Po r o m a É c r i n o P l a n t a r Marilza Marilza Ferreira Ferreira da da Silva, Silva, Renata Renata Antunes Antunes Joffe, Joffe, Vanessa Vanessa Zubaty, Zubaty, Rosângela Rosângela Rodrigues, Rodrigues, Juan Juan Piñeiro Piñeiro Maceira Maceira Serviço de Dermatologia e Curso de Pós-Graduação HUCFF-UFRJ e Faculdade de Medicina - Universidade Federal do Rio de Janeiro Introdução O Poroma Écrino é um tumor benigno originário da porção intraepidérmica do ducto sudoríparo, descrito pela primeira vez por Pinkus, em 1956. Ocorre habitualmente na forma de tumoração séssil ou pedunculada, podendo ulcerar-se em pontos de maior pressão, sendo as regiões palmar, plantar, pescoço e tronco acometidas com maior freqüência; a faixa etária preferencial é após a quarta década de vida. Figura 1: Lesão séssil, eritematosa, com superfície ceratósica História e Manifestações Clínicas Figura 2: Amplos cordões epiteliais que se projetam da epiderme para a derme Homem de 69 anos apresentando lesão em região plantar, eritematosa e dolorosa, e referindo períodos de aspecto exulcerado e/ou com sangramento local já com seis anos de evolução. Ao exame observou-se lesão séssil, eritematosa, com superfície ceratósica, de 1,5cm de diâmetro (Figura 1). Biópsia de pele demonstrou amplos cordões epiteliais anastomosantes, que se projetam da epiderme para a derme, tendo aspecto compatível com Poroma Écrino (Figuras 2 e 3). Realizada exérese cirúrgica com bom resultado (Figura 4). Figura 3: Em maior aumento evidenciamos as células poróides O Poroma Écrino é um tumor benigno com variantes malignas excepcionais, representando esta uma incidência menor de 0,01%. Metástases podem ocorrer principalmente para linfonodos regionais; ulceração e sangramento fácil, em lesões de evolução longa, fazem suspeitar de malignidade. O diagnóstico diferencial se faz em especial com o carcinoma espinocelular, o melanoma amelanótico, o dermatofibroma e o granuloma piogênico. Concluise pela relevância clínica do correto diagnóstico da doença, face à sua similaridade com patologias de maior gravidade e de necessidade terapêutica premente. A exérese cirúrgica é o tratamento de escolha. E-mail: [email protected] Apoio: TECNOARTE (21) 2286-7657 Discussão e Conclusão Figura 4: Um mês após exérese da lesão HUCFF-UFRJ