MODELAGEM NUMÉRICA
DE TERRENO
Profª Iana Alexandra Alves Rufino
([email protected])
Modelagem Numérica de Terreno
Dados Vetoriais x Dados Matriciais
Definição
Amostragem
Estruturas de dados em MNT
Grades Regulares (GRID)
Grades Irregulares (TIN)
Análises sobre MNT
Dados espaciais
 Existem duas grandes classes de
representações computacionais de dados
espaciais:
 Vetoriais
MNT
 Matriciais.
Dados vetoriais
mercado público
rua dos ilhéus
clube 12 de agosto
MNT
peixaria Guimarães
MNT
Dados matriciais
Dados matriciais
Formato “RASTER”:
método mais usado e mais
simples de representar
superfícies contínuas,
principalmente elevação do
terreno.
Modelagem Numérica de Terreno
Dados Vetoriais x Dados Matriciais
Definição
Amostragem
Estruturas de dados em MNT
Grades Regulares (GRID)
Grades Irregulares (TIN)
Análises sobre MNT
Modelagem Numérica de
Terreno
 Definição:
MNT
Um Modelo Numérico de Terreno (MNT) é uma
representação matemática computacional da
distribuição de um fenômeno espacial que ocorre
dentro de uma região da superfície terrestre.
Modelagem Numérica de
Terreno
 A criação de um modelo numérico de terreno
corresponde a uma nova maneira de enfocar o problema
da elaboração e implantação de projetos;
 A partir dos modelos (grades) pode-se:
MNT






calcular diretamente volumes e áreas;
desenhar perfis e secções transversais;
gerar imagens sombreadas ou em níveis de cinza;
gerar mapas de declividade e aspecto;
gerar fatiamentos nos intervalos desejados e
gerar perspectivas tridimensionais.
Modelagem Numérica de
Terreno
 Exemplos de fenômenos representados por um
MNT:
 Dados de relevo;
 Dados geológicos;
 Levantamentos de profundidades do mar ou de um rio
MNT
ou de um açude ou de um aqüífero;
 Dados meteorológicos;
 Dados geofísicos e geoquímicos;
3050
2900
2750
2600
2450
2300
2150
2000
1850
1770
1500
Front Range, Colorado
Southwest Corner of the
Morrison Quadrangle, Colorado
.0
37
Grand Canyon, U.S.A.
.8
36
2800
2320
Latitude
Elevation
.6
36
.4
36
1840
1360
880
400
.2
36
.0
36
113.0
112.8
112.6
112.4
Longitude
112.2
112.0
Mapa Batimétrico
8
9271400
7
6
9271200
5
9271000
4
9270800
3
9270600
2
603400 603600 603800 604000 604200 604400 604600 604800 605000 605200 605400 605600
1
0
5,121,000
5,120,000
5,119,000
5,118,000
5,117,000
5,116,000
5,115,000
5,114,000
5,113,000
5,112,000
5,111,000
5,110,000
5,109,000
Mount Saint Helens
558,000
559,000
560,000
561,000
562,000
563,000
564,000
565,000
566,000
567,000
200
400
600
800
1000 Meters
200
0
200
400
600
800
1000 Meters
EA
EA
N
N
O
O
T
A
LÂ
NT
T
L
Â
NT
IC
O
O
Profundidade:
(metros)
acima do
Nível do mar
0a1
1a2
2a3
3a4
4a5
5a6
6a7
acima de 7
BR - 2 3 0
A
IC
BR - 2 3 0
0
OC
OC
200
Declividades:
graus
(metros)
0 - 0.5
0.5 - 1
1-2
2-3
3-4
4-5
6-8
8 - 10
acima de 10
Modelagem Numérica de
Terreno
 Principais usos de MNT
 Armazenamento de dados de altimetria para gerar
MNT
mapas topográficos;
 Análises de corte-aterro para projeto de estradas e
barragens;
 Elaboração de mapas de declividade e exposição para
apoio a análise de geomorfologia e erodibilidade;
 Apresentação tridimensional (em combinação com
outras variáveis).
Modelagem Numérica de
Terreno: etapas de geração
 Aquisição das amostras ou amostragem
 Geração do modelo ou interpolação
MNT
 Aplicações
Modelagem Numérica de Terreno
Dados Vetoriais x Dados Matriciais
Definição
Amostragem
Estruturas de dados em MNT
Grades Regulares (GRID)
Grades Irregulares (TIN)
Análises sobre MNT
Amostragem
 A amostragem compreende a aquisição de um
conjunto de amostras representativas do
fenômeno de interesse;
MNT
 Geralmente essas amostras estão representadas
por curvas de isovalores ou pontos
tridimensionais (x, y, z).
TRIGO - Produtividade (kg/ha)
250
Lâmina de irrigação (mm)
200
150
100
50
0
0
50
100
150
200
Dose de nitrogênio (kg/ha)
250
300



X=Dose de nitrogênio
Y=Lâmina de Irrigação
Z=Produtividade do Trigo
Amostragem
 Deve-se considerar a quantidade e também o
posicionamento das amostras em relação ao
comportamento do fenômeno:
 Uma superamostragem de altimetria numa região
plana = redundância de informação
 Poucos pontos em uma região de relevo movimentado
MNT
= escassez de informações.
Amostragem: classificação
 Quanto a posição relativa das amostras:
 Regular: posição espacial (x, y) das amostras mantém
uma regularidade de distribuição
 Semi-regular: preservam a regularidade de
distribuição espacial na direção x ou y mas nunca nas
duas ao mesmo tempo. Ex: amostragem por perfis
(regularidade em uma direção pre-estabelecida)
 Irregular: distribuição espacial completamente
MNT
irregular
Amostragem: cuidados
 O cuidado na escolha dos pontos e a quantidade de
dados amostrados estão diretamente relacionados
com a qualidade do produto final de uma aplicação
sobre o modelo;
 Para aplicações onde se requer um grau de realismo
MNT
maior, a quantidade de pontos amostrados, bem como
o cuidado na escolha desses pontos, ou seja a
qualidade dos dados, são decisivos;
Amostragem: cuidados
 Quanto maior a quantidade de pontos
MNT
representantes da superfície real, maior será o
esforço computacional para que estes sejam
armazenados, recuperados e processados, até
que se alcance o produto final da aplicação.
Amostragem: redução de
amostras
 A entrada de isolinhas na modelagem numérica
produz muitas vezes um número excessivo de
pontos para representar a isolinha;
MNT
 O espaçamento ideal entre pontos de uma
mesma isolinha deve ser a distância média entre
a isolinha e as isolinhas vizinhas;
Amostragem: redução de
amostras
 Os pontos em excesso, ao longo de uma linha,
podem ser eliminados utilizando um
procedimento de simplificação;
 O problema de simplificação de linhas consiste
em obter uma representação formada por menos
vértices, e portanto mais compacta de uma
MNT
isolinha;
Modelagem Numérica de Terreno
Revisão: Dados Vetoriais x Dados Matriciais
Definição
Amostragem
Estruturas de dados em MNT
Grades Regulares (GRID)
Grades Irregulares (TIN)
Análises sobre MNT
Estrutura de dados em MNT:
Grades Regulares (GRID)
 A grade regular é um modelo digital que
MNT
aproxima superfícies através de um poliedro de
faces retangulares;
Estrutura de dados em MNT:
Grades Regulares (GRID)
 O espaçamento da grade, ou seja, a resolução em x
ou y, deve ser idealmente menor ou igual a menor
distância entre duas amostras com cotas diferentes;
MNT
 Ao se gerar uma grade muito densa (distância entre
os pontos pequena), existirá um maior número de
informações sobre a superfície analisada, porém
necessitará maior tempo para sua geração;
Estrutura de dados em MNT:
Grades Regulares (GRID)
 Considerando distâncias grandes entre os pontos,
será criada uma grade “grosseira”, que poderá
acarretar perda de informação.
MNT
 Uma vez definida a resolução e conseqüentemente
as coordenadas de cada ponto da grade, pode-se
aplicar um método de interpolação para calcular o
valor aproximado da elevação;
Resolução
Método de Interpolação
Estrutura de dados em MNT:
Grades Irregulares (TIN)
MNT
 Representa a superfície através de um conjunto de
faces triangulares interligadas;
 Para cada um dos três vértices do triângulo são
armazenadas as coordenadas de localização (x,y) e
do atributo z.
Estrutura de dados em MNT:
Grades Irregulares (TIN)
 Esta modelagem permite que as informações
morfológicas importantes, como as
descontinuidades representadas por feições lineares
de relevo (cristas) e drenagem (vales), sejam
consideradas durante a geração da grade;
MNT
 Modela o terreno preservando as feições
geomórficas da superfície;
Tabuleiros
Costeiros
CABEDELO
JOÃO PESSOA
Planície
Costeira
Estrutura de dados em MNT:
TIN X GRID
 A transformação de um modelo de grade triangular
em retangular é útil quando se quer visualizar o
modelo em projeção planar e o único modelo que se
dispõe é o de grade triangular;
MNT
 O processo de visualização do MDT em projeção
planar fornece um resultado mais realista quando se
usa o modelo de grade regular ao invés da grade
irregular;
TIN_JP
Comparação entre modelos de Grades
(Felgueiras e Câmara, 2000)
Modelagem Numérica de Terreno
Dados Vetoriais x Dados Matriciais
Definição
Amostragem
Estruturas de dados em MNT
Grades Regulares (GRID)
Grades Irregulares (TIN)
Análises sobre MNT
Análises em MNT
 As análises desenvolvidas sobre um modelo
digital de terreno permitem:
 visualizar o modelos em projeção geométrica planar;
 Gerar imagens de nível de cinza, imagens sombreadas
e imagens temáticas;
MNT
 Calcular volumes de aterro e corte;
Análises em MNT
 As análises desenvolvidas sobre um modelo
digital de terreno permitem:
 Realizar análises de perfis sobre trajetórias
predeterminadas;
 Gerar mapeamentos derivados tais como mapas de
MNT
declividade e exposição, mapas de drenagem, mapas
de curva de nível e mapas de visibilidade.
Análises em MNT
 Os produtos das análises podem, ainda, serem
integrados com outros tipos de dados geográficos
objetivando o desenvolvimento de diversas
aplicações de geoprocessamento:
MNT




planejamento urbano e rural;
análises de aptidão agrícola;
determinação de áreas de riscos;
geração de relatórios de impacto ambiental e outros.
Análises em MNT: imagens
em níveis de cinza
 Mapeia os valores de cota do fenômeno
representado para valores de 1 a 255 da imagem;
 O valor de nível de cinza igual a 0 é usado em áreas
onde não existe definição do valor de cota para o
modelo;
 Essa imagem é muito útil para se obter uma
percepção qualitativa global da variação do
MNT
fenômeno representado pelo MNT.
Modelo de grade regular representado como uma imagem
em níveis de cinza
Análises em MNT: imagens
sombreadas
 É gerada a partir do modelo e do posicionamento,
em relação à superfície, de uma fonte de iluminação
local;
MNT
 A imagem sombreada é muito útil como imagem de
textura para compor uma projeção geométrica
planar utilizando-se o MNT;
Modelo de grade regular representado como uma imagem
sombreada
Análises em MNT: imagens
temáticas
 O fatiamento de um modelo consiste em se
definir intervalos, ou fatias, de cotas com a
finalidade de se gerar uma imagem temática a
partir do modelo;
 Assim, cada tema, ou classe, da imagem
MNT
temática é associado a um intervalo de cotas
dentro dos valores atribuídos ao fenômeno
modelado.
Imagem temática gerada a partir do fatiamento de um modelo
digital de terreno.
Análises em MNT: geração
de mapas de contorno
 O processo de geração de mapa de contornos é
automático e necessita apenas da definição do
modelo e das curvas a serem geradas;
MNT
 As curvas podem ser definidas individualmente
ou com espaçamento constante.
MNT
Análises em MNT: geração
de mapas de contorno
Geração de uma curva de contorno a partir de um modelo de
grade (a) retangular e (b) triangular
Análises em MNT: análise de
perfis
 A partir de um MNT pode-se criar gráficos de
perfis do fenômeno ao longo de uma trajetória;
 Um gráfico de perfil representa a variação do
MNT
fenômeno estudado em função da distância
planar percorrida numa trajetória predefinida;
MNT
Análises em MNT: análise de
perfis
Análises em MNT: análise de
visibilidade
. A análise de visibilidade compreende a criação de
um mapa de áreas visíveis em relação à uma ou mais
posições do terreno;
MNT
 Pode-se, por exemplo, definir-se áreas de
visibilidade para fins de telefonia celular. Nessa
aplicação é importante o estudo das áreas de
influência de uma ou mais antenas e áreas de
superposição entre 2 ou mais antenas;
Análises em MNT: análise de
visibilidade
MNT
.
Análise de visibilidade entre extremos de um perfil:
(a)extremos não visíveis e (b) extremos visíveis.
Análises em MNT: análise de
visibilidade
MNT
.
Ilustração da análise de visibilidade: (a) imagem em nível
de cinza do modelo e (b) mapa de áreas visíveis.
Análises em MNT: Cálculo de
Volumes
. A partir de um MNT é possível se calcular
volumes dentro de uma região do espaço
predeterminada;
 Delimitando-se de uma área, dentro de uma
região de interesse, e definindo-se um plano
horizontal de corte é possível calcular o volume
de corte e o volume de aterro referentes a esse
MNT
plano base;
Análises em MNT: Cálculo de
Volumes
MNT
.
Análises em MNT: Cálculo de
Volumes
. Aplicações: cálculo do volume de água represado
por uma barragem;
 O plano horizontal base e a região de interesse são
definidos pela altura de enchimento da barragem;
MNT
 Neste caso o volume de água da barragem é igual ao
volume de aterro calculado.
Análises em MNT: Geração
de mapas de declividade
. Declividade é a inclinação da superfície do
terreno em relação ao plano horizontal;
 Considerando um MNT de dados altimétricos e
MNT
traçando um plano tangente a esta superfície
num determinado ponto (P), a declividade em P
corresponderá a inclinação deste plano em
relação ao plano horizontal;
Análises em MNT: Geração
de mapas de declividade
OC
O
O
N
N
EA
EA
OC
A
T
A
LÂ
NT
BR - 2 3 0
BR - 2 3 0
MNT
NT
O
O
0 - 0.5
0.5 - 1
1- 2
2- 3
3- 4
4- 5
6- 8
8 - 10
acima de 10
LÂ
IC
IC
Declividades:
(metros)
T
Cotas Altimétricas:
(metros)
0 a 0,5
0,5 a 1
1a2
2a3
3a4
4a5
5a7
acima de 7
Análises em MNT: Geração
de mapas de declividade
. Em algumas aplicações geológicas e
geomorfológicas é necessário encontrar regiões
pouco acidentadas ou regiões que estejam
expostas ao sol durante um determinado
período do dia;
MNT
 Para responder estas questões a declividade
conta com duas componentes: o gradiente e a
exposição
Análises em MNT: Geração
de mapas de declividade
. O gradiente é a taxa máxima de variação no
valor da elevação, pode ser medido em grau (0 a
90°) ou em porcentagem (%);
 A exposição (ou aspecto) é a direção dessa
MNT
variação medida em graus (0 a 360°);
Projeto SRTM - Shuttle Radar
Topography Mission
 NASA (National Aeronautics and Space
Administration);
 NIMA (National Imagery and Mapping Agency);
 DLR (Agência Espacial Alemã) e
 ASI (Agência Espacial Italiana)
 OBJETIVO: gerar um Modelo Digital de
Elevação (MDE) da Terra
Projeto SRTM - Shuttle Radar
Topography Mission
 http://www2.jpl.nasa.gov/srtm
Remoção de Sinks
• Um sink é uma área rodeada por elevações com valores de cotas
superiores, que pode ser associada a uma depressão. A maioria dos
sinks pode ser considerada imperfeição no MNT.
Amostra de uma imagem
com um sink
Sink corrigido
Direção de fluxo (Flow Direction)
• Define as direções de fluxo de água baseada na linha de maior
declividade do terreno. Este arquivo dever ser gerado a partir da
imagem de radar devidamente preenchida (fill sinks).
32
64 128
16
8
1
4
2
Flow direction map
Direção de fluxo acumulado (Flow Accumulation)
Download

Análises em MNT