte as vanguardas do expressionismo ao abstracto, Editorial Salvat,
2006;
 Joly, Martine, Introduçao à Análise da Imagem, Edições 70;
17
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Andy Warhol e a sua obra: Marilyn Monroe