RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2006 A imagem da capa representa o conhecido desenho do Homem Vitruviano, da autoria de Leonardo da Vinci, inspirado no trecho da obra De Architectura do arquitecto romano Marcus Vitruvius Pollio em que este descreve as proporções do corpo humano. O círculo do desenho surge aqui transmutado numa imagem, em fundo, do planeta Terra visto do espaço. A estilização empreendida por Leonardo da Vinci das suas proporções matemáticas representa no plano pictórico o tipo ideal do corpo humano nos seus atributos de equilíbrio e simetria. Através da composição gráfica da capa pretende-se ilustrar a um tempo a centralidade do Homem no contexto da natureza, centralidade que é tributária de uma visão humanista e personalista da vida e da pessoa humana, a outro a importância decisiva da sua interacção com o meio físico idealmente pautada pela harmonia e equilíbrio dessa relação. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2006 01 ÍNDICE 1 MENSAGEM DO PRESIDENTE 04 2 VISÃO E ESTRATÉGIA 06 3 ÂMBITO DO RELATÓRIO 12 4 APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO 16 4.1 Apresentação e descrição geral 18 4.2 Áreas de Negócios 28 5 4.2.1 Área de Negócios Engenharia e Construção 28 4.2.2 Área de Negócios Ambiente e Serviços 35 4.2.3 Área de Negócios Indústria e Energia (MARTIFER) 43 4.2.4 Área de Negócios Concessões de Transportes 44 4.2.5 Prémios e Reconhecimentos 48 GOVERNÂNCIA, RESPONSABILIDADE SOCIAL, GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 50 5.1 Governância 52 5.1.1 Introdução 52 5.1.2 Modelo de Organização da Mota-Engil 52 5.1.3 Gestão Estratégica 54 5.1.4 Sistema de controlo Interno, Governância e Gestão do Risco 55 5.1.5 Cultura Empresarial da Mota-Engil 56 5.1.6 Avaliação e Monitorização do Desempenho 56 5.1.7 Avaliação da Gestão e Remuneração 57 5.2 Responsabilidade Social 6 02 58 5.3 Gestão do Capital Humano 61 SISTEMAS DE GESTÃO E RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS 64 6.1 Sistemas de Gestão 66 6.2 Relacionamento com Stakeholders 70 6.2.1. Identificação e auscultação de Stakeholders 70 6.2.2. Actividade associativa 73 7 DESEMPENHO 74 7.1 Investigação & Desenvolvimento e Inovação 76 Negócio Engenharia e Construção 76 Negócio Gestão de Resíduos 79 7.2 Educação Ambiental Negócio Gestão de Resíduos 7.3 Economia 82 85 Negócio Engenharia e Construção 85 Negócio Gestão de Resíduos 89 Implicações das Alterações Climáticas 7.4 Ambiente Negócio Engenharia e Construção Negócio Gestão de Resíduos 7.5 Social 90 92 92 102 109 7.5.1 Recursos Humanos 8 82 109 Negócio Engenharia e Construção 109 Negócio Gestão de Resíduos 117 7.5.2 Direitos Humanos 124 7.5.3 Sociedade 125 7.5.4 Produtos 125 Negócio Engenharia e Construção 125 Negócio Gestão de Resíduos 126 CONTEÚDO DO ÍNDICE GRI 128 Anexo Modelo para feedback de partes interessadas 03 1. MENSAGEM DO PRESIDENTE É com enorme satisfação que apresentamos o nosso primeiro Relatório de Sustentabilidade. Em 2006 o Grupo Mota-Engil completou 60 anos de existência. Um projecto empresarial iniciado em 1946 pelo meu Pai Manuel António da Mota e pelo seu cunhado Joaquim da Fonseca e que deu origem à empresa Mota & Companhia. Anos mais tarde António Valadas Fernandes criava a Engil. No decurso do ano 2000 os dois grupos empresariais viriam a fundir-se assistindo-se à criação do que é hoje o Grupo Mota-Engil, aglutinando culturas empresariais distintas mas complementares irmanadas pelo mesmo sentido de ambição e de sucesso. Obra do engenho e talento empresariais dos seus fundadores, foram seis décadas de intensa dedicação e labor sempre inspiradas por uma visão ambiciosa e ousada e pela capacidade de ultrapassar obstáculos, enfrentar novos desafios, gerir riscos e aproveitar as oportunidades que foram surgindo, apoiados em equipas de gestão e num compromisso com todos os nossos colaboradores que se mostraram sempre à altura dos desafios e da visão que partilhamos. Ao longo destas seis décadas o mundo e as empresas mudaram muito. Vivemos hoje num mundo globalizado e interdependente. O crescimento económico e o progresso material e social em geral alcançados constituem uma importante conquista da nossa civilização que queremos perpetuar e preservar em benefício das actuais gerações e das gerações vindouras. A comunidade internacional é hoje todavia unânime em reconhecer que o actual modelo de desenvolvimento se encontra ameaçado na sua sustentabilidade. A pressão exercida pelo homem sobre o meio ambiente e os recursos naturais e a persistência no plano social da privação de direitos humanos fundamentais que continuam a afectar uma percentagem significativa da população mundial, constituem justificado motivo de preocupação apelando à mobilização à escala global de todos os intervenientes que devem assim sentir-se interpelados na sua resolução. As empresas desempenham neste contexto um papel fundamental enquanto veículos essenciais do crescimento económico e da geração de riqueza, pelo seu contributo na criação de emprego decisivo para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos, bem como pelos impactos que as suas actividades produzem no meio físico em que operam. Líder de mercado em Portugal no sector da construção civil e obras públicas, o Grupo Mota-Engil tem vindo a diversificar de forma crescente a sua presença noutras áreas de negócio e sectores da actividade económica, reforçando paralelamente a sua intervenção nos mercados internacionais. Temos já hoje uma presença relevante nas áreas do ambiente e serviços, concessões de transportes, indústria e energia e operações em 20 países de três continentes. Recentemente reforçamos a nossa presença no sector portuário e logístico através da aquisição do grupo TERTIR. 04 Queremos ser um dos mais importantes grupos económicos em Portugal com indiscutível vocação internacional. A nossa visão assenta numa estratégia clara de desenvolvimento, aproveitamento de sinergias e integração de um conjunto alargado de negócios centrados na cadeia de valor da Construção com níveis de desempenho alinhados com as melhores práticas internacionais e de mercado, num quadro estratégico de crescimento e diversificação gerador de valor e que garanta a solidez e a sustentabilidade do negócio no longo prazo. Entendemos que o sucesso da nossa visão estratégica deve consubstanciar-se num compromisso firme com uma gestão ética, social e ambientalmente responsável. As preocupações de natureza ambiental e social encontram-se firmemente radicadas no Grupo e inserem-se numa linha de evolução que, respeitando os valores do passado, se mostra aberta à modernidade e aos novos desafios do presente com os olhos postos no futuro. Apostamos assim numa abordagem integradora dos valores e princípios da sustentabilidade nos sistemas de gestão, operações e actividades, práticas e atitudes empresariais, prestando especial atenção ao relacionamento e comunicação com as partes interessadas num clima de rigor, transparência e abertura que procuraremos expandir e melhorar. Acreditamos nas virtualidades e benefícios de um modelo de gestão social e ambientalmente responsável potenciador dos mais elevados padrões de eco-eficiência, que proteja o meio ambiente e preserve os recursos naturais, promova a diferenciação e a excelência competitivas pela geração de um clima interno favorável à aprendizagem, inovação, eficiência, qualidade e melhoria contínua do nosso desempenho. Estamos convictos da necessidade de proteger e gerir o nosso capital humano atraindo e retendo recursos humanos qualificados e motivados num quadro de rigor e compromisso que estimule a excelência e o mérito, a progressão na carreira, a vontade permanente de aprender e melhorar, permitindo assim fazer do universo de empresas do Grupo Mota-Engil comunidades de trabalho dinâmicas e progressivas, aptas a enfrentar tranquilamente os desafios do futuro. A todos os nossos colaboradores quero ainda dirigir uma palavra de gratidão pelo seu contributo e de convicção na persistência do seu compromisso indispensáveis ao sucesso e ao futuro do Grupo. Desejo ainda, por último, expressar o nosso especial agradecimento ao apoio prestado pelos nossos clientes, fornecedores, instituições financeiras e a todos os parceiros em diversas áreas que em muito contribuíram para que a Mota-Engil seja o que é hoje. António Mota Presidente do Conselho de Administração 05 NÃO PODEMOS ATRAVESSAR O MAR OLHANDO APENAS PARA A ÁGUA. Rabindranath Tagore 2. VISÃO E ESTRATÉGIA 2. VISÃO E ESTRATÉGIA O tema do desenvolvimento sustentável representa hoje uma preocupação e um desafio à escala global, interpelando toda a comunidade nacional e internacional. A pressão crescente do homem sobre o meio ambiente e os recursos naturais tem vindo a agravar tendências que se mostram insustentáveis. Avultam no plano ambiental as alterações climáticas, em particular o aquecimento global associado à emissão de gases de efeito de estufa, o aumento da frequência de fenómenos meteorológicos extremos, a maior vulnerabilidade a riscos e catástrofes naturais e o empobrecimento da camada de ozono. A contaminação do ar e dos solos, a desertificação e desflorestação de zonas sensíveis do globo, a erosão das zonas costeiras, a deterioração e destruição dos ecossistemas e o declínio da biodiversidade, a par da degradação do ambiente citadino, constituem de igual modo problemas ambientais da maior relevância. As questões ligadas ao acesso e à qualidade da água, à gestão dos resíduos e à produção e consumo de energia, representam ainda factores críticos no plano ambiental traduzindo a necessidade imperiosa de romper a correlação entre o crescimento económico e a utilização insustentável dos bens e recursos naturais. No domínio social a pobreza extrema e a fome afectam uma percentagem significativa da população mundial. Subsistem assimetrias significativas na distribuição do rendimento e a desigualdade de género é ainda em muitas culturas e regiões importante factor de exclusão social. As populações dos países em vias de desenvolvimento debatem-se com enormes dificuldades no acesso à educação básica e aos cuidados de saúde primários, apresentando índices elevados de mortalidade materna e infantil e de proliferação do SIDA, malária, tuberculose e outras doenças. Esta realidade traduz a privação do exercício de direitos humanos fundamentais cuja salvaguarda é consensualmente aceite, inscrevendo-se a sua prossecução na Declaração e nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) solenemente proclamados pelas Nações Unidas e nos esforços de toda a comunidade internacional concitando por isso uma verdadeira parceria internacional para o desenvolvimento. A comunidade internacional confronta-se também com o surgimento de novos riscos e vulnerabilidades decorrentes das ameaças à paz e à segurança, desastres humanitários e perigos para a saúde pública resultantes de emergências sanitárias. Paralelamente, e em especial no que toca ao arco dos países mais desenvolvidos, as exigências competitivas no quadro da globalização comportam por seu turno novos problemas e desafios. 08 Ciclos conjunturais de reduzido crescimento económico, persistência de situações gravosas de desemprego estrutural e de exclusão social, a que o fenómeno das migrações e do crescimento das minorias étnicas veio conferir novas tonalidades, associadas ao declínio demográfico e ao envelhecimento populacional, ameaçam a sustentabilidade do seu modelo social e económico de desenvolvimento. Pensamos por isso que o contributo das empresas em prol da sustentabilidade na sua tripla dimensão económica, social e ambiental se afigura decisivo. Na sua visão e estratégia de sustentabilidade, o Grupo Mota-Engil procura reflectir e interiorizar as grandes questões nos domínios económico, social e ambiental, face aos novos riscos, vulnerabilidades e oportunidades com que as empresas se defrontam no quadro da globalização. Consideramos particularmente relevantes para a concretização da nossa linha de pensamento estratégico a adopção de um modelo de gestão integrador dos princípios da sustentabilidade, alargando e aprofundando os sistemas de gestão em matéria de qualidade, ambiente, higiene e segurança já adoptados e certificados no âmbito do Grupo em algumas das suas mais importantes áreas e unidades de negócio e dando cumprimento aos objectivos inscritos no nosso Programa de Responsabilidade Social. Consideramos particularmente relevantes para a concretização da nossa linha de pensamento estratégico a adopção de um modelo de gestão integrador dos princípios da sustentabilidade, alargando e aprofundando os sistemas de gestão em matéria de qualidade, ambiente, higiene e segurança já adoptados e certificados no âmbito do Grupo em algumas das suas mais importantes áreas e unidades de negócio e dando cumprimento aos objectivos inscritos no nosso Programa de Responsabilidade Social. Este Programa confere expressão organizada, transversal e sistematizada ao tratamento do tema da sustentabilidade no Grupo, em linha com a visão e estratégia ora enunciadas. Constituem, a saber, eixos fundamentais do Programa. Criação de Valor A Criação de Valor, na perspectiva do accionista e da sociedade em geral, abordando preventiva e prospectivamente os riscos de natureza económica, social e ambiental do negócio, apoiada numa estrutura de governo corporativo clara e assente numa cultura de qualidade, rigor e orientação para o cliente e de melhoria contínua da produtividade visando atingir os mais elevados níveis de desempenho operacional. Eco-eficiência A Eco-eficiência, utilizando melhor os recursos disponíveis, reduzindo os impactos da actividade no meio ambiente e potenciando paralelamente benefícios económicos e o aproveitamento de novas oportunidades de negócio, designadamente no sector ambiental e das energias renováveis, domínios em que a Mota-Engil tem aliás apostado e investido fortemente nos últimos anos, consolidando-se como importante player destes sectores. 09 2. VISÃO E ESTRATÉGIA Inovação A Inovação, que na moderna sociedade do conhecimento e no quadro de uma economia aberta e globalizada consideramos tratar-se de um factor crítico de diferenciação competitiva ao serviço da excelência empresarial e motor essencial da geração de valor, sendo disso exemplo o dinamismo e a capacidade de realização de várias das nossas unidades de negócio responsáveis pela concepção de processos e produtos inovadores patenteados. Protecção do Meio Ambiente A Protecção do Meio Ambiente, integrando a perspectiva ambiental nos processos e sistemas de gestão, a que se associa a promoção e participação activas em acções de sensibilização e preservação ambientais junto dos cidadãos e com particular ênfase no público mais jovem. Iniciativas que constituem uma ferramenta indispensável à mudança e à melhoria dos comportamentos da comunidade em geral perante os valores ambientais. Diálogo com as Partes Interessadas O Diálogo com as Partes Interessadas, que julgamos primordial estabelecer em clima de abertura e transparência, aprofundando a auscultação e integração das suas expectativas e preocupações, relatando de forma objectiva e credível o desempenho económico, social e ambiental em observância das mais modernas e exigentes directrizes de relato da sustentabilidade contempladas na Global Reporting Initiative (GRI). Gestão do Capital Humano A Gestão do Capital Humano em que procuramos traduzir a dimensão humana e o respeito pelas pessoas na estratégia e políticas de gestão de recursos humanos do Grupo. Valorizando a criação de emprego e a sua estabilidade, apesar das dificuldades que se colocam em particular no sector da construção à plena concretização deste propósito, estimulando a progressão na carreira, premiando o talento e fomentando a aquisição de competências através da formação contínua e da aprendizagem ao longo da vida. Neste particular, o reconhecimento, validação e certificação de competências dos nossos activos menos escolarizados constitui uma aposta decisiva como factor essencial de valorização pessoal, social e profissional, indispensável ainda ao reforço das condições de empregabilidade e elevação dos níveis de desempenho dos trabalhadores. Criando políticas de remuneração motivadoras e compensadoras que favoreçam a excelência e premeiem o mérito e facilitem a mobilidade funcional e espacial, adequando-se às exigências de diversificação e internacionalização do Grupo. 10 Garantindo condições de trabalho de acordo com os mais elevados padrões de saúde, higiene e segurança, matéria em que o Grupo tem logrado progredir significativamente nos últimos anos, num desafio que é especialmente relevante no sector da construção e obras públicas, que apresenta ainda no contexto nacional preocupantes índices de sinistralidade laboral. Adoptando práticas de recrutamento não discriminatórias e promotoras da igualdade de oportunidades. Apoiando activamente a transição da escola para a vida activa, matéria em que a Mota-Engil tem trabalhado porfiadamente através do seu Centro de Formação que se tem notabilizado na formação qualificante de cariz técnico-profissional no sector da construção dirigida aos jovens em idade escolar, com resultados animadores no acesso ao primeiro emprego e ao mercado de trabalho. Fomentando por último o envelhecimento activo, visando o equilíbrio geracional dos recursos humanos no quadro de uma política laboral responsável e socialmente sustentável. Ao publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade o Grupo Mota-Engil afirma publicamente o seu compromisso com uma gestão ética, social e ambientalmente responsável, apoiada numa cultura forte e de valores partilhados, em interacção permanente com o conjunto das partes interessadas que connosco geram e partilham o valor criado, num contexto de crescimento, internacionalização e diversificação que garanta a solidez e a sustentabilidade do negócio no longo prazo. Apoio ao desenvolvimento social, educativo, cultural e ambiental O apoio ao desenvolvimento social, educativo, cultural e ambiental constitui, finalmente, uma vertente de enorme relevância do Programa de Responsabilidade Social do Grupo Mota-Engil, quer apoiando através da sua acção mecenática iniciativas emanadas da sociedade civil, quer promovendo iniciativas próprias em parceria com outras instituições, dando assim expressão prática à interacção e ao envolvimento do Grupo com as comunidades em que se insere. Este compromisso traduz, aliás, o natural e moderno corolário da matriz e da tradição filantrópica e solidária profundamente enraizadas no Grupo Mota-Engil, conferindo-lhe o seu Programa de Responsabilidade Social a necessária organização e sistematização. A promoção do voluntariado interno é ainda matéria a desenvolver, procurando assim o Grupo estimular o contributo solidário e a cidadania activa e participativa dos seus trabalhadores. 11 VIVEMOS TODOS SOB O MESMO CÉU, MAS NEM TODOS TEMOS O MESMO HORIZONTE. Konrad Adenauer 3. ÂMBITO DO RELATÓRIO 3. ÂMBITO DO RELATÓRIO Este é o primeiro Relatório da Mota-Engil e reporta informação referente ao ano 2006. O Grupo Mota-Engil compromete-se a reeditar anualmente uma nova versão deste Relatório para comunicar às partes interessadas o seu desempenho em matéria de sustentabilidade. Este Relatório foi elaborado segundo a 3.ª edição das Directrizes para Relatórios de Sustentabilidade (G3) da “Global Reporting Initiative” (GRI), encontrando-se classificado com o nível C no que se refere à aplicação da Estrutura de Relatórios da GRI. GRI REPORT SELF DECLARED Indicadores de Desempenho da G3 & Indicadores do Suplemento de Set0rial Resultado Informações sobre a forma de Gestão da G3 Em futuras edições e em face do aprofundamento e consolidação da estratégia de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil, designadamente no que toca à recolha, tratamento e divulgação dos indicadores GRI não susceptíveis de menção no presente Relatório, ponderar-se-á proceder à verificação independente do Relatório de Sustentabilidade. Responder aos itens: 1.1; 2.1 a 2.10; 3.1 a 3,8, 3,10 a 3,12; 4.1 a 4.4, 4.14 a 4.15 Resultado Perfil da G3 No capítulo 8 deste Relatório é apresentada a tabela que identifica a localização de cada elemento do índice GRI. C Não exigido Este Relatório está disponível no endereço de Internet do Grupo Mota-Engil em www.mota-engil.pt, podendo qualquer esclarecimento relativo ao mesmo ser solicitado à Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade do Grupo através do seguinte correio electrónico: [email protected] ou por fax nº 220 914 291. Resultado Consolidado do Relatório Relatório Níveis de Aplicação Responder a um mínimo de 10 Indicadores de Desempenho, incluindo pelo menos um de cada uma das seguintes áreas de desempenho: social, económico e ambiental No final deste Relatório poderá encontrar um formulário para comunicação de feedback das partes interessadas, que poderá ser enviado ao Grupo Mota-Engil através do e-mail anteriormente referido. Devido à dimensão e diversidade do Grupo Mota-Engil e visto ser este o primeiro Relatório de Sustentabilidade, o seu âmbito restringir-se-á a algumas das empresas mais relevantes, ao nível do seu volume de actividade, de duas áreas de negócio do grupo, a saber: • Engenharia e Construção Mota-Engil Engenharia e Construção, S.A. – Unidade de Mercado Península Ibérica: Engenharia, Construção e Infraestruturas; Fundações. – Área Exploração: Agregados; Betões Hidráulicos; Geotecnia; Electromecânica. • Ambiente e Serviços – SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A.: Serviços Urbanos e Meio Ambiente; Limpeza Urbana e Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), Resíduos Industriais Banais (RIB), Triagem, Compostagem e Aterros. As actividades do Grupo Mota-Engil, a nível internacional, não foram incluídas no presente Relatório. 14 Numa óptica de melhoria contínua, a Mota-Engil pretende que este Relatório seja progressivamente mais abrangente, sendo objectivo para o próximo ano o alargamento do âmbito considerado. Relativamente aos indicadores de desempenho em matéria de sustentabilidade, foram abrangidos neste primeiro Relatório os indicadores essenciais, tendo sido consideradas as definições dos indicadores estabelecidas nos respectivos protocolos GRI. No Capítulo 8 deste Relatório são apresentados os valores dos indicadores considerados assim como os procedimentos de cálculo dos mesmos, sempre que diferentes ou complementares ao proposto pela GRI. Numa óptica de melhoria contínua, a Mota-Engil pretende que este Relatório seja progressivamente mais abrangente, sendo objectivo para o próximo ano o alargamento do âmbito considerado. 15 TUDO O QUE FAZEMOS É FEITO COM O PENSAMENTO EM ALGO MAIS. Aristóteles 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO 4.1 Apresentação e descrição geral Principais marcos históricos A Mota-Engil S.G.P.S., S.A. é líder de mercado nacional no sector da construção, através da sua sub-holding Mota-Engil Engenharia, tendo como actividade principal as empreitadas de obras públicas e privadas e as actividades com elas conexas, e está preparada para a responder a todos os desafios na concepção, construção, manutenção e gestão de equipamentos e infra-estruturas. Com sede no Edifício Mota, Rua do Rêgo Lameiro, nº 38 4300-454 Porto, opera desde 1946, conforme a história do Grupo que se apresenta em seguida. 1946 1952 1975 1976 1980 1987 1987 1989 1978 1990 1994 2000 2002 2003 2004 2005 1999 1969 1961 1954 1952 Mota & Companhia 1946 – Fundação da Mota & Companhia, Lda. Em 29 de Junho de 1946, Manuel António da Mota fundou, em Amarante, a Mota & Companhia. Nesse mesmo mês e ano criou uma sucursal em Angola onde imediatamente iniciou e exclusivamente desenvolveu até ao ano de 1974 as suas actividades, primeiro na área de exploração e transformação de madeiras e, depois, a partir de 1948, cumulativamente na área de Construção e Obras Públicas. Engil 1952 – Fundação da Engil A 3 de Setembro de 1952, é fundada a Engil, Sociedade de Engenharia Civil Lda. Mota & Companhia 1952 – Adjudicação da primeira grande obra em Angola Neste ano foi adjudicada a execução do Aeroporto Internacional de Luanda, que se tornou assim a primeira grande obra a ser levada a cabo naquele país e que serviu de referência para a actividade da empresa nos anos subsequentes. Engil 1954 – Início de alterações societárias Decorrente da sua actividade e a partir deste ano, poder-se-á dizer que há uma refundação da Engil, tendo o Engº Valadas Fernandes, com o seu saber e carisma, tomado em mãos o destino da empresa. 18 Engil 1961 – Primeira grande obra fora da região de Lisboa A adjudicação da Escola Industrial e Comercial de Castelo Branco leva a Engil a alargar a sua implantação geográfica para fora da região de Lisboa, sendo de realçar também a construção, em Mirandela, da Ponte sobre o Rio Tua. Esta diversificação levou à criação, já em 1969, de uma Delegação Norte, na cidade do Porto. Mota & Companhia 1962 – Obra com financiamento comercial Reconstrução da estrada Luso-Henrique Carvalho e ampliação do Aeroporto de Luanda (construção da pista de jactos), em Angola, naquilo que foi à época a primeira grande operação de financiamento comercial à construção de uma obra pública, percursora das actuais parcerias público-privadas. Engil 1969 – Cofragens deslizantes Com a celebração do contrato com a Siemens-Baunnion a Engil adquiriu em exclusivo para Portugal a patente do sistema de cofragens deslizantes Siemcrete, o que lhe permitiu executar, a partir desta data, inúmeras grandes obras de silos e chaminés. Mota & Companhia 1975 – Início da actividade noutros países Africanos - Internacionalização Início da actividade na Namíbia com a construção da barragem de Dreihuk; e, posteriormente, na Swazilândia, com a construção da estrada Lonhlupheko – Lomahasha. Com estas obras teve pois início o processo de internacionalização da Mota & Companhia. Mota & Companhia 1976 – Relançamento da empresa em Portugal Com a adjudicação de uma pequena Barragem – a Barragem de Lucefecit, no Alentejo – iniciou a sua actividade em Portugal. Subsequentemente, logrou obter o seu primeiro grande contrato de obra pública, que consistiu na empreitada de Regularização do Baixo Mondego. Esta empreitada e as provas dadas pela empresa lançaram a Mota & Companhia no caminho dos grandes projectos de obras públicas de toda a espécie, vindo a tornar-se, a breve trecho, na terceira maior empresa do país. Engil 1978 – Início do processo de internacionalização Em associação com a empresa Retosa, com sede em Caracas – Venezuela, a Engil participou, durante dois anos, na construção de fábricas e da Barragem do Guri, naquele país. No entanto, uma conjuntura económica menos favorável levou a que o processo de internacionalização fosse interrompido, só sendo retomado anos mais tarde. Mota & Companhia 1980 – Criação da Paviterra, UEM A Mota & Companhia manteve e expandiu as suas operações na República Popular de Angola, tendo neste ano criado, em 19 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO associação com o Governo de Angola, a empresa de Construção de Terraplenagens Paviterra, UEM. Estas duas empresas foram, durante muitos anos, as únicas estruturas empresariais de construção de Obras Públicas em Angola no sector rodoviário. Mota & Companhia 1984 – Execução do lanço Albergaria-Viseu IP5 Adjudicação e execução do lanço Albergaria-Viseu do IP5, obra pública emblemática para o país e para a empresa pela sua importância e dimensão. Engil 1987 – Barragem do Lindoso Pela sua dimensão e características técnicas, a construção da Barragem do Alto do Lindoso representa um marco na história das grandes obras construídas pela Engil. Mota & Companhia 1987 – Passagem a Sociedade Anónima Em Agosto de 1987 a Mota & Companhia transformou-se de sociedade por quotas limitada em sociedade anónima, com posterior dispersão de 12% do seu capital pelo público e admissão ao Mercado Oficial das Bolsas Portuguesas. Engil 1987 – Constituição da Engil SGPS A evolução do mercado de obras públicas e privadas e a necessidade de diversificação de actividades levou à criação desta sociedade, com a aquisição, nos anos subsequentes, das empresas Sociedade de Empreitadas Adriano (1988), Gerco-Sociedade de Engenharia Eletrotécnica, SA (1990) e Ferrovias e Construções (1991). Engil 1989 – Relançamento da Internacionalização Com a entrada no mercado angolano, neste ano, reiniciou-se o processo de internacionalização, que teve continuidade em 1993, em Moçambique, em 1994, no mercado alemão e, em 1996, no Peru. Mota & Companhia 1990 – Início da diversificação da sua actividade O processo de diversificação abrangeu, para além do desenvolvimento programado da sua área de construção civil, outras actividades directa ou indirectamente relacionadas com a construção ou dela complementares, e ainda actividades de tipo diverso, para cujo exercício circunstâncias várias criaram oportunidades particularmente atractivas e consistentes. Destacam-se os negócios nas áreas de Promoção Imobiliária, Sinalização de Estradas, Pré-Fabricação de Elementos Estruturais, Produtos Cerâmicos, Massas Asfálticas, Comercialização de Veículos e Equipamentos de marcas acreditadas, Transporte Marítimo e Indústria de Tintas. 20 Engil 1992 – Constituição da SERURB, Serviços Urbanos, Lda. Mota & Companhia 1994 – Adjudicação da Ponte Vasco da Gama ao consórcio em que a Mota & Companhia participa Na prossecução da diversificação de negócios foi feita a aposta na área das Concessões, através da associação em novas unidades societárias criadas para o efeito, com outras empresas adequadamente qualificadas, tanto do ponto de vista técnico como financeiro. Daí surgiu a Lusoponte, como empresa concessionária das travessias rodoviárias do Tejo a jusante de Vila Franca de Xira. 1994 – Constituição da SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA 1999 / 2000 – Fundação do Grupo Mota-Engil A 23 de Julho de 1999, empresas do universo da família Mota lançam uma Oferta Pública de Aquisição sobre a totalidade do capital da Engil SGPS de que resultou, já no decorrer de 2000, a formação do Grupo Mota-Engil. 2001 – Incorporação da SERURB na SUMA As sinergias entre as duas maiores empresas nacionais do sector dos resíduos permitem ganhar dimensão e complementar competências. 2002 / 2003 – Reestruturação do Grupo Mota-Engil A fusão das empresas Mota & Companhia, SA; Engil – Sociedade de Construção Civil, SA e Mota-Engil Internacional dá origem à criação da maior construtora portuguesa. Simultaneamente, aprofunda-se a estratégia de diversificação, com especial ênfase nos sectores das concessões de transportes e ambiente e serviços. A Mota-Engil, SGPS, passa a agregar quatro áreas de negócios distintas que definem a estratégia do Grupo: Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA; Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA; MEITS – Mota-Engil, Imobiliário e Turismo, SA; Mota-Engil, Concessões de Transportes, SGPS, SA, detendo ainda directamente o capital da Mota-Engil, Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão, SA. 2003 – Integração da STL e UTIL A integração destas empresas na SUMA reforça competências e expande o âmbito geográfico de actuação do Grupo SUMA, consolidando a liderança do sector em Portugal. 2003 – Aquisição da CPTP pelo Grupo Mota-Engil A aquisição da CPTP pelo Grupo Mota-Engil permitiu, através desta empresa, com dezenas de anos de experiência, alargar e diversificar as actividades do Grupo ao sector das obras marítimas e portuárias. 21 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO 2004 – Afirmação internacional do Grupo Mantém-se a política de obtenção de sinergias na área da Construção, na qual se incluiu a fusão por incorporação na Mota-Engil Engenharia de diversas associadas. Em termos internacionais, assiste-se a um reforço da carteira de encomendas na Europa de Leste. Depois da fusão de duas associadas do Grupo constitui-se a Mota-Engil Polska, dando origem à quarta maior construtora a operar na Polónia. 2005 – Entrada no PSI 20 Depois de, durante vários meses, liderar a lista de títulos candidatos ao PSI 20, a Mota-Engil passou a ser o único agente do sector da engenharia e construção cotado no principal índice accionista da Euronext Lisbon. Para o Grupo, a entrada no PSI 20 consubstanciou-se em ganhos de visibilidade, estabilidade, potencial de valorização, de crescimento e de atracção de investimento. 2006 – Aquisição do Grupo Tertir Acordo para a aquisição do Grupo Tertir (Terminais de Portugal, S.A.), dando definitivamente expressão à área de negócio Ambiente e Serviços no contexto do Grupo. Perfil do grupo Adoptando um modelo de gestão potenciador de sinergias entre as múltiplas empresas do Grupo, este responde com eficiência aos desafios da contratação, pública e privada, nas quatro áreas de negócio em que actua: Engenharia e Construção; Ambiente e Serviços; Indústria e Energia e Concessões de Transportes. • Engenharia e Construção Com actividades na Península Ibérica, Europa Central (Polónia, Hungria, República Checa, Eslováquia, Roménia), Irlanda, África (Angola, Moçambique, Argélia, Malawi, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe), América (EUA, Peru); • Ambiente e Serviços Nas áreas de gestão de resíduos, água e saneamento básico, novas tecnologias, óleos usados, espaços verdes, concessões portuárias e manutenção; • Indústria e Energia Presença relevante na indústria metalomecânica, equipamentos para produção de energia e produção de energia eléctrica, via MARTIFER; 22 • Concessões de Transportes Concessões de auto-estradas e vias rápidas em regime de portagem ou SCUT através da sua participada AENOR, bem como no metropolitano de superfície da margem sul do Tejo. Engenharia e Construção Indústria e Energia (MARTIFER) Concessões de Transportes Ambiente e Serviços 23 Grupo Mota-Engil Organigrama societário – Principais entidades Mota-Engil, SGPS, SA 100% Mota-Engil, Serviços Partilhados, SA 100% 100% Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA Resíduos Água 42,9% 61,5% Suma Logística Indaqua Serurb Tertir Indaqua fafe 61,5% UTIL Ternor Indaqua feira 42,9% 50% Resilei Indaqua Matosinhos 73,9% Sucursal Hungria MKC Martifer CZ Sucursal Rep. Checa Sucursal Angola Martifer Constructii Crespo Sucursal Eslováquia Sucursal Moçambique Martifer Angola Sucursal Espanha Sucursal Roménia Sucursal Malawi Martifer Alumínios Sucursal Irlanda Sucursal Benim 53,5% 60% 35,1% Aenor Eviva Polónia Prio Biopaliwa (Pol) 100% LusoScut Costa de Prata 100% 53,5% 36,1% LusoScut BLA 60% M Wind Roménia 53,5% Agromart Energy 36,1% M Wind, SGPS Biomart Energy 55% 36,1% LusoScut Grande Porto 60% M Wind Eslováquia 36,1% LusoScut Grande Lisboa 41,3% 13,8% Martifer Solar Angola 100% 50% 100% 53,5% Global Martifer Solar España 100% 50,5% Lusoponte 18,1% 100% Power Blades 100% 34,2% TMB 55% 100% Martifer Slovak 50% 62,8% Nagatel Viseu Martifer Solar 53,5% Prio Advanced Flues 50% Repower Portugal Martifer Polska 75% 100% Promoquatro Energia eléctrica Prio, SGPS 50% 50% 100% Emocil Grossiman Socarpor Aveiro 100% Martifer Gestão e Investimentos Martifer Energia Martifer España Biocombustíveis 100% 100% 100% Sucursal Polónia 97,1% 73,9% Icer 65,9% Soprocil Martifer Energy Systems Martifer 50% Translei Rentaco Sotagus Prefal Retail & Warehousing 100% 100% Mota- Engil Eslováquia 80,5% Liscont Correia & Correia Enviroil Jardimaia Martifer Indústria 80% 100% Equipamentos p/ Energia 100% 90% 100% Sefimota Qualibetão 25% 50,8% TCL 100% ME Srodowisko Proempar 49% Paviterra Mota- Engil Magyarorszag Tracevia Estruturas 100% 77,5% 26% 97,1% África e América Mota- Engil Polska Ferrovias MARTIFER, SGPS, SA 100% 100% 66,7% Vibeiras Multiterminal Indaqua St. Tirso CPTP Almaque E.A. Moreira Europa Central 100% 58,5% 97,5% 42,9% 61,5% STL Manvia 99,9% 42,9% Península Ibérica 90% 97,1% 42,9% 61,5% Multi-Serviços 100% Mota-Engil, Concessões de transportes, SGPS, SA 50%* Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA MTS 50% Gebox 55% 40% Sadoport 25% Tersado Sucursal Chade 100% Cargorail Sucursal EUA 25 24 * Após Junho de 2007, a Martifer, SGPS, SA é detida em 37,5%. 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO Ranking Grupos Construção Portugal – 2006 Líder de mercado em Portugal no sector da construção civil e obras públicas, o Grupo Mota-Engil atingiu em 2006 um volume de negócios de 1 308 233 milhares de euros. 1 400 000 1 200 000 1 000 000 800 000 600 000 400 000 200 000 0 A capitalização bolsista do Grupo Mota-Engil aumentou de 665 milhões de euros em 31 de Dezembro de 2005 para 1,05 mil milhões de euros em Dezembro de 2006. 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º Mota-Engil Teixeira Duarte Somague, (Eng.) Soares da Costa Lena MSF OPCA Zagope Sopol Hagen Presença no mercado: 1º O Grupo tem hoje uma presença relevante em 20 países de três continentes, o que lhe confere uma visão abrangente dos negócios e uma quota de internacionalização e taxa de diversificação de serviços especializados sem paralelo em Portugal. Vendas e Prestação de Serviços por Área de Negócio Investimento Técnico Líquido (milhões de euros) Vendas e Prestações de Serviços por Mercado Geográfico 9% 15% 44,7 40% 9% 20% 82% Engenharia e Construção 26 Ambiente e Serviços Indústria e Energia 11,8 10% Engenharia e Construção 56,6 50% Ambiente e Serviços Indústria e Energia 65% Península Ibérica Europa Central África & América Trabalhadores Trabalhadores do Grupo Mota-Engil O número total de trabalhadores do Grupo Mota-Engil a 31 de Dezembro de 2006 era de 14 357. 20% 30% Apresenta-se em seguida uma descrição das actividades actualmente desenvolvidas pelas empresas das várias áreas de negócios do grupo, sendo dada informação mais detalhada sobre as duas empresas do Grupo Mota-Engil abrangidas por este Relatório de Sustentabilidade, a Mota-Engil Engenharia e a SUMA. 50% Empresas Nacionais Empresas Estrangeiras Sucursais A MOTA-ENGIL NO MUNDO Irlanda Polónia Espanha Estados Unidos Rép. Checa Hungria Eslováquia Portugal Roménia Espanha Rép. Checa Portugal Roménia Eslováquia Argélia Polónia Hungria Cabo Verde Irlanda Malawi S. Tomé e Príncipe Peru S. Tomé e Príncipe Angola Cabo Verde Argélia Angola Malawi Moçambique Moçambique Estados Unidos Peru 27 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO 4.2 Áreas de Negócios 4.2.1 Área de Negócios Engenharia e Construção Mota-Engil Engenharia Unidade de Mercado Península Ibérica Unidade de Mercado Europa Central Unidade de Mercado África e Américas Área Imobiliária e Participadas Nacionais Área de Exploração Com uma experiência de 60 anos e uma história de pioneirismo nas técnicas de construção, aliadas a uma grande capacidade de investimento, a Mota-Engil Engenharia é responsável pela realização de grandes projectos, entre pontes e barragens, estradas e vias rápidas, ferrovias, portos e aeroportos, canais e túneis, e diversas infra-estruturas para as áreas do ambiente, da saúde, da indústria e do comércio, em vários países de 3 continentes. Dadas as suas características, as actividades desenvolvidas pela Mota-Engil Engenharia exigem uma capacidade tecnológica ímpar, um intenso diálogo com os destinatários da sua intervenção e uma forte motivação dos quadros para estimular a excelência do serviço. 28 VISÃO • Reforçar a nossa imagem europeia, tendo como base a nossa liderança em Portugal e como critérios fundamentais as maiores taxas de rentabilidade e qualidade de execução. MISSÃO • Desenvolver a actividade no Sector da Construção através de uma estratégia de abordagem empresarial inovadora e busca permanente de novas oportunidades de negócio, orientada para a contínua criação de valor para o accionista, satisfação das expectativas dos clientes, motivação permanente dos colaboradores através do reforço das suas competências, no respeito da ética empresarial, segurança no posto de trabalho e protecção do meio ambiente, em Portugal e Mercados Internacionais. A Mota-Engil Engenharia no desenvolvimento da sua actividade tem como objectivo reforçar a liderança, nos diversos segmentos do Sector da Construção Nacional, identificar janelas de oportunidade que proporcionem a diversificação e promoção de áreas de negócio em especial no domínio das Parcerias Público Privadas (P.P.P.) e alargar a sua actividade ao mercado de Espanha. VALORES 1. Criação de Valor e Desenvolvimento Sustentável Criar Valor Sustentável constitui o vector base de orientação de todas as actividades ou negócios. 2. Competência e Rigor Executar cada tarefa com um elevado nível de exigência e executá-la sem erro. 3. Planeamento e Compromisso Preparar e programar antecipadamente a actividade e assumir o compromisso de atingir o objectivo. 4. Empreendedorismo e Inovação Procura sistemática de janelas de oportunidade para novos negócios e busca permanente de novas soluções, materiais e processos de trabalho. 5. Mobilidade e Flexibilidade Disponibilidade para servir em qualquer local onde a marca esteja presente e adaptabilidade para responder a novas necessidades técnicas e funcionais. ESTRATÉGIA A Mota-Engil Engenharia no desenvolvimento da sua actividade tem como objectivo reforçar a liderança, nos diversos segmentos do Sector da Construção Nacional, identificar janelas de oportunidade que proporcionem a diversificação e promoção de áreas de negócio em especial no domínio das Parcerias Público Privadas (P.P.P.) e alargar a sua actividade ao mercado de Espanha. É nosso objectivo reforçar a vertente internacional da actividade, alargando a presença da marca nos mercados da Europa Central e Angola, consolidar os mercados do Peru e Estados Unidos e estar atentos a novos mercados. Queremos aumentar a eficiência organizacional com base no desenvolvimento e consolidação do Sistema de Gestão por Processos e impor uma atitude orientada para a criação de Valor Sustentável. 29 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO POLÍTICA • Promover uma cultura de gestão orientada para a criação de valor para o accionista, satisfação dos clientes e motivação dos colaboradores; • Garantir o permanente conhecimento e cumprimento dos requisitos legais aplicáveis à organização e suas actividades; • Promover e desenvolver actividades e áreas de negócio que tenham uma rentabilidade positiva e desmobilizar as que não acrescentem valor; • Promover em todos os níveis da organização uma atitude orientada para a maximização financeira e redução de tempos de recebimento; • Consolidar a actividade no mercado Nacional e promover a afirmação da Mota-Engil Engenharia no mercado ibérico; • Reforçar a presença da marca Mota-Engil Engenharia nos mercados da Europa Central e Angola, e consolidar a actividade internacional nos restantes mercados onde já estamos presentes; • Promover e desenvolver as competências dos colaboradores através de programas de formação contínua; • Promover e desenvolver a inovação em todas as áreas da Organização; • Participar em iniciativas externas que promovam as boas práticas de Gestão num contexto de Desenvolvimento Sustentável da Construção; • Expandir a novos âmbitos o reconhecimento externo da empresa (certificações). Além da actividade principal, a Engenharia e Construção, a Mota-Engil Engenharia inclui várias áreas de negócios autónomas: Agregados, Betão Pronto, Fundações Especiais, Geotecnia, Electromecânica e várias empresas associadas. 30 As áreas de negócio autónomas, exercidas através das suas participadas nacionais, têm como objectivo principal o suporte das actividades da Engenharia e Construção, embora realizem os seus trabalhos tanto para clientes internos – obras Mota-Engil – como para clientes externos, em território nacional e no estrangeiro. • Agregados: exploração de agregados e produção de agregados britados; • Betão Pronto: realização de trabalhos de produção e transporte de betão pronto, concepção e desenvolvimento de novos betões, realização de diversos ensaios laboratoriais e consultoria técnica a empresas do Grupo Mota-Engil; • Fundações Especiais: realização de fundações especiais e contenções (estacas, microestacas, paredes moldadas, ancoragens, pregagens e betão projectado), injecções (tratamento de solos, rochas e betões) e instrumentação geotécnica (inclinómetros, piezómetros, extensómetros, strain gauges e tiltmeters). • Electromecânica: realização de trabalhos de execução, remodelação e ampliação de instalações eléctricas de Média Tensão (MT) e Alta Tensão (AT); execução e manutenção de instalações eléctricas de Baixa Tensão (BT); execução e manutenção de instalações mecânicas e execução e manutenção de sistemas de gestão técnica e automação. • Geotecnia: prestação de serviços para o reconhecimento de maciços, com a execução de sondagens geotécnicas e um vasto leque de ensaios in situ, monitorização de obras geotécnicas, com a instalação e observação de instrumentos e geotecnia ambiental. • Laboratório Central: Ensaios laboratoriais de solos, agregados, rochas, ligantes betuminosos e hidráulicos e misturas betuminosas e hidráulicas. Estudo de formulação de misturas betuminosas e misturas hidráulicas. Além destas actividades desenvolvidas internamente pela Mota-Engil Engenharia, esta inclui no seu portefólio de negócios oito participadas nacionais, que contribuem para que esta área do Grupo atinja elevados níveis de produção. Desde estruturas pré-fabricadas, passando por intervenções em portos e vias-férreas, pela sinalização e gestão rodoviária, pelo aluguer de equipamentos ou pela exploração de grandes espaços, estas parcerias formalizam a aposta feita na diversificação de serviços. Estas empresas não serão abrangidas por este Relatório, no que se refere ao relato do seu desempenho económico, social e ambiental. Apresenta-se, no entanto, uma breve descrição da actividade desenvolvida por cada uma delas. CPTP – Companhia Portuguesa de Trabalhos Portuários e Construções, S.A. Líder no sector das obras marítimas, protecção costeira e fluvial em Portugal e com capacidade para dar resposta aos desafios do mercado em permanente inovação e desenvolvimento tecnológico, a CPTP detém uma estratégia de crescimento e diversificação. A actividade da CPTP inclui a prestação de serviços nas seguintes áreas: • Hidráulica marítima e fluvial; • Protecção costeira e fluvial; • Construção de portos marítimos e fluviais; • Exutores submarinos; • Aproveitamentos hidráulicos e hidroeléctricos; • Dragagens de estabelecimento e de manutenção; • Quebramento e dragagem de rocha submersa; • Cravação de estacas metálicas e outras; • Execução de ensecadeiras. Desenvolve uma política de inovação constante e detém uma moderna e versátil frota de equipamentos sem paralelo em Portugal. O resultado é a possibilidade de escolha dos meios mais avançados e adequados à realização de cada trabalho, a que adiciona um know-how ímpar e quadros qualificados, especializados e experientes. À qualidade técnica, rapidez e economia alia a aposta na certificação dos seus Sistemas de Gestão de Qualidade, Ambiente e Segurança no trabalho, enquanto vectores de uma política de compromisso com a sociedade e o meio ambiente. 31 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO FERROVIAS E CONSTRUÇÕES, S.A. Esta empresa tem como objectivo a execução de obras ferroviárias e foi constituída em 1988. Em 18 anos de actividade, a Ferrovias e Construções, S.A. concentrou competências e capacidade industrial que a convertem numa referência no mercado das obras públicas ferroviárias. Integrada no Grupo Mota-Engil, e consciente da necessidade de adaptação constante a novos desafios, aposta num serviço integrado de construção de infra-estruturas para o caminho-de-ferro. Das grandes obras de renovação, construção e manutenção da superestrutura da via-férrea, diversificou sucessivamente para outras áreas das instalações fixas como a catenária, a construção civil, a reparação de estruturas especiais, o fabrico e tratamento de travessas de madeira e a deservagem química, participando em quase todas as grandes obras nacionais. Ao longo da sua actividade, a Ferrovias desenvolveu competências estratégicas que lhe permitiram alargar a sua intervenção a todas as áreas das instalações fixas rodoviárias, incluindo o fabrico e o fornecimento de materiais. Os serviços actualmente prestados pela Ferrovias incluem: • Trabalhos de via: construção de vias novas, renovação ou conservação de vias, incluindo no domínio da alta-velocidade; • Trabalhos de catenária: construção e renovação: montagem de postes e consolas, lançamento de cabos aéreos e do fio de contacto, regulação e pendulagem, incluindo no domínio da alta-velocidade; • Construção civil: construção de infra-estruturas associadas à via-férrea, incluindo os das linhas de alta-velocidade. Estes trabalhos comportam a movimentação de terras, a estabilização de taludes, a construção civil, a reabilitação de túneis e a construção e reabilitação de obras de arte e edifícios; • Manutenção: A Ferrovias presta serviços integrados de manutenção da superestrutura de via, catenária, geotecnia, construção civil e obras de arte. A Ferrovias dá uma atenção muito particular às questões da Qualidade, Ambiente e Segurança. Obteve sucessivamente a certificação nas três áreas e converteu-se no primeiro empreiteiro ferroviário português a obter o reconhecimento, pela APCER, da conformidade do seu Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança. Parte dos trabalhos especializados na área ferroviária são executados pela sua participada Tecnocarril, moderna empresa sedeada no Entrocamento. 32 A Ferrovias tem igualmente levado por diante a sua internacionalização, através da sua participada Hifer com sede em Espanha, consolidando a sua actividade neste país e expandindo-a para outros mercados, de que é exemplo o envolvimento na construção da linha de Alta Velocidade entre Ankara e Istambul, na Turquia. SOPROCIL – Sociedade de Projectos e Construções Civis, S.A. A origem da Soprocil remonta aos anos 80. Dedicava-se preferencialmente à realização de projectos de construção civil e obras particulares no Algarve. A integração no Grupo Mota-Engil marcou o início de um redireccionamento da actividade: a especialização na execução de Serviços de construção civil e obras públicas, de pequena e média dimensão na zona Sul do país. TRACEVIA – Sinalização, Segurança e Gestão de Tráfego, Lda. Empresa especializada em sinalização, segurança e gestão e controlo de tráfego. As suas principais actividades passam pela sinalização horizontal e vertical, instalação de barreiras acústicas, semaforização, elaboração de painéis turísticos, aplicação de elementos de segurança, e mais recentemente o desenvolvimento da telemática rodoviária. PROBISA PORTUGUESA – Construção e Obras Públicas, S.A. / PROBIGALP – Ligantes Betuminosos, S.A. A Probisa é uma empresa especializada na construção e conservação de estradas e infraestruturas. A sua filial, a Probigalp, desenvolve a sua actividade na produção de ligantes betuminosos e betumes modificados para aplicabilidade na área da construção rodoviária e beneficiação. QUALIBETÃO – Comercialização de Betões, Sociedade Unipessoal, Lda. Empresa especializada no fabrico e comercialização de betão de cimento. Prevista para final do 1º trimestre de 2007 a tripla certificação. RENTACO – Equipamentos de Construção, Transportes, Combustíveis e Serviços, Lda. A Rentaco foi constituída em 1989 para operar na actividade de aluguer de equipamentos de construção, com especial destaque para as autogruas. Aluga equipamentos e transportes: autogruas, gruas torre, transportes gerais pesados, ferramentas, frezadoras, monoblocos pré-fabricados e elevadores. O parque de equipamento da empresa inclui mais de um milhar de equipamentos pesados, constituindo o maior estaleiro do país. Possui 700 viaturas ligeiras. 33 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO Os serviços prestados pela Rentaco incluem: • Qualidade, segurança, assistência técnica e logística; • Aluguer de equipamento para construção – sendo no domínio das ferramentas eléctricas de destacar a colocação no local do equipamento necessário, com todas as garantias de eficiência; • Transporte público de mercadorias. Nalgumas situações em que são necessários equipamentos com características específicas a Rentaco desenha e concebe os equipamentos. Tem implementado um sistema de gestão da qualidade certificado e pretende obter até final do 1º semestre de 2007 a certificação do sistema de gestão ambiental MAPREL – Empresa de Pavimentos e Materiais Pré-Esforçados, Lda. Empresa especializada na concepção, fabrico, comercialização e montagem de produtos pré-fabricados de betão, visando a sua utilização em obras no domínio das infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias, obras públicas, edifícios e urbanizações. Está prevista para final de 2007 a obtenção da certificação de Qualidade e Ambiente. 34 Procurando sempre estabelecer relações de parceria de longa duração, que permitam gerar eficiências e valor acrescentado para os clientes, as empresas participadas da Mota-Engil Ambiente e Serviços desenvolvem actividades que abrangem, numa clara posição de liderança do sector privado, os seguintes sectores: 4.2.2 Área de Negócios Ambiente e Serviços • • • • • • • Limpeza Urbana, Recolha, Transporte, Triagem, Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos e Sensibilização Ambiental; Recolha, Transporte, Armazenamento e Tratamento de Resíduos Industriais; Reciclagem e Valorização de Óleos Usados; Gestão de Sistemas de Abastecimento de Água e de Recolha, Tratamento e Rejeição de Águas Residuais; Operações de Logística Integrada e Gestão Portuária; Manutenção e Gestão de Infra-Estruturas, equipamentos, edifícios e espaços públicos; Concepção, Construção e Manutenção de Espaços Verdes, e comercialização de produtos e equipamentos para jardins e parques; • Operação de mercados electrónicos G2B2B (e-business). Resíduos Suma Enviroil Correia & Correia Ekosrodowisko Água Indaqua Indaqua Fafe Indaqua Sta Maria da Feira Indaqua Sto Tirso/Trofa Portos e Logística Tertir Tersado Sadoport Takargo rail Multi-Serviços Manvia Vibeiras Jardimaia Vortal Indaqua Matosinhos Mota-Engil Ambiente e Serviços 35 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (SUMA) Com uma década de operação e uma posição de inequívoca liderança no seu sector de actividade, a SUMA detém um perfil único no mercado do ambiente: fornecer soluções de gestão de resíduos para a promoção da qualidade de vida, com a responsabilidade de permanente inovação inerente a quem é líder de sector. Os serviços prestados a mais de 2 milhões de habitantes incluem: recolha de resíduos urbanos, especiais, industriais e efluentes líquidos; limpeza urbana e de praias; tratamento de resíduos em aterros sanitários, estações de compostagem e centros de triagem; análises laboratoriais de resíduos e águas e educação ambiental. Com uma década de operação e uma posição de inequívoca liderança no seu sector de actividade, a SUMA detém um perfil único no mercado do ambiente: fornecer soluções de gestão de resíduos para a promoção da qualidade de vida, com a responsabilidade de permanente inovação inerente a quem é líder de sector. A SUMA representa uma associação estratégica que integra mais de uma dezena de empresas com serviços complementares o que permite reforçar e concertar competências na sua esfera de intervenção e oferecer múltiplas soluções no âmbito do ciclo de vida dos resíduos sólidos urbanos e dos resíduos industriais não perigosos. Este primeiro Relatório envolve apenas a SUMA – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A. no que se refere ao relato do seu desempenho ambiental, pelo que em seguida se apresenta uma descrição detalhada das actividades desenvolvidas. 2004 2005 2006 Volume de Negócios ( ) 34 922 070 39 072 827 28 902 407 Proveitos Operacionais ( ) 35 452 488 39 618 315 29 688 896 Número de Municípios Servidos – Recolha RSU e Limpeza Urbana 15 17 18 Número de Habitantes Servidos – Recolha RSU e Limpeza Urbana 1 345 500 1 053 475 1 061 825 Número de Municípios Servidos – Tratamento RSU 0 0 0 Número de Municípios Servidos – Tratamento RSU 21 21 21 Número de Habitantes Servidos – Tratamento RSU 0 0 0 Número de Habitantes Servidos – Tratamento RSU 704 265 704 265 704 265 SUMA Número de Colaboradores 2004 2005 2006 Volume de Negócios ( ) 59 231 045 66 398 259 61 849 482 Proveitos Operacionais ( ) 61 025 283 67 653 217 63 187 074 Número de Municípios Servidos – Recolha RSU e Limpeza Urbana 38 36 38 Número de Habitantes Servidos – Recolha RSU e Limpeza Urbana 2 130 300 2 081 000 1 871 825 SUMA (Consolidado com Serurb, Util e STL) 1 036 981 909 Número de Colaboradores 1 869 1 814 1 835 Número Total de Viaturas Pesadas 163 173 236 Número Total de Viaturas Pesadas 333 347 387 Número Total de Viaturas Ligeiras 137 147 216 Número Total de Viaturas Ligeiras 288 323 312 407 369 403 321 345 395 723 992 679 367 655 788 Quantidade de Resíduos Recolhidos Quantidade de Resíduos Recolhidos A SUMA foi constituída em 1994, tendo-se assumido, desde logo, como uma empresa vocacionada para a prestação de serviços urbanos. O seu objecto social abrange a Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos e de Resíduos Industriais Banais e a Limpeza Pública. 36 Actualmente, a SUMA é a maior empresa do sector em facturação, número de trabalhadores, parque de viaturas, capacidade técnica e capacidade de execução dos serviços prestados. VISÃO • Continuar a liderar o sector dos Resíduos e ser uma referência de dinamismo, inovação e tecnologia, antecipando expectativas e soluções. MISSÃO • Promover a Higiene Pública e contribuir para o bem-estar das populações “Na Construção de um Ambiente Melhor”. VALORES • Serviço às Populações • Comprometimento dos Trabalhadores • Inovação Tecnológica • Liderança do Sector ESTRATÉGIA • Procurar a melhoria contínua da Qualidade • Trabalhar em Segurança e em harmonia com o Ambiente • Promover a dignificação e valorização do Sector dos Resíduos • Intervir em todas as áreas da Gestão de Resíduos através de soluções globais • Sensibilizar as Populações para as questões ambientais POLÍTICA A Direcção-Geral da SUMA estabelece a sua Política de Gestão como compromisso para a Sustentabilidade. Procura a melhoria da Qualidade, da interacção com o Ambiente e de Desempenho em Segurança. Esse compromisso trata do cumprimento de grandes objectivos que se desdobram em objectivos operacionais: • • • • • • • Garantir a confiança dos clientes e demais partes interessadas, satisfazendo as suas necessidades e expectativas; Diversificar a actividade mantendo a vanguarda em soluções inovadoras, integradas e eficientes; Actuar responsavelmente, promovendo a Saúde e Bem-estar das populações servidas pela Organização; Prevenir a poluição, promovendo a utilização racional dos Recursos Naturais e a Eficiência Energética; Prevenir riscos para as pessoas e bens, mantendo uma Cultura de Segurança relativa a acidentes e Doenças Ocupacionais; Valorizar os Trabalhadores na Organização e na Comunidade envolvente, dignificando a Gestão de Resíduos; Gerir eficientemente os recursos Conhecimento, Humanos, Financeiros, bem como a sua Imagem e Reputação no mercado. 37 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO Dentro das áreas de actividade da SUMA é possível destacar os seguintes serviços: a) Limpeza Urbana: • Varredura mecânica e manual; • Lavagem de arruamentos; • Corte de ervas e aplicação de herbicidas; • Limpeza de feiras e mercados; • Limpeza de praias; • Limpeza superficial de cursos de água; • Limpeza de “Grafitis”. b) Recolha e Transporte de Resíduos Não Perigosos: • Recolha indiferenciada de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); • Recolha selectiva de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); • Recolha de Resíduos Industriais Banais (RIB); • Recolha de monos e monstros (objectos de grandes dimensões); • Recolha de verdes (cortes de árvores e jardins). c) Fornecimento, Colocação, Manutenção, Lavagem e Desinfecção de Contentorização: • Contentores; • Papeleiras; • Caixas compactadoras. d) Sensibilização e Educação Ambiental • Campanhas de Sensibilização; • Programas de Educação Ambiental; • Comunicação em Movimento. Localização das instalações e actividades da SUMA Em termos de distribuição geográfica, a SUMA tem a sua Sede em Lisboa e um conjunto de Centros de Serviços (CS), estrategicamente localizados a longo de todo o País (Caminha, Paços de Ferreira, Vila Nova de Gaia, Aveiro, Batalha, Alcobaça, Sintra e Faro). Relativamente a locais de actividade, o total de municípios servidos pela SUMA, incluindo as operações desenvolvidas pela 38 Serurb, STL e Util, era de 38 em finais de 2006, envolvendo uma população de quase 1.9 milhões de habitantes. A Mota-Engil Ambiente e Serviços abrange ainda na sua área de negócios um conjunto de participadas cujo número e expressão no mercado tem vindo a expandir-se nos últimos anos, sendo disso o exemplo mais recente a aquisição do Grupo TERTIR, reforçando desta forma a sua posição nos sectores logístico e portuário. Embora não integradas no âmbito do presente Relatório, para efeitos do relato do seu desempenho em matéria económica, social e ambiental, a actividade desenvolvida por estas empresas é objecto da resenha descritiva que adiante se enuncia. RESÍDUOS – ÓLEOS USADOS (ENVIROIL e CORREIA & CORREIA) Em 2002 foi constituída a ENVIROIL, a única empresa em Portugal a realizar a reciclagem de óleos lubrificantes usados e a sua valorização energética. Com base em tecnologia inovadora, a empresa, que tem capacidade para receber e tratar 16 mil toneladas de óleos usados/ano, obtém um combustível limpo, similar ao gasóleo e utilizável em motores diesel, que permite a produção de 50GWh/ano de energia eléctrica e consequente injecção na rede pública, garantindo a monitorização e controle, dentro dos limites autorizados, para todos os efluentes resultantes do processo. A CORREIA & CORREIA, participada da Enviroil, procede à recolha, transporte, armazenagem e tratamento de resíduos industriais em todo o país, detendo uma posição de liderança neste mercado. Da sua principal actividade destaca-se o tratamento prévio de óleos usados e inertização de um vasto conjunto de resíduos contaminados com hidrocarbonetos. Outros resíduos armazenados na sua estação de transferência são encaminhados para reciclagem, regeneração, eliminação ou valorização energética. A CORREIA & CORREIA implementa soluções integradas de gestão global de resíduos, optimizando e racionalizando os custos associados à gestão de resíduos industriais. RESÍDUOS (EKOSRODOWISKO SPÓLKA ZO. O) A EKOSRODOWISKO efectua a recolha de resíduos, a limpeza urbana, a limpeza de neve durante o Inverno, e a manutenção de espaços verdes no Sul da Polónia, e representa o reforço da participação do Grupo Mota-Engil na área do Ambiente, designadamente no mercado da Europa Central e do Leste. O estudo dos materiais recicláveis e a gestão destes produtos constituem outras apostas da empresa, que analisa a criação de uma linha de triagem. 39 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO ÁGUA (INDAQUA – INDÚSTRIA E GESTÃO DE ÁGUAS, SA) A Mota-Engil Ambiente e Serviços gere participações no mercado das concessões e das parcerias público-privadas dos serviços de água e saneamento através da INDAQUA, que foi uma das primeiras empresas de capitais privados a realizar a captação, tratamento e distribuição de água para consumo público e a recolha, tratamento e rejeição de efluentes. A sua participada Hidrocontrato complementa a actividade, assegurando a concepção, construção, operação e manutenção de empreendimentos de engenharia, nas áreas da hidráulica e saneamento básico. Dominando claramente toda a prestação de serviços do ciclo urbano da água, as tecnologias e o serviço de atendimento a clientes, a INDAQUA desenvolve uma gestão delegada e assegura soluções integradas, flexíveis, em diferentes modelos de concessão e de parceria adequadas a vários municípios. Esta actividade exige um elevado grau de compromisso e participação, pois a relação da empresa com os seus clientes não se esgota na vertente comercial. Para além de ter sido pioneira ao criar o “Conselho do Consumidor e Ambiente”, com a participação das Autarquias, e a figura do “Provedor”, com funções associadas aos interesses dos consumidores, a INDAQUA realiza ainda estratégicas acções de educação ambiental com enfoque na gestão da água, iniciativas já distinguidas pela UNESCO. É ainda de referir a criação de empresas autónomas para cada concessão, como imperativo legal e filosofia de actuação. Esta prática reforça as economias locais, integra na comunidade o prestador do serviço, potencia uma responsabilização directa local pelo desenvolvimento do negócio e cria centros de decisão locais, que são mais-valias para a entidade concedente. PORTOS E LOGÍSTICA (Grupo TERTIR, TERSADO, SADOPORT e CARGORAIL) No desempenho da função de interface mar/terra, os portos são cada vez mais estruturantes. Como resposta ao forte crescimento das trocas comerciais e do correspondente aumento da procura global de transportes marítimos, a Mota-Engil Ambiente e Serviços — através do Grupo TERTIR, da TERSADO, SADOPORT e CARGORAIL — adopta também o compromisso de contribuir para a transformação do sector da Logística e Transportes, projectando servir com elevada qualidade, eficácia e fiabilidade. 40 Criado em 1981, o Grupo TERTIR lidera o sector português das operações portuárias, detendo participações qualificadas nas mais relevantes empresas concessionárias dos terminais de movimentação de carga geral e contentores de Lisboa (Liscont, Sotagus e TMB), Leixões (TCL) e Aveiro (Socarpor). Com a aquisição deste Grupo, a Mota-Engil Ambiente e Serviços passou a liderar a concessão e exploração de terminais marítimos em Portugal, estando presente em quase todas estas infra-estruturas nacionais. O Grupo ocupa também uma posição de relevo em Moçambique, onde através da Liscont, Operadores de Contentores SA, participa na concessionária M.P.D.C. - Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo, que é responsável pela gestão em regime de “master concession” dos diversos terminais do porto de Maputo. Certificadas pelo Lloyd’s Register Quality Assurance, que assegura a conformidade dos seus sistemas de gestão da qualidade, a SADOPORT e a TERSADO, concessionárias dos Terminais Multiusos do porto de Setúbal, actuam nos mercados da prestação de serviços de movimentação portuária de carga geral fraccionada, de carga roll-on/roll-off, de granéis sólidos e de carga contentorizada. A Mota-Engil, Ambiente e Serviços é o primeiro operador privado português a entrar no sector do transporte ferroviário de mercadorias através da sua participada CARGORAIL, que também dispõe de soluções multimodais integradas de transporte. Num sector recentemente liberalizado esta é uma área com enorme potencial, de interesse estratégico e que, para além de reforçar uma posição no sector dos transportes, permite agregar valor aos activos do grupo, designadamente através de sinergias com a área da construção ferroviária, uma referência nacional das obras públicas ferroviárias. MULTI-SERVIÇOS – MANUTENÇÃO (MANVIA) Empresa especializada na prestação de serviços de manutenção e conservação de edifícios e/ou exploração de instalações, indústria e manutenção de infra-estruturas hidráulicas e melhoria de segurança. A MANVIA encontra-se em franco crescimento, gerindo uma vasta carteira de contratos de manutenção, nomeadamente em edifícios públicos e privados, e pretende, para além da manutenção condicionada, da gestão de energia e do Ambiente, reforçar posição na manutenção de sistemas ambientais, na reabilitação de redes de água de abastecimento e de águas residuais, inspecção vídeo e desobstrução de colectores. A recente aquisição de uma posição maioritária na ALMAQUE alargou o seu âmbito da prestação de serviços na área da manutenção industrial. MULTI-SERVIÇOS – ESPAÇOS VERDES (VIBEIRAS) Estas são empresas especializadas no sector da arquitectura paisagística, que prestam serviços, nomeadamente no projecto, construção e manutenção de espaços verdes, públicos e privados. 41 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO Com actividade desde 1990, a VIBEIRAS é especialista no sector dos espaços verdes, prestando serviços na área da arquitectura paisagista, nomeadamente no projecto, construção e manutenção de espaços exteriores (parques e jardins, pavimentos e calçadas, equipamentos urbanos, relvados desportivos e auto-estradas). Apresenta um curriculum de mais de 700 obras, detém elevados padrões de exigência e a sua actuação visa a melhoria da qualidade de vida das populações e a valorização do património. MULTI-SERVIÇOS – (VORTAL) Com presença em Portugal e Espanha, a VORTAL, Connecting Business, opera mercados electrónicos G2B2B, com destaque para o ECONSTROI, estimulando a inovação e a competitividade em mais de 3000 empresas e organismos do Estado. Dois mil milhões de euros, até à data, de transacções mais seguras e confidenciais, mais rápidas e efectuadas de uma forma mais simples e eficaz, são as garantias de um serviço inovador que visa a integração por via electrónica dos processos inter-instituições. A Vortal, S.A. é uma empresa que desenvolveu e implementou uma plataforma de Concursos que integra um conjunto de funcionalidades, entre elas: • • • • • • • 42 Divulgação dos Concursos; Publicação dos processos de Concurso; Download dos elementos documentais do processo de Concurso; Publicação de aditamentos e esclarecimentos; Preenchimento e entrega de propostas; Avaliação de propostas; Divulgação dos resultados de Concursos. A Martifer, SGPS, participada do Grupo Mota-Engil com sede em Oliveira de Frades, é a empresa mãe de um Grupo de dezenas de empresas repartidas por cinco linhas de negócio, adiante descritas, e cujos activos excedem já os 300 milhões de euros. 4.2.3 Área de Negócios Indústria e Energia (MARTIFER) O contínuo crescimento registado, rondando em termos médios 30% ao ano desde a constituição da Martifer, Construções Metalomecânicas, S.A., em 1990, permitiu conduzir o Grupo à liderança ibérica das construções metalomecânicas e torná-lo numa das maiores empresas europeias do sector. A sua actividade desenvolve-se em linhas de negócio complementares mas independentes, por forma a promover um crescimento sustentável e equilibrado. As linhas de negócio incluem: • Construções – estabelecida em 1990 esta linha de negócio é desenvolvida por um conjunto de empresas detentoras de competências especializadas nas áreas de estruturas metálicas, alumínios, soluções inox e WC monoblocos. Neste segmento de negócio e corporizando a sua vocação internacional dispõe já de uma unidade fabril na Polónia. • Equipamentos para Energia – a partir de 2004, foi iniciado o investimento em equipamentos para Energia, apostando quer em soluções de equipamentos, quer na investigação e desenvolvimento sobre novas formas de energia, com especial ênfase para as energias eólica e solar. A produção de equipamentos para energia eólica, em parceria com a sua participada Repower Portugal, Sistemas Eólicos, S.A., constitui um dos segmentos mais importantes desta linha de negócio. O contínuo crescimento registado, rondando em termos médios 30% ao ano desde a constituição da Martifer, Construções Metalomecânicas, S.A., em 1990, permitiu conduzir o Grupo à liderança ibérica das construções metalomecânicas e torná-lo numa das maiores empresas europeias do sector. • Retail & Warehousing – esta linha de negócio traduz o envolvimento da Martifer na promoção e desenvolvimento de projectos imobiliários em toda a sua amplitude destacando-se a análise financeira e de investimento, análise das melhores práticas de mercado, gestão jurídico-administrativa de contratos, marketing e comunicação, arquitectura, licenciamentos, construção e comercialização. • Produção de electricidade – o Grupo tem vindo a expandir a sua actividade nesta linha de negócio nomeadamente através da Eviva Electricity Generation, empresa constituída para o efeito para actuar no âmbito da produção e comercialização de energia eléctrica, apostando numa abordagem multi-tecnológica e multi-geográfica e com soluções inovadoras e flexíveis. • Advanced Fuels – a Martifer investiu recentemente na criação de uma empresa de combustíveis avançados, através da marca Prio, em linha com a sua aposta na produção de biodiesel, estando já em construção uma unidade fabril no distrito de Aveiro e prevista a construção de uma unidade na Roménia, tirando partido da matéria-prima e recursos naturais existentes neste país. 43 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO Com uma presença forte em Portugal e Espanha, a Martifer investe claramente no mercado europeu, em particular no leste europeu e nos novos países membros da UE, dando assim sequência ao processo de internacionalização das suas actividades, em particular na área energética, sua mais recente e decisiva aposta. 4.2.4 Área de Negócios Concessões de Transportes A Mota-Engil, Concessões de Transportes, SGPS, S.A. é a sub-holding do Grupo Mota-Engil para esta área de negócios. Com a adequada estrutura financeira e autonomia no Project Finance, o Grupo Mota-Engil conquistou uma posição expressiva no segmento das Concessões de auto-estradas, pontes e ferrovias, destacando-se a gestão de mais de 600 quilómetros de vias rápidas em Portugal, das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril em Lisboa e do Metro do Sul do Tejo. Com excepção da futura A16 (actual IC16/IC30), integrada na concessão da Grande Lisboa e de um pequeno troço de 10 quilómetros da concessão da Costa de Prata, a totalidade dos traçados já se encontra em funcionamento, consolidando a posição da Mota-Engil como segunda maior operadora de auto-estradas em Portugal. Através da sua participação no Grupo AENOR – Auto-Estradas do Norte, S.A., de que é a maior accionista, gere as seguintes concessões: Com a adequada estrutura financeira e autonomia no Project Finance, o Grupo Mota-Engil conquistou uma posição expressiva no segmento das Concessões de auto-estradas, pontes e ferrovias, destacando-se a gestão de mais de 600 quilómetros de vias rápidas em Portugal, das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril em Lisboa e do Metro do Sul do Tejo. 44 • Concessão Norte • Concessão Costa de Prata • Concessão Grande Porto • Concessão Beiras Litoral e Alta • Concessão Grande Lisboa Destacam-se em seguida alguns dados de referência: Actividades • Auto-Estradas • Ferrovias • Pontes • Metropolitano Indicadores Lusoponte • 19,5 quilómetros de auto-estradas concessionadas. • mais de 907 milhões de euros de investimento total. Auto-Estradas • mais de 600 quilómetros de auto-estradas concessionadas. • cerca de 570 quilómetros de auto-estradas já em operação. • 4,0 mil milhões de euros de investimento total. Metro/Ferroviário • 19 quilómetros de vias. • 340 milhões de euros de investimento total. Obras de referência em curso • IC1 (10 Kms) • IC16/IC30 (23 Kms) Concessão Grande Lisboa Traçados das 5 concessões da Mota-Engil Concessões de Transportes O Grupo AENOR tem vindo a apostar decisivamente numa imagem corporativa consistente através de uma enunciação clara da sua Missão, Visão e Valores de referência, alicerçada de igual modo numa estratégia de sustentabilidade e numa política de Responsabilidade Social empenhadas e comprometidas com tais princípios. Concessão Norte Concessão Grande Porto Concessão Costa de Prata Concessão Beiras Litoral e Alta 45 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO • Eficiência – “Procurar gerir cada actividade da forma mais eficiente, optimizando os recursos e controlando os custos.” Missão / Visão / Valores A nossa Visão A nossa Visão Ser uma referência internacional do sector, ao nível da produtividade e inovação, com uma identidade forte, prestando um bom serviço aos Clientes e à Comunidade. A nossa Missão Explorar o negócio de auto-estradas e outros correlacionados, com eficiência e qualidade, maximizando a criação de valor para o accionista, de forma socialmente responsável, com uma equipa criativa e qualificada. A nossa Missão Os nossos Valores • Eficiência – “Procurar gerir cada actividade da forma mais eficiente, optimizando os recursos e controlando os custos.” • Coesão/Espírito de equipa – “Ser uma equipa forte e unida em torno de uma visão comum, pensando na equipa que é o Grupo de Concessões como uma das nossas maiores forças.” Os nossos Valores Eficácia Coesão / Espírito de Equipa Integridade / Lealdade Cooperação / Integração • Integridade/Lealdade – “Garantir que as nossas acções obedecem a princípios de ética, equidade, transparência e respeito. Assumir com franqueza, mas sem agressividade, as opiniões próprias e escutar com atenção e lealdade todas as opiniões alheias, venham de quem vierem.” • Cooperação/Integração – “Manifestar cooperação entre áreas, para uma maior eficiência da Organização, partilhando ideias e informação e reforçando o nosso domínio sobre o negócio.” • Orientação para o Cliente – “Orientar as acções da Organização, tendo sempre presente o Cliente (interno e externo). Garantir que a oferta e a promessa são definidas em função dos benefícios valorizados pelo Cliente.” • Criatividade/Inovação – “Usar a tecnologia e a inovação nas novas áreas de negócio e na maximização da exploração. Promover e incentivar o surgimento de novas ideias que acrescentem valor.” • Ambição – “Utilizar as mais-valias da Organização para o seu desenvolvimento.” É a distância que nos une. Orientação para o Cliente Criatividade / Inovação Ambição 46 Responsabilidade Social Política de Responsabilidade Social As nossas necessidades de hoje têm de considerar e respeitar as das gerações futuras. Só assim o nosso futuro faz sentido. Estratégia de sustentabilidade O nosso negócio concentra-se na construção, exploração, operação e manutenção de um conjunto de infra-estruturas de auto-estradas concessionadas pelo Estado Português e que no seu conjunto têm um impacto relevante, directa ou indirectamente, em todo o tecido social, económico e ambiental. Têm impacto nos transportes e respectiva intermodalidade, no aparecimento de novos polos industriais e habitacionais, na fixação das populações do interior, na captação de investimentos, no desenvolvimento do turismo local e nacional, e no aumento da produtividade e competitividade dos diversos sectores de actividade económica. Permitem também conjugar esforços para a preservação de espécies, culturas, monumentos e locais até ao momento esquecidos, desprotegidos ou desconhecidos. Os nossos estudos, projectos e acções orientam-se para, em conjunto com os nossos parceiros, minimizar os impactos negativos que um bem público, como a auto-estrada, gera no meio envolvente, e maximizar os impactos positivos no desenvolvimento económico e social. A implementação desta estratégia assenta na integração voluntária das preocupações sociais e ambientais em toda a nossa actividade e no relacionamento com as entidades que, directa ou indirectamente, connosco interagem. Os vectores da nossa estratégia para a sustentabilidade: • Criar valor. • Não comprometer o presente para garantir o futuro. • Optimizar recursos. • Diminuir sinistralidade rodoviária. • Realizar parcerias para a investigação e desenvolvimento. • Aprofundar a parceria com o Concedente. • Transparência e veracidade. • Despertar as consciências. • Integrar na nossa actividade as preocupações sociais e ambientais. • Ser uma referência. Na Aenor acreditamos que os recursos devem ser aproveitados da melhor forma e a aposta na sua optimização determina a sustentabilidade da Empresa, da sociedade como um todo e, em última análise, é um factor de sucesso das civilizações. Queremos contribuir para o despertar das consciências para questões que dizem respeito à sociedade em geral e que afectam cada um de nós. Comprometemo-nos com uma estratégia de sustentabilidade, sempre com o intuito de melhorar o presente para não hipotecar o futuro. Para mais desenvolvimentos e visualização detalhada destes conteúdos pode ser consultado o site www.aenor.pt. A capacidade e solidez dos projectos desta área de negócios têm permitido alargar a credibilidade do Grupo além-fronteiras, nomeadamente em projectos na Irlanda e Grécia através de parcerias público-privadas. 47 4. APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO 4.2.5 Prémios e Reconhecimentos Alguns dos Prémios e Reconhecimentos mais relevantes obtidos no ano de 2006 Ao longo do seu extenso historial as empresas que constituem hoje o Grupo Mota-Engil têm vindo a ser agraciadas com um conjunto muito significativo de prémios e reconhecimentos de vária ordem. Os galardões obtidos atestam o reconhecimento tributado pelo mercado e pelas várias partes interessadas à qualidade e excelência dos serviços prestados pelas empresas do Grupo, ao seu contributo para a economia nacional e para a projecção da imagem das empresas portuguesas no mundo, ao seu exemplo de eficiência na comunicação com os investidores e ao aperfeiçoamento contínuo dos seus sistemas de gestão, bem como às suas actividades em prol da sustentabilidade. 48 • Atribuição ao Grupo Mota-Engil do prémio “Best of European Business” na categoria de Europaneidade (grandes empresas), pela sua estratégia e expansão na Europa Central e de Leste; • Distinção do Grupo Mota-Engil na gala “Investor Relations Awards 2006” com o Grande Prémio para o Melhor Programa Global de Investor Relations para empresas cotadas no Euronext Lisbon; • Distinção da Mota-Engil Engenharia pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal Angola, por ter sido uma das dez empresas portuguesas que mais exportou para aquele país africano em 2005; • Atribuição à Martifer pela Câmara de Comércio e Indústria Romena do primeiro prémio de excelência pela promoção de novas áreas de investimento e negócio desenvolvida pela empresa naquele país; • Reconhecimento pela UNESCO e pelo Instituto do Ambiente da acção de dinamização em escolas para a questão dos recursos hídricos, implementada pela INDAQUA; • A atribuição ao Sistema Integrado de Gestão Remota de Equipamentos (SIGRE), desenvolvido pela área de Equipamento da Mota-Engil Engenharia do primeiro prémio do concurso internacional “EMEA 2006 Award for ICT Innovation and Business”, atribuído pela IDC (Internacional Data Corporation) como reconhecimento da solução SIGRE como a aplicação mais relevante, a nível europeu, em matéria de Criticidade da Inovação ao serviço das vantagens competitivas dos negócios; • Martifer – 9º lugar em 2006 no ranking nacional da iniciativa “Great Place to Work”; • Prémio Tierney Clark (Tierney Clark Award 2006) atribuído à Mota-Engil Magyarország pela sua contribuição na construção da Circular M35 envolvente à cidade húngara de Debrecen; a atribuição deste prémio foi da responsabilidade do ICE (The Institution of Civil Engineers), Câmara dos Engenheiros Húngaros e Associação Húngara de Projectistas e Consultores de Engenharia; • Do conjunto das 23 iniciativas nacionais ao Prémio de Iniciativa Empresarial Responsável, prémio europeu dinamizado em Portugal pelo IAPMEI, a Iniciativa “Oeiras Solidária” da Câmara Municipal de Oeiras, projecto em que a Mota-Engil Engenharia se encontra integrada, foi seleccionado para representar Portugal na categoria de Iniciativa Empresarial Responsável. 49 A VERDADEIRA GENEROSIDADE PARA COM O FUTURO CONSISTE EM DAR TUDO AO PRESENTE. Albert Camus 5. GOVERNÂNCIA, RESPONSABILIDADE SOCIAL, GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 5. GOVERNÂNCIA, RESPONSABILIDADE SOCIAL, GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 5.1 Governância 5.1.1 Introdução A Mota-Engil, na qualidade de sociedade de capital aberto, está atenta às recomendações da Comissão de Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) sobre o Governo das sociedades cotadas, tal como previsto nos regulamentos emitidos pela Comissão, bem como as reflexões e consequentes alterações do quadro regulamentar aplicável, entendendo-o como um contributo oportuno e pertinente cuja observância favorece todas as entidades cujos interesses estão envolvidos na actividade societária, tendo vindo a analisar criticamente o seu posicionamento em matéria de governo da sociedade à luz destas recomendações, ponderando as vantagens efectivas da sua integral implementação e a realidade em que opera. O acompanhamento responsável que a Mota-Engil tem vindo a fazer neste domínio permite concluir por um bom grau de adopção das recomendações emanadas pelos órgãos competentes sobre o Governo das Sociedades. As boas práticas de governo corporativo são entendidas como um suporte fundamental para o nosso desenvolvimento sustentável e, como tal, são descritas a seguir, no que nos parece relevante e complementar à informação divulgada no nosso Relatório e Contas de 2006 bem como no nosso sítio na Internet. 5.1.2 Modelo de Organização da Mota-Engil Uma nova visão: O Grupo Mota-Engil é hoje um dos principais grupos económicos privados em Portugal, explorando e desenvolvendo um portfólio integrado de negócios, centrado na cadeia de valor da construção e com níveis de performance alinhados com as melhores práticas internacionais. Durante o ano de 2006, em função de uma série de factores endógenos e exógenos, operou-se uma reflexão interna sobre o modo de operar nos vários segmentos de negócio. Em resultado do alinhamento orgânico, das especificidades e competências e da necessidade de criar maior autonomia dentro da organização, concluiu-se por quatro unidades: Área de Engenharia e Construção, que passou a integrar também o negócio Imobiliário. A segmentação de negócios geográfica inclui Portugal e Espanha, Europa Central e África e América. Ambiente e Serviços, incluindo os negócios nas áreas de: Resíduos, Água, Portos e Logística e Multi-serviços, quer de âmbito nacional, quer internacional . Indústria e Energia, agregando as áreas de: Estruturas Metálicas, Equipamentos para Energia, “Retail&Warehousing”, Biocombustíveis e Energia Eléctrica, áreas estas exercidas autonomamente através da sua participada MARTIFER. 52 Concessões de Transportes, compreendendo o segmento das concessões de infra-estruturas (auto-estradas, pontes e ferrovias) e sua gestão, designadamente através da sua participada AENOR. Este novo modelo de governância foi desenvolvido com o objectivo de dar maior autonomia a cada um dos negócios, grande capacidade de gestão estratégica por parte da holding e um melhor alinhamento com as expectativas dos vários accionistas, de modo a clarificar e fortalecer o papel das funções corporativas da holding, distinguindo as acções e posições de natureza estratégica e operacional. Alguns princípios fundamentais deste modelo: Este novo modelo de governância foi desenvolvido com o objectivo de dar maior autonomia a cada um dos negócios, grande capacidade de gestão estratégica por parte da holding e um melhor alinhamento com as expectativas dos vários accionistas, de modo a clarificar e fortalecer o papel das funções corporativas da holding, distinguindo as acções e posições de natureza estratégica e operacional. • O Conselho de Administração da MOTA-ENGIL, SGPS, SA, constituído por administradores executivos e não executivos, está focado na orientação superior dos negócios globais do grupo, essencialmente a gestão estratégica e não acumula responsabilidades operacionais em qualquer das áreas de negócio; • Este Conselho de Administração, seguindo as recomendações da CMVM, integra três administradores independentes; • Cada área de negócios é gerida por um Conselho de Administração; • A constituição da Comissão de Coordenação, órgão não estatutário, mas que funciona com o objectivo de imprimir uma maior transversalidade na gestão do Grupo, assumindo a responsabilidade de implementar a estratégia definida e assegurar a coordenação das áreas de negócio; • O Grupo conta com várias comissões de suporte aos Conselhos de Administração – Comissão de Investimento, Auditoria e Risco, que tem por objectivo uma gestão pró-activa dos riscos associados às actividades, e a Comissão de Desenvolvimento dos Recursos Humanos, com a finalidade de desenvolver e implementar uma gestão eficaz de carreiras, em linha com as orientações e valores do Grupo; • A existência de uma Comissão de Vencimentos, constituída por três accionistas, e que tem por missão a fixação das remunerações dos Administradores e restantes membros dos órgãos sociais; • A Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade, tendo por enfoque o acompanhamento das actividades económica, social e ambiental do Grupo, numa perspectiva de desenvolvimento harmonioso e sustentável das pessoas e actividades. 53 5. GOVERNÂNCIA, RESPONSABILIDADE SOCIAL, GESTÃO DO CAPITAL HUMANO O Conselho de Administração é composto por: Presidente – Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Vice-Presidente – Eng. António Jorge Campos de Almeida Vogais: Drª Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Drª Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Engª Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles Dr. Eduardo Jorge de Almeida Rocha Professor Doutor Luís Valente de Oliveira (não executivo e independente) Dr. António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier (não executivo e independente) Dr. António Manuel da Silva Vila Cova (não executivo e independente) Este Conselho reúne com frequência mensal para apreciação do Relatório de Gestão do Grupo relativo ao mês anterior e para apreciação de outras matérias do interesse das entidades que fazem parte integrante do grupo. O Órgão de Administração da sociedade exerce controlo efectivo sobre a vida societária através da distribuição de pelouros executivos aos membros do Conselho de Administração. Estes pelouros e responsabilidades compreendem as funções de controlo e coordenação de áreas de suporte a cada uma das entidades que fazem parte do universo Mota-Engil, tendo por isso uma actuação transversal. Estas funções e respectivo responsável são: • • • • • 5.1.3 Gestão Estratégica 54 Desenvolvimento Corporativo e Apoio Jurídico – Eng. António Mota Finanças Corporativas, Planeamento e Controlo de Gestão – Dr. Eduardo Rocha Relações com o Mercado e Desenvolvimento Sustentável – Dr. Eduardo Rocha Desenvolvimento de Recursos Humanos – Drª Maria Manuela Mota Comunicação e Relações Externas – Eng. Campos de Almeida A equipa de gestão da Mota-Engil está confortável com a forma como o Grupo tem assumido estas funções, sendo exemplo disso a recente alteração ao governo corporativo. Esta equipa assume continuamente um posicionamento estratégico de prossecução de objectivos e a sua monitorização, concebendo o planeamento de actividades que considera mais adequado ao desenvolvimento de cada um dos seus negócios. A composição dos órgãos superiores do grupo e os afectos a cada negócio integram membros que permitem que as discussões internas sejam feitas com discernimento, conhecimento e experiência, julgamento e capacidades analíticas adequadas ao processo de planeamento estratégico. A Mota-Engil considera fundamental o enfoque de cada um dos intervenientes na gestão de modo a permitir que as várias valências estejam alinhadas e sejam conhecidas e bem suportadas por todos os gestores. Periodicamente, são realizadas reuniões com agenda estratégica e de alinhamento dos negócios. Neste fórum é realizado um debate sério e construtivo em formato e tempo apropriados para um bom desenvolvimento e análise dos caminhos estratégicos a seguir. A experiência, conhecimento e a perspectiva dos responsáveis são naturalmente valorizados e aproveitados pela gestão. A equipa de gestão da Mota-Engil reconhece a importância e extensão da mudança como um factor crítico de sucesso à sustentabilidade da empresa, seja ela, incremental, substancial ou transformacional, e está confortável com ela. O Grupo Mota-Engil dispõe de várias comissões que se constituem como órgãos de natureza consultiva, cuja missão consiste no acompanhamento de temas de capital importância para o seu desenvolvimento sustentado, aportando uma visão independente e objectiva que suporte o processo de tomada de decisão do Conselho de Administração. 5.1.4 Sistema de controlo interno, governância e gestão do risco A Comissão de Investimento, Auditoria e Risco tem como principal função e responsabilidade apreciar e sugerir políticas de investimento e risco de negócios e projectos, examinar e emitir pareceres sobre projectos de investimento e desinvestimento, entrada ou saída de novas áreas de negócio e monitorar operações financeiras e societárias relevantes. Os principais riscos são conhecidos e estão relacionados com a envolvente externa e o mercado, os riscos financeiros – de câmbio e taxa de juro, os riscos dos processos de negócio – operacionais, empowerment, integridade – e os riscos dos sistemas de informação e comunicação. Para além da análise constante por parte das áreas operacionais, aquela comissão faz a monitorização nomeadamente através de reportes internos em conjugação com as comunicações emitidas pelos titulares das funções corporativas. A gestão de risco tem como objectivo a criação de valor, através de processos de gestão e controlo das incertezas e ameaças e do seu potencial impacto que possam afectar as actividades e o valor dos negócios do grupo, estando subjacente uma perspectiva de continuidade das operações a longo prazo. 55 5. GOVERNÂNCIA, RESPONSABILIDADE SOCIAL, GESTÃO DO CAPITAL HUMANO Este processo faz parte e é da responsabilidade primária da gestão de cada uma das Administrações afectas às actividades operacionais e assenta em: • • • • • Identificação do risco: quais e qual o nível de tolerância esperado; Mensuração do risco: quantificação e informação sobre formas de mitigação; Controlo e gestão do risco: conjunto de acções a tomar; Implementação e acompanhamento das acções tomadas; Monitorização: avaliação dos processos e, se necessário, re-alinhamento. A gestão de risco está presente em todos os processos de gestão e é uma responsabilidade de todos os gestores e colaboradores da empresa, com o propósito de identificar, avaliar e gerir as incertezas e as probabilidades de ocorrência que o grupo enfrenta na prossecução dos objectivos de negócio e de criação de valor. 5.1.5 Cultura Empresarial da Mota-Engil A Mota-Engil tem hoje mais de 60 anos, tendo todo o seu desenvolvimento sido pautado por uma cultura empresarial de dedicação, empenho, profissionalismo e integridade. Esta cultura está presente nos níveis superiores do grupo sendo disseminada para todos os patamares da organização. Através de palavras, comunicados, proximidade das pessoas ou quaisquer outras formas de comunicação, a cultura de valores desejada envolve todos os colaboradores e permeia a organização. O Conselho de Administração entende que as suas acções direccionam comportamentos e responsabilizam a demonstração dos valores da organização. Nesta medida, são assegurados canais suplementares de comunicação entre o colaborador e os mais altos níveis da organização. Todos os membros da gestão comunicam com regularidade com as diversas partes interessadas, estabelecendo quais as atitudes e os valores sustentados pelos gestores da Mota-Engil e como eles são desempenhados. Os nossos processos de recrutamento e selecção, avaliação e acompanhamento dos colaboradores asseguram a manutenção do pessoal adequado, que praticam os valores desejados, a cada uma das funções, mantendo os registos da perfomance alcançada, reforçando o comprometimento com a atitude comportamental desejada. 5.1.6 Avaliação e Monitorização do Desempenho 56 A Mota-Engil conhece bem os seus colaboradores e conduz planos anuais de avaliação de perfomance. Revestindo-se de primordial importância para a gestão a identificação de líderes adequados que façam a passagem de experiências e valores culturais entre gerações, a Mota-Engil acompanha regularmente um determinado conjunto de colaboradores que pelas suas características e capacidades considera fundamentais ao desenvolvimento sustentável do Grupo, assegurando que cada colaborador desempenha a sua função num ambiente favorável à iniciativa/criatividade e aos ganhos de produtividade e satisfação interna. As medidas de avaliação de desempenho são elas próprias avaliadas regularmente na sua aplicação e coerência, estando naturalmente alinhadas com os interesses individuais e estratégicos/operacionais da área e/ou do Grupo. Estas medidas de avaliação realçam critérios financeiros e não financeiros, sendo usados indicadores para cada um deles. O processo de determinação de objectivos e responsabilidades é cuidadosamente analisado e estabelecido no início de cada período, sendo essencial para a determinação de remunerações variáveis e alteração de níveis salariais e/ou de funções. Esta avaliação assenta em princípios integradores que motivem cada um dos nossos colaboradores num desafio permanente à melhoria contínua. Na análise dos critérios procura-se diminuir os graus de subjectividade intrínseca de modo a proporcionar um desafio constante à elevação dos níveis de desempenho. Na Mota-Engil acreditamos nas pessoas e no pilar que representam no desenvolvimento sustentável. A gestão da Mota-Engil tem vindo a estabelecer critérios de perfomance bem definidos, atingíveis, realistas e perfeitamente compreensíveis, quer em termos qualitativos, quer em termos quantitativos, incluindo interesses de curto, médio e longo prazo e alinhando objectivos pessoais aos empresariais. 5.1.7 Avaliação da Gestão e Remuneração Este modelo é apoiado num feedback claro, construtivo e continuado, pautando-se pelo desenvolvimento de uma liderança competente e motivante, orientada para a equipa através da organização e estabelecendo os correctos valores éticos e culturais. A forma como se encontra estruturada a remuneração dos titulares dos órgãos superiores assenta sobretudo numa base fixa, com uma componente variável que é função dos resultados da actividade desenvolvida e da situação económica e financeira da sociedade. A componente variável da remuneração tem por objectivo a partilha de valor criado na definição da estratégia e na gestão dos negócios, sendo para tal elegíveis os gestores cuja intervenção tem maior impacto sobre aquele desempenho. Pretende-se incentivar a gestão pelo cumprimento de objectivos comuns, a fazer escolhas difíceis para a prosperidade de longo prazo, associando o incentivo não só à perfomance financeira mas sobretudo à saúde da organização e à sua estrutura de desenvolvimento sustentado. A metodologia referida e que pondera diversos indicadores permite à Comissão de Vencimentos aferir em cada exercício do grau de cumprimento objectivo dessas metas, deliberando em função desse cumprimento. 57 5. GOVERNÂNCIA, RESPONSABILIDADE SOCIAL, GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 5.2 Responsabilidade Social Em 2006, a Mota-Engil decidiu dar início à implementação de uma estratégia de responsabilidade social e desenvolvimento sustentável, através da constituição de um Conselho Coordenador para a Sustentabilidade (CCS), responsável pelo acompanhamento da política de Sustentabilidade do Grupo Mota-Engil e pela coordenação e execução do seu Programa de Responsabilidade Social. Compete ao CCS planear, coordenar, controlar e avaliar a execução do Programa de Responsabilidade Social do Grupo, propor ao Conselho de Administração as actividades relativas aos Objectivos do Programa, encetar acções internas e externas de divulgação, sensibilização e formação em matéria de sustentabilidade, coordenar a redacção e publicação do Relatório de Sustentabilidade do Grupo aprovado pelo seu Conselho de Administração. O CCS, coordenado pelo Dr. Rui Pedroto, inclui elementos de diversas áreas do Grupo, nomeadamente representantes das áreas de Qualidade, Higiene e Segurança, Recursos Humanos, Controlo de Gestão, Comunicação, Relações com os Investidores e a própria área de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável, que o primeiro dirige. As actividades a desenvolver pela Mota-Engil na área da Responsabilidade Social foram integradas no Programa de Responsabilidade Social do Grupo Mota-Engil, que tem como objectivos: a) b) c) d) e) f) g) Criação de valor Eco-Eficiência Inovação Protecção do meio ambiente Diálogo com as partes interessadas Gestão do capital humano Apoio ao desenvolvimento social, educativo, cultural e ambiental Neste contexto, foi preparado e aprovado o Programa de Responsabilidade Social do Grupo Mota-Engil, que inclui, entre outras, as seguintes actividades e projectos: • Projecto ECOCASA – ENERGIA II Promovido pela Quercus e em parceria com outras entidades, apoiando a sensibilização e gestão da procura e eficiência energética no sector doméstico; 58 • Projecto de Eficiência Energética Diagnóstico e avaliação energética de um conjunto de edifícios de serviços do Grupo Mota-Engil, visando a melhoria do seu desempenho energético; • Programa Nacional de Simbioses Industriais (PNSI) Projecto promovido pelo BCSD Portugal e em que o Grupo tem tomado parte activa, com o objectivo de assegurar a eficiência dos recursos materiais e económicos através da promoção de sinergias entre fluxos de materiais ou energéticos entre indústrias de diferentes sectores; • Sensibilização Ambiental Alargamento e aprofundamento das acções de sensibilização e educação ambiental já desenvolvidas pela SUMA; • Programa de Bolsas de Estudo Atribuição de Bolsas de Estudo a filhos de colaboradores com menores recursos económicos e que se encontrem a frequentar o ensino superior; • Centro de reconhecimento, validação e certificação de competências (CRVCC – Novas Oportunidades) Dinamização, organização e apoio, em colaboração com o CICCOPN, no reconhecimento, validação e certificação das competências de carácter pessoal, social e profissional dos trabalhadores do Grupo no activo; • OEIRAS Sem Barreiras Protocolo celebrado com a Câmara Municipal de Oeiras, visando o apoio à remoção de barreiras arquitectónicas nos edifícios de habitação das famílias mais carenciadas do concelho cujos agregados integrem deficientes ou pessoas com mobilidade reduzida; • Projecto HABITAT Protocolo celebrado com a filial portuguesa da Associação Humanitária “Habitat for Humanity”, tendo como propósito apoiar a construção de edifícios de habitação para famílias carenciadas do concelho de Amarante. 59 5. GOVERNÂNCIA, RESPONSABILIDADE SOCIAL, GESTÃO DO CAPITAL HUMANO Acções de mecenato a nível do Grupo Merecem destaque entre várias outras, ao nível das acções mecenáticas externas, os apoios às seguintes iniciativas e instituições. 60 • “Walk the World 2006”, marcha contra a fome promovida pela TNT e World Food Programme (ONU) • IPSS Espaço T (Porto), no leilão de solidariedade a favor da construção de novas instalações da instituição • Expedição Braga-Luanda, de solidariedade com Angola; expedição motorizada para entrega de livros, roupas e outros materiais a instituições de solidariedade angolanas • Fundação Minerva (Universidade Lusíada), na concessão de 2 Bolsas de Estudo a alunos sãotomenses para frequência da Universidade Lusíada de S.Tomé e Príncipe • Patrocínio da iniciativa da consultora Deloitte “Mãos à Terra” – Impact Day 2006 na recuperação do Jardim do Campo Grande em Lisboa e donativo ao Lar da Ordem Terceira de S. Francisco • Fundação Museu Nacional Ferroviário • Liga Portuguesa Contra o Cancro • Secretaria Geral da Presidência da República – Museu da Presidência • Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Amarante • IPATIMUP – Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto • Associação Portuguesa Contra a Leucemia • Associação Norte Cultural – Orquestra do Norte • Fundação Luso-Africana para a Cultura • Médicos do Mundo • UNICEF – Comité Português • AMI • OIKOS • Cruz Vermelha Portuguesa • Concessão do Prémio Jovens Arquitectos Paisagistas • Associação ACREDITAR A materialização da importância que o Grupo Mota-Engil atribui às pessoas conheceu novos desenvolvimentos em Fevereiro de 2006, com a criação da Função Corporativa de Desenvolvimento de Recursos Humanos (RH), no âmbito do novo modelo de Governo de Sociedade. 5.3 Gestão do Capital Humano Associada a esta nova função existe uma Comissão de Desenvolvimento de RH, na qual têm assento os presidentes das sub-holdings do Grupo, de forma a assegurar que a estratégia e políticas de RH definidas se encontram alinhadas com as prioridades do negócio. Esta nova área tem por missão o apoio na definição da estratégia corporativa de desenvolvimento de RH, na definição/controlo de aplicação das políticas de RH transversais ao Grupo e na gestão de recursos chave e tem como visão estratégica: VISÃO ESTRATÉGICA DA ÁREA DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS Traduzir a preocupação com a dimensão humana e respeito pelas pessoas em estratégias e políticas de recursos humanos que permitam atrair, desenvolver e potenciar o talento no Grupo, para que, com e através das pessoas, este se possa consolidar como um dos principais grupos económicos privados portugueses. Foi preparado pela área um Plano Estratégico de Desenvolvimento Corporativo de Recursos Humanos 2006-2010, onde são traduzidos em objectivos e acções os 5 eixos/prioridades estratégicas consideradas: 1. Identificar e Gerir o Talento no Grupo Caracterizar, gerir e potenciar o Talento no Grupo. 2. Desenvolver Competências que Acrescentem Valor ao Negócio Dotar os colaboradores de competências que permitam acrescentar valor ao negócio. 3. Desenvolver o Perfil de Gestor do Grupo Dotar os gestores do Grupo de competências de Gestão e Liderança que permitam responder eficazmente aos novos desafios do negócio. 4. Promover a Mobilidade Internacional Preparar, apoiar e acompanhar os quadros expatriados do Grupo, no processo de mobilidade internacional. 5. Reforçar a Cultura do Grupo Consolidar a Cultura do Grupo Mota-Engil, assegurando que a identificação dos colaboradores com os Valores, políticas e práticas acompanha o crescimento do negócio. 61 5. GOVERNÂNCIA, RESPONSABILIDADE SOCIAL, GESTÃO DO CAPITAL HUMANO Dos programas em curso, é de destacar o projecto de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), que resulta da constatação do baixo nível de qualificação de um número ainda excessivamente elevado de colaboradores das empresas do Grupo. Assim, para intervir na melhoria das qualificações escolares dos colaboradores do Grupo, foi celebrado um Protocolo com o CICCOPN, tendo em Janeiro de 2007 iniciado este processo 4 grupos-piloto, no qual foram envolvidos 59 colaboradores de várias empresas do Grupo. Este processo tem como objectivo reconhecer e validar as competências adquiridas ao longo da vida e que equivalem às competências adquiridas no percurso escolar, atribuindo certificados de equivalência ao 6.º e 9.º anos de escolaridade. As competências são reconhecidas em 4 áreas – Matemática para a Vida, Cidadania e Empregabilidade, Língua e Comunicação e Tecnologias de Informação e Comunicação. Na opinião dos colaboradores envolvidos estes cursos apresentam vantagens a nível pessoal e profissional, conforme testemunhos recolhidos: “…alteração dos seus hábitos de leitura, passando a ler mais, e mudança nas suas preferências televisivas – aumento do interesse por programas de informação e debates…” “...obtenção do certificado de habilitações do 9º ano é de extrema importância a nível profissional, possibilitando a progressão na carreira profissional…”. Serão realizadas durante 2007 sessões adicionais de informação junto dos colaboradores da empresa, com o objectivo de ir progressivamente alargando esta oportunidade a todos os colaboradores que pretendam beneficiar deste Protocolo. 62 Acção de Formação – Novas Tecnologias Acção de Formação – Maquetização de Projectos Arquitectónicos 63 6. SISTEMAS DE GESTÃO E RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS TUDO DEVE SER TORNADO TÃO SIMPLES QUANTO POSSÍVEL, MAS NÃO MAIS SIMPLES. Albert Einstein 6. SISTEMAS DE GESTÃO E RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS 6.1 Sistemas de Gestão Negócio Engenharia e Construção Nos sistemas de gestão implementados na Mota-Engil Engenharia foi adoptada a modelação por processos, que permite concentrar esforços num conjunto de actividades que têm de produzir um determinado resultado, o qual, não sendo alcançado, compromete directamente o negócio. O Sistema Integrado por Processos de Gestão (SIPOG) da Mota-Engil Engenharia é o sistema de gestão suportado numa abordagem por processos (capacidades) interrelacionados e inter actuantes, pelo estabelecimento das politicas e dos objectivos e com base numa dinâmica de melhoria e inovação. Este procura gerir a organização no que respeita ao sucesso do negócio e à satisfação das diversas partes interessadas. Este Sistema, sem ter sido modelado especificamente para as normas de certificação (ISO 9001 – gestão da qualidade, ISO 14001 – gestão ambiental, OHSAS 18001 – gestão da segurança e saúde no trabalho), responde a todos os seus requisitos. O Sistema Integrado por Processos de Gestão (SIPOG) da Mota-Engil Engenharia é o sistema de gestão suportado numa abordagem por processos (capacidades) interrelacionados e inter actuantes, pelo estabelecimento das politicas e dos objectivos e com base numa dinâmica de melhoria e inovação. 66 Planeamento e controlo de gestão do grupo Definir e manter estratégia do grupo MODELO DE PROCESSOS Monitorar envolvente externa Gerir logística internacional Accionista Planear e controlar gestão Definir e manter estratégia Gerir instalações Gerir Negócio agregados Gerir e manter equipamento Cliente Gerir participações nacionais Gerir Negócio geotecnia Gerir imagem Institucional Gerir Negócio electromecânico Comunidade exterior à empresa Entidades financeiras Assegurar gestão ambiental – Processo de negócio Entidades oficiais Gerir seguros Gerir Negócio imobiliário Gerir aprovisionamentos Gerir segurança e saúde no trabalho Gerir recursos financeiros Gerir Negócio fundações especiais Gerir laboratório central Gerir sistemas inform./ Comunica. Gerir recursos humanos Gerir Negócio betão pronto Gerir Negócio Const. INFR ENG (CIE) Colaboradores Assegurar gestão fiscal Gerir conhecimento Gerir inovação Gerir melhoria contínua Entidades certificadoras Fornecedores – Processo de gestão / suporte 67 6. SISTEMAS DE GESTÃO E RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS Negócio Gestão de Resíduos A SUMA tem definido, documentado e implementado um Sistema Integrado de Gestão (SIG) da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho, de acordo com os requisitos das normas NP EN ISO 9001:2000, NP EN ISO 14001:2004 e NP 4397:2001/OHSAS 18001:1999. O SIG implementado na SUMA refere-se à gestão das actividades de Limpeza Urbana, Recolha e Transporte de Resíduos Não Perigosos, Gestão da Contentorização e Sensibilização e Educação Ambiental. A SUMA tem definido, documentado e implementado um Sistema Integrado de Gestão (SIG) da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho, de acordo com os requisitos das normas NP EN ISO 9001:2000, NP EN ISO 14001:2004 e NP 4397:2001/OHSAS 18001:1999. O SIG implementado na SUMA refere-se à gestão das actividades de Limpeza Urbana, Recolha e Transporte de Resíduos Não Perigosos, Gestão da Contentorização e Sensibilização e Educação Ambiental. Numa perspectiva de Melhoria Contínua da Organização e de acordo com o planeamento estratégico da Gestão de Topo, a SUMA entregou na APCER o pedido de Concessão da Certificação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SGSHST), implementados de acordo com as normas NP EN ISO 14001:2004 e OSHAS 18001:1999/ NP 4397:2001. A SUMA solicitou que o processo de Certificação do SGA e SGSST fosse feito em simultâneo. Está actualmente em preparação a 2ª fase das auditorias de Certificação do SGA e SGSHST para as Actividades de Limpeza Urbana, Recolha e Transporte de Resíduos não Perigosos, Gestão da Contentorização e Sensibilização e Educação Ambiental, realizadas pelo Centro de Serviços de Aveiro da SUMA. Está planeado o alargamento do sistema integrado de gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança e Saúde no Trabalho à maioria dos sites da SUMA em 2008 no âmbito da nova dinamização que está a ser imprimida à área da produção, visando ganhos de eficiência em geral e eco-eficiência em particular. É ainda de referir que o sector de I&D da SUMA está a implementar a norma portuguesa NP 4457:2006, relativa à Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) e que conta solicitar a certificação do SGIDI à APCER segundo esta norma, em 2008. 68 CERTIFICAÇÕES Negócio Engenharia e Construção Negócio Gestão de Resíduos Entidade Certificada Entidade Certificadora/ Acreditadora Âmbito/ Domínio Norma/Diploma Legal de Referência Data do Certificado Concessão Mota-Engil Engenharia Construção de Infra-estuturas e Engenharia APCER Construção civil e obras públicas, Produção e fornecimento de betão, Fundações especiais, contenções, injecções e instrumentação, Instalações mecânicas e sistemas de gestão técnica e automação, Reconhecimento geotécnico de maciços, Exploração de pedreiras e agregados britados NP EN ISO 9001:2000 30.06.2006 Construção de Infra-estuturas e Engenharia APCER Construção civil e obras públicas; Produção e fornecimento de betão; Fundações especiais, contenções, injecções e instrumentação; Instalações mecânicas e sistemas de gestão técnica e automação, Reconhecimento geotécnico de maciços, Exploração de pedreiras e agregados britados NP EN ISO 14001:2004 16.05.2006 Construção de Infra-estuturas e Engenharia APCER Construção civil e obras públicas, Produção e fornecimento de betão, Fundações especiais, contenções, injecções e instrumentação, Instalações mecânicas e sistemas de gestão técnica e automação, Exploração de pedreiras e produção agregados britados, Geotecnia NP EN ISO 18001:1999 30.06.2006 Agregados APCER Agregados para Betão EN 12620: 2004 30.06.2006 APCER Agregados para Argamassas EN 13139:2005 30.06.2006 APCER Agregados para misturas betuminosas EN 13043:2004 30.06.2006 APCER Agregados para misturas sem ligante e com ligante hidráulico EN 13242:2002 30.06.2006 APCER Agregados para Balastro EN 13450:2005 30.06.2006 IPAC 34 ensaios acreditados no Laboratório Central NP EN ISO 17025:2005 26.07.2005 SUMA APCER Actividades de Limpeza Urbana, Recolha e Transporte de Resíduos não Perigosos, Gestão da Contentorização e Sensibilização e Educação Ambiental, realizadas pelo Centro de Serviços de Aveiro NP EN ISO 9001:2000 29.06.06 SUMA IQF – Instituto para a Qualidade na Formação, I.P. Domínios de Intervenção Acreditados: Portaria n.º 782/97, de 29 de Agosto 05.12.06 Global Compact 11.01.07 Laboratório Central SUMA 1.Planeamento de Intervenções ou Actividades Formativas; 2. Concepção de intervenções, programas, instrumentos e suportes formativos; 3.Organização e promoção de intervenções ou actividade formativas; 4.Desenvolvimento/ execução de intervenções de actividades formativas. Com oferta formativa nas áreas: 310 – Ciências Sociais e do Comportamento; 345 – Gestão e Administração; 482 – Informática na óptica do utilizador; 850 – Protecção do Ambiente; 862 – Segurança e Higiene no Trabalho. SUMA United Nations Global Compact Os dez princípios da United Nations Global Compact, no que respeita a direitos humanos, direitos no trabalho, ambiente e anti-corrupção. 69 6. SISTEMAS DE GESTÃO E RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS 6.2 Relacionamento com Stakeholders O Grupo Mota-Engil considera essencial focalizar a sua atenção nas múltiplas partes interessadas com que se relaciona, visando dar cumprimentos aos seguintes objectivos: • • • • Satisfazer as necessidades e as expectativas dos seus clientes e accionistas; Garantir a eficiente e eficaz gestão dos seus recursos, procurando utilizar as melhores práticas disponíveis; Promover activamente a qualificação e a dignificação pessoal e profissional dos seus trabalhadores; Melhorar continuamente a qualidade e a segurança dos seus serviços e adoptar uma postura pró activa face às preocupações de qualidade, segurança e ambiente; • Prevenir todo o tipo de incidentes, salvaguardando pessoas, bens e ambiente; • Ser activo na sensibilização e na educação ambiental da população; • Contribuir para o aumento do potencial de valorização dos resíduos. 6.2.1. Identificação e auscultação de Stakeholders A identificação dos principais Stakeholders e da informação relevante para os mesmos foi efectuada internamente, através de entrevistas nas diferentes áreas funcionais. Foram identificados como principais Stakeholders os seguintes: Mota-Engil Engenharia: Clientes, Fornecedores, Entidades Oficiais, Comunidades Locais e Colaboradores; SUMA: Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Munícipes, Comunidades Locais (Escolas, Bombeiros, GNR, etc…), Colaboradores. Além destes Stakeholders, o Grupo Mota-Engil considera ainda como partes interessadas as seguintes entidades com que se relaciona: Accionistas, Investidores, Entidades Financeiras, Seguradoras, ONG, Media, Criadores de Opinião e de um modo geral as preocupações emanadas da sociedade civil no seu conjunto. Uma das formas de comunicação consideradas pelo Grupo Mota-Engil consiste na avaliação da satisfação do cliente, importante Stakeholder de qualquer actividade económica. Deste modo, e com o objectivo de conhecer o grau de satisfação dos clientes, relativamente ao serviço prestado, e se o mesmo foi ao encontro dos seus requisitos, são desenvolvidas anualmente campanhas de avaliação da satisfação do cliente, cujas actividades e resultados são descritos em seguida. 70 Foram desenvolvidas, em 2006, Acções de Avaliação da Satisfação dos Clientes, através do envio de inquéritos constituídos por 12 critérios de avaliação, mais um critério suplementar que avalia o desempenho global da organização, relativamente às expectativas do cliente. Negócio Engenharia e Construção Seguem-se os resultados obtidos nas várias áreas de negócio, apenas no que se refere à satisfação global do cliente (foram analisadas outras questões): Mota-Engil Engenharia Inquéritos Enviados Inquéritos Recebidos Taxa de Adesão Satisfação Global do Cliente Engenharia e Construção 34 27 79% 78% Atingida a meta estabelecida (75%) Agregados 330 102 31% 83% Atingida a meta estabelecida (80%) Fundações especiais 42 39 93% 79% Atingida a meta estabelecida (75%) Área de negócio Observações Conclui-se assim, no que respeita às áreas de negócio evidenciadas no Quadro anterior, terem sido globalmente bastante positivos os índices de satisfação obtidos. Relativamente às áreas de negócio Betão Pronto, Geotecnia, Electromecânica e Laboratório Central, os índices de satisfação obtidos são igualmente muito satisfatórios. 71 6. SISTEMAS DE GESTÃO E RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS Negócio Gestão de Resíduos A SUMA tem implementado um inquérito de satisfação ao cliente em todos os Municípios contratados. Seguem-se os resultados obtidos nos vários Municípios/Freguesias, apenas no que se refere à avaliação global dos serviços. Foram, além disso, analisados outros aspectos, nomeadamente: Recolha e transporte de resíduos; Limpeza pública; Gestão da contentorização; Sensibilização Ambiental; Qualidade, Ambiente e Segurança; Serviços de Apoio e Imagem Global da SUMA. Tipo de Clientes Inquéritos enviados Inquéritos recebidos Taxa de Adesão (%) Índice de Qualidade Global (*) Porto de Mós Institucionais 14 11 79% 80% Oliveira do Bairro Institucionais 9 7 78% 94% Aveiro Institucionais 15 14 93% 92% Aveiro Privados 32 27 84% 97% Faro Institucionais 34 10 29% 82% Faro Privados 9 3 33% 76% Vila Nova de Cerveira Institucionais 16 5 31% 76% Alcobaça Institucionais 20 17 85% 87% Alcobaça Privados 6 4 67% 104% Santa Maria da Feira Institucionais 24 24 100% 92% Felgueiras Institucionais 33 22 67% 83% Lousada Institucionais 27 27 100% 88% Paços de Ferreira Institucionais 17 17 100% 97% Vila Nova de Gaia Institucionais 25 24 96% 86% Caminha Institucionais 21 13 62% 90% Arouca Institucionais 2 1 50% 90% Batalha Institucionais 5 4 80% 74% Terras do Bouro Institucionais 20 8 40% 88% Sintra Institucionais 4 4 100% 87% Freguesia * Índice que resulta da relação entre a importância que os serviços têm para o Cliente e o desempenho da SUMA na prestação desse serviço. Quando se obtém um valor superior a 100, tal indica que a SUMA está a superar as expectativas do Cliente (o Cliente deu uma pontuação ao desempenho da SUMA superior à pontuação dada à importância que o serviço tem para ele). 72 Associações industriais, empresariais e outras AECOPS – Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas do Sul AEP – Associação Empresarial de Portugal AEL – Associação Empresarial de Lafões AEPSA – Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente AICOPA – Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores AIMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal AIRV – Associação Empresarial de Viseu ANAGREI – Associação Nacional dos Alugadores de Gruas e Equipamentos Industriais ANEOP – Associação Nacional dos Empreiteiros de Obras Públicas ANIP – Associação Nacional dos Industriais da Pedra ANIPC – Associação Nacional dos Industriais de Produtos de Cimento ANJE – Associação Nacional dos Jovens Empresários ANTRAM – Associação Nacional dos Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias APAP – Associação Portuguesa de Arquitectos Paisagistas APCMC – Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção APEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto APEMETA – Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais APESB – Associação Portuguesa para Estudos de Saneamento Básico APQ – Associação Portuguesa para a Qualidade ASSICOM – Associação da Indústria da Construção da Região Autónoma da Madeira BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável CNPCE – Comissão Nacional Portuguesa de Congressos de Estradas COTEC – Associação Empresarial para a Inovação CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista ELO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e Cooperação FUNDEC – Fundação para a Formação Contínua em Engenharia Civil INOVA.GAIA – Associação para o Centro de Incubação da Base Tecnológica de Vila Nova de Gaia OFP – Associação para a Organização Ferroviária Portuguesa SPG – Sociedade Portuguesa de Geotecnia 6.2.2. Actividade associativa Consciente do seu papel na sociedade e de forma a assegurar mais eficazmente a interacção e o diálogo com as partes interessadas, o Grupo Mota-Engil participa activamente em inúmeras organizações de cariz associativo, incluindo as de natureza económica e sectorial e as de carácter social e cultural. Câmaras de Comércio Câmara de Comercio e Industria do Centro Câmara de Comércio e Indústria do Porto Câmara de Comércio e Indústria Luso-Marroquina Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Moçambique Associações culturais e sociais Associação EIS – Empresários pela Inclusão Social – Associada Fundadora desta Associação criada sob o Alto Patrocínio do Presidente da República Fundação de Serralves (Porto) Fundação Cidade de Lisboa Fundação Casa da Música – Porto 73 A MÁQUINA NÃO AFASTA HOMEM E NATUREZA, APROXIMA-OS. Antoine de Saint-Exupéry 7. DESEMPENHO 7. DESEMPENHO 7.1 Investigação & Desenvolvimento Negócio Engenharia e Construção Para a Mota-Engil Engenharia, cujas actividades exigem uma capacidade tecnológica ímpar, a inovação, incluindo o seu reconhecimento por entidades externas, é considerada como a alavanca para a excelência do serviço prestado... Para a Mota-Engil Engenharia, cujas actividades exigem uma capacidade tecnológica ímpar, a inovação, incluindo o seu reconhecimento por entidades externas, é considerada como a alavanca para a excelência do serviço prestado, sendo permanentes os seguintes desafios: Conhecimento e criatividade Com capital intelectual e uma cultura que privilegia a partilha da experiência e do conhecimento aliada a uma visão prospectiva do mercado, a Mota-Engil Engenharia, através do seu centro de apoio técnico e do seu Laboratório Central, o maior de índole privada em Portugal, potencia várias acções de investigação e desenvolvimento e promove parcerias que fomentam a criatividade e a inovação. Novos materiais e soluções construtivas A expressão Construção Sustentável identifica claramente o desafio contemporâneo no universo da engenharia, ao qual a Mota-Engil Engenharia responde com a correcta articulação de vários factores: melhoria no desempenho técnico dos materiais e processos de construção e reabilitação, durabilidade de materiais e componentes de construção, baixo consumo de recursos naturais, adequação estética ao meio e selecção de tecnologias de construção que minimizem o consumo energético. Saber liderar, e ser reconhecido por isso, é ter consciência que a responsabilidade aumenta na procura de soluções mais capazes e determinantes. Novos equipamentos e métodos construtivos O modo como a ciência e a tecnologia têm alterado a sociedade e o comportamento humano surge, muitas vezes, associado a obras de engenharia. Em boa parte do mundo, a época de grandes carências de infra-estruturas ainda não está completamente resolvida e já a sociedade coloca novas exigências às empresas de engenharia. Hoje, o desafio da Mota-Engil Engenharia é encontrar sistemas construtivos inovadores que permitam a execução de empreitadas com qualidade e custos aceitáveis, com crescente respeito pelo ambiente e pela segurança e com rigor no cumprimento dos prazos contratados. 76 Optimização na gestão de obras Quando se fala da nova economia, as palavras qualidade e inovação estão-lhe inevitavelmente associadas. Visando avanços significativos na conquista da excelência, a Mota-Engil Engenharia aposta no uso constante de técnicas e práticas como a gestão e o controlo de todos os parâmetros da sua actividade; a optimização da capacidade instalada e, entre outras, a gestão dos riscos de uma empreitada através das mais avançadas ferramentas de planeamento e controlo. Antecipar oportunidades e ter práticas portadoras de valor são os desafios que se colocam a uma equipa focalizada na obtenção de resultados e na satisfação do cliente. Segue-se uma breve descrição dos principais projectos de inovação desenvolvidos pela Mota-Engil Engenharia, alguns deles em parceria com universidades e instituições públicas de investigação. 1. SITEC — Site de Gestão do Conhecimento Técnico Plataforma informática do tipo intranet que potencia a partilha de experiências e o conhecimento, constituindo uma fonte de informação de grande utilidade para a actividade diária da empresa. 2. Investigação e Desenvolvimento de Novas Técnicas de Caracterização, Modelação e Dimensionamento de Aterros em Obras Geotécnicas No domínio da Geotecnia a Mota-Engil Engenharia desenvolve, entre outros, projectos de investigação na área da caracterização, modelação e dimensionamento de aterros de plataformas rodoviárias para comboios de alta velocidade, trabalhando os métodos geofísicos e ensaios geotécnicos de última geração, procurando novas soluções para a estabilização de solos com ligantes hidráulicos e investigando a valorização de resíduos nestas obras geotécnicas. 3. Projecto Bacpor Projecto de desenvolvimento de tecnologia robusta para o fabrico, transporte e aplicação de betão auto-compactável, que permite uma optimização do custo dos trabalhos em betão, dos impactos ambientais, da segurança e da qualidade das estruturas. Foram já produzidos mais de 12.000 m3 de betão auto-compactável. Novas técnicas de caracterização de solos 4. Valorização de lamas industriais Visando uma gestão sustentável, no âmbito deste projecto estuda-se a viabilidade técnica da utilização de lamas – provenientes da lavagem das areias na produção de agregados – em infra-estruturas rodo-ferroviárias e outras obras geotécnicas. Este projecto está actualmente em curso, encontrando-se a decorrer a caracterização laboratorial para identificação dos parâmetros físico-químicos das lamas. Numa segunda fase, que decorrerá em aterros experimentais, será avaliado o seu comportamento mecânico, através de ensaios “in situ” e monitorização. 5. Reciclagem a quente de misturas betuminosas A reutilização dos resíduos produzidos na manutenção e reabilitação de pavimentos rodoviários, através de uma técnica de reciclagem a quente, em central, de misturas betuminosas fresadas, revoluciona o processo construtivo e reduz impactos ambientais e custos de produção. Projecto BACPOR 77 7. DESEMPENHO 6. Sistema de pré-esforço orgânico (OPS) Inspirado nas funções estruturais do músculo humano (biomimética), o sistema OPS é uma tecnologia inédita a nível mundial no domínio da engenharia de estruturas, que permite a diminuição de cerca de 90% das deformações, maior leveza, maior versatilidade, maior facilidade no transporte e montagem das estruturas, a ocupação de um menor espaço de estaleiro e um significativo incremento da segurança. Esta inovação tecnológica deu lugar à criação da BERD, empresa parcialmente detida pelo Grupo e que tem por missão a investigação, desenvolvimento e execução de soluções e métodos de construção para pontes e viadutos, tirando partido do sistema patenteado de pré-esforço orgânico (OPS). 7. Aquecimento da superfície de estradas Tecnologia desenvolvida pela Mota-Engil Engenharia para pavimentação em condições climatéricas de baixas temperaturas, permite o aquecimento da superfície de estradas, já que a construção de uma nova camada de asfalto só é possível com uma temperatura mínima de 8o. Projecto OPS 8. Sistema de cofragens deslizantes Conquista do final da década de 60, o Siemcrete representa ainda hoje uma mais valia para a Mota-Engil Engenharia, já que do pioneirismo da sua introdução em Portugal e do sucesso que a aplicação deste sistema resultou o seu estatuto de especialista na construção das mais complexas obras industriais, como silos, chaminés e torres cónicas ou ainda pilares de pontes de grande altura. 9. SIGRE – Sistema Integrado de Gestão Remota de Equipamentos Tecnologia integrada de gestão que optimiza o controlo da frota de viaturas e equipamentos da Mota-Engil Engenharia (desempenho, utilização, manutenção, abastecimentos e consumo de combustível). 10. VIRMEEC – Solução Informática de Planeamento para Obras de Estradas Com o objectivo de planear os processos construtivos através da representação virtual (4D), está em desenvolvimento uma solução informática assente num simulador computorizado de planeamento e obras de estradas. SIGRE promove gestão remota de equipamentos 78 11. BUZZSAW – Ferramenta de Gestão da Informação de Projectos Software que fomenta colaboração on-line, beneficia o tele-trabalho de equipas, e inova na forma de gerir a documentação, permitindo substituir, com uma única ferramenta, as estruturas organizacionais desenvolvidas em suporte de papel ou vários suportes informáticos. 12. Betume modificado com borracha Estudo da utilização de misturas betuminosas fabricadas com betume modificado com borracha proveniente de pneus fora de uso na pavimentação de estradas. A principal conclusão deste trabalho é que, com a tecnologia que hoje dispomos, é efectivamente possível o fabrico de todo o tipo de misturas betuminosas, utilizando betumes modificados com borracha, obtida a partir da reciclagem de pneus. A SUMA tem vindo a apostar cada vez mais em inovação, recorrendo aos seus próprios meios financeiros, técnicos e oficinais, no sentido de responder a necessidades específicas de intervenção e dotar de maior funcionalidade os serviços prestados. O serviço de Inovação, Desenvolvimento e Rentabilização (IDR) possui um Gabinete Técnico de Projecto para proceder adequadamente à criação de protótipos, monitorização de desempenho, teste pré-produção e acompanhamento das unidades piloto em contexto real, dos vários sistemas de Inovação Incremental e Radical, constantes do Plano de Actividades. Estando a SUMA vocacionada para a prestação de serviços na área do Ambiente, as actividades desenvolvidas por este grupo visam sobretudo contribuir para acrescentar valor a essa área e correlacionadas: Negócio Gestão de Resíduos A SUMA tem vindo a apostar cada vez mais em inovação, recorrendo aos seus próprios meios financeiros, técnicos e oficinais, no sentido de responder a necessidades específicas de intervenção e dotar de maior funcionalidade os serviços prestados. • • • • • • Aumentar o valor acrescentado do serviço prestado ao cliente e às populações; Melhorar as condições urbanas e o conforto na prestação pública dos serviços às populações; Reduzir os consumos de recursos estratégicos (água, derivados do petróleo, ...); Reduzir as emissões gasosas (CO2, ...) e líquidas (efluentes) e os resíduos próprios da actividade; Encontrar alternativas energéticas menos poluentes (emissões, ruído, ...) para operar os equipamentos; Melhorar a qualidade de desempenho, a segurança e a interacção ambiental das actividades desenvolvidas pelos Trabalhadores; • Melhorar a prestação dos equipamentos através do incremento da sua fiabilidade, manutenabilidade, planeamento ou acoplagem de sistemas electromecânicos; • Monitorizar electronicamente os sistemas de trabalho com aumento da produtividade e conformidade da execução. O serviço IDR pretende ainda estabelecer Protocolos com instituições, nomeadamente de ensino superior ou de investigação, no sentido de estabelecer parcerias para Projectos de escala significativa nas áreas de ambiente e sustentabilidade, segurança intrínseca, mecatrónica, entre outras. A aposta da SUMA em Inovação resultou já na criação de vários equipamentos patenteados e em funcionamento, indicados em seguida. Referem-se também os principais projectos actualmente em curso. 1. SUMA-VLE Sistema patenteado que permite a lavagem de contentores interior e exterior de superfície e subterrâneos a alta pressão 79 7. DESEMPENHO no cais de instalação, com maior autonomia, mobilidade e economia de recursos (tempo, recursos naturais e humanos), garantindo rigor na gestão de todo o sistema. É constituído por uma estrutura que pode ser instalada num viatura pesada multi-funções, um depósito de água limpa e um para recepção de água contaminada, cuba de lavagem retráctil, sistema de lavagem, sistema hidráulico e sistema eléctrico/electrónico. Apresenta como valor acrescentado: – Melhoria da higienização da contentorização; – Redução dos consumos de água e de combustível; – Redução das emissões de CO2; – Monitorização electrónica do sistema de lavagem; – Reengenharia da lavagem dos contentores. SUMA-VLE Com o SUMA-VLE a empresa recebeu o 1º Prémio Nacional de Inovação Ambiental Indústria e Ambiente 2004, atribuído pelo Senhor Presidente da República. O SUMA-VLE encontra-se em produção comercial, em parceria com um produtor de equipamento vocacionado para o sector do Ambiente. SUMA-SPIC 80 2. SUMA-SPIC Sistema de recolha e identificação electrónica de contentores que actua em simultâneo para monitorização dos resíduos de cada um dos equipamentos recolhidos, possibilitando a implementação de um método de controlo e rigor das operações e equidade no pagamento das taxas correspondentes à quantidade produzida. Este sistema foi patenteado em 2006 e trata-se da pesagem dos resíduos em simultâneo com a sua recolha e identificação electrónica de contentores para associação à respectiva pesagem e posterior processamento informático, optimização dinâmica de circuitos de recolha, melhoria das condições de contentorização, redução de consumos, emissões, stress laboral, etc. Apresenta como valor acrescentado: – Melhoria das condições da contentorização; – Optimização dos circuitos de recolha; – Monitorização dos resíduos por contentor; – Identificação electrónica de contentores; – Armazenamento e processamento informático dos dados recolhidos; – Reengenharia da recolha de resíduos. 3. SUMA-DAAC Dispositivo de acoplamento e abertura de contentores que permite operar com múltiplos sistemas de engate e em vários estados de desgaste, facilitando a actividade e eficiência da recolha de resíduos e a redução de custos em todas as fases do processo: operação, construção e manutenção. 4. SUMA-QUICK Sistema para acoplagem em gruas para recolha de entulhos. Acessório para suspensão de cargas composto por um gancho especial, que permite fazer o desengate automático, dispensando cantoneiros de apoio. Apresenta como valor acrescentado: – Melhoria do manuseamento das cargas; – Optimização dos circuitos de recolha; – Redução dos recursos humanos afectos às intervenções. 5. SUMA-FIX Sistema para fixação de contentores aos cais, que consiste num sistema de travagem para contentores com dispositivos de engate rápido, que mantém a tampa do contentor fechada, após cada utilização. Garante a manutenção da posição correcta do contentor e evita as situações da sua alteração por via da acção directa do vento e é constituído por um tubo de metal galvanizado ou inox com sistema de encaixe automático. Apresenta como valor acrescentado: – Eficácia a baixo custo; – Anulação dos riscos de deslocação indevida; – Autonomização do posicionamento correcto da tampa; – Programa de mensagens de sensibilização. SUMA-QUICK 6. SUMA-KIT HERBICIDA Kit de aplicação de herbicida para moto 4, composto por enrolador com mangueira e régua de pulverização, que permite a rentabilização e distribuição homogénea do produto e possibilita a aplicação em zonas de difícil acesso e a optimização dos circuitos de aplicação, bem como a redução das quantidades de herbicida a utilizar. SUMA-KIT HERBICIDA 81 7. DESEMPENHO 7.2 Educação Ambiental Negócio Gestão de Resíduos Uma aposta consolidada na área da Sensibilização e Educação Ambiental tem colocado a SUMA numa posição interventiva de âmbito nacional, que visa potenciar a aquisição e a manutenção de regras de cidadania por parte das populações, tendo por base uma política responsável e qualitativa que em muito ultrapassa as competências contratuais com os municípios de actuação. Assim, têm sido desenvolvidos pela SUMA, nesta área, projectos únicos no país, descritos em seguida. • Campanhas de Sensibilização Mais de uma centena de acções concebidas e concretizadas no terreno traduzem uma política de participação responsável na formação de gerações esclarecidas e praticantes da Cidadania activa. Traduzindo um património ímpar, os compromissos de rigor que caracterizam os planos de intervenção são sustentados em estudos de validação de resultados e em investimentos continuados no tempo, que remetem para uma lógica de sucessão de acções convergentes. Programa de Educação Ambiental Estas campanhas têm como temas a recolha de resíduos, a limpeza urbana e grandes questões relacionadas com a gestão de resíduos, como a reciclagem, e têm como alvos: a população em geral, por via indirecta, através dos estabelecimentos de educação e ensino e das instituições de interesse público e alguns públicos específicos, como a restauração, feirantes, gerentes de estabelecimentos comerciais, banhistas, automobilistas, donos de canídeos, etc… • Programas de Educação Ambiental Vocacionados para uma intervenção mais consolidada e abrangente, os Programas de Educação Ambiental são sustentados em metodologias de acção pedagógica, integrando uma forte componente lúdica e interactiva. O conjunto de acções disponíveis remetem para a existência de guiões devidamente pré-testados e adaptados às competências cognitivas dos alvos abrangidos. No âmbito destes programas são desenvolvidos diversos tipos de sessões, recorrendo a vários meios pedagógicos, desde CDs, jogos, livros: Sessões de animação Teatralizações subordinadas a temáticas relacionadas com a recolha de resíduos e a limpeza urbana; 82 Sessões de formação Distribuição qualitativa de materiais de sensibilização, recorrendo a estratégias diversificadas de contacto pró-activo (conto, role-playing, teatralização, marionetas); Sessões multimédia Sessões que recorrem a CDs interactivos sobre a temática dos resíduos sólidos urbanos, limpeza urbana e cidadania activa. Unidades Móveis Projectos únicos no país, as Unidades Móveis de Sensibilização sustentam um compromisso de adequação curricular que promove a formação de cidadãos socialmente mais responsáveis. São espaços de embarque onde se fazem “viagens maravilhosas ao mundo dos lixos”, em veículos privilegiados para a aquisição de competências individuais de Cidadania Activa. A Solidariedade e o Ambiente são os denominadores comuns destes equipamentos itinerantes. Lixoteca itinerante Com uma forte componente lúdico-pedagógica e informativa e fazendo recurso a variadas actividades de exploração sensorial e/ou multimédia, este equipamento permite gerir conhecimentos científicos relacionados com a caracterização da problemática do lixo e apresentação de soluções directamente associadas à partilha de responsabilidades. A SUMA desenvolve esta actividade há 5 anos, dispondo para o efeito de 3 Unidades Móveis, que já visitaram mais de 30 concelhos do país e “transportaram” mais de 100.000 “viajantes”. Lixomágica Um veículo ao serviço do reconhecimento e da mobilização dos alvos dos Programas de Educação Ambiental para as causas Ambientais e da Cidadania e que já teve mais de 7.000 visitantes. Lixoteca Reutilândia Os conceitos que estão na origem deste projecto, em que o ambiente dá as mãos à solidariedade, são: – Reciclar objectos, garantindo o encaminhamento correcto dos resíduos valorizáveis; – Solidariedade, através do apoio às franjas mais carenciadas das populações; – Preservar o ambiente, libertando os aterros sanitários de resíduos com potencial de reutilização. Constituindo-se como um espaço onde se pode proceder à oferta e procura de objectos usados que ainda se encontrem em boas condições, funciona em regime de itinerância através de circuitos mistos de recolha e distribuição de utilidades. A Reutilândia está preparada para acolher objectos de várias naturezas e dimensões, entre os quais, artigos de vestuário, artigos de uso doméstico e objectos de carácter lúdico. A dar suporte ao projecto, está disponível uma linha telefónica de atendimento ao público, a Linha Solidária. Reutilândia 83 7. DESEMPENHO Em 2005/2006 foram realizadas no total 75 campanhas, nas áreas de recolha de RSU, limpeza urbana e campanhas genéricas ou de promoção da cidadania, encontrando-se planeadas para 2006/2007 a realização de 85 campanhas: Área Recolha de RSU Alvo 2005/2006 Campanhas Realizadas 2006/2007 Campanhas Planeadas Comércio 1 - Feiras 2 3 Público em geral 2 8 Público em geral 2 6 Restauração 5 8 4 3 Automobilistas 4 3 Banhistas 3 1 Lixoteca 20 20 Reutilândia 1 1 Materiais Lúdico-Pedagógicos 2 2 Materiais de incentivo à cidadania activa 29 30 75 85 Tema Recolha Indiferenciada Recolha Selectiva Limpeza urbana Dejectos Caninos Pequenos lixos Genéricas/ Promoção da cidadania TOTAL Unidades Móveis Com estas acções, a SUMA assume uma posição inequívoca de Responsabilidade Social, promovendo deste modo a aquisição de competências sociais e individuais. 84 7.3 Economia i. Desempenho económico Negócio Engenharia e Construção Apresenta-se em seguida uma descrição da presença, resultados e tendências a nível dos vários mercados geográficos da Mota-Engil Engenharia: Península Ibérica O mercado ibérico das obras públicas continuou a evoluir de forma diferenciada com o volume de adjudicações a crescer 19,5% em Espanha e a decrescer cerca de 30% em Portugal. A Mota-Engil Engenharia tem vindo a empreender as acções que lhe permitam manter a sua posição de liderança no segmento de mercado e atenuar os efeitos que a quebra verificada no investimento público está a provocar nas empresas do sector em Portugal. Uma menor actividade no mercado tradicional de construção civil e de infraestruturas foi compensada com um acréscimo em áreas de negócio especializadas, como são as da ferrovia, hidráulica e sinalização. A redução no volume de negócios não teve impacto ao nível da rentabilidade, tendo esta inclusivamente crescido, com a margem Ebitda a crescer de 11,2% para 12,8%, fruto de um melhor mix operacional das obras em carteira. Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Porto – Portugal A Mota-Engil Engenharia tem vindo a trabalhar no sentido de se posicionar para estar apta a aproveitar as oportunidades que os projectos a lançar até 2009 irão proporcionar ao nível do investimento em construção, nomeadamente no que respeita aos mega projectos do Novo Aeroporto de Lisboa e da Alta Velocidade, que garantirão um volume de construção significativo até 2015. A actividade da Mota-Engil Engenharia, apesar de ter crescido bastante em Espanha através da actuação no nicho de mercado das fundações especiais, mantém-se ainda a um nível residual. Foi recentemente constituída neste país uma sucursal para dar expressão ao crescente ritmo de pequenas adjudicações. Europa Central A Mota-Engil Engenharia mantém a sua estratégia de crescimento nos mercados em que já está presente assim como o alargamento a outros países na Europa Central, tendo aberto em 2006 estabelecimentos permanentes na Roménia e na Irlanda, países onde ganhou as suas primeiras obras e para onde pretende expandir as suas actividades. A4 – Polónia 85 7. DESEMPENHO O volume de negócios na Europa Central cresceu este ano 3% para cerca de 260 milhões de euros, continuando a apresentar-se como o segundo mercado, em termos de dimensão. África Em 2006, a Mota-Engil Engenharia procedeu à abertura de um estabelecimento permanente na Argélia, com o firme intuito de expandir os seus negócios para este novo mercado e foram constituídas em Angola empresas na área do aluguer de equipamentos e da sinalização. O segmento de negócio de África/América contribuiu para o volume de negócios da área com cerca de 230 milhões de euros, destacando-se a performance em Angola. Projecção da ponte sobre o Rio Catumbela – Angola No exercício de 2006, a Mota-Engil Engenharia consolidou o crescimento evidenciado no ano anterior e alcançou um grande volume de adjudicações, quer no sector privado quer no sector público, perspectivando-se por isso para 2007 um forte incremento na actividade. A Mota-Engil Engenharia tem vários projectos em estudo e tenciona aumentar no curto e no médio prazo o seu envolvimento em Angola. No que respeita às suas associadas já no terreno, ICER – Indústrias de Cerâmica, Lda. e PREFAL – Pré-Fabricados de Luanda, Lda, novos investimentos estão previstos na construção de unidades industriais, quer para aumento da capacidade instalada quer para a diversificação da oferta de produtos. De referir que a desvalorização do Dólar dos Estados Unidos contribuiu negativamente para o peso deste segmento de negócio, principalmente quando comparado com o ano anterior. Ainda assim, foi possível manter o volume de negócios e aumentar significativamente a contribuição para o Ebitda, o qual ascendeu a cerca de 26,5 milhões de euros. Barragem Rajucolta – Peru No decorrer do exercício iniciou-se a construção da ponte sobre o rio Zambeze em Moçambique, a obra pública de maior dimensão desde a independência deste país. América A actividade nos EUA e no Peru cresceu 10%, com a margem operacional a subir de 9,6% para 11,5%. 86 Nos EUA, o Grupo Mota-engil continua a estudar formas com vista a um maior envolvimento, quer na Flórida, quer no restante território. Valor económico directo gerado e distribuído INDICADOR Montantes ( ) A carteira de encomendas cresceu significativamente, esperando-se para 2007 a consolidação do crescimento verificado neste exercício. Valor económico directo gerado 1 000 193 890 Receitas 1 000 193 890 No que respeita ao Peru é esperada uma ligeira redução das margens para 2007, dado que o ano de 2006 foi beneficiado com um mix operacional extremamente positivo e que não se vislumbra repetível no futuro próximo. ii. Presença no mercado Apesar de não se encontrar formalizada uma política de preferência aos fornecedores locais, sempre que inicia um processo de procura no mercado a Mota-Engil Engenharia garante que estes são consultados e incluídos no processo de selecção, efectuado segundo critérios técnicos e financeiros previamente definidos. Actualmente os critérios de selecção aplicados incluem: relação qualidade/preço; prazo de execução ou entrega; apresentação de propostas variantes que cumpram ou melhorem os dois pontos anteriores. Valor económico distribuído 983 904 467 Custos operacionais 855 577 134 Salários e benefícios de empregados 102 062 573 Pagamento a fornecedores de capital 22 491 900 Pagamentos ao Estado Investimentos na comunidade Valor económico acumulado 3 636 233 136 627 16 289 423 Em igualdade de condições são utilizados os seguintes critérios: melhor cotação na fase de concurso e melhor avaliação interna. Para poderem beneficiar de adjudicações contratuais por parte da Mota-Engil Engenharia, os fornecedores são sujeitos a um processo de qualificação, onde são analisados segundo os seguintes aspectos: Idoneidade; Existência de alvarás; Capacidade técnica – meios humanos, equipamento e experiência em obras; Capacidade económico-financeira e Garantia da Qualidade. Encontra-se ainda definido um critério de avaliação de todos os fornecedores, que inclui questões relacionadas com ambiente e segurança e que é realizado após cada encomenda. As regras e condições gerais de fornecimento a cumprir pelos fornecedores e contratados da Mota-Engil Engenharia estão formalizadas, sendo estabelecidas Normas de Segurança no Trabalho e Normas Ambientais, a cumprir por todos os fornecedores e contratados. Os subcontratados que operem com a Mota-Engil Engenharia são integrados no Sistema de Gestão, sendo-lhes comunicadas as regras de ambiente (especialmente a nível da gestão de resíduos) e de segurança (incluindo a familiarização com os procedimentos de emergência). 87 7. DESEMPENHO Além disso, os colaboradores das empresas fornecedoras estão presentes nas acções de formação e acolhimento desenvolvidas no âmbito de cada empreitada. iii. Impactes económicos indirectos Dadas as características da actividade desenvolvida pela Mota-Engil Engenharia, no decorrer dos projectos de construção executam-se muitas vezes pequenos projectos de infra-estruturas para a comunidade local, que vão para além dos trabalhos contratados. Seguem-se alguns exemplos da actividade desenvolvida neste âmbito. Repavimentação de estradas municipais No âmbito dos trabalhos de execução da Empreitada da A11-Lote11, troço de Auto-Estrada localizado entre o Nó de Marco de Canaveses da A4 e o Nó de Lousada, atravessando os concelhos de Penafiel, Amarante e Lousada, foram realizados trabalhos de apoio à comunidade local, nomeadamente repavimentação de algumas estradas municipais. Os principais destinatários foram a Junta de Freguesia de S. Mamede de Recezinhos (C.M.Penafiel) e a Junta de Freguesia de Caíde de Rei (C.M.Lousada). Penafiel Lousada O valor aproximado do apoio prestado, ou seja, dos trabalhos de pavimentação realizados, foi de 24 000 . Melhoramento de acessos e fornecimento de material Foram desenvolvidos trabalhos de melhoramento dos caminhos circundantes à empreitada de Renovação Integral de Via e Plataforma da Linha de Évora, no Concelho de Montemor, Freguesia do Escoural, povoação localizada junto ao início da Obra – Casa Branca. Outros trabalhos envolvidos consistiram na contribuição de materiais à Junta de Freguesia em causa, para arranjo dos arruamentos da povoação, nomeadamente A.B.G.E., Rachão 50/250 e Terras Vegetais Provenientes da Obra. Évora – Escoral 88 i. Desempenho económico Negócio Gestão de Resíduos A maioria do mercado de prestação de serviços no qual a SUMA se insere é ainda operada por entidades públicas; não obstante este facto a SUMA obteve em 2006 a adjudicação de quatro novos contratos. O Grupo SUMA é líder de mercado com uma quota de 52% do mercado de operadores privados, servindo 18 municípios e uma população superior a 1 milhão de habitantes. Valor económico directo gerado e distribuído Aguardam-se grandes desenvolvimentos das políticas governamentais para o sector do Ambiente em Portugal, com novas estratégias na gestão dos resíduos, que fixarão metas a curto e médio prazo para cumprir com as directivas internacionais em matéria de redução, reciclagem e reutilização dos resíduos. Valor económico directo gerado 38 703 772 Receitas 38 703 772 Valor económico distribuído 35 404 154 Com a apresentação do Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU) II, onde o Governo pretende estabelecer objectivos concretos e definir a estratégia de investimento, com as orientações necessárias para o desenvolvimento do sector, será necessária uma adaptação rápida e determinada dos intervenientes privados por forma a proporcionar a sua maior participação nos processos e sistemas que lhes darão suporte. Custos operacionais 12 697 217 Salários e benefícios de empregados 13 867 503 Pagamento a fornecedores de capital 5 274 672 Pagamentos ao Estado 3 560 588 As novas prioridades serão essencialmente direccionadas para a valorização máxima dos resíduos, ao mesmo tempo que são preconizadas iniciativas de investimento público para a criação dos Sistemas de Gestão dos Resíduos. INDICADOR Investimentos na comunidade Valor económico acumulado Montantes ( ) 4 174 3 299 618 O planeamento da actividade para o próximo ano é necessariamente prudente, não só pelas expectativas ainda ténues de crescimento da economia nacional mas também pelas dificuldades de definição e de cumprimento das calendarizações para a execução de medidas no sector do Ambiente que não oferecem segurança nem optimismo num cenário de curto prazo. Assim, o posicionamento é sobretudo o de acompanhar atenta e interessadamente os desenvolvimentos neste sector, continuar a dinamizar a actividade e promover a melhoria contínua da qualidade do serviço prestado. ii. Presença no mercado Os fornecedores da SUMA estão agrupados em dois grandes grupos – principais e secundários. São considerados fornecedores principais aqueles cujo desempenho influencia directamente os serviços prestados pela SUMA, nomeadamente no que diz respeito à qualidade do serviço e às condições ambientais e de segurança em que este é realizado. Aos fornecedores secundários estão associadas aquisições e fornecimentos específicos, de acordo com a área geográfica em que se encontra implantado cada Centro de Serviço e são normalmente fornecedores locais. 89 7. DESEMPENHO A Qualificação e Avaliação de Fornecedores são realizadas de acordo com procedimento documentado e destina-se a todos os Fornecedores Principais. Apresentam-se em seguida os montantes de compras locais correspondentes aos Centros de Serviços da SUMA com maior dimensão: Aveiro, Sintra, Vila Nova de Gaia e Vale de Sousa, no ano de 2006. Conclui-se que o peso dos fornecedores locais varia com a localização geográfica, sendo que no geral o seu peso é de 42,5%. Compras Globais Componente Bens ( ) Serviços ( ) Compras Locais Total( ) Bens( ) Serviços( ) Total( ) % Aveiro 263 707 146 497 410 204 55 276 105 337 160 614 39,2 Sintra 790 853 237 967 1 028 820 289 091 188 308 477 399 46,4 Vila Nova de Gaia 905 532 272 400 1 177 931 223 827 169 256 393 082 33,4 Vale de Sousa 246 266 301 921 548 187 98 393 216 665 315 058 57,5 958 784 3 165 143 666 587 679 566 1 346 153 42,5 TOTAL 2 206 358 Implicações das alterações climáticas As alterações climáticas apresentam-se como um factor de mudança global para todos os sectores. No caso específico dos dois sectores abordados neste Relatório, a Engenharia e Construção e a Gestão de Resíduos, estes não apresentam questões específicas mas sim riscos e oportunidades comuns à maioria dos sectores económicos. Globalmente é admissível que o factor energético passe a ser um dos elementos a controlar. Um conglomerado empresarial da dimensão do Grupo Mota Engil mostra-se empenhado em actuar ao nível da monitorização do consumo energético das suas actividades, incluindo as áreas administrativas e de transportes de materiais e pessoas, promovendo acções de gestão que visem a redução desse consumo. As obras de engenharia civil não associadas ao sector imobiliário serão muito condicionadas ao nível da sua concepção de forma a minimizar o consumo energético. 90 Sendo já a minimização do consumo energético uma preocupação da Mota-Engil Engenharia, patente na actividade desenvolvida pela área de inovação, este facto alavancará adicionalmente a investigação na área e a aplicação de tecnologias e materiais mais eficientes. Procurando minimizar o impacto da sua actividade, nomeadamente a nível das emissões resultantes do transporte de resíduos, a SUMA adopta actualmente procedimentos adequados à redução das emissões, como a utilização de veículos novos, a optimização das rotas de transporte e recolha e a introdução de métodos que permitam a redução dos consumos e deslocações. É ainda de referir que o Grupo Mota-Engil está ciente que possivelmente o sector dos transportes será incluído no comércio de emissões de gases de efeito de estufa no período 2008-2012, o que irá introduzir um novo elemento de gestão no planeamento da actividade. Ao nível operacional, as condições climáticas extremas poderão dificultar a execução dos trabalhos, tanto ao nível da construção como da gestão de resíduos, já que ambas as actividades são executadas essencialmente ao ar livre. É ainda de referir que as alterações climáticas representam, contudo, oportunidades para algumas das actividades do Gupo Mota-Engil, como é o caso da Martifer, empresa que tem como objecto de actividade as energias renováveis (eólica, biodiesel, etc.) e da Mota-Engil Engenharia, a vários níveis: aumento dos trabalhos de construção de infra-estruturas, aumento da utilização de alguns produtos e serviços da Mota-Engil Engenharia (por exemplo, utilização de cimentos compostos, serviços de prospecção de água, etc.). 91 7. DESEMPENHO 7.4 Ambiente Negócio Engenharia e Construção Desenvolver a sua actividade no respeito pelo Ambiente é um dos princípios da Política de Responsabilidade Social da Mota-Engil Engenharia. Por forma a operacionalizar tal preocupação, a Mota-Engil Engenharia possui um Sistema de Gestão Ambiental implementado e Certificado, desde Maio de 2005, no âmbito da norma NP EN ISO 14001. Desenvolver a sua actividade no respeito pelo Ambiente é um dos princípios da Política de Responsabilidade Social da Mota-Engil Engenharia. Desde então, o Sistema tem sido sistematicamente melhorado, de modo a adaptar-se às necessidades, seja em relação à Legislação, requisitos de Clientes, reclamações e solicitações de outras partes interessadas relacionadas com o ambiente, como em relação à minimização de impactes ambientais. A Área Funcional Ambiente (AMB) tem um papel de coordenação, dinamização, formação e monitorização e é constituída por um núcleo Técnico, e auxiliada por vários Técnicos de Ambiente, distribuídos pelas Obras, em regime de observação contínua. A mudança de uma visão parcelar das questões ambientais para uma visão em consonância com o desenvolvimento sustentável, encoraja a Mota-Engil Engenharia a considerar as questões ambientais como responsabilidade de toda a empresa. A integração de considerações ambientais nas decisões estratégicas da Mota-Engil Engenharia demonstra a importância que atribuímos à melhoria contínua do nosso desempenho ambiental. A Mota-Engil Engenharia reconhece a sua dimensão e a influência que a sua actividade tem em matéria ambiental, comprometendo-se por conseguinte, a actuar de forma responsável, minimizando os potenciais impactos, directos ou indirectos, causados ao Ambiente pela sua actuação. O consumo de recursos naturais, a produção e gestão de resíduos, a utilização de substâncias perigosas, a emissão de efluentes, ruído e emissões atmosféricas fazem parte dos principais impactos ambientais de uma empresa do sector da construção. Para assegurar a protecção do ambiente aos vários níveis foram elaborados e implementados procedimentos específicos que asseguram o cumprimento de requisitos legais, a avaliação regular do desempenho ambiental e a consciencialização de todos os Trabalhadores, incluindo os Subcontratados, do sentido de responsabilidade pela protecção ambiental. 92 A gestão do Ambiente na Mota-Engil Engenharia traduz-se na adopção das seguintes práticas: • Definição de metodologias para a identificação e avaliação de aspectos ambientais associados a cada área de actividade; • Implementação de Procedimentos Específicos, Planos de Gestão de Resíduos, Planos de Emergência Ambiental e Programas de Monitorização que asseguram o controlo operacional de aspectos ambientais; • Definição de medidas que garantam o cumprimento pelos Subcontratados das regras definidas pela Mota-Engil Engenharia; • Acompanhamento do desempenho ambiental, efectuado quer pelos Técnicos presentes em Obra, bem como pelo Serviço Central – AMB; • Monitorização ambiental, a nível dos vários descritores; • Realização de Auditorias Internas a cada área de actividade. Em 2006, foram realizadas 29 Auditorias Técnicas de Ambiente (16 Auditorias a Obras); • Formação e sensibilização ambiental. Em 2006, foram realizadas acções de formação sobre a gestão ambiental nas áreas de negócio Engenharia e Construção e Agregados. • Além disso, foram promovidas acções de direct mailing a todos os colaboradores da Mota-Engil Engenharia sobre os temas resíduos e energia. Valorização de lamas 93 7. DESEMPENHO i. Materiais Na actividade desenvolvida pela Mota-Engil Engenharia, os maiores consumos de materiais estão associados aos trabalhos de execução de obras e à extracção de minerais. Na seguinte tabela descrevem-se os principais materiais consumidos pela Mota-Engil Engenharia, em 2006, e respectivas quantidades. Tipo de Material Quantidade Agregados (ton) 2 826 934 Metais ferrosos (ton) 71 046 Cimento a granel (ton) 58 531 Betume (ton) 2 584 Adjuvantes (m3) 517 Bentonite (ton) 72 Óleos (m3) 128 Massas lubrificantes (ton) 12 Solventes (ton) 5 Tintas e vernizes (m3) 9 Papel para impressão (nº resmas) 26 109 No que se refere à utilização de materiais reciclados de fontes externas, sempre que possível, a Mota-Engil Engenharia procede à integração destes materiais nas suas actividades, tendo em 2006 sido utilizadas 199146 toneladas na instalação de britagem de Vila Viçosa, com origem nos escombros da produção de mármore de pedreiras da região e ainda utilizadas cerca de 101 toneladas de tubos de aço provenientes de microestacas da área de Fundações. 94 ii. Energia A principal forma de energia consumida pela Mota-Engil Engenharia é, naturalmente, o gasóleo associado ao funcionamento de máquinas e equipamentos e ao transporte de mercadorias. Totais Gasóleo Além deste consumo, verifica-se ainda o consumo de electricidade, sendo os respectivos totais de consumo em 2006 indicados na tabela seguinte. Electricidade Consumo (GJ/Ano) 289 985 45 035 GJ – Unidade de consumo de energia Consumo de Gasóleo (GJ/ano) Consumo de Electricidade (GJ/ano) 0.3% 2.5% 1.0% 1GJ = 1 000 000 joules 0.2% 0.1% 6.4% 4.6% 10.4% 7.6% 9.4% 22.0% 55.1% 80.4% Pedreiras / Agregados Construção Infraestruturas Engenharia Pedreiras / Agregados Construção Infraestruturas Engenharia Fundações Especiais Betão Pronto / Betões Hidráulicos Estaleiro de Porto Alto (Área Equipamento) Betão Pronto / Betões Hidráulicos Estaleiro de Porto Alto (Área Equipamento) Geotecnia Geotecnia Laboratório Central (Núcleo Geotecnia) Laboratório Central (Núcleo Geotecnia) São várias as actividades implementadas pelas várias áreas de negócio da Mota-Engil Engenharia com vista à optimização do consumo de energia, destacando-se as seguintes: • Deslocação dos consumos de electricidade para as horas de vazio (Agregados); • Baterias de condensadores (Agregados); • Optimização das composições em termos de ligante, conduz a redução do consumo de cimento e água (Betões). 95 7. DESEMPENHO iii. Consumos de água A principal origem de água consumida é a captação subterrânea, sendo além desta consumida também água de captação superficial e água da rede pública. Os principais consumos estão associados à área de negócios Pedreiras, seguindo-se a área do Betão Pronto e a Construção de Infra-estruturas e Engenharia. Nas restantes áreas de negócio os consumos não são significativos. Consumo de Água (M3/ano) 0.04% 0.09% 1.28% 3.45% 3.14% Consumo (m3) Captações subterrâneas 1 297 748 Rede pública 48 249 Captação superficial 19 569 TOTAL 1 365 566 92% Pedreiras / Agregados Betão Pronto / Betões Hidráulicos Construção Infraestruturas Engenharia Estaleiro de Porto Alto (Área Equipamento) Geotecnia Laboratório Central (Núcleo Geotecnia) Das actividades implementadas pelas várias áreas de negócio da Mota-Engil Engenharia, com vista à redução do consumo de água, destacam-se as seguintes: 96 • Reutilização de água: (Agregados e Betões). Testes efectuados demonstraram que a utilização de 30 a 50% de água reciclada conduz a um aumento da resistência do betão endurecido, resultado de alterações físicas (alargamento da granulometria do lado dos finos) e químicas (formação de novos produtos de hidratação); • Aproveitamento de água da chuva através da sua recolha em bacias de decantação (Agregados); • Recirculação de água nas centrais de produção de areia (Agregados); • Optimização das composições em termos de ligante, conduz a redução do consumo de cimento e água (Betões); • Utilização de químicos que reduzem o consumo de água (Betões); • Reaproveitamento das águas das centrais de betão, em tanques de decantação, sem água sobrante (Betões); • Reaproveitamento das águas de lavagem (Geotecnia). iv. Biodiversidade A Mota-Engil Engenharia não tem instalações localizadas em áreas classificadas ou em zonas protegidas. Para todas as áreas de negócio é efectuada a identificação e avaliação dos impactes ambientais, sendo analisados, entre outros, os impactes sobre a biodiversidade. No caso das obras sujeitas a elaboração de Estudos de Impacte Ambiental e Relatório de conformidade ambiental do projecto de execução (RECAPE) também a biodiversidade é tida em consideração. O mesmo cuidado existe na elaboração de Estudos de Impacte Ambiental para a exploração de Pedreiras. Descreve-se em seguida um exemplo da atitude e dos procedimentos que têm sido adoptados na protecção de uma espécie muito conhecida da avifauna portuguesa, na Pedreira da Herdade de Benafessim. Embora não se encontre localizada em qualquer área protegida, a Pedreira da Herdade de Benafessim, situada no concelho de Montemor-o-Novo, tem merecido especial atenção no que toca à preservação do habitat das andorinhas que nidificam na área de exploração da Pedreira. A pedreira da Herdade de Benafessim iniciou a sua actividade em 2004 e encontra-se vocacionada para o fabrico de agregados com aplicação em obras rodoviárias, ferroviárias, hidráulicas e de betão. A fracção fina resultante da fragmentação da rocha utilizada para o fabrico de misturas betuminosas tem vindo a ser ocupada nos últimos anos por andorinhas que chegam normalmente em Fevereiro e se mantêm no local até Setembro. A cada ano que passa o número de andorinhas aumenta. Para além de possuírem um local onde é fácil construir o abrigo de nidificação, a área, pela sua envolvente rural e pouco povoada, proporciona alimento em abundância. A pedreira, que possui uma reserva de água no interior da escavação, é o local escolhido pelas andorinhas para constantes viagens, mesmo durante o período de funcionamento do estabelecimento industrial. Assim e entre Fevereiro e Setembro, enquanto o stock da fracção fina se encontra ocupado pelas andorinhas, é constituído outro stock de material fino que possa ser utilizado sem provocar deterioração no habitat ocupado por esta espécie migratória. Ano após ano as andorinhas regressam ao local, construindo os seus abrigos para nidificação, preservando-se assim em condições apropriadas o habitat da espécie e sem causar qualquer interferência com a operação normal da pedreira. Abrigos de nidificação de andorinhas – Pedreira da Herdade de Benafessim 97 7. DESEMPENHO Emissões de CO2 25 000 Fontes de emissões gasosas São essencialmente duas as tipologias de emissões associadas ao sector da construção: as emissões gasosas resultantes do transporte e as emissões de poeiras resultantes da movimentação de máquinas e veículos. 21 488 20 000 15 000 t/ano 10 000 v. Emissões 5 567 5 000 Sendo o CO2 a emissão gasosa emitida pela Mota-Engil Engenharia com maior relevância, quer em termos de quantidade, quer em termos de impacte, sobretudo considerando o actual contexto das alterações climáticas, foram calculadas as emissões de CO2 associadas ao consumo de gasóleo e de electricidade. 0 Gasóleo Electricidade Para o cálculo destas emissões recorreu-se a factores de emissão de CO2 (Gasóleo: 74,1 kg/GJ – Fonte: Instituto do Ambiente e Electricidade: 445 g/KWh líquido – Fonte: EDP). É ainda de referir, que a actividade da Mota-Engil Engenharia não provoca a emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono. Actividades desenvolvidas As emissões resultantes do transporte são minimizadas pela utilização de veículos recentes, que resultam em menores emissões, sendo garantido o seu estado adequado de manutenção, evitando as deficiências de carburação que originam excessivas emissões de escape. Quanto à minimização das emissões de poeiras, as medidas normalmente adoptadas incluem, entre outras, as seguintes: humedecimento dos solos, transporte coberto de terras, silos encapsulados, uso de equipamentos providos de sistemas de captação e lavagem dos rodados das viaturas. As medidas de minimização das emissões gasosas a adoptar em obra estão formalizadas em procedimento operacional, incluem a delimitação de caminhos de acesso de maquinaria e camiões ao estaleiro e a lavagem dos rodados e são aplicadas em todas as obras da Mota-Engil Engenharia. Quanto a emissões de fontes fixas, a Mota-Engil Engenharia efectua a monitorização de efluentes gasosos e, sempre que necessário, procede à instalação de filtros para remoção de partículas. A proibição da utilização de substâncias que empobrecem a camada do ozono abrangidas pelos dispositivos comunitários é tida em consideração na aquisição de novos equipamentos. 98 A Mota-Engil Engenharia já dispõe de Inventário de CFC e Plano de Eliminação a Longo Prazo, que contempla a eliminação/substituição gradual destes compostos, tendo em consideração os prazos estabelecidos nas disposições comunitárias. Actividades futuras Resultado da procura constante em prol da melhoria contínua do seu desempenho nesta área, durante o ano de 2007 serão realizados ensaios de utilização de diversos produtos químicos para aglutinação de partículas e minimização das emissões de poeiras, com consequente redução do consumo de água. vi. Efluentes Uma característica das actividades desenvolvidas pelas áreas de negócio da Mota-Engil Engenharia é a relativa reduzida quantidade de efluentes produzidos. Fundamentalmente, além das águas residuais domésticas, são produzidas águas residuais resultantes da escorrência e lavagem de areias (negócio Agregados) e águas residuais industriais provenientes de lavagem e manutenção de equipamento e dos postos de abastecimento de combustível. Para minimizar os impactes da sua actividade a nível da produção de águas residuais, a Mota-Engil Engenharia adopta as medidas necessárias: • Instalação de separadores de hidrocarbonetos, para tratamento de águas residuais industriais, com a rejeição do efluente licenciada; • Instalação de filtro prensa para água de escorrência de areias e de lavagem das areias (negócio Agregados); • Tratamento dos esgotos domésticos em grupos depuradores, com a rejeição do efluente licenciada, sempre que não seja possível a ligação ao colector municipal. vii. Ruído São inúmeros os trabalhos que provocam ruído no sector da construção, com impactes tanto a nível ambiental como laboral, desde a movimentação de máquinas, à utilização de explosivos ou de ferramentas de impacto (como martelos pneumáticos). A Mota-Engil Engenharia procede à monitorização do ruído ambiente e das vibrações associadas às suas actividades. A monitorização do ruído ambiente é efectuada internamente pela área do Ambiente, tendo em 2006 sido efectuadas 29 caracterizações do ruído ambiente. 99 7. DESEMPENHO A minimização deste impacte é assegurada através da utilização de equipamentos com baixo nível de emissão sonora, da racionalização da circulação de veículos e de maquinaria, da manutenção e revisão periódica de veículos e maquinaria de apoio, da utilização das melhores técnicas de rebentamento de explosivos. A nível de introdução de melhorias com vista à redução das emissões de ruído, destaca-se a aquisição pela área de negócio Agregados de equipamento para desmonte de rocha explosivo, que permite menores emissões de ruído, vibrações e projecções. Totais Quantidades (ton/ano) Resíduos industriais perigosos 206 Valorização (Códigos R) 103 Eliminação (Códigos D) 103 Resíduos industriais não perigosos 240 747 Valorização (Códigos R) 25 615 Eliminação (Códigos D) 215 132 Destino dos Resíduos Produzidos Valorização 11% viii. Resíduos São em grande quantidade e diversidade os resíduos produzidos pela Mota-Engil Engenharia, mas na sua maioria os resíduos produzidos são não perigosos. Para garantir a sua correcta gestão, a Mota-Engil Engenharia procede à sua triagem e acondicionamento em condições ambientalmente adequadas, definidas em Procedimentos Específicos, e procede ao seu encaminhamento para operadores devidamente licenciados. Os principais resíduos produzidos são: • Resíduos equiparados a domésticos, papel e cartão, plástico; • Lamas dos filtros prensa para água de escorrência de areias – constituídas por materiais finos, com matéria orgânica e argila, normalmente reutilizados nos processos de enchimento (negócio Agregados); • Óleos; • Resíduos resultantes da manutenção de equipamento; • Betão, Misturas Betuminosas e Resíduos de Construção e Demolição. Na tabela que se segue são caracterizados os resíduos produzidos em 2006. De salientar que, por não existirem valores de produção anual em peso para determinados tipos de resíduos, nem dados para a sua conversão, não foi possível a inclusão de alguns resíduos neste Relatório. É objectivo da Mota-Engil Engenharia para 2007 a determinação do peso destes resíduos, pelo que no próximo Relatório os mesmos já poderão ser incluídos. Eliminação 89% 100 São várias as iniciativas desenvolvidas pela Mota-Engil Engenharia com vista à redução da produção de resíduos, nomeadamente a nível da I&D e Inovação, como a valorização de lamas industriais provenientes da lavagem das areias na produção de agregados em infra-estruturas rodo-ferroviárias e outras obras geotécnicas, a reciclagem a quente de misturas betuminosas e a utilização de betume modificado com borracha proveniente de pneus fora de uso na pavimentação de estradas. Não se registou em 2006 a ocorrência de derrames significativos na organização. Quantidade Total de Resíduos por Tipo e por Método de Tratamento 250 000 200 000 150 000 ix. Produtos e serviços Eficiência energética em edifícios Considerando que a eficiência energética de edifícios só é possível se na construção de edifícios foram consideradas as melhores soluções em termos de consumo energético, a Mota-Engil Engenharia procura aplicar logo na fase de construção de edifícios os princípios, normas e tecnologias que promovem a utilização racional de energia. t/ano 100 000 A nível da mitigação dos impactos ambientais dos produtos e serviços da Mota-Engil Engenharia, além das diversas acções já referidas, destacam-se as seguintes áreas: 50 000 0 Resíduos Industriais perigosos Valorização (Códigos R) Resíduos Industriais não perigosos Eliminação (Códigos D) Recuperação paisagística de pedreiras Com o objectivo de minimizar o impacte da exploração das pedreiras, a Mota-Engil Engenharia tem definidos Planos de Recuperação Paisagística que serão implementados em articulação com os Planos de Lavra. x. Conformidade Não foram registadas multas de montante significativo por incumprimento de requisitos legais ambientais. xi. Transporte A frota da Mota-Engil Engenharia (incluindo ligeiros, máquinas e pesados) tem uma idade média reduzida, cerca de 5,5 anos, o que se traduz em menores consumos de combustível, emissões gasosas e ruído. Uma parte significativa das actividades de transporte de produtos incluídas no âmbito dos serviços prestados pela Mota-Engil Engenharia é desenvolvida por operadores de transporte contratados para o efeito. No caso especifico da área de negócios Betões, a sua frota própria não inclui carros com mais de 6 anos, e no caso dos transportes por esta contratados, além de controlarem os consumos de combustível por km percorrido, está implementado um sistema de incentivos para os subcontratados com betoneiras novas, aos quais é garantida uma facturação mínima. 101 7. DESEMPENHO Negócio Gestão de Resíduos No âmbito das actividades de gestão ambiental, a SUMA efectuou um diagnóstico ambiental onde procurou identificar e avaliar exaustivamente os diversos aspectos e impactos ambientais das suas actividades, e definir as medidas de controlo associadas e os objectivos e metas a atingir. São os seguintes os compromissos assumidos na área ambiental pela SUMA: • Garantir a compreensão e apreensão por todos os Trabalhadores da necessidade de adoptar uma atitude consciente e responsável perante o Ambiente; • Assegurar o cumprimento dos requisitos Ambientais aplicáveis, impostos pela Legislação e pela Organização; • Implementar indicadores visando a melhoria contínua do desempenho ambiental; • Promover a utilização racional dos recursos naturais, tendo em vista a compatibilização do desenvolvimento da organização com a envolvente natural; • Avaliar de forma regular e sistemática os impactos ambientais das operações tendo em vista a prevenção da poluição. No âmbito das actividades de gestão ambiental, a SUMA efectuou um diagnóstico ambiental onde procurou identificar e avaliar exaustivamente os diversos aspectos e impactos ambientais das suas actividades, e definir as medidas de controlo associadas e os objectivos e metas a atingir. Na sequência do diagnóstico têm sido realizados investimentos em tecnologias e equipamentos com o intuito de prevenir ou minimizar eventuais impactos ambientais, sendo fornecidos neste Relatório de Sustentabilidade vários exemplos das acções desenvolvidas. i. Materiais Os principais materiais consumidos característicos das actividades da SUMA são os associados ao acondicionamento de resíduos, às actividades de limpeza urbana e à manutenção dos veículos e equipamentos da frota da SUMA. Tipo de Material Pneus (ton) Sacos de Plástico (ton) 102 Quantidade 109 30 Tintas, vernizes, diluentes (m3) 2 Papel (ton) 5 Acumuladores (ton) 8 Total Químicos Produção (Herbicida, Desinfectante, detergente e lixívia) (m3) 22 Lubrificantes (m3) 60 Manutenção Automóvel (m3) 12 Na tabela que se segue resumem-se os principais consumos referentes a 2006. A monitorização e optimização do consumo de Matérias-Primas e Recursos é uma das grandes prioridades da SUMA, sendo este um dos aspectos considerados no âmbito da actividade de investigação e desenvolvimento. No que se refere à utilização de materiais reciclados, sempre que tecnicamente possível a SUMA utiliza este tipo de produtos. Em 2006, registou-se o consumo de cerca de 992 pneus recauchutados, o que corresponde a cerca de 52% dos pneus consumidos. Outro exemplo de utilização de materiais que integram resíduos no seu processo produtivo são os sacos plásticos utilizados nas papeleiras instaladas na via pública para deposição de resíduos. Na tabela que se segue resumem-se as quantidades consumidas em 2006, em toneladas. Materiais reciclados (ton) Pneus Recauchutados 65.47 Tinteiros 0.005 Tonners 0.06 Sacos de Plástico 8.92 103 7. DESEMPENHO ii. Energia Os principais consumos de energia da SUMA decorrem das actividades de transporte de resíduos e de funcionamento de equipamentos, maioritariamente sob a forma de gasóleo. Consumo de Energia (GJ/ano) Registam-se ainda consumos de gasolina e electricidade, cuja significância é reduzida. Com vista à redução do consumo de combustível, a SUMA recorre a técnicas de optimização de rota através de georeferenciação, e à utilização de equipamento que permite realizar circuitos de recolha e de limpeza urbana com redução dos consumos de combustível. 1 960 1.8% 2 500 2.3% Destacam-se ainda as seguintes medidas: 102 282 95.9% Gasóleo Gasolina Electricidade • • • • • • • • Sensibilização a motoristas para condução económica; Manutenção preventiva de equipamentos; Aquisição de viaturas que cumprem com os actuais requisitos em matéria de emissões; Formação de ambiente e sensibilização ambiental; Monitorização de consumo de combustível por unidade de resíduo transportado; Substituição de monitores CRT por TFT (redução das radiações, aumento do visor e menos consumo de energia); Criação de ilhas informáticas; Aumento da área de iluminação natural. É ainda de referir que, em resultado das actividades de inovação desenvolvidas pela SUMA, têm sido optimizados os processos de recolha de resíduos, frequentemente com vantagens a nível do consumo de energia (por exemplo, o caso do sistema SUMA-VLE, na higienização de contentorização de grande volume). iii. Consumos de água A actividade da SUMA responsável por maiores volumes de água consumida é a lavagem de ruas e de equipamentos, contentores e viaturas de recolha tendo o total de água consumido em 2006 sido aproximadamente de 88 mil m3. As fontes de água utilizadas são diversas, dependendo do local de operação e do tipo de contrato existente, podendo ser usada das seguintes origens: rede pública, boca-de-incêndio, captação própria ou captação do Município ou outros pontos indicados pelo cliente, designadamente autarquias. 104 Para optimização do número de viagens efectuadas e, consequentemente, dos consumos de água, a viatura lava o máximo de contentores possível em cada viagem, o que obrigou igualmente à melhoria das técnicas de lavagem. Consumo de Água (M3/ano) Encontra-se em curso um estudo com a Universidade de Aveiro para reutilização de água de lavagem de viaturas para lavagem de pavimentos, que consistiu em tratar o efluente num reactor biológico do tipo SBR (Sequencing Batch Reactor). Os objectivos deste estudo são: Rede Pública 19% 16 720 m3 – Melhorar os resultados do tratamento dos efluentes (águas residuais provenientes da zona de lavagem); – Avaliar a viabilidade de reaproveitar a água tratada para a lavagem de viaturas. Numa segunda fase do projecto, que deverá iniciar-se em 2007, o processo será estudado à escala piloto, para garantir que o sucesso alcançado à escala laboratorial é de facto consistente. iv. Biodiversidade A SUMA não tem instalações em áreas classificadas ou em zonas protegidas, sendo estas normalmente localizadas em Parques Industriais ou espaços afins. Captações Subterrâneas 81% 71 280 m3 v. Emissões Uma das actividades desenvolvidas pela SUMA que origina maiores impactos ambientais, a nível das emissões gasosas e de ruído, é a recolha e o transporte de resíduos. A minimização destes impactos é conseguida através da utilização de veículos recentes, que asseguram o condicionamento dos níveis de poluição sonora e atmosférica (mais de 80% da frota da SUMA é conforme a norma Euro 2). Sendo das emissões gasosas da SUMA o CO2 a emissão mais relevante, foram estimadas a partir de factores de emissão as emissões correspondentes aos consumos de combustível (gasóleo e gasolina) e electricidade da SUMA em 2006. Foram também calculadas as emissões de CO2 associadas ao consumo de gasolina e gasóleo referentes ao transporte de colaboradores. 105 7. DESEMPENHO Emissões de CO2 8 000 Nota: Para o cálculo destas emissões foram utilizados factores de emissão de CO2: Gasóleo: 74,1 kg/GJ - Fonte: Instituto do Ambiente; Gasolina 69,3 kg/GJ - Fonte: Instituto do Ambiente; Gás Natural: 56,1 kg/GJ - Fonte: Instituto do Ambiente; Electricidade: 445 g/KWh líquido - Fonte: EDP. 7 353 7 000 6 000 5 000 4 000 É ainda de referir que a actividade da SUMA não provoca a emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono. 3 000 226 173 242 Gasóleo Transporte Colaboradores Gasolina Transporte Colaboradores Electricidade 0 3 Gás natural 1 000 Gasóleo t/ano 2 000 Conforme referido anteriormente, as emissões atmosféricas associadas aos transportes são minimizadas graças ao facto de a frota da SUMA ser relativamente recente, o que resulta em menores quantidades de emissões gasosas. A idade média da frota da SUMA é de 7 anos para os equipamentos a gasóleo e de 5 anos para os equipamentos a gasolina. vi. Efluentes Os efluentes produzidos pelas actividades de limpeza de ruas ou de contentores da SUMA são descarregados nos locais contratualmente indicados pelas Câmaras Municipais, tendo em 2006 sido registados cerca de 44 mil m3 de efluentes descarregados em colectores municipais de águas residuais. Na actividade de aplicação de herbicidas a SUMA utiliza produtos aprovados pelo Ministério da Agricultura, seguindo instruções de utilização que optimizam as doses usadas, minimizando desta forma os impactos negativos associados a esta operação. A SUMA adopta uma atitude preventiva, promovendo sobretudo o corte mecânico e a aplicação localizada e evitando a utilização massiva do produto. A SUMA desenvolve as suas actividades adoptando as medidas adequadas de gestão dos efluentes líquidos produzidos, incluindo: • O tratamento de águas residuais das lavagens das viaturas antes da sua descarga para a rede pública; • A monitorização regular dos sistemas de tratamento instalados através de análises laboratoriais por laboratório acreditado. vii. Ruído Na Gestão de Resíduos há várias actividades que produzem ruído ambiental, sendo que as relacionadas com a limpeza urbana mecanizada (varredura mecânica, aspiração de folha, corte de ervas) e com a recolha de resíduos, efectuada com maquinaria (veículos ligeiros ou pesados equipados com cubas de deposição e compressão, ou mangas de aspiração) podem provocar incómodo na envolvente. Dado tratarem-se de actividades desenvolvidas na envolvente urbana, as questões são relevantes apenas em horário fora do período normal de tráfego e agitação dos espaços públicos. 106 A actividade da SUMA está abrangida por legislação relativa à medição do ruído ambiental de equipamento a operar na via pública, sendo estas medições conduzidas internamente por técnicos com formação adequada e recorrendo a equipamento da organização, ou no âmbito de monitorizações periódicas ou por solicitação das partes interessadas. Ainda assim a SUMA procura reduzir o ruído na fonte quando adquire os equipamentos através do reforço dos sistemas de isolamento acústico dos motores auxiliares, manutenção adequada dos equipamentos, formação dos trabalhadores em especial dos motoristas e operadores dos equipamentos. A alteração dos circuitos ou dos horários da recolha sobretudo de resíduos selectivos cuja descarga provoca particular ruído é uma opção que é considerada quando claramente se justifica. viii. Resíduos Os principais resíduos produzidos pela SUMA são: óleos, sucatas, pneus usados e lamas provenientes de separadores óleo/água. Destaca-se, no que se refere ao destino final dos resíduos produzidos, que mais de 80% dos resíduos produzidos são valorizados, conforme os gráficos seguintes. Quantidade Total de Resíduos por Tipo e por Método de Tratamento Destino dos Resíduos Produzidos Totais Quantidades (ton/ano) Eliminação 14,7% 80 Resíduos industriais perigosos 27 Valorização (Códigos R) 12 Eliminação (Códigos D) 15 40 Resíduos industriais não perigosos 75 20 Valorização (Códigos R) 75 Eliminação (Códigos D) 0 t/ano 60 0 Resíduos Industriais perigosos Valorização 85,3% Valorização (Códigos R) Resíduos Industriais não perigosos Eliminação (Códigos D) Com vista à melhoria do seu desempenho a nível da gestão dos resíduos produzidos internamente, a SUMA procedeu em 2006 à melhoria do sistema de gestão instalado e que prevê: • Triagem e acondicionamento em contentores apropriados dos principais resíduos produzidos pela actividade da SUMA; • Encaminhamento a Operadores licenciados para a Gestão de cada Resíduo; 107 7. DESEMPENHO Não se registou em 2006 a ocorrência de derrames significativos na organização. Relativamente à prevenção e capacidade de resposta a incidentes ambientais, a SUMA implementou os procedimentos adequados no armazenamento e manipulação de substâncias químicas, listando-se em seguida algumas das medidas adoptadas de forma a prevenir a ocorrência de acidentes ambientais: • Bacias de retenção em postos de abastecimento de combustíveis, armazém de produtos químicos e resíduos; • Kits de contenção de derrames nas viaturas de apoio da oficina de forma a minimizar as consequências de eventuais derrames na via pública. ix. Produtos e serviços Com o objectivo de minimizar os impactes associados às suas actividades, a SUMA adopta no desenvolvimento dos seus serviços preocupações de carácter ambiental e social, conforme descrito anteriormente. É de referir que a sensibilização ambiental bem como a própria actividade de gestão de resíduos têm impacte positivo quer para o ambiente quer para a sociedade. x. Conformidade Não foram registadas em 2006 multas por incumprimento de requisitos legais ambientais. 108 7.5 Social 7.5.1 Recursos Humanos Gestão de Recursos Humanos Negócio Engenharia e Construção Considerando que os recursos humanos são um elemento diferenciador e de obtenção de vantagens competitivas, a Mota-Engil Engenharia reconhece os seus recursos humanos como a fonte da sua produtividade em termos reais, e considera essencial manter uma equipa de pessoas motivadas, estimuladas e devidamente recompensadas, cada uma com um papel específico no sucesso e desempenho da empresa. Assim, a gestão de recursos humanos tem como objectivos: • Planear e seleccionar os melhores recursos, garantindo a sua adequação às necessidades da empresa e a sua eficaz integração e adaptação à cultura e valores da organização; • Garantir uma política de retribuição equitativa que tenha presente não só o enquadramento do mercado, mas também o valor relativo de cada função e o seu contributo para os objectivos da empresa; • Promover um clima de bem-estar e satisfação, assegurando as melhores condições de trabalho e uma política adequada na área da segurança, higiene e medicina no trabalho. Em 2001, a Mota-Engil criou uma estrutura única que centraliza todos os serviços relacionados com as áreas de Controlo de Gestão, Contabilidade Financeira e Recursos Humanos, a Mota-Engil Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão, S.A. (MESP), obtendo desta forma sinergias a nível da optimização e da melhoria contínua dos padrões de qualidade do serviço. A MESP tem um papel extremamente importante na operacionalização e suporte das políticas definidas pela Mota-Engil, nomeadamente quanto aos Recursos Humanos, na concretização dos objectivos da sua gestão. É ainda responsável pela gestão do Centro de Formação da Mota-Engil. Considerando que os recursos humanos são um elemento diferenciador e de obtenção de vantagens competitivas, a Mota-Engil Engenharia reconhece os seus recursos humanos como a fonte da sua produtividade em termos reais, e considera essencial manter uma equipa de pessoas motivadas, estimuladas e devidamente recompensadas, cada uma com um papel específico no sucesso e desempenho da empresa. 109 7. DESEMPENHO Comunicação interna Considerando que a comunicação interna tem um papel importante no envolvimento e motivação dos trabalhadores, a Mota-Engil tem estabelecidos vários meios de comunicação regular com todos os trabalhadores, entre eles: • Publicação periódica do boletim informativo SINERGIA, meio privilegiado para divulgação dos acontecimentos mais relevantes para todos os colaboradores do Grupo, destacando o que de mais significativo ocorreu no seio das empresas e em geral nos sectores em que tem intervenção. Este boletim é disponibilizado em formato de papel e digital; • O Portal, instrumento de suporte e de divulgação de toda a informação referente ao Grupo Mota-Engil, sendo o meio de comunicação por excelência em matéria de políticas internas, ordens de serviço, comunicações de serviço, arquivo digital dos documentos de obra, entre outros. Permite ainda o acesso a um manual de e-learning de funcionamento e navegação no próprio Portal. Este instrumento permite uma aprendizagem rápida e eficaz no que se refere à utilização do mesmo; • siTEC, uma plataforma informática, permanentemente acessível a todos os colaboradores da Mota-Engil que tem como principais objectivos disponibilizar informação sobre normas, métodos e técnicas construtivas, promover ideias, estudos e projectos de inovação e partilhar e promover a partilha de experiências entre os colaboradores, obras e restantes sectores técnicos da empresa; • iTEC, boletim técnico da Mota-Engil Engenharia publicado bimestralmente, disponibilizado em formato digital e que tem como objectivo a divulgação e actualização de métodos e técnicas de Engenharia Civil, nomeadamente: informações técnicas publicadas, práticas correntes, alterações normativas, inovações ao nível de materiais ou de soluções construtivas, etc. 1. Emprego O sector da construção é um sector com grande importância no panorama do emprego em Portugal, com um peso de cerca de 10%. Importância da Construção no emprego nacional (2005; %) 12,1 10,4 9,5 8,2 5,4 6,0 5,0 7,0 6,4 6,0 5,4 5,0 5,8 4,0 3,5 3,0 UK SWE SPA SLC ROM POR POL NTL ITA HUN GER FRA DEN CZR CRC BUL 110 BEL 2,0 O número total de colaboradores da Mota-Engil Engenharia em 31 de Dezembro de 2006 era de 2955 apresentando-se no quadro que se segue a sua caracterização a nível do género e faixa etária. Mota-Engil E < 30 > 50 30 a 50 Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Total 31 79 43 162 3 46 364 Quadros Médios 0 11 9 98 1 44 163 Quadros intermédios 0 2 0 236 0 110 348 1747 Quadros superiores Profissionais altamente qualificados e qualificados 16 255 60 1019 7 390 Profissionais semiqualificados 0 23 10 31 5 13 82 Profissionais não qualificados 0 44 4 116 1 48 213 Praticantes/aprendizes 6 25 1 6 0 0 38 Cerca de 40% dos trabalhadores da Mota-Engil Engenharia desenvolvem a sua actividade com contrato a termo , característica típica deste sector, onde a rotatividade é bastante elevada (48,9% é o valor global da Mota-Engil Engenharia), conforme evidenciado nos gráficos seguintes. De referir ainda que a taxa de rotatividade é drasticamente maior no caso do género masculino. Nº de trabalhadores por tipo de contrato Rotatividade por faixa etária 2000 Efectivos Prazo 1600 1 000 < 30 30 a 50 > 50 750 1200 500 800 Estrutura Téc./ Administrativa Estaleiro de Porto Alto Geotecnia Electromecânico Fundações Especiais Betão Pronto 0 Agregados Estrutura Téc./ Administrativa Estaleiro de Porto Alto Geotecnia Electromecânico Fundações Especiais Betão Pronto Agregados Construção Infraestruras 0 Construção Infraestruras 250 400 111 7. DESEMPENHO Tendo como objectivo a motivação e a qualidade do desempenho dos seus trabalhadores, a Mota-Engil Engenharia aprofundou em 2006 o processo de avaliação de desempenho. Além das obrigações sociais previstas na legislação, a Mota-Engil Engenharia assegura a todos os seus trabalhadores outros benefícios: • Autocarros para transporte de colaboradores; • A política actual dos Seguros de Saúde e Acidentes Pessoais tem como beneficiários os trabalhadores do quadro permanente, bem como os da estrutura técnica/administrativa e chefias de produção com contrato a termo cuja duração seja superior a 6 meses; • Complementos de subsídio de doença e acidentes de trabalho aos colaboradores do Quadro permanente até ao limite de 30 dias/ano, para períodos de incapacidade temporária para o trabalho superiores a 8 dias, sendo que em situações excepcionais de doença grave o período de concessão tem sido alargado por decisão da Administração; • Realização da Festa de Natal; • Distribuição de prémios de antiguidade; • Atribuição de prémios de segurança aos responsáveis das Obras e Centros Autónomos (Pedreiras). 2. Trabalho e relações de gestão Relativamente às empresas nacionais, e de acordo com o estipulado pelo Código do Trabalho em vigor, a associação para defesa e promoção dos seus interesses é um direito de todos os trabalhadores. Em Portugal e no sector da construção a taxa de sindicalização é ainda relativamente baixa. 3. Segurança Ocupacional e Medicina no Trabalho Dadas as características da sua actividade, a saúde e segurança no trabalho é uma das prioridades da Mota-Engil. Segurança Ocupacional Dadas as características da sua actividade, a saúde e segurança no trabalho é uma das prioridades da Mota-Engil. A gestão das funções segurança e saúde no trabalho é assegurada através da implementação de um sistema de gestão da segurança certificado segundo a norma NP EN 4397 e encontra-se materializada em procedimentos e normas que interagem e integram, naturalmente, os processos de negócio e organizacionais em geral, formalizados na modelação de processos que suportam o sistema integrado de gestão. 112 Não obstante, ao nível de cada uma das obras, o sistema reflecte-se fundamentalmente no planeamento da segurança, suportando-se inevitavelmente no plano de segurança e saúde. O plano de segurança e saúde é o documento legal mais relevante na prevenção de riscos profissionais em estaleiros de obras. Desta forma o sistema encontra-se focalizado efectivamente na actividade da empresa, sendo um instrumento essencial para a prevenção dos riscos profissionais, garantindo-se o cumprimento dos aspectos fulcrais decorrentes de Directivas Europeias e Regulamentos constantes do acervo legislativo nacional. Em termos de organização, a prevenção de riscos profissionais assenta em dois vectores fundamentais que se complementam e cujos objectivos estão perfeitamente estabelecidos: • Direcção de Segurança – Órgão executivo, integrado na Direcção Geral de Apoio Técnico, que responde à Administração da empresa. É coordenado por um técnico localizado nos escritórios Sul da Empresa, auxiliado por vários técnicos de segurança localizados tanto nos escritórios do Sul como do Norte. Desta estrutura fazem ainda parte todos os restantes técnicos de segurança distribuídos por obras específicas, em regime de observação contínua; • Estrutura de Comissões de Segurança – As comissões de segurança têm por objectivo constituir uma estrutura independente, composta por representantes dos principais níveis hierárquicos com relevância na problemática da segurança e saúde no trabalho, que promove de modo integrado e harmonizado com as actividades de construção, os aspectos relacionados com a prevenção dos riscos profissionais. Neste contexto formaram-se as seguintes Comissões: a. Comissão Geral de Segurança: A Comissão Geral de Segurança é um órgão consultivo e informativo do Conselho de Administração, pretendendo-se que seja o fórum privilegiado para a reflexão e criação da verdadeira cultura de segurança na empresa. Fundamentalmente caberá a este órgão uma função de promoção, harmonização e dinamização de acções no âmbito da prevenção de riscos profissionais, competindo-lhe ainda propor políticas, objectivos e orientações no sentido de concretizar os objectivos determinados pelo Conselho de Administração; b. Comissões de Segurança de Obra: As Comissões de Segurança de Obra têm como âmbito de actuação a implementação da política e directivas da empresa nas respectivas obras, de acordo com uma metodologia de funcionamento estabelecida em regulamento específico. Estas Comissões não se devem limitar ao cumprimento dos requisitos legais devendo também ser o fórum apropriado para planear a segurança do trabalho no estaleiro, verificar a adequação do Plano de Segurança e Saúde à obra e analisar os níveis de prevenção ou protecção implementados; c. Comissões de Segurança de Centro de Exploração: As comissões de segurança de centro de exploração têm os mesmos objectivos das comissões de segurança de obra, mas com âmbito de actuação ao nível da própria unidade de exploração. Segurança Ocupacional e Medicina do Trabalho Principais indicadores Taxa / Índice Valor Índice de frequência 25.37 Taxa de doenças ocupacionais Taxa de absentismo 0.0 0.05 113 7. DESEMPENHO Medicina do Trabalho e Saúde Ocupacional No âmbito da Medicina no Trabalho, todos os colaboradores estão obrigados à realização de exames de saúde que, de acordo com a legislação em vigor, são tipificados em Exames de Admissão, Periódicos e Ocasionais. Estes exames destinam-se a verificar a aptidão física e psíquica do trabalhador para o exercício da sua profissão, bem como controlar a sua saúde. Os serviços da Medicina no Trabalho estão disponíveis em todos os locais de operação da Mota-Engil Engenharia. Complementarmente, a Mota-Engil Engenharia disponibiliza nos escritórios do Porto e de Linda-a-Velha um Serviço de Medicina Curativa, com a presença semanal de um médico. A actividade deste médico está inserida num protocolo com as Administrações Regionais de Saúde do Porto e Lisboa, o que permite a utilização de Receituário e Requisições de meios auxiliares de diagnóstico no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. São de destacar as seguintes actividades desenvolvidas neste âmbito: • • • • Realização de diagnóstico preventivo; Vacinação anti-gripe; Medicina Curativa; Realização de Campanha de Dádiva de Sangue. Saúde Ocupacional Semestralmente são realizadas por entidade externa acreditada avaliações de exposição ocupacional nas áreas de escritórios do Porto e Linda-a-Velha, sendo analisados os seguintes parâmetros: Partículas em suspensão, Dióxido de carbono, Monóxido de carbono, Temperatura e humidade relativa, Ruído, Iluminação, Campos electromagnéticos e Microrganismos em suspensão no ar. Controlo de alcoolemia De modo a prevenir Acidentes/Incidentes que tenham como origem o consumo de álcool durante o horário de trabalho a Mota-Engil Engenharia dispõe de procedimento específico para prevenção e controlo do alcoolismo, aplicável a todos os trabalhadores da Mota-Engil Engenharia e de subcontratados, em todos os locais de trabalho. 114 O controlo de alcoolemia é efectuado com carácter aleatório entre os trabalhadores que prestem serviço na empresa, bem como a todos os que apresentem indícios de embriaguez. Para os trabalhadores que apresentem uma taxa de alcoolemia igual ou superior a 0,5 g/l encontra-se previsto o acompanhamento médico e a aplicação de sanções e acções disciplinares. Os testes são efectuados por um técnico de segurança na presença do Director de Obra/Serviço, por analisadores devidamente aferidos e certificados. Os resultados são registados em impresso próprio. Prevenção e resposta a emergências Encontram-se definidas as metodologias que permitem responder a situações de emergência, mediante a implementação de Planos de Emergência Ambiental e de Planos de Emergência, no âmbito da Saúde e Segurança no Trabalho. 4. Formação e educação Em 2006, o total de horas de formação ministrada ao universo de colaboradores da Mota-Engil Engenharia atingiu as 19 301 horas, o que corresponde a uma média de 7 horas de formação por trabalhador. As principais áreas temáticas em que foram desenvolvidas acções de formação ao longo do ano de 2006 foram: Ambiente, Segurança e Qualidade, Sistemas de Informação e temas específicos relacionados com produção e áreas técnicas. Número de Horas de Formação por Categoria Profissional Para elaboração do Plano de Formação referente a 2007, foram consideradas as seguintes linhas de orientação: 30 24 25 20 15 Total Horas de Formação Horas de Formação por colaborador 5 1 Praticantes/ Aprendizes 1 Profissionais não qualificados 2 Profissionais semiqualificados Quadros Intermédios 4 Profissionais altamente qualificados e qualificados Prevenção e Segurança Será prioritário desenvolver um conjunto articulado de acções, quer de sensibilização quer de qualificação, abrangendo um conjunto alargado de colaboradores, a diferentes níveis, que reforce e alargue os conhecimentos nesta matéria, no sentido de garantir o permanente cumprimento dos requisitos legais e consolidar os padrões de excelência até hoje alcançados. 26 Quadros Médios Formação Comportamental Dinamizar projectos de formação contínua na área comportamental, nomeadamente ao nível da liderança, gestão na mudança, espírito de equipa e comunicação, permitindo aos diferentes níveis da organização, a melhoria de comportamentos e atitudes e o reforço das competências de gestão de equipas e de orientação destas para os resultados. 10000 9000 8000 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 Quadros Superiores Formação Técnica Promover formação específica que garanta o reforço e alargamento da base de conhecimentos e valências técnicas e de gestão de todos os quadros, designadamente das que se apresentam como mais críticas à prossecução dos objectivos da empresa nas suas diversas áreas. 115 10 5 0 7. DESEMPENHO Gestão da Qualidade Deverão ser equacionadas acções que reforcem o conhecimento dos colaboradores no que respeita ao Sistema de Gestão por Processos (SIPOG), de forma a permitir a consolidação e reconhecimento deste último com base na melhoria contínua do desempenho da organização. Gestão Ambiental Deverá ser desenvolvida formação adequada à crescente sensibilização dos colaboradores no domínio da gestão ambiental, facilitando a promoção de uma cultura empresarial de exercício da actividade no pleno respeito pelo meio ambiente. Informática Deverão ser alargadas e consolidadas as competências dos utilizadores das diferentes aplicações informáticas da empresa, designadamente do SAP, nos seus diversos domínios de utilização, por forma a melhorar os fluxos e consolidar a informação de gestão e a optimizar o ciclo de produção de tal informação. 5. Diversidade e igualdade de oportunidades Dadas as características da actividade desenvolvida, a Mota-Engil Engenharia é uma empresa com colaboradores tradicionalmente pluriétnicos, onde a integração de trabalhadores estrangeiros é promovida. É ainda de referir que sempre que justificável, a Mota-Engil Engenharia procede à tradução de documentação para algumas línguas. Dadas as características da actividade desenvolvida a Mota-Engil Engenharia é uma empresa com colaboradores tradicionalmente pluriétnicos, onde a integração de trabalhadores estrangeiros é promovida. A política de remunerações da Mota-Engil não diferencia os salários em função do género. É no entanto de referir que, naturalmente, algumas das funções inerentes às actividades de construção são desempenhadas por colaboradores do sexo masculino. 6. Protecção social A Mota-Engil Engenharia efectua apenas as contribuições correspondentes ao regime geral de segurança social em vigor em Portugal. O montante total das contribuições da Mota-Engil Engenharia para a Segurança Social foi de 10 889 499 euros. 116 7. Subsídios O total dos subsídios recebidos, incluindo Subsídios à Exploração (financiamentos via POE, Formação Profissional e API – Agência Portuguesa para o Investimento) e Benefícios Fiscais (via SIFIDE – Sistema de incentivos fiscais a I&D, Quotizações em associações empresariais, Donativos – Estatuto do Mecenato e Criação Líquida de Emprego) foi de 1 375 mil euros. Negócio Gestão de Resíduos Gestão de Recursos Humanos: Reconhecendo a importância deste recurso no seu desempenho, a SUMA assumiu vários compromissos relacionados com a gestão de recursos humanos e segurança, higiene e saúde no trabalho, que se encontram formalizados na sua política, nomeadamente: • • • • • Melhoria contínua das condições de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho; Prevenção de todo o tipo de incidentes, salvaguardando Pessoas, Bens e o Ambiente; Promoção da qualificação e da dignificação dos seus Trabalhadores; Gestão eficiente dos seus Recursos, procurando utilizar as melhores práticas disponíveis; Adopção de uma postura pró activa face às preocupações de Qualidade, Segurança e Ambiente, da Comunidade, dos Parceiros e dos Trabalhadores. Reconhecendo a importância deste recurso no seu desempenho, a SUMA assumiu vários compromissos relacionados com a gestão de recursos humanos e segurança, higiene e saúde no trabalho, que se encontram formalizados na sua política... Estes compromissos traduzem-se nas seguintes orientações para o desenvolvimento da actividade da SUMA: • Garantir a compreensão e apreensão por todos os Trabalhadores da necessidade de adoptar uma atitude consciente e responsável perante a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho; • Assegurar o cumprimento dos requisitos referentes à Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho aplicáveis, impostos pela Legislação e pela Organização; • Minimizar os riscos para os trabalhadores associados aos serviços prestados pela SUMA; • Desenvolver, com base nos dados disponíveis, planos que, em tempo real, garantam a coordenação e rapidez de resposta inerentes à gravidade da ocorrência; • Cooperar com todas as entidades públicas na promoção de acções de sensibilização e prevenção de acidentes de trabalho; • Assegurar a formação, informação, motivação e participação de todos os Trabalhadores; • Promover a valorização pessoal e profissional do Trabalhador, não só no seio da Organização como também no da Comunidade envolvente. 117 7. DESEMPENHO A aposta nas pessoas tem obrigado ao reforço das respectivas competências, o que passa sobretudo pela sua dignificação como recursos humanos e pela definição da missão e das competências da função do trabalhador. A missão dá necessariamente especial ênfase à dimensão de Responsabilidade Social do trabalhador, apelando à sua intervenção como cidadão nos mais pequenos actos, como trabalhador, mas sobretudo como pessoa. Assim ele será respeitado pela envolvente, e consequentemente sentir-se-á mais empenhado e motivado para com a sociedade, a organização em que se insere, a função que desempenha para consigo próprio, num processo de qualificação e melhoria contínuas como trabalhador. 1. Emprego O número total de colaboradores da SUMA em 31 de Dezembro de 2006 era de 909, apresentando-se no quadro que se segue a sua caracterização a nível do género e faixa etária. < 30 > 50 30 a 50 Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Quadros superiores 0 0 3 8 0 1 12 Quadros Médios 3 4 11 14 0 1 33 Quadros intermédios 0 1 0 22 0 16 39 Profissionais altamente qualificados e qualificados 3 24 7 148 1 38 221 Profissionais semiqualificados 0 8 1 7 0 4 20 Profissionais não qualificados 2 118 25 353 4 82 584 TOTAL Total 909 Cerca de 44% dos trabalhadores da SUMA desenvolvem a sua actividade com contrato a termo. No caso da SUMA, a rotatividade em 2006 foi de 32,5%, correspondente à saída de 295 trabalhadores. Além das obrigações sociais previstas na legislação, a SUMA assegura a todos os seus trabalhadores outros benefícios: • Seguro de saúde; • Festa de Natal para trabalhadores; • Atribuição de prendas de Natal aos filhos dos trabalhadores. 118 Numa procura constante pela melhoria contínua da sua prestação, a SUMA promove de dois em dois anos um Inquérito Geral aos Trabalhadores, que serve para recolher informações e sugestões junto dos mesmos, independentemente das suas posições hierárquicas e das suas funções. Pretende-se com este instrumento melhorar continuamente a prestação da organização internamente, ao nível dos métodos, procedimentos, produtividade e gestão, e externamente, ao nível da qualidade e imagem institucional da empresa e trabalhadores. Refira-se ainda a implementação a 100% de procedimentos de avaliação de desempenho semestral, tendo em 2006 sido sujeitos a avaliação todos os colaboradores da SUMA. 2. Trabalho e relações de gestão Relativamente às empresas nacionais, e de acordo com o estipulado pelo Código do Trabalho em vigor, a associação para defesa e promoção dos seus interesses é um direito de todos os trabalhadores. Em Portugal e no sector dos resíduos a taxa de sindicalização é ainda relativamente baixa. 3. Segurança Ocupacional e Medicina do Trabalho Segurança Ocupacional e Medicina do Trabalho Principais indicadores Segurança Ocupacional A área da Segurança Ocupacional dos trabalhadores é outra das prioridades da SUMA, pelo que, no desenvolvimento das suas actividades, é sempre considerada a prevenção de riscos e a segurança integrada de pessoas, equipamentos e instalações. Deste modo, a SUMA: • Procura assegurar o cumprimento da legislação e regulamentação vigente no âmbito da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho; • Integra nas opções técnicas e organizacionais os princípios da prevenção, assegurando a adequação dos processos e técnicas, a utilização correcta dos equipamentos, bem como um eficaz planeamento e gestão de meios humanos, técnicos e materiais; • Planeia para todas as actividades com riscos associados as medidas de prevenção e protecção necessárias, de modo a minimizar os efeitos de eventuais acidentes; • Garante que, antes de se iniciar qualquer trabalho, os executantes conhecem os riscos inerentes, os métodos a aplicar, as condições impostas, as ferramentas e/ou equipamentos a utilizar e a correcta utilização do equipamento de protecção individual (EPI); • Incentiva todos os Trabalhadores a reportarem qualquer anomalia que afecte a sua Segurança, Higiene e/ou Saúde, bem como a de terceiros e a zelarem pela sua própria segurança e pela dos seus colegas, que podem ser afectados pelas suas acções; • Analisa os acidentes e incidentes ocorridos, de forma a determinar as suas causas, com o objectivo de promover uma melhoria contínua das condições de trabalho de cada uma das funções que constituem a empresa. Taxa / Índice Valor Índice de frequência 14.8 Taxa de doenças ocupacionais 0.0 Taxa de absentismo 0.08 A área da Segurança Ocupacional dos trabalhadores é outra das prioridades da SUMA, pelo que, no desenvolvimento das suas actividades, é sempre considerada a prevenção de riscos e a segurança integrada de pessoas, equipamentos e instalações. 119 7. DESEMPENHO Destaca-se nesta área o desenvolvimento das seguintes actividades: • • • • • Melhoria da sua acção em matéria da Directiva de Equipamentos de Trabalho; Identificação, avaliação e controlo dos riscos por posto de trabalho; Monitorização do ruído ocupacional e ambiental; Implementação de programa de monitorização de vibrações; Implementação de sistema de gestão de SHST, em fase final de certificação segundo as Norma NP 4397:2001 e OHSAS 18001:1999. Prevenção e Resposta a Emergência A prevenção e o planeamento da resposta a emergência são assegurados através da implementação das metodologias definidas no procedimento documentado sobre organização da emergência, que tem como objectivo garantir que as potenciais situações de emergência das actividades da Organização são: • • • • • Identificadas de acordo com a probabilidade e gravidade da ocorrência; Avaliadas de acordo com os seus impactos ambientais associados; Definidas as medidas de controlo e mitigação dos impactos ambientais; Evitadas e quando tal não seja possível limitadas as suas consequências para o homem e para o ambiente; Comunicadas e tratadas com vista à melhoria e consequentemente à diminuição da sua ocorrência. Para teste e verificação da adequabilidade das medidas definidas, são efectuados simulacros, que têm como objectivo: • Identificar o nível de preparação, aceitação, cooperação e confiança dos trabalhadores para responder a situações de emergência; • Melhorar o desempenho e rever a especialização a partir da capacitação e actualização numa situação de emergência; • Testar o funcionamento de alarmes, sinalização, meios/equipamentos de combate a incêndios, bem como a coordenação das equipas de intervenção e a reacção dos trabalhadores aos alertas. Comissões de Ambiente e Segurança A SUMA tem comissões de ambiente e segurança, com formação específica, que se reúnem trimestralmente e representam a entidade patronal e os trabalhadores. Estas comissões são constituídas por 76 elementos efectivos, e 59 suplentes, o que corresponde a cerca de 8,4% e 6,5% do total de trabalhadores da SUMA, respectivamente. 120 O funcionamento destas comissões irá ser objecto de melhorias em 2007, nomeadamente a nível da capacidade de representação efectiva dos seus elementos, que irão receber formação específica mais adequada. Além disso, actualmente estas comissões incluem apenas aspectos de ambiente e segurança, sendo de prever que em 2007 o processo seja alargado à qualidade e possivelmente à inovação. Além dos serviços de saúde, as actividades desenvolvidas incluem acções de sensibilização, formação e auditoria: • Formação sobre riscos para SHST e doenças profissionais; • Informação geral sobre hábitos de alimentação, drogas, álcool; • Auditorias e inspecções de SHST e verificações de conformidade legal. Medicina do Trabalho São vários os serviços prestados pela SUMA aos seus trabalhadores na área da Saúde, no âmbito das actividades desenvolvidas pelas várias Estruturas de Serviços Médicos, incluindo Medicina do Trabalho, Medicina Curativa e Enfermagem. Entre outras, destacam-se as seguintes actividades desenvolvidas pela SUMA neste âmbito: • Realização de diagnóstico de carácter preventivo; • Vacinação anti-gripe e tétano; • Formação e sensibilização relativa a SHST. Controlo de alcoolemia De modo a prevenir Acidentes/Incidentes que tenham como origem o consumo de álcool durante o horário de trabalho ou fora dele, mas com impactos na actividade laboral, e cumprir os regulamentos legais sobre a matéria, todos os trabalhadores da SUMA estão sujeitos a controlo de consumo de bebidas alcoólicas, realizado de acordo com procedimento interno específico e nas seguintes situações: • Por sorteio através da Aplicação Informática de Controlo de Alcoolemia; • Caso o Trabalhador apresente evidências de estar sob o efeito de Álcool; • Caso o Trabalhador provoque um Acidente em contexto de trabalho e no período imediatamente subsequente, se estiver em condições de ser alvo do teste. 121 7. DESEMPENHO O controlo de Alcoolemia é realizado com equipamentos homologados para o efeito e por pessoal interno devidamente formado e autorizado para o efeito, e com base no Regulamento aprovado e comunicado às autoridades competentes. A SUMA implementou uma Base de Dados de Álcool (BD-ALC) nos seus vários Centros de Serviços. É uma aplicação informática de suporte ao processo de controlo de Alcoolemia que permite a selecção aleatória de Trabalhadores a controlar, o registo de um histórico de controlos e respectivos valores medidos, bem como o fornecimento de dados de monitorização do processo em tempo real. Ainda neste âmbito e em resultado das preocupações da SUMA com hábitos de consumo, foi realizado em 2005 um inquérito anónimo a trabalhadores sobre este tema, incluindo informação sobre o consumo de tabaco, café, álcool, medicamentos e estupefacientes e afins, no âmbito de campanha de sensibilização para problemas de dependências. 4. Formação e educação Considerando que o contínuo investimento na qualificação do capital humano da SUMA é um vector prioritário na estratégia de Gestão de Recursos Humanos, e conforme está patente na sua Política, a SUMA tem dedicado recursos consideráveis na formação dos seus trabalhadores, contribuindo directamente para a qualificação do Sector dos Resíduos e das funções a ele associadas e para a dignificação dos seus recursos humanos. Com vista à dignificação dos seus recursos humanos e das actividades desenvolvidas, directamente relacionadas com a gestão de resíduos e com a limpeza dos espaços públicos, a SUMA assegura a formação, motivação e participação activa dos trabalhadores no dia-a-dia laboral e nos actos importantes da empresa, procurando promover a valorização pessoal e profissional dos seus colaboradores no âmbito da empresa e da comunidade. Considerando que o contínuo investimento na qualificação do capital humano da SUMA é um vector prioritário na estratégia de Gestão de Recursos Humanos, e conforme está patente na sua Política, a SUMA tem dedicado recursos consideráveis na formação dos seus trabalhadores. Para o efeito, a SUMA conta com um departamento dedicado à Formação, acreditado pelo IQF como Entidade Formadora, e Acção Social (FAS) que tem por finalidade responder às necessidades internas de formação, com o objectivo fundamental de desenvolver a qualificação técnica e pessoal de todos os seus trabalhadores, prestando além disso serviços de formação externos especializados sempre que para o efeito é solicitada e consultada. Este departamento inclui uma Bolsa de Técnicos e Formadores com formação acreditada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional na vertente Pedagógica (possuindo o necessário Certificado de Aptidão Profissional – CAP) e experiência profissional técnica específica em áreas interdisciplinares e complementares. Dado que a SUMA opera em vários pontos do país, a dispersão geográfica poderia ser um impedimento à realização de actividades formativas. 122 Para ultrapassar esse constrangimento, a SUMA, para além de ter algumas instalações com espaços adequados à Formação, desenvolveu uma Unidade Móvel de Formação (UMF), com base numa viatura pesada de passageiros devidamente adaptada a Espaço de Formação, que contribui de forma decisiva para o reforço dos objectivos no contínuo investimento da qualificação do capital humano e contribuindo directamente para a dignificação do Sector e das funções associadas. São áreas de formação transversal e permanente a Comunicação, Desempenho, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Questões Ambientais, Condução Defensiva, Informática, e Práticas Administrativas e de Recursos Humanos, sendo um número significativo de actividades formativas orientado para estas áreas. Outras áreas de formação são a Formação na área Comportamental, Motivacional, Organizacional e de Liderança. Em 2006 foram realizadas e/ou coordenadas pela Coordenação de Formação 127 Acções de Formação com um número total de 1086 presenças. Unidade Móvel de Formação da SUMA Número de Horas de Formação por Categoria Profissional 1200 36 1000 800 22 Total Horas de Formação Horas de Formação por colaborador 5 3 1 Profissionais não qualificados Quadros Médios Quadros Superiores 0 Quadros Intermédios 6 200 Profissionais semiqualificados 400 Profissionais altamente qualificados e qualificados 600 40 35 30 25 20 15 10 5 0 5. Diversidade e igualdade de oportunidades A SUMA está empenhada numa política de igualdade de oportunidades para todos os seus trabalhadores e potenciais trabalhadores. As suas práticas, políticas e procedimentos laborais visam impedir a discriminação e o tratamento diferenciado em função da raça, cor, sexo, orientação sexual, idioma, credo, estado civil, existência de deficiência física, orientação política ou de opiniões de outra natureza, origem étnica ou social, propriedade, naturalidade, idade ou associação sindical. 123 7. DESEMPENHO A SUMA continuará a investir na formação e no desenvolvimento pessoal e profissional dos seus trabalhadores. A SUMA é uma empresa com características tradicionalmente pluriétnicas, que promove a integração de trabalhadores estrangeiros, tendo plena consciência da importância dos mesmos para o seu sucesso. A política de remunerações da SUMA não diferencia os salários em função do género, não existindo diferenças salariais entre homem e mulher. 6. Protecção social A SUMA efectua apenas as contribuições correspondentes ao regime geral de segurança social em vigor em Portugal. O valor total do montante pago em 2006 pela SUMA neste âmbito foi de 3 141 027 euros. 7. Subsídios A SUMA recebeu em 2006 incentivos (sob a forma de benefícios fiscais), referentes à criação de emprego para jovens, que totalizaram 425 933 euros. 7.5.2 Direitos Humanos O Grupo Mota-Engil respeita e promove os direitos humanos. Reconhece, com a comunidade internacional, que os direitos humanos devem ser universalmente salvaguardados. O Grupo Mota-Engil é contra qualquer tipo de discriminação em função da raça, cor, sexo, orientação sexual, idioma, credo, estado civil, deficiência física, orientação política ou de outra natureza, origem étnica ou social, propriedade, naturalidade, idade ou outras condições. É também contra a detenção arbitrária, execução ou tortura e a favor da liberdade de organização e associação pacíficas; liberdade ideológica, de consciência e religiosa; e das liberdades de opinião e de expressão e jamais empregará mão-de-obra infantil ou forçada. No Grupo Mota-Engil, só são contratados trabalhadores com mais de 18 anos. Excepcionalmente, e para realização de trabalhos específicos e com risco reduzido (em actividades que não a produção), são admitidos menores de 18 anos, mas com um conjunto de medidas. Em 2006, a Mota-Engil Engenharia não teve nenhum trabalhador com menos de 18 anos. 124 Os trabalhadores do Grupo Mota-Engil devem evitar actividades que conduzam a conflitos de interesse. Qualquer acordo ou entendimento relativos a favores ou benefícios em troca dos presentes/brindes devem ser evitados. Presentes/brindes que não recaiam no valor nominal não podem ser aceites sem total divulgação à chefia do trabalhador e seu prévio consentimento, conforme for aplicável. O Grupo Mota-Engil e os seus trabalhadores não pagarão nem oferecerão pagamento de subornos ou pagamentos ilícitos a representantes governamentais, candidatos e/ou partidos políticos, nem a qualquer entidade e/ou instituição, como forma de obtenção ou manutenção de negócios. O Grupo Mota-Engil fará o máximo ao seu alcance para firmar contratos apenas com empresas ou fornecedores que respeitem os direitos humanos e as legislações e práticas ambientais internacionais. É ainda de referir, a título de exemplo, a adesão do Grupo Mota-Engil ao Código de Conduta da Associação Nacional dos Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP) e a adesão ao Sistema de Mediação Laboral (SML) visando, neste último caso, permitir que trabalhadores e empregadores utilizam a Mediação Laboral para resolver litígios laborais sem recurso aos tribunais e através da figura de um mediador laboral imparcial e independente que procura obter uma acordo extra-judicial entre as partes, pondo assim termo a um conflito laboral emergente. O Grupo Mota-Engil respeita os mais elevados padrões de ética, nomeadamente os relativos à promoção da concorrência justa, proibição de subornos, pagamentos ilícitos e corrupção, títulos negociados publicamente, segurança no uso estipulado dos serviços que o Grupo Mota-Engil proporciona aos seus clientes, legislação e práticas laborais e ambientais, legislação de direitos humanos e normas de reconhecimento internacional, além da protecção aos direitos autorais e outras formas de propriedade intelectual. 7.5.3 Sociedade A Mota-Engil Engenharia promove processos de Concepção/Construção e Desenvolvimento em alguns dos seus negócios (Construção, Infra-estruturas e Engenharia e ainda Betões e Fundações). Quando a empreitada é de Concepção/Construção, o processo de Concepção é desenvolvido em conformidade com o processo Gerir Concepção, específico de cada processo de Negócio. O processo de Concepção garante a identificação das necessidades do Cliente, a identificação e avaliação dos Riscos Técnicos, dos Perigos e dos Riscos no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho assim como as respectivas medidas preventivas e os Aspectos Ambientais significativos, o planeamento do projecto, a definição das interfaces das equipas, a revisão das várias fases, a verificação dos resultados obtidos e a validação da concepção no produto final. 7.5.4 Produtos Negócio Engenharia e Construção 125 7. DESEMPENHO Para o caso de contratos de Concepção/Construção, a primeira fase da Concepção termina com a emissão dos ante-projectos que vão suportar a proposta a apresentar ao Cliente. Se a obra for adjudicada à Mota-Engil Engenharia, a fase de desenvolvimento pode ser assegurada pelo mesmo ou por novo Coordenador de Projecto, repetindo-se o ciclo do processo até à validação final. No âmbito da preparação das obras de Construção, Infra-estruturas e Engenharia (CIE) também são desenvolvidas actividades de concepção e desenvolvimento, nomeadamente de estruturas de apoio (cofragens e vigas de lançamento) que são utilizadas na construção mas não ficam incorporadas no produto final. Negócio Gestão de Resíduos A SUMA desenvolve, para todos os serviços prestados, uma avaliação de impactos ambientais e riscos para Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho (SHST), tendo para o efeito desenvolvido o Procedimento de Identificação de Aspectos Ambientais e Perigos e Avaliação de Impactos Ambientais e Riscos para a SHST, que se aplica a todos os processos, actividades, produtos e/ou serviços da Organização, para situações operacionais normais, anormais e/ou de emergência. Este procedimento é aplicado a todos os locais de trabalho, incluindo instalações próprias, instalações disponibilizadas por terceiros e trabalhos no exterior das instalações, e tem em conta as actividades de rotina e ocasionais e as actividades de todo o pessoal que tenha acesso aos locais de trabalho (incluindo prestadores de serviços e visitantes). É ainda de referir a existência de uma base de dados de não conformidades e reclamações, que permite a identificação de acções correctivas e de melhorias a implementar, bem como efectuar a avaliação da eficácia das medidas implementadas. Sempre que considerado necessário, e sempre que a SUMA realiza actividades que envolvem riscos para a saúde pública, tais como a aplicação de herbicidas (monda química), são colocados com 2 dias de antecedência avisos junto da população, porta a porta, para prevenção de qualquer potencial dano. 126 127 A MELHOR MANEIRA DE PREVER O FUTURO É CRIÁ-LO. Vários autores 8. CONTEÚDO DO ÍNDICE GRI 8. CONTEÚDO DO ÍNDICE GRI Perfil Páginas 1. ESTRATÉGIA E ANÁLISE 1.1 Mensagem do Presidente Capítulo 1. Mensagem do Presidente 4e5 1.2 Descrição dos Principais Impactos, Riscos e Oportunidades Capítulo 2. Visão e Estratégia Capítulo 5. Governância, Responsabilidade Social, Gestão do Capital Humano, 5.1.4. Controlo Interno, Governância e Gestão do Risco Capítulo 7. Desempenho, Implicações das Alterações Climáticas 8 a 11 55 e 56 90 e 91 2. PERFIL ORGANIZACIONAL 2.1 Nome da organização Capítulo 4. Apresentação e Perfil do Grupo 18 a 49 2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços Capítulo 4. Apresentação e Perfil do Grupo 18 a 49 2.3 Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures Capítulo 4. Apresentação e Perfil do Grupo 18 a 49 2.4 Localização da sede da organização Capítulo 4. Apresentação e Perfil do Grupo 18 a 49 2.5 Número de países em que a organização opera e nome dos países em que suas principais operações estão localizadas ou são especialmente relevantes para as questões de sustentabilidade cobertas pelo relatório Capítulo 4. Apresentação e Perfil do Grupo 18 a 49 2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade Capítulo 4. Apresentação e Perfil do Grupo 18 a 49 2.7 Mercados servidos Capítulo 4. Apresentação e Perfil do Grupo 18 a 49 2.8 Dimensão da organização Capítulo 4. Apresentação e Perfil do Grupo 18 a 49 2.9 Mudanças significativas realizadas, durante o período de elaboração do relatório, relacionadas com tamanho, estrutura, ou controlo accionista Capítulo 4. Apresentação e Perfil do Grupo Capítulo 5. Governância, Responsabilidade Social, Gestão do Capital Humano, 5.1.2. Modelo de Organização da Mota-Engil 18 a 49 52 a 54 2.10 Prémios/Reconhecimentos recebidos durante o período de reporte Capítulo 4. Apresentação e Perfil do Grupo, 4.2.5. Prémios e Reconhecimentos 48 130 3. Páginas PARÂMETROS DO RELATÓRIO Perfil do Relatório 3.1 Período a que se referem as informações Capítulo 3. Âmbito do Relatório 14 e 15 3.2 Data do Relatório mais recente Capítulo 3. Âmbito do Relatório 14 e 15 3.3 Ciclo de reporte Capítulo 3. Âmbito do Relatório 14 e 15 3.4 Contactos para questões relacionadas com o Relatório ou o seu conteúdo Capítulo 3. Âmbito do Relatório 14 e 15 Âmbito e Limites do Relatório 3.5 Processo para a definição do conteúdo do Relatório Capítulo 3. Âmbito do Relatório 14 e 15 3.6 Limites do Relatório Capítulo 3. Âmbito do Relatório 14 e 15 3.7 Outras limitações de âmbito específico Capítulo 3. Âmbito do Relatório 14 e 15 3.8 Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações subcontratadas e outras organizações que possam afectar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações Capítulo 3. Âmbito do Relatório 14 e 15 3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e outras informações do Relatório Capítulo 3. Âmbito do Relatório 14 e 15 3.10 Explicação da natureza e das consequências de qualquer reformulação de informações contidas em relatórios anteriores e o motivo da reformulação Capítulo 3. Âmbito do Relatório 14 e 15 3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a âmbito, limite ou métodos de medição aplicados no relatório. Capítulo 3. Âmbito do Relatório 14 e 15 Capítulo 8. Conteúdo do Índice GRI 130 a 142 Capítulo 3. Âmbito do Relatório 14 Índice do Conteúdo GRI 3.12 Tabela que identifica a localização de cada elemento do Relatório da GRI Verificação 3.13 Políticas e procedimentos actuais existentes para fornecer verificações externas do Relatório 131 8. CONTEÚDO DO ÍNDICE GRI Perfil 4. Páginas GOVERNAÇÃO, COMPROMISSO E ENVOLVIMENTO DE STAKEHOLDERS Compromissos com Iniciativas Externas 4.1 Estrutura de Governação Capítulo 5. Governância, Responsabilidade Social, Gestão do Capital Humano, 5.1.2. Modelo de Organização da Mota-Engil 52 a 54 4.2 Indicar se o Presidente do Conselho de Administração também desempenha funções executivas (e, se for caso disso, as suas funções dentro da administração da organização e as razões para tal composição) Capítulo 5. Governância, Responsabilidade Social, Gestão do Capital Humano, 5.1.2. Modelo de Organização da Mota-Engil 52 a 54 4.3 Para organizações com uma estrutura de administração unitária, declaração do número de membros independentes ou não-executivos Capítulo 5. Governância, Responsabilidade Social, Gestão do Capital Humano, 5.1.2. Modelo de Organização da Mota-Engil 52 a 54 4.4 Mecanismos que permitem aos accionistas e trabalhadores fazerem recomendações ao mais alto orgão de governação Informação não disponível 4.5 Relação entre a remuneração para membros do mais alto órgão de governação e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho social e ambiental) Informação não disponível 4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governação para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados Informação não disponível 4.7 Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governação para definir a estratégia da organização para questões relacionadas com temas económicos, ambientais e sociais Informação não disponível 4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho económico, ambiental e social, assim como o estado da sua implementação Capítulo 1. Mensagem do Presidente Capítulo 2. Visão e Estratégia Capítulo 4. Apresentação e Perfil do Grupo 4.2.1. Área de Negócios Engenharia e Construção 4.2.2. Área de Negócios Ambiente e Serviços 4.2.4. Área de Negócios Concessões de Transportes Capítulo 5. Governância, Responsabilidade Social, Gestão do Capital Humano 5.2. Responsabilidade Social 5.3. Gestão do Capital Humano 4e5 8 a 11 Capítulo 5. Governância, Responsabilidade Social, Gestão do Capital Humano 52 a 62 4.9 Procedimentos do mais alto órgão de governação para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho económico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios 132 29 e 30 37 46 e 47 58 e 59 61 e 62 Páginas 4.10 Processos para a auto-avaliação do desempenho do mais alto órgão de governação, especialmente com respeito ao desempenho económico, ambiental e social Informação não disponível Compromissos com Iniciativas Externas 4.11 Explicação sobre se e como o princípio de precaução é tratado pela organização Capítulo 5. Governância, Responsabilidade Social, Gestão do Capital Humano Capítulo 6. Sistemas de Gestão e Relacionamento com Stakeholders 6.1. Sistemas de Gestão Capítulo 7. Desempenho 7.1. Investigação & Desenvolvimento 7.4. Ambiente 52 a 62 66 a 69 76 a 81 92 a 108 4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de carácter económico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa Capítulo 7. Desempenho, 7.5.2. Direitos Humanos – Código de Conduta ANEOP e Sistema de Mediação Laboral (SML) 125 4.13 Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/internacionais Capítulo 6. Sistemas de Gestão e Relacionamento com Stakeholders 6.2.2.Actividade associativa 73 Envolvimento de Stakeholders 4.14 Lista dos principais Stakeholders Capítulo 6. Sistemas de Gestão e Relacionamento com Stakeholders, 6.2.1. Identificação e auscultação de stakeholders 70 4.15 Base para identificação e selecção dos principais Stakeholders Capítulo 6. Sistemas de Gestão e Relacionamento com Stakeholders, 6.2.1. Identificação e auscultação de stakeholders 70 4.16 Formas de consulta dos Stakeholders, de acordo com a frequência das consultas, por tipo ou grupo de Stakeholders Capítulo 6. Sistemas de Gestão e Relacionamento com Stakeholders, 6.2.1. Identificação e auscultação de stakeholders 70 a 72 4.17 Principais questões e preocupações apontadas pelos Stakeholders como resultado da consulta, e como a organização responde a estas questões e preocupações Capítulo 6. Sistemas de Gestão e Relacionamento com Stakeholders, 6.2.1. Identificação e auscultação de stakeholders 70 a 72 133 8. CONTEÚDO DO ÍNDICE GRI Indicador Mota-Engil Engenharia Página Valor DESEMPENHO ECONÓMICO Página SUMA Valor Euro Euro 1 000 193 890 1 000 193 890 983 904 467 855 577 134 102 062 573 22 491 900 3 636 233 136 627 16 289 423 38 703 772 38 703 772 35 404 154 12 697 217 13 867 503 5 274 672 3 560 588 4 174 3 299 618 Aspecto: Desempenho Económico EC1 EC2 Valor económico directo gerado e distribuído Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as actividades da organização, devido às alterações climáticas Valor económico directo gerado Receitas Valor económico distribuído Custos operacionais Salários e benefícios de empregados Pagamento a Fornecedores de Capital Pagamentos ao Estado Investimentos na comunidade Valor económico acumulado 1. Mensagem do Presidente 2. Visão e Estratégia 7. Desempenho – secção específica dedicada às implicações das alterações climáticas 87 89 4e5 4e5 8 a 11 8 a 11 90 e 91 90 e 91 EC3 Cobertura das obrigações em matéria de plano de benefícios da organização Para além das contribuições obrigatórias para o regime geral da segurança social, cuja base contributiva incide sobre a massa salarial, não existe qualquer plano de pensões de benefício definido no contexto da organização 116 10 889 499 124 3 141 027 EC4 Beneficios financeiros significativos, recebidos pelo governo Subsídios recebidos 117 1 375 000 124 425 933 87 Aspecto: Presença no Mercado EC6 Política, práticas e proporção das despesas em fornecedores locais Capítulo 7 Desempenho, ponto ii Presença no Mercado EC7 Procedimentos para a contratação local e a proporção da contratação de pessoal senior na comunidade local A contratação local de membros da Alta Direcção não constitui critério de recrutamento e selecção dos mesmos, atenta a diversidade e complexidade dos negócios empreendidos pela organização 89 e 90 - - - Aspecto: Impactos Económicos Indirectos EC8 134 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestruturas e serviços fornecidos, essencialmente para benefício público através de compromisso comercial em géneros ou sem fins lucrativos n.a. = não aplicável Unidade Monetária – Euro Capítulo 5 Governância, secção 5.2. Responsabilidade Social e Capítulo 7 Desempenho, ponto iii Impactos Económicos Indirectos 58 ss 88 58 ss - - Indicador Mota-Engil Engenharia Página Valor SUMA Página Valor DESEMPENHO AMBIENTAL Aspecto: Materiais EN1 EN2 Consumo de materiais por peso ou volume Materiais utilizados que são resíduos reciclados de fontes externas Tabela Tabela (SUMA) 94 94 Aspecto: Energia 102 103 EN3 Consumo directo de energia, segmentado por fonte primária Gasóleo (GJ/ano) Gasolina (GJ/ano) 95 289 985 - 104 104 102 282 2 500 EN4 Consumo indirecto de energia, segmentado por fonte primária Electricidade (GJ/ano) – Gráfico 95 45 035 104 1 960 Captações subterrâneas (m3/ano), Captações superficiais (m3/ano), Rede Pública (m3/ano) – Gráfico 96 1 297 748 19 569 48 249 105 71 280 16 720 Capítulo 7 Desempenho, secção 7.4. Ambiente, ponto iv Biodiversidade 97 105 Capítulo 7 Desempenho, secção 7.4. Ambiente, ponto iv Biodiversidade 97 105 Aspecto: Água EN8 Total de consumo água segmentadas por fonte Aspecto: Biodiversidade EN11 EN12 Localização e áreas das terras pertencentes à organização, arrendadas ou por ela geridas, em áreas protegidas e em áreas ricas em biodiversidade, exteriores às áreas protegidas Impactos significativos das actividades, produtos e serviços da organização na biodiversidade em áreas protegidas e em áreas ricas em biodiversidade exteriores às áreas protegidas Aspecto: Emissões, Efluentes e Resíduos EN16 Total de emissões de gases com efeitos de estufa, directas e indirectas Gás Natural (ton/ano) Gasóleo (ton/ano) Electricidade (ton/ano) – Tabela EN17 Outras emissões indirectas de gases com efeito de estufa relevantes, por peso Gasóleo (ton/ano) – Tabela Gasolina (ton/ano) – Tabela EN19 EN20 EN21 Emissões de substâncias destruidoras de ozono, por peso NOX, SOX e outras emissões atmosféricas significativas Total de efluentes líquidos classificados por qualidade e por destino Quantidade total de resíduos por tipo e por método de tratamento (ton/ano) EN22 EN23 Número e volume total de derrames significativos 98 98 98 Total de Efluentes (m3/ano) 99 Resíduos industriais perigosos – Tabela Valorização (Códigos R) Eliminação (Códigos D) Resíduos industriais não perigosos Valorização (Códigos R) Eliminação (Códigos D) 100 101 21 488 5 567 106 106 106 3 7 353 242 - 106 106 226 173 na nd 106 na 43 855 206 103 103 240 747 25 615 215 132 - 107 106 108 27 12 15 75 75 - 135 8. CONTEÚDO DO ÍNDICE GRI Indicador Aspecto: Produtos e Serviços EN26 EN27 Iniciativas de mitigação dos impactes ambientais dos produtos e serviços da organização, e a extensão do impacte da mitigação Percentagem recuperada dos produtos vendidos e das suas respectivas embalagens Capítulo 7 Desempenho, Secção 7.4. Ambiente Mota-Engil Engenharia Página Valor 92 ss 136 Valor monetário de multas significativas e o número total de sanções não-monetárias, pelo não cumprimento das leis e regulações ambientais Valor (Euros) 101 SUMA Valor 102 ss n.a Aspecto: Conformidade EN28 Página - n.a 108 - Indicador Mota-Engil Engenharia Página Valor SUMA Página Valor DESEMPENHO SOCIAL Práticas Laborais e Relações de Trabalho Aspecto: Emprego LA1 Mão-de-obra total por tipo de emprego (tempo integral ou parcial), tipo de contrato de trabalho (integral ou parcial) e por região Total Trabalhadores – Tabela Efectivos Termo 111 2 955 1 792 1 163 118 909 508 401 LA2 Criação de empregos e taxa de rotatividade por faixa etária, género e região Total de Saídas em 2006 – Tabela Taxa Rotatividade Global < 30 30 a 50 >50 Mulheres Homens 111 1 446 48.9% 13.85% 28.12% 6.94% 1.9% 47% 118 295 32.45% 10.9% 17.75% 3.8% 1.54% 30.91% Percentagem de empregados representados por organizações sindicais Percentagem de empregados abrangidos por acordos de negociação colectiva 112 15.5% 119 0.1% 119 14.8 Aspecto: Relação entre os Trabalhadores e a Gestão LA4 LA5 Percentagem de empregados representados por organizações sindicais Período mínimo de anúncio sobre mudanças nas operações da organização relatora, incluindo se está especificado em acordos sindicais 100% É observado o previsto na legislação laboral e nos acordos de contratação colectiva quando existam Aspecto: Segurança e Saúde no Trabalho LA7 LA8 Tipo de lesões, dias perdidos, índice de absentismo e número de óbitos relacionados com o trabalho (incluindo trabalhadores subcontratados), por região Educação, formação, aconselhamento, prevenção e programas de controlo de risco para assistir os colaboradores, as suas familias, ou membros da comunidade, a respeito de doenças Índice de frequência (Nº Acidentes / Horas Trabalhadas x 200.000) Taxa de doenças ocupacionais (Nº de Casos de Doenças Ocupacionais / Horas Trabalhadas x 200.000) Taxa de absentismo (Dias de Ausência / Dias Trabalhados) – Tabela Total de horas de formação em Higiene e Segurança no Trabalho – Tabela 113 25,37 0.0 0.0 0.05 0.08 n.d n.d 137 8. CONTEÚDO DO ÍNDICE GRI Indicador Aspecto: Formação e Educação LA10 Média de horas de formação por ano, por empregado e por categoria Mota-Engil Engenharia Página Valor Página Tabela 115 123 Aspecto: Diversidade e Igualdade de Oportunidades 138 LA13 Composição da direcção e do grupo responsável pela governação empresarial; proporção homem/mulher, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade Tabela 111 118 LA14 Rácio entre a média de salário atribuido ao homem e a média de salário atribuido à mulher, na mesma categoria profissional Capítulo 7 Desempenho, 7.5.1. Recursos Humanos, secção 5 Diversidade e Igualdade de Oportunidades 116 124 nd = não disponível na = não aplicável SUMA Valor Indicador - Mota-Engil Engenharia Página Valor SUMA Página Valor DIREITOS HUMANOS Aspecto: Investimento e Práticas de Procurement HR1 Percentagem e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos n.a n.a HR2 Percentagem de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas n.d n.d Aspecto: Não Discriminação HR4 Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas Não existiram quaisquer casos de discriminação Aspecto: Liberdade de Associação e Negociação Colectiva HR5 Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação coletiva pode correr risco significativo e as medidas tomadas para apoiar esse direito Não existem operações em que possa ocorrer este risco Aspecto: Trabalho Infantil HR6 Operações identificadas como tendo risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil Capítulo 7 Desempenho, 7.5.2. Direitos Humanos 124 124 Capítulo 7 Desempenho, 7.5.2. Direitos Humanos 124 124 Aspecto: Trabalho Forçado ou Compulsório HR7 Operações identificadas como tendo risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a sua erradicação 139 8. CONTEÚDO DO ÍNDICE GRI Indicador Mota-Engil Engenharia Página Valor Página SOCIEDADE Aspecto: Comunidade SO1 Natureza, âmbito e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída Capítulo 6 Sistemas de Gestão e Relacionamento com Stakeholders Capítulo 7 Desempenho: 7.2. Educação Ambiental 7.4. Ambiente 66 ss 66 ss 92 ss 82 ss 102 ss Aspecto: Corrupção SO2 Percentagem e número total de unidades de negócio analisadas relativamente a riscos associados com corrupção Não houve SO3 Percentagem de colaboradores formados nas políticas e procedimentos de anti-corrupção da organização Não houve SO4 Acções como resposta a ocorrência de situações de corrupção Não ocorreram situações deste tipo Aspecto: Politicas Públicas SO5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies Desenvolvidas no quadro geral do relacionamento com Stakeholders, Capítulo 6 Sistemas de Gestão e Relacionamento com Stakeholders, 6.2. Relacionamento com Stakeholders 66 ss 66 ss Aspecto: Conformidade SO8 140 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias por não cumprimento de leis e regulações Não houve SUMA Valor Indicador - Mota-Engil Engenharia Página Valor RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO SUMA Página Valor Euro Euro Aspecto: Saúde e Segurança do Cliente PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando melhoria, e a percentagem de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos Capítulo 7 Desempenho, 7.4. Ambiente, 7.5.1. Recursos Humanos 92 ss 109 ss 102 ss 117 ss Aspecto: Rotulagem de Produtos e Serviços PR3 Tipo de informação dos produtos e serviços requeridos pelos procedimentos, e percentagem de produtos e serviços sujeitos a tais requisitos de informação n.a n.a n.a n.a Aspecto: Comunicação de Marketing PR6 Programas para adesão a leis, padrões e códigos voluntários relacionados com comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocinios Aspecto: Conformidade PR9 Valor monetário de multas (significativas) por nãoconformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços Não houve 141 Anexo – Feedback de partes interessadas Diga-nos o que achou deste relatório! Porque a sua opinião é muito importante para nós, agradecemos o preenchimento do questionário que segue e o seu envio à nossa Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade, através do seguinte correio electrónico: [email protected]. O questionário encontra-se disponível para download em www.mota-engil.pt. Obrigado pela sua colaboração! 1. Das actividades da Mota-Engil incluídas neste relatório, qual lhe interessa mais? Mota-Engil Engenharia SUMA – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A. 2. Além destas actividades, quais gostaria que fossem incluídas no âmbito do próximo Relatório? 3. A que grupo de partes interessadas pertence? Clientes Fornecedores Entidades Oficiais (incluindo Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia) Comunidade Local Colaboradores Munícipes Accionistas/Investidores ONG Media Outros (especifique, por favor): 4. O que achou deste Relatório no geral e de cada uma das secções consideradas? Opinião geral Visão e estratégia Apresentação e perfil do Grupo Governância, Responsabilidade Social e Gestão do Capital Humano Sistemas de Gestão e relacionamento com Stakeholders Investigação e Desenvolvimento e Inovação Educação Ambiental Desempenho Económico Desempenho Ambiental Desempenho Social 5. Qual a secção do Relatório que considerou mais interessante? Muito Bom Bom Médio Mau Anexo – Feedback de partes interessadas 6. Há questões que considera importantes e que não foram abordadas neste Relatório? 7. O que achou deste Relatório, relativamente aos aspectos abaixo indicados? Conteúdo Nível de detalhe Linguagem Apresentação gráfica Estrutura Facilidade de utilização Apresentação de exemplos 8. Outros comentários Identificação (preenchimento opcional) Nome: Empresa: Função: Muito Bom Bom Médio Mau Edifício Mota Rua do Rego Lameiro, nº 38 4300-454 Porto Tel: 351 22 5190300 Fax: 351 22 5190303 www.mota-engil.pt