Freyre, Gilberto.
Casa Grande e Senzala.
Biografia:
Nasceu em 1900, iniciou seus estudos particulares com um professor de inglês e uma
francesa, com seu pai iniciou latim e português e desenho com Teles Júnior. Estudou em
Recife em uma historia americana e logo foi para os EUA, na universidade de Baylor e na
Universidade Columbia, tornou se bacharel em artes liberais, especializou se em ciências
políticas e sociais, ciências jurídicas com mestrado. Dirigiu depois para Europa onde
estudou em importantes centros da Inglaterra. Publicou Casa Grande e Senzala em 1933.
O impacto sobre a obra é muito grande, por que revolucionava os estudos sociais no Brasil,
pela novidade nos métodos usados e pela qualidade literária que a obra apresenta.
Freyre privilegiou as fontes, e construiu uma produção de autores consagrados. Ele respeita
as criticas, más não muda suas colocações.Aliado com a Oligarquia Pernambucana é
exilado em 1930.
As criticas vieram por causa das excessivas importâncias a influencia do meio sobre a
formação do brasileiro.
Por ter utilizado uma combinação de técnicas e de várias ciências para a investigação do
conjunto de traços apresentados pelo patriarcalismo nacionalistas.
Freyre se preocupava em diferenciar raça, cultura e hereditariedade de raça e de família.
A eugenia esta sempre presente em sua obra, pretendendo mostrar as qualidades e a
originalidade dos povos brasileiros.
A formação patriarcal explica se em termos econômicos pela organização da família.
O meio natural influencia na formação do homem que também foram fundamentais na
obra.
A “casa grande” apresentava todo um sistema econômico social de produção baseado na
monocultura latifundiária, no trabalho escravo, no transporte motriz de animais na religião
(católica) de vida social e de família, higiene do corpo e da casa. Foi ainda fortaleza, banco,
cemitério, hospedaria, escola, hospital...
Freyre diz que a “casa grande teria sido o poder mais importante da colônia e os senhores
rurais foram os donos do Brasil”.
Na obra ele também mostra a intimidade com os Santos, assim como os mortos que tinham
seus retratos nos santuários da casa.
Cap. I- Características gerais da colonização brasileira:
Em 1532, se deu a organização civil da sociedade brasileira colonial, os portugueses já
possuíam um século de atividade nos trópicos. A aptidão portuguesa foi atestada aqui que
se passou de simples empresa colonial para uma colonização fundada na agricultura.
A base da agricultura foi a estabilidade patriarcal, as regularidades do trabalho fundados na
escravidão, união dos portugueses com as mulheres indígenas.
A América tropical era escravocrata e híbrida de índio e mais tarde de negros.
Freyre mostra a importância da religião na formação social, mostra como o poder local
colocou se frente ao poder metropolitano.
Mostra a formação da América Espanhola que teve maior subordinação aos mandos
metropolitanos.
O sucesso da colonização se deu por seu passado étnico português indefinido entre
Europa e África, e a presença dos mouros. Por outro lado tiveram constante estado de
guerra.
Freyre particulariza a situação portuguesa e mostra as invasões germânicas, o feudalismo, o
cristianismo e solapado pelo pela influencia islâmica. Em razão disso não havia em
Portugal homogeneidade de população e costumes e acentua assim a flexibilidade
portuguesa na ocupação do Brasil. A cultura híbrida portuguesa transferiu se para o Brasil
e acentuo a formação da social.
Freyre também mostra a intensa mobilidade que os governos coloniais, que era possível em
função da alta técnica de transporte marítimo e sua grande frota marítima.
Freyre mostra que o sucesso português também se da pela proximidade do clima da
América portuguesa com a África. Ressalta também nas novas terras os grandes excessos
de deficiências e o ineditismo da maneira de colonizador português do Brasil, em que não
se conhecia outro sistema que não os baseados em feitorias ou extrativismo, aqui se passou
para a criação local de riquezas.
As grandes plantações na colônia não são obras do Estado e sim particulares com bases
aristocráticas e patriarcais.
Destaca- se também a importância de plantas úteis para a sobrevivência
As famílias eram os grandes agentes de colonização e é no leito das famílias que se
desenvolve a religião. A verdadeira formação social se da tendo a família com unidade.
A família colonial reuniu sobre a base econômica agrícola e do trabalho escravo em uma
variedade de funções sociais e econômicas. O domínio da família se da graça a base
agrícola da colonização.
Portugal que tinha sua base econômica baseada no comércio e graças a empreitada colonial
desenvolveu a base agrícola.
O desenvolvimento agrícola se deu porque que aqui não se encontrava a mesma condição
da Índia. Aqui não se encontrou riqueza organizada, apenas umas naturezas grandiosas,
más muitas vezes hostis e ressalta a importância dos pequenos rios para a sedentarização.
O papel do bandeirantismo também deve ser ressaltado, pois fizeram o alargamento do
território, fazendo um paralelo com os jesuítas que na dispessão faz a união.
O autor chama a atenção paras o papel do catolicismo na formação histórica; fala também
da união da colônia que não se esfacela em pedaços, mantendo sua unidade administrativa.
Freyre mostra como os interesses das oligarquias agrícolas e escravocratas não se abalaram
nem mesmo com o advento das minas e do café.
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Freyre, Gilberto. Casa Grande e Senzala.