MESTRADO
RECURSOS HÍDRICOS
DETERMINAÇÃO DE HORMÔNIOS ESTROGENIOS EM ÁGUA POR CROMATOGRAFIA A GÁS APÓS
DERIVATIZAÇÃO
MARÍLIA SOUZA DO NASCIMENTO
Os contaminantes emergentes, como os estrógenos (hormônios sexuais femininos), nas formas naturais
17ß-estradiol (E2), estriol (E3), estrona (E1) e/ ou sintéticos 17a-etinilestradiol (EE2) utilizados na
composição de medicamentos contraceptivos têm gerado preocupação quanto a sua presença em
matrizes ambientais que provêm de fontes de contaminação incluindo a urina excretada por seres
humanos e mamíferos em águas residuais, podendo ser encontrados em água superficial, esgoto
doméstico, efluentes, carne, leite e seus derivados. Verifica-se a importância de estudos visando
monitoramento desses agentes. Devido à pela complexidade das matrizes ambientais (fisiologicamente
ativas), e pelas quantidades muito baixas encontradas é necessário desenvolver metodologias analíticas
sensíveis e seletivas e que, em geral, compreendem procedimentos longos e trabalhosos. O objetivo
geral deste trabalho é desenvolver um método analítico para determinação de estrogênios (estrona
(E1), 17ß-estradiol (E2), 17a-Etinilestradiol (EE2) e estriol (E3)) em água utilizando a microextração em
fase liquida seguida de derivatização com identificação e quantificação por cromatografia a gás acoplada
a espectrometria de massas. Até o presente momento foi trabalhada a otimização do processo de
derivatização pela adição do N, O-bis (trimetilsilil) trifluoroacetamida (BSTFA) de modo a verificar
estabilidade dos derivados de trimetilsilano (TMS), e também o estudo de solventes apropriados para
extração. Inicialmente, foram preparadas soluções de trabalho em diferentes concentrações, diluídas a
partir de uma solução intermediária mista (10 µg/mL). Os primeiros ensaios foram feitos utilizando
metanol como solvente para o preparo dos padrões seguindo recomendações da literatura. Entretanto,
verificou-se a ausência do sinal analítico referente aos derivados TMS no cromatograma, o que pode ser
justificado pela reação da hidroxila do metanol residual com o radical trimetilsilil responsável pela
reação da derivatização. Optou-se então por preparar os padrões em acetona. Outro dado importante
foi a adição de piridina. Foram feitos ensaios com e sem a presença de piridina no meio reacional do
BSTFA e verificou-se maior rendimento do processo de derivatização com adição de piridina. A adição de
hexano após a reação da derivatização dos padrões propiciou menores coeficientes de variações
representando melhor reprodutibilidade quando comparado à determinação sem a presença de
hexano, o que pode ser explicado pelo aumento da estabilidade dos derivados silanizados neste
solvente. Para otimização do método de extração, preparou-se réplicas de soluções em água destilada
(fase aquosa) com a mesma concentração (0,1 µg/mL). Adicionou-se um solvente extrator (responsável
pela formação da fase orgânica) diferente (tolueno, clorofórmio e diclorometano) em cada
experimento, em seguida um solvente dispersor (acetona ou acetonitrila) que promove a dispersão da
fase orgânica na fase aquosa para extração dos analitos. Até o presente momento, o método
apresentou coeficiente de variação aceitável para a extração com o clorofórmio usando acetonitrila
como dispersor. Após a otimização do método de extração a próxima etapa é a validação da
metodologia com as figuras de mérito segundo os critérios preconizados por agências de certificação.
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
VI MOSTRA DA PÓS-GRADUAÇÃO/2014
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MESTRADO-RECURSOS HÍDRICOS-Marília Souza do Nascimento