O DEFICIENTE VISUAL E SUA ACESSIBILIDADE
EM CURITIBA: UM ESTUDO DE CASO
Ana Julia Alves Egg Monteiro
Bolsista PET – Programa de Educação Tutorial/CAPES
Márcia de Andrade Pereira
Introdução/Objetivos
Cerca de 536.592 pessoas têm grande dificuldade
ou não enxerga de modo algum (IBGE,2010),
dentro de um universo de 190.755.799 pessoas
em todo Brasil (IBGE, 2010). Analisando essa
perspectiva, essa pesquisa tem como objetivo
verificar a situação do centro da cidade de Curitiba
quanto a locomoção dos deficientes visuais.
Método
A análise do centro da cidade de Curitiba será
realizada por meio de verificação em campo e
entrevistas. As informações serão constatadas por
meio visual, com registro fotográfico, onde serão
vistoriados a acessibilidade para os deficientes
visuais através das sinalizações táteis – direcional
e de alerta. As entrevistas com os deficientes
serão realizadas afim de identificar problemas
mais evidentes, sob a perspectiva desses
usuários.
Referências
•
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php
?sigla=rj&tema=censodemog2010_defic;
•
ABNT
NBR
9050.
Acessibilidade
a
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos , 2004.
Resultados/Discussão
Dos 50,750 km de ruas do centro da
cidade de Curitiba (figura 1), observouse que somente 1,010 km possuem
sinalização tátil para os deficientes.
Não obstante, ao realizar uma análise
mais específica sobre onde se inicia e
termina cada trecho, ou seja, seus
Figura 1: Centro de Curitiba.
Fonte: Google Maps
limites, são visíveis vários problemas. A
localização dos trechos identificados se dá somente nas
redondezas de grandes empreendimentos como os
shoppings da região e do Colégio Estadual do Paraná.
Quanto à analise do início e o fim de
cada
segmento
estudado
é
observável que eles não seguem
nenhuma lógica (figura 2), ou seja,
são desconectados, que tornam-nos
de fato inefetivos.
Figura 2: Rua Visconde de
Guarapuava
Conclusões
Com o estudo realizado, observou-se um descaso quando o
assunto é mobilidade para os deficientes visuais. É
indiscutível a necessidade de reformulação dos projetos de
locomoção dessas pessoas, principalmente na área de maior
circulação, como é o centro da cidade. Cabe aos órgãos
públicos municipais rever ou mesmo criar um plano de
mobilidade para esse fim.
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