Aulas 1 e 2
Conjuntura Econômica e
Estratégia Corporativa
Conceitos Fundamentais
Prof. João Carlos Bragança
Definição
 A economia estuda como as sociedades administram
recursos escassos para produzir bens e serviços e
distribuí-los entre diferentes indivíduos.
 O que produzir?
 Para quem produzir?
 Por que produzir?
2
Definição
 A microeconomia é o estudo do modo como as famílias,
as empresas e o setor público tomam decisões, bem
como o estudo da forma como eles interagem.
 A macroeconomia é o ramo da ciência econômica que
trata do estudo dos agregados econômicos, de seus
comportamentos e das relações que guardam entre si.
Ela é particularmente importante na análise da
conjuntura econômica.
3
Definição
 A Teoria Microeconômica estuda, a partir de
pressupostos comportamentais razoáveis (satisfação do
consumidor e lucratividade da firma), a maneira pela qual
a produção e preços são determinados em distintos
mercados.
4
Objetivos da Teoria Microeconômica
o preço dos bens e serviços?
a remuneração do trabalhador?
O que determina
a quantidade de bens produzidos?
o gasto consumidor?
...
5
Escassez
 A escassez é um conceito relativo: refere-se ao desejo
de adquirir uma quantidade de bens e serviços maior do
que a disponível. Ela não é um problema tecnológico,
mas de disparidade entre desejos humanos e meios
disponíveis para satisfazê-los.
 Trata-se dos limites impostos pelo sistema econômico
aos objetivos que são perseguidos pelos agentes
econômicos (consumidor e firma).
6
Escassez
NECESSIDADES HUMANAS
INFINITAS E ILIMITADAS
RECURSOS PRODUTIVOS
FINITOS E LIMITADOS
ESCASSEZ DE BENS E SERVIÇOS
7
Delimitação teórica da microeconomia

•
•
•
Teorias:
Consumidor.
Firma (produção).
Mercados (estruturas básicas)
 Organização industrial (Economia Industrial):
• Ramo que se originou da microeconomia onde a
estratégia ganha particular importância.
8
Teoria do Consumidor
•
•
A utilidade é o sentimento subjetivo de prazer ou
satisfação que uma pessoa experimenta como
conseqüência de consumir determinado bem ou serviço.
Sob o enfoque da utilidade ordinal, examinamos somente
a ordem de preferência pelas diferentes cestas de bens.
Para afirmar “a situação A é preferida à B”, não
precisamos saber em que medida se prefere A a B — é
uma afirmação ordinal.
9
Teoria do Consumidor
•
•
Função Utilidade
A teoria Econômica desenvolveu uma ferramenta para
representar a ordenação das preferências dos
consumidores - Função Utilidade.
•
Essa Função Utilidade, simplesmente, atribui um
número, chamado Índice de Utilidade, a cada cesta de
bens na ordenação das preferências dos consumidores.
Essa atribuição de número obedece a dois critérios:
1) Se um consumidor é indiferente entre duas cestas, a
função utilidade atribui o mesmo índice de utilidade às
duas cestas
2) Se o consumidor prefere uma cesta comparada a outra,
a função utilidade atribui um índice de utilidade maior à
cesta preferida.
10
Teoria do Consumidor
•
Representação da Função Utilidade
U = f(q1, q2, ..., qn)
•
Resumidamente:
U = f(q1,q2)
11
Teoria do Consumidor
12
Teoria do Consumidor
13
Teoria do Consumidor
•
Segundo o princípio da igualdade marginal, ou da
igualdade das utilidades marginais por unidade
monetária despendida ...
 Cada bem é demandado até o ponto em que a utilidade
marginal do último real despendido com ele seja
exatamente igual à utilidade marginal da última unidade
monetária despendida com qualquer outro bem.
14
Teoria do Consumidor
• Preferências
1) São a forma pela qual os consumidores escolhem
racionalmente, e verificam como é possível construir sua
função utilidade.
2) O modelo do comportamento do consumidor começa
com a idéia básica de que as pessoas têm preferências e
desejos por alguns produtos e serviços em relação a
outros.
 Relações de preferências, ordenar preferências.
15
Teoria do Consumidor
• Pressupostos (axiomas) da teoria do consumidor
1) Mais é melhor: Dentro de certos limites, prefere-se
quantidades maiores que menores. Pressuposto da não
saciedade.
2) Preferência é completa: É sempre possível comparar
duas cestas quaisquer. Dadas A e B, prefere-se A à B, B
à A ou se é indiferente a ambas.
3) A preferência é reflexiva: Todas as cestas são, pelo
menos, tão preferíveis quanto a elas mesmas.
4) A preferência é transitiva: Dadas A, B e C, se o
consumidor prefere A à B e B à C, então preferirá A à C.
16
Teoria do Consumidor
•
Exemplo
17
Demanda individual
 É a quantidade de bens (ou serviços) que o demandante,
dada sua renda monetária, planeja comprar por unidade
de tempo.
 A demanda é uma aspiração. Sua efetivação, ou seja, a
realização do desejo, caracteriza a compra.
 A idéia de demanda encerra uma renda monetária
potencial, por parte do consumidor, capaz de efetivar a
compra.
 Ela é um fluxo por unidade de tempo.
18
Variáveis que afetam a demanda
 O preço do próprio bem e dos bens relacionados (idéia
de bens substitutos e complementares).
 A renda (salário) e a preferência do consumidor.
 As expectativas dos agentes econômicos (firmas e
consumidores).
 As condições de crédito
 A sazonalidade
19
Lei Geral da demanda
 “A quantidade demandada de um bem ou serviço, em
qualquer período de tempo, varia inversamente ao seu
preço, pressupondo-se que tudo o mais que possa afetar
a demanda – especialmente a renda, o gosto e
preferência do consumidor, o preço dos bens
relacionados e as expectativas quanto à renda, preços e
disponibilidades – permaneça inalterado, ou seja, ceteris
paribus”.
∆P↓=>∆QD↑
∆P↑=>∆QD↓
20
Lei Geral da demanda
21
Efeito substituição e renda
 O efeito substituição reflete uma mudança nos preços
relativos e nos diz que, quando o preço de um bem ou
serviço aumenta, a quantidade demandada desse bem
diminui, pois seu consumo é substituído pelo de outros
bens.
 O efeito renda reflete uma mudança na renda real dos
consumidores: quando o preço dos CDs, por exemplo,
aumenta, a renda real se reduz, e o consumidor poderá
comprar menos de todos os bens, inclusive do bem cujo
preço subiu.
22
Curva de demanda
23
Pesquisa
 Que tipo de bem viola a lei geral da demanda? Explique.
24
Demanda e renda
 Bens normais são aqueles que variam diretamente com a
renda. Um aumento (redução) na renda tem o efeito de
aumentar (reduzir) a quantidade comprada.
 Bens inferiores são aqueles cuja demanda varia
inversamente às variações na renda do consumidor. A
idéia é que o consumidor passa a demandar outros bens
quando seu poder aquisitivo é elevado.
25
Demanda e preço de outros bens
 Bens complementares são aqueles que tendem a
aumentar a satisfação do consumidor quando
consumidos em conjunto. Variações nos preços de um
deles tem um efeito inverso na demanda do outro.
Exemplo: pão e manteiga.
 Bens substitutos (concorrentes ou sucedâneos) têm uma
relação direta entre o preço de um bem e a demanda do
outro bem, ou seja, uma redução (aumento) no preço de
um dos bens provocará um redução (aumento) na
demanda do outro bem.
Exemplo: manteiga e margarina.
26
Curva de demanda individual
 Deslocamentos na curva de demanda são causados por
alterações nos preços, ou seja, quando a QD diminui
(aumenta) é porque o preço aumenta (diminui).
 Deslocamentos da curva de demanda são causados por
fatores extra-preços, como: variações na renda, no
gosto, na preferência, na propaganda e nos preços dos
bens relacionados. Nessa situação o preço do bem
permanece constante.
27
Curva de demanda individual
 É a relação entre a quantidade de um bem que os
consumidores desejam adquirir e o preço dele.
QD = QD (P)
4 A
Preço
Qtde (QD)
(P)$/Unid.
Bens/t
4,00
0
Ponto
3
B
A
3,00
10
B
2,00
20
C
1,00
30
D
C
2
D
1
0
10
20
QD
30
28
Curva de demanda individual
P
D2
D2 > D1
D1
2
0
10
20
QD
 É a relação inversa entre P e QD que determina a
inclinação negativa da curva de demanda.
29
A demanda de mercado
 Trata-se da soma horizontal das quantidades
demandadas das curvas de demanda individuais a cada
preço possível.
(Px)
Preço
R$
7,00
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
Qtde demandada (X/t)
Mcdo
A
B
(A+B)
0
0
0
5
0
5
10
0
10
15
5
20
20
10
30
25
15
40
30
20
50
30
Oferta individual
 É a quantidade de bens (ou serviços) que um único
produtor deseja vender no mercado, por unidade de
tempo.
 A oferta também é uma aspiração. Sua efetivação, ou
seja, a realização do desejo, caracteriza a venda.
 A idéia de oferta encerra um lucro monetário potencial,
por parte da firma, capaz de motivar a produção e
conseqüentemente a venda.
 Ela é um fluxo por unidade de tempo.
31
Variáveis que afetam a oferta
 O preço do próprio bem e dos outros bens relacionados
(idéia de bens substitutos, p. ex.: milho e soja, e
complementares, p. ex.: carne e couro, na produção).
 Tecnologia.
 As expectativas dos agentes econômicos (firmas e
consumidores).
 Condições climáticas.
32
Variáveis que afetam a oferta
 O preço varia diretamente com a quantidade ofertada do
bem (Lei da Oferta).
∆P↑=>∆QO↑
∆P↓=>∆QO↓
 Para que o ofertante produza o bem, os custos de
produção devem ser justificados pelas vendas, caso
contrário não haverá estimulo para produção.
33
Curva de oferta individual
 A relação entre quantidade produzida e preço é
delimitada por um limite mínimo que é o custo de
produção e um limite máximo que é dado pelo pleno
emprego dos fatores produtivos. A partir desse máximo a
produção é constante, ou seja, ela é independente dos
preços.
 A curva de oferta mostra a quantidade máxima de um
bem ou serviço que a firma está disposta a oferecer a
diferentes preços possíveis, coeteris paribus.
34
Curva de oferta individual
P
140,00
400
A
120,00
400
B
100,00
400
C
80,00
300
D
60,00
200
E
40,00
100
F
C
100
80
D
60
E
F
20
0
Ponto
B
120
40
Preço
Qtde (QD)
(P)$/Unid.
Bens/t
A
140
100
200
300
400
Qo
35
Curva de oferta individual
• Observações
 Variações nos preços ocasionam alterações na
quantidade ofertada, o que equivale a dizer que o
deslocamento é sobre a curva.
 Alterações exógenas fazem com que a curva seja
deslocada para direita ou esquerda. Desta forma,
mudanças da oferta ocorrem quando os fatores
produtivos, que são mantidos constantes, sofrem
alterações, ou seja, quando temos uma mudança na
condição de coeteris paribus.
36
Curva de oferta individual
P
O1
O2
O2 > O1
2
0
10
20
Qo
 É a relação direta entre P e QO que determina a
inclinação negativa da curva de demanda.
37
A oferta de mercado
 A oferta de mercado é a soma horizontal das
quantidades ofertadas pelos produtores individuais a
cada preço.
 As mesmas propriedades da curva de oferta individual
são verificadas na curva de oferta de mercado, ou seja,
deslocamento na curva (variações nos preços) ou
deslocamento da curva (alterações das condições de
coeteris paribus).
38
Equilíbrio de mercado
 É determinado no mercado através da interação entre a
demanda e a oferta.
 Nesse caso o equilíbrio é estável devido às condições de
concorrência com muitos vendedores e compradores
(concorrência perfeita).
 As variáveis determinadas são os preços (P) e as
quantidades (Q).
39
Equilíbrio graficamente
P
O
Pe
E
D
0
Qe
Q
40
Excesso e escassez
 Sempre que o preço estiver acima do Pe teremos um
excesso de oferta (excesso). No caso contrário, ou seja,
quando o preço estiver abaixo do Pe, teremos um
excesso de demanda (escassez).
 Esses excessos (oferta ou demanda) farão com que os
preços se alterem (diminuindo ou aumentando) até que
seja atingido a situação de equilíbrio.
 No ponto de equilíbrio (Qe; Pe) não existe excesso (de
demanda ou oferta). Nele, o preço de equilíbrio faz com
que a Qd = Qo.
41
Excessos graficamente
P
Excesso de oferta
O
Excesso
Pe
E
Escassez
D
0
Excesso de demanda
Qe
Q
42
Análise gráfica do excesso de oferta

1)
2)
Supondo que o P = $8,00 (fixado), ou seja, acima do Pe
= $5,00. Temos:
As famílias consomem 30 unid/t (pto A);
As firmas oferecem 90 unid/t (pto B);
4)
QA – QB = 90 – 30 = 60, um excesso de oferta
(segmento AB);
As firmas reduzem os preços => ↓ΔOx;
5)
6)
As famílias aumentam a demanda => ↑ΔDx; e
Processo ocorre até atingir o Pe, onde: Qd = Qo
3)
43
Análise gráfica do excesso de oferta
 Qualquer ponto acima de Pe => excesso de oferta
(competição entre as firmas tende a ↓ΔP).
P
O
A
B
P= 8
Pe = 5
E
D
0
30
Qe
90
Q
44
Análise gráfica do excesso de demanda

1)
2)
3)
4)
5)
6)
Supondo que o P = 3,00 (fixado), ou seja, abaixo do Pe
= 5,00. Temos:
As famílias consomem 80 unid/t (pto B’);
As firmas oferecem 40 unid/t (pto A’);
QB’ – QA’ = 80 – 40 = 40, um excesso de demanda
(segmento A’B’);
A disputa entre consumidores faz com que ↑ΔP =>
↓ΔDx;
O ↑ΔP faz com que a oferta aumente (↑ΔOx); e
Processo ocorre até atingir o Pe, onde: Qd = Qo
45
Análise gráfica do excesso de demanda
 Qualquer ponto abaixo de Pe => excesso de demanda
(competição entre as firmas tende a ↑ΔP).
P
O
Pe = 5
E
B’
A’
P= 3
D
0
40
Qe
80
Q
46
Representações gráficas
47
Representações gráficas
48
Representações gráficas
49
Representações gráficas
50
Representações gráficas
51
Representações gráficas
52
Representações gráficas
53
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Teoria do Consumidor - Universidade Castelo Branco