ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS DE UM LATOSSOLO SOB DIFERETES MAEJOS E COBERTURAS EM UMA LAVOURA CAFEEIRA Orientado: PATRICK ALEXADRE MEI Orientador: CEZAR FRACISCO ARAUJO JUIOR Co-orientador: BEEDITO OEDI RODRIGUES Área de Solos Instituto Agronômico do Paraná, 86001-970, Londrina, PR Relatório do Programa de Iniciação Científica do IAPAR – ProICI/PIBIC/CNPq RESUMO A estrutura do solo afeta muitas propriedades do solo como a infiltração de água, a percolação, a redistribuição e o armazenamento de água no perfil do solo. No entanto, o uso e manejo do solo podem alterar as relações entre as partículas sólidas do solo e o espaço poroso. Neste contexto, este estudo teve por objetivo quantificar as alterações estruturais proporcionadas pelos diferentes manejos e coberturas em uma lavoura cafeeira. O estudo foi conduzido na Fazenda Experimental do IAPAR em Londrina, PR em uma lavoura cafeeira da cultivar Mundo Novo, plantada no espaçamento de 3,50 x 2,00 m. O experimento foi instalado em blocos casualizados (DBC) em esquemas de parcelas sub-divididas. O solo da área de estudo foi classificado como Latossolo Vermelho distroférrico típico (LVdf), muito argiloso (820 g kg-1 de argila, 125 g kg-1de silte e 55 g kg-1 de areia total). Os seguintes manejos e coberturas nas entrelinhas dos cafeeiros foram avaliados: 1-) capina manual operações realizadas com o auxílio de uma enxada (CAPM); 2-) roçadora costal-manual (ROÇA); 3-) herbicidas de pós+pré-emergência (HERB); 4-) adubação verde-Arachis hypogeae (AMCAV); 5-) adubação verde-Mucuna deeringiana (Bort.) Merr (MANA); 6-) sem capina nas entrelinhas (SCEE); 7-) sem capina nas entrelinhas e na saia dos cafeeiros (CONT). Amostras de solo com estruturas indeformadas foram coletadas em anéis volumétricos de 5 cm de altura por 5 cm de diâmetro, no centro das entrelinhas dos cafeeiros, nas profundidades 2-7, 12-17, 22-27 e 32-37 cm, totalizando 112 amostras. Ensaios de resistência mecânica do solo à penetração (RP) foram realizados em pontos adjacentes aos locais de coleta das amostras indeformadas, com o auxílio de um penetrógrafo com haste de 620 mm, diâmetro do cone de 12,83 mm e ângulo do cone 30°. Os manejos CAPM e CONT proporcionaram maior condutividade hidráulica do solo saturado (KSAT) ao LVdf na profundidade de 2-7 cm quando comparado ao manejo HERB, possivelmente devido à maior produção de biomassa vegetal e bioporosidade proporcionada pelos manejos CAPM e CONT. Na profundidade de 12-17 cm o manejo SCAP favoreceu maior KSAT em relação ao manejo MANA, embora este último tenha proporcionado maior teor de carbono orgânico total nesta profundidade em relação ao demais sistemas de manejo. Nas profundidades entre 7,5 a 22,5 cm observou-se uma camada de maior RP possivelmente resultante da história de tensão do uso de arados e grades aradoras nesta área no passado. Portanto, o manejo destes solos muito argilosos devem ser realizados com cautela pois a degradação estrutural em profundidade é de difícil recuperação. Palavras-chave: sistema poroso do solo, condutividade hidráulica do solo saturado, resistência a penetração.