UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO DE PESQUISA SÓCIO-PEDAGÓGICAS
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
POR: SÉRGIO LUIZ DE ALMEIDA
ORIENTADOR:
PROF. MARCO ANTONIO CHAVES
Rio de Janeiro
2001
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO DE PESQUISA SÓCIO-PEDAGÓGICAS
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
Monografia apresentada ao Conjunto Universitário
Cândido Mendes como requisito parcial à obtenção
Do Título de Pós-graduação do curso de Docência do
Ensino Fundamental e Médio.
POR: SÉRGIO LUIZ DE ALMEIDA
Rio de Janeiro
2001
3
“Eu nunca caio em pedaços
porque nunca estou inteiro”
Andy Warhol
4
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
---------------------------------------------------- 6
DEFINIÇÃO DOS TERMOS TÉCNICOS EM
INFORMÁTICA . --------------------------------------------------- 7
CAPÍTULO II INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO: UMA
QUESTÃO TÉCNICA OU PEDAGÓGICA? ------------------- 11
CAPÍTULO III POSSIBILIDADES EDUCATIVAS DA
INFORMÁTICA. --------------------------------------------------- 18
CAPÍTULO IV A REVOLUÇÃO INFORMÁTICA E OS
PROCESSOS DE LEITURA E ESCRITA. --------------------- 23
CONCLUSÃO ------------------------------------------------------ 29
BIBLIOGRAFIA --------------------------------------------------- 31
5
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo mostra a importância da
utilização da informática na educação.
A informática na educação ainda se encontra numa fase muito
embrionária. Muitas escolas têm o equipamento e nunca utilizam
mas como uma ferramenta técnica e não pedagógica.
Poucas são as que
realmente utilizam a informática tirando
proveito da parte técnica e pedagógica.
Queremos mostrar que é possível utilizar a informática de forma
técnica e pedagógica, para que professores e alunos se beneficiem
desta ferramenta em busca de se adequarem ao futuro que não tem
mais como esperar.
6
INTRODUÇÃO
Sou mantenedor de uma escola particular com turmas do maternal
à 4ª série. Estou bastante empenhado em informatizar a educação
na minha escola.
O que antes era para mim meramente técnico, agora para mim,
professores e alunos, está cada vez mais claro que é também
pedagógico.
A troca de informações com outras escolas e pesquisas em
revistas especializadas no assunto, me ajudaram a intender a
importância da informática na educação.
Está muito claro para mim que a escola que não utiliza a
informática
na
educação
não
será
competitiva
e
consequentemente estará fora do mercado.
Não pretendemos apontar soluções para o assunto abordado, mas
queremos despertar consciências, promover debates e críticas.
7
CAPÍTULO I
DEFINIÇÃO
DOS
TERMOS
TÉCNICOS
EM
INFORMÁTICA
INFORMÁTICA: é uma ciência que trata da informação e
diversas técnicas, utiliza programas executados por um
computador.
COMPUTADOR: é uma máquina eletrónica criada pelo homem
para auxiliá-lo no dia a dia. É formado pelo conjunto de software
e hardware. É um dispositivo eletrônico capaz de receber um
conjunto de instruções e executá-los, realizando cálculos sobre
dados numéricos, ou compilando e correlacionando outros tipos
de informação. Tipos de computador; computador pessoal ou
microcomputador é uma máquina de custo relativamente baixo e
em geral de tamanho adequado para uso em escritório ou
residência.
Minicomputador é um computador de maior tamanho, muito caro
para uso pessoal e apto para companhias, universidades ou
laboratórios. Mainframe é um computador de grande porte, de
preço elevado, capaz de servir às necessidades das grandes
8
empresas, órgãos governamentais, instituições de pesquisas
científicas e similares.
HARDWARE: são os componentes físicos de um sistema num
equipamento. O hardware inclui os clips, telas, teclados, desk
drives, impressoras e demais circuitos.
SOFTWARE: é a parte que sintetiza o conjunto de instruções
que tornam o computador uma máquina capaz de responder ao
comando de um usuário para as mais diversas finalidades.
MONITOR: lembra uma tela de TV, nele se vê o texto escrito e
as tarefas que o computador está executando.
MICROPROCESSADOR: é a peça que executa todas as ações
do micro. Não é o cérebro da máquina, pois ela não pensa. Só
obedece às ordens que recebe.
MODEM: envia e recebe dados pela linha telefônica, permitindo
que um micro troque informações com outros micros.
TECLADO: semelhante a uma máquina de escrever. Serve para
digitar e para dar comandos ao computador.
DISCO RÍGIDO: funciona como uma fita cassete, gravando
arquivos e os programas que o micro executa.
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CD-ROM: lembra os CDs de música, mas armazena também
textos e imagens com ou sem movimento.
DISQUETE: nele serão gravadas informações que serão
transportadas para outro computador.
MOUSE: controle remoto com fio que desloca uma linha na tela
do monitor executando comandos.
BBS: Bulletim Board System, serviço eletrônico que oferece
recursos como correio eletrónico, acesso a outros computadores e
serviços remotos, meios de oferecer e receber arquivos. O acesso
à BBS pode ser feito Internet ou por discagem direta.
WWW: Word Wide Web, sistema de interface que revolucionou
a Internet e que permite por meio de um clic, navegar pelas
informações da rede. O WWW usa um protocolo que liga os
computadores de todo mundo, como uma teia de aranha, uma
interconexào de milhões de bits de informações ao longo da rede.
PROVEDOR DE ACESSO: organização que provê acesso à
Internet.
MODEM: Modulador/ Demodulator, dispositivo eletrônico que
converte os sinais enviados pelo computador, em sinais de áudio,
10
os quais serão enviados ao longo das linhas telefônicas e
recebidos por outro Modem que receberá o sinal sonoro
convertendo-o de volta em sinais de computador.
ONLINE: quando se está ligado pelo computador através de um
Modem.
CHART-IRC: Internet Relay Chat, sistema interativo no qual os
usuários da Internet podem conversar, através do teclado, em
tempo real. É o bate papo pela Internet.
E-MAIL: mensagens privadas entregues através de contas
individuais. Estes endereços indica o lugar onde tem uma caixa
postal. Através de E-MAIL é possível solicitar arquivos,
informações, fazer pesquisas e enviar comandos para operar
computadores
remotos
que
realizam
tarefas
para
o
usuário.Newsgroup usenet-netnews: são grupos de discussões da
Internet que usam software Newsread e servidores. As discussões
são carregadas nas mensagens de correio eletrônico para respostas
automática, que enviam uma cópia de cada mensagem enviada
pelo correio eletrônico para qualquer um que tenha assinado a
lista para discussões particulares de grupo.
11
CAPÍTULO II
INFORMÁTICA
NA
EDUCAÇÃO:
UMA
QUESTÃO
TÉCNICA OU PEDAGÓGICA ?
Até o início dos anos 90, quando os computadores usados nas
escola não eram tão sofisticados, a ênfase da informática na
educação recaia mais no pedagógico do que no técnico. Com o
advento dos computadores PC, do Windows, a preocupação
passou a ser mais técnica do que pedagógica. Mesmo dispondo de
uma gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos
recursos da informática, deparamos com usos banais dessa
tecnologia , indicando uma falta dearticulação entre o técnico e o
pedagógico. Isso significa que, sem o conhecimento técnico, será
impossível implantar soluções pedagógicas inovadoras e viceversa, sem o pedagógico os recursos técnicos disponíveis tendem
a ser subtilizados. Afirmar que tais conhecimentos devem ser
casados é muito fácil. Porém isso implica maior profundidade na
formação de professores e mudanças substanciais na concepção
de educação. A disseminação da informática nas escolas
brasileiras foi possível graças ao computador MSX, lançado no
12
mercado em 1986 pela Sharp e pela Gradiente. Era uma máquina
simples, voltada para o mercado dos videojogos, porém dispunha
bons softwares educacionais, inúmeros jogos e uma ótima versão
de LOGO. Por outro lado, não era uma máquina com a mesma
flexibilidade do Apple. A ossibilidade de interligação com
impressoras ou mesmo com outros dispositivos era ilimitada, e o
computador não dispunha de um processador de texto ou
programas de planilha e banco de dados. As questões pedagógicas
estavam sendo trabalhadas em um ambiente relativamente seguro
e de fácil domínio. A segurança oferecida pelo MSX foi quebrada
pela descontinuidade de sua produção , em 1994, e pelo
aparecimento do sistema
Windows para PC.O Windows
possibilitou o desenvolvimento de inúmeros programas para
praticamente
todas
as
áreas.
Surgiram
também
outras
modalidades de uso do computador na educação, como a
multimídia e sistema de navegação nasa redes. A questão
pedagógica, atualmente não pode ser mais dicotomizada em dois
pólos, como na era do MSX. Hoje, o trabalho com a informática
na educação requer um bom conhecimento da parte técnica e da
13
parte pedagógica, um fornecendo suporte ao outro. É irrealista
pensar em primeiro ser um exper em informática para depois tirar
proveito desse conhecimento nas atividades pedagógicas. O
melhor é quando os conhecimentos técnicos e pedagógicos
crescem juntos, simultaneamente, um demandando novas idéias
do outro. O domínio das técnicas acontecem por necessidade e
exigências do pedagógico e as novas possibilidades técnicas
criam novas aberturas para o pedagógico, constituindo uma
verdadeira spiral ascendente na sua complexidade técnica e
pedagógica. Do lado técnico, essa espiral é o sistema operacional
Windows, do lado pedagógico é o uso computador como
ferramenta de auxilio ao processo de construção de conhecimento.
A
inovação
pedagógica
consiste
na
implantação
do
construtivismo sócio-interacionalista, ou seja, a construção do
conhecimento pelo aluno mediado por um educador. Porém, se o
educador dispuser dos recursos da informática, terá bem mais
chances de entender os processos mentais, os conceitos e as
estratégias utilizadas pelo aluno e, com essa informação poderá
intervir e colaborar de modo mais efetivo nesse processo de
14
construção de conhecimento. Do lado técnico, tudo se inicia por
intermédio do sistema operacional Windows. Ele é a porta de
entrada dos computadores atuais. Por meio dele é possível a
comunicação com os diferentes softwares, como processador de
texto, planilha, navegar na
rede Internet, verificarmos e
alterarmos a configuração do computador em uso ou desligá-lo.
O domínio do Windows e dos recursos oferecidos pelo
computador geralmente é feito através do uso do processador de
texto. A elaboração de textos pode ser usada em todas as áreas do
conhecimento
e
ser
uma
atividade
de
construção
de
conhecimento. Se o processador de texto for o Word, o domínio
dos aspectos técnicos acontece à medida que o professor vai se
familiarizando com a janela desse aplicativo. Ele pode
incrementar o texto com o uso de diferentes fontes e formatos,
colunas ou tabelas. O domínio dos recursos do Windows e do
Word permitem incursões por outras atividades importantes do
ponto de vista pedagógico, como a combinação de textos e
gráficos (desenhos, figuras, ícones etc). a busca de gráficos ou de
informações na Internet constitui uma outra fonte inesgotável de
15
recursos, que podem ser explorados do ponto de vista
educacional. As facilidades técnicas oferecidas pelos PCs
permitem a exploração de um leque ilimitado de diferentes usos
da informática na educação, aumentando as áreas de aplicação e a
diversidade de atividades que professores e alunos podem
realizar. Por outro lado, essa ampla gama de atividades pode ou
não estar contribuindo para o processo de construção do
conhecimento. O produto pode ser sofisticado mas não sert
efetivo na construção de novos conhecimentos. Por exemplo, o
aluno pode estar buscando informações na rede, em forma de
texto, vídeo ou gráficos, colocando-os na elaboração de uma
multimídia, porém sem Ter criticado ou refletido sobre os
diferentes conteúdos utilizados. Com isso, a multimídia pode ter
um efeito atraente, mas ser vazia do ponto de vista de conteúdos
relevantes ao tema. O aluno realizou algo, utilizando a
informática, mas essa atividade construiu pouco do ponto de vista
da aquisição de novos conceitos e estratégias. Nesse4 aspecto, a
experiência pedagógica do professor é fundamental. Conhecendo
as técnicas de informática para a realização dessas atividades e o
16
que significa construir conhecimentos, o professor deve indagar
se o uso do computador está ou não contribuindo para a
construção de novos conhecimentos. Para ser capaz de responder
a essa pergunta, o professor precisa conhecer as diferentes
modalidades de uso da informática na educação-programação,
elaboração de multimídia ou uso da Internet e entender os
recursos que elas oferecem para a construção de conhecimentos.
Por exemplo, no caso de uso da Internet, uma informação não
deve ser utilizada sem antes ser criticada e discutida.
No entanto, tal visão crítica não é exigida pelos softwares. Isso
cabe ao professor. O professor sentindo-se mais familiarizado
com as questões técnicas, pode dedicar-se à exploração da
informática em atividades pedagógicas mais sofisticadas. O
professor deve saber desafiar os alunos para que, a partir do
projeto que cada um propõe, seja possível atingir os objetivos
pedagógicos que ele determinou em seu planejamento. Essa breve
análise das questão técnicas e pedagógicas da informática na
educação mostra que os grandes desafios dessa área estão na
combinação do técnico com o pedagógico e, essencialmente, na
17
formação do professor. Cabe a ele saber orientar e desafiar e
desafiar o aluno para que a atividade computacional contribua
para a aquisição de novos conhecimentos. A análise dos
diferentes níveis de conhecimento que o professor deve adquirir
coloca-nos diante de uma situação que pode ser impossível de ser
implementada. Isso é verdade, se pensarmos que primeiro o
professor deve ser especialista em cada um desses domínios para
depois atuar na área da informática na educação. Nesse caso, a
dificuldade de formação é enorme. Porém, se pensarmos no
processo espiral, essa formação é gradativa e mais efetiva. O
professor não só estará adquirindo habilidades e competências
técnicas e pedagógicas, mas tornando-se um verdadeiro educador,
educar, nessa nova concepção, significa saber criticar e criar
novos conhecimentos. Nesse sentido, será que não vale o esforço
de nos utilizarmos da introdução da informática nas escolas a fim
de realizar essa revolução pedagógica tão esperada e tão
desejada?
18
CAPÍTULO III
POSSIBILIDADES EDUCATIVAS DA INFORMÁTICA
Na curta existência de sistemas escolares, a importância do papel mediador
do suporte da informação, deixe de aparece a aparição dos livros até a
última aplicação multimídia, tem sido amplamente reconhecida. Isso tem
sido assim fundamentalmente por três razões. A primeira, porque é a
aparição de cada novo meio transforma e enriquece as maneiras de
representar, armazenar e comunicar o saber de informação, e requer o
desenvolvimento ou aquisição de novas destrezas, habilidades e saberes e,
talvez, o esquecimento ou desaparecimento de outras.
A segunda, porque cada nova tecnologia da informação contribui com o
processo de transformações das estruturas sociais, de elaborais, culturais e
econômicas, criando novas áreas trabalho, destruindo outras ou variando
modo de atuar das existentes.
A terceira, porquê uma das finalidades dos sistemas escolares consiste em
tornar acessível a um segmento cada vez mais amplo da população o
conjunto de saberes e habilidades elaboradas pela humanidade. A primeira
consideração ajuda a explicar porque o ensino infantil, fundamental, parte
do ensino médio e, o superior dedicam tantos esforços, os recursos e tempo
ao domínio e a utilização da leitura e da escrita, ao mesmo tempo em que
19
trabalham outras formas de expressão (plástica, musical, corporal,
audiovisual, informática, e...) e o utilizam ferramentas que facilitem o
processo de expressão e compreensão.
A Segunda relaciona-se com a necessidade periódica de reformular o
conteúdo e a prática do ensino. A escola como instituição social, sofre o
desfruta as transformações da sociedade que a contém, assim como fazem
os demais sistemas que a configuram.
A terceira relaciona-se que o fato de o saber e a informação já não são
patrimônio da escola. O saber e formação são captados e de fundem-se em
suporte de características muito diferentes ( da televisão as redes
telemáticas, as publicações mais diversas ou CD-ROM ) ,alguns dos quais
estão longe das instituições de ensino. as iniciativas para atualizar
professores, o aluno se processos de ensino e aprendizagem, multiplicamse, ainda que nunca seja suficiente. O que pode fazer as escolas com
computador para cada trinta,50 ou 100 estudantes, com equipamentos que
necessitam de atualização constante, sem programas
adequadas e sem
acesso florido as redes de comunicação! Apesar de tudo, a escolas em que
o computador é utilizado sem descanso e outras em que, junto à vários
outros meios de ensino, servem
para cobri-se de pó. No campo da
educação o importante não é que uma máquina não
20
possa resolver equações, simular um fenômeno complexo ou permitir o
acesso a um enorme volume de documentos multimídia. O importante, é a
construção de significados, a aprendizagem e autônomo, a dotação de
sentido, a compreensão e o aprender a aprender.A questão fundamental é
que o computador o maneja símbolos com perfeição mas a aprendizagem
consiste em outorgar significados. O papel do computador no ensino não
apenas pode ser o mais variado, mas também pode adaptar-se a qualquer
método ou perspectiva pedagógica.
Atividade do
aluno
Revisa
Recorta
Pratica
Aplica
Intui
Compreende
Atua
Realiza tarefas
Comunica-se
Coopera
Tipo de programa
Exercício
Função
Reforço
Controle
Teste
Perspectiva de
aprendizagem
Condutismo:
estímulo-resposta,
repetição,
realimentação.
Sistemas tutorias
Professor
Significativo
Tutor
verbal:
Guia
Indutivo/dedutivo
Simulação
Verificação
de Aprendizagem por
hipóteses
descobrimento
Demonstrações
Tomada de decisões Resolução
de
problemas
e
Jogos heuristicos e de Conceituação
estratégia
resolução
de
problemas
Ajudam a organizar, Processamento
Editores de texto
significativo
da
Gestores de bancos de Representar,
armazenar, recuperar informação tomada
dados
e
apresentar de decisões
Planilhas de cálculos
informação
Programas de desenho
Programas estatísticos
Programas
de
apresentação
(Power Point)
Redes de comunicação
Facilitam
a Aprendizagem em
( Internet)
transmissão, o acesso colaboração
à informação e a
comunicação
21
A partir de uma perspectiva condutista e neocondutista da aprendizagem, o
computador é visto como a marca de ensinar, o sistema ou o tutor
especialista ou o tutor inteligente por excelência, e existe uma importante
atividade no âmbito do projeto e desenvolvimento de programas de ensino
assistidos por computador
As visões cognitivas e do ensino, que converteram o computador em
metáfora explicativa do cérebro humano, vêem neste a ferramenta que
transforma o que toca não somente para se parece capaz de realizar ações
humanas, mas todas as atividades mediada por ele pressupõe o
desenvolvimento de capacidades cognitiva e metacogitivas ( resolução de
problemas, planificação, algoritimização de tarefas, etc).
Nesta perspectiva, o estudo, a experimentação e a
informação
em
qualquer
área
do
currículo
exploração da
escolar,
melhorará
imediatamente a motivação o rendimento e as capacidades cognitivas dos
alunos.
Para quem o problema da aprendizagem consiste na expressividade e na
diversificação dos códigos utilizados para representar a informação nos
meios de ensino, a facilidade de integra o texto, gráficos e a linguagem
audiovisual e pictórica proporcionada pelo sistema multimídia vêm a ser a
resposta aos problemas de motivação e rendimento dos alunos e
22
professores.
Aqueles que consideram que apresenta aprendizagem baseia-se
em intercâmbio e na cooperação, em ensinar riscos, na
formulação de hipóteses, no contraste, na argumentação, no
reconhecimento do aluno e na aceitação da diversidade vêem no
computador, na navegação pela informação e na ampliação da
comunicação com pessoas e instituições geograficamente distante
que permitem as redes telemáticas , às limitações que pressupõe o
espaço escolar.
O papel do computador no ensino não apenas não pode apenas
ser o mais variado, mas também pode adaptar-se a qualquer
método ou perspectiva pedagógica.
23
CAPÍTULO IV
A REVOLUÇÃO DA INFORMÁTICA E OS PROCESSOS DE
LEITURA E ESCRITA
Não é preciso de muitos argumentos para convencer o público letrado de
uma vivência cotidiana : o surgimento e a rápida disseminação dos
computadores de uso pessoal está transformando rapidamente nossos
modos de produzir e ler texto com a aparição dos computadores, o abismo
que já separava os não alfabetizados alargou ser ainda mais: alguns nem se
quer chegaram aos livros e as bibliotecas, enquanto outros correm atrás de
hipertextos, correio eletrônico de páginas virtuais de livros e inexistentes.
Para entender o que está acontecendo agora, o que pode acontecer, é
preciso fazer um pouco de história, já que o chamamos de ler e escrever
foi mudado no transcurso dos séculos.
Todos os estudos históricos recentes mostram que nenhum dos povos
antigos criaram e utilizam escritas eram sociedades alfabetizadas.
Há várias histórias que se sobrepõem, mas que não devem ser confundidas;
a história do alfabeto não é a mesma que a história dos objetos portadores
de escritas de seu significados sociais a ( monumentos
24
públicos, tablete de argila cozida, rolos de papiro ou pergaminhos,
códices, livros etc ) ; a história dos tipos de suportes materiais sobre os
quais se escreveu a história dos instrumentos de escrita é totalmente
diferente da história dos textos que foram escritos ( registros, cartas,
genealogias, contratos, oráculos, decretos e leis, obras religiosas,
científica épica e poesia); a história das prática da leitura não deve ser
confundida com a história das práticas escrita, já que se trata de duas
atividades dissociadas durante séculos.A dissociação de funções que
atualmente nos parecem solidárias foi a norma durante os séculos
passados: o autor não era executor material das marcas, os escribas
não era leitores autorizados; a escrita foi exibida
séculos diante
populações incapazes de ler o exibido,porque era um símbolo de
poder. Para os romanos da época clássica, ler era desenvolver sua voz
ao texto. A leitura em voz alta era uma real interpretação do texto,
produto de um cuidadoso trabalho prévio. Portanto, a leitura de um
texto desconhecido, colocado de improviso nas mãos de eleitor para
que organizasse, era considerado um absurdo.
Como poderei ler o que não entendo?
O leitor era um intérprete, no mesmo sentido em que agora
25
concebemos o
intérprete de uma partitura musical.
Os textos eram copiadas e recopiados, de preferência em um tipo de
escrita continua, que hoje em dia nos parece aberrante; sem espaço
entre as palavras e sem pontuação.
A distinção das palavras e a introdução das pontuações ficava a cargo
do leitor era parte de sua tarefa de intérprete.
Os copista irlandeses, em meados do século VIII, e introduziram a
separação sistemática entre as palavras. E essa invenção demorou
séculos para impor-se.
Somos levados a imaginar que qualquer
tecnologia introduz
mudanças psicológicas substanciais. Entretanto, nem sempre é assim,
uma série de mudanças que durante décadas foram atribuídas a
imprensa, segundo o que sabemos agora, foram difundidas pela
imprensa, mas tiveram sua origem em mudanças muito mais sutis que
as precederam, e que não foram mudanças propriamente tecnológica.
A tecnologia que permitiu a leitura silenciosa, a busca rápida e a
citação é anterior à imprensa.
Mas a imprensa introduziu uma mudança total completa em um
aspecto crucial: a idéia de cópia de um mesmo texto.
26
O autor do texto, que já se havia convertido em autor material das
marcas (o produtor do manuscrito ), precisou disputar sua autoria com
a dos editores. E não poucos casos, os editores tinham sua própria
idéia da ortografia e da pontuação, e os autores nem sempre tiveram
êxito em conseguir que a versão editada correspondesse a seu próprio
manuscrito.
A máquina de escrever permitiu uma variação na idéia do manuscrito.
A marca pessoal do autor _ sua própria letra _ ficava limitada à
assinatura. Mas a ausência do "escrito à mão" não impedia a
manifestação de uma marca pessoal menos visível, porém, mais
profunda: seu estilo como escritor.
O computador permite uma nova aglutinação: o autor das marcas pode
ser seu próprio editor. No teclado, tem a sua exposição uma grande
quantidade tipos de caracteres. Pode variar o tamanho e o tipo dos
caracteres, pode inserir desenhos ou molduras... e pode enviar
diretamente seu disquete a gráfica. Em outras palavras: o autor
intelectual e o autor material completam-se agora com editor material.
A posição frente ao que escrevemos mudou.
A possibilidade de transpor, à vontade, parágrafos inteiros, ou de
trazer à tela partes de outros textos, dá ao produtor graus de liberdade
27
antes imagináveis.
O inegável é que a tela se converteu em uma superfície privilegiado.
O computador pessoal, em seu uso mais banal de instrumento
sofisticado para escrever e imprimir, tanto quanto e seus usos mais
recentes converter o usuário em um navegador em redes de
informática, reintroduziu o poder da escrita, ainda que rapidamente
vinculado ao da imagem, em um novo tipo de interação.
A escola, sempre depositário de mudanças que ocorrem fora de suas
fronteiras, deve pelo menos tomar consciência da defasagem entre o
que ensina e o que se pratica fora de suas fronteiras. Não é possível
que continue privilegiando a cópia-ofício de monges medievais como
protótipo da escrita. Não é possível que continue privilegiando a
leitura em voz alta de textos desconhecidos (mera oralização com
escassa compreensão) na era da leitura veloz da necessidade de
escolher a “informação” pertinente dentro do fluxo de mensagens
impressas que chegam de forma desordenada, caótica e invasor.
Não é possível que ainda se instaurem debates acolorados pró e contra
as virtudes inconveniente de tal ou qual tipo de grafias em uma época
em que é urgente introduzir os estudantes no uso do teclado.
O surpreendente e inquietante é que, ao mesmo tempo em que
28
aumentaram as exigências da leitura para a população que procura
emprego, a pesquisa evidencia que aprender a ler não é simplesmente
uma questão técnica.
Durante décadas nos acostumamos a pensar que a escrita é uma
invenção puramente técnica que permite passar do registro auditivo ao
visual, transformando a temporalidade simultaneidade, convertendo a
ordem seqüencial oral em uma ordem visual linear.
Consequentemente, aprender a ler não seria mais que aprender a
associar formas gráficas à unidades fônicas que estão imediatamente a
disposição do falante.
Agora sabemos que essa visão tradicional não só supersimplifica o
problema, mas também o deforma: essas associações sonoro-visuais e
gráficos-auditivas são apenas um dos aspectos do ingresso na
cultura letrada. Aprender a ler e a escrever é muito mais do que
isso: é constituir um novo objeto conceitual e entrar em outro
tipo de intercâmbio lingüistico e culturais.
29
CONCLUSÃO
O objetivo fundamental da informática na escola é permitir que o
aluno
adquira
novos
conhecimentos,
apropriado-se
desta
ferramenta poderosa, mas a escola precisa atualizar-se, valendo-se
dos recursos que a informática oferece. A tecnologia da era do
lápis e do papel, ditava o que deveria ser ensinado. Hoje temos
que usar uma nova tecnologia, sim, mas temos que repensar o que
ensinar.
As rápidas mudanças tecnológicas que marcam nossa época,
impõem-nos a necessidade de utilizar corretamente o computador
e outras tecnologias da informação. E ainda adequar a formação
dos docentes, capacitando-os para a utilização da informática na
educação. Não se muda escola, sem antes mudar o professor. Tão
necessária quanto esta capacitação é a produção de softwares
educacionais específicos para a educação brasileira.
Um dos motivos que ainda impede a democratização da
informatização na educação brasileira, é o alto custo dos
computadores e dos serviços telefônicos, primordiais para o
30
acesso à Internet.
A sociedade informatizada se caracteriza pela abundância de
informações, daí, precisamos estar atento ao acesso, seleção e
controle desses dados, ainda mais que elaborar, difundir e utilizar
o saber sempre significaram uma forma de poder.
A informática é hoje uma janela para o mundo, possibilitando a
troca de arquivos, acesso a banco de dados internacionais,
divulgação de pesquisas e discussão de temas os mais variados.
Na tentativa de incorporar os novos recursos, no entanto, a escola
nem sempre tem obtido sucesso porque, muitas vezes, apenas
adquire as novas máquinas sem, no entanto, alterar a tradição das
aulas acadêmicas.
O importante é que os novos recursos não sejam usadas como
instrumentos, mas que se tornem capazes de desencadear
transformações estruturais na velha escola. Só assim a função do
professor pode ser revitalizada, liberando-o da aula de saliva e giz
estimulando o aluno a uma posição menos passiva e mais
dinâmica.
31
BIBLIOGRAFIA
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Moderna, Segunda edição.
FERREIRO, Emília. Pátio Revista Pedagógica. Ano 3, Nr. 9, Maio/ Julho
1999.
SANCHO, Juana M. Gil. . Pátio Revista Pedagógica. Ano 3, Nr. 9,
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CHARTIER, R. História da Leitura no Mundo Ocidental. V.l, São Paulo,
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TAJRA,
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Informática
na
Educação-Professor
na
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FERNANDO, José de Almeida. Educação e informático- Os computadores na escola,
Editora Cortez, 1998.
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sergio luiz de almeida - AVM Faculdade Integrada