Determinação das fontes de carbono de Macrodactylus pumilio Burm., 1855 (Coleoptera, Scarabeidae) e Naupactus cervinus Boh., 1840 (Coleoptera, Curculionidae), em um cultivo citros no Estado de São Paulo. Adelino de Santi Júnior1; Marcelo Z. Moreira 1; Victor W. Botteon2 1 Centro de Energia Nuclear na Agricultura - Universidade de São Paulo; Avenida Centenário 303, CEP 13416-000 Caixa Postal 96 Piracicaba - São Paulo, [email protected] e [email protected] 2 Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo; Avenida Pádua Dias, 11 CEP 13418-900 Piracicaba - São Paulo, [email protected] Sendo considerados pragas primárias, os besouros Naupactus cervinus e Macrodactylus pumilio, causam danos diretos às plantas. Atacam o sistema radicular durante a fase larval, causando ferimentos que facilitam a entrada de patógenos. Os adultos das espécies atacam folhas e flores dos citros; a oviposição ocorre no solo onde as larvas alimentam-se de radicelas. Em alguns casos, os danos causados levam à morte de plantas novas, além de queda na produtividade. No entanto, faltam estudos sobre a ecologia destes insetos. O uso de isótopos estáveis de carbono surge como uma técnica alternativa aos estudos convencionais de ecologia comportamental. Os besouros foram coletados no município de Gavião Peixoto, em novembro de 2010 e outubro de 2011, sendo congelados até a realização das análises. Análises das cabeças de 26 indivíduos de N. cervinus e 20 de M. Pumilio, indicam que, para indivíduos de N. cervinus 91,5% do carbono assimilado, em média, advém dos citros. Em contraste, os valores médios de percentual de carbono dos citros em M. Pumilio foram da ordem de 15%. Pelo fato de terem sido analisadas regiões altamente esclerotizadas, os valores de percentual de carbono dos citros devem refletir a dieta dos indivíduos durante a fase larval. Os resultados evidenciam uma maior afinidade de N. cervinus por raízes dos citros, durante a fase larval, em comparação com M. pumilio. Palavras-chave: Coleoptera, Isótopos estáveis, Citros Apoio: FAPESP, CENA e CAPES