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Bruxelas, 27 de Fevereiro de 2003
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Este último relatório baseia-se na situação dos preços dos automóveis existente em
1 de Novembro de 2002. As diferenças de preços referidas neste comunicado de
imprensa baseiam-se nos preços a retalho recomendados pelos construtores antes
de impostos. Na sua versão integral, o relatório apresenta os preços antes e depois
de impostos e compara os preços de 84 modelos no total, correspondentes aos
automóveis mais vendidos de 26 construtores.
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Segundo o relatório, a diferença de preços é menor do que a indicada em relatórios
anteriores. A diferença média de preços entre os diferentes mercados nacionais
diminuiu de 10,6% para 10,1%, em comparação com o relatório anterior de 1 de
Maio de 2002. Esta convergência ocorre não obstante uma diminuição global de
0,2% dos preços dos automóveis.
No entanto, as diferenças de preços entre o Estado-Membro mais barato e o
Estado-Membro mais caro continuam a ser substanciais em casos individuais e
atingem 20% do preço de venda recomendado em relação a 18% dos modelos em
análise no relatório. A maior diferença de preços registada refere-se ao Fiat
Seicento, cujo preço no Reino Unido é 59,5% superior ao praticado em Espanha.
Em termos absolutos – o que é mais ilustrativo do que percentagens para os
consumidores finais – um automóvel do “segmento médio” – como o Peugeot 406
do segmento D – custa menos 5 100 euros no Estado-Membro mais barato do que
no Estado-Membro mais caro na zona euro. A diferença entre o Estado-Membro
mais barato e o mais caro pode atingir na União Europeia 6 500 euros.
Estes valores demonstram que os consumidores podem fazer bons negócios se
aproveitarem as diferenças de preços na União Europeia. No entanto, estes valores
revelam também que a concorrência entre concessionários de diferentes
Estados-Membros e as aquisições transfronteiras não exercem ainda uma pressão
efectiva sobre os construtores, continuando os mercados a caracterizar-se por uma
relativa fragmentação. As novas regras em matéria de distribuição automóvel
deverão aumentar a pressão competitiva e reforçar a integração dos mercados,
quando entrarem plenamente em vigor1. Deverão também simplificar as aquisições
transfronteiras, quer efectuadas directamente pelos consumidores, quer através de
intermediários agindo em seu nome.
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Dentro da zona euro, a Alemanha e, em menor medida, a Áustria, continuam a ser
os mercados mais caros. Na Alemanha, um total de 37 modelos são vendidos aos
consumidores aos preços mais elevados na zona euro e 31 destes modelos são
entre 42% e 20% mais caros do que no mercado nacional mais barato da zona
euro. Verificam-se também diferenças de preços superiores a 20% em relação a 19
modelos na Áustria. O número de modelos com estas elevadas diferenças de
preços diminuiu, no entanto, desde o último relatório, em que era, respectivamente,
de 41 modelos na Alemanha e de 23 modelos na Áustria. Os automóveis são mais
baratos na Finlândia, que não regista diferenças superiores a 20% em relação aos
modelos em análise, na Grécia e nos Países Baixos com, respectivamente, três e
quatro diferenças de preços superiores a 20%.
O Reino Unido continua a ser o mercado automóvel mais caro na União em relação
a uma proporção significativa dos modelos examinados, não obstante as
diminuições de preços registadas nos últimos seis meses. Os preços dos
automóveis no Reino Unido incluem, no entanto, o custo adicional das
especificações do país, em especial o volante à direita. Estes preços são também
afectados pelas flutuações entre a libra e o euro. O relatório revela também que
para os consumidores britânicos e irlandeses que compram um automóvel noutro
Estado-Membro, o suplemento pela especificação do volante à direita é geralmente
mais reduzido para os modelos dos construtores japoneses (+/-4%) e mais elevado
(+/- 10%) para os modelos produzidos pelo grupo Volkswagen (VW, Audi e Seat).
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As diferenças de preços em relação a uma selecção de automóveis mais vendidos
(expressas em percentagem dos preços em euros antes de impostos, comparando o
mais caro com o mais barato mercado da zona euro) eram as seguintes em 1 de
Novembro de 2002:
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$ H % SHTXHQD
FLOLQGUDGD
Opel Corsa
Ford Fiesta
Renault Clio
Peugeot 106
VW Polo
13,3%
25,8%
13,8%
26,8%
18,0%
18,1%
n.d.
19,5%
24,4%
22,6%
36,9%
16,4%
26,4%
20,3%
14,7%
2
6HJPHQWR
FLOLQGUDGD
PpGLD
& VW Golf
Opel Astra
Ford Focus
Renault Mégane
Peugeot 307
32,2%
25,6%
26,6%
11,5%
23,1%
30,5%
21,4%
24,4%
26,5%
27,2%
34,5%
32,2%
21,0%
22,9%
29,6%
6HJPHQWRV
' ( H ) JUDQGH
FLOLQGUDGD
BMW 318I
Audi A 4
Ford Mondeo
Opel Vectra
VW Passat
10,4%
13,2%
22,7%
22,7%
26,9%
11,2%
11,9%
21,5%
28%
27,3%
11,6%
13,5%
20,5%
41%
23,1%
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Globalmente, a convergência de preços nos modelos mais populares no âmbito de
diferentes segmentos não registou variações sensíveis desde o último relatório. Os
exemplos supra revelam que as diferenças de preços aumentaram em relação a
sete modelos e diminuíram em relação a oito. No entanto, ao contrário do anterior
relatório, a Comissão concluiu que nos primeiros três segmentos (A a C), que são
aqueles que registam o maior volume de vendas e o maior número de modelos, as
diferenças médias de preços na zona euro estão a evoluir para a mesma ordem de
grandeza que nos segmentos de preços mais elevados D, E, F e G.
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Na zona do euro, a General Motors (Opel-Vauxhall, Saab), apesar de certos
alinhamentos recentes de preços da marca Opel, o grupo PSA (Peugeot, Citroën) e
a Honda são os grupos que registam as maiores diferenças de preços. Por outro
lado, em geral, certos produtores alemães (por exemplo, BMW e DaimlerChrysler) e,
em menor medida, a Renault limitam as diferenças de preços na zona do euro a
15% no máximo.
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A metodologia utilizada é a mesma dos relatórios anteriores: um total de 18
construtores europeus e de 8 construtores japoneses apresentaram à Comissão os
preços de retalho recomendados, em 1 de Novembro de 2002, para os seus 84
modelos mais vendidos.
3
O preço de referência para o cálculo das diferenças de qualquer modelo é o do país
mais barato da zona euro. Os preços foram adaptados para ter em conta as
diferenças do equipamento de série e são expressos em euros e, quando aplicável,
em moeda local2, antes e depois de impostos. São igualmente indicados os preços
para as principais opções e para a especificação de volante à direita, juntamente
com outras informações. Para alguns modelos, podem existir outras opções e
variações do equipamento de série nalguns mercados nacionais. Importa referir que
os preços reais a retalho podem diferir dos preços de catálogo recomendados, na
medida em que os concessionários têm liberdade para fixar os seus próprios preços
e oferecer reduções suplementares aos clientes, em função do mercado.
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A fim de aumentar a transparência e proporcionar ao público uma melhor informação,
a Direcção-Geral da Concorrência oferece um acesso fácil aos dados, publicando o
relatório no seu sítio Internet:
- Comunicado de imprensa, versão electrónica condensada do relatório e tabelas
de preços dos construtores:
http://europa.eu.int/comm/competition/car_sector/
- Exemplar impresso do relatório:
- Nos Gabinetes da Comissão nos Estados-Membros
- Endereços disponíveis na Internet em
http://europa.eu.int/comm/offices.htm
- Centros de informação para compradores de automóveis (linhas telefónicas
directas):
http://europa.eu.int/comm/competition/car_sector/
1
2
As novas regras de concorrência previstas no Regulamento n°1400/2002 da Comissão relativo ao sector dos
veículos a motor prevêem um período de transição até 1 de Outubro de 2003 em relação a certas disposições
e até 1 de Outubro de 2005 para outras. Para mais informações sobre estas novas regras, ver IP/02/1073 e
MEMO/02/174 de 17.7.2002.
As taxas de conversão do euro utilizadas são as publicadas no Jornal Oficial C 269 de 5.11.2002, p.2.
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