+
Agendas Temáticas
Que pontos de partida?
+
Agenda Mediática
Everett
Rogers (1993): 204 obras sobre agenda setting
desde McCombs e Shaw.
Os
media não podem noticiar tudo o que lhes chega –
daí a necessidade de aplicar critérios de noticialidade, a
necessidade de escolher.
+
Os 12 critérios de noticiabilidade,
segundo Galtung e Ruge (1965)

1. Frequência

2. Amplitude

3. Clareza

4. Significado

5. Consonância

6. Caráter inesperado

7. Continuidade

8. Composição/equilíbrio

9. Referência a países de elite

10. Referência a pessoas de elite

11. Personalização

12. Negatividade
+
Agenda Mediática

Maxwell McCombs e Donald Shaw são os pioneiros na
apresentação da hipótese do agendamento no seu
artigo intitulado The Agenda Setting Function of Mass
Media (1972).
+
Agenda Mediática

Este estudo tinha o propósito de investigar a capacidade
de agendamento dos media na campanha presidencial
de 1968 nos Estados Unidos, além de confrontar o que os
eleitores de Chapel Hill (local escolhido para a realização
da pesquisa) afirmaram ser as questões-chave da
campanha com o conteúdo expresso pelos media
(McCombs e Shaw, 1972. In: Traquina, 2000).

Os autores pretendiam averiguar, também, se as ideias
que os votantes julgavam como temas mais relevantes
eram moldadas pela cobertura jornalística dos media
(Weaver, 1996).
+
Hipótese do Agenda Setting

CONCLUSÕES:

Os media reproduzem, de forma imperfeita, os
discursos políticos;

Os eleitores concordam com as ideias, que são
definidas importantes pelos media, demonstrando
assim que os media têm a capacidade de
influenciar a projeção dos acontecimentos na
opinião pública.

Estabelece-se um ambiente fabricado e montado
pelos media, e surge, assim, o caráter de
agendamento dos media.
+
Hipótese do Agenda Setting

Um estudo demonstrou que, quanto maior é a
necessidade de orientação da pessoa, maior é a
sua exposição à informação política dos mass
media (Weaver, McCombs, Spellman, 2000: 63 e
segs.).

E que quanto maior é a necessidade de
orientação, menor é a distância entre as agendas
dos eleitores e as dos media (McCombs, Weaver,
1973).
+
Hipótese do Agenda Setting
Cohen (1963):
“Embora a imprensa, na maior parte das vezes, possa não ser bem
sucedida ao indicar às pessoas como pensar, é espantosamente
eficaz ao dizer aos seus leitores sobre o que pensar” (McCombs; Shaw,
1972. In: Traquina, 2000: 49).
McCombs e Shaw (1972):
Mais do que fazer as pessoas pensar de determinada maneira, os
media indicam sobre o que pensar.
Lang e Lang (1966):
Os media sugerem sobre o que se deve pensar, saber e sentir, pela
forma como centram a sua atenção em determinadas questões, em
detrimento de outras (Lang; Lang, 1966. In: Moragas, 1985: 89-90).
Barros Filho (2001, p. 169)
“Um tipo de efeito social da mídia. É a hipótese segundo a qual a
mídia, pela seleção, disposição e incidência de suas notícias, vem
determinar os temas sobre os quais o público falará e discutirá”.
+
Agenda Política

Agenda, Que conceito?
“É uma coleção de problemas, compreensão de causas,
símbolos, soluções e outros elementos dos problemas
públicos, que captam a atenção de membros do público e dos
seus atores governamentais.”
Thomas A. Birkland, 2005: 110
“Bem comum” ou Interesses egoístas? Raison d’État ou Teoria
da Escolha Pública? Eis a questão!
+
Agenda Política

“Como se definem as agendas governamentais? A nossa resposta tem-se
concentrado em três explicações: problemas, políticas, e participantes
visíveis.”


John Kingdon, 1995: 197
“O agenda setting é o processo pelo qual os problemas e soluções
alternativas ganham ou perdem a atenção do público e da elite. A
competição de grupo para definir a agenda é feroz porque nenhuma
sociedade, sistema político, ator oficial, ator não-oficial ou pessoa física
tem capacidade para atender a todas as alternativas possíveis para todos
os problemas possíveis, que possam surgir a qualquer momento. (…) O
grupo que descreve com sucesso um problema também será aquele que
definirá as suas soluções, prevalecendo, assim, no debate político.”

Thomas A. Birkland, 2005: 109
+
Agenda Pública

Fala-se de público, opinião pública, opinião de massas, povo
e/ou sociedade civil?

Como ganhar voz?

Iniciativa Legislativa de Cidadãos (ILC) é um direito de
iniciativa legislativa que pode ser exercido, em Portugal (n.º
1 do artigo 6.º da Lei n.º 17/2003, Requisitos), imperativo de
35 mil assinaturas para que a proposta seja aceite na
Assembleia da República

Participação política ativa (manifestações, assinatura de
abaixo-assinados, petições, greves, etc.)
+
Agenda Pública
Modelo da Dependência
(Sandra Ball-Rokeach e Melvin
DeFleur, 1976):
Os media apenas podem funcionar em ligação com a sociedade e a
sua audiência. E são os termos dessa relação que determinam o
impacto das suas mensagens.
Os indíviduos carecem dos media para se informarem, o que vai
influir na sua agenda.
+
Agenda Pública

Influenciada por:

(1) Tempo de exposição a um tema (Winter e DeGeorge –
1981);

(2) Proximidade Geográfica (Palmgreen e Clarke – 1977);

(3) Natureza e conteúdo dos temas abordados pelos meios
noticiosos (Saperas – 1993);

(4) Credibilidade da fonte de informação (Saperas – 1993);

5) Concordância da audiência (Saperas – 1993);

6) Comunicação interpessoal.
+
Agenda Pública
+
+
+
Agenda Mediática e Agenda
Pública

http://www.youtube.com/watch?v=pKgz8QiVap4
+
Bibliografia
Ball-Rokeach, S. J.; DeFleur, M. J. (1976): “A dependency model of mass media effects”. Communication
Research, 3(1): 3-21.
Barros Filho, Clóvis de (2001): Ética na Comunicação: da informação ao receptor. São Paulo: Moderna.
Birkland, Thomas A. (2005): An Introduction to the Policy Process – Theories, Concepts, and Models of Public
Policy Making. Armonk, New York; London, England: M.E. Sharpe.
Cohen, Bernard C (1963): The Press and Foreign Policy. Princeton, New Jersey: Princeton University Press.
Eyal, C.; Winter, J. P.; DeGeorge, W. F. (1981): “The concept of time frame in agenda-setting”. In: Wilhoit,
G.C. (Ed.). Mass Communication Review Yearbook II. Beverly Hills: Sage, pp. 212-218.
Galtung, Johan; Ruge, Mari Holmboe (1965): The Structure of Foreign News: the Presentation of the Congo,
Cuba and Cyprus Crises in Four Norwegian Newspapers. Universitetsforlaget.
Kingdon, John W. (1995): Agendas, Alternatives, and Public Policies. New York: HarpersCollins College
Publishers.
Lang, K.; Lang, G. (1966): “The mass media and voting”. In: Berelson, B.; Janowitz, M. (Eds.). Reader in
public opinion and communication. New York: Free Press, pp. 455-472.
Lang, K.; Lang, G. (1966): “Los mass media y las elecciones”. In: Moragas, M. de (ed) (1985): Sociologia de
la Comunicación de Masas: propaganda política y opinión pública. Barcelona: Gustavo Gili.
McCombs, Maxwell E.; Shaw, Donald L. (1972): “The Agenda-Setting Function of Mass Media”. Public
Opinion Quarterly 36(2), pp. 176-187.
+
Bibliografia
McCombs, Maxwell E.; Shaw, Donald L. (2000): “A função do agendamento dos media”. In: Traquina,
Nelson (autor da antologia). O Poder do Jornalismo: Análise e Textos da Teoria do Agendamento.
Coimbra: Minerva, pp. 47-61.
Palmgreen, P.; Clarke, P. (1976): “Agenda-setting with local and national issues”. Communication
Research, 4 (4).
Rogers, E.; Dearing, J. e Bregman, D. (1988): “Agenda-setting research: Where has it been? Where is it
going?”. In: Anderson, J. A. (Ed.): Communication Yearbook, 11. Newbury Park: Sage.
Rogers, Everett (1993): “The Anatomy of Agenda-Setting Research”. Journal of Communication 43(2),
pp. 68-85.
Saperas, E. (1993): Os Efeitos Cognitivos da Comunicação de Massas. Porto: Asa.
Traquina, N. (2002): Jornalismo. Lisboa: Quimera.
Weaver, David H.; McCombs, Maxwell E.; Spellman, Charles (2000): “O caso Watergate e os media”.
In: Traquina, Nelson (autor da antologia), O Poder do Jornalismo: Análise e Textos da Teoria do
Agendamento. Coimbra: Minerva, pp. 63-76.
Weaver, McCombs, Spellman (2000): “Watergate e os Media”. In: Traquina, Nelson (autor da
antologia). O Poder do Jornalismo: Análise e Textos da Teoria do Agendamento. Coimbra: Minerva.
Winter, J. P. (1981): “Contingent conditions in the agenda-setting process”. In: Wilhoit, G. C. (Ed.). Mass
Communication Review Yearbook II. Beverly Hills: Sage, pp. 235-243.
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