1 UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Fisioterapia Adriana Barbosa Silva Adriana de Oliveira Pereira Sabrina de Paula Silva CORRELAÇÃO ENTRE AS ALTERAÇÕES POSTURAIS E A DISMENORREIA PRIMÁRIA EM MULHERES JOVENS NA FAIXA ETÁRIA DE 18 A 25 ANOS Lins – SP 2012 2 ADRIANA BARBOSA SILVA ADRIANA DE OLIVEIRA PEREIRA SABRINA DE PAULA SILVA CORRELAÇÃO ENTRE AS ALTERAÇÕES POSTURAIS E A DISMENORREIA PRIMÁRIA EM MULHERES JOVENS NA FAIXA ETÁRIA DE 18 A 25 ANOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Fisioterapia, sob a orientação das Professoras Esp. Cristiane Rissatto Jettar Lima e Esp. Ana Bestriz Lima. Lins – SP 2012 3 Silva, Adriana Barbosa; Pereira, Adriana de Oliveira; Silva, Sabrina de Paula Correlação entre as alterações posturais e a dismenorreia primária entre mulheres jovens na faixa de 18 a 25 anos / Adriana Barbosa Silva; Adriana de Oliveira Pereira; Sabrina de Paula Silva. – – Lins, 2012. 79p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para obtenção do título de graduação em Fisioterapia 2012. Orientadores: Ana Beatriz Lima; Cristiane Rissato Jettar Lima 1. Dismenorreia primária 2. Avaliação Postural. 3. Disfunção. I Título. CDU 615.8 4 ADRIANA BARBOSA SILVA ADRIANA DE OLIVEIRA PEREIRA SABRINA DE PAULA SILVA CORRELAÇÃO ENTRE AS ALTERAÇÕES POSTURAIS E A DISMENORREIA PRIMÁRIA EM MULHERES JOVENS NA FAIXA ETÁRIA DE 18 A 25 ANOS Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção título de Bacharel em Fisioterapia. Aprovada em: _____/_____/_____ Banca Examinadora: Prof(a) Orientador(a): Cristiane Rissatto Jettar Lima Titulação: Especialista em Bases Fisiológica e Biomecânica do Exercício Físico Assinatura: _________________________________ 1°Prof(a): _______________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ Assinatura: _________________________________ 2°Prof(a): _______________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ Assinatura:_________________________________ Lins – SP 2012 DEDICATÓRIA 5 Agradeço primeiramente a DEUS que sempre me deu força e nunca me abandonou, meu pai amado. A minha mãe e ao meu pai que sempre lutou para me dar de tudo, que sempre me apoiou, sempre que a vontade de desistir me cercava eles estavam sempre ali me dando a mão e me dando força para seguirmos em frente e o resultado finalmente fechou e juntos vencemos mais uma luta e conseguimos a vitória....dedico a vocês esta vitória e a minha vida obrigada mãe e pai te amo muito. Ao meu amor ADRIANO, meu companheiro de todas as horas agradeço pela paciência, pois, sei que não sou fácil né amor... pelo companheirismo,carinho,respeito e tolerância; e que esse nossa sintonia dure para sempre assim como meu amor por você.TE AMO A melhor sogra do mundo Valdete pelo apoio; por sempre que o desanimo e a vontade de desistir me tocava, você estava ali me puxando a orelha e me aconselhando a continuar e nunca desistir.Muito obrigada As minhas irmãs Keile e Cassiana,e a minha primona Elisangela pelo apoio;e conselhos, por sempre me ajudar e me aconselhar a seguir em frente e nunca desistir.TE ADORO e aos meus anjinhos Andrey e Gabriel. A minha turma xxx pessoal conseguimos mais essa vitórias e outras que iram por vir,agradeço pela diversão,pelas tristezas e alegrias que enfrentamos juntos, pois nada foi em vão né galera....adorei ter a conhecido todos e espero que todos continuem sempre assim alegres,sempre sorrindo,perseverante e guerreiros assim como eu os vejo e o que são.AMO VOCES BJS A minhas amigas Kathellen,Sabrina,Giseli e Adriana que desde o começo sempre estivemos juntas nos divertindo muito, sofrendo juntas e vencemos juntas né meninasss....BEIJOS ADORO VCS A Taisa, Juliete e mirielli que apesar de descobrir que são pessoas maravilhosa só nos estágios pude ter certeza que são pessoas que merecem minha admiração e respeito...obrigada pela oportunidade meninas. A Flávia e Camila minhas amigas pelas risadas, choros, e desabafos amo vocês pocotozinhas.AMO VOCES A todos do terceiro ano em especial Kertulem, Valesca, Carla, Guilherme, Jéssica pela força e consideração, vocês fazem parte dessa caminhada que esta apenas começando. Muito obrigada...AMO VOCESSS A minhas parceiras Adriana e Sabrina conseguimos, agradeço pela paciência,e só nós sabemos o que passamos, as tristezas,desesperos e risos meninas essa vitoria é nossa, nós merecemos. 6 DEDICATÓRIA Aos meus pais, Alcídio e Ângela. ... Pai e Mãe, devo a vocês toda a minha vida. Muitas coisas aconteceram durante estes quatro anos, e o meu amor por vocês permaneceu intacto. Desculpa por muitas vezes minha ausência em casa, mas foi por um bom motivo e o que estou conquistando hoje é fruto do amor do Senhor e da Senhora por mim... Obrigada por existirem na minha vida, fazer parte dos meus sonhos e da minha eterna realidade e por não deixar que desistisse dos meus objetivos. A vocês todo meu amor, carinho, respeito, sabedoria, dedicação, por serem os melhores pais do mundo e estrelas da minha vida. A minha vitória é toda vossa!!!!! EU VOS AMO MUITOOOOOOOOO!!!!!!!!! Adriana O. Pereira A minha irmã Alessandra ... Mana... vários momentos passamos juntos e continuaremos a nos espelhar uma na outra. Obrigada por me ajudar várias vezes que solicitei por você, e quando precisar de uma amiga/irmã pode contar comigo sempre, pois pessoas especiais como você merecem o melhor na vida. Que Deus abençoe você eternamente iluminando seus passos onde você for... Há e não se esqueça da sua irmã caçula viu? LÊ....TE AMO DEMAIS!!!!!!!! Adriana O. Pereira Ao meu noivo Rudy Henrique ... “Pra você guardei o amor que nunca soube dar, o amor que tive e vi sem me deixar, sentir sem conseguir provar sem entregar e repartir”... Amore, Deus colocou você na minha vida quando eu mais precisava!!! Agradeço também a minha sogra e ex paciente (Izabel) por ter feito nossos caminhos se cruzarem, mostrando-me um homem maravilhoso que você é! Obrigada coração, por tudo o que fez e faz para me ver feliz... E me desculpe por não poder estar contigo em todos os momentos em que você queria estar ao meu lado, e por me dar força para continuar a minha caminhada.... VIDA EU TE AMO!!!!!!!!! Adriana O. Pereira Às minhas amigas e parceiras, Adriana Barbosa e Sabrina... Entre todas as dificuldades que passamos, podemos soltar o grito de vitória!!!!!!!. Quando parecia que não seríamos capazes, Deus nos mostrou o caminho a trilhar... Obrigada por todos os momentos que valeram à pena!!!!! CONSEGUIMOS!!!!!!!!!!!!! ADORO VOCÊS!!!!!!!! Adriana O. Pereira 7 DEDICATÓRIA Primeiramente venho agradecer meu querido e bom Deus por me conceder a realização desse trabalho, pois sem o senhor no meu coração e na minha vida, jamais teria conseguido. Agradeço-te pelo teu amor, pela tua graça, pela tua misericórdia e por colocar pessoas maravilhosas em minha vida que puderam estender a mão quando eu mais precisei, obrigado por tudo de mais bonito que tem feito em minha vida, sempre te louvarei e te levarei em meu coração! Dedico esse trabalho a minha mamãe e ao meu papai que sempre acreditaram em mim, e mesmo enfrentando várias dificuldades priorizaram a educação de seus filhos, agradeço pela força, incentivo, pelos conselhos quando desacreditava, pelo alicerce aos meus desequilíbrios, pelas mãos estendidas aos meus tombos, por me acolher em momentos que mais estava errada e por cada suor derramado por me fazer quem eu sou e por estar onde eu estou!!!OBRIGADO DE CORAÇÃO, EU AMO INCONDICIONALMENTE VOCÊS!!!! A Sabrina de Paula, opa...sou eu mesma!!!Claro né que jamais poderia esquecer de mim, pois foram meus esforço, meus sacrifícios, meus sábados,meus domingo e feriados que foram pro beleleu,ta tudo bem,me deu vontade várias vezes de matar um por um,por chegarem perto de mim e dizerem”hoje é sexta feira”,mais minha cara de “forever alone” já dizia tudo hehehe,mais agora isso não vem ao caso,o importante é que consegui chegar a onde queria,então vou contar um segredinho a vocês,sou FISIOTERAPEUTA uhuuuuu \o/\o/\o/ adoroooooooooo!!!!!!!!! As minhas parceiras Dri pequena e Dri grande que são as melhores do mundooooo!!! E apesar de vários momentos de tensão, rimos litros de montãoooo, foram cada uma que aprontamos, que só por Deus heim,mais abafaaaaa,pois tudo deu certo,aprendi muito com vocês,formamos um trio perfeito DSD...HUMM SHOWW DE BOLA!!!!!Beijo no popo! A minha amada Bia, que perfeita é a palavra certa para descrever uma professora perfeita como você.Uiiuu até rimo! Com uma paciência inexplicável, uma vontade de ensinar e tão sempre carinhosa, PARABÉNS, continue sempre assim, são profissionais assim que fazem a diferença, por que fazem com amor!!!!TE GOSTO MUITOOOOO!!! E meu primeiro grupo de estágio, a Je(cocix), Jú( juca) e Mari(viola), vocês são muito especiais pra mim, apesar dos tapas e socos de Jé,os biliscoes da Jú , mais tinha a Mari pra me defender!!!É incrível que então pouco tempo de convivência, vocês ganharam um enorme espaço dentro do meu coração, pois nao fomos um grupo, fomos uma família, e a cada minuto ao lado de vocês, foram extremamente espetacular, o carinho que sinto por vocês, não existe palavra que possa explicar!!!AMO DEMAIS SUAS LINDAS!!!! Jamais vou me esquecer da Coxis dizendo: Ei vamos comprar salgado com seu dinheiro! Jamais vou me esquecer da Juca me pedindo: cadê meus adesivos de unha?Que ate hoje.. Jamais vou me esquecer da Viola e nossas altas fofocas, era cada coisa xiiiii!!!! E são coisas assim pequenas que se tornam coisas inesquecíveis na minha vida. E a nossa estrela formada desde o primeiro ano, formada por Gi,Ket,Dri p,Dri g e eu,mais pensa em uma turma loka,isso não foi apenas um grupo, foi uma quadrilha! A Gi e seus nervos a flor de pele, a Ket e as nossas falas de trás pra frente, a Dri p e seus olhares malignos, a Dri g e suas falas com as mãos!AMO TODAS VOCÊS!!!!! AGRADECIMENTOS 8 Tudo é do Pai... toda honra e toda glória, é Dele a Vitória alcançada em nossa vida!!!!!!! Deus obrigada por ter nos abençoado desde o início do nosso curso. Por estar ao nosso lado nos momentos bons e ruins, sendo o nosso rochedo, lugar forte e nosso libertador. Obrigada, Senhor, por nos fazer seguir até o fim e concluir os nossos sonhos. Abençoe-nos sempre na nossa caminhada!!!! A Jesus Cristo e Nossa Senhora de Aparecida por estender vossas mãos e abençoar as nossas, fazendo de nós instrumentos de cura... A concretização de um sonho vem sempre acompanhada de pessoas marcantes... obrigada à nossas orientadoras Cristiane Jettar e Ana Beatriz, por serem dedicadas, competentes, pela paciência, pela atenção, e acima de tudo por serem amigas e acolherem a nossa idéia, nos direcionando no caminho certo!!!!! A vocês todo o nosso respeito e admiração... Aos demais professores, mestres e doutores que contribuíram com os seus conhecimentos para a nossa formação profissional, em especial aos supervisores de estágios, coordenadores e amigos: Ana Cláudia, Junior, Márcia, Aninha. Aos amigos e parceiros do terceiro ano que jamais serão esquecidos: Carlinha, Valesca, Jéssica Lays, Kertulen, Aneleide, Guilherme, Carolláine, Paty, Adriano, Dhiego, Fabiana, Joyce, Jaque. Obrigada por contribuir para o nosso crescimento não só profissional, mas pessoal também... foi muito bom conviver com cada um de vocês!!!!! Aos nossos amigos de 4 anos que levaremos por toda vida: Giseli, kathllen, Camila, Bianca, Mariana, Jéssica, Juliete, Rafaela, Jonathan, Thaísa, Mirieli, Lisley,Flávia, Cínthia, Douglas, Roberto. E aos demais que nos deixaram no meio de nossa caminha... Sucesso a todos vocês!!!! A todos os Funcionários do Unisalesiano, em especial as amigas: Bruna Raphaela e a Carol Rossinoli que sempre teve um respeito muito grande por todas nós. As voluntárias que contribuíram para a realização deste estudo... A vocês meninas todo o nosso carinho. Obrigada por confiarem no nosso trabalho!!!!! Deus nos deu a oportunidade de conhecer todos vocês, e o significado que cada um tem para nós é algo maravilhoso que só os bons amigos conseguem entender... Bom amigos, estamos chegando ao final de mais uma etapa em nossas vidas, muito levaremos conosco em nossos corações e a certeza que teremos é de que foram momentos marcantes e inesquecíveis que o tempo não poderá apagar jamais da nossa memória e do nosso coração.... O elo de amizade criado com todos vocês nos tornaram melhores a cada dia.... Hoje podemos derramar lágrimas de partida, mas amanhã estaremos todos juntos novamente, talvez não só de corpo, mas de alma, contemplando o nosso reencontro e escrevendo mais um capítulo de nossa história... A todos vocês... Obrigada por fazerem parte de nossas vidas!!!!!!! 9 RESUMO A dismenorreia ou menstruação dolorosa é caracterizada como uma dor pré – menstrual presente em oitenta por cento das mulheres jovens prevalecendo na adolescência. A dor cíclica é classificada em primária e secundária de acordo com suas manifestações e etiopatologia destacando – se a causa endócrina, psicológica e mecânica, sendo acompanhada por sinais e sintomas específicos como dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarreia, irradiação dolorosa para membros inferiores e região lombar. As manifestações da cólica menstrual tornam as mulheres temporariamente limitadas a um quadro sintomatológico, fazendo com que muitas portadoras desta síndrome dolorosa procurem orientação médica e possíveis tratamentos, entre eles o fisioterapêutico. A postura é a posição do corpo no espaço possuindo relações diretas de suas partes e sistemas, e sendo passivo de modificações de acordo com os movimentos, atitudes, reações e posicionamento dos indivíduos. Assim qualquer desequilíbrio em algum órgão ou sistema pode afetar outras regiões do corpo humano, e estas sofrerão disfunções em relação ao que foi alterado. No entanto as disfunções uterinas podem ter como precursoras as alterações da postura devido à trama ligamentar e faciais, já que o sacro é considerado osso chave nas disfunções de vísceras localizadas na pelve menor. Este trabalho se propôs a avaliar a correlação existente entre a dismenorreia primária e as disfunções posturais, com o objetivo de indentificar as alterações posturais existentes em mulheres jovens portadoras da menstruação dolorosa de forma primária. O estudo envolveu 15 mulheres jovens na faixa etária de 18 a 25 anos, sendo submetidas a uma avaliação postural na Clínica de Reabilitação Ortopédica localizada no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins – SP. A avaliação postural foi necessária para diagnosticar os desequilíbrios e as assimetrias existentes entre os segmentos corporais, observando os desvios de um alinhamento corporal ideal. Verificou-se com as avaliações que as principais alterações posturais encontradas foram escoliose, hiperlordose lombar e anteversão pélvica. Palavras – Chaves: Dismenorreia primária. Avaliação postural. Disfunções. 10 ABSTRACT The dysmenorrhea or painful menstruation is characterized as a premenstrual pain present in 85% of young women with its most incidences during adolescence. The cyclical pain is classified as primary or secondary, according to its manifestations and etiopathology, especially the endocrine, psychological and mechanical cause and being followed by specific symptoms like headache, nauseas, vomit, diarrhea and radiating pain to the legs and lower back. The manifestations of the menstrual cramps temporarily limit women to a symptomatological state making many of them, who suffer from this painful syndrome, seek for medical orientation and possible treatments, among them, physiotherapy. Posture is the body’s position in space having direct relations of its parts and systems and being passive of manifestations according to one’s movements, attitudes, reactions, and positioning. Therefore, any unbalance in an organ or system can affect other parts of the human body and these parts might present dysfunctions concerning what was altered. However, the uterine disorders can have its origin in the postural alterations, due to the ligaments and fascia, since the sacrum is considered the main bone in the visceral dysfunctions located in the lower pelvis. The aim of this study was to assess the correlation existent between primary dysmenorrhea and postural disorders and identify the postural alterations in young women who suffer from primary painful menstruation. The study involved 15 young women between 18 and 25 years old, who were subjected to a postural assessment in the Reabilitação Ortopédica Clinic, located in Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins – SP. The postural assessment was necessary to diagnose the unbalances and asymmetries existent between the body segments, observing the deviations of an ideal body alignment. With the assessment, it was verified that the main postural alterations found were scoliosis, lumbar hyperlordosis and pelvic anteversion. Key Words: Primary Dysmenorrhea. Postural Assessment. Dysfunctions. 11 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Genitália feminina interna e externa................................................. 16 Figura 2: Ciclo menstrual normal..................................................................... 20 Figura 3: Simetrógrafo...................................................................................... 68 Figura 4: Podoscópio....................................................................................... 69 Figura 5: Fita métrica e goniômetro................................................................. 70 Figura 6: Avaliação dos pés..............................................................................72 Figura 7: Vista anterior......................................................................................73 Figura 8: Vista posterior....................................................................................73 Figura 9: Vista lateral esquerda........................................................................74 Figura 10: Vista lateral direita............................................................................74 Figura 11: Teste de Adams ( Gibosidade).........................................................75 Figura 12: Discrepância aparente......................................................................76 Figura 13: Discrepância real..............................................................................76 Figura 14: Medição do ângulo Q........................................................................77 TABELA DE QUADRO Quadro 1: Resumo dos comprometimentos comuns associados a disfunções posturais............................................................................................................32 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Dismenorreia primária: tipos de tratamento......................................27 Tabela 2: Vista anterior.....................................................................................45 Tabela 3: Vista posterior...................................................................................46 Tabela 4: Vista lateral direita e esquerda......................................................... 46 Tabela 5: Outras posições avaliadas................................................................47 Tabela 6: Anamnese.........................................................................................48 Tabela 7: Sinais e sintomas específicos I.........................................................48 Tabela 8: Sinais e sintomas específicos II........................................................48 Tabela 9: Ciclo menstrual.................................................................................49 12 Tabela 10: Qualidade de vida......................................................................... 49 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AINES: Antiinflamatórios não esteroidais FSH: Hormônios Folículos Estimulantes GnRH: Gonadotropina LH: Hormônio Luteinizante mmHg: milímetros de mercúrio OMS: Organização Mundial da Saúde QV: Qualidade de Vida MMIIs: Membros inferiores 13 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................................................................. 13 CAPÍTULO I – DISMENORREIA 1 ANATOMIA FEMININA......................................................................... 15 1.1 Anatomia e fisiologia uterina.................................................................. 17 1.2 Fisiologia da dor.................................................................................... 18 1.3 Ciclo menstrual normal.......................................................................... 20 1.3.1 Fases do ciclo menstrual........................................................................ 21 1.4 Dismenorreia.......................................................................................... 23 1.4.1 Classificação...........................................................................................23 1.4.2 Etiopatogenia da dismenorreia primária................................................. 24 1.4.3 Diagnóstico............................................................................................. 25 1.4.4 Tratamento............................................................................................. 26 1.5 Dismenorreia primária e qualidade de vida das mulheres..................... 28 CAPÍTULO II – ALTERAÇÕES POSTURAIS 2 POSTURA CORPORAL........................................................................ 29 2.1 Definição................................................................................................ 29 2.1.1 Evolução e desenvolvimento da postura ereta...................................... 29 2.2 Estrutura e função corporal................................................................... 29 2.2.1 Desequilíbrios e alterações posturais mais frequentes......................... 31 2.3 Avaliação postural................................................................................. 33 2.3.1 Recursos utilizados para avaliação postural......................................... 33 2.3.2 Planos analisados.................................................................................. 34 2.3.2.1 Plano sagital......................................................................................... 34 2.3.2.2 Vista anterior........................................................................................ 34 2.3.2.3 Vista posterior........................................................................................35 2.3.2.4 Vista lateral............................................................................................35 2.3.3 Teste complementares............................................................................35 14 2.3.3.1 Sinal de Adams......................................................................................35 2.3.3.2 Ângulo Q................................................................................................36 2.3.3.3 Discrepância real e aparente.................................................................36 2.4 Alterações posturais e sua relação com órgãos internos....................... 37 2.4.1 Disfunções uterinas através de desordens mecânicas posturais.......... 38 2.4.2 Alteração na estrutura corporal como precursora da dismenorreia primária............................................................................................................. 39 CAPÍTULO III – A PESQUISA 3 INTRODUÇÃO........................................................................................41 3.1 Técnicas utilizadas..................................................................................41 3.2 Recursos utilizados.................................................................................42 3.3 Procedimentos........................................................................................42 3.4 Opiniões dos profissionais......................................................................43 3.4.1 A opinião do médico ginecologista..........................................................43 3.4.2 A opinião da fisioterapeuta......................................................................43 3.4.3 A opinião do enfermeiro..........................................................................44 3.4.4 A opinião da psicóloga............................................................................44 3.5 Apresentação dos resultados..................................................................45 3.6 Discussão................................................................................................49 3.7 Parecer final............................................................................................51 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO......................................................................52 CONCLUSÃO....................................................................................................53 REFERÊNCIAS.................................................................................................54 APÊNDICES......................................................................................................57 ANEXOS............................................................................................................77 15 13 INTRODUÇÃO A dismenorreia é caracterizada como uma dor pré-menstrual presente em oitenta por cento das mulheres com prevalência na adolescência. Segundo Freitas et al (2006), a dismenorreia ou menstruação dolorosa corresponde a uma síndrome caracterizada por dor em cólica no abdome inferior associada ao fluxo menstrual. A dor cíclica menstrual é classificada de acordo com suas manifestações, em primária e secundária, na primária há ausência de doenças ginecológicas relacionadas com o aparecimento da dor, diferentemente da dismenorreia secundária. (FREITAS et al, 2006). A cólica menstrual apresenta-se segundo suas etiopatogenias, entre as quais se destacam as causas endócrinas, psicológicas, mecânicas e podem ser acompanhadas de sintomas sistêmicos, como náuseas, vômitos, síncopes, dor irradiada para coxa e região lombar, levando a uma diminuição na qualidade de vida das mulheres portadoras dessa síndrome dolorosa. A cólica menstrual advinda das desordens mecânicas sacrais é explicada pelo fato de que as alterações posturais podem ser precursoras da dismenorreia primária, evidenciando as disfunções na postura como um agente desencadeador dos desconfortos viscerais. (SIQUEIRA, COSTA, 2012). Nesse contexto, a utilização da avaliação postural para o diagnóstico da dismenorreia primária tem como referência estudos que comprovam essa correlação. As correlações entre as disfunções sacrais e a dor pélvica pode ser explicada a partir da afirmação de que o sacro é considerado osso chave em disfunções de vísceras localizadas na pelve menor, como útero, próstata, bexiga e reto por sua relação fascial e neurológica. (SIQUEIRA, COSTA, 2012, P.01). A manifestação da cólica menstrual torna as mulheres temporariamente limitadas a um quadro sintomatológico relevante necessitando de tratamentos medicamentosos e alternativos, incluindo a fisioterapia. A escolha da faixa etária para realização do presente estudo tem um embasamento teórico de grande relevância, sendo explicada a relação anatômica e fisiológica de acordo com a idade pretendida. 16 14 Quintana et al (2010) diz que quanto menor for o útero, maior a produção e concentração de prostaglandina, consequentemente mais intensa a dor. Isso explica por que a dismenorreia é comum em adolescentes, por possuírem um menor volume uterino. Com o crescimento, amadurecimento e a gestação, o útero e o colo uterino distendem-se, diminuindo definitivamente a dismenorreia. O presente estudo proporcionará de forma positiva a obtenção de técnicas e conhecimentos no diagnóstico físico-funcional, seguido de um tratamento adequado e específico pelos profissionais da área da saúde, caso fique comprovado que as alterações posturais são desencadeadoras da dismenorreia primária. A realização do presente estudo tem por objetivo analisar mulheres jovens na faixa etária escolhida para detectar possíveis alterações posturais que podem ser desencadeadoras da cólica menstrual. Esses resultados serão obtidos através de avaliação postural. O presente estudo foi desenvolvido no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins – São Paulo. Após a coleta dos dados será realizada uma avaliação estatística dos mesmos. A pesquisa será norteada pelo seguinte problema: As alterações posturais podem ser precursoras da dismenorreia primária? O trabalho procurou demonstrar essa hipótese por meio das avaliações posturais e testes que estão descritas no capítulo III. Dessa forma, diante do apresentado, o trabalho fica segmentado em: O capítulo I – descreve o ciclo menstrual, a fisiologia da dor e a dismenorreia sob sua forma de classificação, diagnóstico e tratamentos. O capítulo II – descreve alterações posturais e sua relação com os órgãos internos. O capítulo III – descreve e avalia a pesquisa realizada. Encerrando o trabalho, prossegue a proposta de intervenção e as considerações finais. 17 15 CAPÍTULO I DISMENORREIA 1 ANATOMIA FEMININA De acordo com Marieb;Hoehn (2009), o sistema genital feminino é muito complexo, pois não apresenta somente a função de produzir gametas, mas também de preparar e nutrir um embrião em desenvolvimento. O sistema genital feminino é constituído por um conjunto de órgãos responsáveis pela reprodução da mulher, localizados na cavidade pélvica e recoberto pela fáscia visceral da pelve, que mantém a função de sustentação das vísceras pélvicas. (LIBERATO, 2002). Os órgãos genitais femininos são divididos especificamente em genitália interna e genitália externa. A genitália interna é composta pelas tubas uterinas, dois ovários, útero e orifício vaginal. Já a genitália externa é formada pelo monte do púbis, lábios maiores, lábios menores e estruturas eréteis. (LIBERATO, 2002). Segundo Liberato (2002), as mamas são anexadas a esse sistema devido à sua função de lactação para nutrir o lactente. Os órgãos que formam a genitália feminina desempenham funções especificas a eles designadas. Os ovários são glândulas responsáveis pela gênese dos óvulos e pela secreção dos hormônios sexuais femininos. Mensalmente uma mulher adulta ejeta um ovócito do útero, caracterizando um período compreendido por ovulação. Depois de repetidas ovulações, a superfície lisa do ovário torna - se fibrosada. Liberato (2002) afirma que os hormônios sexuais secretados pelos ovários são: estrogênio, progesterona e relaxina. O estrogênio tem como função inicial o crescimento do endométrio no ciclo menstrual, além de controlar a dilatação da pelve; também proporciona o crescimento dos seios, surgimento de pelos, presença de acne e tecido gorduroso. O hormônio progesterona está relacionado com o desenvolvimento embrionário. O 16 18 hormônio relaxina provoca inibição prematura das contrações do útero durante a gestação. As tubas uterinas são estruturas receptivas do óvulo e inicialmente é o local onde ocorre a fertilização. Depois de ocorrida a fertilização, as tubas uterinas transportam o óvulo para a cavidade uterina onde se inicia o desenvolvimento embrionário. O orifício vaginal é considerado o órgão sexual feminino da copulação, também chamado de canal do parto. Em mulheres virgens, o óstio da vagina é parcialmente fechado por uma estrutura conhecida como hímen. (MARIEB; HOEHN, 2009). Os órgãos genitais externos femininos são constituídos pelo monte do púbis, que é uma área de tecido adiposo, situada anteriormente à sínfise púbica, e após a puberdade é recoberto por pêlos pubianos. (MARIEB; HOEHN, 2002). Dispostos sagitalmente em relação à vagina, encontram-se os lábios maiores e os lábios menores da vagina, bloqueando a entrada de substâncias estranhas no aparelho reprodutor feminino. Lateralmente ao óstio vaginal, estão presentes as glândulas vestibulares, secretando muco lubrificante durante a relação sexual. O clitóris é considerado uma estrutura erétil localizada na junção dos lábios menores, contribuindo para excitação sexual feminina. Figura 1: Genitália feminina interna e externa Fonte: Ferreira et al, 2010, p.60 e 61. 17 19 1.1 Anatomia e fisiologia uterina O útero é um dos órgãos que compõe o aparelho reprodutor feminino, participando da genitália interna da mulher. É localizado na pelve, anteriormente ao reto e póstero-superior à bexiga urinária. (HALBE, 2000). É um órgão muscular oco, possuindo paredes grossas e contráteis. Na mulher nulípara suas dimensões são variáveis, entre 6,5 a 7,5 cm de comprimento e 3 a 4 cm de largura. (HALBE, 2000). Constituído de um corpo e um colo uterino, a região superior do útero comunica-se com as trompas uterinas, e a região mais delgada do útero está situada entre o corpo e o colo uterino, denominando-se istmo do útero. A região inferior cujo canal comunica-se com a vagina através do óstio externo é conhecida como canal do colo uterino. De acordo com Liberato (2002), o útero é um orgão móvel e sua posição varia com a idade da mulher, atitude, fase funcional, estado de repouso, gravidez, o grau de vacuidade ou de repleção da bexiga urinária e do intestino. Para manter-se situado fisiologicamente a sustentação uterina é realizada pelos ligamentos mesométrio, ligamento transverso do colo, ligamento retouterinos, ligamentos redondos. O mesométrio ou mesentério do útero é originado do ligamento largo do útero, sustentando-o lateralmente. Já o ligamento transverso do colo ou cardinal está situado em ambos os lados do colo e da vagina. Os ligamentos retouterinos estendem-se do útero até o sacro, fixando-o posteriormente. Existe ainda o ligamento redondo do útero, que liga o útero à parede anterior do corpo. (HALBE,2000). Seguindo anatomicamente a composição visceral uterina, encontram-se presentes artérias e vasos sanguíneos necessários para irrigação do útero. O suprimento sanguíneo uterino é originado da artéria uterina, que atinge o útero percorrendo o ligamento largo e posteriormente termina por anastomosar-se com a artéria ovárica que participa ativamente da vascularização do útero. O útero é constituído em sua formação anatômica por paredes uterinas, divididas em camadas. A camada que reveste o útero externamente é serosa tendo em sua formação o peritôneo, denominada perímetro. No entanto, o músculo do útero é chamado de miométrio ou camada intermediária, 18 20 compondo-se de fibras e feixes musculares lisas que se entrelaçam e contraem ritmicamente na hora do parto. É no miométrio que estão localizados os principais nervos e vasos sanguíneos do útero. A terceira e última camada que reveste internamente a cavidade uterina é chamada de endométrio, e quando ocorre a fertilização, é nessa terceira camada em que o embrião se implanta e permanece desenvolvendo-se até o nascimento. (HALBE, 2000). O endométrio possui duas camadas principais: a camada funcional e a camada basal. Conforme Marieb;Hoehn (2009), a camada funcional sofre alterações cíclicas em consequência dos níveis sanguíneos de hormônios ovarianos, descamando-se durante a menstruação. A camada basal e mais profunda é responsiva a esses hormônios formando uma nova camada funcional após a menstruação. No endométrio também se localizam em grandes quantidades as glândulas uterinas, que secretam uma substância rica em glicogênio. Para que todas essas funções uterinas estejam trabalhando corretamente são necessários comandos motores viscerais. Esses comandos são realizados através da inervação uterina, sendo feita pelos plexos uterovaginais e hipogástrico superior, mediada por fibras aferentes viscerais gerais ou sensitivas e as aferentes viscerais gerais ou motoras viscerais. 1.2 Fisiologia da dor A dor manifesta-se como uma auto proteção do corpo humano. De acordo com Guyton; Hall (2006), a maioria das enfermidades do corpo causa dor. A sensação somática dolorosa pode ser classificada em tipos de dor, apresentando uma dor rápida ou uma dor lenta. Uma dor pontual é considerada dor rápida, entretanto uma dor que provoca um sofrimento prolongado e dificilmente suportável é conhecida como dor lenta, causada principalmente por lesões teciduais.(GUYTON;HALL,2006). Para obter a percepção dolorosa, no organismo são encontradas terminações nervosas livres que funcionam como receptores para dor. Essas terminações nervosas livres são excitadas através de estímulos dolorosos, como por exemplo, estímulos mecânicos, térmicos e químicos. 19 21 Geralmente, a dor rápida ocorre em resposta aos estímulos mecânicos e térmicos, mas a dor lenta ou crônica pode ser desencadeada em consequência dos três estímulos. Segundo Guyton; Hall (2006), as substâncias químicas que provocam dor são as bradicinina, serotonina, histamina, íons potássio, ácidos, acetilcolina, enzimas proteolíticas, as prostaglandinas e a substância P. Além dessas substâncias químicas, existem outras causas da dor que são descritas para a manifestação dolorosa, como a isquemia tecidual e o espasmo muscular. No espasmo muscular a dor é provocada pelo efeito do espasmo que estimula os receptores para dor, os mecanossensíveis, contudo o espasmo leva a uma compressão de vasos sanguíneos proporcionando isquemia, e liberando substâncias químicas que produzem dor. (GUYTON; HALL, 2006). Quando ocorre a dor ela é transmitida dos nervos periféricos em direção à medula espinhal utilizando como vias as fibras do tipo A beta para a dor rápida e as fibras do tipo C para dores lentas. Ao entrar na medula espinhal a sensação dolorosa é encaminhada para o encéfalo, através do trato noespinotalâmico e do trato paleoespinotalâmico. O trato noespinotalâmico corresponde às fibras do tipo A beta e a maioria dessas fibras segue em direção ao tálamo, onde os sinais dolorosos são direcionados a outras áreas do encéfalo. Já o trato paleoespinotalâmico transmite a dor advinda das fibras do tipo C, caracterizada como dor crônica ou lenta, terminando na medula espinhal nos cornos dorsais e são conduzidas em direção ao encéfalo. A dor pode ser classificada como dor referida e dor visceral. Quando uma pessoa sente dor em uma área do corpo que se situa longe do tecido causador da dor, essa dor é considerada como referida. No momento em que a dor é originada das vísceras, é nomeada por dor visceral. As causas da dor visceral incluem isquemia do tecido visceral, espasmo da musculatura lisa de uma víscera oca que geralmente se manifesta em forma de cólica intensa decorrida da contração da musculatura. A dor também pode ocorrer pela distensão do tecido conjuntivo presente nas vísceras. Isso ocorre devido o preenchimento anormal e excessivo de uma víscera. A dor visceral é transmitida através das vias viscerais e via parietal. Para transmissão da dor visceral são recrutadas as fibras sensoriais específicas 20 22 para dor, dos feixes nervosos autônomos. A via parietal é levada diretamente para os nervos espinais, localizando a sensação dolorosa correspondente à área da dor. (GUYTON;HALL,2006). 1.3 Ciclo menstrual normal O ciclo menstrual normal é decorrente das ações exercidas mutuamente no sistema hormonal feminino, constituído por hormônios de liberação hipotalâmica definido como hormônio liberador de gonadotropina (GnRH), os hormônios sexuais hipofisários anteriores sendo eles o hormônio folículoestimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) secretados em resposta ao GnRH do hipotálamo. Outros hormônios que interagem com o FSH e LH são conhecidos como estrogênio e progesterona.(GUYTON;HALL,2006). Figura 2: Ciclo menstrual normal Fonte : Stephenson; O’Connor , 2004, p.78. Durante o ciclo menstrual normal esses hormônios são secretados em quantidades variáveis. O ciclo menstrual normal torna-se presente na vida da mulher entre 11 e 15 anos de idade, com a ocorrência da primeira menstruação denominando-se menarca. 21 23 Após a menarca, a mulher começa a ser preparada para sua vida reprodutiva durante os anos vindouros. Essa preparação acontece mensalmente no organismo feminino, mediada por hormônios contidos no próprio corpo, ocasionando dessa forma, o ciclo sexual mensal feminino ou ciclo menstrual.(GUYTON;HALL,2006). Cada ciclo tem uma duração média de 28 dias, e apenas um único óvulo é dispensado do ovário a cada mês. Durante o ciclo menstrual, ocorrem intensas transformações no ovário em resposta aos hormônios FSH e LH. A secreção desses hormônios pela hipófise é extremamente necessária para dar início ao ciclo mensal. No decorrer do ciclo há um aumento e uma diminuição cíclicas de FSH e LH. Os hormônios FSH e LH proporcionam o crescimento e a reprodução das células foliculares nos ovários. Guyton; Hall (2006) descreve que os hormônios da hipófise anterior, em especial o FSH, causam o crescimento acelerado de 6 a 12 folículos primários por mês. O folículo em desenvolvimento continua se proliferando e após alguns dias encontra-se repleto de líquido folicular, mantendo uma quantidade elevada de estrogênio, hormônio feminino importante para conservação das particularidades femininas. O crescimento do folículo é contínuo e de forma acelerada, motivando a sua explosão ou rompimento folicular. Algumas horas após a explosão do folículo, é constituído o corpo lúteo, sob a ação do LH. O corpo lúteo passa a produzir os hormônios essenciais femininos, sendo eles o estrogênio e progesterona proporcionando denso crescimento endometrial e diligenciando sua vascularização. Quando há uma redução nos níveis desses hormônios ocorre nesse momento a menstruação uterina. Em seguida inicia-se um novo ciclo ovariano.(GUYTON;HALL,2006). 1.3.1 Fases do ciclo menstrual De acordo com os acontecimentos cíclicos mensais, é estabelecido um ciclo endometrial ou uterino. O ciclo endometrial ou uterino sucede-se em três fases. A primeira fase corresponde à proliferação do endométrio uterino, a segunda fase está relacionada ao desenvolvimento de mudanças secretoras no 22 24 endométrio, e a terceira fase ocorre devido à descamação endometrial, denominada fase menstrual. Na fase proliferativa ou pré-ovulatória o endométrio é reorganizado, construído novamente devido à influência de estrogênio, processado em quantidades elevadas no ovário na primeira fase do ciclo ovariano mensal resultando na formação de uma nova camada endometrial acompanhada das glândulas endometriais, das artérias e vasos que compõem o endométrio. As glândulas endometriais produzem um muco espesso e viscoso, mas o efeito do estrogênio torna-o límpido e fino disponibilizando o acesso do espermatozóide para o interior do útero.(MARIEB;HOEHN,2009). A ovulação, a qual demora menos de cinco minutos, ocorre no ovário no final do estágio proliferativo (dia 14), em resposta à liberação súbita de LH pela hipófise anterior. O LH também converte o folículo rompido em um corpo lúteo. (MARIEB; HOEHN, 2009). A fase secretora ou fase pro gestacional do endométrio ocorre após a ovulação, com duração média de 14 dias. É nessa fase que o endométrio põese em condições de receber um óvulo fertilizado vindo da trompa de Falópio. A secreção uterina oferece nutrição para o óvulo. Após o óvulo introduzir-se no endométrio, já no estágio de blastocistos, retira substâncias necessárias para seu desenvolvimento intra-uterino. Na ocasião da não fertilização, o corpo lúteo deterioriza-se no final da fase secretora proporcionalmente à decadência de LH no sangue. Segundo Marieb; Hoehn (2009) , os níveis de progesterona também diminuem, privando o endométrio do suporte hormonal, resultando em torção e espasmos das artérias espiraladas. Em consequência da falta de oxigênio e nutriente, as células do endométrio morrem, seguindo-se da menstruação no dia 28. A descamação uterina está presente na terceira fase ou fase menstrual. Para que aconteça a descamação da superfície funcional uterina, o estrogênio e a progesterona devem ser encontrados em níveis reduzidos no organismo, proporcionando a desintegração do endométrio seguida por uma hemorragia durante 4 a 7 dias. Essa hemorragia é liberada pelo útero em direção à vagina, caracterizando a menstruação. 23 25 1.4 Dismenorreia Dismenorreia é um termo utilizado para caracterizar uma síndrome menstrual dolorosa que se manifesta aproximadamente em 80% das adolescentes ou mulheres jovens em fase escolar, acompanhando o período pré ou intra-menstrual. Halbe (2000) definiu a dismenorreia como um termo derivado do grego significando fluxo menstrual difícil. A dor apresenta – se com mais intensidade no primeiro e segundo dia do ciclo menstrual geralmente com sensações desagradáveis como náuseas, vômitos, palidez, cefaleia, vertigem, diarreia e desmaio. A cólica menstrual geralmente afasta a mulher de seus afazeres habituais. Para Quintana et al (2010), quanto menor o volume uterino maior a produção de prostaglandinas provocando dores intensas, por isso que a dismenorreia atinge mais as mulheres adolescentes e nulíparas. A dor pode exacerbar se a mulher for tabagista, tiver má alimentação e for sedentária. 1.4.1 Classificação A dismenorreia pode ser classificada quanto à sua intensidade e a sua etiologia. Quanto à sua intensidade existem formas leves, moderadas e graves. As formas moderadas e graves podem interferir no bem-estar das pacientes, chegando a ser umas das causas de faltas às escolas e ao trabalho. Quanto a sua etiologia, a dismenorreia pode ser classificada como primária ou funcional e em secundária ou orgânica. (SCHMIDT; HERTER, 2012). A dismenorreia primária ou funcional inicia-se juntamente com o fluxo menstrual ou após este, manifestando - se na ausência de lesões pélvicas, a dor tem característica espasmódica com duração de dois dias ou até o término da menstruação. Algumas adolescentes apresentam desconfortos meses ou anos após a menarca, e a partir dos primeiros episódios de cólicas a freqüência eleva-se continuamente alcançando um pico máximo por volta de 20 anos, diminuindo após essa idade. .(SCHMIDT; HERTER, 2012). A dismenorreia secundária compreende 5% das dismenorreias cuja origem é explicada por causas orgânicas. Nesses casos, a dor pode se 24 26 apresentar de modo atípico imediatamente a partir da menarca ou em uma idade mais avançada. A dor associada à dismenorreia secundária depende da causa básica. Dentre as causas da dismenorreia secundária com origem ginecológica, as mais comuns são: inflamações pélvicas, varizes pélvicas, tumores pélvicos, adenomiose, endometriose, pólipos, miomas, uso de DIU, cistos ovarianos, estenose cervical, malformações congênitas do trato urinário. 1.4.2 Etiopatogenia da dismenorreia primária A cólica menstrual classificada por dismenorreia primária é causada por fatores endócrinos, psíquicos e mecânicos. Os fatores endócrinos estão relacionados ao aumento de substâncias que provocam dor. Essas substâncias são denominadas leucotrienos, isoprostanos e prostaglandinas, causando a hipercontratilidade miometral, vasoconstrição e dor. A dor menstrual diminui proporcionalmente ao aumento do fluxo sanguíneo. Além desses fatores, a dor cíclica menstrual é originada em consequência do espasmo muscular e do espasmo vascular. O espasmo vascular das arteríolas do endométrio provoca uma isquemia seguida de dor. Já o espasmo muscular definido como uma contração anormal e exagerada do útero é considerado como uma precursora da cólica menstrual. A associação dos dois tipos de espasmo caracteriza a formação da dor. De acordo com Halbe (2000), a vasoconstrição leva à anóxia, a qual levaria à contração incoordenada do músculo uterino, pois o músculo que se contrai em estado anoxêmico não se contrai normalmente. As contrações incoordenadas agravam a anóxia e a dor. Os fatores psicogênicos e emocionais, principalmente quando a mulher apresenta um estado depressivo, podem ser consequência do sofrimento imposto pela dismenorreia. Schmidt; Herter (2002) descrevem que os desajustes psicossomáticos, como rejeição da feminilidade e uma visão negativa da menstruação, também já foram propostas para tentar explicar a origem do quadro álgico. No entanto a principal teoria explicativa do aparecimento da dismenorreia primária é a da prostaglandinas. A cólica menstrual acompanha o ciclo ovulatório. Quando o endométrio se desintegra do útero ocorre a 25 27 menstruação, diminuindo os níveis de progesterona ao final desses ciclos, existindo maior produção de prostaglandinas provocando a contração da musculatura uterina comprimindo o plexo vascular e nervoso do útero evidenciando a formação da cólica menstrual. As elevações dos níveis de protaglandinas favorecem a exacerbação das contrações uterinas. Essas contrações exageradas promovem a redução do fluxo vascular uterino causando hipóxia e isquemia aumentando ainda mais o quadro doloroso. Além disso, a ação das prostaglandinas estimula contrações na musculatura lisa do estômago, intestino, e vasos sanguíneos, resultando nos sintomas associados como náuseas, vômitos, diarreia, irritabilidade e cefaleia. Na etiopatogenia da dismenorreia primária, é descrita sua relação com as desordens mecânicas sacrais. Num estudo realizado por Siqueira; Costa (2012) foi comprovado que a gênese da dismenorreia primária está relacionada com as disfunções ligamentares do útero, com origem mecânica na torção sacral. 1.4.3 Diagnóstico A menstruação dolorosa inicia-se entre 6 a 12 meses após a menarca e está presente durante o ciclo ovulatório. A dor espasmódica sentida pelas mulheres é diagnosticada através de uma anamnese bem realizada associada com o exame físico ginecológico. Sintomas sistêmicos ocorrem em cerca de 50% dos casos tais como dor lombar irradiada para parte interna da coxa, náuseas e vômitos, diarreia, cefaleia, alteração da pressão arterial, alterações do humor e até síncopes. Alguns fatores de risco podem contribuir na severidade da dor como etilismo, tabagismo, distúrbios emocionais, sendo as mais comuns depressão e ansiedade.(GALVÃO ,2012). O diagnóstico da cólica menstrual é caracterizado como clínico. A dor apresenta-se poucas horas antecedendo a menstruação ou durante o sangramento uterino, ocorrendo de forma leve, moderada ou intensa acompanhada dos sintomas sistêmicos. 26 28 É utilizada, como meio de diagnóstico, a palpação uterina avaliando o volume, tamanho, forma e mobilidade que devem estar normais na dismenorreia primária, entretanto se manifestada alguma alteração a dismenorreia passa a ser classificada como secundária. O único teste para avaliar a severidade da dismenorréia primária é a medida da pressão intra-uterina, que por ser um método invasivo não é utilizado. No entanto, alguns estudos demonstram que na menstruação normal a pressão de repouso intra – uterina que varia de 5 a 15 mmHg(milímetros de mercúrio) passa para cerca de 80 mmHg, ocorrendo uma contração que varia de 5 a 10 minutos de duração. Na dismenorréia ocorre a cada 15 segundos e a pressão sobe até 400 mmHg. (DMITROVIC apud GIRALDO, ELEUTÉRIO JUNIOR, J; LINHARES, 2008, P.164-168) De acordo com Halbe, (2000), podem ser utilizados para identificação da dismenorreia os exames complementares consistindo em ultra-sonografia, histeroscopia, laparoscopia e dosagem do CA-125. 1.4.4 Tratamento As mulheres podem utilizar-se das terapias medicamentosas, recursos e técnicas fisioterapêuticas, de forma curativa e preventiva, medicina integrativa, tratamento cirúrgico. Na terapia medicamentosa os fármacos são administrados para reduzir ou eliminar temporariamente o quadro álgico menstrual, dispondo-se de medicamentos antiinflamatórios não esteroidais (AINES) e contraceptivos orais. O efeito do antiinflamatório no combate à dor explica-se através da redução da dor, pois ocorre uma diminuição de prostaglandinas e leucotrienos no organismo. Os contraceptivos orais são o método medicamentoso mais utilizado por mulheres, pois seu uso não permite a ovulação, diminuindo assim a produção de prostaglandinas e provocando uma dessensibilização nas fibras musculares que constituem o miométrio.(GALVÃO,2012). Os recursos e técnicas fisioterapêuticas variam de acordo com a intensidade da dor. A fisioterapia possibilita uma cessação do quadro álgico através da analgesia provocada por recursos elétricos fóton terápicos, cinesioterapêuticos, manuais, aquáticos. Além de todos esses métodos propõem-se também recursos preventivos sob forma de profilaxia. 27 29 A teoria de Halbe (2000) sugere como profilaxia um preparo psicológico da adolescente antes da menarca incentivando-lhe a prática de exercícios físicos e uma dieta balanceada. Existem também mulheres que buscam tratamentos não convencionais através da medicina alternativa, onde são encontrados tratamentos com base na acupuntura, plantas medicinais, como por exemplo gengibre, além de vitaminas, óleo de peixe conhecido como ômega 3.(GALVÃO,2012). As vitaminas, principalmente a vitamina B, têm seu poder ativo na correção do metabolismo hormonal anormal. O tratamento cirúrgico é utilizado quando o tratamento clínico não surtir efeito. Na dismenorreia primária é realizado um procedimento cirúrgico denominado por recessão laparoscópica dos ligamentos uterossacros. Esses procedimentos apresentam um resultado satisfatório, entretanto podem ser causa futura de um prolapso uterino.(HALBE,2000). Tabela 1: Dismenorréia primária: tipos de tratamento. Medidas gerais Repouso adequado Dieta Terapia de apoio Exercícios físicos Vitaminas Esteroides sexuais Estrógenos Contraceptivos orais Agente tocolíticos Orciprenalina Isoxsuprina Antiinflamatórios Agentes locais (supositórios) Indometacina Fentiazaco Cirúrgico Operação de Cotte Operação de Castaño Ressecção endoscópica dos ligamentos uterossacros Fonte: Halbe, 2000, p.751 28 30 1.5 Dismenorreia primária e qualidade de vida das mulheres A Organização Mundial da Saúde definiu a qualidade de vida (QV) como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.(BARCELOS et al, 2010). Conforme foi referida pela OMS, a percepção interfere na qualidade de vida. Seguindo esse contexto a dismenorreia provoca uma diminuição de QV de mulheres portadoras, já que a dor é caracterizada como uma percepção subjetiva. A mulher sofre uma redução nas tarefas executadas diariamente e transtornos emocionais em consequência da menstruação dolorosa. Barcelos et al (2010) esclarece que a dismenorreia associa-se à redução da produtividade no trabalho, alterações emocionais, distúrbios do sono, disfunções sexuais e restrições sociais. No estudo realizado por Barcelos et al (2010) observou-se que a mulher com dismenorreia ou dor pélvica crônica apresenta pior QV em relação àquelas que não possuem quadro álgico. Dessa forma evidencia-se a necessidade de um bom diagnóstico e um tratamento preciso para esse grupo da população feminina. 29 31 CAPÍTULO II POSTURA 2 POSTURA CORPORAL 2.1 DEFINIÇÃO Segundo Verderi (2003), postura é definida como a posição que o nosso corpo adota no espaço, bem como a relação direta de suas partes e a linha do centro de gravidade. A boa postura é aquela em que um mínimo de esforço é sobreposto às articulações do corpo, ou seja, para obtenção da postura correta é necessária uma disposição bem ordenada entre as partes que compõem o corpo humano como um todo, evidenciando o centro de massa, de gravidade e um bom equilíbrio do sistema neuromusculoesquelético. A postura corporal modifica-se de acordo com os movimentos, atitudes, reações e posicionamento dos indivíduos. 2.1.1 Evolução e desenvolvimento da postura ereta Há milhões de anos o homem procurou adaptar-se de acordo com as necessidades advindas do desenvolvimento, buscando a melhor forma para sobreviver. Conforme a evolução do Homo Erectus, e segundo a teoria de Darwin, o atual ser humano passou por várias etapas de sua evolução para adquirir a postura ereta, embora o ser humano viva ainda em constante processo de adaptação da postura. Para Amado (2006), a posição ereta bípede aumenta o trabalho cardíaco, os estresses na coluna vertebral, pelve e membros inferiores, reduzindo a estabilidade, com maior distribuição de peso nas extremidades inferiores. 2.2 Estrutura e função corporal 30 32 O corpo humano é composto por estruturas, sistemas e funções, interagindo entre si permitindo um perfeito equilíbrio. O esqueleto dispõe-se com certa ordem ou arranjo sendo dividido em porções axial e apendicular. A porção axial é constituída pelo crânio, vértebras, costelas e esterno, já o esqueleto apendicular é formado pela cintura escapular, cintura pélvica, membros superiores e membros inferiores. O principal eixo de sustentação do corpo humano é a coluna vertebral. A coluna vertebral é ordenada por 33 vértebras, sendo 24 flexíveis, classificadas em cervicais (C1 – C7), torácicas (T1 – T12), lombares (L1 – L5), sacrais (S1 – S5) e quatro coccígenas. A coluna vertebral também é responsável pela proteção da medula espinhal, de onde emergem os ramos nervosos inervando os tecidos, os músculos e as vísceras.(MADEIRA;RIZZOLO,2009). A coluna vertebral apresenta quatro curvaturas fisiológicas ou primárias, adquiridas desde o nascimento: a curvatura cervical, torácica, lombar e a sacral. As curvaturas cervicais e lombares são convexas, curvadas em direção ao lado anterior do corpo. As curvaturas torácicas e sacrais são côncavas, curvadas em direção ao lado posterior do corpo. Essas curvaturas ajudam a centralizar a cabeça sobre o corpo, proporcionando um equilíbrio para andar na posição ereta. A coluna vertebral provém de estruturas ligamentares para manter sua sustentação, sendo elas: ligamento longitudinal anterior e posterior, ligamentos amarelos, ligamento supra-espinhal, ligamento da nuca, ligamento interespinhal, e ligamento intertransversário. Os músculos da coluna vertebral desempenham uma importante função, eles são responsáveis pela estabilização, equilíbrio e movimentação dos membros e participam dos mecanismos de absorção dos impactos e sobrecargas, protegendo assim a coluna vertebral. Podemos dividir a musculatura do nosso corpo como anteriores e posteriores. Os músculos anteriores ou dinâmicos são os responsáveis pelo movimento do tronco e abrangem a musculatura do pescoço e da parede abdominal. Os posteriores ou estáticos são os responsáveis pela manutenção da postura. No tronco dividi-se a musculatura em camadas: camada superficial compondo-se do trapézio, grande dorsal e eretores da espinha; a camada profunda com os músculos elevador da escápula, serráteis e romboides; e a camada mais profunda tendo 31 33 os músculos intermédios, multífido, semi-espinhal do tórax e semi-espinhal do pescoço e da cabeça. Uma vez que todos esses músculos atuam conjuntamente, a fraqueza de um grupo muscular pode forçar e prejudicar o equilíbrio da coluna. Os discos intervertebrais são compostos por duas estruturas principais, o núcleo pulposo e o anel fibroso, que juntos são responsáveis por amortecer e separar as vértebras. Sua função é de absorver os impactos, permitir e limitar os movimentos. Os discos são flexíveis permitindo o movimento. 2.2.1 Desequilíbrios e alterações posturais mais frequentes Para Kisner; Colby (2005), há uma inter-relação entre cabeça, pescoço, tórax, coluna lombar e pelve, e desvios em uma região afetarão as outras áreas. De acordo com o estudo realizado por Malagoni; Cavalcante (2007), os desvios posturais mais encontrados em adolescentes são escoliose, hiperlordose lombar, retroversão pélvica, genu recurvatum, genu valgo e pé plano. A escoliose é definida como curvaturas anormais localizadas lateralmente no plano frontal. Manifesta-se frequentemente em adolescentes devido à fase de crescimento, má postura, disfunções neuromusculares, traumatismo. Também pode ser caracterizada como congênita, resultando em disfunções ligamentares, musculares e ósseas. Entre as disfunções ósseas evidencia-se a rotação pélvica. A escoliose recebe várias classificações de acordo com o lado para o qual se dirige a convexidade da curvatura, definindose vários padrões escolióticos.(AMADO;2006). A hipercifose é uma acentuação anormal da convexidade posterior da coluna torácica devido à contratura do músculo peitoral e o mau condicionamento físico da musculatura dorsal. A hiperlordose lombar é caracterizada pela demasia da curvatura da convexidade anterior da curvatura lombar. Pode apresentar-se em resposta a uma hipercifose ou em consequência da flacidez muscular abdominal seguida da contratura dos flexores do quadril.(AMADO;2006). As disfunções na coluna lombar levam a uma alteração na pelve e da articulação do quadril. 32 34 Quando ocorre uma anteversão pélvica, ou seja, a pelve encontra-se inclinada para frente, em resposta a essa inclinação anterior a coluna lombar acompanha o mesmo movimento arqueando-se anteriormente favorecendo o acentuamento da lordose lombar, denominada hiperlordose. Já a retroversão é determinada por uma inclinação pélvica posterior, ou seja, a pelve encontra-se posicionada posteriormente e a coluna lombar é retificada, caracterizando uma hipolordose. Existem, pois, relações entre a coluna lombar e o posicionamento pélvico em posturas defeituosas. (AMADO;2006). O genu recurvatum é observado pela hiperextensão dos joelhos. O joelho valgo ou joelho em X e o joelho varo ou arqueado são deformidades encontradas na formação dos joelhos, podendo apresentar-se unilateral ou bilateralmente. Se os côndilos se tocam e os maléolos não, o joelho é considerado valgo, entretanto se os maléolos tocam-se e os côndilos permanecem afastados o joelho é denominado varo. Um minucioso exame dos pés pode desvendar desequilíbrios e alterações na postura corporal. As alterações mais frequentes encontradas nos pés são: pé cavo e pé plano. O pé cavo é resultado do encurtamento dos músculos fíbular longo, tibial posterior e flexor longo do hálux; e a fraqueza dos mesmos músculos caracteriza o pé plano. Quadro 1 – Resumo dos Comprometimentos Comuns Associados a Disfunções Posturais. Dor decorrente da sobrecarga biomecânica em estruturas sensíveis e da tensão muscular Comprometimento da mobilidade devido à restrição de músculos, articulações ou fáscias Comprometimento muscular associado à fraqueza e pouca resistência muscular à fadiga, devido às mas posturas sustentadas ou desuso. Controle postural insuficiente dos músculos estabilizadores Senso cinestésico de postura alterado, associado a mau controle neuromuscular e maus hábitos posturais prolongados. Falta de conhecimento do controle e da biomecânica vertebral saudável Fonte: Kisner; Colby, 2005, p.600. 33 35 2.3 Avaliação postural De acordo com Verderi (2003), a avaliação postural se faz necessária para que possamos mensurar os desequilíbrios e as assimetrias existentes entre os segmentos corporais ou articulações, observando os desvios de um alinhamento postural ideal e adequarmos a melhor postura para cada indivíduo possibilitando a prevenção e posteriormente a reestruturação completa das cadeias musculares situando-se de forma estática e dinâmica. Após uma detalhada avaliação postural o fisioterapeuta encontra-se condicionado para promover a prevenção e a reeducação postural dos males causados pela má postura. 2.3.1 Recursos utilizados para avaliação postural Para a realização de uma boa avaliação postural são utilizados alguns materiais para melhor avaliar os indivíduos submetidos à avaliação: o simetógrafo, a radiografia, o podoscópio, o goniômetro e a fita métrica. O simetrógrafo, também chamado de fundo quadriculado, consiste em um retângulo de aproximadamente dois metros de altura por um metro de largura, composto por uma placa de acrílico transparente possuindo linhas horizontais e verticais que, ao se cruzarem, formam quadrados de cinco em cinco centímetros ou dez em dez centímetros. (MALAGONI;CAVALCANTE,2007). A radiografia convencional, também conhecida como raio x, é um exame utilizado para verificar as alterações nas estruturas ósseas, confirmando desta forma um dado clínico. Para a avaliação postural são necessários na identificação das anormalidades estruturais, pois os raios x são parte de um espectro eletromagnético e possuem a habilidade de penetrar nos tecidos em vários graus. (AMADO, 2006). O podoscópio é um aparelho utilizado para o exame dos pés, possibilitando melhor visualização do arco plantar e a descarga de peso sobre as partes anatômicas dos pés. O podoscópio é constituído de uma placa de acrílico em sua parte superior; na parte inferior e lateral há espelhos; na parte lateral interna há lâmpadas que, ao serem ligadas na corrente elétrica, 34 36 acendem, permitindo melhor visualização dos pés para a realização do exame. Em seu acabamento é utilizado aço para revestimento dando o aspecto quadrado ao aparelho.(MALAGONI;CAVALCANTE,2007). O goniômetro é utilizado para medir os ângulos articulares do corpo humano. É formado por um braço fixo e o outro móvel permitindo quantificar a limitação dos ângulos articulares para que o fisioterapeuta intervenha de forma adequada na eficácia de seus tratamentos. A expressão numérica da amplitude de movimento articular na goniometria utiliza o sistema de mensuração baseado em 0° a 180°, permitindo que a avaliação ocorra em todos os planos do corpo humano. (AMADO, 2006). A fita métrica é utilizada para realizar as medições necessárias, obtendose informações perimétricas e das discrepâncias presentes no corpo humano. 2.3.2 Planos analisados 2.3.2.1 Plano sagital Malagoni; Cavalcante (2007) descrevem que o plano sagital vai da face anterior à face posterior, passando anteriormente ao ouvido externo, face anterior da coluna cervical, anterior à coluna dorsal, cruzando a coluna vertebral em lombar 1, lombar 2 e lombar 3, porção média do osso sacro, posteriormente à articulação coxofemoral, posterior ao longo do eixo femural, nível médio da articulação do joelho, cruzando a tíbia em quase toda a extensão, anterior à articulação do tornozelo em calcâneo-cubóide e talonavicular atingindo o solo. Nesse plano o corpo é dividido em duas metades simétricas, sendo possível analisar as acentuações das curvaturas fisiológicas ou primárias, a hiperextensão e semiflexão dos joelhos, protusão dos ombros, anteriorização da cabeça, proeminência abdominal, se há ocorrência de anteversão ou retroversão pélvica, se o corpo apresenta-se em rotação voltada para a direita ou para a esquerda. 2.3.2.2 Vista anterior 35 37 Observa-se há assimetria da cabeça em seu alinhamento horizontal, alinhamento dos acrômios, prega mamária, cicatriz umbilical desviada para a direita ou para a esquerda, rotação das espinhas ilíacas ântero-superiores, altura da crista ilíaca, arco longitudinal medial das articulações calcâneocubóide, rotação da patela.(MALAGONI; CAVALCANTE,2007). 2.3.2.3 Vista posterior Na vista posterior devem ser observadas inclinação da cabeça à direita ou esquerda, as assimetrias horizontais da escápula (um ombro mais elevado que o outro), ângulos inferiores das escápulas (demonstram desnivelamento escapular) e básculas lateral e medial, desvios da coluna, ângulos perna/retropé, cintura pélvica. Deve-se verificar também o basculamento lateral e alinhamento das pregas glúteas. Observar as pregas glúteas, alinhamento das fossas poplíteas, se o tendão do calcâneo estará valgo ou varo, aproximação medial dos joelhos ou afastamento lateral dos joelhos, articulação dos tornozelos em varo e valgo. (MALAGONI; CAVALCANTE, 2007). 2.3.2.4 Vista lateral Quando se observa em vista lateral, a linha de referência vertical coincidindo com a linha mediana do corpo, divide-o em secções anterior e posterior de igual peso. Os pontos de referência fixam localiza-se imediatamente á frente do maléolo lateral apresentando o alinhamento ideal postural visto lateralmente.(MALAGONI;CAVALCANTE,2007). Os segmentos avaliados são alinhamentos verticais da cabeça, alinhamento vertical do tronco, coluna lombar, torácica e cervical, protusão ou retração dos ombros, articulações do quadril, a pelve, articulação dos joelhos (genu flexo ou genu recurvatum). 2.3.3 Testes complementares 2.3.3.1 Sinal de Adams 36 38 O teste de Adams consiste na avaliação da assimetria das regiões paravertebrais, detectando saliências das costelas, escoliose, cifoescoliose e cifose torácica. O paciente é posicionado em ortostatismo, mantendo posição de passo, com a pelve equilibrada no plano frontal. O terapeuta coloca-se atrás do paciente, observando-o. Deve-se pedir ao paciente que mantenha os pés unidos e realize uma flexão de tronco cerca de 90°, demonstrando dessa maneira as assimetrias da região torácica e lombar. 2.3.3.2 Ângulo Q A avaliação do ângulo Q é realizada para diagnosticar desalinhamento dos membros inferiores (MMII). O ângulo Q consiste no cruzamento de duas linhas imaginarias. A primeira linha imaginaria é formada pela espinha ilíaca ântero-superior até o ponto médio da patela, já a segunda linha imaginária estende-se da tuberosidade anterior da tíbia até o ponto médio patelar. Os valores obtidos por essa medição trazem referências os valores normais de 13° para homens e 18° para mulheres. A mensuração pode ser realizada através da goniometria e radiografias. Os pacientes são posicionados em decúbito dorsal ou em posição ortostática. Em decúbito dorsal o paciente é orientado a posicionar o segundo dedo do pé apontado para cima e perpendicular à maca, no entanto, quando se realiza a medição em ortostatismo, o paciente é instruído a manter o segundo dedo do pé em uma marca vertical traçada no chão, evitando a rotação do fêmur. O aumento do ângulo Q caracteriza joelho valgo. 2.3.3.3 Discrepância real e aparente A medição da discrepância real e aparente é o método frequentemente empregado na avaliação das dismetrias dos MMII. Para realizar a medição usase a fita métrica, sendo mensuradas as regiões anatômicas. A discrepância é subdividida em dois tipos: a real e aparente.(AKKARI et al, 2012). 37 39 A discrepância real mensura-se da espinha ilíaca anterior e inferior até o maléolo medial ou superfície plantar. Na discrepância aparente mensura-se da cicatriz umbilical ao maléolo medial ou superfície plantar. 2.4 Alterações posturais e sua relação com órgãos internos O corpo humano resume-se em um conjunto de elementos e sistemas que são interligados e dependentes um do outro, considerando a relação fisiológica, psicológica e emocional. De acordo com Souza (2012), qualquer alteração do funcionamento de uma parte ou sistema corporal poderá, potencialmente, ser transmitida e gerar influências em outros sistemas orgânicos proximais ou até mesmo a distância do foco primário do desequilíbrio. Devido às relações anátomo-funcionais, as disfunções mecânicas ou congênitas tencionam as vísceras estabelecendo as cadeias lesionais. Os nervos originados da região lombar são responsáveis pela sensibilidade na região do quadril, inervam a musculatura da região pélvica. Em consequência dessa funcionalidade nervosa os problemas ou disfunções existentes nas vértebras lombares, como rotações vertebrais, hérnias discais, protusões ou fatores causadores da irritação nervosa refletem em dores na região pélvica. No término da coluna lombar situa-se o osso sacro constituindo a articulação sacroilíaca. As disfunções sacrais acometem as vísceras porque os nervos responsáveis por toda inervação das vísceras baixas emergem da região sacral, referindo dores localizadas em MMII. Existe o agravante de apresentar sintomatologias viscerais, dores fortes no período pré-menstrual, incontinência urinária, constipação intestinal, dores na relação sexual, ciatalgia (dores em MMII). O osso ilíaco ou bacia (quadril) articula-se com o sacro e o fêmur, e os problemas apresentados sobre essa região contribuem para as manifestações dos problemas viscerais. A região coxo-femural está associada à região sacro-ilíaca, sendo que o movimento do fêmur acompanha a pelve e o contrário também é verdadeiro, no 38 40 entanto as alterações apresentadas nessa articulação também refletem em dores lombares e pélvicas. As cápsulas articulares são umas tramas ligamentares responsáveis por estabilizar a articulação coxo-femural e podem causar dores em caso de serem lesionadas por traumas. Os músculos também podem ser lesionados de diversas formas: traumas, postura, problemas viscerais e vertebrais. 2.4.1 Disfunções uterinas através de desordens mecânicas posturais Os sistemas do corpo humano relacionam-se entre si para que o organismo mantenha-se em homeostásia. Esse perfeito equilíbrio homeostático é obtido através das inter-relações existentes entre as estruturas e funções do corpo. Entretanto, quando há desequilíbrio em algum órgão ou sistema, outras regiões podem sofrer uma disfunção em relação ao que foi alterado. Nesse contexto, as disfunções uterinas podem se apresentar devido às alterações da postura. Miranda, Schor, Girão (2009) esclarecem que há um envolvimento do sistema musculoesquelético na gênese e na perpetuação da dor pélvica crônica (DPC) sendo demonstrada de forma crescente. As disfunções uterinas e a DPC podem manifestar-se através das causas ginecológicas e não ginecológicas. Entre as causas ginecológicas são descritos fatores desencadeantes por doenças que acometem o útero, sendo elas endometriose, a adenomiose, os miomas uterinos, as varizes pélvicas e as aderências. Já as não ginecológicas são evidenciadas pelas alterações prevalentes como a síndrome do cólon irritável, as desordens psicológicas e as alterações musculoesqueléticas. Fazem parte das alterações musculoesqueléticas o alinhamento da cabeça, a simetria dos ombros, curvatura da coluna, a rotação vertebral, protusões, desequilíbrio pélvico, posicionamento dos membros inferiores, compondo o diagnóstico para a DPC. Devido à trama ligamentar e à relação muscular existente entre os segmentos corporais, os problemas estruturais encontrados na coluna lombar, articulação sacroilíaca, região coxo-femoral, membros inferiores e cápsulas articulares podem acometer futuramente a 39 41 região pélvica, expondo alguns órgãos pélvicos como o útero a sofrerem agravantes sintomatológicos, manifestando dores fortes no período prémenstrual ou durante a menstruação. 2.4.2 Alteração na estrutura corporal como precursora da dismenorreia primária A estrutura corporal sofre alterações mecânicas e congênitas resultando na presença de síndromes dolorosas em varias áreas corporais. A DPC pode ser considerada como um reflexo dessas alterações destacando-se a dismenorreia presente em grande parte da população feminina. Muitos dos casos de DPC têm nas disfunções musculoesqueléticas uma de suas causas básicas. Admite-se que mais de 85% das pacientes com DPC apresentam disfunções do sistema musculoesquléticos, incluindo hiperlordose lombar, hiperextensão de joelhos e anteriorização pélvica, assim como espasmo do músculo levantador do ânus e síndrome do piriforme. (MIRANDA, SCHOR, GIRÃO, 2009, p.345). As sintomatologias dolorosas que acometem diretamente a região uterina têm como desencadeador as disfunções nos ossos que compõem a cintura pélvica, prevalecendo as alterações de ordem mecânica sacral. Siqueira, Costa (2012) relatam que o osso sacro é considerado osso chave nas disfunções de vísceras localizadas na pelve menor, sendo uma delas o útero, que mantém relações fascial e neurológicas com a estrutura óssea. A relação neurológica é explicada através das fibras parassimpáticas e gânglios do sistema simpático que emergem do plexo sacral inervando o útero, vagina, assoalho pélvico e músculos. No entanto a sustentação ligamentar se dá através das fáscias, lamina, aponeuroses, ligamentos que são inseridos nas vértebras sacrais, especificamente em S2, S3 e S4. Sendo assim, quaisquer alterações ou disfunções nas vértebras sacrais resultam em perturbações neurológicas, sensitivas, motoras e funcionais viscerais. Em um estudo realizado por Siqueira, Costa (2012) utilizando 10 pacientes do gênero feminino, foram identificadas alterações sacrais com presença de tensão nos ligamentos uterinos durante uma avaliação propedêutica osteopática. 40 42 Contudo, a dismenorreia primária pode ter como precursoras as alterações na postura, resultando das desordens na estrutura corporal musculoesqueléticas. 41 43 CAPÍTULO III ESTUDO DE CASO 3 INTRODUÇÃO Realizou-se uma pesquisa com o intuito de demonstrar as possíveis assimetrias corporais encontradas em mulheres jovens, na faixa etária de 18 a 25 anos, e determinar as correlações existentes entre as alterações encontradas na postura como um fator desencadeante para a dismenorreia primária. Para a realização da pesquisa foram utilizados os seguintes métodos: Métodos de estudo de caso: O estudo de caso foi desenvolvido na clínica de Reabilitação Física Dom Bosco, pertencente ao Centro Universitário Católico Unisalesiano Auxilium, localizado na cidade de Lins, no período de Julho a Setembro do ano corrente. Completaram este trabalho as opiniões destes profissionais da área da saúde sendo estes, um médico ginecologista, uma fisioterapeuta, um enfermeiro e uma psicóloga. Método de observação sistemática: Foram observadas e analisadas as avaliações posturais aplicadas a um grupo de 15 mulheres jovens portadoras da dismenorreia primária como suporte para o desenvolvimento do estudo de caso. Métodos estatísticos: Para a realização da análise estatística foi utilizado o Microsoft Office Excel 2007, juntamente com o método de estatística descritiva. Os resultados foram demonstrados em tabelas. 3.1 Técnicas utilizadas Roteiro de Estudo de Caso (APÊNDICE A); Roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B); Roteiro de entrevista com o médico ginecologista (APÊNDICE C); Roteiro de entrevista com o fisioterapeuta (APÊNDICE D); Roteiro de entrevista com o enfer 42 44 meiro (APÊNDICE E); Roteiro de entrevista com a psicóloga (APÊNDICE F); Roteiro de entrevista com as voluntárias (APÊNDICE G) 3.2 Recursos utilizados Ficha de avaliação postural (ANEXO A) 3.3 Procedimentos O estudo de caso iniciou-se com a orientação para as voluntárias do objeto da pesquisa, do termo de consentimento e de que forma seria realizada. As mulheres jovens foram escolhidas aleatoriamente e digiriram-se à clínica para serem avaliadas. Utilizou-se para critérios de inclusão mulheres portadoras crônicas de cólica menstrual/dismenorreia primária, nulíparas, com idade entre 18 e 25 anos. Foram excluídas mulheres acometidas por doenças uterinas, as que fazem uso de contraceptivos hormonais, portadoras de distúrbios neurológicos. A avaliação postural ocorreu com as voluntárias devidamente trajadas com roupa de banho. Em seguida as voluntárias foram avaliadas mediante uma ficha de avaliação postural clássica. Essa ficha incluía dados de identificação, idade e telefone. As participantes também foram submetidas ao preenchimento de uma ficha que descrevia a história de saúde, sinais e sintomas específicos, intensidade do quadro álgico. A inspeção postural foi realizada individualmente com as voluntárias trajando roupas de banho. Elas foram posicionadas à frente, cerca de 0,5 metro de uma parede lisa. Foi realizada a inspeção das vistas anterior, posterior, lateral direita e esquerda, das participantes, confrontando com o alinhamento do tronco e membros através da linha central do simetrógrafo, equivalente aos eixos coronal (anterior e posterior) e sagital (perfil). A classificação das inspeções consiste na presença ou ausência de alterações. Em seguida realizou-se o teste de Adams: a voluntária posicionou-se em ortostatismo e foi feita a inspeção e palpação dos processos espinhosos da 43 45 coluna vertebral; após a palpação a voluntária flexionou anteriormente o tronco, e a fisioterapeuta, que estava posicionada posteriormente, palpou novamente os processos espinhosos da coluna vertebral para observar se encontrava alguma alteração. Logo após a voluntária foi colocada no podoscópio onde observou - se havia ou não alterações nos arcos plantares. Concluindo a avaliação foram realizados os testes complementares iniciando pelo ângulo Q, com a participante posicionada em decúbito dorsal sobre o divâ, e posteriormente, mantendo essa mesma posição, foi avaliada a discrepância real e aparente. O diagnóstico foi construído de acordo com as alterações detectadas durante a avaliação. Para a análise estatística foi utilizado o Microsoft Office Excel 2007. 3.4 Opiniões dos profissionais 3.4.1 A opinião do médico ginecologista Médico Ginecologista – Obstetra, 57 anos, gênero masculino, atualmente médico no Hospital Geral de Promissão – SP e médico no Hospital Espírita João Marchesi em Penápolis – SP. Sim, a dismenorreia primária pode ter como etiologia as alterações na postura, mas acredito que a causa principal oriunda é a endometriose. As mulheres procuram muito as consultas ginecológicas em razão da dismenorreia , as mulheres possuem a faixa etária em torno dos 20 anos. Os medicamentos mais utilizados são os atiinflamatórios não esteroidais (AINH). ANOS). 3.4.2 A palavra da Fisioterapeuta (MÉDICO GINECOLOGISTA, 57 44 46 Fisioterapeuta, 37 anos, gênero feminino, atualmente mestre em fisioterapia, professora e supervisora de estágio da Clínica de Reabilitação Física Dom Bosco, na cidade de Lins – SP. A fisioterapia dispõe de excelentes recursos que podem contribuir para a melhora desse quadro.Acredito que o fator estrutural seja um dos fatores desencadeantes, mas não sozinho e nem o principal. A avaliação postural deve estar presente em todas as avaliações, pois, unido às outras disfunções a postura pode ser causadora de vários quadros encontrados na clínica. Se realmente for comprovado que a alteração postural é a grande causadora deste quadro doloroso, acredito que exercícios para correção postural e orientação, seja um grande começo com especialista manipulativas podem que dispõe intervir de técnicas diretamente no quadro.(FISIOTERAPEUTA, 37 ANOS). 3.4.3 A palavra do Enfermeiro Enfermeiro, 31 anos, gênero masculino, atualmente trabalha na Santa Casa e no Hospital Espírita João Marchesi, na cidade de Penápolis. A cólica menstrual é provocada pela liberação de prostaglandina, substância que faz o útero contrair para liberar o endométrio. Os medicamentos mais utilizados são os antiinflamatórios não esteroidais que agem bloqueando a prostaglandina, e também utiliza-se as pílulas anticoncepcionais. No parto não existe intercorrência que pode afetar a região pélvica e futuramente visceral, ser pois precursora os partos da síndrome normais são dolorosa melhores acompanhados e quando a criança ou a mãe corre risco opta-se por cesariana. (ENFERMEIRO, 31 ANOS). 45 47 3.4.4 A palavra da Psicóloga Psicóloga, 48 anos, gênero feminino,trabalha em clínica, Hospital Espírita João Machesi e na Associação de Pais e Alunos Excepcionais de Penápolis – SP. A dor interfere na qualidade de vida, porque em certos momentos ela impossibilita o indivíduo de usufruir de toda sua potencialidade e na realização de suas atividades cotidianas. Atualmente há um certo exagero na compreensão do sofrimento psicológico no período menstrual. A experiência que deveria ser natural, acaba muito valorizada, a dor ocorre em alguns casos, entretanto o sofrimento emocional não deve ser apenas em função da dor. (PSICÓLOGA, 48 ANOS). 3.5 Apresentação dos resultados Descrição clínica fisioterapêutica das voluntárias avaliadas de acordo com o número de participantes e porcentagem (%). Tabela 2: Vista anterior Simetrias avaliadas Total avaliadas N = 15 Porcentagem 100% Inclinação lateral da cabeça à D 5 33 Inclinação lateral da cabeça à E - - Inclinação normal da cabeça 10 67 Ombro desnível 15 100 Mama desnível 3 20 Cicatriz umbilical desnível - - Pelve desnível 8 53 Rotação de pelve 11 74 46 48 Joelho valgo 3 20 Joelho varo 2 13 Joelhos normais 10 67 Fonte: elaborada pelas autoras.2012. Quanto aos desvios posturais encontrados na vista anterior (tabela 2), observam-se que 33% das jovens avaliadas possuem inclinação lateral da cabeça à direita(D). Os ombros encontram – se 100% em desníveis. O mamilo apresenta – se em desnível em 20% das voluntárias. Quanto à cicatriz umbilical 100% apresentam sem desvios para qualquer um dos lados. A pelve encontra - se em desnível em 53% das adolescentes. Ao avaliar a pelve observamos que 74% possuem rotação pélvica, joelhos valgo e varo foram detectados com pouca frequência. Tabela 3: Vista posterior Simetrias avaliadas Total avaliadas Porcentagem N = 15 100% Escoliose convexa à E 5 33 Escoliose convexa à D 10 67 Escápulas desalinhadas 14 94 Prega glútea E mais elevada 3 20 Prega glútea D mais elevada 4 27 Prega glútea alinhada 8 53 Fossa poplítea desalinhada 4 23 Maléolo E mais elevado 2 13 Maléolo D mais elevado 1 7 Maléolos alinhados 12 80 Fonte: elaborada pelas autoras.2012. Através da análise da vista posterior (tabela 3), foi observada incidência para escoliose convexa à esquerda tanto quanto a convexa à direita, e 80% dos maléolos estão alinhados. Tabela 4: Vista lateral direita e esquerda Simetrias avaliadas Hiperlordose cervical Hipolordose cervical Lordose cervical normal Hipercifose torácica Total avaliadas N = 15 2 13 2 (continua) Porcentagem 100% 13 87 13 47 49 Hipocifose torácica Cifose torácica normal Hiperlordose lombar Hipolordose lombar Lordose lombar normal 1 12 10 2 3 7 80 67 13 20 (conclusão) Anteroversão de pelve Retroversão de pelve Pelve normal Geno recurvatum Geno flexo Joelhos normais Pés normais Pés cavo Pés plano Fonte: elaborada pelas autoras.2012. 10 3 2 3 1 11 10 3 2 67 20 13 20 7 73 67 20 13 Na vista lateral direita e esquerda (tabela 4) diagnosticou - se 67% de hiperlordose lombar acompanhada de anteversão pélvica. Joelhos e pés normais foram observados na maioria das avaliações. Tabela 5: Outras assimetrias avaliadas Simetrias avaliadas Total avaliadas N = 15 Porcentagem 100% Sinal de Adams ausente 11 73 Sinal de Adams presente 4 27 Ângulo Q D maior que 15° 8 53 Ângulo Q D menor que 15° 7 47 Ângulo Q E maior que 15 ° 9 60 Ângulo Q E menor que 15 6 40 Discrepância real alterada 2 13 Discrepância real normal 13 87 Discrepância aparente alterada 6 40 Discrepância aparente normal 9 60 Fonte: elaborada pelas autoras.2012. O Sinal de Adams (tabela 5) foi visualizado em 27% das jovens avaliadas. Já a mensuração do ângulo Q comprovou que quase todas as avaliadas apresentam uma rotação do fêmur sobre a tíbia. 48 50 O comprimento real dos MMIIs encontra – se normal em 87% das voluntárias, entretanto o comprimento aparente normal foi presenciado em 60% das mulheres jovens. Após a aplicação da ficha de anamnese e avaliação da dor foram obtidos os seguintes dados demonstrados nas tabelas abaixo: Tabela 6: Anamnese Sim 100% Não 100% - - 15 100 14 93 1 7 Pratica atividades físicas 7 47 8 53 realizaram tratamentos para cólica 4 27 11 73 História de traumatismo Faz uso de medicamento para alívio da dor Fonte: elaborada pelas autoras.2012. Tabela 7: Sinais e Sintomas específicos I Escala de dor Total avaliadas Porcentagem N = 15 100% 0 – 2 dor leve - - 3 – 7 dor moderada 7 47 8 – 10 dor intensa 8 53 Irradiação para MMIIs 6 40 Irradiação para região lombar 13 87 Fonte: elaborada pelas autoras.2012. Tabela 8: Sinais e Sintomas específicos II Presente 100% Ausente 100% Às vezes 100% Dor de cabeça 12 80 3 20 - - Náuseas 3 20 10 67 2 13 Vômito - - 14 93 1 7 Vertigem 3 20 11 73 1 7 49 51 Desmaio - - 15 100 - - Diarréia 10 67 4 26 1 7 Palidez 2 13 12 80 1 7 Irritabilidade 12 80 1 7 2 13 Fonte: elaborada pelas autoras.2012. Tabela 9: Ciclo mesntrual Dias Total avaliadas N = 15 Porcentagem 100% 3 dias 1 7 4 dias 5 dias 7 dias 3 5 6 20 33 40 Fonte: elaborada pelas autoras.2012. Tabela 10: Qualidade de vida Impossibilidade das realizações das AVDS por causa da dor Fonte: elaborada pelas autoras.2012. 3.6 sim N = 15 100% Não N = 15 100% 8 53 7 47 Discussão Segundo Freitas et al (2008), a dismenorreia ou a menstruação dolorosa corresponde a uma síndrome caracterizada por dor em cólica no abdome inferior associada ao fluxo menstrual. A dor cíclica é classificada de acordo com suas manifestações clínicas, sendo subdividida em primária e secundária. De acordo com Verderi (2003), a postura é a posição que o corpo adota no espaço. A boa postura é aquela em que o mínimo de esforço é sobreposto às articulações do corpo, sendo necessário uma disposição bem ordenada das partes que compõem o corpo humano, mantendo um perfeito equilíbrio do sistema neuromusculoesquelético. Para Quintana et al (2010), quanto menor o volume uterino maior a produção de prostaglandina provocando dores intensas, em consequência disso a dismenorreia atinge mais as mulheres adolescentes e nulíparas. A dor pode exacerbar se a mulher for tabagista, tiver má alimentação e for 50 52 sedentária. O presente estudo recrutou mulheres jovens e sem antecedentes obstétricos para a realização da avaliação postural. Quintana et al (2010) afirma que quanto menor for o útero, maior a produção e concentração de prostaglandinas intensificando o quadro álgico. Este fato foi relevante no presente estudo, portanto, foram avaliadas mulheres nulíparas em conseqüência do volume uterino. As jovens que não possuem filhos apresentam um volume uterino menor, resultando em cólica de moderada á intensa. De acordo com Verderi (2003) a avaliação postural se faz necessária para mensurar os desequilíbrios e as assimetrias existentes entre os segmentos corporais. Miranda, Schor, Girão (2009) admitem que mais de 85% das pacientes com dor pélvica crônica apresentam disfunções do sistema musculoesqueléticos, incluindo hiperlordose lombar, hiperextensão de joelhos e anteriorização pélvica. No presente estudo, foram encontradas alterações posturais em 100% das participantes, evidenciando como principais alterações a escoliose convexa voltada para a direita ou para a esquerda, hiperlordose lombar acompanhada da anteversão pélvica. Para Siqueira Costa (2012), as correlações existentes entre as disfunções sacrais e a dor pélvica pode ser explicada a partir da afirmação de que o sacro é considerado osso chave em disfunções de vísceras localizadas na pelve menor. As alterações encontradas no presente estudo são semelhantes às citadas pelo autor, por observar-se que a rotação pélvica e o desequilíbrio pélvico foram diagnosticados na maioria das jovens avaliadas que apresentavam dismenorréia, com quadro álgico quantificativo. Contudo Halbe (2000) diz que a cólica menstrual é acompanhada de sensações desagradáveis como náuseas, vômitos, palidez, cefaleia, vertigem, diarréia e desmaio. Ao realizar a avaliação de anamnese e dor, observou-se estatisticamente neste estudo que mais da metade das voluntárias relatam dor de cabeça, diarréia, irritabilidade, além de irradiação dolorosa para ambos os membros inferiores e região lombar. Para Halbe (2000), os tipos de tratamentos administrados para a cessação ou diminuição do quadro álgico são repouso adequado, exercícios físicos, dieta, terapia de apoio, vitaminas, contraceptivos orais, antiinflamatórios 51 53 e cirúrgias. No presente estudo, quase todas as voluntárias realizam terapias medicamentosas para alivio da dor como analgésico e antiinflamatório; a menor parte das jovens realizam atividades físicas, relatando também que ao repousar posicionando-se em decúbito dorsal e ventral sentem diminuição da cólica em abdômen inferior. Muitas das avaliadas alegaram nunca terem tentado outro tipo de tratamento para a dismenorréia primária. Barcelos et al (2010) esclarece que a dismenorreia associa-se à redução da produtividade no trabalho, alterações emocionais, distúrbios do sono, disfunções sexuais e restrições sociais, diminuindo assim a qualidade de vida durante esse período. Os resultados desta pesquisa evidenciaram que as jovens portadoras da dismenorreia primária têm uma diminuição significativa na qualidade de vida durante a fase cíclica demonstrando uma restrição psicológica e social quando na presença da dor. 3.7 Parecer final sobre a pesquisa Durante o presente estudo evidenciamos que todas as participantes (100%) apresentaram alguma alteração postural. No entanto, todas elas também relataram cólica menstrual de moderada a intensa quantificada pela escala visual analógica para dor. Observou-se que na maioria das voluntárias foram diagnosticadas assimetrias posturais como escoliose convexa, hiperlordose lombar, anteversão pélvica e rotação da pelve. Percebeu-se que é de fundamental importância que o diagnóstico das disfunções posturais correlacione-se com a cólica menstrual primária, iniciando desta forma um tratamento adequado de acordo com a necessidade de cada voluntária, agindo também na prevenção da instalação de desvios posturais que consequentemente afetarão as vísceras, gerando um desconforto visceral. 52 54 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO O estudo realizado mostra e importância da avaliação postural em detecção de simetrias e desequilíbrios posturais, em relação ao diagnóstico das disfunções em órgãos internos. Para que seja realizado um bom tratamento é necessário conhecer a causa da dor e não somente visar à sintomatologia. Propomos, como forma de intervenção, a orientação através de palestras com fisioterapeutas na comunidade para que todas as pessoas possam ter acesso a esse tipo de informação, conscientizando as mulheres da importância do tratamento correto para cada disfunção apresentada, principalmente na saúde da mulher. Seria interessante a utilização de uma equipe multidisciplinar voltada para o tratamento e a prevenção dessa síndrome dolorosa presente em grande parte da população jovem feminina. Nos casos em que as disfunções encontram-se instaladas, sugerimos o tratamento através de métodos terapêuticos levando em consideração todas as relações existentes entre os sistemas neuromusculoesqueléticos de forma integrada, realizando atividades com indicações precisas como uma reeducação postural global (RPG), técnicas manipulativas, pilates, medicina alternativa entre elas a acupuntura, aderidos aos tratamentos da correção postural diminuindo desta forma o quadro álgico presente em mulheres portadoras da dismenorreia primária. 53 55 CONCLUSÃO Os resultados mostram indícios que as disfunções posturais correlacionam-se com a presença da dismenorreia primária, principalmente com as alterações diagnosticadas na pelve sendo precursoras das álgias pélvicas. As disfunções da pelve interligam-se com as cólicas menstruais, explicando o fato de que as alterações na composição óssea e articular da pelve colaboram através de ligamentos, fascias e inervação para a gênese das cólicas menstruais de forma primária. 54 56 REFERÊNCIAS AMADO, J.S.M. Fisioterapia: Teoria e Prática Clínica. Métodos de avaliação clínica e funcional em fisioterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. AKKARI, M. et al. Avaliação das discrepâncias de comprimentos dos membros inferiores. Revista de Ortopedia. São Paulo, v.33, n.1, p.41-44, Jan. 1998. Disponível em < www.ortopediatrica.com.br/.../douglas_4112009_154625.pdf > Acesso em: 27 ago. 2012. BARBOSA, L. M. P. et al. Escoliose: triagem em escolares de 10 a 15 anos. Revista Saúde. Com. Bahia, v.1, p. 134- 143, out.2005. Disponível em: < www.uesb.br/revista/rsc/v1/v1n2r7.pdf. > Acesso em 27 de ago. 2012. BARCELOS, P.R; et al. Mulheres com dor pélvica crônica: um estudo de corte transversal analítico. 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Disponível em: < www.efdeportes.com/efd57/postura.htm > Acesso em 25 ago. 2012. 57 59 APÊNDICES 58 60 APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso 1 INTRODUÇÃO Serão observadas , analisadas e acompanhadas as avaliações posturais aplicadas em mulheres jovens portadoras da dismenorréia primária. 1.1 Relato de trabalho referente ao assunto estudado a) Serão utilizadas técnicas de avaliação postural para obtenção de diagnóstico clínico. b) Depoimentos de fisioterapeutas. 1.2 Discussão Confronto entre teoria ( referencial teórico dos primeiros capítulos ) e a prática utilizada pela empresa ou entidade. 1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou modificações de procedimentos. Será apresentado o parecer final e à proposta de intervenção. 59 61 APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática 1 IDENTIFICAÇÃO Local: Clínica de Reabilitação Física Dom Bosco Setor: Ortopedia 2 ASPECTOS A SEREM OBERVADOS Como suporte para desenvolvimento do estudo de caso será observadas e analisadas as avaliações posturais aplicadas a um grupo de 15 mulheres jovens portadoras da dismenorreia primária com o seguinte objetivo: a) verificar as assimetrias presente no corpo das voluntárias; b) correlacionar com a presença da dismenorreia primária. 60 62 APÊNDICE C – Roteiro de entrevista com o médico ginecologista Centro Universitário Católico Salesiano Auxillium – LINS Curso de Fisioterapia Estudo : “Correlação entre as alterações posturais e a dismenorreia primária em mulheres jovens na faixa etária de 18 a 25 anos” Responsáveis pelo estudo : Adriana Barbosa Silva Tel.(14) 91129230 Adriana de Oliveira Pereira -Tel.(18) 91141757 Sabrina de Paula Silva - Tel.(14) 91175899 Orientadora: Prof°e Fisioterapeuta Esp.Cristiane Rissato Jettar Lima Roteiro de entrevista com Médico Ginecologista 1. Identificação: Cargo/função/profissão:____________________________________________ Gênero:_________________________________________________________ Idade:__________________________________________________________ Escolaridade:____________________________________________________ Experiências profissionais:__________________________________________ Outras experiências:_______________________________________________ Residência/local(cidade):___________________________________________ 1. Você concorda que o sacro é considerado osso chave nas disfunções uterinas? Por quê? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2. Há muita procura para consultas ginecológicas em relação à dismenorreia primária? Qual a faixa etária mais acometida? E quais são os tratamentos disponíveis? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3. Na sua opinião a dismenorreia primária pode ter como etiologia as alterações na postura, devido às relações fasciais e neurológicas uterinas ? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 61 63 _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 62 64 APÊNDICE D – Roteiro de entrevista com a fisioterapeuta Centro Universitário Católico Salesiano Auxillium – LINS Curso de Fisioterapia Estudo : “Correlação entre as alterações posturais e a dismenorreia primária em mulheres jovens na faixa etária de 18 a 25 anos” Responsáveis pelo estudo : Adriana Barbosa Silva Tel.(14) 91129230 Adriana de Oliveira Pereira -Tel.(18) 91141757 Sabrina de Paula Silva - Tel.(14) 91175899 Orientadora: Prof°e Fisioterapeuta Esp.Cristiane Rissato Jettar Lima Roteiro de entrevista com Fisioterapeuta 1. Identificação: Cargo/função/profissão:____________________________________________ Gênero:_________________________________________________________ Idade:__________________________________________________________ Escolaridade:____________________________________________________ Experiências profissionais:__________________________________________ Outras experiências:_______________________________________________ Residência/local(cidade):___________________________________________ 1. A dismenorreia primária vem sendo considerada como um problema de saúde pública. A fisioterapia desde a sua avaliação até a aplicabilidade pode contribuir para o bem-estar e melhora da qualidade de vida da mulher que sofre desse mal? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2. Você concorda que as alterações posturais podem ser fator desencadeante na dismenorreia primária , já que o sacro é considerado osso chave em disfunções uterinas? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3. O que você acha do método da avaliação postural? 63 65 _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4. Quais os métodos e técnicas sugeridos por você para o tratamento desta síndrome dolorosa, a dismenorreia, tendo como percussora as disfunções posturais? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 64 66 APÊNDICE E – Roteiro de entrevista com o enfermeiro Centro Universitário Católico Salesiano Auxillium – LINS Curso de Fisioterapia Estudo : “Correlação entre as alterações posturais e a dismenorreia primária em mulheres jovens na faixa etária de 18 a 25 anos” Responsáveis pelo estudo : Adriana Barbosa Silva Tel.(14) 91129230 Adriana de Oliveira Pereira -Tel.(18) 91141757 Sabrina de Paula Silva - Tel.(14) 91175899 Orientadora: Prof°e Fisioterapeuta Esp.Cristiane Rissato Jettar Lima Roteiro de entrevista com Enfermeiro 1. Identificação: Cargo/função/profissão:____________________________________________ Gênero:_________________________________________________________ Idade:__________________________________________________________ Escolaridade:____________________________________________________ Experiências profissionais:__________________________________________ Outras experiências:_______________________________________________ Residência/local(cidade):___________________________________________ 1. Você concorda que a cólica mentrual de origem primária pode estar intimamente relacionada com as desordens mecânicas e congênitas sacrais? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2. Qual a terapia medicamentosa administrada , segundo receituário médico, para a diminuição ou a cessação do quadro álgico mentrual? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3. No parto existem muitas intercorrências relacionadas ao posicionamento que podem afetar a região pélvica da criança e futuramente serem precursoras de síndromes dolorosas viscerais? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 65 67 APÊNDICE F – Roteiro de entrevista com a psicóloga Centro Universitário Católico Salesiano Auxillium – LINS Curso de Fisioterapia Estudo : “Correlação entre as alterações posturais e a dismenorreia primária em mulheres jovens na faixa etária de 18 a 25 anos” Responsáveis pelo estudo : Adriana Barbosa Silva Tel.(14) 91129230 Adriana de Oliveira Pereira -Tel.(18) 91141757 Sabrina de Paula Silva - Tel.(14) 91175899 Orientadora: Prof°e Fisioterapeuta Esp.Cristiane Rissato Jettar Lima Roteiro de entrevista com Psicólogo 1. Identificação: Cargo/função/profissão:____________________________________________ Gênero:_________________________________________________________ Idade:__________________________________________________________ Escolaridade:____________________________________________________ Experiências profissionais:__________________________________________ Outras experiências:_______________________________________________ Residência/local(cidade):___________________________________________ 1. A dor, por ser subjetiva, pode interferir na qualidade de vida de um indivíduo? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2. Você concorda que a mulher portadora da cólica menstrual ou dismenorreia primária apresenta pior qualidade de vida em relação às não portadoras? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3. As mulheres podem sofrer transtornos emocionais em consequência da menstruação dolorosa? E que quadro clínico elas apresentam? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 66 68 APÊNDICE G – Entrevista com as voluntárias Ficha de anamnese e avaliação da dor Data da avaliação: ____/____/_____ I- Dados Pessoais Nome:_____________________________________________________ Data de Nascimento:_____/_____/_____ Idade:________ Telefone: ( ) ________________ II- História de Saúde 1. Antecedentes pessoais e doenças associadas História de traumatismo ( ) sim ( ) não Onde?__________________ Toma medicamentos ( ) sim ( ) não Qual?__________________ Pratica atividade física ( ) sim ( ) não Qual?__________________ Já realizou tratamento para cólica menstrual? ( ) sim ( ) não Qual?_____________________________________________________ III- Sinais e Sintomas específicos Irradiação da dor ( ) nega ( ) MID ( ) MIE ( ) região lombar 67 69 Sinais e Sintomas Presente Ausente Às vezes Dor de cabeça Náuseas Vômitos Vertigem Desmaio Diarréia Palidez Irritabilidade IV- Ciclo menstrual De quantos dias é seu ciclo menstrual?_______________________________ Qual método utilizado para alivio da dor?_______________________________ A dor impossibilita a realização das suas atividades diárias normais?________ 68 70 APÊNDICE H - Simetrógrafo Figura 3- Simetrógrafo. 69 71 APÊNDICE I – Podoscópio Figura 4 – Podoscópio. 70 72 APÊNDICE J – Fita métrica e Goniômetro Figura 5: Fita métrica e Goniômetro 71 73 APÊNDICE K – Termo de consentimento livre e esclarecido Estudo: “Correlação das alterações posturais em mulheres jovens portadoras de dismenorreia primária na faixa etária de 18 a 25 anos”. Você está convidada a participar do projeto de pesquisa acima citado. No documento abaixo estão todas as informações necessárias sobre a pesquisa que estamos fazendo. Sua colaboração neste estudo será de muita importância para nós, mas, se desistir a qualquer momento, isso não lhe causará nenhum tipo de prejuízo. Eu, ____________________________________________, residente e domiciliado na ___________________________________________________, Portador do RG: __________________e nascido em ___/___/___, abaixo assinado, concordo de livre e espontânea vontade em participar como voluntario do estudo “Correlação das alterações posturais em mulheres jovens portadoras de dismenorreia primaria na faixa etária de 18 a 25 anos”. Declaro que obtive todas as informações necessárias, bem como todos os eventuais esclarecimentos quanto às duvidas por mim apresentadas. Estou ciente que: I O estudo se faz necessário para que se possa verificar a importância da avaliação postural em mulheres portadoras de dismenorreia primaria na faixa etária de 18 a 25 anos II A participação neste projeto tem o objetivo de avaliar as alterações posturais em mulheres portadoras de dismenorreia primaria. III Tenho a liberdade de desistir da colaboração neste estudo no momento em que desejar; IV A desistência não causará nenhum dano a minha saúde ou bem-estar físico. V Os resultados obtidos durante este estudo serão mantidos em sigilo, mas concordo que sejam divulgados em publicações, desde que meus dados pessoais não sejam mencionados; VI Caso eu desejar, poderei pessoalmente tomar conhecimento dos resultados, ao final da pesquisa; ( ) Desejo conhecer os resultados desta pesquisa. ( ) Não desejo conhecer os resultados dessa pesquisa. Paciente/Responsavel: __________________________________________ Nome/telefone Responsáveis pelo projeto: _____________________________ Adriana Barbosa Silva (14)91129230 ______________________________ Sabrina de Paula Silva (14)91175899 _____________________________ Adriana de Oliveira Pereira (18)91141757 ______________________________ Cristiane Rissatto Jettar Lima Orientadora 72 74 APÊNDICE L – Memorial fotográfico Figura 6-Avaliação dos pés. 73 75 Figura 7- Vista anterior. Figura 8- Vista posterior. 74 76 Figura 9- Vista lateral esquerda. Figura 10- Vista lateral direita. 75 77 Figura 11- Teste de Adams (Gibosidade). 76 78 Figura 12- discrepância aparente. Figura 13 – discrepância real. 77 79 Figura 14 – medição do ângulo Q. 78 80 ANEXOS 79 81 ANEXO A – Ficha de avaliação postural Nome: Idade: Telefone: Simetria: Vista anterior Cabeça: normal ( ) inclinada à esquerda ( ) inclinada à direita ( ) Ombro: normal ( ) esquerdo mais alto ( ) direito mais alto ( ) Mama: normal ( ) esquerda mais alta ( ) direita mais alta ( ) Cicatriz umbilical: normal ( ) inclinada à esquerda ( ) inclinada à direita ( ) Crista ilíaca: normal ( ) Rotação de pelve: Joelhos: esquerda mais alta ( ) ausente ( ) direita mais alta ( ) à esquerda ( ) normal ( ) à direita ( ) valgo ( ) varo ( ) Vista posterior Escápulas: normal ( ) Prega glútea: normal ( ) esquerda mais alta ( ) esquerda mais alta ( ) direita mais alta ( ) direita mais alta ( ) Fossa poplítea : normal ( ) esquerda mais alta ( ) direita mais alta ( ) Maléolos: direito mais alto ( ) normal ( ) esquerdo mais alto ( ) Vista lateral Lordose cervical: normal ( ) hiperlordose ( ) hipolordose ( ) Cifose torácica: normal ( ) hipercifose ( ) hipocifose ( ) Lordose lombar: normal ( ) hiperlordose ( ) hipolordose ( ) antrovertido ( ) retrovertido ( ) Quadril: Joelhos: normal ( ) normal ( ) geno flexo ( ) geno recurvato ( ) Outros Pés: normal ( ) cavo ( ) Sinal de Adams (gibosidade): plano ( ) aduto ( ) ausente ( ) abduto ( ) presente ( ) Ângulo Q: joelho direito igual a 15o ( ) menor ( ) maior ( ) Quanto?___o joelho esquerdo igual a 15o ( ) menor ( ) maior ( ) Quanto?___o Discrepância real: direita:____cm esquerda:____cm Discrepância aparente: direita:___cm esquerda:____cm Fonte: Malagoni; Cavalcante. 51, 2007. 82