O JORNALISTA, ATOR E MÚSICO MIGUEL RESENDE
LANÇA SEU PRIMEIRO DISCO AUTORAL
O artista revela sua consciência de cotidiano em composições
inusitadas, autênticas crônicas musicais, num estilo próprio bem
irreverente
por Márcia Francisco, jornalista e escritora
Cinquenta e oito anos, jornalista atuante, coordenador de programação e produtor da Rádio
Inconfidência AM. Na Inconfidência FM, Brasileiríssima 100,9 , é o idealizador e produtor do
“Feito em Casa”, entre outros programas. Miguel Resende sempre teve um pé no jornalismo e
outro na própria arte. Faceta que poucos conhecem, pois acabou se comprometendo com a
responsabilidade prazerosa de divulgar o talento das centenas de artistas que lhe chegam e são,
calorosamente, acolhidos por ele, na emissora. A cabeça de Miguel, antenada em influências
várias, nunca perdeu a própria musicalidade, nascida nos anos 1970, quando participou de um
grupo musical em Belo Horizonte, uma espécie de “clube” ou banda de garagem. Desde lá,
Miguel continuou tocando e compondo, em casa, entre amigos, no lazer do seu home studio.
Notadamente, criou uma marca própria de compor: a irreverência. E por aí, vai do rock ao
samba, passando por baladas pop românticas, chegando a canções humorísticas e teatrais. Uma
boa amostra de tudo está em site e CD: “Metrópole”.
Miguel Resende canta todas as canções. É o trabalho de um ator experiente e talentoso em
interpretações bem teatrais das próprias composições. Com ele, verdadeiras crônicas musicadas.
Temas do cotidiano que se despontam num passeio pelo verbo rasgado, a língua afiada, a
irreverência nata, em letras e propostas dissonantes ou sonoridades radicais. Uma velha e boa
frase: “sem medo de ser feliz”. Ela descreve bem a presença do compositor Miguel Resende no
cenário musical. Se ele nos evoca de Jards Macalé a Tim Maia, é capaz de soar rítmico e
original como um sambista da velha guarda. Mas, afinal, é só ele mesmo, inconfundivelmente.
Mistura gêneros e sonoridades, em corajoso estilo próprio. Provavelmente um estilo nascido do
seu próprio trabalho com música na Rádio Inconfidência, convivendo com artistas de Minas e
de todo o Brasil, que visitam a emissora frequentemente.
“Miguel Resende e banda – Metrópole” foi gravado e mixado no DM Estúdio e no Studio HP.
A banda tem Miguel nos violões, Eurico Miranda no baixo, guitarras e vocais, Duda Batera na
bateria, Mister Black na percussão e Elton Charles nos teclados. A produção musical e os
arranjos são do multi-instrumentista Eurico Miranda. Paulinho Bizarria e Ronaldo Lúcio do
Studio HP cuidaram das mixagens.
O disco traz doze faixas: Procura-se Cristina, Separação, Porra-louca, Ceição, Mano a Mano, In
USA, Os olhos, Se você não for eu também não vou, Retornável, Pelos animais e Turnê MG.
Produção capa/prensagem: João Araújo/Pesquisa Viola Urbana. O CD chega ao público
juntamente com o site www.miguelresende.com.br
MIGUEL RESENDE - TRAJETÓRIA
Natural de São Gotardo – MG (1956), Miguel Resende veio morar em BH aos 8 anos. Ator
profissional em BH desde os 18 anos, depois jornalista diplomado pela UFMG, nunca deixou de
trabalhar na mídia: TV Alterosa, Editora Abril, O Globo e atualmente na Rádio Inconfidência,
onde é coordenador de programação e produtor da AM, atuando também como produtor na
Inconfidência Brasileiríssima FM.
Como ator e diretor teatral, realizou, entre outros trabalhos: “O Auto da Compadecida”, de
Ariano Suassuna (direção de Pedro Paulo Cava), “Um Inimigo do Povo”, de Henrik Ibsen
(direção de Walmir José), “O Interrogatório”, de Peter Weiss (direção de Jota D’Ângelo), “Um
Edifício Chamado 200”, de Oduvaldo Vianna Filho (direção de Walmir José), “O Amor do
Não”, de Fauzi Arap (direção de Elvécio Guimarães), “Rasga Coração”, de Oduvaldo Vianna
(direção de Pedro Paulo Cava) e “Entre Quatro Paredes”, de Jean Paul Sartre (direção de Miguel
Resende).
Nos anos 1970, fãs do Clube da Esquina, Miguel e sua turma de amigos adolescentes também
tinham um clube musical, sem nome, da avenida, a Augusto de Lima no centro de BH. Turma
que curtia fazer um som, acalentando sonhos de juventude por uma carreira profissional.
Segundo Miguel, era um grupo disperso e inconstante, que mudava integrantes todo dia. Por
mais de cinco anos de inconstância e trocas, de um jeito ou de outro, esse pessoal tocou e fez
música junto. Até que se dispersou definitivamente, cada um dos músicos tomando seu rumo na
vida. Inclusive, todos partindo por profissões nada musicais. Apenas o baixista, guitarrista e
tecladista Eurico Miranda se tornou músico profissional. Pudera, sempre foi um multiinstrumentista excepcional.
Há quase dois anos, Miguel Resende reencontrou, por acaso, o “maestro” daquele sumido
grupo musical, o Durico para os mais chegados. Ele e Miguel lembraram nos violões algumas
canções daquele tempo. Por diversão e nostalgia, recuperaram algumas composições de Miguel,
que a banda sempre tocava. As músicas bateram com muita originalidade e carregadas de
modernidade, em impressões gerais. Bem melodiosas, parecendo extraídas de musicais de teatro
ou cinema. Miguel quis então gravar um demo de amostra de suas composições, incentivado
pelo velho amigo Durico. Para tanto, localizaram e chamaram alguns outros do grupo dos anos
1970. “Foi muito divertido, um prazer imenso, uma espécie de viagem no tempo da juventude.
Ninguém esquece, por exemplo, como andar de bicicleta ou como nadar. Quase do mesmo jeito,
os cinqüentões acabaram se lembrando dos arranjos básicos de Eurico, acrescentando toques e
inspirações maduras”, comenta Miguel. Que, no embalo, compôs algumas canções novas.
No meio da curtição, apareceu um outro grande amigo de longas datas: Paulinho Bizarria, do
Studio HP. Achou o “material muito bom, bem musical, diferente”. Assim como outros amigos
próximos, Paulinho considerou que as músicas de Miguel Resende, na voz do próprio, com os
arranjos de Eurico Miranda e banda, estavam merecendo tratamento e finalização profissional
de qualidade. E Paulinho deu a maior força no seu Studio HP. Até então, Miguel tinha cantado
somente em alguns musicais de teatro, sem microfone. E o trabalho “Metrópole”, em CD e site,
acabou ficando assim, com Miguel cantando todas as canções, não por ser cantor, mas por ser
ator. Finalmente, Miguel decide unir os talentos da interpretação no teatro às composições, e
apresentar seus sons, por ele mesmo. E assim vem a tona o site e o CD “Miguel Resende e
Banda - Metrópole”, que tem seu lançamento em 2015.
Assessoria em Comunicação e imprensa: Márcia Francisco – (31)
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Release - Miguel Resende