Diagnóstico Pré-natal e Manejo da Malformação Cística Congênita de Pulmão (Prenatal diagnosis and management of congenital cystic adenomatoid malformation of the lung) DunCombe GJ, Dickinson JE and Kikiros CS Am J Obstet Gynecol. 2002 Oct;187(4):950-4. Apresentação: Ana Marily Soriano Ricardo (R2-HRAS/SES/DF Objetivos • Fazer uma revisão da assistência e do acompanhamento das gestações com diagnóstico pré-natal de Malformação Cística Congênita (MACC) de pulmão. Introdução • 1o. Caso relatado: 1949 por Chin e Tang • MACC de pulmão: – – – – Anomalia fetal incomum < 1000 casos descritos na literatura Incidência: 1:25.000 gestações Anormalidade: • Alteração hamartomatosa nos bronquíolos terciários • Alteração no desenvolvimento embriológico (7-15 semana) Características • Massa cística – Ocupa parte ou todo hemitórax fetal – 15% envolvimento bilateral – Macrocística: único ou múltiplos cistos de diâmetro > 5mm – Microcística • Suprimento vascular vasos pulmonares • Pode comunicar-se com tecido pulmonar adjacente. Diagnóstico Diferencial Classificação: • • • • • Stocker: Seqüestro Pulmonar Cisto Broncogênico Hérnia Diafragmática Teratoma Cístico do Mediastino • Enfisema Pulmonar Congênito – Achados histológicos: tamanho • Adzick: – Achados sonográficos – Dimensões dos cistos Material e Método • Análise Retrospectiva • Ano:1995-2001. • 21 gestações com diagnóstico pré-natal no “Fetal Medicine Service of King Edward Memorial Hospital for Women” • Acompanhamento: “Princess Margaret Hospital for Children” • História: – – – – Idade mãe IG no diagnóstico IG no parto Indicação Parto • Ultra-som: – Idade Gestacional – Biometria – Aparência da Lesão (critérios de Adzick) • Lado • Tamanho • Tipo • Dados RN: – – – – – – – Peso Nascimento Sexo Apgar 5’ Imagens pós natais Tempo e tipo cirurgia Patologias Estado Geral – – – – – Desvio eixo cardíaco Polidrâmnio Hidropsia Análise Doppler Regressão ou não da lesão Resultados: Tabela 1 Características Obstétricas e Neonatais Idade Materna (anos) 30,5 (28-33) Paridade 1(0-2) Idade Gestacional diagnóstico * 20 (19-22) Período até o parto* 18 (6-20) Idade Gestacional no parto* 39 (36-40) Peso Nascimento* 3150(2805-3510) Apgar 5’ 9 (9-10) Resultados: Tabela 2 Achados Pré-natais das lesões (n. 20) Microcístico 5(24%) Macrocístico 16(76%) Lado Direito 13(62%) Desvio Cardíaco 11(52%) Volume > 50% tórax fetal 5(24%) Regressão espontânea 4(19%) Hidropsia* 2(9%) Resultados:Tabela 3 Acompanhamento Pré-natal e Cuidados Pós Natais Nascimentos 17 (81%) Interrupção 4 (19%) Morte 1(5%) Cirurgia (16)* Observação 2 (12,5%) Ressecção Pulmonar 12 (75%) “presurgery” 2 (12,5%) Resultados • 4 interrupções: – Aspiração cisto novo acúmulo líquido – Microcisto impressão de envolvimento bilateral – Início Precoce de Hidropsia* • • • • IG 19 semanas, massa > 50% do volume tórax Desvio cardiáco, diafragma em tenda, ascite volumosa Alterações Macrocísticas e Microcísticas Hipoplasia pulmonar bilateral severa. – Após diagnóstico e aconselhamento. Resultados • 17 nascidos vivos: – US seriada (4 até nascimento) – 4 casos: regressão parcial/total antes nascer – 2 casos piora logo após nascimento • Amniorredução pré-natal Síndrome Desconforto Respiratório cirurgia 2ddv • SDR + ICC morte – Autópsia: MACC com sequestro pulmonar Comentários • Diagnóstico pré-natal é incomum. • US: – Antes: diagnóstico por autópsia ou pós natal. – 1o. Relato: 1975 – Diagnóstico precoce: 18-20 semanas de gestação. • Incidência do estudo: 1,2 – 10.000 nascimentos. • 7 casos relatados, mas não entraram no estudo – 2 casos interrupção (anomalias múltiplas) – 1 nascimento no hospital de estudo – 4 nascidos outros locais diagnóstico pós natal Comentários: Prognóstico • Fatores de Pior Prognóstico: – – – – – – – Tamanho Tipo: microcístico Lateralidade Progressão x Regressão Desvio do eixo cardíaco Hidropsia Associação com outras anomalias. • No estudo não houve anomalias associadas. Comentários: Assistência • • • • Estabilização Observação SD Respiratório CT Cirurgia RN Bom Estado CT 4-6 meses Cirurgia 6-12 meses. • Cirurgias: – Toracotomia/ lobectomia. – Massa grande ressecção parcial (evitar deformidade de parede torácica) • Acompanhamento a longo prazo: sobrevida sem sequelas. Consulte: Dificuldade Respiratória no recém-nascido: avanços Autor (s): Paulo R. Margotto