RELATÓRIO E CONTAS 2009 INDIVIDUAL E CONSOLIDADO Finibanco-Holding, SGPS S.A. – Sociedade Aberta Sede: Rua Júlio Dinis, 157 Porto Capital Social: EUR 175.000.000 Matriculado na Conservatória do Registo Comercial do Porto e Pessoa Colectiva nº 502 090 243 Índice Órgãos Sociais Organigrama do Grupo Finibanco Indicadores Consolidados Mensagem aos Accionistas 1 1.1 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.2 1.3 1.4 2 2.1 2.2 2.3 2.3.1 2.3.2 2.3.3 2.4 2.4.1 2.4.2 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 2.9.1 2.9.2 3 4 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8 Relatório de Gestão do Grupo Enquadramento Macroeconómico Economia Internacional Estados Unidos da América do Norte (EUA) Zona Euro Países Emergentes e em Desenvolvimento Enquadramento Nacional Política Monetária Mercado de Capitais Actividade do Grupo Linhas Gerais de Acção Modelo de Negócio Banca Comercial Banca de Empresas Banca de Negócios e Particulares Private Banking Banca de Investimentos Gestão de Activos e Desintermediação Mercado de Capitais Área Financeira e Internacional Gestão do Risco Área de Operações e Sistemas de Informação Recursos Humanos Análise Económica e Financeira Balanço Consolidado Conta de Resultados Finibanco-Holding, SGPS S.A. Participadas Finibanco, SA Finibanco Angola, SA Finicrédito-Instituição Financeira de Crédito, SA Finivalor-Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, SA Finibanco Vida-Companhia de Seguros de Vida, SA Finisegur-Sociedade Mediadora de Seguros, SA Fini International Luxembourg, SA Finimóveis-Sociedade Imobiliária de Serviços Auxiliares, SA 5 Perspectivas Futuras 6 Declarações dos Membros do Conselho de Administração 7 Actividade Desenvolvida pelos Administradores Não Executivos 8 Actividade Desenvolvida pelos Administradores Executivos 9 Aplicação de Resultados 10 Nota Final Demonstrações Financeiras Demonstrações Financeiras Individuais Balanço Individual Demonstração de Resultados Demonstração da Variação nos Capitais Próprios Demonstração de Fluxos de Caixa Notas às Demonstrações Financeiras Demonstrações Financeiras Consolidadas Balanço Consolidado Demonstração Consolidada de Resultados Demonstração de Variação nos Capitais Próprios Consolidados Demonstração de Fluxos de Caixa Consolidados Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Relatório sobre o Governo da Sociedade Certificação Legal e Relatório de Auditoria Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Anexos Participações dos Membros dos Órgãos de Administração Participações Qualificadas Acções Próprias Órgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Presidente Vice-Presidente Secretário António Joaquim de Matos Pinto Monteiro Pedro Canastra de Azevedo Maia Mário Paulo Ramos Caetano Pereira Conselho de Administração Presidente Vice-Presidente Vogal Vogal Vogal Vogal Vogal Vogal Vogal Vogal Vogal Vago, desde 4 Novembro 2009, por falecimento de Álvaro Pinho da Costa Leite Humberto da Costa Leite Armando Esteves Artur de Jesus Marques Daniel Bessa Fernandes Coelho Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida António Luís Alves Ribeiro de Oliveira Arlindo da Costa Leite Carlos Manuel Marques Martins Fernando da Rocha e Costa Joaquim Mendes Cardoso Comissão Executiva Presidente Vice-Presidente Vice-Presidente Vogal Vogal Humberto da Costa Leite Armando Esteves Artur de Jesus Marques Daniel Bessa Fernandes Coelho Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida Conselho Fiscal Presidente Vogal Efectivo Vogal Efectivo Vogal Suplente José Rodrigues de Jesus António Monteiro de Magalhães Joaquim Henrique de Almeida Pina Lopes Viriato Marques da Silva Arrojado Revisor Oficial de Contas Efectivo Ernst & Young Audit & Associados SROC, SA representado por João Carlos Miguel Alves Suplente Rui Abel Serra Martins (ROC) 3 Organigrama do Grupo Finibanco FINIBANCO FINIBANCO ANGOLA FINICRÉDITO FINIBANCO-HOLDING FINIVALOR FINIBANCO VIDA FINISEGUR FINIMÓVEIS 4 PRINCIPAIS INDICADORES CONSOLIDADOS EM DEZEMBRO DE 2009 Mil € Principais indicadores consolidados em Dezembro de 2009 31-12-2009 D no Ano 31-12-2008 Valor % Activo líquido 3.155.237 3.082.556 72.681 2,4 Crédito a clientes (bruto) (1) 2.545.484 2.513.548 31.936 1,3 Recursos de clientes no balanço (2) 2.310.804 2.370.579 (59.775) (2,5) 577.807 444.489 133.318 30,0 2.888.611 2.815.068 73.543 2,6 90.158 92.567 (2.409) (2,6) 76.921 47.131 29.790 63,2 167.079 139.698 27.381 19,6 Provisões e imparidades para crédito / crédito vencido (1) (7) 127,0% 105,2% 21,8 pp - Provisões e imparidades para crédito / crédito vencido há mais de 90 dias (1) (7) 148,9% 124,2% 24,7 pp - Desintermediação (3) Total de recursos de clientes (4) Margem financeira (5) Outros resultados correntes (6) Produto bancário (6) Crédito vencido / crédito total (1) (7) 2,8% 2,4% 0,4 pp - Crédito vencido há mais de 90 dias / crédito total (1) (7) 2,4% 2,1% 0,4 pp - Crédito com incumprimento / crédito total (8) 4,7% 3,3% 1,5 pp - Crédito com incumprimento, líquido / crédito total líquido (8) 1,4% 1,2% 0,2 pp - Custos de funcionamento + amortizações / produto bancário (6) (8) 67,3% 82,2% (14,9 pp) - Custo com o pessoal / produto bancário (6) (8) 37,7% 44,4% (6,7 pp) - 67.007 - 9.462 ( 57.545) Resultado antes de imposto / Activo líquido médio (8) Lucro do período 0,2% (1,9%) 2,1 pp - Produto bancário / Activo líquido médio (8) 5,4% 4,6% 0,8 pp - Resultado antes de imposto / Capitais próprios médio (8) 3,0% (29,9%) 32,9 pp - ROA 0,3% (1,9%) 2,2 pp - ROE 5,0% (29,9%) 34,9 pp - Resultado do período por acção (básico) (euro) 0,05 ( 0,50) 0,55 - Resultado do período por acção (diluído) (euro) 0,06 ( 0,50) 0,56 - Nº de balcões Portugal Angola 177 173 4 2,3 173 172 1 0,6 4 1 3 300,0 (1) O crédito a clientes não inclui juros, outros valores a receber/pagar e ajustamentos (2) Inclui depósitos, empréstimos obrigacionistas e subordinados não considerando juros e outros ajustamentos. Em 2008 e para efeitos comparativos os Seguros de capitalização e PPR geridos pelo Finibanco Vida não foram incluídos nesta rubrica (3) Inclui Seguros de capitalização, PPR, fundos de investimento, PPA e gestão de carteiras corrigidos de duplicações de registos (depósitos de fundos de investimento, UP's em carteira e outros). Em 2009 e para efeitos comparativos os Seguros de capitalização e PPR geridos pelo Finibanco Vida foram incluídos nesta rubrica (4) Inclui recursos de clientes no balanço e desintermediação (5) Inclui rendimentos de instrumentos de capital (6) Deduzido das recuperações de créditos e juros abatidos ao activo (7) Crédito deduzido da parcela totalmente provisionado (8) Calculado de acordo com a Instrução nº 16/2004 do Banco de Portugal 5 Mensagem aos Accionistas Senhores Accionistas Em quatro de Novembro de 2009, quis o destino privar-nos da companhia do nosso Presidente do Conselho de Administração, Álvaro Pinho da Costa Leite, situação que muito nos penalizou. Ficámos a partir de então impedidos de beneficiar do conforto da sua palavra amiga, do seu conselho esclarecido e do contributo da intuição nata de que dispunha para o mundo dos negócios. Por tal motivo, permitam-me que inicie esta Mensagem com uma breve menção à saudade que em todos nós deixou e ao preito de homenagem que é da mais elementar justiça prestar-lhe, no momento da apresentação do relatório de gestão e das contas do último exercício em que presidiu aos destinos desta Instituição que criou, que acarinhou e a que nos cumpre dar continuidade. Feita a reverência, debrucemo-nos então sobre a actividade do nosso Grupo Financeiro no exercício de 2009, cumprindo o que sobre a matéria dispõe o Código das Sociedades Comerciais, o Código dos Valores Mobiliários e o Contrato de Sociedade. Em termos de macro estrutura, refira-se o acordo firmado no final do exercício com a Mapfre Seguros Gerais, SA, através do qual o Finibanco-Holding lhe vendeu 50% da Finibanco Vida Companhia de Seguros de Vida, SA, ficando esta, pelo período de vinte anos, com a distribuição exclusiva, através das redes do Finibanco, dos produtos não vida da Mapfre, e a Mapfre com a distribuição de assurfinance dos produtos Finibanco nos seus balcões e na sua rede de mediadores. Com este acordo, o Grupo Mapfre passou a deter o controlo da Finibanco Vida. Refira-se ainda a dissolução e liquidação da Fini International Luxembourg, SA, por não se perspectivarem as necessárias condições económico-financeiras que permitam o desenvolvimento da actividade para que foi constituída no exercício de 2007, isto é, entre outros, efectuar investimentos em sociedades no exterior como forma do exercício de actividades económicas. Refira-se também a deliberação tomada pelo Finibanco, SA, de apresentar à SDM-Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, SA competente requerimento com vista ao encerramento da sua Sucursal Financeira Exterior, naquela Região Autónoma, o que se verificou com efeitos a partir de 31 de Dezembro de 2009. Para garantir o natural desenvolvimento dos negócios, na esfera bancária, em Portugal e em Angola, e para assegurar os níveis superiormente estabelecidos para os rácios de solvabilidade, iniciaram-se diligências em finais de 2008 e só se concluíram no início do segundo trimestre de 2009, por razões que têm a ver com o modo como então evoluía o mercado, no sentido de elevar o capital social do Finibanco-Holding de 115 milhões para 175 milhões de euros. O aumento de capital, que foi um êxito, processou-se por entradas em dinheiro, através da emissão de 60 milhões de novas acções, reservadas a Accionistas, com o valor nominal de 1 euro e emitidas a 1,25 euros. Na Assembleia-Geral em que o aumento de capital foi decidido foi também introduzido no Contrato Social um novo artigo que autoriza o Conselho de Administração a proceder a novos aumentos de capital social até 200 milhões de euros e a deliberar sobre a emissão de acções preferenciais, sem voto e outras acções, remíveis ou não. A esta operação seguiu-se o aumento de capital, já programado, do Finibanco Angola, de que a Holding detém 61%, de 740 milhões de AKZ para 1.332 milhões de AKZ, agora equivalente a, aproximadamente, 18 milhões de dólares. Processou-se depois o aumento do capital social do Finibanco, de 120 milhões para 160 milhões de euros, mediante a emissão de 40 milhões de novas acções, do valor nominal de 1 euro cada, sem prémio de emissão, aumento totalmente subscrito, realizado e pago pelo Accionista único Finibanco-Holding. 6 Ainda com a finalidade de suportar o desenvolvimento dos negócios e também de melhorar o rácio de solvabilidade, foi decidido que o Finibanco procedesse à emissão de valores mobiliários perpétuos subordinados, com juros condicionados, emissão que se processou no início de 2010 e da qual foram colocados 15 milhões de euros. A economia portuguesa mostrou já no final do ano indícios de recuperação, mas mantendo a evidência de grande debilidade. As empresas e as famílias continuaram a manifestar dificuldades acrescidas em cumprir os compromissos assumidos e este facto reflectiu-se no nível de provisionamento e, naturalmente, nos resultados obtidos. Conscientes da situação do mercado, tomámos atempadamente algumas medidas tendentes a amenizar os efeitos negativos da crise instalada, parte delas já previstas no Programa CRESCERE, iniciado em 2008, que integrava um conjunto de projectos visando propósitos de crescimento, rentabilidade, eficiência e sustentabilidade. Através deste Programa: Introduziram-se alterações significativas na estrutura comercial e deram-se importantes passos para a implementação do Factoring; Consciencializaram-se as equipas para a adopção de métodos de trabalho eficazes e para a dinâmica a usar na acção comercial, com vista à obtenção do êxito, através de adequadas acções de formação; Promoveu-se um encontro de quadros com o objectivo de alargar competências de liderança e de reforçar o espírito de equipa; Desenvolveram-se acções de formação, que abrangeram todos os colaboradores, para garantir a interiorização do sentimento de competência, do orgulho de pertença, de consciência corporativa, de espírito de cooperação e iniciativa e de abertura ao processo de mudança. De entre os vários projectos, merecem breve referência os seguintes, pelo interesse de que se revestem: O projecto Inovação, que visa estimular as vertentes crítica e criadora dos colaboradores do Grupo, no sentido da procura de soluções inovadoras, na introdução de melhorias na qualidade do serviço prestado, na busca da satisfação dos clientes, no aumento de proveitos e na redução de custos. Foi para o efeito criado um espaço na Finiweb, para apresentação de sugestões, devidamente identificadas e estruturadas, e foi nomeado um júri para apreciar as ideias apresentadas e premiar as melhores. Os resultados obtidos foram francamente animadores. O projecto de dinamização comercial que introduziu alterações significativas na estrutura comercial, na dinâmica e nos métodos de trabalho e que se tem traduzido em melhorias significativas nos níveis de efectividade e eficácia das redes. A proposta de Missão, Visão e Valores, que tem por objectivo criar na Instituição um ambiente propício ao escrupuloso cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, fornecedores, colaboradores e accionistas, garantir que os negócios sejam realizados de forma clara e transparente, assegurar a reserva de confidencialidade em todas as transacções e contactos e promover elevado sentido de missão e compromisso mútuo em todas as equipas e ambientes de trabalho. O projecto Academia de Formação Finibanco, que se pretende desenvolver em parceria com o INETESE, e compreende um plano de formação a seis anos, com avaliação curricular, para incrementar competências específicas, comerciais e de suporte ao negócio, e também competências avançadas, em áreas técnicas e de coordenação. Por fim, de referir o lançamento da actividade de factoring, a reestruturação da área de meios de pagamento e a iniciativa tomada de promover um inquérito junto dos utilizadores do serviço Finibanco Online Particulares – Banca Telefónica e Homebanking, através do qual se constatou um elevado nível de satisfação, sendo a rapidez e a segurança, no homebanking, e a rapidez e o rigor da informação prestada, na Banca Telefónica, os atributos considerados como mais importantes. 7 Certamente, é ainda cedo para contabilizar os resultados de todas estas acções, pois sabe-se que os seus efeitos não surgem no imediato. Estamos porém esperançados de que elas constituirão os alicerces do desenvolvimento que se espera para a nossa Instituição, porque a vontade de vencer as dificuldades, a perseverança perante os desafios em presença e a coragem para enfrentar o futuro, são características do Programa CRESCERE que continuarão a propagar-se a todos os colaboradores. Em razão de todas as acções descritas e das medidas enumeradas, tomadas umas, em desenvolvimento outras, os resultados registados no exercício sofreram uma inversão no sentido positivo e permitem ao Conselho de Administração propor à Assembleia Geral de Accionistas a distribuição de um dividendo de dois cêntimos por acção. Humberto da Costa Leite Presidente da Comissão Executiva 8 RELATÓRIO DE GESTÃO 1. Enquadramento Macroeconómico 1.1 Economia Internacional O ano de 2009 foi marcado por um quadro recessivo a nível mundial sem precedentes na história recente, em que as economias avançadas foram as que mais sofreram em termos de quebra da actividade económica, em consequência dos efeitos agravados associados a mercados residenciais maduros e a sistemas financeiros mais complexos e com maior peso na actividade económica. Os países emergentes ou em desenvolvimento passaram igualmente por momentos complicados, mas não tão difíceis quanto em similares posições cíclicas da história contemporânea, mantendo em alguns casos significativas taxas de crescimento económico. Projecções para a economia mundial (taxas de variação, em %) 2008 2009e 2010p PIB Mundial 3,0 -0,8 3,9 Economias Avançadas 0,5 -3,2 2,1 Área Euro 0,6 -3,9 1,0 EUA* 0,4 -2,4 2,7 Países Emergentes e em Desenvolvimento 6,1 2,1 6,0 China 9,6 8,7 10,0 Volume do Comércio 2,8 -12,3 5,8 Importações Economias Avançadas 0,5 -12,2 5,5 Países Emergentes e em Desenvolvimento 8,9 -13,5 6,5 Exportações Economias Avançadas 1,8 -12,1 5,9 Países Emergentes e em Desenvolvimento 4,4 -11,7 5,4 Preços no Consumidor Economias Avançadas 3,4 0,1 1,3 Países Emergentes e em Desenvolvimento 9,2 5,2 6,2 Fontes: FMI; World Economic Outlook, actualização de Janeiro 2010; * Bureau of Economic Analysis para 2009 Globalmente, 2009 foi o primeiro ano de redução da actividade económica a nível mundial, desde que existem dados comparáveis, pelo que vai ficar na história como o ano da Grande Recessão, termo utilizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em alusão à Grande Depressão do século passado. A fase de maior incerteza foi atingida no primeiro trimestre do ano, período em que o ritmo de deterioração das condições económicas, em especial ao nível da produção industrial e das trocas comerciais, superou o observado em equivalente fase cíclica da Grande Depressão. Posteriormente o sentimento começou a mudar, em grande medida em consequência dos generosos estímulos fiscais e monetários à actividade económica. Primeiro com o acentuado abrandamento do ritmo de deterioração das condições económicas e o alívio da crise de liquidez e, ao aproximar do fim do ano, com o início de um novo ciclo económico na generalidade dos países de referência. Alemanha, França e Japão, bem como diversos países de menor peso no seio da zona euro, foram os primeiros a sair da recessão técnica, ao voltarem a crescer no segundo trimestre do ano. No trimestre sequente foi a vez dos EUA e da Itália retomarem o caminho da expansão. Até à data apenas alguns países como a Espanha e a Grécia ainda não registam taxas de crescimento positivas do produto interno bruto (PIB). Os países emergentes e em desenvolvimento deverão ter crescido 2,1% em 2009, com a China a passar praticamente incólume pela crise, mantendo taxas de crescimento económico próximas dos dois dígitos, enquanto outros países emergentes atravessam dificuldades, mas não tão elevadas como as que sentiram no início da década de 90. Esta dinâmica acelerou a progressão da China na hierarquia mundial, sendo que as estimativas actuais apontam para que ascenda ao segundo lugar em 2010, ultrapassando o Japão. A intensidade com que a crise se fez sentir em cada economia pode ser explicada pela diferença nas respostas de política e, sobretudo, pelo posicionamento face a três vectores. Em primeiro lugar, a maturidade do mercado de habitação. A rápida expansão da construção resultou no incremento da oferta para além do razoável e no aparecimento de uma bolha especulativa, características que ampliaram a duração e os efeitos contraccionistas da crise. Espanha, por exemplo, terminou o ano de 2009 ainda em recessão técnica. 9 Em segundo, a dimensão do sistema financeiro e o grau de exposição aos activos tóxicos. O caso islandês é o mais extremo, na medida em que houve a falência do próprio país. O Reino Unido é igualmente um bom exemplo, já que é detentor de um avançado sistema financeiro, de elevada complexidade e de superior peso na economia. Como resultado, o Reino Unido entrou em crise mais cedo e saiu da recessão técnica mais tarde do que a generalidade dos seus parceiros continentais. Por oposição, menores sofisticação e peso do sector financeiro na actividade económica terão contribuído para o menor impacto da crise nos países em desenvolvimento. Por último, a posição da balança de transacções correntes (BTC). Se até 2007 se assistiu a um fenómeno de agravamento dos desequilíbrios a nível global, com progressivo distanciamento entre os países com excedente da BTC e os países deficitários, a crise acabou por ser o catalisador de uma correcção temporária dos desequilíbrios das contas externas, pressionando em baixa tanto os excedentes como os défices. Em termos médios, os países mais desenvolvidos com posições excedentárias, como o Japão e a Alemanha, viram os excedentes da BTC reduzidos em 2,6 pontos percentuais (pp), entre 2007 e 2009, enquanto os países mais deficitários, isto é com défice da BTC superior a 5%, de que são exemplo os EUA e Portugal, contabilizaram uma melhoria média do saldo da BTC de 2,3pp. Os países com défice da BTC inferior a 5% não evidenciaram uma tendência definida. Ao nível dos países em desenvolvimento a tendência é similar, observando-se, por exemplo, uma diminuição do excedente chinês. Refira-se que, o saldo dos efeitos da crise financeira e económica em matéria das contas externas da zona euro acabou por ser bastante reduzido, na medida em que o défice da BTC recuou marginalmente para 1,0% do PIB. A falta de dinamismo económico, o excesso de capacidade instalada, a incapacidade de fixação de preços por parte das empresas e o efeito de base nos preços das matérias-primas configuraram um cenário de total ausência de pressões inflacionistas ao longo do ano e, inclusivamente, elevaram os riscos de deflação em algumas economias, em especial na primeira metade do ano. Portugal, entre outros países, finalizou ano com taxas de inflação negativas, o que deve ser entendido no âmbito do processo desinflacionista iniciado no ano anterior e não como indício de um ciclo deflacionista. Da Grande Recessão à Grande Estabilização No espaço de 12 meses, o mundo passou de uma situação de crise extrema, pautada pela falta de liquidez do sistema financeiro e pela virtual paragem da actividade transformadora e do comércio internacional, para uma situação de estabilidade e de início de um novo ciclo económico. Este volte face em tão pouco tempo é invulgar, o que levou alguns especialistas a se referirem a 2009 como o ano da “Grande Estabilização”. As estimativas de crescimento económico apresentadas ao longo de 2009 pelas principais instituições económicas internacionais, como o FMI, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) ou a Comissão Europeia (CE), ilustram a rapidez de deterioração das condições económicas nos primeiros meses do ano, bem como o posterior caminho para a recuperação. Evolução das estimativas de crescimento de Portugal para 2009 (em %) 0,0 BdP: Boletim Inverno -0,5 GOV: PEC 2008-2011 -1,0 -1,5 FMI: Previsões Outono BdP: Boletim Verão CE: Previsões intercalares -2,0 OCDE: Previsões Outono CE: Previsões Primavera -2,5 -3,0 BdP: Boletim Primavera -3,5 -4,0 FMI: Previsões Primavera -4,5 CE: Previsões Outono OCDE: Previsões Primavera GOV -5,0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: Finibanco; Banco de Portugal (BdP); Governo português (GOV); OCDE; FMI; CE 10 Usando o exemplo português, constatamos uma acentuada revisão em baixa das estimativas de crescimento para 2009 na primeira metade do ano, com a estimativa mais negativa a ser apresentada pela OCDE no final de Junho (de -4,5%), assistindo-se posteriormente a um progressivo desanuviamento do cenário prospectivo – a OCDE altera a sua previsão para -2,8%, a 19 de Novembro. Estas linhas gerais são comuns à generalidade dos países e para o biénio 2009/2010. O ressurgir da actividade económica a nível global foi largamente influenciada por factores temporários, designadamente a inversão do ciclo de existências e, sobretudo, o funcionamento dos estabilizadores automáticos e os massivos programas de incentivo fiscal ao crescimento, o que teve os seus custos. O aumento da despesa pública, num contexto de descida das receitas fiscais, conduziu à rápida e acentuada deterioração das finanças públicas, com aumento dos défices orçamentais e subida significativa do rácio da dívida pública sobre o PIB, sendo que a remoção deste suporte pode conduzir a uma recaída da actividade económica. Custo da crise 2007-2009 nas Finanças Públicas (em % do PIB) 6,7 Portugal Alemanha 3,6 Itália 3,7 China 0,0 13,0 Défice orçamental 8,1 Dívida pública 11,1 4,8 8,0 Japão Grécia 8,7 Reino Unido 9,0 30,9 17,1 24,4 9,7 EUA 22,9 12,7 Irlanda 13,1 Espanha 0 5 10 15 40,7 18,2 20 25 30 35 40 45 Nota: Os valores referem-se à deterioração dos respectivos rácios de 2007 para 2009 Fonte: Ministério das Finanças; Relatório do Orçamento do Estado para 2010; Comissão Europeia; Previsões Económicas de Outono de 2009 Entre 2007 e 2009 a deterioração das finanças públicas foi uma constante a nível global, fazendo-se sentir mais intensamente nos países desenvolvidos, onde o agravamento dos rácios do défice orçamental e da dívida pública no PIB atingiram valores médios de 7,8pp e 20,7pp, respectivamente, por oposição a uma evolução mais moderada da posição orçamental nos países em desenvolvimento, onde os mesmos rácios contabilizaram incrementos de 5,4pp e 1,4pp, respectivamente. O caso irlandês é particularmente singular, uma vez que a dívida pública quase triplicou entre 2007 e 2009, crescendo de 25,1% para 65,8% do PIB, enquanto a execução orçamental passou de excedentária para um défice de 12,5%, no mesmo período. Este aumento das necessidades de financiamento dos vários Estados soberanos está a aumentar os níveis de volatilidade e a tornar-se num novo foco de instabilidade do sistema financeiro. Diversos países, Portugal incluído, foram objecto de redução de notação de risco de crédito, o que se repercute no aumento dos custos de endividamento e, concomitantemente, no agravamento dos desequilíbrios orçamentais. 1.1.1 Estados Unidos da América do Norte (EUA) Nos EUA, a deterioração das condições económicas foi especialmente vincada no primeiro trimestre do ano, período em que a produção do país caiu 1,6%, estimando-se que o fundo da recessão tenha sido atingido no trimestre seguinte, período em que o PIB apresentou uma contracção homóloga de 3,8%. O terceiro trimestre marca o regresso ao crescimento económico e o fim da recessão técnica, tendência confirmada pela generalização e aceleração do crescimento no trimestre sequente. Em termos anuais, as estimativas apontam para que o país tenha contabilizado uma contracção de 2,4%, a mais elevada desde a reconversão da economia de guerra, em 1946, na medida em que a redução do consumo e do investimento privado foi apenas mitigada pelo incremento dos gastos do Estado e pela superior diminuição das importações, face às exportações. 11 Analisando as várias componentes da procura, o investimento foi aquela que afectou mais negativamente a taxa de crescimento do PIB, ao conjugar a redução de 100 mil milhões de dólares de existências com a descida de 18,4% da formação bruta de capital fixo (FBCF), que resultou na descida de 23,5% do investimento total. O recuo da FBCF foi generalizado, com as descidas a oscilarem entre 17% no investimento em equipamentos e software e 20,4% no investimento residencial. Refira-se que, a construção residencial está em contracção desde 2006, ou seja antes do despoletar da crise do mercado imobiliário de risco no Verão de 2007, sendo que o seu peso desceu de 6,2% para 2.8% do PIB durante o processo em curso. Tal como em outras economias, o consumo privado foi um elemento de estabilidade ao longo do período recessivo, em especial ao nível do consumo de serviços, já que este aumentou marginalmente em 2009 e contribuiu para a reduzida taxa de contracção do consumo privado. Os automóveis são outro elemento em destaque, ao encetarem uma robusta recuperação nos meses de Verão, beneficiando do impulso do estímulo fiscal à troca de automóvel. O comércio internacional foi a componente da despesa com maior amplitude de variação. As exportações e as importações caíram 9,2% e 14,2%, respectivamente, no primeiro semestre, encetando de seguida uma recuperação em linha com a redução da incerteza e o início de um novo ciclo económico a nível global. Em ambos os momentos, as importações apresentaram variações mais extremas, pelo que a procura externa líquida contribuiu positivamente para a taxa de crescimento no primeiro semestre e o inverso aconteceu no segundo semestre. No primeiro semestre, destaque para a diminuição da factura energética, reflexo da redução do preço médio do barril de petróleo importado e de uma maior moderação no consumo. De acordo com as estatísticas do Departamento de Energia norte-americano, o consumo de energia atingiu o pico em 2005, não se antecipando o retorno a esses níveis. No cômputo do ano, o saldo da evolução do comércio resultou na contribuição positiva de 1,08pp para a taxa de crescimento do PIB. O recuo do défice comercial em bens e serviços mitigou o aumento das necessidades de financiamento da economia, em face do agravamento do défice orçamental. Ainda assim, as estimativas indicam que estes défices gémeos superem os 14% e os 16% do PIB em 2009 e 2010, respectivamente, conjuntura usualmente associada a crises cambiais e que permite perspectivar a manutenção de elevados níveis de volatilidade no mercado cambial. Défices orçamental e da BTC (em % do PIB) 12 Défice da BTC 11,3 Défice Orçamental 10 8 6 6,4 6,0 5,9 5,4 5,2 4,9 4,3 4 3,2 2,0 2 2,9 2,7 0 2004 2005 2006 2007e 2008p 2009p Fonte: Comissão Europeia; Previsões Económicas de Outono de 2009 Os estímulos fiscais e monetários, em simultâneo com o funcionamento e alargamento dos estabilizadores automáticos, elevaram os gastos do Estado para níveis inimagináveis apenas há dois anos atrás. O défice orçamental ascendeu a 11,3% do PIB, em 2009, valor que poderá ser ultrapassado em 2010 – as previsões actuais oscilam entre os 10% e os 14% do PIB. 12 A Administração Obama aprovou a Lei de Recuperação e de Reinvestimento (American Recovery and Reinvestment Act, ARRA), a qual prevê um incremento da despesa pública de 787 mil milhões de dólares, equivalente a cerca de 5,5% do PIB de 2009, repartido por um período de 10 anos, com o grosso da despesa a ser realizada no biénio de 2009/2010. Deste, ¼ do incentivo fiscal previsto refere-se a cortes de impostos, enquanto o remanescente é essencialmente dedicado a projectos de infraestruturas. As medidas mais mediáticas preconizadas pelo referido plano são o “dinheiro pelo chaço” (cash for clunkers) e o crédito fiscal à compra da primeira habitação. Ambos os programas foram um sucesso, a julgar pela adesão que obtiveram. O “dinheiro pelo chaço” estimulou as vendas de automóveis nos meses de Verão, tendo terminado em Agosto com a exaustão prematura dos 3 mil milhões de dólares de orçamento. O crédito fiscal à compra da primeira habitação foi determinante para estabilizar e estimular o mercado residencial, tendo sido prolongado até Abril de 2010 e alargado de modo a passar a incluir a mudança de habitação, dentro de determinados parâmetros. A assistência social e o apoio à educação e aos desempregados foram igualmente motivo de medidas específicas. Ao nível da protecção aos desempregados, e em face da invulgar duração da corrente recessão, foram alargados os programas especiais, designadamente o subsídio de desemprego de emergência (EUC), regime de excepção que prevê o pagamento do subsídio de desemprego por um período adicional, o qual actualmente pode ir até um máximo de 33 semanas. No dia 6 de Novembro, o Presidente Obama aprovou legislação com o intuito de alargar por mais 20 semanas o EUC em Estados cuja taxa de desemprego seja igual ou superior a 8,5%. Evolução comparativa da adesão ao EUC (em milhões de indivíduos) 8 Subsídio de desemprego do regime geral (continued claims) Subsídio de desemprego de emergência (EUC) 7 6 5 4 3 2 1 0 Jul.08 Out.08 Jan.09 Abr.09 Jul.09 Out.09 Fonte: Reuters EcoWin O número de inscritos no EUC e noutros regimes especiais supera já o número de pedidos de emprego acumulados nos centros de emprego, ao abrigo do regime geral, ou seja, está a agravar-se o problema do desemprego de longa duração e estão a criar-se condições para o aumento das tensões sociais. Considerando os dois regimes, cerca de 10 milhões de norte-americanos beneficiavam do subsídio de desemprego no final de 2009. Não obstante a recessão técnica ter terminado no terceiro trimestre, o Gabinete Nacional de Estudos Económicos (NBER), entidade responsável pela datação e classificação dos ciclos económicos, ainda não anunciou o fim oficial da recessão iniciada em Dezembro de 2007, uma vez que este organismo segue uma definição mais abrangente, a qual toma em conta outros factores para além do crescimento económico, em especial a criação de emprego. Neste particular, as mais recentes evidências mostram que as empresas continuam a não apostar em novas contratações e indiciam que as mesmas permanecem descrentes quanto à magnitude e à sustentação do processo de recuperação em curso. Em 2009 foram destruídos 4 milhões e 781 mil postos de trabalho, número que se eleva para 8 milhões e 334 mil (ou 6,0% do emprego) quando atentando aos dados desde o início da recessão. Estes níveis de destruição de emprego apenas encontram paralelo, em termos percentuais e absolutos, na situação de calamidade que resultou da Grande Depressão do século passado. 13 Recessão: Perda de emprego por sector Emprego em Produção de Bens Extractivas Construção Transformadora Duradouros Não-duradouros Serviços Transporte, comércio e utilities Comércio por grosso Comércio a retalho Transporte e armazenamento Utilities Informação Actividades financeiras Serviços profissionais Educação e saúde Desporto e tempos livres Outros serviços Governo Por memória Serviços privados Trabalhadores temporários TOTAIS Fonte: Reuters EcoWin; Finibanco Destruição de empregos Nov.07 22 015 735 7 535 13 745 8 713 5 032 Dez.09 17 906 677 5 700 11 529 7 032 4 497 Número 4 109 58 1 835 2 216 1 681 535 Média/mês 164 2 73 89 67 21 % do total 18,7% 7,9% 24,4% 16,1% 19,3% 10,6% 115 866 26 718 6 043 15 566 4 553 556 3 025 8 234 18 005 18 516 13 529 5 509 22 330 111 641 24 627 5 557 14 357 4 155 559 2 753 7 659 16 486 19 339 12 983 5 314 22 480 4 225 2 091 487 1 209 398 -3 272 575 1 519 -823 546 195 -150 169 84 19 48 16 0 11 23 61 -33 22 8 -6 3,6% 7,8% 8,1% 7,8% 8,7% -0,6% 9,0% 7,0% 8,4% -4,4% 4,0% 3,5% -0,7% 93 536 2 566 89 161 1 920 4 375 646 175 26 4,7% 25,2% 137 881 129 547 8 334 333 6,0% O mercado de emprego evoluiu favoravelmente ao longo do ano, mostrando uma progressiva tendência de estabilização. Numa primeira fase, a criação de empregos públicos mitigou a perda de emprego total, sendo que esta situação se inverteu no final do ano. No quarto trimestre, as empresas de prestação de serviços de “trabalhos temporários” aumentaram os seus efectivos, em quase 200 mil, indiciando que as empresas voltaram a ter necessidades de mão-de-obra adicional mas que, por agora, preferem recorrer a serviços externos por oposição a efectuar contratações para os quadros. A falta de oportunidades desmotivou muitos norte-americanos que, ao deixarem de procurar activamente emprego, engrossaram o número de desencorajados e de outros indivíduos marginalmente ligados ao mercado de emprego. Este acréscimo foi limitado pela criação de programas especiais de protecção aos desempregados. Ainda assim, a taxa de desemprego fechou o ano nos 10,0%, 3,6 pp acima do valor observado no mês homólogo de 2008 e apenas a 0,7 pp do máximo histórico desta série, iniciada em 1948. 1.1.2 Zona Euro A economia da zona euro entrou em 2009 já em recessão técnica, após a quebra do PIB nos três últimos trimestres de 2008, situação que se agravou nos primeiros meses do ano e que determinou a quebra da actividade no espaço euro em 2009, estimada em 3,9%. No entanto, tal como as condições financeiras e o comércio internacional, também a actividade económica da zona euro encetou um processo de recuperação no final do primeiro semestre, deixando para trás aquela que foi a mais profunda e prolongada recessão na história da União Europeia. A diminuição da actividade económica teve um forte impacto no mercado de trabalho, na medida em que aumentou a pressão sobre os resultados das empresas e que, face ao excesso de capacidade produtiva instalada e à falta de mercados para os bens e serviços, acelerou o processo de redução de custos ou mesmo de falência, resultando em qualquer dos casos em quebra de emprego. 14 De acordo com as estimativas da CE, o número de postos-de-trabalho caiu 2,3%, com a Irlanda e a Espanha a contabilizarem as maiores quebras relativas, conduzindo a um aumento da taxa de desemprego, de 8,2% em Dezembro de 2008 para 10,0% no mês homólogo de 2009. Tal como no ano anterior, a Alemanha foi o país que mostrou uma maior resiliência, contabilizando uma reduzida quebra do emprego e a mais modesta subida da taxa de desemprego de todas as economias avançadas, de 0,4pp para 7,7%. Ao nível da estabilidade de preços, a inflação, aferida pela variação homóloga do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), manteve a tendência descendente iniciada no ano anterior, tendo atingido um mínimo de -0,7% em Julho. No entanto, o fim do Verão marcou o início de uma nova dinâmica de aumento dos preços no consumidor, sendo que a variação homóloga do IHPC fechou o ano em 0,9%, acompanhando a evolução dos preços das matérias-primas, em geral, e do petróleo, em particular. Excluindo o preço da energia do cálculo dos preços, estes apresentaram uma gradual descida ao longo do ano, com a sua variação homóloga a oscilar entre o máximo de 1,8% de Janeiro e o mínimo de 1% de Outubro a Dezembro, contabilizando um acréscimo médio anual de 1,3%, valor um ponto percentual acima do observado para o índice geral. 1.1.3 Países Emergentes e em Desenvolvimento De acordo com o FMI, a taxa de crescimento das economias emergentes e em desenvolvimento abrandou de 6,1% em 2008 para 2,1% em 2009, com a China e a Índia a manterem altas taxas de crescimento, como resultado da elevada competitividade e dos investimentos públicos efectuados, os quais visaram essencialmente criar infraestruturas e promover a procura interna. O ritmo de crescimento da China deverá ter abrandado de 9,6% em 2008 para 8,7% em 2009, valor ainda assim extremamente elevado para os padrões das economias desenvolvidas, mas abaixo das taxas de crescimento económico de dois dígitos observadas entre os anos 2003 e 2007. Esta redução do ritmo de expansão deve-se ao abrandamento das exportações, apenas parcialmente compensado pelo aumento da taxa de crescimento do consumo privado, propiciado por fortes incentivos à procura interna. De acordo com as estimativas do FMI, a taxa de crescimento da economia chinesa deverá acelerar para 10,0% em 2010 e moderar para 9,7% em 2011. O ritmo de crescimento também abrandou na Índia, em 1,7 pontos percentuais para 5,6% em 2009, esperando-se a aceleração para 7,7%, em 2010. No hemisfério ocidental, o Brasil sofreu uma ligeira contracção da actividade económica, de 0,4%, enquanto o México terá registado a mais acentuada quebra de produção da região, com as últimas estimativas a apontarem para uma contracção do PIB de 6,8%, reflectindo o elevado peso do sector exportador e a dependência das trocas comerciais com os EUA. Por oposição, a dimensão do mercado interno e a diversificação dos mercados externos, em particular o recente aumento das relações comerciais com a Ásia, conjugadas com a recuperação nos preços das matérias-primas, permitiram a atenuação dos efeitos da crise económica e financeira no Brasil. O FMI estima que as economias do Brasil e do México cresçam 4,7% e 4,0%, respectivamente, em 2010. 1.2 Economia Nacional Desde o início da década que Portugal tem evidenciado um crescimento económico abaixo da média da zona euro (divergência real), caracterizado pela persistência de baixa produtividade, perda gradual da competitividade em preços, aumento do desemprego e crescentes necessidades de financiamento externo. Os desafios apresentados pela crise financeira e económica internacional exacerbaram essas fraquezas, o que resultou num ano de aumento do desemprego acima da média dos nossos parceiros comunitários e de agravamento do desequilíbrio das contas públicas. Segundo as mais recentes estimativas, o PIB português terá diminuído 2,6% em 2009, reflectindo a redução de todas as componentes da procura, à excepção do consumo público. 15 O ajustamento foi particularmente severo no que concerne às componentes mais expostas à evolução das condições financeiras e da procura externa, com as exportações e a FBCF a recuarem 12,0% e 11,8%, respectivamente. Projecções económicas para Portugal 2008 2009e 2010p Consumo Privado 1,7 -0,9 1,0 Consumo Público 1,1 2,6 -0,9 FBCF -0,7 -11,8 -1,1 Exportações -0,5 -12,0 3,5 Importações 2,7 -10,7 1,5 PIB 0,0 -2,6 0,7 Saldo Orçamental (em % do PIB) Dívida Pública (em % do PIB) -2.7 66,3 -9,3 -8,3 76,6 85,4 IHPC, variação média anual 2,6 -0,8 Notas: e - estimado; p - previsto Fonte: Ministério das Finanças; Relatório do Orçamento do Estado para 2010 0,8 A diminuição da procura aumentou as pressões sobre os resultados das empresas, com estas a intensificarem o processo de descida de custos de produção e de adiamento de investimentos produtivos, sob a ameaça de falência. Em 2009 foram destruídos 2,8% dos postos de trabalho e a taxa de desemprego subiu de 7,8% da população activa no último trimestre de 2008 para 10,1% no trimestre homólogo de 2009. A rápida deterioração das condições económicas limitou a captação de impostos por parte da máquina fiscal e implicou o funcionamento dos estabilizadores automáticos e a tomada de medidas de estímulo fiscal. O aumento discricionário da despesa pública, focado essencialmente na protecção social, no apoio ao emprego e no investimento público, terá ascendido a 1,25% do PIB e contribuído para o aumento do défice orçamental de 2,7%, para 9,3% do PIB. Esta dinâmica de agravamento das finanças públicas não é, por pura matemática, razão para Portugal incorrer num processo de défices excessivos, uma vez que se enquadra num cenário de excepção. No entanto, terá que ser revertida rapidamente, sob pena do país entrar numa espiral de descontrolo das finanças públicas. Para já serve de alerta a redução da notação de risco de crédito de Portugal, a qual se está a sentir nos custos de financiamento. Ao nível da estabilidade de preços, a evolução da inflação foi determinada em grande medida pelo efeito de base da redução do preço dos combustíveis, num contexto de total incapacidade de fixação de preços por parte das empresas, o que proporcionou a descida da variação homóloga do IHPC de 0,2% em Janeiro para um mínimo histórico de -1,7% em Setembro e que culminou com a obtenção da inflação média anual de -0,8%, em 2009. Componentes da Despesa Os efeitos da crise económica e financeira fizeram sentir-se de forma mais intensa durante o primeiro trimestre do ano, pelo que foi neste período que se verificou o mais elevado ritmo de deterioração das condições económicas no conjunto dos três trimestres de recessão técnica, com o PIB a cair 2,0% face ao trimestre anterior e 4,0% face ao trimestre homólogo de 2008. No trimestre sequente iniciou-se um processo de moderada retoma económica, pautada pela estabilização das trocas internacionais. Relativamente ao último trimestre do ano, a informação disponível aponta para o abrandamento ou mesmo estagnação do processo de recuperação em curso. 16 Indicadores de consumo privado 1,5 30 1,0 20 0,5 10 0,0 0 -0,5 -10 -1,0 -1,5 -2,0 -2,5 -20 Vendas a retalho, Vma em % (eixo da esquerda) Vendas de automóveis de passageiros, Vh em % (eixo da direita) -3,0 Jan.07 Mai.07 Set.07 Jan.08 Mai.08 Set.08 Jan.09 Mai.09 Set.09 -30 -40 -50 -60 Fonte: Reuters EcoWin O consumo privado foi a componente da procura doméstica mais estável e que mais de perto acompanhou o perfil da actividade económica ao longo do ano, voltando a crescer moderadamente após a significativa contracção no primeiro trimestre. Em particular, há a destacar o aumento da despesa em bens de consumo duradouro nos segundo e terceiro trimestres, recuperação que estará parcialmente associada ao sucesso dos apelos à aquisição de automóveis, tendo em conta a majoração do incentivo fiscal ao abate de veículos em fim de vida por parte da generalidade dos concessionários. Ainda assim, o consumo privado deverá ter caído 0,9% no ano, influenciado pela deterioração das condições do mercado de trabalho e pelo maior rigor e ponderação na concessão de crédito por parte das instituições financeiras, num contexto de sobre endividamento das famílias e consequente necessidade de ajustamento dos orçamentos familiares. No que concerne ao investimento, a FBCF terá caído 11,8% no ano, traduzindo a evolução desfavorável de todas as suas componentes, em especial ao nível do material de transporte. A FBCF na agricultura, silvicultura e pescas manteve-se praticamente inalterada face a 2008. Embora sem dados definitivos, a variação das existências terá contribuído negativamente para o crescimento económico. Este comportamento extremamente desfavorável do investimento enquadra-se num cenário de deterioração dos níveis de confiança e de falta de expectativas de crescimento da procura a curto prazo, no contexto das já referidas condições financeiras mais restritivas. Por oposição, a procura externa líquida teve uma contribuição positiva para a taxa de crescimento do PIB, em consequência da superior descida, em termos absolutos, das importações face às exportações. As exportações de bens e serviços foram a componente da procura com evolução mais negativa, ao caírem 12,0%, não obstante terem encetado uma forte recuperação após a quebra de 8,5% do primeiro trimestre. Esta diminuição enquadra-se no cenário de quase estagnação do comércio internacional nos meses de maior intensidade da crise financeira e económica internacional. Por outro lado, as importações contabilizaram uma menor queda em termos percentuais mas superior em termos absolutos, o que resultou na referida contribuição positiva da procura externa para a taxa de crescimento do PIB. Política Orçamental Na linha do sucedido na generalidade das economias mais desenvolvidas, em Portugal o défice orçamental das Administrações Públicas agravou-se acentuadamente, aumentando de 2,7% para 9,3% do PIB, em 2009. Este resultado representa a completa divergência face ao processo de consolidação orçamental que se vinha desenhando nos últimos anos e resulta da conjugação desfavorável de vários factores, onde a quebra de 14,0% das receitas fiscais do subsector Estado assume o papel central. Estimativas do Ministério das Finanças apontam para que a componente cíclica do saldo orçamental, integrando os efeitos sobre a receita e a despesa, tenha superado os 8,0% do PIB, ou seja, deixando um papel diminuto para a componente do défice decorrente de medidas discricionárias. 17 Saldo Global das Administrações Públicas (óptica da Contabilidade Nacional) Milhões de euros Administração Central Administração Regional e Local Segurança Social Administrações Públicas % do PIB 2008 2009 2010 2008 2009 2010 -5 575 -15 008 -14 214 -137 -655 -186 -3,3 -9,1 -8,5 -0,1 -0,4 1 256 297 -0,1 446 0,8 0,2 -4 456 -15 366 0,3 -13 954 -2,7 -9,3 -8,3 Fonte: Ministério das Finanças; Relatório do Orçamento do Estado para 2010 Numa primeira leitura constatamos que a deterioração do saldo de execução orçamental foi comum a todos os sectores institucionais das Administrações Públicas. O maior agravamento adveio da Administração Central, o que é natural uma vez que é o sector que financia os restantes. No caso particular da Segurança Social, a redução do excedente de execução do orçamento em 0,6 pontos percentuais do PIB deriva do aumento das prestações sociais, não compensado com entrada de contribuições. Analisando as contas na óptica da contabilidade pública, ressaltam a quebra das receitas fiscais do subsector Estado e o aumento das transferências do Estado para os diferentes subsectores, desde os Fundos e Serviços Autónomos até à Segurança Social. Desagregação da quebra de receita fiscal em 2009 Receita Fiscal 9,8% Selo 4,2% IT Descricionária 11,9% ISV ISP ciclica 6,5% 24,4% 3,8% IVA 13,2% Impostos indirectos 5,7% 11,6% IRS 3,8% 4,2% IRC 19,1% Impostos directos 7,5% 0,0% 5,0% 4,7% 4,4% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% Fonte: Direcção Geral do Orçamento; Síntese de Execução Orçamental de Dezembro de 2009 A redução das receitas fiscais do subsector Estado deriva essencialmente da componente cíclica, mas reflecte igualmente os efeitos das medidas de política e da transferência de 389,2 milhões de euros de receitas de IRS para os municípios. Nos custos das medidas de política discricionária incluem-se o aumento dos reembolsos de IVA e de IRC, num total de 664,3 mil milhões de euros, e a redução da colecta de 355 milhões de euros, em face da redução da taxa de IVA normal de 21,0% para 20,0%, a partir de 1 de Julho de 2008. Excluindo os efeitos destas medidas discricionárias, as receitas fiscais teriam caído 9,8%. Por sua vez, a receita não fiscal registou uma quebra de 22,7%, a qual é essencialmente justificada pelo efeito de base motivado pela contabilização como receita de capital no exercício de 2008 da verba paga por diversas operadoras eléctricas, por contrapartida da transmissão de direitos no domínio hídrico e no âmbito da regularização do processo de atribuição de títulos de utilização às empresas titulares de centros electroprodutores. A despesa do subsector Estado subiu 6,0% face à execução de 2008, aumentando o peso da despesa em cerca de 2 pontos percentuais, para 29,6% do PIB. As despesas correntes e de capital subiram 4,3% e 32,6%, respectivamente, superando em ambos os casos a taxa de crescimento do PIB nominal (que não deverá chegar a 2%). Este incremento da despesa inclui 824 milhões de euros (ou 0,5% do PIB) da execução orçamental da “Iniciativa para o Investimento e o Emprego” (IIE). 18 Quanto ao rácio da dívida pública, o mesmo aumentou 10,3pp para 76,6% do PIB. Este superior acréscimo da dívida face ao défice da execução orçamental pode ser entendido no âmbito das intervenções no capital de instituições financeiras em apuros, operações que não são contabilizadas como défice mas que têm como contrapartida um acréscimo no endividamento (representam o investimento num activo que pode ser vendido no futuro). Balança de Pagamentos As estimativas disponíveis apontam para a redução das necessidades de financiamento da economia portuguesa, medidas pelo défice conjunto das balanças corrente (BTC) e de capital (BC), de 10,7% para 9,4% do PIB. Esta variação não deve ser entendida num contexto de inversão da tendência de deterioração da posição externa de Portugal, uma vez que foi largamente influenciada pela redução do preço das matérias-primas e das trocas económicas a nível internacional. A descida do preço médio do barril de petróleo permitiu uma significativa redução do défice da balança energética e, por essa via, ajudou à redução do défice da BTC de 12,4% para 10,2%, num contexto de redução do excedente da BC de 1,7% para 0,9% do PIB. Necessidades de Financiamento (em % do PIB) 15% 10% 5% 1,5% 1,2% 0,8% 1,3% 1,7% 0,9% 0% -5% -10% -7,7% -9,6% -10,0% -9,4% -12,4% -15% 2004 2005 Saldo da BTC 2006 Saldo da BC 2007 2008 -10,2% 2009e Necessidades de Financiamento Fonte: Banco de Portugal; Boletim Estatístico de Fevereiro de 2010; Finibanco (cálculos) A redução do rácio do défice da balança corrente no PIB reflecte essencialmente a redução do saldo negativo da balança de bens, mitigada por oposta tendência de diminuição dos excedentes das balanças de serviços e de transferências correntes. O financiamento externo da economia portuguesa foi maioritariamente efectuado por via do “investimento de carteira”, o qual contabilizou mais de 83% do investimento total, com os títulos de dívida de longo prazo a liderarem as preferências dos investidores, por oposição ao desinvestimento em acções. Mercado de Trabalho A deterioração das condições do mercado de trabalho foi uma das características mais marcantes da crise financeira e económica internacional, estimando-se que o acréscimo na taxa de desemprego seja permanente, pelo menos parcialmente, materializando uma subida da taxa natural de desemprego. Embora seja ainda cedo para inferir sobre a magnitude das alterações estruturais, constata-se que a taxa de desemprego em Portugal subiu de 7,6% em 2008 para 10,1% no quarto trimestre de 2009. Esta dinâmica decorre dos efeitos de contágio da crise financeira e económica internacional, os quais se começaram a fazer sentir de forma mais intensa nos meses de Verão, confirmando a existência de um hiato temporal entre a evolução das condições económicas e a resposta do mercado de emprego. Este intervalo de tempo aparenta ter sido superior ao observado em outras economias desenvolvidas, o que indicia a existência de maior rigidez no mercado de emprego português e que pode ser entendido como uma fraqueza competitiva da economia nacional. 19 População activa, emprego e desemprego (taxas de variação, em %) 2007 População activa 0,6 Emprego total Agricultura, silvicultura e pescas Indústria Serviços Taxa de desemprego (%) 2008 2009 Total I II III IV 0,1 -0,8 0,3 -0,8 -0,3 -0,4 0,2 0,5 -2,8 0,4 -2,3 -1,2 0,1 -0,4 -2,8 -2,8 3,0 -6,5 2,9 2,6 0,0 -3,4 -6,5 -1,5 -5,0 -2,1 -1,7 0,4 3,3 -0,9 -0,6 -0,2 -1,4 0,5 8,0 7,6 9,5 7.7 9.1 9.8 10,1 Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE); Inquérito trimestral ao emprego de Novembro de 2009 A queda do emprego foi comum a todos os sectores de actividade, tendo sido particularmente gravosa no sector industrial, o mais exposto à competição internacional. Por grupo etário são os jovens que mais dificuldades sentem em encontrar ocupação, com uma diminuição de 12,1% no número de empregados. O investimento em educação mostrou-se uma mais-valia significativa nas condições actuais do mercado de trabalho, na medida em que os detentores de um curso superior continuaram a encontrar empregos (incremento de 3,0%), por oposição à quebra homóloga de 6,2% no número de empregados cujas habilitações não vão além do ensino básico. A descida do emprego foi acompanhada pelo recuo da população activa, o que moderou o agravamento dos indicadores de desemprego. A deterioração das condições do mercado de trabalho é sublinhada pelos dados dos centros de emprego, pois o número médio de inscritos aumentou 22,5% em 2009, reflectindo um incremento generalizado dos pedidos de emprego, liderado pela subida de 27,4% de desempregados à procura de um novo emprego. Desta dinâmica resultou que o número de pedidos de emprego ultrapassasse os 600 mil nos últimos 3 meses do ano, com o número de desempregados a ascender a 524 mil em Dezembro. Pedidos de emprego nos Centros de Emprego 650 000 600 000 Desempregados Ocupados Indisponíveis Empregados 550 000 500 000 450 000 400 000 350 000 300 000 Jan.05 Jul.05 Jan.06 Jul.06 Jan.07 Jul.07 Jan.08 Jul.08 Jan.09 Jul.09 Nota: Situação no fim dos meses Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) Não obstante o agravamento do desemprego, é de salientar o esforço envidado pelas entidades empregadoras, as quais aumentaram a sua oferta de empregos em 11,4%, para uma média de 17.870 empregos por mês. A maior oferta de empregos não foi aproveitada pelos inscritos nos centros de emprego, uma vez que as colocações caíram 2,3%, indiciando a desadequação entre procura e oferta. Mais grave, esta discrepância pode ser entendida como resultado da incapacidade dos serviços de canalizarem a informação aos destinatários, por falta de meios, ou mesmo a preferência pelo subsídio de desemprego à alternativa do salário – grosso modo, apenas foram aceites uma em cada duas ofertas de emprego. O acréscimo do desemprego foi comum à generalidade dos grupos de profissões, sendo que as únicas excepções ocorreram ao nível da educação média e superior, onde o número de desempregados recuou quase 10%, para 5.093. No pólo oposto encontram-se os “operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil”, cujas fileiras de desempregados engrossaram em 70% em 2009 e mais que duplicaram em menos de dois anos, a braços com um cenário de significativa correcção do mercado imobiliário de Portugal e da vizinha Espanha. 20 Estabilidade de Preços O ano de 2009 vai ficar na história como um ano de descida generalizada dos preços entre os países desenvolvidos. Portugal não é excepção, pois estes resultados estão interligados com a evolução do preço das matérias-primas, em geral, e do petróleo, em particular. De facto, a acentuada descida do preço das matérias-primas, que decorreu entre o verão de 2008 e o início de 2009, constitui-se como um choque deflacionista que influenciou os índices de preços durante a maior parte de 2009, num contexto de falta de dinamismo da actividade económica e de incapacidade de fixação de preços por parte das empresas. Preço do Brent Vs Índice Moodys de matérias-primas 5000 150 Choque deflaccionista 4500 125 4000 100 3500 75 3000 50 2500 25 Jan Mar Mai Jul Set Nov Jan Mar Mai Jul Set Nov Matérias-primas (eixo esquerda) Brent, USD/barril (eixo da direita) Fonte: Reuters EcoWin O índice de preços dos bens industriais acompanhou de perto esta tendência, oscilando entre uma variação homóloga de -1,8% em Janeiro e de 0,8% em Dezembro, após ter atingido uma quebra homóloga máxima de 6,7% em Julho. Índice harmonizado dos preços no consumidor (Vh, %) 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 -1,0 -2,0 Bens Serviços Total -3,0 -4,0 -5,0 Jan.07 Mai.07 Set.07 Jan.08 Mai.08 Set.08 Jan.09 Mai.09 Set.09 Fonte: Reuters EcoWin; Boletim Estatístico do Banco de Portugal de Janeiro de 2009 Ao nível dos preços no consumidor, a dinâmica foi mais moderada, reflectindo a maior rigidez à descida dos preços dos serviços, genericamente não transaccionáveis, por oposição à maior volatilidade dos preços dos bens. Ainda assim, a inflação média anual situou-se em -0,8% em 2009, valor sem paralelo na história recente da nossa nação. Apesar da inflação ter sido negativa, esta não representa a entrada numa espiral deflacionista, não só porque decorre de factores específicos, mas sobretudo porque os agentes económicos sempre a encararam como consequência de um processo de desinflação, findo o qual os preços retornariam a valores historicamente mais normais. A maior evidência desta realidade, sublinhada pelos dados dos inquéritos qualitativos, é o facto das negociações colectivas de trabalho orbitarem sobre a magnitude dos aumentos salariais. Situação Monetária e Financeira O crédito ao sector privado não financeiro manteve a trajectória de desaceleração que se vinha a observar desde meados de 2007, reflectindo o efeito combinado da menor procura de crédito, em face da situação de menor dinamismo da actividade económica, com o maior rigor e contenção na oferta, associados às dificuldades de balanço e aos esforços para limitar o crescimento do crédito de cobrança duvidosa. 21 Taxas de crescimento dos empréstimos às famílias e SNF (em %) 15 Particulares SNF 13 11 9 7 5 3 1 Jan.08 Abr.08 Jul.08 Out.08 Jan.09 Abr.09 Jul.09 Out.09 Fonte: Banco de Portugal; Estatísticas online; Finibanco (cálculos) A trajectória de desaceleração do crédito concedido foi comum a particulares e a sociedades não financeiras, na generalidade dos prazos e fins, assistindo-se a uma convergência das diferentes taxas de crescimento, para valores próximos de 2,0%. A excepção a este cenário foi o “outro crédito” às famílias, o qual apresentou sistematicamente taxas de crescimento mais baixas e um comportamento mais volátil. No entanto, o maior rigor e contenção na oferta de créditos foram insuficientes para travar o agravamento dos problemas de imparidade nos balanços das outras instituições financeiras monetárias, deslocando a instabilidade da carteira de investimento para o crédito a retalho, via deterioração dos rácios. Evolução do crédito de cobrança duvidosa (particulares e SNF) 5,0% 4,5% 10 000 Em % do crédito total (eixo da esquerda) Em milhões de euros (eixo da direita) 9 000 4,0% 8 000 3,5% 7 000 3,0% 6 000 2,5% 5 000 2,0% 4 000 1,5% 3 000 1,0% 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2 000 Fonte: Banco de Portugal; Estatísticas online; Finibanco (cálculos) O crédito de cobrança duvidosa atingiu sucessivos máximos históricos em valor, enquanto o seu rácio no crédito total se aproximou dos níveis observados no final da década de 90. Tal como em idênticas posições cíclicas, são as empresas que mais dificuldades apresentam em cumprir os seus compromissos financeiros, com o nível de incumprimento a duplicar no espaço de 12 meses e com o montante de acréscimo do crédito de cobrança duvidosa a superar a contratação líquida de novos empréstimos. Os sectores das pescas e do comércio por grosso são os que apresentaram as mais elevadas taxas de crédito de cobrança duvidosa, de 3,2% e 3,1%, respectivamente, mas são as empresas de “construção” e as de “actividades imobiliárias e de serviços” que mais contribuíram para o aumento do crédito duvidoso. Refira-se que, o crédito de cobrança duvidosa concedido a empresas de construção atinge os 16,6% do crédito total de cobrança duvidosa, enquanto as empresas do mesmo sector apenas pesam 9,0% no total de crédito concedido. A manutenção de um ritmo de crescimento do crédito concedido ao sector privado acima da taxa de crescimento do PIB nominal resultou no acréscimo dos empréstimos das famílias e das empresas à banca, de 79% e 70% para 83% e 72% do PIB, respectivamente. 22 1.3 Política Monetária A intensidade das perturbações do sistema financeiro e seus efeitos de contágio à economia real, nos primeiros meses do ano, induziram à continuação do esforço das autoridades monetárias no sentido de propiciarem condições para o normal funcionamento dos mecanismos de mercado e estimularem a actividade económica. Esta pressão para a adopção de medidas anormalmente acomodatícias ocorreu num contexto de choque deflacionista, pelo que as autoridades monetárias encontraram espaço de manobra para descer e manter as suas taxas de intervenção em novos mínimos históricos, na generalidade dos países. Evolução das taxas de juro de intervenção de economias seleccionadas (em %) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez G7 (média) 1,26 1,19 0,84 0,69 0,59 0,59 0,59 0,59 0,59 0,59 0,59 0,59 EUA 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 Japão 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 Zona euro 2,00 2,00 1,50 1,25 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Inglaterra 1,50 1,00 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 Canadá 1,00 1,00 0,50 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 Noruega 3,00 2,50 2,00 2,00 1,50 1,25 1,25 1,25 1,25 1,50 1,50 1,75 Austrália 4,25 3,25 3,25 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,25 3,50 3,75 2,50 Nova Zelândia 3,50 3,50 3,00 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 Rússia 13,00 13,00 13,00 12,50 12,00 11,50 11,00 10,75 10,00 9,50 9,00 8,75 México 7,75 7,50 6,75 6,00 5,25 4,75 4,50 4,50 4,50 4,50 4,50 4,50 Turquia 13,00 11,50 10,50 9,75 9,25 8,75 8,25 7,75 7,25 6,75 6,50 6,50 Nota: Valores em fim de período Fonte: Reuters Ecowin No Reino Unido, o Banco de Inglaterra procedeu ao alívio da política monetária em três ocasiões, num total acumulado de 1,5pp, o que conduziu a que a taxa base terminasse o ano num novo mínimo histórico desta secular taxa de juro, de 0,5% – os mínimos anteriores, de 2,0%, datavam do início do século XIX e foram igualados por diversas ocasiões na história moderna, a última destas em 2008. No velho continente, o Banco Central Europeu (BCE) seguiu o exemplo do Reino Unido, cortando a principal taxa de refinanciamento do Eurosistema em 1,5pp, para um mínimo histórico de 1,0%, só que o fez em quatro momentos, o último dos quais na primeira semana de Maio. Evolução das taxas de intervenção desde o início da crise do subprime 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 Fed funds target rate (EUA) Base rate (RU) Taxa refi (Zona euro) 1,0 0,0 Ago.07 Nov.07 Fev.08 Mai.08 Ago.08 Nov.08 Fev.09 Mai.09 Fonte: Reuters Ecowin A resolução da crise de liquidez do sistema financeiro e o abrandamento do ritmo de deterioração das condições económicas, no final da Primavera, começaram progressivamente a aliviar as pressões sobre as autoridades monetárias, pelo que os mínimos das taxas de juro de intervenção da generalidade das economias avançadas foram atingidos até final de Maio. As economias emergentes, que sentiram a crise de forma diferenciada, continuaram o processo de alívio da política monetária ao longo do ano. 23 Com o Verão, chegou um período de maior estabilidade financeira, acompanhada dos primeiros sinais de recuperação económica e de alguns receios de deflação a nível global, condições que propiciam a manutenção da postura da política monetária por um período indefinido. Neste contexto, a segunda metade do ano foi pautada pela manutenção das condições de política monetária nas principais economias de referência. Por oposição, os países cujas economias estão mais orientadas para a exportação de matériasprimas começaram a sentir a necessidade da inversão do ciclo de taxas de juro de intervenção, em função da subida do preço das matérias-primas nos mercados internacionais. Assim, enquanto prosseguia o ciclo de alívio da política monetária em algumas economias em desenvolvimento, países como a Noruega e a Austrália iniciaram a gradual remoção das condições monetárias acomodatícias, procedendo à subida de taxas de intervenção entre Outubro e Dezembro. 1.4 Mercado de Capitais O ano de 2009 iniciou-se da mesma forma que o de 2008 tinha terminado, isto é envolto em elevados níveis de aversão ao risco, com desvalorização de todos os activos com risco percepcionado. Esta tendência manteve-se até ao início de Março, período onde foram registados os mínimos bolsistas do ano na generalidade das praças e dos índices, confirmando o carácter sistémico e global da crise financeira e económica internacional. Em Março, os esforços dispendidos por autoridades monetárias, governos e instituições supranacionais começaram finalmente a fazer-se sentir, primeiro aliviando a crise de liquidez e, posteriormente, criando as condições para o processo de recuperação económica. A melhoria gradual da confiança dos agentes económicos, em relação à actividade económica e aos resultados das empresas, pavimentou o caminho de recuperação para o segmento accionista, sendo que os máximos bolsistas do ano foram atingidos em muitos casos nos últimos dias do ano. Em simultâneo observou-se a progressiva redução dos níveis de volatilidade para valores considerados normais em termos históricos. Os esforços financeiros envidados para estabilizar o sistema financeiro e estimular a actividade económica resultaram no aumento dos desequilíbrios orçamentais das finanças públicas, o que se repercutiu negativamente no segmento de dívida pública, com a subida generalizada das taxas de rentabilidade de longo prazo e com o aumento dos prémios de risco para os países mais gastadores. Neste contexto, o ano de 2009 ficou marcado pela descida da notação de risco da dívida pública de países como Portugal, Espanha, Irlanda e Grécia. Segmento Accionista Ao nível do segmento accionista o ano pode ser dividido em duas partes. Até meados da segunda semana de Março, a continuidade da tendência de queda iniciada em 2008, em que a generalidade dos índices bolsistas atingiram mínimos de vários anos. A segunda, pautada pela recuperação e progressiva redução dos níveis de volatilidade para valores considerados normais em termos históricos. O ano acabou por ter um saldo positivo, com os índices accionistas a registarem ganhos significativos e, inclusivamente, em alguns casos a atingirem máximos multi-anuais ao cair o pano de 2009. 24 Evolução de alguns índices de referência em 2009 2008 2009 31-Dez 31-Dez Mínimo do ano variação* valor variação* Máximo do ano data valor variação* data EUA Dow Jones 8776,4 10428,1 18,8 6547,1 -25,4 09-Mar 10548,5 20,2 30-Dez Nasdaq 1577,0 2269,2 43,9 1268,6 -19,6 09-Mar 2291,3 45,3 30-Dez IBEX35 9195,8 11940,0 29,8 6817,4 -25,9 09-Mar 12035,1 30,9 29-Dez DAX30 4810,2 5957,4 23,8 3666,4 -23,8 06-Mar 6011,6 25,0 29-Dez PSI20 6341,3 8463,9 33,5 5743,1 -9,4 03-Mar 8882,7 40,1 19-Out CAC40 3218,0 3936,3 22,3 2519,3 -21,7 09-Mar 3960,0 23,1 29-Dez FTMIB 19460,0 23248,4 19,5 12621,0 -35,1 09-Mar 24426,0 25,5 19-Out 2447,6 2965,0 21,1 1810,0 -26,1 09-Mar 2992,1 22,2 29-Dez 18-Nov Zona Euro STOXX50 Emergentes RTS ($) 631,9 1444,6 128,6 498,2 -21,2 23-Jan 1486,6 135,3 ISE100 26864,1 52825,0 96,6 23036,0 -14,2 05-Mar 52825,0 96,6 31-Dez Hang Seng 14387,5 21872,5 52,0 11344,6 -21,1 09-Mar 22944,0 59,5 16-Nov MERVAL 1079,7 2320,7 115,0 930,1 -13,9 03-Mar 2320,7 115,0 30-Dez BOVESPA 37550,3 68588,4 82,7 36234,7 -3,5 02-Mar 69349,4 84,7 14-Dez NIkkey225 8859,6 10546,4 19,0 7055,0 -20,4 10-Mar 10639,7 20,1 26-Ago FTSE100 4434,2 5412,9 22,1 3512,1 -20,8 03-Mar 5437,6 22,6 29-Dez 677,8 832,5 22,8 527,4 -22,2 09-Mar 838,5 23,7 29-Dez Outros MSCI World * Face a 31 de Dezembro de 2008, em % Fonte: Reuters EcoWin; GESE Nos EUA, os índices accionistas contabilizaram o melhor ano desde 2003, liderados pelo índice Nasdaq Composite, que registou uma valorização de 43,9% em 2009. O índice Dow Jones Industrial Average (DJIA) terminou o ano com um ganho de 18,8%, enquanto o S&P500 registou uma valorização anual de 23,5%. Ainda assim e como referência, o DJIA e o S&P500 ficaram a 26% e a 29% dos máximos de 2007, e o Nasdaq ainda está a distantes 55% do máximo de 2000. Análise comparativa do índice PSI20 face a índices seleccionados 150,0 Dow Jones 140,0 STOXX50 130,0 PSI20 120,0 110,0 100,0 90,0 80,0 70,0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 31/Dezembro/2008=100 Fonte: Reuters EcoWin Na Europa, os índices DAX30, CAC40 e IBEX35 registaram valorizações anuais de 23,8%, 22,3% e 29,8%, respectivamente. Para os índices alemão e francês este foi o melhor ano desde 2005 e para o espanhol o melhor desde 2006. Portugal não foi excepção, com o índice PSI20 a registar uma valorização de 33,5% em 2009, o que se traduz no melhor ano desde 1997. Segmento da Dívida Pública Em 2009, a evolução do segmento obrigacionista conheceu dois momentos distintos. No primeiro momento, as taxas de juro de longo prazo foram essencialmente determinadas pela incerteza decorrente da crise financeira e económica internacional, que resultou na diminuição das taxas de juro de longo prazo e na obtenção dos máximos dos prémios de risco, para a generalidade dos países. 25 No segundo momento, e com a progressiva estabilização do sector financeiro, os títulos de dívida pública conheceram um período de acentuada desvalorização, penalizados pela não concretização dos piores receios quanto ao cenário de Depressão e em consequência da progressiva estabilização e posterior recuperação da actividade económica. Assim, as taxas de rentabilidade da dívida pública evidenciaram uma tendência claramente ascendente entre Março e o início do Verão, período em que a sua evolução foi condicionada pelo desfazer do movimento de procura de qualidade e segurança e pelas expectativas de recuperação económica. Os máximos do ano das taxas de juro de médio e longo prazo foram atingidos, genericamente, nas duas primeiras semanas de Junho, permanecendo posteriormente sem tendência definida até ao último mês do ano. Evolução das taxas de rentabilidade da dívida pública a 10 anos (em %) 4,00 3,50 3,00 2,50 Alemanha 2,00 Jan Mar Mai Jul EUA Set Nov Fonte: Reuters EcoWin A taxa de rentabilidade dos treasuries norte-americanos a 10 anos atingiu um máximo de fecho de 3,955%, a 10 de Junho, enquanto a taxa de rentabilidade do bund alemão, para o mesmo prazo, chegou a 3,696% no dia seguinte. Próximo do final do ano, as taxas de rentabilidade voltaram a aproximar-se dos máximos, penalizadas por expectativas de subida de taxas de intervenção a médio prazo. Refira-se que, em geral os mercados de taxa fixa desvalorizam-se com as expectativas de aceleração do crescimento económico, pois esta situação está associada a maiores taxas de inflação, o que reduz os ganhos reais dos rendimentos periódicos (cupões) das obrigações. Por outro lado, a subida das taxas de intervenção é negativa para as obrigações, especialmente nos prazos mais curtos, pois torna menos atractivas as obrigações face aos investimentos alternativos, como é o caso dos depósitos a prazo. Na zona euro, o ano foi pautado por uma diferenciação dos prémios de risco pagos pelos Estados membros, em função da sustentabilidade das suas finanças públicas e, concomitantemente, da sua capacidade em honrar os compromissos financeiros. Prémios de risco de longo prazo face à Alemanha (em pb) 350 300 250 200 Portugal Series2 Downgrade: A para A- Grécia Outlook negativo Downgrade: A- para BBB+ Outlook negativo Downgrade: AA- para A+ 150 100 50 Outlook negativo 0 Jan.08 Abr.08 Jul.08 Outlook negativo Out.08 Jan.09 Abr.09 Jul.09 Out.09 Fonte: Reuters Ecowin; Finibanco (cálculos) 26 A deterioração das finanças públicas trouxe para a ribalta as agências de rating, na medida em que estas desempenham o papel central na asserção do risco das diferentes emissões de dívida, classificando-as de acordo com uma escala de risco que vai desde a melhor qualidade (A ou superior) até emissões de elevado risco (classe de letra C). Esta classificação visa múltiplos propósitos, desde o cálculo de diversos rácios até à definição dos títulos que podem ser usados como contraparte nas operações de cedência de liquidez das autoridades monetárias. Neste particular, o caso grego assume contornos de especial gravidade. A dívida pública grega foi alvo de duas descidas de notação de rating, de A para A-, em Janeiro, e de A- para BBB+, em meados de Dezembro - de acordo com as definições usadas pela Standard & Poors e pela Fitch, duas das três casas de referência a nível mundial. Esta degradação de notação faz com que a Grécia seja actualmente o único país da Europa Ocidental (excluindo a Islândia) a ficar de fora do conjunto dos países com melhor qualidade de crédito, colocando-a ao nível de países de Leste como a Rússia, a Lituânia ou a Croácia. Mais grave, a Grécia permanece sobre monitorização com sinal negativo, o que quer dizer que o seu rating poderá descer ainda mais a breve trecho. A descida da notação da dívida pública grega para BBB é embaraçosa e abre perigosos precedentes, uma vez que até próximo do final do ano (Outubro) A- era a notação mínima aceite como colateral nas operações de cedência de liquidez do BCE. O aumento dos custos de financiamento, de um país em que as contas públicas aparentam estar à beira da ruptura, pode levar a Grécia a reescalonar ou suspender o pagamento da dívida, situação que poderia colocar em causa a própria moeda única. Na primeira fase, nos meses de total aversão ao risco, Portugal foi igualmente penalizado pelas suas contas públicas, tendo chegado a pagar mais de 1,5pp face à dívida alemã, na sequência da descida de notação das Obrigações do Tesouro português de AA para A+, a 21 de Janeiro. Posteriormente, os prémios de risco desceram para níveis idênticos aos praticados para a dívida pública espanhola, sendo que as Obrigações do Tesouro fecharam o ano a pagar um prémio de risco em linha com a média dos países da zona euro, não obstante terem sido colocadas em observação para potencial descida de notação no último mês do ano. Segmento da Dívida de Empresas As flutuações no nível de aversão ao risco fizeram-se sentir igualmente nos prémios de risco das emissões de dívida privada, com estes a apresentarem uma dinâmica descendente desde o início do ano, acabando por fechar 2009, no caso das melhores empresas, em níveis inferiores aos observados na antecâmara da crise financeira. Esta situação tem duas leituras não exclusivas. As boas empresas gozam de finanças saudáveis e/ou as contas dos países utilizados como referência para o cálculo dos prémios de risco se deterioraram mais do que as contas das empresas privadas. Com o défice orçamental dos EUA a ultrapassar os 10% do PIB, em 2009, esta última parece uma certeza. Prémios de risco 1825 230 1550 190 1275 150 1000 110 725 70 CCC (eixo da esquerda) 450 Jul.07 AAA (eixo da direita) Jan.08 Jul.08 Jan.09 30 Jul.09 Nota: Diferenciais de taxas de juro face aos treasuries a 10 anos, em pontos base Fonte: Reserva Federal dos EUA; Reuters EcoWin para dados da Moodys 27 O prémio de risco para as melhores empresas (AAA) iniciou o ano em queda, tendo progressivamente recuado de uma média semanal de cerca de 230 pontos base (em termos diários praticamente tocou os 3pp a 16 de Dezembro de 2008) para um mínimo de mais de 3 anos de 50 pontos base, na última semana do ano. No entanto, tal como entre países, também empresas e sectores sentiram os efeitos de uma maior diferenciação, sendo que se algumas das melhores empresas conseguiram financiar-se abaixo da taxa da dívida pública, as empresas com maior risco (CCC, no exemplo), continuaram a pagar prémios de risco bem acima da média histórica. Globalmente, as condições financeiras melhoraram bastante ao longo do ano, com as autoridades monetárias a inundarem o mercado com ampla liquidez e com redução dos prémios de risco e níveis de volatilidade, mesmo nos segmentos de maior risco percepcionado. Mercado Nacional Mercado Primário No exercício de 2009, a emissão líquida de valores mobiliários em Portugal ascendeu a 55.512 milhões de euros, o que representa um crescimento de 19,9% face ao valor do exercício anterior e um novo máximo histórico para o mercado português, pelo segundo ano consecutivo. Este incremento reflecte essencialmente o aumento dos montantes emitidos pelas Instituições Financeiras Monetárias (IFM) e pelas Administrações Públicas (AP), com os primeiros a privilegiarem a emissão de títulos de dívida de curto prazo e, os segundos, a praticamente triplicarem os montantes emitidos de títulos de dívida de médio e longo prazo. Emissão de títulos (106 euro) 60000 Acções 50000 48 498 Títulos de Dívida 40000 35 358 30000 26 202 20000 10000 4 955 11 789 9 970 6 332 5 768 7 331 4 987 3 334 3 314 10 939 7 015 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: Banco de Portugal; Boletim Estatístico de Fevereiro de 2010 Por tipo de títulos, a emissão líquida de acções ascendeu a 7.015 milhões de euros, o que representa uma quebra de 36% face ao valor emitido no ano anterior, reflectindo as descidas de 10% e 40% das emissões efectuadas por entidades cotadas e não cotadas, respectivamente. A menor emissão líquida de acções estará associada a dois vectores, designadamente à correcção do enorme esforço de recapitalização dispendido em 2008 e à progressiva normalização e reabertura do segmento de dívida. Neste contexto, a emissão de títulos de dívida aumentou 37%, com o incremento a centrar-se nos títulos de dívida de médio e longo prazo, cuja emissão praticamente duplicou em 2009, num contexto de quebra para metade das emissões de títulos de dívida de curto prazo. Por sectores institucionais do emitente, o aumento da emissão líquida de títulos reflecte essencialmente o maior recurso ao mercado de capitais pela generalidade dos sectores institucionais, onde a excepção é a quebra de 55,3% das emissões de valores imobiliários pelo Sector Não Financeiro (SNF). As IFM, as Instituições Financeiras Não Monetárias (IFNM) e as Administrações Públicas aumentaram o recurso à emissão de títulos em 41,6%, 40,7% e 61,4%, respectivamente. 28 Mercado Secundário Volume de Transacções a Contado O volume de transacções de valores mobiliários, em mercados regulamentados e não regulamentados, ascendeu a 105.450,4 milhões de euros em 2009, o que representa um decréscimo de 14,9% face ao volume transaccionado no ano anterior. Esta descida do volume transaccionado, para mínimos de mais de uma década, resulta na quase totalidade da redução das transacções de acções nos mercados regulamentos. Excluindo este efeito, o volume de transacções teria aumentado 6,8%, por virtude sobretudo da recuperação de 10,4% no volume de transacções de obrigações e de bilhetes do Tesouro, no Mercado Especial da Dívida Pública (MEDIP). Em termos globais, as transacções nos mercados regulamentados e não regulamentados caíram 14,2% e 52,6%, respectivamente. A descida das transacções nos mercados regulamentados decorre da referida quebra de 42,2% das transacções de acções, variação mitigada por um incremento de 10,4% nas operações do MEDIP, onde o volume de transacções de obrigações e de bilhetes do Tesouro recuperaram 9,8% e 13,0%, respectivamente. Volume de transacções nos mercados regulamentados (109 Euros) 180 160 159,6 147,2 140 126,8 120 98,7 100 80 40 54,8 52,3 60 72,5 66,0 31,4 20 31,7 0,8 0 2005 1,4 2006 Acções 0,8 2007 0,8 0,1 2008 2009 Obrigações e Bilhetes do Tesouro outros Fonte: Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM); Finibanco (cálculos) O volume de transacções dos restantes instrumentos financeiros, que compreendem outras obrigações, títulos e unidades de participação, direitos, warrants, certificados, convertíveis e operações das sessões especiais, caíram na sua maioria, correspondendo estas transacções a volumes pouco expressivos nos mercados regulamentados e representando no seu conjunto a pouco mais de 0,1% do total – as transacções de unidades de participação foram a excepção, ao duplicarem no ano, mas o seu volume é apenas residual (não chegando a uma milésima do total). Capitalização Bolsista da Euronext Lisbon No último dia de negociação de 2009, a capitalização bolsista da Euronext Lisbon ascendeu a 202,2 mil milhões de euros, o que representa uma recuperação de 31,7% face ao valor observado no final de 2008. Este aumento reflecte o incremento de 51,8% da capitalização bolsista em acções, componente que viu o seu peso relativo reforçado de 73,9% para um máximo histórico de 85,2%. Capitalização bolsista da Euronext Lisbon (109 Euros) 250 150 207,9 200,6 200 172,3 132,7 113,5 100 50 43,6 0,6 0 2005 Acções 35,5 0,5 2006 45,9 0,3 2007 Obrigações 39,8 29,7 0,2 2008 0,2 2009 Outros Fonte: CMVM; Finibanco (cálculos) 29 Por oposição, a capitalização bolsista do segmento obrigacionista dos mercados regulamentados manteve a tendência de queda dos últimos 2 anos, recuando 25,2% para 29,8 mil milhões de euros. Os restantes instrumentos financeiros caíram em termos de montante e de percentagem no total, representando uma categoria cada vez mais residual da capitalização bolsista (pouco mais de 0,05%). No que concerne à capitalização bolsista dos mercados não regulamentados, esta ascendeu a 2 mil milhões de euros, o que representa um acréscimo de 18,7% face ao observado no ano anterior. Esta evolução reflecte a evolução favorável das duas principais categorias de títulos, com as acções a mais do que duplicarem o seu valor e com as obrigações a subirem quase 30%. 2. Actividade do Grupo 2.1 Linhas Gerais de Acção No exercício de 2009, cumprindo o que se encontra descrito nos respectivos objectos sociais, o Finibanco-Holding e as suas Participadas desenvolveram iniciativas e concretizaram acções, as mais relevantes das quais se encontram descritas no presente Relatório: Na vertente de negócio de retalho, através do Finibanco, SA, do Finibanco Angola, SA e da Finicrédito-Instituição Financeira de Crédito, SA; Em escala substancialmente mais reduzida, na área de gestão de activos, com o Finibanco, SA e a Finivalor-Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, SA, prestando serviços de gestão de carteiras e gerindo fundos, quer mobiliários, quer imobiliários; A partir de 2007, com a constituição da Participada Finibanco Vida-Companhia de Seguros de Vida, SA, iniciou a sua actividade na exploração do ramo seguros, na especialidade de vida, complementando assim parte do negócio que vinha fazendo nesta área através da Finisegur-Sociedade Mediadora de Seguros, SA. No início de 2007 constituiu a Fini International Luxembourg, SA, com vista ao desenvolvimento e ao reforço da capacidade empreendedora, tendo por objecto um vasto leque de acções, desde a detenção de participações sociais, em empresas luxemburguesas, ou estrangeiras, até à gestão das participações sociais detidas na sua qualidade de holding. A profunda crise económica e financeira que se instalou no exercício de 2008, afectou o desenvolvimento esperado para esta Participada e, não se vislumbrando num espaço temporal razoável alteração das condições de mercado que permitissem a reactivação da sua actividade, foi decidido proceder à sua dissolução e liquidação, o que aconteceu em Junho de 2009. No quarto trimestre do exercício, o Finibanco, SA decidiu iniciar o processo de encerramento da sucursal Financeira Exterior da Madeira, por haver concluído que dela não eram tomadas as vantagens que se esperavam da sua implementação. No exercício em análise, as atenções do Finibanco-Holding centraram-se no processo de aumento do capital social, que se iniciou em Novembro de 2008 e que, por razões que têm a ver com o modo como evoluiu o mercado no terceiro trimestre daquele ano, só teve continuidade na sequência da deliberação tomada na Assembleia Geral de 4 de Maio do exercício a que nos reportamos. Tendo-se aí deliberado alterar o pacto social, introduzindo-lhe um novo artigo que autoriza o Conselho de Administração a proceder a aumentos de capital social, por uma ou mais vezes e por entradas em dinheiro, até ao montante máximo de duzentos milhões de euros e também a deliberar sobre a emissão de acções preferenciais, sem voto, e outras acções preferenciais, remíveis ou não, o Conselho de Administração, reunido em plenário, no mesmo dia, deliberou aumentar o capital social do Finibanco-Holding de 115 milhões para 175 milhões de euros, por entradas em dinheiro, através da emissão de 60 milhões de novas acções, ordinárias, escriturais e nominativas, reservada a accionistas, com o valor nominal de um euro e emitidas a 1,25 euros. 30 O aumento do capital social constituiu um sucesso, na medida em que a procura excedeu largamente a oferta e o seu registo foi efectuado no dia 16 de Junho de 2009. Procedeu-se também ao aumento do capital social do Finibanco, SA de 120 milhões para 160 milhões de euros, mediante a emissão de 40 milhões de novas acções, do valor nominal de um euro cada, sem prémio de subscrição, aumento que foi totalmente subscrito pelo Accionista Único Finibanco-Holding, SGPS S.A. Concretizado este, deu-se continuidade às diligências oportunamente iniciadas no Finibanco Angola, SA, do qual a Holding detém uma participação accionista de 61%, para aumentar o seu capital social de 740 milhões de AKZ para 1.332 milhões de AKZ, facto que se concretizou em meados de Julho de 2009. No desenvolvimento da actividade da Holding aprovaram-se os documentos que a seguir se referem, com vista a dar cumprimento a requisitos expressos no Aviso n.º 5/2008, do Banco de Portugal, e a disciplinar a actividade das Empresas do Grupo: Regulamento de Prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo, que revê e completa toda a regulamentação interna existente, tendo por objectivo maximizar o grau de segurança e de eficácia dos procedimentos relativos à detecção, prevenção e comunicação de operações sob suspeita de delito por ele abrangidos. As competências sobre esta matéria, que eram consignadas à Comissão de Prevenção de Branqueamento de Capitais, agora extinta, que funcionava no âmbito do Finibanco, passaram para o domínio da Comissão de Compliance e Controlo Interno, criada no exercício findo no seio do Conselho de Administração do Finibanco-Holding; Regulamento de Segurança dos Sistemas de Informação, documento de âmbito corporativo, transversal a todas as Empresas do Grupo que sintetiza toda a regulamentação aprovada pelo Finibanco sobre política de utilizadores do sistema de informação, de acesso remoto aos dados, de uso da internet, de utilização do correio electrónico, das regras de formação das palavras-chave, da fruição de dispositivos portáteis e da limpeza de dados em equipamentos descontinuados; Regulamento da Provedoria do Cliente, que engloba um conjunto de normativos com vista a regular a actividade, os princípios e as normas de conduta que regem as relações da Instituição com os seus clientes, matéria de que se ocupa o Gabinete de Provedoria do Cliente, integrado no Departamento de Auditoria Interna Corporativa; Regulamento de Comunicação de Irregularidades alegadamente ocorridas no seio da Instituição, contendo, entre outros, a indicação de meios através dos quais as comunicações de práticas irregulares podem ser feitas internamente, referindo as pessoas com legitimidade para receber as comunicações e indicando o tratamento a dar às comunicações. Está ainda em preparação um documento sobre o Sistema de Controlo e Gestão dos Riscos não financeiros, cujos princípios foram pormenorizadamente analisados em sede de Comissão Executiva da Holding, documento que pretende compilar os princípios orientadores do funcionamento do sistema, articulando as áreas de organização de cada Participada, o Gabinete de Risco Operacional e o Departamento de Auditoria Interna Corporativa. Aprovado pelo Conselho de Administração do Finibanco-Holding foi também o Regulamento do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, elaborado para dar satisfação à recomendação expressa no ponto II.1.1.3 do Código de Governo das Sociedades, emitido pela CMVM, e a cujas regras o Finibanco se declara sujeito. Finalmente, foi estabelecido com a Mapfre Seguros Gerais, SA, nas áreas de seguros de vida, nãovida e assurfinance, um acordo contemplando a venda de 50% da Finibanco Vida-Companhia de Seguros de Vida, SA, a distribuição exclusiva, pelas redes do Finibanco, dos produtos do ramo vida do Finibanco Vida e dos ramos não-vida da Mapfre, pelo período de vinte anos, e a distribuição de assurfinance dos produtos do Finibanco aos Balcões e na rede de mediadores da Mapfre. 31 Foi ainda aprovado pelo Conselho de Administração do Finibanco, SA um programa de emissão de obrigações, ou valores mobiliários perpétuos subordinados, com juros condicionados, até ao valor de 100 milhões de euros, em dívida em qualquer momento, consubstanciado na emissão periódica de obrigações ou valores mobiliários subordinados com juros condicionados, com validade até 31 de Dezembro de 2010, delegando no Conselho de Administração do Finibanco, SA poderes para determinar as condições da emissão, designadamente montantes, prazo e taxas de juros. Não obstante a conjuntura adversa que se continua a registar, o Finibanco-Holding e as suas Participadas desenvolveram iniciativas e concretizaram as acções programadas visando prosseguir os objectivos adoptados, consolidar o crescimento pretendido e ganhar quota de mercado. Alicerçado no programa de desenvolvimento aprovado no ano anterior e acompanhado de perto pelo Comité de Direcção do Programa CRESCERE, que se empenhou arduamente na implementação e acompanhamento dos projectos aprovados, com vista à sua execução nos prazos estabelecidos, a actividade do Grupo prosseguiu no exercício as linhas de acção que havia traçado. Recorde-se que através deste Programa, com âmbito temporal de quatro anos, se pretendia clarificar o posicionamento estratégico do Grupo Finibanco, em ordem a uma melhor abordagem do mercado e à identificação de oportunidades de optimização a todos os níveis, mas com relevância especial no que respeita à utilização racional dos meios, à assunção de risco, à recuperação de crédito, à reorganização da estrutura e à dinâmica comercial. Na prossecução destes objectivos, desenvolveram-se diversas acções que a seguir resumidamente se referem. No que respeita à utilização racional de meios, tomaram-se, entre outras, diversas medidas visando a contenção generalizada de custos, explicitando as boas práticas para a sua gestão. No que concerne ao risco, procedeu-se à revisão técnica do modelo que suporta o sistema de notação de empresas, por um lado face aos requisitos regulamentares contidos no Aviso n.º 5/2008, do Banco de Portugal e por outro porque estes modelos de notação são estruturas dinâmicas, cuja aderência à realidade impõe o seu enquadramento em processos de revisão contínua e de actualização periódica. Ainda em matéria de risco, procedeu-se à revisão e ao melhoramento do documento sobre Gestão do Risco de Crédito, em cumprimento da recomendação formulada pelo Comité de Supervisão Bancária de Basileia. Quanto à recuperação de crédito, e tendo em vista a dinamização desta área, extinguiu-se o órgão estrutural que se ocupava dessa tarefa e também da área contenciosa, denominado Serviço de Recuperação e Contencioso, e distribuiu-se o seu conteúdo funcional por dois órgãos distintos, um, o Serviço de Recuperação, e o outro, a Direcção de Contencioso. Paralelamente, autonomizou-se a função de monitorização de toda a carteira de crédito, assegurando a gestão do processo de apuramento da imparidade, com a criação do Gabinete de Acompanhamento de Crédito e Imparidades, órgão que depende hierárquica e funcionalmente do Conselho de Administração. No que respeita à reorganização da estrutura, para além das alterações já referidas, que foram introduzidas no organograma do Banco, merecem também referência a extinção das Direcções Comerciais Regionais Norte Interior e Norte Litoral, que foram englobadas na criada Direcção Comercial Regional do Norte, e das Direcções Comerciais Regionais de Lisboa Oeste e de Lisboa Sul, que passaram a constituir a Direcção Comercial Regional de Lisboa, criada para o efeito. Paralelamente, procedeu-se à redistribuição dos Balcões pelas Direcções Comerciais Regionais, em função da reorganização operada, e extinguiram-se dois dos Centros de Empresas que haviam sido criados. Procedeu-se ainda ao desmembramento do Comité de Marketing e CrossSelling em dois Comités autónomos: o de Marketing e o de Cross-Selling. Visando a dinamização das respectivas áreas, criaram-se ainda duas novas Direcções: a Direcção de Meios de Pagamento e Canais Remotos, com o ajustamento funcional da área de marketing, e a Direcção de Factoring, para o desenvolvimento e gestão desta vertente de que o Finibanco não dispunha. 32 Ainda na vertente organizacional e no que respeita à área de riscos, planeamento e controlo, procedeu-se à actualização da estrutura orgânica e funcional da Direcção de Planeamento e Contabilidade e introduziram-se também alterações na estrutura orgânica e funcional da Direcção de Sistemas de Informação, na Direcção de Organização, na Direcção de Recursos Humanos e na Direcção de Logística. Por último, foi elaborado um trabalho com vista à operacionalização do Corporate Banking, em matéria de estrutura, de meios e de competências de gestão, para posterior tratamento e adequada inserção no documento que criou a sua estrutura. Regista-se ainda a implementação, em curso, do serviço de factoring, e o trabalho de dinamização da área comercial, a desenvolver com o apoio de entidade externa especializada, com vista ao aperfeiçoamento das capacidades e da performance das equipas da rede comercial, iniciativas de que, naturalmente, se esperam resultados palpáveis a médio prazo. No início do exercício de 2010 a estrutura comercial foi de novo objecto de reestruturação, no âmbito da qual se extinguiram as Direcções de Negócios e Particulares, a de Empresas e a de Corporate e se criaram duas Direcções Centrais, de âmbito nacional: uma, a Direcção Central de Negócios e Particulares da qual ficaram a depender as sete Direcções Comerciais Regionais existentes; outra, a Direcção Central de Empresas e Institucionais, que integrou as áreas das grandes empresas, e duas Direcções de Empresas, uma para cada grande região, e um Núcleo de Institucionais, órgãos também criados, na oportunidade. Regista-se, por último, o encontro de quadros realizado na Curia, a que se deu a designação de Jornadas Finibanco e que registou forte comparência, maioritariamente de elementos da área comercial, com vista ao reforço da motivação das equipas para os desafios que diariamente se nos deparam na abordagem do mercado. Satisfazendo algumas necessidades prospectadas e procurando a adaptação à evolução do mercado, criaram-se no período a que nos reportamos alguns produtos novos e actualizaram-se as características de outros, a saber: Produtos novos: Depósito Crescente 2 Anos, que substitui o DP Crescente 1 Ano, inserido na campanha designada por soluções poupança, é um depósito a prazo a vinte e quatro meses com possibilidade de mobilização antecipada; Depósito a Prazo FiniAniversário, a oferecer aos clientes do segmento médio/médio alto, na data do aniversário, com taxa de juro fixa pelo período de um ano, em função da idade; Depósito a Prazo 3.6.5. depósito a três anos, com total liquidez e taxa de juro atractiva; Cheques Não à Ordem, um produto criado na sequência da Carta Circular do Banco de Portugal, de 1 de Agosto de 2008; Finiconta Tesouraria / Finiconta Tesouraria Plus / Finiconta Tesouraria Empresas, produtos delineados numa perspectiva de captação de novos clientes e de aumento do cross-selling, em obediência ao desenvolvimento do Projecto Oferta, do Programa CRESCERE; DP Duplix, depósito a prazo a 15 meses, com vista a substituir o DP Crescente 2 Anos e a manter oferta competitiva a nível de captação de recursos a prazo; Finiconta Solução +, depósito à ordem, disponibilizando aos clientes um vasto conjunto de produtos e serviços, em condições vantajosas e a custo fixo mensal; DP Júnior, produto passivo direccionado ao segmento jovem até aos 18 anos, com vista à sua fidelização; DP Intercalar Reforma 2009, destinado à aplicação de fundos cujo destino final é o PPR. 33 Actualização de Produtos existentes: Finiconta Ordenado, que sofreu alteração de algumas características com vista ao reforço da sua competitividade; Conta FiniJúnior, reajustado ao nível de montante mínimo de abertura e de despesas de manutenção; Finiconta Poupança 181, produto poupança, caracterizado pela flexibilidade de movimentação, sem risco e com rentabilidade variável em função do saldo médio da conta, objecto de revisão do preçário e de outras características em função do perfil do aforrador e da movimentação da conta. A actividade comercial do Grupo continuou a desenvolver-se apoiada na rede de distribuição: Do Finibanco, constituída fundamentalmente pela rede tradicional de 173 Balcões dispersos pelo país, pela rede de Promotores de Negócios, cuja dinamização se vem impulsionando, pela Banca Telefónica e pelo Homebanking; Da Finicrédito, com 5 Delegações estrategicamente distribuídas; Do Finibanco Angola, com 4 Balcões em funcionamento: em Luanda (Balcão Sede), em Molemba (estrada do Cacuaco), em Viana (a escassos quilómetros a norte da capital) e na cidade de Huambo, no sul. A ampliação da rede, em Portugal, que vinha sendo desenvolvida nos últimos anos, sofreu naturalmente um abrandamento, em consequência da situação conjuntural adversa que se vive e também do impacto negativo que os novos Balcões causam na Conta de Resultados nos primeiros anos de actividade. Para além dos projectos de âmbito operacional do Programa CRESCERE, que foram referidos, outros há ainda a salientar, pelo interesse de que se podem revestir e pela finalidade com que foram criados, denominados Projecto Inovação e Proposta de Missão, Visão e Valores. O Projecto Inovação visa estimular as vertentes críticas e criadoras dos colaboradores do Grupo Finibanco no sentido da procura de soluções inovadoras, visando a introdução de melhorias, na qualidade do serviço prestado e da satisfação dos clientes, no aumento de proveitos e na redução de custos. Para o efeito, foi criado um espaço na Finiweb comunicando a todo o Grupo o arranque do Projecto, espaço posto à disposição dos colaboradores para a apresentação de sugestões, devidamente identificadas e estruturadas. Paralelamente, procedeu-se à nomeação de um júri para apreciar as sugestões apresentadas e premiar as melhores ideias. Os resultados da iniciativa são francamente animadores. A Proposta de Missão, Visão e Valores visa criar na Instituição um ambiente propício ao escrupuloso cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, fornecedores, colaboradores e accionistas, garantir que os negócios sejam realizados de forma clara e transparente, assegurar a reserva de confidencialidade em todas as transacções e contactos e promover em todos os ambientes e equipas de trabalho elevado sentido de missão e compromisso mútuo. Neste âmbito, desenvolveram-se diversas acções de formação em que estiveram envolvidos todos os colaboradores do Grupo, com notável grau de participação e empenhamento, acções nas quais foi crucial o papel dos “facilitadores” pela dedicação demonstrada e pelo esforço dispendido na transmissão da carta de valores, visão e missão que se pretendia. 2.2 Modelo de Negócio A origem do Grupo Finibanco remonta a 1989, data da fundação da Finindústria-Sociedade de Investimentos e Financiamento Industrial, SA. 34 Em 9 de Junho de 1993 aquela instituição financeira foi formalmente transformada em instituição de crédito, com a denominação social de Finibanco, SA. Inicialmente centrado em Banco Comercial, o Finibanco, então na qualidade de cabeça do seu grupo financeiro, alargou a sua acção a outras áreas, designadamente à banca de Investimento e à gestão de activos, a partir de 1996, altura em que criou sociedades especializadas nas diversas áreas de negócio bancário, apoiado em adequadas estruturas humanas e materiais. Em Junho de 2001, o Finibanco, SA transformou-se em sociedade gestora de participações sociais, com a denominação de Finibanco-Holding, SGPS S.A., e, simultaneamente, foi criado um novo Finibanco, SA, detido a 100% pela Holding, o qual recebeu do anterior o negócio bancário e a generalidade dos seus activos e passivos. O Finibanco-Holding, SGPS S.A. passou então a gerir as participações sociais que detém a 100% na quase generalidade das suas Participadas. O desenvolvimento do negócio do Grupo Finibanco apoia-se numa rede de Balcões e Delegações dispersos por todo o país, numa sucursal nas Ilhas Cayman, num Banco em Angola, agora com uma rede de quatro Balcões, e num conjunto de sociedades instrumentais que cobrem as mais diversas actividades, actuando no mercado dos negócios nas seguintes áreas de intermediação, através das suas principais Participadas: Finibanco, SA – Realiza todas as operações que por lei são permitidas aos Bancos, desenvolvendo a sua estratégia de banca universal e trabalhando os segmentos de Particulares e de Pequenas Empresas, procurando disponibilizar-lhes vantagens competitivas e assumidamente diferenciadoras. Já no exercício de 2010, na sequência do acordo firmado com a Mapfre Seguros Gerais, SA, vai passar a distribuir em regime de exclusividade, através das suas redes, os produtos do ramo não-vida daquela e a rede de Balcões e de mediadores da Mapfre vai distribuir assurfinance dos produtos Finibanco; Finibanco Angola, SA – Constituído em Setembro de 2007, iniciou a sua actividade em Junho de 2008 e tem também por objecto a realização, em Angola, de todas as operações localmente permitidas aos Bancos; Finicrédito-Instituição Financeira de Crédito, SA – Realiza todas as operações que são permitidas aos Bancos, com a excepção da recepção de depósitos, e está vocacionada para o financiamento da aquisição a crédito de bens ou serviços, tanto ao adquirente, directamente, como ao fornecedor; Finivalor-Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, SA – Tem por objecto a gestão de fundos de investimento mobiliários e imobiliários e ainda a gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta de outrem. Tem sob gestão diversos Fundos: o Finicapital, o Finirendimento, o Finiglobal, o PPA Finibanco, o Finibond Mercados Emergentes, o Finifundo Acções Internacionais, o Finipredial, o Finifundo Taxa Fixa Euro e ainda outros Fundos de Subscrição Particular; Finibanco Vida-Companhia de Seguros de Vida, SA – Constituída em Dezembro de 2006, iniciou a sua actividade em Abril do ano seguinte e tem por objecto social a disponibilização de seguros do Ramo Vida, quer na vertente de coberturas de risco (associadas ou não a operações de crédito), quer na vertente de poupança e capitalização, completando e diversificando assim a oferta do Grupo aos seus clientes, numa perspectiva global de satisfação das suas necessidades em matéria de soluções financeiras, de previdência pessoal e de protecção familiar. Esta Participada passou, no final do exercício, como acima se refere, a ser detida a 50% pelo Finibanco-Holding, na sequência do acordo firmado com a Mapfre Seguros Gerais, SA, nos termos do qual esta assumiu o controlo da sociedade, passando a Finibanco Vida a estar registada na qualidade de Associada; 35 Finisegur-Sociedade Mediadora de Seguros, SA – É, como a sua denominação indica, uma sociedade mediadora na área dos seguros, procurando no desenvolvimento da sua actividade proporcionar aos clientes as melhores e mais abrangentes garantias de risco, a custos ajustados, em colaboração com as mais qualificadas Companhias de Seguros a operar em Portugal; Finimóveis-Sociedade Imobiliária de Serviços Auxiliares, SA – O seu objecto consiste na transacção e gestão dos imóveis indispensáveis à instalação e ao funcionamento das Participadas do Grupo, bem como na gestão e compra para revenda de imóveis adquiridos em resultado do reembolso de crédito. Estratégia e Objectivos O Finibanco-Holding, SGPS S.A. tem por missão a prestação de um serviço de qualidade e a disponibilização de uma vasta gama de produtos e serviços financeiros, apoiando a sua actuação nas respectivas actividades das suas Participadas. No desenvolvimento da sua acção procura nas abordagens que faz ao mercado, nos segmentos Negócios de Particulares e Pequenas e Médias Empresas, formular propostas de valor diferenciadas, adequando-as às características de cada cliente, capazes de dar resposta às questões apresentadas e às suas necessidades próprias. Por outro lado, procede à análise frequente da evolução do mercado e, em função do conhecimento obtido da situação presente nos diferentes segmentos, desenvolve a sua oferta de produtos e serviços adequados às necessidades identificadas. No início do exercício de 2009 e em matéria de estratégia comercial, definiram-se linhas de actuação visando: A consolidação do Finibanco Angola, através da abertura de novos Balcões; O posicionamento do Finibanco como Banco de relação, moderno e inovador, através da dinamização dos segmentos mais dinâmicos; O desenvolvimento de alguns negócios característicos da Banca de Investimentos, certamente não concretizados na medida do desejável, por força dos efeitos da referida crise; O reforço da rede de Promotores de Negócios, que passou de 419 para 991 Promotores; A criação de novas funcionalidades do Net-Banking; A melhoria do produto bancário, designadamente através do controlo dos custos; A melhoria da competitividade na relação com o cliente e também da qualidade dos serviços, através: Da focalização da estrutura no cliente; Da aposta forte na formação dos efectivos; Da criação de produtos e serviços ajustados a uma maior segmentação; Da utilização de melhores tecnologias; Da melhor transparência nos preços estabelecidos; A promoção da desintermediação financeira, a que era atribuída a máxima prioridade; A assunção de uma postura mais conservadora na gestão de todos os riscos da actividade financeira; 36 O aperfeiçoamento dos modelos de governance e de controlo interno. 2.3 Banca Comercial Apoiada na rede de Balcões e nas redes complementares já referidas, a Banca Comercial está agora constituída por duas grandes Direcções Comerciais, com funções de coordenação, desenhadas para o tratamento de dois importantes segmentos de negócio: a área de Negócios e Particulares e a área de Empresas e Institucionais. O ramo dos Negócios e Particulares é composto pelas Direcções Comerciais Regionais, divididas por grandes regiões do país e é coordenada pela Direcção Central de Negócios e Particulares. O ramo de Empresas e Institucionais, comporta duas Direcções de Empresas, que abrangem as regiões norte e sul do país, e um Núcleo de Institucionais, órgãos encimados por uma Direcção Central de Empresas e Institucionais, que passou também a ocupar-se do tratamento do segmento empresarial com elevados níveis de facturação e de indicadores económico-financeiros. A par destas existem ainda duas Direcções de Private, orientadas para a prestação de serviços especializados de assessoria patrimonial e de apoio à gestão de carteiras de investimento de clientes particulares de elevados rendimentos. Todas elas, desenvolveram as suas acções em perfeita complementaridade e em obediência a regras definidas, no que respeita à captação de recursos, e do que se encontra estabelecido no Regulamento Geral de Crédito, em matéria de aplicações. Nesta área e ainda na sequência do programa interno – Programa CRESCERE – iniciado em 2008, para ser desenvolvido em quatro anos, visando a implementação de uma estratégia de crescimento, rentabilidade, eficiência e sustentabilidade e a transformação do Finibanco num Banco de relação, moderno e inovador, enfocado nos segmentos mais dinâmicos: Desenvolveram-se esforços no sentido de implementar uma nova lógica de abordagem nos segmentos de clientes; Seleccionaram-se serviços e produtos mais adaptados às necessidades de cada tipo de cliente; Promoveu-se o aumento do grau de proactividade da força comercial, com o objectivo de aumentar o volume de negócio e a margem de contribuição de cada colaborador; Fomentou-se o incremento do número de clientes totais e a sua fidelização ao Banco. Naturalmente, ainda nem todos os objectivos deste Programa foram plenamente concretizados, mas é com alguma satisfação que se constata que as nossas equipas comerciais vêm prestando um serviço personalizado, de aconselhamento de soluções, e tem sido uma realidade a contínua inovação dos produtos oferecidos, direccionados para segmentos específicos e para os clientes, à medida das suas necessidades, tendo sempre presente que a celeridade, a eficácia e a personalização postos no tratamento dispensado a quem se nos dirige, são atributos em que se aposta todos os dias e que se pretende nos caracterizem. Em obediência a estes princípios, a Banca Comercial, no seu conjunto, através das referidas redes tradicional, Homebanking, Banca Telefónica e ainda na rede de Promotores de Negócios, esta naturalmente em menor escala, angariou um total de recursos no montante de 2.888,6 milhões de euros e concedeu crédito (bruto) num total de 2.545,5 milhões de euros, apresentando estes valores crescimentos de 2,6%, no primeiro caso, e de 1,3%, no segundo, performance que se nos afigura muito reduzida, por força da conjuntura económica que se instalou no mercado e que continua ainda. Reflectindo o esforço desenvolvido no alargamento da rede tradicional, a Banca Comercial do Grupo Finibanco angariou 29.511 novos clientes, o que representa uma média de 167 por Balcão, e constitui praticamente o mesmo número de clientes angariados também por Balcão no exercício anterior. Por seu lado, a estrutura de Delegações da Finicrédito, criada para o mesmo efeito, acrescida da actividade desenvolvida pela rede tradicional do Finibanco, que também comercializa produtos da Finicrédito, somou 8.903 novos contratos firmados com os clientes. 37 O crédito concedido (líquido de imparidade) distribuiu-se pelos seguintes sectores mais Distribuição da carteira de crédito pelos sectores mais representativos Particulares Construção, Obras Públicas e Actividades Imobiliárias Comércio, Restaurantes e Hotéis Serviços Produtos Metálicos, Máq. e Materiais de Transp. Actividades de SGPS, Intermediação Financeira e Seguros Têxteis, Vestuário e Calçado ENIS Alimentação, Bebidas e Tabaco Madeira, Cortiça e Papel 31-12-2009 31-12-2008 35,6% 22,3% 15,6% 5,8% 3,0% 2,4% 1,8% 1,6% 1,5% 1,5% 36,9% 16,1% 15,5% 5,1% 3,1% 3,6% 1,8% 1,4% 1,2% 1,8% De assinalar o aumento mais expressivo do peso relativo do crédito à Construção, Obras Públicas e Actividades Imobiliárias, o aumento menos acentuado dos Sectores de Alimentação, Bebidas e Tabaco, de Serviços e ENIS e a diminuição do Crédito a Particulares, a actividades de SGPS, Intermediária Financeira e Seguros e Madeira, Cortiça e Papel. A evolução dos restantes sectores não merece referência especial. 2.3.1 Banca de Empresas A Banca de Empresas trabalha o universo de empresas e de empresários em nome individual, com um volume de negócios superior a 2,5 milhões de euros anuais e exposição potencial igual ou superior a 250 mil euros. Apoiada na rede de distribuição do Finibanco e em grandes centros, a Banca de Empresas, no respeito pelas normas estabelecidas, designadamente em matéria de risco e de uso de poderes de decisão, procede à análise das solicitações de crédito que lhe são formuladas, gere o risco, faz o acompanhamento do crédito concedido e vela pela sua normal evolução. A Banca de Empresas concedeu e geriu 35,9% do total da carteira de crédito e captou 11,1% dos recursos. 2.3.2 Banca de Negócios e Particulares Trabalhando em complementaridade com a Banca de Empresas e igualmente apoiada nas redes de distribuição do Finibanco, a Banca de Negócios e Particulares desenvolve a sua actividade junto de clientes particulares, institucionais, pequenas e médias empresas e empresários em nome individual com volume de negócios anual inferior a 2,5 milhões de euros e exposição potencial inferior a duzentos e cinquenta mil euros. Procede ainda à análise das solicitações de crédito e de outras operações que lhe são apresentadas, designadamente em termos de risco, no total respeito pelas normas dos Regulamentos instituídos, e faz o acompanhamento do crédito concedido. Cabe aqui referir que no exercício de 2009, a Banca de Negócios e Particulares angariou 29.079 novos clientes. A Banca de Negócios e Particulares concedeu e geriu 64,1% do total da carteira de crédito concedido e angariou 88,9% dos recursos. 2.3.3 Private Banking No que respeita ao Private Banking não se esperavam facilidades para 2009, tendo em conta o modo como a conjuntura económica evoluíra. 38 Contudo, o ano acabou por terminar da melhor forma apesar do enquadramento particularmente desfavorável e até deprimido e da continuação duma crise económica sem precedentes nas últimas décadas, que tudo indica se manterá em 2010, e que afectou sobremaneira o tecido empresarial. Não obstante, o Mercado de Capitais revelou-se extremamente dinâmico e originou uma recuperação notável, graças à janela de oportunidade que se abriu no segundo semestre do exercício, permitindo que os investimentos de risco retomassem o seu percurso com crescimentos percentuais claramente acima do expectável. Atentos ao desenrolar dos acontecimentos, soubemos aliar o momento favorável dos mercados, no segundo semestre, ao cuidado acompanhamento das carteiras, privilegiando um elevado nível de qualidade na prestação do serviço, o que originou uma recuperação assinalável nas rentabilidades dos produtos afectos à gestão de patrimónios e de carteiras dos clientes. Tudo isto foi possível apesar de termos mantido uma atitude suficientemente cautelosa e criteriosa, que nos permitiu continuar com uma percentagem adequadamente baixa, em termos médios, de recursos afectos ao risco. Os nossos Private Bankers, no desenvolvimento da sua actividade, focalizaram a sua atenção nas necessidades específicas de cada cliente, monitorizando eficazmente cada carteira e acompanhando de perto a evolução de todos os negócios. Foi assim possível, mais uma vez, obter um crescimento sustentado da actividade do Private Banking, quer em volume de negócios quer em clientes. Fiéis à nossa estratégia de sempre, que assenta numa premissa absolutamente fundamental que consiste na manutenção dum serviço de excelência prestado por profissionais competentes, dedicados, eficientes e disponíveis, vamos continuar a privilegiar a defesa dos interesses dos nossos clientes. Assim, em 2010 prosseguiremos a prática de preservação do património e da criação de valor, com o objectivo de obtenção de um grau de satisfação elevado e de prestação de serviços altamente qualificados. 2.4 Banca de Investimentos 2.4.1 Gestão de Activos e Desintermediação O ano de 2009 foi marcado por um quadro recessivo a nível mundial sem precedentes na história recente, em que as economias avançadas, com sistemas financeiros mais complexos e com maior peso na actividade económica, foram as que mais sofreram em termos de quebra de produção. Os países emergentes ou em desenvolvimento passaram igualmente por momentos difíceis, mas não tanto quanto em similares posições cíclicas da história contemporânea, mantendo em alguns casos significativas taxas de crescimento económico. Globalmente, 2009 foi o primeiro ano que registou uma redução da actividade económica a nível mundial, desde que existem dados comparáveis, pelo que vai ficar na história como o ano da “Grande Recessão”, termo utilizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em alusão à “Grande Depressão” do final da terceira década do século passado. A fase de maior incerteza foi atingida no primeiro trimestre do ano, período em que o ritmo de deterioração das condições económicas, em especial ao nível da produção industrial e das trocas comerciais, superou o observado em equivalente fase cíclica da Grande Depressão. Posteriormente o sentimento começou a mudar, em grande medida como consequência dos generosos estímulos fiscais e monetários à actividade económica: primeiro com o acentuado abrandamento do ritmo de deterioração das condições económicas e alívio da crise de liquidez; depois, à medida que o final do ano se aproximava, com o início de um novo ciclo económico na generalidade dos países de referência. 39 A actividade de gestão de activos, foi também, como não poderia deixar de ser, o reflexo desta realidade económico-financeira e por isso se assistiu igualmente a dois períodos distintos no exercício em análise. Nos primeiros meses do ano, os resgates continuaram a imperar fortemente, na senda da forte retracção do ano de 2008, e a partir do início do segundo trimestre, à medida que o sentimento económico mundial ia melhorando, começou-se a contabilizar um número crescente de subscrições nos seus fundos. Nos fundos imobiliários o crescimento do valor global sob gestão foi de 22,76%. Aqui temos que separar os fundos fechados, que apresentam um crescimento de 11,71%, do único fundo aberto, o Finipredial que viu o seu valor global subir 25,89%, passando de 224,6 milhões de euros em 2008 para 282,8 milhões em 2009. Acrescente-se a isto o facto de no exercício se ter criado um novo fundo fechado, o Polaris, e teremos a razão suficiente para que os fundos fechados apresentassem um crescimento relevante, o que não é natural face à natureza dos próprios fundos. Nos fundos mobiliários, o crescimento relativo foi naturalmente bem maior, uma vez que as grandes perdas registadas em 2008 e no início de 2009 se verificaram nos fundos mobiliários. Assim, o valor global sob gestão averbou uma subida de 50,02%, tendo passado de 82,2 para 123,3 milhões de euros. Nos fundos de obrigações, registaram-se dois cenários distintos. Por um lado, o Finirendimento, um fundo de obrigações de taxa variável, cresceu 74,74%, de 27,6 para 48,3 milhões de euros, enquanto por outro lado, o Finifundo Taxa Fixa Euro, como o próprio nome indica um fundo de obrigações de taxa fixa, viu o seu valor global cair 30,00%, fixando-se 7 milhões de euros. Nos fundos puros de acções, registou-se um crescimento de 34,33% num fundo ibérico, o Finicapital, uma subida de 41,58% no Finifundo Acções Internacionais e o triplicar do volume sob gestão no PPA Finibanco, um plano poupança acções que estava quase extinto e que a Finivalor decidiu restaurar. O agrupamento de fundos Finifundos, constituído por três fundos de fundos com perfis distintos, conservador, moderado e agressivo, cresceu 199,11%, dando razão à aposta feita em 2008, quando se decidiu pelo alargamento do seu leque de produtos e serviços a oferecer aos clientes, com a apresentação deste agrupamento de fundos. Na gestão de patrimónios a subida foi também muito positiva, passando de 46,7 para 71,7 milhões de euros, o que significa um incremento de 53,64%. 2.4.2 Mercado de Capitais Das actividades desenvolvidas durante o exercício destaca-se a montagem da operação de aumento de capital social do Finibanco-Holding de 115 milhões para 175 milhões de euros, pela emissão de 60 milhões de acções ordinárias, escriturais e nominativas, de valor nominal unitário de 1 euro, ao preço de 1,25 euros. Esta Oferta Pública de Subscrição de acções reservada a accionistas, seguida de admissão à negociação na Euronext Lisbon, foi realizada no mês de Junho. Para reforço do rácio TIER I, o Finibanco decidiu emitir Valores Mobiliários Perpétuos Subordinados com Juros Condicionados, tendo obtido a respectiva autorização do Banco de Portugal no final do ano. Esta emissão enquadra-se no Programa de Emissão de Títulos Representativos de Dívida do Finibanco até ao montante de 100 milhões de euros, datado de Dezembro. Durante o ano, o Finibanco também participou em diversos Programas de Papel Comercial e Private Placements. 40 Desempenho das Acções Finibanco-Holding Após um ano de 2008 marcado por aquela que foi considerada a mais grave crise do sistema financeiro do pós-segunda grande guerra, em 2009 assistimos a uma mudança de enfoque, com a recessão económica a tomar o palco central da actualidade económica. Os efeitos adversos do menor dinamismo económico fizeram-se sentir na redução da capacidade de cumprimento dos compromissos financeiros de empresas e particulares, conduzindo ao agravamento dos problemas de imparidade nos balanços das outras instituições financeiras monetárias e deslocando a instabilidade da carteira de investimento para o crédito, via deterioração dos rácios. Deste modo, o sector da Banca permaneceu envolto em riscos e incerteza. No entanto, 2009 foi também um ano marcado pela recuperação dos índices accionistas, na medida em que se foi desanuviando o cenário prospectivo. Esta tendência de recuperação estendeu-se às cotações das acções das empresas financeiras, com os investidores a privilegiarem a diversificação das carteiras de acordo com a composição dos índices de referência, que incluem os títulos com maior capitalização bolsista e liquidez do mercado, o que acabou por penalizar e conduzir à underperformance de títulos de menor liquidez, como é o caso do Finibanco Holding (FINB.LS; FNB.PL). Em circunstâncias de mercado adversas, assistiu-se a uma quebra de quase 50% do volume transaccionado das acções do Finibanco-Holding (FINB.LS; FNB.PL), o que contribuiu para os elevados níveis de volatilidade do título e para o comportamento menos favorável na segunda metade do ano, após o aumento de capital do FinibancoHolding, de 115 milhões para 175 milhões de acções, com um valor nominal de 1 euro. Análise comparativa da cotação do Finibanco com índices de referência 150 PSI Financeiras PSI20 Finibanco 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Nota: 31/Dezembro/2008=100 Fonte: Reuters EcoWin No primeiro trimestre, a cotação das acções do Finibanco-Holding manteve a tendência descendente iniciada em 2008, em linha com índice de referência para o sector, PSI Financeiras, acompanhando parcialmente a recuperação deste a partir de meados de Abril. Não obstante, durante a segunda metade do ano as acções do Finibanco Holding registaram um menor desempenho relativo, contrastando com o verificado no ano anterior. Esta underperformance pode ser entendida, pelo menos parcialmente, pela referida preferência dos investidores em diversificar as carteiras de acordo com a composição dos índices de referência. A cotação mínima do ano de 1,43 euro foi atingida durante as sessões de bolsa dos dias 9 e 14 de Abril. Atentando aos valores de fecho de sessão, o mínimo de 1,46 euros foi atingido na sessão do dia 26 de Junho. A cotação máxima do ano foi de 2,14 euros, alcançada durante a sessão de bolsa do dia 20 de Maio, dia em que as acções do Finibanco-Holding iniciaram a negociação em bolsa sem direitos de subscrição das acções emitidas no âmbito do aumento de capital realizado em 2009. Refira-se que, as novas acções foram admitidas à cotação no dia 18 de Junho de 2009. O máximo de fecho do ano foi de 2,03 euros, alcançado nas sessões entre 7 e 11 de Maio. As acções do Finibanco-Holding terminaram a última sessão do ano com uma cotação de 1,53 euros por acção, o que colocou a capitalização bolsista em 267,75 milhões de euros. 41 Durante o ano foram transaccionadas 6,740,414 acções, correspondendo a uma média mensal de 561.701 títulos e a um montante diário de 27.179 acções negociadas. O volume anual transaccionado ascendeu a 11,17 milhões de euros. O mês de maior liquidez foi Junho, com 1.221.180 de acções transaccionadas, que se traduziu num volume de transacções de cerca de 2 milhões de euros. 2.5 Área Financeira e Internacional No primeiro semestre de 2009 observou-se uma rápida e acentuada diminuição das taxas de juro oficiais da área do euro. Após um corte de 175 pontos base no último trimestre de 2008, o BCE reduziu a taxa de juro das operações principais de refinanciamento em 150 p.b., para o mínimo histórico de 1%. No Reino Unido a taxa directora fixou-se em 0,5%. Neste contexto, as taxas de juro do mercado monetário interbancário prosseguiram o movimento descendente iniciado no mês de Dezembro de 2008, com a taxa Euribor a 6 meses a diminuir mais de 160 pontos base, entre Janeiro e Junho de 2009. Para tal foram determinantes as medidas adicionais levadas a cabo pelo Banco Central Europeu no sentido de normalizar a situação nos mercados monetários. Assim, além de disponibilizar fundos ilimitados à taxa de 1%, o BCE permitiu uma maior flexibilidade na gestão de instrumentos de cedência de liquidez, alargou o prazo das operações de refinanciamento até um ano e iniciou um programa de aquisição de “covered bonds”. Nos EUA, e ao contrário da zona euro, as taxas de juro assumiram uma trajectória ascendente ao longo de quase todo o primeiro trimestre, com a Libor USD a 6 meses a atingir 1,96% no dia 10 de Março, momento a partir do qual inverteram a tendência, passando a seguir um movimento consistente com uma progressiva normalização do funcionamento dos mercados por grosso. A Federal Funds rate permaneceu inalterada entre zero e 0,25 por cento. No segundo semestre de 2009, as taxas de juro seguiram um movimento descendente, tanto nos Estados Unidos como na área do Euro. A Euribor a 6 meses registou valores inferiores a 1%, o que representa uma queda de quase 2 pontos percentuais, face ao início do ano. Quanto à USD Libor, terminou o ano em torno dos 40 pontos base, o que configura uma descida de 130 p.b. desde Janeiro. Taxa interbancária do Euro e do USD (em %) LIBOR USD 6 meses (eixo esquerda) Euribor 6 meses (eixo direita) 2,25 3,20 1,75 2,60 1,25 2,00 0,75 1,40 0,25 0,80 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: Reuters EconWin No mercado cambial, assistiu-se, no início de 2009, a uma depreciação significativa do euro face ao dólar, tendo atingido, no dia 4 de Março, o valor de 1,2455. Para tal contribuiu a perspectiva de uma recessão mais profunda na área do Euro e o prolongamento da crise durante mais tempo do que o inicialmente previsto. Após uma depreciação significativa do euro face ao dólar nos dois primeiros meses do ano, a partir de Março deu-se uma inversão desta tendência, com o EUR/USD a alcançar o valor mais elevado do ano (1,5144) no dia 25 de Novembro, data em que voltou a seguir um movimento depreciativo, terminando 2009 em torno de 1,44. 42 1,52 1,46 1,40 1,34 EUR/USD 1,28 1,22 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: Reuters EconWin No que respeita ao preço do petróleo, após ter registado, no início do ano, 46 dólares por barril, o WTI Crude retomou uma trajectória ascendente, tendo-se fixado em valores próximos de 80 dólares no final de 2009, valores muito abaixo dos cerca de 146 dólares por barril atingidos em meados de 2008. Neste contexto depressivo, o ano de 2009 caracterizou-se pela promoção e manutenção de relações entre o Finibanco e outras Instituições financeiras nacionais e internacionais. A actividade do Gabinete de Relações Internacionais foi marcada pela renegociação de acordos importantes, dos quais se destacam os efectuados com a International Swaps and Derivatives Association (ISDA) e os acordos de Cash-Letter. No Grupo os recursos alheios apresentavam, em 31 de Dezembro de 2009, a seguinte estrutura: Depósitos Securitização de Crédito Recursos de Bancos Centrais Obrigações Mercado Monetário Interbancário 76,0% 8,3% 6,7% 6,2% 2,8% Como se verifica, os Depósitos e as Obrigações colocadas em clientes representam 82,2% do total, o que, em termos de liquidez, confirma uma situação muito favorável. As operações de titularização de créditos “Aqua Mortgage Nº 1”, concluída no final de 2008 e “Aqua Finance Nº 3”, concluída em meados de 2009, no montante global de 440 milhões euros, permitiram ao Grupo a monetarização de activos ilíquidos, passando a ter a possibilidade de recorrer ao financiamento do Eurosistema a preços mais reduzidos do que o das fontes alternativas. O Finibanco-Holding realizou uma operação de aumento de capital no valor de 60 milhões de euros – para 175 milhões – dos quais 40 milhões de euros foram alocados ao Finibanco, 4,4 milhões de euros ao Finibanco Angola e o restante para reforçar a liquidez da empresa-mãe. O Finibanco-Holding terminou 2009 com um Core TIER 1 de 8,4% e um rácio de solvabilidade de 11,9%, uma posição confortável face à recomendação do Banco de Portugal, que sugere um TIER 1 acima de 8%. Concluiu-se na segunda metade do exercício, a actualização do sistema informático utilizado pela Unidade de Sala de Mercados, para uma nova versão. Dando cumprimento à decisão do Conselho, no final do exercício procedeu-se ao encerramento da Sucursal Financeira Exterior da Madeira. 43 2.6 Gestão do Risco Sendo que a cada Participada cumpre fazer a gestão individualizada dos Riscos que lhe são inerentes, ao Finibanco-Holding compete assegurar a sua gestão integrada, de forma a garantir a completa adequação dos níveis de tolerância ao risco, pré-definidos ao nível do Grupo. Nestes termos, o Conselho de Administração do Finibanco-Holding produziu documentação a recomendar aos Conselhos de Administração das Empresas do Grupo a gestão criteriosa dos riscos que lhes incumbe gerir e o cumprimento integral dos limites prudenciais de exposição aos diferentes riscos, a nível individual e consolidado, estabelecidos pelo Banco de Portugal, bem como os limites definidos internamente. Os limites internos são definidos por empresa e são estabelecidos em termos nominais, bem como em alocação percentual de fundos próprios. Em documento intitulado “Gestão de Risco no Grupo”, divulgado a todas as Participadas, é feita referência à estrutura, objectivos, políticas e estratégias para a gestão dos riscos, bem como as unidades de medida e o reporte a utilizar. O conhecimento, em profundidade, dos níveis de exposição e a gestão integrada dos riscos assumidos tornam-se fundamentais para a prossecução dos objectivos estabelecidos, contribuindo para a criação de valor para os Accionistas. O modelo de gestão implementado baseia-se na separação das funções de medição, de decisão e de controlo dos riscos, tendencialmente compatíveis com as recomendações do Comité de Basileia. O Conselho de Administração aprovou, no final do ano de 2008, uma estrutura e estratégia corporativa para as funções de compliance, controlo de riscos e auditoria interna, a qual assentou na identificação de princípios e linhas orientadoras, para dar a resposta às necessidades do Grupo face aos requisitos impostos pelo Aviso n.º 5/2008, de 25 de Junho, do Banco de Portugal. Os princípios orientadores que serviram de base à estratégia corporativa aprovada foram os seguintes: Vantagens ao nível do desenvolvimento de uma cultura de controlo interno e partilha de responsabilidades na sistematização do modelo; Apoio de diversas correntes conceptuais do mercado, que apontam os três domínios – Controlo de Riscos, Compliance (e Controlo Interno) e Auditoria Interna – como tendo ligações operacionais e estratégicas suficientemente fortes para aumentar os níveis de eficiência através de uma gestão integrada; Questões de proporcionalidade e dimensionamento de aplicação do modelo – estender a visão global de controlo interno e gestão de riscos pelas várias entidades, processos e direcções através de funções corporativas; Esta estrutura corporativa permitirá que as entidades pertencentes ao mesmo grupo financeiro estabeleçam serviços comuns para o desenvolvimento das tarefas associadas às funções requeridas, numa óptica de prestação interna de serviços, o que permite munir o órgão de administração e a alta direcção de informação relevante em termos regulamentares e de gestão. Risco de Crédito O risco de crédito encontra-se associado à possibilidade de incumprimento efectivo da contraparte, que se consubstancia no não pagamento integral ou parcial e, pontualmente, quer do capital em dívida, quer dos juros correspondentes aos empréstimos efectuados. Representa a componente de risco com maior relevo na actividade do nosso Grupo. Os objectivos, políticas e estratégias da gestão do risco de crédito encontram-se consubstanciados em documento próprio emanado do Conselho de Administração e configuram as linhas mestras de actuação nesta área. Nele se referem, nomeadamente, segmentos, sectores, produtos ou tipologia das operações a privilegiar, sempre assentes nos princípios da diversificação, segurança, rendibilidade, liquidez, avaliação do risco de crédito e colegialidade na decisão de crédito. 44 A gestão do risco de crédito no Finibanco tem como base o Regulamento Geral de Crédito, onde estão estabelecidos os princípios, as regras e a organização do processo de concessão de crédito, assentes na independência nas diversas fases do processo creditício: análise, aprovação, acompanhamento das operações e monitorização da carteira. A análise do risco de crédito tem por base a avaliação do cliente, o rating, o produto, as garantias/colaterais, a maturidade da operação e a consonância com as estratégias de negócio definidas. São estabelecidos limites de exposição por contraparte. Pretende-se constituir uma carteira sã, que tenha subjacente decisão fundamentada em apreciação que pondere, de forma equilibrada, os factores subjectivos e objectivos. Para a classificação e avaliação do risco dos clientes-empresa, o Finibanco dispõe de um sistema interno de classificação de risco que incorpora as componentes qualitativa e quantitativa, com avaliação da posição do sector em que a empresa se insere. O Finibanco desenvolveu um novo modelo de notação de risco empresas que introduz, além das componentes quantitativa e qualitativa, a componente comportamental, já submetida a avaliação e aprovada por entidade independente. Para o crédito pessoal, crédito à habitação e cartões de crédito, a avaliação do perfil de risco dos clientes é efectuada através do sistema de Credit Scoring, com módulos específicos para cada tipo de crédito. Como ferramenta de apoio à decisão, o sistema de Credit Scoring é uma técnica que procura medir o risco de incumprimento de um crédito, através de uma notação a atribuir a um determinado perfil de comportamento, construído com base num conjunto de informações tidas como relevantes para se aferir da solvabilidade associada ao mesmo. No Finibanco, está implementado um sistema electrónico de gestão e concessão de crédito, sistema operacional que integra todo o processo de decisão de crédito nas suas várias actividades: propositura, apreciação e decisão, controlando os momentos da formalização e do processamento, com benefícios significativos na diminuição do risco operacional, na maior celeridade na decisão e no registo de informação. No documento “Regulamento Geral de Pricing”, estão definidos os princípios para a fixação das taxas a praticar, bem como a delegação de competências para a respectiva aprovação. Como base do processo de decisão, é utilizado um sistema de pricing e risco que, em função do risco de cada operação de crédito, calculado por metodologia interna e traduzido em nível de alocação de fundos próprios, indica o preço a praticar que garanta a rentabilidade-objectivo internamente definida para os capitais próprios. O acompanhamento das operações de crédito, está no âmbito do Gabinete de Acompanhamento de Crédito e Imparidades, que tem como principal objectivo garantir a qualidade da carteira actual de crédito através de uma monitorização sistemática do crédito vivo, vencido e vincendo. No âmbito do crédito vivo, o Gabinete de Acompanhamento de Crédito e Imparidades pretende identificar antecipadamente clientes com elevada probabilidade de incumprimento das suas responsabilidades e prevenir situações de degradação. Por outro lado, ao monitorizar o crédito vencido, o Gabinete de Acompanhamento de Crédito e Imparidades pretende tipificar, atempadamente, o nível de gravidade de incumprimento dos clientes, propondo, em conformidade, a sua transferência para os serviços de recuperação. No processo de monitorização, para além do acompanhamento individualizado por operação e por cliente, procede-se à análise regular da qualidade e da estrutura da carteira de crédito. Assim, exerce-se vigilância sobre a concentração de responsabilidades, nomeadamente sectorial, por área geográfica, por cliente, por tipo de produto, por notação de risco, por tipo de garantia associada e por maturidade, entre outras. Procede-se ainda à avaliação dos activos recebidos como garantias/colaterais das operações de crédito, de forma a garantir as coberturas desejadas. Paralelamente, analisa-se a evolução do crédito vencido e respectivas recuperações, o grau de cobrabilidade estimado e a adequação das provisões constituídas. 45 Está também implementado um modelo interno de avaliação da qualidade da carteira de crédito das diferentes unidades de negócio através do qual, partindo da análise das características das operações de crédito, se calcula o capital económico adequado ao nível de risco incorrido. Com utilização da metodologia RAROC, é apurada a rentabilidade de cada portfolio em função do respectivo risco. Estão disponíveis sistemas de alerta para situações atípicas, destinados à estrutura comercial, a quem também são disponibilizados, com actualização diária e possibilidade de consulta via intranet, diversos indicadores caracterizadores da carteira de crédito, nomeadamente posição diária, saldos médios mensais, taxas médias, crédito vencido e provisionamento. Dispõe-se, ainda, de informação diária, também via intranet, das situações de incumprimento. Nos casos de incumprimento, verificados os prazos limite de permanência nesta condição no âmbito das Direcções Comerciais, procede-se à transferência dos créditos para o Serviço de Recuperação e Contencioso, órgãos que empreendem todas as acções necessárias à recuperação do crédito. Exposição em Risco O quadro seguinte evidencia o montante máximo de exposição ao risco de crédito, por classe de activos. Os montantes apresentados são líquidos de provisões e imparidades. Mil € Exposição total a risco de crédito Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Outros activos Sub-total Passivos contingentes Compromissos irrevogáveis perante terceiros Sub-total Total 31-12-2009 31-12-2008 76.478 60.628 3.016 10.354 39.840 97.051 2.434.476 56.831 2.778.675 77.585 66.898 4.698 0 58.310 25.570 2.449.322 25.211 2.707.594 106.638 126.029 232.666 110.908 170.424 281.332 3.011.341 2.988.926 Concentração de Risco – Sectorial O quadro seguinte mostra uma análise sectorial da carteira de crédito a clientes. Os valores evidenciados correspondem à exposição máxima para o crédito por desembolso (portfolio líquido de provisões e imparidades), antes e depois do efeito mitigador dos colaterais associados. 46 Mil € Concentração risco de crédito por desembolso e assinatura Sector de actividade Passivos contigentes Compromissos irrevogáveis perante terceiros Sub-total Total (1) 31-12-2008 Exposição máxima Bruta Agricultura, Silvicultura e Pescas Alimentação, Bebidas e Tabaco Comércio, Restaurantes e Hotéis Construção, Obras Públicas e Actividades Imobiliárias Electricidade, Água e Gás ENIS Fabricação de Mobiliário e Outras Ind. Transf. Indústria Química e Actividades Conexas Indústrias Extractivas Actividades SGPS, Intermediação Financeira e Seguros Madeira, Cortiça e Papel Metalúrgicas de Base Outros Papel, Artes Gráficas e Editoriais Particulares Produtos Metálicos, Máq. e Materiais de Transp. Produtos Minerais não Metálicos Serviços Têxteis, Vestuário e Calçado Transportes e Actividades Conexas Sub-total (1) 31-12-2009 Exposição máxima Líquida Bruta Líquida 15.812 37.312 378.245 541.469 596 38.919 25.727 26.769 15.303 57.599 35.905 6.109 71.136 12.000 863.175 72.851 19.655 139.989 43.684 22.963 2.425.220 8.528 25.154 249.864 261.430 591 23.551 13.167 21.729 8.611 42.030 27.013 5.218 71.068 6.519 363.873 52.161 13.055 78.877 27.624 13.080 1.313.138 27.189 28.850 378.314 391.014 1.093 35.206 25.400 29.117 13.540 88.552 44.190 6.086 43.674 12.707 897.571 74.754 22.839 123.407 43.744 25.015 2.434.782 15.424 22.828 285.169 190.249 1.093 23.496 17.318 24.707 6.543 76.011 37.297 4.662 43.021 6.879 411.175 53.057 14.674 70.504 30.614 14.071 1.324.417 106.638 126.029 232.666 94.282 110.431 204.714 110.908 170.424 281.332 85.592 141.903 227.495 2.657.886 1.517.852 2.716.114 1.551.913 Excluída de proveitos a receber no total de 9,3 milhões de euros em 2009, e 14,5 milhões de euros em 2008. O tipo e o valor dos colaterais/garantias exigidos na aprovação das operações de crédito dependem da avaliação do risco da contraparte. Os principais tipos de colaterais são os seguintes: Hipotecas Penhores de instrumentos financeiros Penhores de bens físicos Nas diversas operações de crédito, o grupo também obtém garantias pessoais e avales, que no entanto não estão reflectidos no quadro anterior. A exposição a entidades não residentes representa menos de 1% da exposição total a risco de crédito. Concentração de Risco – Montantes Os gráficos seguintes permitem observar a concentração por montante de crédito concedido, por tipo de cliente. Crédito a Empresas - Por Montante e Cliente (Mil €) 17,1% 15,3% 13,2% 14,0% 9,5% 7,5% 4,1% 8,6% 5,9% 4,6% 0,3% <=5 ]5;25] ]25;50] ]50;100] ]100;250] ]250;500] ]500;1000] ]1000;2500] ]2500;5000] ]5000;10000] >10000 Nota: não inclui crédito titulado 47 Nos clientes empresa, existe um elevado grau de diversificação por escalão de montantes, nomeadamente nos quatro escalões situados entre 100 mil euros e 2,5 milhões de euros. Esta distribuição reflecte o peso das PME’s no portfolio de crédito a empresas. O escalão com maior relevância tem 17,1% do total da exposição, e diz respeito a clientes com montantes entre 1 milhão de euros e 2,5 milhões de euros. Crédito a Particulares e Enis - Por Montante e Cliente (Mil €) 31,6% 24,1% 14,8% 6,5% <=5 7,3% 6,0% ]5;25] ]25;50] 3,5% ]50;100] ]100;250] ]250;500] ]500;1000] 3,1% ]1000;2500] 1,3% 1,8% 0,0% ]2500;5000] ]5000;10000] >10000 Nota: não inclui crédito titulado Nos clientes particulares, 31,6% da exposição encontra-se em clientes com montantes entre 5 mil euros e 25 mil euros, reflectindo a relevância do crédito ao consumo. Em 31 de Dezembro de 2009, a maior exposição a risco de crédito a um só cliente/contraparte ascendia a 29,9 milhões de euros antes e depois de colaterais (27,3 milhões de euros antes de colaterais e 4,0 milhões de euros depois de colaterais, em 31 de Dezembro de 2008). O montante de crédito a clientes desagregado por notação interna de risco é o que a seguir se indica: Mil € Crédito a clientes bruto por notação de risco (1) 31-12-2009 31-12-2008 A B C D E Sem notação Sub-total Empresas 29.182 109.316 408.664 573.645 259.891 204.790 1.585.488 20.441 140.511 435.712 538.085 192.677 206.402 1.533.829 Particulares 959.996 979.719 2.545.484 66.490 2.513.548 31.384 Total (dos quais com indícios de imparidade individual) (1) Rubrica de crédito a clientes bruto, excluída de proveitos a receber no total de 9,3 milhões de euros em 2009, e 14,54 milhões de euros em 2008. O montante de créditos renegociados relativos à Participada Finibanco, SA, desagregado por tipo de cliente em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, é como a seguir se indica: Mil € Tipo de Cliente 31-12-2009 31-12-2008 Empresas 31.430 14.929 Particulares 11.483 4.906 42.913 19.835 Total 48 A desagregação do crédito vencido por antiguidade, em 31 de Dezembro de 2009, é como segue: Mil € Crédito Vencido por antiguidade < 3 meses 3-6m 6-9m 9 - 12 m 12 - 15 m 15 - 18 m 18 - 24 m 24 - 30 m 30 - 36 m 36 - 48 m 48 - 60 m > 60 m Juros vencidos a regularizar Total Particulares Consumo Particulares Imobiliário Particulares Outros 7.638 15.657 6.907 8.022 5.731 4.475 5.838 3.150 1.284 1.323 896 397 320 2.028 1.413 1.442 1.864 1.997 2.793 4.526 4.655 6.821 4.445 76 7 76 155 137 306 300 404 107 566 192 237 397 109 137 32 523 468 633 801 520 401 201 244 100 109 46 11 69 10.344 17.675 9.288 10.987 8.651 7.777 11.130 8.242 8.442 6.274 1.126 552 496 61.639 32.142 3.077 4.125 100.984 Empresas Total O valor dos colaterais associados ao crédito vencido ascende a 17,2 milhões de euros, assim distribuídos: Mil € Montante Tipo de colateral Hipotecas 12.900 Títulos 607 Depósitos de Clientes 167 Outros Penhores 3.563 Total 17.238 A desagregação do crédito vencido por antiguidade, em 31 de Dezembro de 2008, consta do quadro seguinte: Mil € Crédito Vencido por antiguidade < 3 meses 3-6m 6-9m 9 - 12 m 12 - 15 m 15 - 18 m 18 - 24 m 24 - 30 m 30 - 36 m 36 - 48 m 48 - 60 m > 60 m Juros vencidos a regularizar Total Particulares Consumo Particulares Imobiliário Particulares Outros 5.406 5.685 5.563 5.153 3.684 1.941 4.917 2.583 602 997 292 121 483 1.967 2.210 2.014 1.837 3.041 2.836 7.845 4.967 213 173 7 18 159 301 247 520 258 515 488 1.553 482 891 682 197 22 98 630 567 580 587 409 257 944 310 96 147 68 6 36 8.304 8.710 8.677 7.835 7.649 5.522 15.259 8.342 1.802 1.999 565 166 776 37.427 27.288 6.254 4.636 75.605 Empresas Total O valor dos colaterais associados ao crédito vencido ascendia a 18,3 milhões de euros. Imparidade Um activo financeiro ou grupo de activos financeiros encontra-se em imparidade se, e só se, existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) após a data de reconhecimento inicial, tiver um impacto mensurável na estimativa dos fluxos de caixa futuros desse activo ou grupo de activos. A evidência de imparidade de um activo ou grupo de activos definida pelo Grupo traduz-se na observação de eventos de perda, dos quais se destacam: 49 Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento do capital e/ou juros; Dificuldades financeiras significativas do devedor; Alteração significativa da situação patrimonial do devedor, sendo provável que o devedor entre em processo de reestruturação financeira, ou venha a ser considerado falido ou insolvente; ou Ocorrência de alterações adversas das condições e/ou capacidade de pagamento ou das condições económicas nacionais ou do sector económico relevante, com correlação ao incumprimento de determinado activo. O Grupo inicialmente procede a uma análise individual, para os clientes com responsabilidades totais consideradas significativas, para aferir se existe evidência objectiva de imparidade, cujos montantes se encontram apresentados nos quadros seguintes. A desagregação do crédito com indícios de imparidade individual, em 31 de Dezembro de 2009, é como a seguir se indica: Mil € Crédito com indícios de imparidade individual Empresas Particulares Consumo Particulares Imobiliário Particulares Outros Total Vencido < 3 meses Vencido 3 - 6 m Vencido 6 - 9 m Vencido 9 - 12 m Vencido 12 - 15 m Vencido 15 - 18 m Vencido 18 - 24 m Vencido 24 - 30 m Vencido 30 - 36 m Vencido 36 - 48 m Vencido 48 - 60 m Vencido > 60 m Juros vencidos a regularizar Vincendo 3.268 11.280 2.903 3.075 1.999 1.040 1.600 521 75 557 600 0 6 31.365 1 1 32 11 7 3 0 0 0 0 0 0 0 1.627 5 4 42 0 26 0 0 0 0 0 0 0 0 1.354 27 34 118 202 1 0 0 0 0 0 0 0 0 5.009 3.301 11.319 3.095 3.288 2.034 1.043 1.600 522 75 557 600 0 6 39.355 Total 58.291 1.682 1.431 5.390 66.794 A desagregação do crédito com indícios de imparidade individual, em 31 de Dezembro de 2008, é a seguinte: Mil € Crédito com indícios de imparidade individual Vencido < 3 meses Vencido 3 - 6 m Vencido 6 - 9 m Vencido 9 - 12 m Vencido 12 - 15 m Vencido 15 - 18 m Vencido 18 - 24 m Vencido 24 - 30 m Vencido 30 - 36 m Vencido 36 - 48 m Vencido 48 - 60 m Vencido > 60 m Juros vencidos a regularizar Vincendo Total Particulares Consumo Particulares Imobiliário Particulares Outros 1.109 1.231 1.443 1.291 372 0 1.077 1.281 0 466 0 0 39 16.575 0 20 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 511 0 17 28 0 0 0 0 0 0 317 0 0 0 2.103 12 0 0 0 0 0 158 0 0 0 0 0 0 3.481 1.121 1.268 1.475 1.291 372 0 1.235 1.281 0 783 0 0 39 22.670 24.883 536 2.464 3.651 31.534 Empresas Total 50 Caso seja determinado que não existe evidência objectiva de imparidade, estes créditos são incluídos na análise colectiva efectuada por segmentos com características e riscos similares, juntamente com os créditos considerados não significativos. Se existir evidência de perda por imparidade num activo ou grupo de activos, o montante da perda é determinado pela diferença entre o seu valor e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados (excluindo perdas de imparidade futuras ainda não incorridas), descontados à taxa de juro original do activo ou activos financeiros. Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contrato. De acordo com o modelo conceptual de imparidade estabelecido, quando um grupo de activos financeiros é avaliado em conjunto (avaliação colectiva), os fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os dados históricos relativos a perdas em activos com características de risco de crédito similares aos que integram o grupo. Sempre que o Grupo entenda necessário, os dados históricos são actualizados com base nos dados correntes observáveis, a fim de reflectirem os efeitos das condições actuais. Neste contexto, para efeitos da análise colectiva, o Banco procedeu à estratificação da sua carteira de crédito em segmentos homogéneos, implementando um modelo de análise de imparidade de crédito baseado na análise das frequências de incumprimento (PD-Probability of default), perdas históricas incorridas (LGD-Loss Given Default) e exposição total ao risco (EADExposure at default). Cálculo da Probabilidade de Incumprimento (PD) O cálculo da probabilidade de incumprimento, foi efectuado tendo por base o número de contratos em incumprimento numa determinada data (normalmente um trimestre), face ao número total de contratos do grupo homogéneo de créditos. Seguidamente, esta mesma relação é anualizada e extrapolada em função do índice macroeconómico seleccionado, obtendo-se desta forma o valor da PD. Cálculo da Perda em Caso de Incumprimento (LGD) O cálculo da perda económica máxima esperada assentou na análise do histórico de perdas/recuperações efectivas, o qual foi agregado e atribuído a cada segmento com base na sua média histórica e utilizado no cálculo das respectivas provisões económicas. Cálculo da exposição de risco (EAD) Para cada segmento foi determinada a exposição total enquadrável nas suas condições (EAD), compreendendo: A responsabilidade patrimonial (crédito por desembolso vincendo e vencido), excluindo os créditos que foram objecto de análise individual, para os quais foram apuradas perdas por imparidade; A responsabilidade extrapatrimonial (valor da responsabilidade extrapatrimonial ponderada pelo respectivo credit conversion factor (CCF), utilizando-se para o efeito os indicadores do Banco de Portugal). As perdas por imparidade atribuíveis a cada segmento foram calculadas como segue: Perdas por imparidade em clientes sem crédito vencido = PD * LGD * EAD Perdas por imparidade em clientes com crédito vencido = 100%*LGD*EAD Risco de Mercado O risco de mercado consiste na possibilidade de ocorrerem perdas nas posições patrimoniais e extrapatrimoniais, em função de movimentos adversos dos preços de mercado (taxas de juro, câmbios e cotações e índices). 51 No que respeita ao risco de cotações, diariamente são produzidos mapas com a constituição e a performance do portfolio. É também efectuado o cálculo do VaR – “Value at Risk” – segundo as directrizes do BIS, nomeadamente distribuição normal de variações dos preços, avaliação da perda potencial num horizonte temporal de duas semanas e 99% de grau de confiança, com o objectivo de aferir possíveis variações no valor de mercado da carteira de títulos, em função do comportamento passado. As metodologias VaR, baseando-se em dados históricos, não capturam alterações nos factores de risco, podendo portanto subestimar a probabilidade de ocorrência de movimentos bruscos e acentuados nos mercados. Assim, são também quantificadas as perdas que poderiam resultar em cenários de stress, usando como referência acontecimentos passados que originaram quebras significativas dos mercados. Mil € VaR Dezembro de 2008 a Dezembro de 2009 Final Média Máximo Mínimo 31-Dez-08 Risco de Cotações e Índices Risco Cambial 308,0 6,5 2.898,7 104,0 5.584,4 158,8 308,0 6,5 5.243,6 38,3 Total 314,5 3.002,7 5.708,1 314,5 5.281,9 A evolução verificada no risco de cotações explica-se pela redução dos montantes em carteira, resultado do desinvestimento efectuado. Relativamente ao risco de taxa de juro, são igualmente realizadas análises de sensibilidade que estimam o impacto na situação líquida e na margem financeira (a 12 meses), resultantes de uma alteração de 200 pontos base nas taxas de juro de mercado. A metodologia utilizada assenta na projecção dos fluxos futuros dos instrumentos financeiros com taxa de juro associada e no cálculo do respectivo valor actual. Da comparação entre o cenário base (manutenção das curvas de taxa de juro) e o cenário alternativo (deslocação paralela das curvas de taxa de juro) resulta o impacto estimado na Situação Líquida. Mil € Análise de sensibildade Impacto de uma variação positiva de 200 pontos base na curva de taxas juro 31 de Dezembro de 2009 Impacto na Situação Líquida Fundos Próprios Impacto na Situação Líquida em % dos Fundos Próprios Impacto na Margem Financeira, a doze meses Margem Financeira Impacto % na Margem Financeira anual ( 26.016) 296.120 ( 8,8%) 10.578 90.158 11,7% Nota - Análise em cenário de stress: pressupõe uma deslocação paralela da curva de taxas de juro e a inexistência de medidas correctivas. Corresponderá, assim, ao cenário de perda máxima em condições extremas. 31 de Dezembro de 2008 Impacto na Situação Líquida Fundos Próprios Impacto na Situação Líquida em % dos Fundos Próprios ( 26.839) 176.479 ( 15,2%) Impacto na Margem Financeira, a doze meses Margem Financeira Impacto % na Margem Financeira anual ( 8.681) 92.567 ( 9,4%) Nota - Análise em cenário de stress: pressupõe uma deslocação paralela da curva de taxas de juro e a inexistência de medidas correctivas. Corresponderá, assim, ao cenário de perda máxima em condições extremas. 52 Mil € <=6 Meses -10.979 Sensibilidade da Situação Líquida 6 - 12 Meses 1 a 5 Anos > 5 Anos 1.575 -10.674 -5.938 Total -26.016 Procede-se ainda à análise de gaps de taxas de juro dos activos e passivos (desfasamento entre os prazos de revisão de taxas de juro), que permite detectar concentrações de risco de taxa de juro nos diversos prazos. Mil € Risco Taxa de Juro - Gaps de Repricing/Vencimento (Activos-Passivos) Gap Gap Acumulado 6 meses -438.348 -438.348 31 de Dezembro de 2009 1 ano 2 anos -115.179 59.072 -553.526 -494.454 5 anos 218.230 -276.224 10 Anos 73.465 -202.759 >10 anos 9.437 -193.322 (Activos-Passivos) Gap Gap Acumulado 6 meses -524.936 -524.936 31 de Dezembro de 2008 1 ano 2 anos -74.324 -26.569 -599.260 -625.829 5 anos 149.900 -475.929 10 Anos 161.594 -314.335 >10 anos 10.312 -304.023 Risco de Liquidez O risco de liquidez consiste no risco de perdas resultantes da incapacidade de fazer face a compromissos assumidos, por indisponibilidade de fundos líquidos ou dificuldades na sua obtenção a preços de mercado nos mercados monetários. A responsabilidade da gestão do risco de liquidez assenta em três órgãos: o Conselho de Administração, a Comissão de Gestão de Activos e Passivos e a Direcção Financeira e Internacional. Em documento específico sobre gestão do risco de liquidez, encontram-se definidos os objectivos, políticas, estratégias, estrutura de gestão e planos de contingência, bem como os princípios orientadores e as recomendações emanados do Comité de Basileia. A gestão da liquidez de curto prazo incide na análise de todos os fluxos previstos para um determinado horizonte temporal e na avaliação dos meios disponíveis para fazer face a eventuais necessidades de liquidez e que passam fundamentalmente por: Valores à ordem junto do Banco Central e outras IC’s Disponibilidade de linhas de crédito Carteira de instrumentos financeiros de elevada liquidez, onde se incluem títulos elegíveis para colateralizar operações com o Banco Central Europeu É privilegiada a diversidade de fontes de financiamento e evitada a excessiva concentração numa contraparte. Às áreas comerciais são transmitidas com regularidade as orientações sobre quais os produtos a privilegiar, não apenas na busca do melhor combinação de produtos passivos como também nos produtos activos, de forma a potenciar futuras operações de titularização de créditos. O Grupo continua a deter como principal fonte de financiamento da actividade recursos de clientes, apresentando um muito bom rácio de 110,2% de transformação em crédito. Com o crescimento da actividade em Angola é expectável uma melhoria deste rácio, atendendo a que a estrutura do seu balanço é muito líquida (rácio de transformação de 78,9%). O Grupo dispõe de títulos elegíveis para colateralizar operações de cedência de liquidez no âmbito do Eurosistema, sendo que no ano de 2009 procedeu ao reforço dessa capacidade com a estruturação de uma operação de titularização de créditos ao consumo, através da Participada Finicrédito, no montante de 207 milhões de euros. No ano de 2009, esta facilidade de liquidez foi utilizada, em termos médios, em cerca de 59,6% do plafond. 53 Os Recursos de outras instituições de crédito diminuíram 43,1 milhões de euros relativamente ao ano anterior (-35,2%), em resultado do recurso ao financiamento junto do Eurosistema que, em 31 de Dezembro de 2009 ascendia a 190 milhões de euros (6% do activo total), com uma maturidade de contratação de 1 ano. Resulta importante referir que no contexto atribulado de liquidez, verificado a partir do final de 2008, o Grupo Finibanco não recorreu ao mecanismo de garantia pessoal do Estado. No que respeita a recursos alheios de médio e longo prazo, o Grupo tem vindo a recorrer à emissão de empréstimos obrigacionistas e às já referidas operações de titularização de créditos. Em 31 de Dezembro de 2009, o montante emitido de obrigações ascendia a cerca de 172 milhões de euros, com maturidades entre 2011 e 2018, pelo que não haverá necessidade de renovar estas emissões no próximo ano. A estrutura de financiamento do Grupo e a monitorização e gestão diária dos níveis de liquidez têm permitido ultrapassar, sem sobressaltos, as dificuldades sentidas no mercado. Em Junho, realizou-se, com sucesso, um aumento de capital de 115 milhões para 175 milhões de euros, com um encaixe de 75 milhões de euros. Na gestão de tesouraria são, também, considerados as seguintes rubricas: Mil € GAP de tesourarria Caixa e outras disponibilidades Débitos de curto prazo junto de Instituições de crédito GAP de tesouraria I Títulos elegíveis como colateral junto do Eurosistema Títulos elegíveis utilizados em 31 de Dezembro GAP de tesouraria II 31-12-2009 31-12-2008 191.840 (35.109) 156.731 191.598 (86.667) 104.931 218.358 (190.000) 118.468 (60.000) 185.089 163.399 Em 31 de Dezembro de 2009, o Gap de tesouraria era positivo em 185.089 mil euros, existindo ainda a possibilidade de transformar títulos em meios líquidos, junto do Banco Central Europeu, no valor de 218.358 mil euros, estando utilizados 190.000 mil euros. A distribuição dos activos e passivos por prazos de maturidade, em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, apresenta-se como segue: 54 Mil € 31-12-2009 Activo financeiro Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Total do Activo Passivo financeiro Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por titulos Passivos financeiros associados a activos transferidos Outros passivos subordinados À ordem De 3 meses a De 1 ano a 5 Superior a 5 Até 3 meses 1 ano anos anos 131.212 60.628 0 0 959 22.735 76.105 0 0 0 0 1.173 42.700 562.327 0 0 7.192 0 19.234 30.130 485.415 0 0 0 0 9.635 0 663.718 0 0 0 10.000 9.529 0 656.935 291.640 606.200 541.972 673.353 676.464 0 0 0 17.385 67.742 0 0 0 0 0 1.000 58.091 1.355.556 0 0 0 190.000 0 0 3.850 713.440 0 0 0 0 0 33.676 0 13.074 5.409 237.034 15.410 0 0 127.236 0 0 0 0 10.601 1.414.647 907.290 304.602 137.837 ( 808.447) ( 601.934) ( 365.318) ( 967.252) 368.751 ( 598.501) 538.627 ( 59.874) Total do Passivo 85.127 GAP GAP Acumulado 206.513 206.513 Mil € 31-12-2008 Activo financeiro Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes À ordem Até 3 meses De 3 meses a De 1 ano a 5 Superior a 5 1 ano anos anos 124.701 66.904 9.463 0 0 59 76.012 0 0 0 0 6.940 20.546 624.705 0 0 0 0 10.698 0 465.378 0 0 0 0 26.126 4.900 440.084 0 0 0 0 14.546 0 831.765 277.139 652.190 476.076 471.110 846.311 0 0 0 7.808 37.669 0 0 0 60.000 0 4.100 105.163 1.344.897 0 0 0 0 0 2.200 9.123 729.660 0 0 0 0 0 37.734 0 67.784 15.271 237.736 410 0 0 130.206 0 0 0 0 25.647 Total do Passivo 45.477 1.514.159 740.983 358.936 155.853 GAP GAP Acumulado 231.661 231.661 112.175 ( 783.040) 690.458 ( 92.582) Total Passivo Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros justo valor através de resultados Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por titulos Passivos financeiros associados a activos transferidos Outros passivos subordinados ( 861.969) ( 264.907) ( 630.307) ( 895.215) No caso dos Depósitos à Ordem e das Contas Correntes Caucionadas foram utilizados os prazos comportamentais para o vencimento. As rubricas constantes, dos referidos mapas, não incluem juros e correcções de valor. Risco Operacional O risco operacional consiste no risco de perdas resultantes de falhas internas ao nível de sistemas, procedimentos ou recursos humanos, ou da ocorrência de acontecimentos externos. 55 A implementação da plataforma de Gestão de Risco Operacional é composta pelas seguintes funcionalidades, disponível na intranet do Grupo Finibanco: Recolha e formalização dos pareceres dos processos, riscos e estruturas orgânicas identificados no “Relatório de Identificação de Riscos Operacionais”, o qual é submetido à apreciação dos Chefes de Risco; Divulgação dos processos em portal, após aprovados pelos respectivos Chefes de Risco, com detalhe dos procedimentos, tarefas, sistemas e riscos, sediados na cadeia de valor da Instituição; Registo de eventos pelas estruturas orgânicas da Instituição, de acordo com as hierarquias de apreciação e decisão implementadas; Realização de questionários de auto-avaliação (Self Assessment), sobre todos os processos da Instituição, por interpelação às estruturas orgânicas, sobre a frequência e o impacto dos eventos históricos em que são e/ou foram intervenientes; Realização de relatórios de gestão, de forma a acompanhar os registos de custos operacionais, por tipo de risco e por processo, assim como as respectivas acções de mitigação; Gestão dos indicadores chave de risco (KRI’s) utilizando o modelo de balance scorecard, parametrizando-o em função dos riscos sediados nos diferentes quadrantes; Identificação e monitorização dos controlos internos mitigantes dos riscos não financeiros mais relevantes (exposição ao risco) para as áreas funcionais de peso mais elevado. De forma a assegurar o arranque da referida plataforma está a ser dada prioridade à integração de todos os processos na cadeia de valor do Finibanco, da Finicrédito e da Finivalor. 2.7 Área de Operações e Sistemas de Informação As acções desenvolvidas no exercício de 2009, encontram-se discriminadas pelas seguintes áreas de actividade, abrangendo todo o Grupo: No âmbito da análise de processos, visando a eficiência operacional, procedeu-se à reengenharia do circuito de crédito, com especial enfoque na formalização e no processamento; desenvolveu-se idêntico trabalho no circuito de abertura de contas de particulares e de empresas; processou-se a reengenharia do circuito de operações passivas (Depósitos à Ordem e Depósitos a Prazo), abrangendo a originação, a decisão, a formalização e o processamento; implementou-se o processo de abertura de conta na hora; promoveu-se a descentralização, a sistematização e a automação da produção de minutas e de contratos, para suporte de produtos e de serviços; passou-se o serviço de gestão documental para o regime de prestação de serviços por entidade externa e uniformizou-se o sistema de expedição de correspondência, com vista a torná-lo mais operacional e mais económico; Na área do Homebanking criaram-se condições para possibilitar a prestação de um maior número de serviços aos clientes e promoveu-se o aperfeiçoamento das suas funcionalidades, designadamente em matéria de segurança; No que concerne a infra-estruturas, procedeu-se à migração e ao redimensionamento da arquitectura que suporta o sistema da Finicrédito e concluiu-se a primeira fase do projecto designado “rede corporativa inteligente” que visa, designadamente, a unificação das comunicações e a revisão das acessibilidades; Em matéria de segurança e de planos de contingência, com vista a garantir a continuidade de negócio em situações de desastre, reviu-se e actualizou-se o Disaster Recovery Plan. Deu-se ainda início a idêntico trabalho com vista à elaboração de plano do mesmo tipo para o Finibanco Angola; 56 Em cumprimento das directivas de Basileia II, procedeu-se à integração do motor de pricing de operações de crédito no processo de decisão e reformulou-se a engenharia de ferramentas de apoio à decisão, no que respeita a rating e gestão de balanços de empresas e a informação integrada de cliente; No que concerne a ferramentas comerciais, iniciou-se a instalação da nova aplicação de frontoffice na rede de Balcões; Por último, com vista a tornar mais acessíveis os circuitos de informação dos colaboradores e a aumentar a capacidade de resposta e de interacção da Direcção de Recursos Humanos com a estrutura do Grupo, deu-se início à instalação do Portal do Empregado, sistema que possibilitará entre outros, o cumprimento atempado e eficiente das diversas obrigações legais que sobre todos impendem e facilitará o trabalho de consulta sobre as mais diversas matérias de interesse na área do pessoal. 2.8 Recursos Humanos No quadro de mudança que o Grupo Finibanco atravessa, com diversos projectos em desenvolvimento visando a preparação da Instituição para enfrentar desafios cada vez mais exigentes e complexos, o enfoque feito nos recursos humanos acabou por ser uma consequência natural deste facto, na medida em que deles depende essencialmente a capacidade para levar por diante as transformações programadas. Neste contexto, a par da reorganização de serviços e de ajustamentos funcionais diversos, visando a melhoria do nível e da qualidade do serviço e também da capacidade de resposta, implementaram-se novas formas e métodos de trabalho, transversais à rede comercial e áreas de suporte. Inseridas no processo de revitalização das estruturas e de valorização e reconhecimento profissional dos colaboradores, promoveram-se iniciativas no âmbito do acompanhamento de carreiras, com vista a possibilitar a ascensão de colaboradores a funções com maior grau de exigência e responsabilidade e a confirmar nos respectivos cargos os que neles haviam sido investidos a título experimental. Procurou-se ainda dinamizar as iniciativas incentivadoras da mobilidade geográfica e funcional, também deste modo apostando no reconhecimento dos recursos internos e alinhando os seus horizontes de evolução profissional com as necessidades da organização. O quadro de pessoal das empresas do Grupo, com excepção do Finibanco Angola, que passou de 25 trabalhadores no final de 2008, para 52, manteve praticamente estável o número dos seus colaboradores, como pode verificar-se pelo quadro seguinte: Instituição Empregados em Dez-2008 Efectivos Contratados Total Empregados em Dez-2009 Efectivos Contratados Total Variação Finibanco Finivalor Finicrédito Finisegur Finibanco Vida Finibanco Angola 1.179 14 119 7 10 9 117 1 25 3 0 16 1.296 15 144 10 10 25 1.267 14 129 10 10 11 26 2 21 0 0 41 1.293 16 150 10 10 52 -3 1 6 0 0 27 Total Grupo 1.338 162 1.500 1.441 90 1.531 31 O que se verificou no Finibanco Angola justifica-se pela expansão da rede comercial e pelo reforço das áreas de suporte ao negócio e de infraestruturas, através da contratação de quadros técnicos e comerciais com adequado potencial de desenvolvimento. Continua a merecer preocupação acrescida o rejuvenescimento, o reforço técnico e a qualificação das equipas, reformulando-se e afinando-se os processos de recrutamento, de forma a atrair profissionais que evidenciem características e perfis adequados às exigências definidas, destacando-se neste âmbito o recrutamento de 42 novos elementos para o Finibanco, SA. 57 Porque a preparação, a capacitação e a valorização dos quadros constitui o factor diferenciador das organizações que procuram de forma incessante a melhoria da qualidade do serviço e o reforço da competitividade e da rentabilidade, continuaram a desenvolver-se esforços no sentido de intensificar a vertente formativa. Preparou-se um plano plurianual, que abarca as diversas áreas de actividade do Banco, agrupadas por grandes temas (comercial, financeira, riscos, gestão, normativa e regulamentar e também línguas), iniciativas que resultaram no lançamento da Academia Finibanco, projecto ambicioso no qual são depositadas fundadas expectativas para a adequada preparação dos quadros do Grupo. Neste âmbito, foram levadas a efeito acções de formação nas áreas técnicas (gestão de processo de crédito, recuperação de crédito) e comportamental (gestão do tempo e comunicação), a par de outras iniciativas circunscritas a necessidades pontuais, determinadas por exigências regulamentares e técnicas. Nesta vertente, deu-se continuidade à formação dos quadros comerciais no tema “Conhecimento da Nota do Euro”, inseridas em projecto que visa assegurar a integridade das notas de euro em circulação em Portugal, desenvolvido em parceria com o Banco Central. Mantiveram-se, igualmente, esquemas de apoio à valorização profissional, patrocinando-se algumas iniciativas no plano da formação pós-graduada, em temas de interesse para a Instituição. Lançaram-se ainda as bases para uma acção transversal a toda a rede, no sentido de preparar os elementos das áreas de negócio para uma actuação cada vez mais concertada e alinhada com os objectivos programados, num quadro de actuação rigoroso uniforme e criterioso, que permita melhorar os índices de rentabilidade da Instituição. No plano das iniciativas desenvolvidas para reforçar os laços de identidade e os valores corporativos, levou-se a efeito um vasto programa, que abarcou todas as empresas do Grupo, com excepção do Finibanco Angola, por razões de logística, que se designou por “Ser Finibanco”, onde se trabalharam conceitos de visão, missão e valores e onde se teve o gosto de constatar o contributo e a participação empenhada dos quadros da Instituição. A primeira fase de divulgação desta carta de valores coincidiu com a primeira sessão das “Jornadas Finibanco”, outdoor realizado no final de Setembro, nas termas da Cúria, com a participação de aproximadamente 200 colaboradores, dinamizada por cerca de 60 quadros. Estes quadros aderiram e colaboraram activamente no processo, através da preparação e divulgação daqueles conceitos por todo o Banco, nas semanas imediatas, de norte a sul. Realçase o elevado envolvimento neste processo de todos os colaboradores e a forma como o vivenciaram e interpretaram, partilhando experiências com os colegas, dos mais antigos aos mais recentes, numa clara manifestação de adesão ao projecto Finibanco. Outra iniciativa que caracteriza de forma exemplar o compromisso e o empenhamento nos destinos da Instituição, está patente no processo de aumento de capital, que registou significativa participação dos colaboradores, de todos os segmentos profissionais, dando mostras da forma atenta como se identificam com a Instituição, e como estão presentes quando são chamados a responder. Com o objectivo de na medida do possível, aproximar da Instituição os colaboradores e de dar satisfação às suas expectativas e anseios, aprovaram-se algumas medidas cujo impacto se estima venha a ocorrer mais significativamente no próximo ano, designadamente ao nível da comunicação. Neste âmbito procedeu-se ao lançamento do Portal do Colaborador, ferramenta que constitui um apoio aos Coordenadores na gestão das respectivas equipas e que possibilita um conjunto de funcionalidades, com destaque para o envio electrónico do recibo, a marcação de férias e a consulta de cadastro. No domínio dos serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST), para além de todos os aspectos correntes relacionados com as condições de trabalho, mereceu uma atenção específica e atenta o evoluir do surto pandémico designado por Gripe A (vírus H1N1), tendo sido disponibilizados planos de acompanhamento para o efeito. 58 Na vertente de responsabilidade social, continuaram a privilegiar-se iniciativas de apoio à inserção na vida activa, quer através de protocolos e parcerias com diversas entidades e estabelecimentos de ensino para a concessão de estágios (Instituto de Formação Bancária, INETESE, Fundação da Juventude e Universidades diversas), quer através da contratação directa de jovens quadros. 2.9 Análise Económica e Financeira 2.9.1 Balanço Consolidado O activo líquido consolidado do Grupo Finibanco situou-se em 3.155 milhões de euros, registando um crescimento de 2,4%, face ao exercício anterior. Este aumento resulta essencialmente do crescimento das rubricas Aplicações em instituições de crédito (+279,5%) e em Outros Activos (47,1%). A carteira de títulos de negociação e disponíveis para venda registou um decréscimo de 55 milhões de euros (-49,5%), passando a representar 1,8% do activo total (3,6% em 2008). Esta redução está relacionada com as vendas na carteira de acções realizadas em 2009, resultando em mais-valias efectivas em consequência da valorização registada nos mercados financeiros, em particular no mercado bolsista. Activos financeiros 1. Detidos para negociação ...Obrigações de emissores públicos …Outras obrigações …Acções …Unidades de participação ...Instrumentos de derivados com justo valor positivo 2. Disponíveis para venda ...Obrigações de emissores públicos …Outras obrigações …Acções …Unidades de participação Total 31-12-2009 31-12-2008 7.192 0 0 3.712 464 3.016 9.463 1.396 2.021 454 892 4.698 48.990 31.302 8.538 9.150 0 101.686 44.034 14.276 42.371 1.005 56.183 111.149 Mil € % Dez09/Dez08 (24,0) 717,0 (48,0) (35,8) (51,8) (28,9) (40,2) (78,4) (49,5) Os activos financeiros detidos para negociação eram de montante reduzido (7,2 milhões de euros), e destes, 3,7 milhões de euros referem-se a títulos de rendimento variável. As obrigações de emissores públicos representam 55,7% do total dos activos financeiros para venda, enquanto a carteira de títulos de acções registou um decréscimo de 78,4% (-33,2, milhões de euros) e passou a representar apenas 16,3% do total desta rubrica (38,1% em 2008). Os outros Activos financeiros ao justo valor situam-se em 51,6 milhões de euros, incorporando o investimento feito numa empresa no estrangeiro, no montante de 41,2 milhões de euros, referindo-se o restante a um instrumento de capital subscrito em 2009. Os Investimentos em filiais e empresas associadas registaram uma diminuição de 11,7 milhões de euros, em resultado da venda de parte da Participada Prio (incluindo as prestações suplementares) e da venda de 50% do Finibanco Vida, de que resultou a passagem desta para o método de equivalência patrimonial. Em 31 de Dezembro de 2009, esta rubrica incorpora na totalidade o valor da participação de 50% do Finibanco Vida. Os Activos tangíveis e Intangíveis registaram em termos líquidos um decréscimo de 7,6%, em resultado da abertura de apenas um Balcão em Portugal em 2009, em contraponto com os 85 Balcões abertos nos 3 anos anteriores. Em 2009, o investimento total do Grupo atingiu 5,4 milhões de euros, dos quais 1 milhão de euros é relativo ao Finibanco Angola. As componentes que tiveram maior investimento foram os equipamentos (2,4 milhões de euros) e as aplicações informáticas (1 milhão de euros). 59 Activos intangíveis e outros activos tangíveis 1. Outros activos tangíveis …Imóveis …Equipamento informático …Outros equipamentos …Em curso ...Outros activos tangíveis …Amortizações acumuladas 2. Intangíveis ….Sistemas de tratamento automático de dados ...Outros activos intangíveis …Amortizações acumuladas Total 31-12-2009 31-12-2008 Mil € % Dez09/Dez08 58.685 68.273 22.756 26.371 1.008 3.874 (63.598) 63.201 66.969 22.760 26.675 1.181 3.656 (58.040) (7,1) 1,9 (0,0) (1,1) (14,6) 6,0 9,6 3.700 17.672 544 (14.517) 4.313 16.066 1.849 (13.602) (14,2) 10,0 (70,6) 6,7 62.385 67.515 (7,6) Carteira de Crédito A carteira de crédito bruta registou um acréscimo de 31,9 milhões de euros, relativamente a 31 Dezembro de 2008, correspondendo-lhe um crescimento de 1,3%. O ligeiro crescimento do crédito está associado ao significativo abrandamento da actividade económica em Portugal e ao esforço que tem vindo a ser feito internamente visando uma gestão do crédito mais criteriosa face às adversas condições económicas. Crédito a clientes 1. Particulares …Habitação …Outros créditos 2. Empresas Total 31-12-2009 31-12-2008 Mil € % Dez09/Dez08 960.632 287.081 673.551 1.584.852 979.540 275.395 704.144 1.534.008 (1,9) 4,2 (4,3) 3,3 2.545.484 2.513.548 1,3 O crédito à habitação registou um crescimento de 4,2%, representando cerca de 11,3% da carteira, enquanto o crédito a particulares para outras finalidades apresentou um decréscimo de 4,3%. O crescimento do crédito a empresas foi de 3,3% situando-se acima do crescimento médio da carteira total de crédito. O rácio de crédito vencido há mais de 90 dias (deduzido de créditos totalmente provisionados) passou a representar 2,4% do crédito total (2,1% em Dezembro de 2008). O grau de cobertura por provisões foi reforçado, passando de 124,2% (Dezembro de 2008) para 148,9%, em consequência do reforço de imparidade ocorrido no exercício em análise, na qual se incluem 8,3 milhões de euros adicionais para fazer face às consequências de uma envolvente económica muito adversa que se prevê se faça ainda sentir no exercício de 2010. Recursos O total dos Recursos de clientes (incluindo a desintermediação) registou um acréscimo de 2,6% (+73,5 milhões de euros) face a Dezembro de 2008. Os Depósitos de clientes diminuíram 2,2%, em consequência da sua substituição por outras formas de financiamento com taxas mais atractivas, designadamente através do recurso ao Eurosistema. Os Recursos de clientes no balanço diminuíram 59,8 milhões de euros face ao ano anterior (-2,5%), em parte pela amortização de empréstimos obrigacionistas junto dos clientes (12,3 milhões de euros). Certamente em resultado da abertura de Balcões feita nos exercícios anteriores, foram angariados 29,5 mil novos clientes. 60 Recursos totais de clientes 31-12-2009 31-12-2008 Mil € % Dez09/Dez08 …Depósitos …Obrigações colocadas em clientes 2.149.812 160.992 2.197.273 173.306 Recursos de clientes no balanço (1) 2.310.804 2.370.579 (2,5) 577.807 444.489 30,0 2.888.611 2.815.068 2,6 Desintermediação (2) Total (2,2) (7,1) (1) Não considerando juros e outros ajustamentos. Em 2008 e para efeitos de comparativos os Seguros de capitalização e PPR geridos pelo Finibanco Vida não foram incluídos nesta rubrica (2) Inclui Seguros de capitalização, PPR, fundos de investimento, PPA e gestão de carteiras corrigidos de duplicações de registos (depósitos de fundos de investimento, UP's em carteira e outros). Em 2009 e para efeitos de comparativos os Seguros de capitalização e PPR geridos pelo Finibanco Vida foram incluídos nesta rubrica A Desintermediação teve um aumento, de 133,3 milhões de euros, como consequência da recuperação dos mercados e da confiança dos clientes nos activos geridos pelo Grupo Finibanco. Os Recursos de outras instituições de crédito diminuíram 43,1 milhões de euros relativamente ao ano anterior (-35,2%), em resultado do recurso ao financiamento junto do Eurosistema que, em 31 de Dezembro de 2009, ascendia a 190 milhões de euros (6% do activo total), enquanto em 2008 era de 60 milhões de euros. O aumento desta fonte de financiamento deveu-se à sua estabilidade (prazo de contratação de um ano) e ao facto de as taxas serem inferiores às das restantes fontes de financiamento. O Grupo continua a ter como principal fonte de financiamento os recursos de clientes, apresentando um muito bom rácio (110,2%) de transformação em crédito. Com o objectivo de monitorização de activos ilíquidos de balanço, o Grupo tem estruturadas operações de securitização de créditos, no montante global de 440 milhões de euros, o que lhe permite a diversificação das fontes de financiamento, através do recurso ao Eurosistema. A estrutura de financiamento do Grupo e a monitorização e gestão diária dos níveis de liquidez têm permitido ultrapassar, sem sobressaltos, as dificuldades sentidas no mercado. O Grupo Finibanco não recorreu à emissão de dívida com garantia do Estado. Em Junho, realizou-se, com sucesso, um aumento de capital de 115 milhões para 175 milhões de euros, com em encaixe de 75 milhões de euros. Solvabilidade O rácio de solvabilidade (não incluindo o resultado líquido de 2009) situa-se em 11,9% e o Core TIER I em 8,4%, calculados de acordo com o normativo do Banco de Portugal, e aplicando-se o método padrão para o cálculo dos requisitos de fundos próprios para cobertura do risco de crédito e o método do indicador básico para cálculo de requisitos para cobertura de risco operacional. Os fundos próprios de base foram reforçados em 81,4 milhões de euros (+63,7%) e os requisitos de fundos próprios aumentaram 5,7 milhões de euros (3%). Em Fevereiro de 2010 foi concretizada uma emissão de Valores Mobiliários Perpétuos Subordinados, no montante de 15 milhões de euros, operação que é elegível para efeitos de cálculo do TIER I. A sua consideração à data do final de 2009 teria produzido um impacto positivo no rácio de solvabilidade, que passaria para 12,8%, com o TIER I a situarse em 9%. 61 Fundos próprios e requisitos de fundos próprios Fundos Próprios Elegíveis ...De base …Complementares …Deduções Requisitos de fundos próprios 31-12-2009 Mil € % Dez09/Dez08 296.120 209.203 104.728 (17.811) 198.951 176.777 127.778 63.889 (14.890) 193.238 67,5 63,7 63,9 19,6 3,0 8,4% 3,5% 5,3% 2,0% 3,12 pp 1,47 pp 11,9% 7,3% 4,59 pp Core Tier I Tier II Racio de solvabilidade 31-12-2008 Rating Em 22 de Março de 2010 a agência de rating Fitch Ratings reafirmou para a participada Finibanco, SA a notação de risco BBB- (Longo Prazo), revendo o outlook de estável para negativo, o que se deve, segundo a Fitch, à pressão que o quadro actual da economia portuguesa possa vir a exercer na rentabilidade e qualidade dos activos do Banco. A mesma agência de rating confirmou, também, o rating de Curto Prazo em F3. De acordo com a Fitch, o rating do Finibanco, SA reflecte os adequados níveis de capital, bem como o nível confortável de provisionamento 2.9.2 Conta de Resultados Produto Bancário O Produto bancário ascendeu a 167,1 milhões de euros, correspondendo-lhe um acréscimo de 27,4 milhões de euros (+19,6%) relativamente a Dezembro de 2008. Mil € Demonstração de Resultados Margem financeira Outros resultados correntes Comissões líquidas e Outros proveitos líquidos Resultados em operações financeiras 31-12-2009 31-12-2008 Valor % 90.157 76.922 50.274 26.648 92.567 47.132 57.231 (10.100) (2.410) 29.790 (6.957) 36.747 167.079 139.698 27.380 19,6 Provisões e Imparidades líquidas Crédito Títulos Outros Encargos de estrutura Gastos administrativos Amortizações Resultados por equivalência patrimonial 49.583 48.325 1.188 70 113.443 103.937 9.506 1.521 82.369 29.992 53.742 (1.365) 114.684 105.190 9.495 (208) (32.785) 18.333 (52.555) 1.436 (1.241) (1.253) 12 1.728 (39,8) 61,1 (97,8) (1,1) (1,2) 0,1 - Resultados antes de impostos Impostos sobre os lucros Interesses minoritários Lucro consolidado do período 5.573 (1.104) (2.785) 9.462 (57.562) 980 (997) (57.545) 63.135 (2.084) (1.788) 67.007 (109,7) 179,3 (116,4) Produto bancário (2,6) 63,2 (12,2) - A Margem financeira, no montante de 90,2 milhões de euros, registou uma redução líquida de 2,4 milhões de euros (-2,6%) relativamente a 2008, em consequência das seguintes variações: Mil € Margem Financeira Margem financeira Intermediação financeira Custo amortizado Rendimento de intrumentos de capital 31-12-2009 90.157 82.547 5.605 2.006 31-12-2008 92.567 84.341 1.776 6.450 Valor (2.410) (1.794) 3.829 (4.444) % (2,6) (2,1) 215,6 (68,9) 62 A margem da intermediação financeira de 2009 continuou a ser afectada pela crise financeira internacional, que se agudizou no quarto trimestre de 2008 e que provocou um encarecimento no custo dos recursos, essencialmente dos depósitos, em comparação com as taxas de mercado que registaram uma quebra brusca, situando-se a Euribor 3 meses, em 31 de Dezembro de 2009, em 0,7%. A margem das operações activas, também foi afectada negativamente, na medida em que as operações de crédito estavam maioritariamente indexadas às taxas de mercado, registando uma actualização mais rápida que os recursos, constituídos em cerca de 80% por depósitos mais resistentes à baixa de taxas. Não obstante o esforço desenvolvido no ajustamento do custo de funding às novas taxas de mercado do financiamento junto do BCE em substituição dos depósitos de elevado montante, cujas taxas eram mais elevadas, e do ajustamento dos spreads nas operações creditícias às novas condições de risco, não foi ainda possível contrariar o comportamento negativo da margem financeira no ano de 2009, embora no quarto trimestre já se tenha registado o início da sua recuperação. O Custo amortizado, que integra a Margem financeira, aumentou 3,8 milhões de euros, em resultado da revisão de preçário e da redução significativa (cerca de 3,7 milhões euros em termos homólogos) das comissões pagas pela angariação de contratos de crédito ao consumo. Os Resultados em operações financeiras ascenderam a 26,6 milhões de euros, incorporando as mais-valias realizadas no trading. Em 31 de Dezembro de 2009 a carteira de negociação era reduzida, situando-se em 7,2 milhões de euros. As Comissões líquidas e os Outros proveitos líquidos situaram-se em 50,3 milhões de euros, registando um decréscimo de 7 milhões de euros (-12,2%) face ao ano anterior. Esta rubrica incluía, em 2008, 1,6 milhões de euros da actividade seguradora. Em resultado da perda do controlo na sequência da venda de 50% do Finibanco Vida esta filial passou a ser registada como associada. Os Outros proveitos líquidos incluem proveitos de 13,6 milhões de euros da venda de 50% do Finibanco Vida e da alienação de outras participações em associadas, dos quais 8,3 milhões de euros foram alocados ao reforço de imparidades para crédito. Em termos comparativos, as Comissões líquidas e os Outros proveitos líquidos relacionados com a actividade bancária registaram um decréscimo de 7,2%, justificados pela diminuição das comissões associadas à operação de securitização “Aqua Finance Nº 2” (-1,8 milhões de euros) e pelo contributo negativo da actividade de colocação de fundos de investimento e corretagem, em resultado da crise financeira internacional, que ainda persiste. Os proveitos relacionados com a prestação de serviços a clientes tiveram um aumento de 22,9% (+1,9 milhões de euros). A actividade de cartões e meios de pagamento registou igualmente um desempenho positivo, com um crescimento de 4,2%. A área de retalho foi responsável por 88,1% do total das comissões e a da banca de investimento por 11,9%. As Provisões e imparidades líquidas foram reforçadas em 49,6 milhões de euros, correspondendo-lhes um decréscimo de 32,8 milhões de euros (-39,8%) face ao ano anterior, dado que foram constituídas em 2008 imparidades para títulos, no montante de 53,7 milhões de euros (1,2 milhões de euros em 2009), em consequência da grave crise dos mercados financeiros. Em resultado da degradação da conjuntura económica as Imparidades para crédito situaram-se em 48,3 milhões de euros, registando um reforço de 18,3 milhões de euros (+61,1% face a Dezembro de 2008), dos quais, 8,3 milhões de euros estão associados a uma imparidade adicional e de reforço de cobertura face à tendência de agravamento de indicadores de risco de crédito. 63 Os Encargos de estrutura diminuíram 1,2 milhões de euros (-1,1%), para o que contribuiu a redução dos Gastos administrativos em 2,9 milhões de euros (-6,8%). Os Custos com o pessoal registaram um acréscimo de 1,7 milhões de euros (+2,7%), justificado essencialmente pelo crescimento da actividade do Finibanco Angola. Em 31 de Dezembro de 2009, o número de colaboradores do Grupo ascendia a 1.531, traduzindo-se num aumento de 31 elementos (+2,1%) face a 31 de Dezembro de 2008, dos quais 27 no Finibanco Angola. Em 2009, foram abertos 4 novos Balcões, sendo um em Portugal e 3 em Angola, passando a rede a dispor de 177 Balcões, dos quais 4 em Angola. Para o decréscimo dos Gastos Administrativos, em 6,8%, contribuíram as medidas implementadas no programa de racionalização dos custos, iniciadas já em 2008. As Amortizações situaram-se ao nível do exercício anterior, atingindo 9,5 milhões de euros, com as componentes “imóveis e equipamento” a registar o maior crescimento (0,2 milhões de euros). Os Resultados de subsidiárias reconhecidas pelo método de equivalência patrimonial ascenderam a 1,5 milhões de euros e referem-se à apropriação do resultado do exercício do Finibanco Vida. O Cost to Income registou uma melhoria de 14,9 pontos percentuais, passando de 82,2% para 67,3%, em resultado do efeito conjugado do aumento do Produto Bancário e da redução dos custos de estrutura. O Resultado consolidado foi positivo de 9,5 milhões de euros, superior em 67 milhões de euros ao obtido em Dezembro de 2008. Neste exercício, os resultados consolidados foram afectados; negativamente Pelo aumento das Imparidades e das provisões para crédito, em 18,3 milhões de euros; Pela redução das Comissões e outros proveitos líquidos, de 7 milhões de euros, em consequência da actividade dos fundos de investimento e corretagem; Pela redução da margem relativa da intermediação financeira (-2,1%); e positivamente: Pela mais-valia de 12,2 milhões de euros resultante da venda de 50% do Finibanco Vida; Pelo bom desempenho dos custos de estrutura, sobretudo na actividade doméstica (-1,1%); Pelo bom desempenho da actividade em Angola. Actividade Internacional O Finibanco Angola, apesar da sua curta existência, apresenta já volumes de negócio e de resultados muito interessantes. Em 31 de Dezembro de 2009, o Crédito a clientes bruto ascendia a 33,5 milhões de euros (7,5 milhões de euros em 2008) e os Depósitos situavam-se em 42,5 milhões de euros (19,6 milhões de euros em 2008). O Resultado líquido do exercício de 2009 foi de 5,3 milhões de euros (3,3 milhões de euros atribuíveis ao Grupo Finibanco), em contraposição com o resultado negativo de 1,4 milhões de euros no exercício anterior. 64 O Produto Bancário ascendeu a 13,1 milhões de euros (+11,6 milhões de euros face a 2008) e os Custos de estrutura atingiram 4,2 milhões de euros (+1,5 milhões de euros). O Finibanco Angola dispõe de 4 Balcões, dos quais 3 abertos em 2009, e o quadro de colaboradores era composto por 52 elementos, mais 27 do que no final do exercício precedente. Para 2010 está prevista a continuação do plano de expansão da rede de Balcões em Angola. Indicadores de referência do Banco de Portugal O quadro abaixo integra os indicadores de referência, de acordo com a Instrução n.º 16/2004 do Banco de Portugal Indicadores de referência do Banco de Portugal 31-12-2009 31-12-2008 1. Solvabilidade Racio de adequação de fundos próprios Finibanco Holding, SGPS, SA (consolidado) Finibanco, SA 11,9% 11,7% 7,3% 9,9% Racio de adequação de fundos próprios de base Finibanco Holding, SGPS, SA (consolidado) Finibanco, SA 8,4% 8,2% 5,3% 6,8% 4,7% 3,3% 1,4% 1,2% Resultados antes de impostos / Activo líquido médio 0,2% -1,9% Produto bancário (c) / Activo líquido médio 5,5% 4,6% Resultados antes de impostos / Capitais próprios líquido médio 3,0% -29,9% 4. Eficiência Custos de funcionamento (c) + amortizações / Produto bancário (c) 67,3% 82,2% Custos com o pessoal + amortizações / Produto bancário (c) 37,7% 44,4% 2. Qualidade do Crédito Crédito com incumprimento (a) / Crédito total Crédito com incumprimento, líquido (b) / Crédito total, liquido (b) 3. Rentabilidade (a) De acordo com a definição constante da Carta Circular nº 99/2003 do Banco de Portugal (b) Crédito líquido de provisões para crédito vencido e para crédito de cobrança duvidosa (c) De acordo com a definição constante da Instrução nº 16/2004 do Banco de Portugal (deduzidas as Recuperações de crédito e juros abatidos ao activo) 3. Finibanco-Holding, SGPS S.A. No final do exercício em análise, o activo líquido do Finibanco-Holding situava-se em 283,2 milhões de euros, registando um acréscimo de 4,5%, face a Dezembro de 2008. Este crescimento resulta essencialmente do aumento das rubricas Investimentos em filiais e associadas, em 13,1 milhões de euros, e Outros Activos em 25,2 milhões de euros. A carteira de títulos registou uma diminuição de 26,4 milhões de euros, situando-se em 12,9 milhões de euros (4,6% do total do activo). 65 Em Junho de 2009 realizou-se, com sucesso, um aumento de capital de 115 para 175 milhões de euros, com um encaixe de 75 milhões de euros. No decurso do exercício procedeu-se ao aumento do capital social da Participada Finibanco, SA, no montante de 40 milhões de euros, e do Finibanco Angola, em 4,4 milhões de euros. Procedeu-se ainda à dissolução e liquidação da Fini International Luxembourg, SA e à alienação, em Setembro, de parte da participação detida na PRIO, passando o Finibanco-Holding a deter 2,5% do capital desta sociedade (era detentora de 20%) com o seu consequente registo em Activos financeiros disponíveis para venda (2,2 milhões de euros). Em Dezembro de 2009, foi realizada uma parceria na área dos seguros e assurfinance com o Grupo Mapfre, nos termos da qual se alienou 50% do capital social do Finibanco Vida-Companhia de Seguros de Vida, SA, e se transferiu o controlo desta subsidiária. Desta parceria resultou um encaixe financeiro inicial de 10 milhões de euros e verificar-se-á um encaixe posterior, de cerca de 5 milhões de euros, variável em função do cumprimento do plano de negócio estabelecido. Por força da perda do controlo desta sociedade a mesma passou a estar registada em Associadas. O financiamento por capitais alheios diminuiu 77 milhões de euros face ao período homólogo, em consequência da venda de grande parte da carteira de títulos e do encaixe proveniente do aumento de capital realizado em Junho de 2009. Os capitais próprios registaram um acréscimo de 21,9 milhões de euros (+14,1%), por força do aumento de capital (75 milhões de euros) e da incorporação do resultado negativo de 2008, no montante de 53,2 milhões de euros. A Margem financeira foi negativa de 0,3 milhões de euros. Esta rubrica inclui dividendos recebidos das empresas Participadas (Finivalor e Finicrédito), no montante de 3,6 milhões de euros (-4,8 milhões face a 2008). O custo do financiamento da actividade foi de 4,8 milhões de euros, situando-se 3,6 milhões de euros abaixo do ocorrido em 2008, em consequência da redução do montante do financiamento (77 milhões de euros) e da baixa das taxas de juro. Os Resultados em operações financeiras ascenderam a 8,2 milhões de euros, incorporando as maisvalias realizadas nos negócios de mercado de capitais. As Comissões líquidas foram negativas de 552 mil euros e os Outros proveitos líquidos positivos em 8,6 milhões de euros, evidenciando conjuntamente um acréscimo de 7,9 milhões de euros mil euros face ao período homólogo. Os Outros proveitos líquidos incorporam o resultado das vendas das participações, no montante de 6,7 milhões de euros. As Provisões e imparidades líquidas ascenderam a 725 mil euros, das quais 873 mil euros foram afectas à carteira de títulos. Em 2008 haviam sido constituídas imparidades para títulos no montante de 53,7 milhões de euros, em consequência da grave crise verificada nos mercados financeiros. Os Encargos de estrutura aumentaram 193 mil euros (+30,3%), em resultado do acréscimo ocorrido nos gastos administrativos, que cresceram 144 mil euros, face ao ano anterior. Para o Resultado do exercício positivo de 14,5 milhões de euros (+67,7 milhões de euros face a 2008), contribuíram significativamente: A venda de parte substancial da carteira de títulos (8,2 milhões de euros); O ganho de 6,7 milhões de euros obtido na venda e liquidação de participações; Os dividendos recebidos de filiais, no montante de 3,6 milhões de euros (- 3,7 milhões face a 2008). 66 4. Participadas 4.1 Finibanco, SA No final do exercício, o activo líquido do Finibanco ascendia a 3.051 milhões de euros, correspondendo-lhe um acréscimo de 1,8% (+54,2 milhões de euros) face a Dezembro de 2008. A carteira de títulos detidos para negociação decresceu 46% (-6,2 milhões de euros), enquanto os Activos financeiros ao justo valor e disponíveis para venda cresceram 29,7% (+11,6 milhões de euros) face ao ano anterior. Em termos líquidos, os Activos intangíveis e tangíveis registam um decréscimo de 4,8 milhões de euros. A actividade creditícia, líquida de provisões, também evoluiu negativamente (-1,9%), ou seja, 44,6 milhões de euros, em termos líquidos. A carteira de crédito bruta registou um decréscimo de 27,1 milhões de euros, correspondente a 1%. Este comportamento decorre do abrandamento da actividade económica em Portugal e ainda do esforço que tem vindo a ser feito pelo Banco com vista à gestão mais criteriosa do crédito face às adversas condições económicas. Crédito a clientes 1. Particulares …Habitação …Outros créditos 2. Empresas Total 31-12-2009 31-12-2008 Mil € % Dez09/Dez08 685.647 287.081 398.566 1.635.589 681.776 275.395 406.380 1.662.026 0,6 4,2 (1,9) (1,6) 2.321.236 2.343.802 (1,0) Já o crédito à habitação registou um crescimento de 4,2%, representando cerca de 12,4% da carteira total de crédito. Por sua vez o crédito a particulares para outras finalidades apresentou um decréscimo de 1,9% e o crédito a empresas diminuiu 1,6%. O rácio de crédito vencido há mais de 90 dias (deduzido de créditos totalmente provisionados) passou a representar 2,1 % do crédito total (era 1,7% em Dezembro de 2008) e o grau de cobertura por provisões situa-se agora em 114,4%. O total de Recursos de clientes aumentou 27,1 milhões de euros face ao período homólogo (+1%) por via do bom desempenho da actividade de desintermediação, que aumentou 133,3 milhões de euros, em resultado da recuperação dos mercados e da confiança manifestada pelos nossos clientes nos activos geridos pelo Grupo Finibanco. Os Depósitos de clientes registaram um decréscimo de 3,4% face a Dezembro de 2008, em consequência de haverem em parte sido substituídos por outras formas de financiamento com taxas mais atractivas, designadamente as obtidas com recurso ao Eurosistema. Recursos totais de clientes 31-12-2009 31-12-2008 Mil € % Dez09/Dez08 …Depósitos …Obrigações colocadas em clientes 2.123.400 164.682 2.197.236 170.982 (3,4) (3,7) Recursos de clientes no balanço (1) 2.288.081 2.368.218 (3,4) 577.807 444.489 30,0 2.865.889 2.812.707 1,9 Desintermediação (2) Total (1) Não considerando juros e outros ajustamentos. Em 2008 e para efeitos de comparativos os Seguros de capitalização e PPR geridos pelo Finibanco Vida não foram incluídos nesta rubrica (2) Inclui Seguros de capitalização, PPR, fundos de investimento, PPA e gestão de carteiras corrigidos de duplicações de registos (depósitos de fundos de investimento, UP's em carteira e outros). Em 2009 e para efeitos de comparativos os Seguros de capitalização e PPR geridos pelo Finibanco Vida foram incluídos nesta rubrica 67 O Finibanco continua a ter nos recursos de clientes (75% do total do activo), a sua principal fonte de financiamento da actividade, apresentando um muito bom rácio (101,4%) de transformação de recursos em crédito. Os Recursos de outras Instituições de crédito diminuíram 21,4 milhões de euros face a 31 de Dezembro de 2008 (-21,0%), para o que contribuíram os que foram obtidos junto do Eurosistema, que ascendiam a 190 milhões de euros (6,2% do total do activo) no final do ano de 2009. Os Capitais próprios aumentaram 34,3 milhões de euros face a 31 de Dezembro de 2008, em consequência do aumento de capital realizado em Agosto de 2009, no montante de 40 milhões de euros. O capital social passou assim de 120 milhões para 160 milhões de euros. O reforço dos capitais próprios, permitiu que o rácio de solvabilidade se situe agora em 11,7% e o Core TIER I em 8,2% (calculados de acordo o normativo do Banco de Portugal, aplicando-se o método padrão para o cálculo dos requisitos de fundos próprios, para cobertura do risco de crédito, e o método do indicador básico, para cálculo de requisitos para cobertura de risco operacional). Os fundos próprios de base foram reforçados em 33,3 milhões de euros (+24,9%), enquanto os requisitos de fundos próprios aumentaram 6 milhões de euros (3,8%). Em Fevereiro de 2010 foi concretizada uma emissão de Valores Mobiliários Perpétuos Subordinados, no montante de 15 milhões de euros, operação elegível para efeitos de cálculo do TIER I. Se a mesma houvesse sido feita à data do final de 2009 teria tido um impacto positivo no rácio de solvabilidade, que passaria para 12,8%, com o TIER I a situar-se em 9%. O Produto bancário foi inferior ao registado em 2008, em 2,6 milhões euros (-2,3%), por força do acréscimo ocorrido na rubrica de Resultados em operações financeiras (+21,1 milhões de euros) que não foi suficiente para cobrir a diminuição registada em Comissões e Outros proveitos líquidos (19,8 milhões de euros). A Margem financeira, no montante de 70,7 milhões de euros, registou uma redução de 3,9 milhões de euros (-5,2%), em consequência das seguintes variações: Mil € Margem Financeira Margem financeira Intermediação financeira Custo amortizado Rendimento de intrumentos de capital 31-12-2009 70.734 60.564 8.326 1.844 31-12-2008 74.617 63.595 6.914 4.108 Valor (3.884) (3.031) 1.411 (2.265) % (5,2) (4,8) 20,4 (55,1) A margem da intermediação financeira continuou a ser afectada pela crise financeira internacional, que se agudizou no quarto trimestre de 2008 e que provocou um encarecimento no custo dos recursos, essencialmente dos depósitos, em comparação com as taxas de mercado que caíram bruscamente, situando-se a Euribor a 3 meses, em 0,7% em 31 de Dezembro de 2009. A margem das operações activas também foi afectada negativamente, uma vez que as operações de crédito, que estavam maioritariamente indexadas às taxas de mercado, tiveram uma actualização mais rápida que os recursos e estes eram constituídos em cerca de 75% por depósitos mais resistentes à baixa de taxas. Não obstante o esforço desenvolvido no ajustamento do custo de funding às novas taxas de mercado, o recurso ao financiamento junto do BCE em substituição dos depósitos de elevado montante cujas taxas eram mais elevadas e o ajustamento dos spreads nas operações creditícias às novas condições de risco, não foi ainda possível contrariar o comportamento negativo da margem financeira no exercício a que nos reportamos, embora no quarto trimestre já se tenha iniciado a sua recuperação. O custo dos recursos remunerados registaram uma diminuição de 150 pontos percentuais, situando-se em termos médios anuais em 2,96%, enquanto as aplicações remuneradas tiveram um recuo de 180 pontos percentuais, traduzindo-se numa redução da margem em cerca de 30 pontos percentuais. 68 O Custo amortizado, que integra a Margem financeira, aumentou 1,4 milhões de euros, em resultado da revisão de preçário. A rubrica Rendimento em instrumentos de capital diminuiu 2,3 milhões de euros, em consequência de evolução idêntica verificada na carteira de títulos de acções, que em 31 de Dezembro de 2009 se situava em 3,7 milhões de euros. Os Resultados em operações financeiras ascenderam a 16,9 milhões de euros, incorporando as mais-valias realizadas na actividade de trading. A carteira de negociação diminuiu, situando-se em 7,3 milhões de euros. As Comissões líquidas e os Outros proveitos líquidos situaram-se em 23,6 milhões de euros, patenteando um decréscimo de 19,8 milhões de euros (-45,6%) face ao ano anterior. Esta rubrica, em 2008 incluía os resultados de operações não recorrentes de venda de diversos activos, pelo que a sua não consideração evidencia um recuo de 3,6 milhões de euros (-13,6%) em 2009. As Comissões líquidas decresceram 5%, situação justificada em parte pela diminuição da actividade de investimento, destacando-se as comissões associadas aos fundos de investimento e à montagem de empréstimos obrigacionistas. A actividade de retalho, em resultado da degradação da conjuntura económica, também registou decréscimo em algumas componentes, com realce para as associadas a garantias e avales e operações com estrangeiro. As componentes que apresentaram comportamentos mais positivos foram as relacionadas com transferências de valores, cartões e ATM’s. As Provisões e imparidades líquidas foram reforçadas em 28,9 milhões de euros, correspondendolhes um acréscimo de 9 milhões de euros (+45,2%) face ao ano anterior. As provisões para crédito registaram um incremento de 11,2 milhões de euros face a 2008 (+65,6%), em consequência da degradação da conjuntura económica, que fez aumentar as dificuldades dos clientes na regularização das suas responsabilidades. As provisões para títulos foram reforçadas em 0,3 milhões de euros (4,1 milhões de euros em 2008). Os Encargos de estrutura situaram-se ligeiramente acima do verificado no exercício anterior (+0,4%), para o que contribuiu o recuo de 1,9 milhões de euros (-5,5%) dos outros gastos administrativos, que não foi suficiente para compensar os aumentos verificados nos custos com o pessoal e nas amortizações de, respectivamente, 3,4% e 5,2%. Os Custos com o pessoal aumentaram 1,8 milhões de euros (+3,4%), embora o número de colaboradores tenha diminuído em 3, situando-se em 1.293. No final de 2009, a rede tradicional era constituída por 173 Balcões, um dos quais aberto no exercício. Os Gastos Administrativos tiveram um decréscimo de 5,5%, correspondentes a uma diminuição de 1,9 milhões de euros, para o que contribuíram as medidas implementadas no programa de racionalização dos custos, iniciado em 2008. O Cost to Income registou um agravamento de 2,3 pontos percentuais, passando de 83% para 85,2%, em resultado do comportamento do Produto Bancário. O Resultado líquido negativo de 9,7 milhões de euros, obtido no exercício de 2009, foi muito influenciado: Pelo aumento das Imparidades e provisões para crédito, em 11,2 milhões de euros; Pela redução da margem relativa da intermediação financeira (-4,8%). De destacar, contudo, o bom desempenho dos custos de estrutura, em consequência das medidas implementadas no programa de racionalização de custos ainda em curso. 69 4.2 Finibanco Angola, SA O Finibanco Angola, SA, Banco de direito angolano, constituído em Setembro de 2007, iniciou a sua actividade no segundo semestre de 2008, motivo pelo qual, todas as análises comparativas que se façam terão que ter em conta este facto. Assim, estando-se a efectuar comparações com o período homólogo anterior, estaremos a comparar um ano completo de actividade (2009) com a correspondente à segunda metade de 2008. No período em análise o Finibanco Angola teve um crescimento muito acentuado a vários níveis, reflectido na quase totalidade da actividade desenvolvida. O aumento de capital de 740 para 1.332 milhões de kwanzas (de 7 milhões para 10 milhões de euros), inteiramente subscrito e realizado, que ocorreu durante o ano de 2009, revelou-se de extrema importância. O Banco ficou assim financeiramente mais estável e apto para fazer face ao seu plano de crescimento e expansão, que começou já neste ano de 2009. Assim, a somar ao Balcão sede situado na Marginal de Luanda, procedeu-se à abertura de três novos Balcões, dois deles também situados em Luanda (Mulemba e Viana) e um outro no Huambo, desta forma se concretizando a pretensão que tínhamos de chegar cada vez mais perto dos nossos clientes e de lhes disponibilizar a excelência dos nossos serviços. No início de 2010, procedeu-se à abertura de um Centro de Empresas, de forma a prestar um apoio mais especializado a este segmento de clientes. Encontram-se em vias de conclusão as obras do Balcão de São Paulo (Luanda) prevendo-se que a sua inauguração ocorra durante o mês de Abril. Para o decurso deste ano estão agendadas as aberturas de mais cinco Balcões, três deles localizados em Luanda (Sagrada Família, Morro Bento e Aeroporto) e dois situados nas províncias do Lobito e do Lubango. O nível de acesso da sociedade angolana aos serviços bancários tem registado um incremento exponencial e este facto fica também patenteado no crescimento do número dos nossos clientes, que no exercício em análise aumentou 372%, e não terá sido apenas resultante do aumento do número dos nossos Balcões. Nº de Clientes Clientes particulares Clientes empresa Total 31-12-2009 31-12-2008 2.454 544 463 172 2.998 635 Outro forte indicador deste facto espelha-se na adesão dos angolanos ao uso da Rede Multicaixa, confirmada pela cada vez mais forte utilização do cartão Multicaixa como meio de pagamento. Cartões Multicaixa Emitidos Cartões Multicaixa activos Percentagem de adesão Número de transacções Valor das transacções (Mil €) Máquinas ATM em Serviço ATM's activas Valores dispensados (Mil €) 31-12-2009 1.795 60% 18.011 1.287 31-12-2009 7 13.685 31-12-2008 266 42% 504 33 31-12-2008 2 560 Em matéria de crédito o Rácio de Transformação, que evoluiu de 59% para 80%, revela que o Finibanco Angola está apostado em apoiar o crescimento da economia deste país, na medida em que por cada milhão de recursos captados concedeu crédito no valor de 800 mil. 70 O crédito concedido, selectiva e criteriosamente, foi-o maioritariamente a empresas, na sequência da aposta feita em criar as condições necessárias para que estas constituam o motor do desenvolvimento económico deste país, de forma a diminuir rapidamente com a sua excessiva dependência das importações. Mil € Carteira de Crédito por Segmento Crédito concedido Crédito por assinatura Total 31-12-2009 Empresas Particulares 31-12-2008 Empresas Particulares 28.053 5.427 5.482 521 6.754 402 741 0 33.480 6.003 7.156 741 No que respeita à moeda em que foi feito, as operações de crédito em moeda estrangeira, que representavam 80% do total do crédito concedido, em 2009 passaram a representar apenas 52%, indo desta forma ao encontro da política do governo que pretende gradualmente afastar o dólar americano da economia angolana. Mil € Carteira de Crédito por Tipo de Produto e Moeda Conta corrente Financiamento Rendas Descobertos Total 31-12-2009 Moeda Moeda nacional estrangeira 31-12-2008 Moeda Moeda nacional estrangeira 6.794 1.805 5.319 2.155 6.471 5.278 5.708 4 71 1.052 10 138 2.451 1.959 1.783 32 16.073 17.462 1.271 6.224 O mesmo se constata quando se analisa a carteira, por tipos de crédito, verificando-se que 76% do crédito concedido se destinou a investimento e ao apoio de tesouraria. Mil € Carteira de Crédito por Tipo de Crédito 31-12-2009 Crédito automóvel Construção Consumo Produtos prestigio Habitação Importação Investimento Tesouraria Outros Total 31-12-2008 900 1.215 2.915 37 231 0 6.793 19.122 2.320 202 1.465 92 34 49 1.097 1.097 2.971 489 33.535 7.495 A carteira de depósitos teve durante o ano de 2009 um crescimento muito elevado, registandose um equilíbrio na distribuição entre as duas componentes por força do facto de as nossas taxas de depósitos a prazo se mostrarem competitivas. Mil € Carteira de Depósitos por Segmento Depósitos à ordem Depósitos a prazo Total 31-12-2009 Empresas 31-12-2008 Particulares Empresas Particulares 10.141 10.151 10.907 11.322 2.717 2.759 1.885 5.297 20.292 22.229 5.476 7.182 A tendência de aumento das operações em moeda nacional registada no crédito, também se verifica nos depósitos, o que leva a concluir que os depositantes já “confiam” mais no kwanza para efectuarem as suas poupanças. Os depósitos em moeda estrangeira, que representavam 84% da totalidade dos depósitos, baixaram para 63%, espelhando assim a queda da “dolarização” da economia. 71 Mil € Carteira de Depósitos por Moeda Depósitos à ordem Depósitos a prazo Total 31-12-2009 Moeda Moeda nacional estrangeira 31-12-2008 Moeda Moeda nacional estrangeira 11.713 3.845 9.336 17.628 1.630 445 2.972 7.611 15.558 26.964 2.075 10.583 O lucro do exercício cifrou-se em cerca de 5,3 milhões de euros, contribuindo com 3,3 milhões de euros para o lucro consolidado atribuível aos accionistas do Finibanco-Holding. 4.3 Finicrédito-Instituição Financeira de Crédito, SA A crise financeira e económica a que nos referimos por diversas vezes, teve repercussões significativas no consumo, no emprego, no rendimento disponível, na poupança e nas expectativas de curto e médio prazos dos diversos agentes económicos. Tendo por referência os dados disponibilizados pela Associação das Empresas de Crédito ao Consumo, o crédito total regrediu, no ano de 2009 cerca de 17,3%, correspondente a pouco menos de mil milhões de euros. Este indicador já havia regredido 5,1% em 2008, como consequência da crise que se iniciou na parte final desse ano. Particularizando para os segmentos onde a Finicrédito actua, no denominado crédito clássico, poderemos concluir que a dimensão do mercado passou de 2.865 milhões de euros em 2007 para 2.697 milhões em 2008 e cifrou-se em 2.109 milhões, no exercício a que nos reportamos. A contracção do mercado, que tinha sido de 5,9% em 2008, atingiu 21,8% em 2009. A Associação das empresas de Leasing, a ALF, por seu turno, evidencia também uma quebra no mercado do leasing mobiliário, na ordem dos 33%. Outro aspecto que afectou particularmente a actividade da empresa foi a contínua pressão sobre o crédito em incumprimento. Estes factores macroeconómicos condicionaram fortemente a actividade e os resultados da empresa que teve, também neste exercício, de utilizar medidas excepcionais para obter o seu equilíbrio económico. A actividade da Finicrédito desenvolveu-se essencialmente em Portugal, uma vez que, por haver sido descontinuada a actividade comercial da Sucursal na Roménia, esta se limitou a gerir a carteira de crédito existente. Nos termos do programa estabelecido, a Finicrédito concentrou os seus esforços na implementação de mudanças da estratégia e das políticas comercial, de risco e de controlo e gestão de crédito. Em paralelo, foram também estabelecidos equilíbrios nos sistemas informáticos e nos processos operacionais internos. Em consequência dos factores externos e internos referidos, a actividade desenvolvida no ano de 2009 caracterizou-se, essencialmente, pela evolução negativa da produção de carteira de crédito e pela evolução positiva nos seus aspectos mais estratégicos e estruturantes a médio prazo. A evolução negativa da produção de nova carteira de crédito, foi de 33%, o que provocou um decréscimo de 20 milhões de euros na carteira de crédito total, correspondentes a 5,9%. Não obstante, as referidas alterações internas relacionadas com a implementação das mudanças de estratégia e de política revelaram-se francamente positivas, com especial incidência no perfil que se pretendia para o novo negócio, designadamente no seguinte: Os contratos em Leasing aumentaram 141%, representando no final do ano 33% do total da produção; A produção do produto «crédito» passou a significar 64%, contra 88% em 2008; 72 O segmento de financiamento automóvel representou 77% da produção, quando era de 81%; A nova área de financiamento a Equipamentos em Leasing já representa 14% da produção total de crédito; O Crédito Pessoal desceu a sua quota de 7% para 0% e o Crédito Lar de 11% para 9%; Cerca de 10% da nova produção foi originada em novas parcerias e 67% em parceiros de média ou grande dimensão, designadamente em Grupos de retalho nacionais ou regionais; A produção oriunda dos Balcões do Finibanco aumentou 2% e representou 17% da produção total. Em 2008 este indicador era de 12%; A qualidade do negócio angariado pelos pontos de venda melhorou significativamente, atendendo ao rating que lhes é determinado, através de métodos estatísticos baseados em função da produção angariada nos períodos anteriores. As políticas rigorosas de controlo do risco de crédito fizeram-se sentir na produção de novos contratos. Foram recebidas e analisadas 25.341 propostas de financiamento, no montante global de 302,4 milhões de euros, e da quantidade de propostas recebidas, cerca de 63,8% respeitaram a financiamento para viaturas, 30,5% para bens ou serviços do segmento lar e 5,7% para bens de equipamentos diversos, destinados ao sector produtivo. Em termos de valor aportado pelas propostas, poderá concluir-se que cerca de 71,0% se referiu a financiamento de viaturas, 5,0% a bens ou serviços para o lar e 24,0% para bens de equipamento. A área de recuperação de crédito esteve particularmente activa em termos de alterações que se efectuaram ao longo do ano e que resultaram num maior índice de recuperação. A cobrança de contratos delinquentes, correspondentes a contratos com menos de 3 prestações em mora, que é efectuada por equipas de telecobradores, atingiu performances próximas dos 77%, no final do ano, com um ganho de eficiência superior a 50%, e os contratos em default, correspondentes a contratos com 3 ou mais prestações em mora, também viram o seu índice de recuperação aumentado de forma significativa, para valores um pouco acima dos 40%. Como forma de recuperação mais célere de valores em mora, foi dada uma especial atenção à política de recuperação de bens, especialmente de viaturas, tendo no exercício sido recuperadas 1.307 e vendidas 1.333, pelo montante global de 6,3 milhões de euros. O aumento de eficiência na área de recuperação de crédito resultou naturalmente das alterações estruturais que se verificaram e, muito especialmente, da introdução de novas políticas e tecnologias. Em matéria de estrutura orgânica, a área comercial que era composta por 2 ramos perfeitamente definidos, com funções e direcção diferentes (ramo de consumo e ramo profissional), foi fusionada numa única estrutura e esta reorganização provocou também alterações ao nível das estruturas regionais. As estruturas de apoio comercial, nomeadamente o marketing e o desenvolvimento de novos produtos foram reforçadas em termos de recursos humanos, sendo assim possível criar-se bases de desenvolvimento do produto de renting e disponibilizar serviços associados. Este novo produto foi desenvolvido em parceria com a Leaseplan, que assegura a prestação dos serviços associados ao “renting”, bem como a compra das viaturas no fim dos contratos. A área de operações foi também objecto de algumas alterações estruturais, sendo a mais relevante a passagem das funções de análise e decisão de crédito para o Gabinete de Risco. O Gabinete de Risco, que tinha como responsabilidade acompanhar o risco aportado pelos diversos pontos de venda, propor políticas de crédito, implementar os modelos de scoring e acompanhar a evolução do risco de crédito, passou a ter também a responsabilidade total pela análise e decisão de crédito, alteração que foi proporcionada pela criação de estruturas adequadas no Finibanco-Holding, no que respeita ao acompanhamento dos diversos riscos a nível de todo o Grupo Financeiro. 73 Na recuperação de crédito extinguiram-se alguns núcleos e criaram-se outros, muito mais focalizados na cobrança de valores no início do processo de recuperação. Em simultâneo, conseguiu-se estabilizar o processo de funcionamento do software base da empresa, com a implementação de um conjunto de alterações e funcionalidades há muito desejadas. Por outro lado, foi estabelecido um programa para a implementação de novas ferramentas informáticas, denominado por “Finismart” com o objectivo de: Melhorar os processos internos nas áreas operacionais, de risco e de recuperação de crédito; Disponibilizar aos parceiros de negócios ferramentas de acesso rápido e fácil à empresa, possibilitando uma melhor interacção e disponibilizando aos clientes ferramentas de acesso, de transacção e de informação mais directas e adequadas; novas funcionalidades na área de gestão do risco de crédito e indicadores de gestão de forma mais rápida e automatizada. Foram ministradas diversas acções de formação, destinadas a todos os colaboradores da empresa, mas com especial relevo aos que integram a área comercial e o número de horas de formação foi incrementado em 71%, comparativamente com o ano transacto. Quanto aos aspectos económicos e financeiros, o financiamento da actividade da Sociedade em 2009 foi feito maioritariamente por recurso ao endividamento bancário. A operação de titularização Aqua Finance Nº 2 continuou a ser amortizada e chegou ao montante mínimo para o exercício da clean-up-call, a qual será executada no início de 2010. Em meados do ano efectuou-se uma operação de titularização sintética, a Aqua Finance Nº 3, que transformou a carteira de crédito em activos disponíveis para serem utilizados junto do Banco Central Europeu. A operação de desconto dos títulos foi efectuada através do Finibanco e possibilitou a obtenção de fundos a taxas de juro bastante competitivas. O activo líquido registou um decréscimo de 4,5%, tendo atingido, no final do ano, o montante de 326 milhões de euros. Cerca de 85% desse montante corresponde à rubrica de crédito concedido a clientes, cujo valor ascende a cerca de 277 milhões de euros. A carteira de crédito existente no mercado externo atingiu o montante de 1,8 milhões de euros. A política de constituição de provisões manteve-se adequada ao volume de crédito em mora, de acordo com critérios prudenciais conservadores, e no final do ano, as provisões constituídas, quando comparadas com o montante de crédito vencido com mais de 3 meses, permitiram um rácio de cobertura de 148%. O passivo é constituído, em cerca de 91%, por dívidas de financiamento da actividade, no montante de 264 milhões de euros. Os capitais próprios da Sociedade observaram, durante o ano, um reforço de 890 milhares de euros, resultante do registo dos impactos relacionados com o fundo de pensões e com impostos diferidos. Considerando a alocação dos resultados obtidos em 2008, bem como as variações patrimoniais registadas, os capitais próprios observaram, durante o ano, um crescimento de 190 mil euros, influenciado pela política de distribuição de dividendos. Assim, no final do ano os capitais próprios da Sociedade situavam-se em 34,1 milhões de euros. Considerando o valor ponderado dos activos da Sociedade, bem como os fundos próprios existentes, obteve-se um rácio de solvabilidade de 15,8%. A diminuição do valor da carteira de crédito e das taxas de juro activas provocou uma descida da margem financeira em cerca de 7,6%, equivalente a 1,5 milhões de euros. De salientar que as taxas de juro passivas também observaram uma descida significativa, que possibilitou a redução dos encargos financeiros em cerca de 3,7 milhões de euros. Os resultados não financeiros observaram uma redução de 2,2 milhões de euros, correspondente a 35,6%, quando comparado com o período homólogo. Esta redução deveu-se à diminuição das comissões recebidas da operação de titularização Aqua Finance Nº 2, que se encontra no período normal de amortização. O produto bancário diminuiu cerca de 14,3%, atingindo o montante de 22,4 milhões de euros. 74 Os encargos de estrutura, correspondentes a 53,7% do produto bancário, sofreram uma redução de 9,0% em relação ao ano de 2008 e incluem os custos de 192 mil euros relativos à sucursal da Sociedade na Roménia. As provisões constituídas no ano registaram, em termos líquidos, uma redução de 19,9%, correspondente a cerca de 2,3 milhões euros, e o peso deste indicador no produto bancário é de cerca de 42,2%. Os resultados antes de impostos ascenderam a 911 mil de euros, ou seja 4,1% do produto bancário. O Resultado Bruto obtido em Portugal foi de 996 mil de euros, enquanto a actividade da sucursal romena registou um prejuízo de 85 mil euros. Os impostos sobre o rendimento atingiram o montante de 211 mil euros, sendo que 41 mil euros correspondem a impostos correntes e os restantes 170 mil euros a impostos diferidos. Como consequência, o resultado líquido resultante da actividade da Sociedade no ano de 2009 foi de 700 mil euros. A rentabilidade média dos fundos próprios foi de 2,1%, em termos líquidos, e de 2,7%, em termos brutos. O resultado líquido apurado por acção foi de 2,33 cêntimos. Para o exercício de 2010 procurar-se-á a consolidação das linhas estratégicas definidas no segundo semestre de 2008, pese embora os grandes condicionalismos existentes a nível legislativo e do mercado de crédito, no que respeita à sua dimensão e maior concorrência. Na área comercial e no segmento automóvel, irá prosseguir-se a aposta nos parceiros com grande grau de profissionalismo, de dimensão regional, ou mesmo nacional que vendam, essencialmente viaturas novas ou semi-novas, incrementando o nível de serviços integrados nessas parcerias e nos contratos. O segmento de equipamentos terá o seu foco no financiamento, orientado para uma óptica de incorporação de serviços de valor acrescentado, das pequenas e médias empresas desde que se insiram em áreas de actividade com grande potencial de crescimento. O segmento lar, terá de ser reavaliado, por questões de rentabilidade, tendo em consideração o risco associado, o volume individual do crédito, os prazos médios, os custos operacionais e a legislação que entrou em vigor no início deste ano. Por último, irá prosseguir-se o desenvolvimento de programas de redução de custos, através da utilização de sinergias ainda existentes a nível do Grupo Finibanco. 4.4 Finivalor-Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, SA O ano de 2009 iniciou-se ainda num cenário de crise financeira com efeitos de contágio à economia real a nível global, resultando num acentuado abrandamento do crescimento económico e num crescendo de dúvidas e de opiniões diversas sobre o momento em que terminaria a recessão mundial. Neste quadro, foi com naturalidade que ainda se assistiu a fortes resgates nos fundos de investimento, durante os primeiros meses do exercício, com reflexos nos volumes sob gestão e obviamente no comissionamento efectuado pela Sociedade. Assim, durante o ano de 2009 a Finivalor preocupou-se em recuperar das quedas nos volumes de gestão ocorridas no ano anterior, e achou não ser oportuno pensar no lançamento de novos produtos. Os efeitos da crise mundial económica e financeira foram devastadores para a actividade dos fundos de investimento e, naturalmente, a Finivalor não escapou ao enorme fluxo de resgates, iniciados em 2008 e que se estenderam pelos primeiros meses de 2009. 75 Do que fica dito resulta que a evolução dos valores líquidos globais dos fundos geridos pela Finivalor reflectiu essa preocupação, tendo-se a actividade da empresa caracterizado por uma significativa recuperação dos montantes sob gestão, após a referida forte retracção verificada em 2008. No fundo imobiliário aberto Finipredial o valor líquido global do fundo atingiu 282,8 milhões de euros, um crescimento de cerca de 25,9% relativamente a igual período de 2008, evolução que se situa muito acima das expectativas iniciais e por isso mais digna de especial realce face à crise vivida ainda no primeiro semestre. A gestão de fundos imobiliários, no seu todo (fundos abertos e fechados), registou um acréscimo de 22,7%. Nos fundos mobiliários o total de valores líquidos globais situou-se em 123,4 milhões de euros, e registou um aumento anual de 64,9% face ao valor apresentado em 31 de Dezembro de 2008. Dos dez fundos mobiliários geridos pela Finivalor apenas um, o Finifundo Taxa Fixa Euro, apresentou evolução negativa dos valores sob gestão. Na gestão de patrimónios os montantes sob gestão registaram também um aumento, cerca de 52,8%, passando de 47 milhões para 71,7 milhões de euros. Em suma, o Valor Líquido Global dos Activos sob gestão da Finivalor aumentou 33,9%, atingindo no final do exercício cerca de 549 milhões de euros, face a 410,1 milhões de euros em igual período do ano anterior. Refira-se ainda que em 22 de Dezembro de 2009 foi constituído um novo fundo imobiliário, o Polaris-Fundo de Investimento Imobiliário Fechado de Subscrição Particular. 600 500 400 300 200 100 0 Total Fundos Mobiliários 2007 2008 Fundos Imobiliários Gestão de Patrimónios 2009 O Resultado Líquido do Exercício foi positivo e cifrou-se em cerca de 2,4 milhões de euros, valor inferior em 17,8% ao verificado em 2008, que foi de 3 milhões de euros. A actividade desenvolvida pela Finivalor encontra-se sintetizada no seguinte quadro resumo: 76 Fundo de Investimento VLGF (103 Eur) 31-12-2009 31-12-2008 % Dez09/Dez08 Participantes 31-12-2009 31-12-2008 Rendibilidades 2009 (%) Fundos Mobiliários Finirendimento Finiglobal PPA Finibanco Finicapital Finifundo Merc. Emerg. Finifundo Taxa Fixa Euro Acções Internacionais Finifundo Moderado Finifundo Conservador Finifundo Agressivo 123.367 48.338 19.525 1.798 12.470 2.239 7.047 9.694 6.969 9.296 5.992 82.236 27.663 18.988 406 9.283 1.542 10.067 6.847 2.761 3.223 1.457 50,0 74,7 2,8 343,0 34,3 45,2 (30,0) 41,6 152,4 188,4 311,3 10.554 3.228 1.710 1.428 1.224 318 587 956 285 566 252 9.880 2.944 2.305 174 1.521 513 975 1.202 81 104 61 Fundos Imobiliários Finipredial Predicaima Portugal Estate Fund Polaris Imomarvãs 353.878 282.819 41.994 5.029 7.197 16.838 288.276 224.664 41.925 4.786 0 16.900 22,8 25,9 0,2 5,1 9.981 9.973 1 1 7.255 7.247 1 1 71.742 70.758 46.694 6.492 0 38.146 2.056 Patrimónios Gestão de Carteiras FiniPPR/E Finibanco Vida Finicarteira (1) (1) 0 983 - (0,4) 53,6 989,9 (100,0) (52,2) Total 548.987 417.206 31,6 Estes Valores não incluem as verbas investidas em Fundos geridos pela Sociedade 6 6 5,4 15,4 35,4 25,8 20,4 6,1 28,0 16,1 12,0 24,6 4,0 - - - - - - - 4.5 Finibanco Vida-Companhia de Seguros de Vida, SA A Finibanco Vida-Companhia de Seguros de Vida, SA cumpriu no exercício de 2009 o seu terceiro ano de actividade efectiva. Não obstante ter decorrido num contexto económico e financeiro muito adverso, com a actividade seguradora do Ramo Vida em Portugal a sofrer uma perda de receita processada da ordem de 5,7% face ao ano anterior, o exercício de 2009 foi para a Finibanco Vida extraordinariamente positivo em todos os seus aspectos. Atingiu-se um crescimento relevante do volume de receita processada, alargou-se e diversificouse o leque de produtos disponibilizados aos clientes, deu-se continuidade ao aperfeiçoamento da estrutura organizativa, reforçaram-se as competências internas em diversos domínios, nomeadamente no âmbito da gestão de risco e do controlo interno, e obtiveram-se resultados expressivos e consistentes, considerando a dimensão da sociedade. Ao nível da receita processada verificou-se, em claro contra-ciclo com o mercado, um crescimento de 28% comparativamente com o ano anterior, com o volume global de prémios processados a situarem-se na ordem dos 33 milhões de euros. Para este facto concorreram os seguros de Vida Risco, com um crescimento próximo dos 50%, o de Capitalização Finibanco, com 90%, e o PPR Finibanco, com cerca de 35%. Apenas o Finigarantia, na sua versão 5.1 de 2009, registou um decréscimo de receita de 2%, por razões de oportunidade interna do Grupo Finibanco, face à conjuntura adversa do mercado financeiro. Quanto às carteiras de investimento, registou-se um comportamento continuado e sustentado de recuperação das perdas generalizadas que ocorreram ao longo de todo o ano de 2008. No que diz respeito à sinistralidade relacionada com os seguros de risco e ao volume de resgates de produtos financeiros, salienta-se com satisfação o seu comportamento altamente favorável, contribuindo para suportar as margens técnicas em níveis elevados. Neste contexto, o exercício de 2009 encerrou tendo sido atingidos, ou mesmo superados, todos os objectivos seleccionados. 77 Destacam-se os seguintes indicadores: Mil € Indicador 31-12-2009 31-12-2008 % Dez09/Dez08 N.º de Apólices / Adesões 37.918 26.190 45 N.º Pessoas Seguras 45.474 33.034 38 Total Activos sob Gestão (Carteira de Investimentos) 71.905 41.825 72 63.084 36.084 75 Total Provisões Investimento Capitais Próprios Técnicas / Passivos Financeiros Contratos Taxa Cobertura Margem Solvência Resultados Líquidos de 9.474 7.139 33 251,7% 204,3% 24 1.601 (181) >1000 Como já referido neste Relatório a venda de 50% do capital social desta filial ao Grupo Mapfre, aliada à perda do seu controlo, conduziu à alteração da natureza da sua detenção, passando agora a Associada. 4.6 Finisegur-Sociedade Mediadora de Seguros, SA Num contexto de mercado desfavorável, onde o volume de produção (prémios) do Sector Segurador atingiu os 14,5 mil milhões de euros, representando uma quebra de 5,4% relativamente ao ano anterior, o trabalho desenvolvido no exercício durante o ano de 2009, consubstanciou-se: No acolhimento muito favorável da estrutura comercial do Finibanco dado ao programa de objectivos de seguros Vida e Não Vida; Na assunção, por parte das respectivas Direcções Comerciais, das vantagens estratégicas apresentadas pelos Seguros de Vida Capitalização de que resultaram, em algumas circunstâncias, vendas muito superiores às mais ambiciosas perspectivas; Na celebração de contratos de seguros exteriores ao Grupo, com prospecção própria da Finisegur junto do mercado “não cativo”; Na racionalização de meios e na optimização de rotinas para produzir mais, melhor e a menor custo; No início do projecto de digitalização da totalidade do arquivo físico dos 35.000 dossiers de clientes e na disponibilização no site do Finibanco de informação estratégica, nos termos das normas legais aplicáveis; No arranque de acções específicas para consubstanciação dos acordos estabelecidos entre o Grupo Finibanco e o Grupo Mapfre, projecto que mobilizará toda a capacidade instalada nos próximos exercícios. Por força do afrouxamento do negócio PPF-Plano Protecção ao Crédito, da Finicrédito, registouse uma diminuição de proveitos de 719,9 mil euros, determinando, por essa via, uma quebra de 15,3% nas comissões cobradas. De referir contudo que se exceptuarmos este negócio específico, a produção efectiva da Finisegur subiu de 1,1 para cerca de 1,5 milhões de euros. Mercê de uma forte política de contenção de despesas, o total de encargos foi de 1,3 milhões de euros contra 1,5 do exercício anterior (-14,2 %) dos quais 466,5 mil euros respeitam a Despesas com Pessoal (+0,6 % que em 2008), e 709,2 mil euros de Fornecimento de Serviços Externos (- 23,5% que no exercício anterior), nela se reflectindo também uma diminuição do valor de custos de distribuição, na ordem dos 27%. O resultado, líquido de impostos, foi de 220,9 mil euros (havia sido 255,7 mil euros em 2008) a que corresponde uma rentabilidade de capitais próprios de 42,48% (foi 48,32 % no exercício anterior). 78 Para o exercício de 2010, mau grado as reservas resultantes de um contexto económico recessivo, estima-se, por força dos acordos estabelecidos com a Mapfre Seguros, alterar muito significativamente o modus operandi da Sociedade através: Da reconversão da totalidade dos produtos protocolados destinados a distribuição nas redes de Balcões do Finibanco e da Finicrédito; Da criação de novos produtos para comercialização, apoiada no know-how do novo parceiro; Da automatização dos procedimentos administrativos de Produção, Cobranças e Sinistros, entre a Finisegur e a Mapfre, através do aplicativo “e-GIS Não Vida”; Do desenvolvimento de acções intensivas de informação e formação para a identificação das redes comerciais com os novos produtos e rotinas. Estima-se ainda prosseguir as políticas já anteriormente adoptadas com vista a: Melhorar o tratamento da informação, nomeadamente com recurso a técnicas de CRM; Potenciar, por essa via, a fidelização dos clientes em carteira; Reforçar as acções comerciais junto da rede de Balcões do Finibanco; Incrementar o negócio de intermediação no mercado exógeno ao Grupo. 4.7 Fini International Luxembourg, SA A crise económica e financeira que se instalou no mercado, e a ausência de perspectivas para o desenvolvimento da actividade da sociedade, que em 2008 não teve qualquer novo investimento, motivaram a decisão de a dissolver e liquidar, facto que ocorreu em meados de 2009. 4.8 Finimóveis-Sociedade Imobiliária de Serviços Auxiliares, SA O mercado imobiliário em 2009 manteve a ostensiva apatia que registara no exercício anterior, com consequências directas na actividade da sociedade. Nestes termos, as oportunidades de negócio que surgiram, e algumas foram, traduziram-se em perdas relevantes, face ao custo relevado. Não obstante, conseguiu-se vender duas fracções do imóvel da Quinta das Sedas, por 188 mil euros, praticamente ao preço de custo, assim realizando os meios líquidos necessários ao cumprimento do calendário de encargos decorrentes do financiamento obtido. Os custos de gestão diminuíram ligeiramente, continuando a maior fatia a pertencer às despesas com condomínios e aos trabalhos especializados que foram feitos. O Resultado do exercício, pelas razões expostas, foi negativo de cerca de 40,8 mil euros. O futuro é encarado com algumas reservas, pois não se vislumbra para o exercício de 2010 a saída da crise imobiliária que se encontra instalada. 5. Perspectivas Futuras Para o exercício de 2010 o Finibanco-Holding elegeu um conjunto de objectivos orientadores da acção das suas Participadas, certamente exigentes, tendo em conta as dificuldades que se nos deparam, mas também por isso motivadoras, de que se destacam as seguintes: 79 A rentabilização dos capitais próprios através da fixação de uma adequada taxa interna de rentabilidade bruta, na utilização dos modelos de pricing; O reforço da liquidez, dando prioridade à captação de recursos domésticos na rede de Balcões e à reestruturação de operações de financiamento, para substituição da operação de titularização Aqua SME 1, que vai entrar em fase de amortização; O desenvolvimento do Finibanco Angola, prosseguindo o programa de alargamento da sua rede de Balcões; O reforço da rede de Promotores de Negócios, através da consolidação de 600 contratos activos, e o alargamento das funcionalidades do Net-Banking; O enfoque da actividade nos sectores mais dinâmicos, de forma a posicionar o Finibanco como uma Instituição de relação, moderna e inovadora, acessível e dotada de excelência, em cumprimento do estabelecido no Programa CRESCERE, designadamente no Private, Afluente, PME’s, Upper-Mid Mass Market. Enfoque ainda nos produtos fidelizadores e na elaboração de pacotes de “cross-selling”, na centralização da relação no Balcão, na gestão integrada de canais com vista ao incremento do peso dos canais directos e na melhoria da qualidade do serviço, através da redução dos tempos de espera; O incremento do produto bancário e o controlo dos custos, através, designadamente, da dinamização de produtos âncora, da inovação em produtos e packaging da diferenciação de ofertas por fase de ciclo de vida ou sector, do desenvolvimento de bundles, do aumento da prestação de serviços, do aproveitamento das oportunidade de desintermediação que se nos deparem, do controlo sistemático dos custos e da reorganização da estrutura; A gestão de riscos, assumindo uma postura tendencialmente mais conservadora; obtendo a homologação dos modelos de quantificação de riscos, no âmbito de Basileia II e operacionalizando a sua utilização diária, impondo maior rigor nas fases do processo de gestão do risco de crédito: selectividade na originação, rigor na avaliação do risco, das garantias e do pricing, alinhamento da decisão com os objectivos, as políticas e as estratégias, melhor acompanhamento da carteira e maior agressividade na recuperação; adoptando sistemas de financiamento e de pricing orientados para a qualidade e discriminantes na alocação de fundos próprios, alinhados pelo normativo de Basileia II, e na transferência de fundos alheios em função do risco; A criação e o desenvolvimento da Academia de Formação Finibanco, projecto a implementar, através de meios próprios e também com o concurso do financiamento à formação, no âmbito do Plano Operacional de Potencial Humano, identificando temas a desenvolver e planos curriculares a estabelecer, com vista à obtenção de cerca de 50 horas de formação por colaborador; A assunção de uma postura socialmente responsável a todos os níveis, nas empresas do Grupo, baseada em atitudes ética e deontologicamente correctas na condução dos negócios e na adopção de procedimentos coerentes com os objectivos sociais da comunidade, actuando dentro do quadro legal e regulamentar, prevenindo tentativas de lavagem e branqueamento de capitais e usando a função creditícia com base na qualidade dos projectos, aferidos pelos grandes desígnios comunitários. No âmbito do Programa CRESCERE iniciado no ano de 2008, cuja implementação se prolonga ainda pelo exercício de 2010, há a referir: Que se encontram em fase de conclusão os projectos transitados do exercício em análise, designadamente: Na área comercial, as infraestruturas, a dinamização, a rede de Balcões, e o Factoring; A optimização do pricing e dos riscos; A infraestrutura e a arquitectura dos sistemas de informação; Que se encontram em fase de estudo, para início no decurso do exercício de 2010, os projectos de Private, de Corporate Brand Strategy de ALM-Asset Liability Management e de estratégia a desenvolver em Angola. 80 O Programa CRESCERE contempla, para além destes, outras acções programadas e a aguardar melhor oportunidade, eventualmente no exercício do próximo ano. Os objectivos eleitos que se descrevem, constituirão certamente uma meta muito ambiciosa, tendo em conta o momento de crise económica e financeira que se atravessa e que, tudo o indica, se manterá no decurso do exercício de 2010. Esta situação constituirá, estamos em crer, um desafio à nossa capacidade de adaptação às circunstâncias menos favoráveis do mercado e de reacção perante as dificuldades que se nos apresentam. 6. Declaração dos Membros do Conselho de Administração Efectuada em Cumprimento do Disposto na Alínea c) do N.º 1 do Artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários O Conselho de Administração do Finibanco-Holding, SGPS S.A. declara que, tanto quanto é do seu conhecimento, o relatório de gestão e as contas anuais relativas ao exercício de 2009, expõem fielmente a evolução dos negócios, foram elaboradas em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis e dão uma imagem verdadeira e apropriada do Activo e do Passivo, da situação financeira e dos resultados do Finibanco-Holding e das empresas incluídas no seu perímetro de consolidação. Mais declara ainda que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição do Finibanco-Holding e do seu Grupo financeiro, bem como a descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta. Humberto da Costa Leite Armando Esteves Daniel Bessa Fernandes Coelho Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida António Luís Alves Ribeiro de Oliveira Arlindo da Costa Leite Artur de Jesus Marques Carlos Manuel Marques Martins Fernando da Rocha e Costa 81 Joaquim Mendes Cardoso 7. Actividade Desenvolvida pelos Administradores Não Executivos Como se refere nos pontos 2.1 e 2.9 do Relatório sobre o Governos da Sociedade, o conjunto dos Administradores não executivos do Finibanco-Holding, SGPS S.A. era constituído pelo Presidente do Conselho de Administração, Álvaro Pinho da Costa Leite, até 4 de Novembro de 2009, data do seu falecimento, e ficou a partir de então composto pelos Vogais António Luís Alves Ribeiro de Oliveira, Arlindo da Costa Leite, Carlos Manuel Marques Martins, Fernando da Rocha e Costa e Joaquim Mendes Cardoso. O Presidente do Conselho de Administração integrou a Comissão de Compliance e Controlo Interno, de que também faz parte o Vogal executivo Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida, para dar cumprimento aos requisitos expressos no Aviso n.º 5/2008, do Banco de Portugal, Comissão que tem reunido e desenvolvido a sua actividade com a frequência que a análise das situações em presença justifica. O Vogal Joaquim Mendes Cardoso, é membro também não executivo do Conselho de Administração do Finibanco, SA, e integra o quadro de pessoal deste Banco, com a categoria de Director. A sua actividade centra-se na vertente comercial, preferentemente no acompanhamento de clientes de referência, e também na área do crédito. Aos restantes quatro membros não executivos do Conselho de Administração, porque não têm vínculo laboral com nenhuma das empresas do Grupo, não lhes foram ainda atribuídas quaisquer funções, no âmbito do cargo que ocupam desde aquela data. Não obstante, acompanharam de perto a evolução dos negócios da Instituição, quer participando activamente nas reuniões plenárias onde a sua análise e discussão se produziu, quer através da documentação que periódica e sistematicamente lhes foi fornecida pelos serviços competentes. Humberto da Costa Leite Armando Esteves Artur de Jesus Marques Daniel Bessa Fernandes Coelho Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida 8. Actividade Desenvolvida pelos Administradores Executivos Como se refere nos pontos 2.1 e 2.9 do Relatório sobre o Governos da Sociedade, os Administradores executivos do Finibanco-Holding, SGPS S.A. são o Presidente da Comissão Executiva, Humberto da Costa Leite, os Vice-Presidentes, Armando Esteves e Artur de Jesus Marques, e os Vogais, Daniel Bessa Fernandes Coelho e Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida. 82 A Comissão Executiva do Finibanco-Holding, SGPS S.A., de que fazem parte, reúne uma vez por mês para tratar os assuntos de gestão corrente inerentes ao Grupo, descritos no ponto 2.3 do Relatório sobre o Governo da Sociedade. Os três primeiros elementos referidos, Humberto da Costa Leite, Armando Esteves e Artur de Jesus Marques, são também membros executivos do Conselho de Administração do Finibanco, SA, que reúne normalmente uma vez por semana para análise e decisão dos diversos assuntos constantes das agendas para o efeito elaboradas. Nos termos de Deliberação tomada na primeira sessão da Comissão Executiva, em 31 de Março de 2008, revista na sessão de 10 de Novembro do mesmo ano, o Presidente responde pelos pelouros de auditoria e controlo interno, jurídico, de recursos humanos, de logística, de mercado de capitais e operações de mercado, de operações, de organização e de sistemas de informação. O Vogal Armando Esteves assume os pelouros financeiro e internacional, de planeamento e contabilidade, de transacções imobiliárias, de crédito e de recuperação de crédito. Ao Vogal Artur de Jesus Marques estão atribuídos os pelouros da área comercial, negócios e particulares e empresas, de marketing, de promotores de negócios, de private banking, de corporate e também de factoring. Dos restantes dois membros, o Vogal Daniel Bessa Fernandes Coelho não exerce as suas funções em permanência mas, não obstante, participa na Comissão Executiva da Holding que reúne uma vez por mês e visita com assiduidade a Sede da Instituição para análise e emissão da sua avalizada opinião sobre as situações em presença. O outro Vogal, Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida, faz parte dos quadros do Finibanco, SA e desempenha cumulativamente as funções de responsável pela área jurídica. António Luís Alves Ribeiro de Oliveira Arlindo da Costa Leite Carlos Manuel Marques Martins Fernando da Rocha e Costa Joaquim Mendes Cardoso 9. Aplicação de Resultados O resultado do exercício de 2009 do Finibanco-Holding, SGPS S.A., obteve um lucro Individual de 14.490.410,35 euros. Assim, o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação do lucro individual do exercício de 2009: Para Reserva Legal (10%) Para Dividendos Para Resultados Transitados Total 1.449.041,04 euros 3.500.000,00 euros 9.541.369,31 euros 14.490.410,35 euros 83 10. Nota Final Terminado este conturbado exercício, pleno de intenso trabalho, o Conselho de Administração entende dever expressar o seu reconhecido agradecimento a todos quantos deram o seu contributo para levar a bom termo a tarefa de que se ocupa, designadamente: À Autoridade Monetária e Financeira e à CMVM-Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, pela compreensão e pelo diálogo que sempre souberam pôr nos contactos havidos; Aos Órgãos Sociais, Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas Ernst & Young Audit & Associados-SROC, SA, pela cooperação evidenciada; Aos Colaboradores do Grupo Finibanco, pelo empenhamento e dedicação que souberam colocar no desempenho das suas funções, não obstante os resultados obtidos; Aos Senhores Accionistas, pela confiança demonstrada, que muito nos honra, e neste momento difícil nos incentiva e encoraja para enfrentar o futuro. Porto, 26 Março 2010 O Conselho de Administração Humberto da Costa Leite Armando Esteves Artur de Jesus Marques Daniel Bessa Fernandes Coelho Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida António Luís Alves Ribeiro de Oliveira Arlindo da Costa Leite Carlos Manuel Marques Martins Fernando da Rocha e Costa Joaquim Mendes Cardoso 84 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS em 31 de Dezembro de 2009 FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. Balanço em base individual em 31 de Dezembro de 2009 (Montantes expressos em milhares de Euros) 2009-12-31 Activo Notas / Quadros anexos Caixa e disponibilidades em bancos centrais Valor antes de provisões, imparidade e amortizações Provisões imparidade e amortizações 2008-12-31 Valor líquido Passivo e Capital 0 0 0 33 0 33 Activos financeiros detidos para negociação 0 0 0 0 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 0 0 0 0 Recursos de outras instituições de crédito Disponibilidades em outras instituições de crédito 3 Notas / Quadros anexos 0 Recursos de bancos centrais 9.623 Passivos financeiros detidos para negociação 2009-12-31 2008-12-31 0 0 0 0 0 0 10 0 11.635 0 0 11 90.282 155.648 Activos financeiros disponíveis para venda 4 12.916 0 12.916 Aplicações em instituições de crédito 5 9.665 0 9.665 Crédito a clientes 0 0 0 0 Passivos financeiros associados a activos transferidos 0 0 Investimentos detidos até à maturidade 0 0 0 0 Derivados de cobertura 0 0 Activos com acordo de recompra 0 0 0 0 Passivos não correntes detidos para venda 0 0 Derivados de cobertura 0 0 0 0 Provisões 0 0 Activos não correntes detidos para venda 0 0 0 0 Passivos por impostos correntes Propriedades de investimento 0 0 0 0 Passivos por impostos diferidos 16.865 4.230 12.635 0 0 0 215.504 1.480 214.024 681 0 681 Outros activos tangíveis 6 Activos intangíveis Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Activos por impostos correntes 7 e 24 8 Activos por impostos diferidos Outros activos 9 e 24 0 0 0 33.287 34 33.253 39.374 Recursos de clientes e outros empréstimos 0 Responsabilidades representadas por títulos 12.863 Instrumentos representativos de capital 0 Outros passivos subordinados 200.947 Outros passivos 0 0 0 0 634 168.339 175.000 115.000 30.000 15.000 Outros instrumentos de capital 0 0 Acções próprias 0 0 485 317 0 Capital 8.087 Prémios de emissão Dividendos antecipados Total de Capital 283.207 0 422 242 Resultado do exercício 5.744 0 344 90.868 Outras reservas e resultrados transitados 288.951 13 126 Total de Passivo Reservas de reavaliação Total de Activo 12 271.020 Total de Passivo + Capital 14 ( 27.636) 25.603 14.490 (53.239) 0 0 192.339 102.681 283.207 271.020 As notas anexas fazem parte integrante do Balanço Individual em 31 de Dezembro de 2009 A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. Demonstração de Resultados em base individual em 31 de Dezembro de 2009 (Montantes expressos em milhares de Euros) 2009-01-01 a 2009-12-31 2008-01-01 a 2008-12-31 2009-10-01 a 2009-12-31 2008-10-01 a 2008-12-31 699 956 80 272 Juros e encargos similares 4.791 8.547 574 2.295 Rendimentos de instrumentos de capital 3.767 9.582 0 0 ( 325) 1.991 Rubricas Notas Quadros Anexos Juros e rendimentos similares Margem financeira 16 Rendimentos de serviços e comissões 17 0 0 0 0 Encargos com serviços e comissões 17 551 381 90 101 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 18 0 ( 129) 0 ( 252) Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 19 8.169 ( 5.472) 0 ( 10.496) Resultados de reavaliação cambial 3 Resultados de alienação de outros activos 20 ( 812) Outros resultados de exploração 21 9.456 Produto bancário 15.940 ( 494) ( 2.023) 167 0 362 0 0 0 623 6.612 188 ( 3.201) 6.028 ( 12.322) Custos com pessoal 22 228 173 57 57 Gastos gerais administrativos 23 373 229 140 85 Amortizações do exercício 6 229 234 55 58 0 0 0 0 0 0 0 0 873 48.397 0 48.397 Provisões líquidas de reposições e anulações Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 24 Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 24 Resultado antes de impostos ( 148) 14.385 Impostos ( 105) 25 Correntes Diferidos 0 ( 105) Resultado após impostos Do qual: Resultado líquido após impostos de operações descontinuadas 14.490 0 123 ( 52.357) 882 986 ( 104) ( 53.239) 0 ( 148) 5.924 ( 29) 0 ( 29) 5.953 123 ( 61.042) ( 504) ( 476) ( 28) ( 60.538) 0 Resultado por acção básicos ( em Euros) 0,08 -0,46 0,03 -0,53 Resultado por acção diluídos ( em Euros) 0,10 -0,46 0,03 -0,53 As notas anexas fazem parte integrante da Demonstração de Resultados Individual em 31 de Dezembro de 2009 A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. Demonstração do Rendimento Integral em base individual em 31 de Dezembro de 2009 (Montantes expressos em milhares de Euros) Notas Rubricas Quadros Anexos Resultado do período 2009-01-01 a 2009-12-31 14.490 2008-01-01 a 2008-12-31 ( 53.239) Ganhos/Perdas liquidas em títulos disponíveis para venda 195 1.369 Imposto diferido ( 27) ( 363) Ganhos/Perdas liquidas em diferenças cambiais Total do rendimento integral do período líquido de impostos 0 0 2009-10-01 a 2009-12-31 2008-10-01 a 2008-12-31 5.953 ( 60.538) ( 282) ( 3) 0 36.272 ( 3.636) 0 14.658 ( 52.233) 5.668 ( 27.902) 14.658 ( 52.233) 5.668 ( 27.902) Atribuído a: Accionistas do Finibanco Holding Interesses minoritários 0 14.658 A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, 0 ( 52.233) 0 5.668 0 ( 27.902) O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO NOS CAPITAIS PRÓPRIOS EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euros) Accionistas do Finibanco Holding Prémios de emissão Capital Saldos em 31.12.2008 (em NCA`s) Resultado do período Acções próprias Reservas de justo valor Outras reservas de reavaliação Outras reservas Resultados transitados Resultado líquido do exercício Interesses Minoritários Total Total 115.000 15.000 0 (787) 1.104 25.677 (74) (53.239) 102.681 0 102.681 0 0 0 0 0 0 0 14.490 14.490 0 14.490 0 0 0 195 0 0 0 0 195 0 195 0 (27) Outros rendimentos integrais Ganhos/ Perdas líquidas em valorizações ao justo valor Imposto diferido 0 0 0 (27) 0 0 0 0 (27) Ganhos / Perdas líquidas em diferenças cambiais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Total do rendimento integral 0 0 0 168 0 0 0 14.490 14.658 0 14.658 Transferência para reservas 0 0 0 0 0 0 (53.239) 53.239 0 0 0 60.000 15.000 0 0 0 0 0 0 75.000 0 75.000 175.000 30.000 0 (619) 1.104 25.677 (53.313) 14.490 192.339 0 192.339 Outras variações em capital próprio Saldos em 31.12.2009 ( em NCA`s) A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. DEMONSTRAÇÕES DE FLUXOS DE CAIXA EM BASE INDIVIDUAL PARA O EXERCÍCIO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro) Notas Dez-09 Dez-08 ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Juros e comissões recebidos Juros e comissões pagos Impostos pagos Recuperação de crédito e juros vencidos Fluxo das operações financeiras Pagamentos ao pessoal Outros recebimentos operacionais/ outros pagamentos operacionais Fluxo líquido proveniente dos proveitos e custos 684 956 (1.938) (5.166) (554) (1.999) 0 0 11.127 4.148 (228) (173) 9.134 705 18.225 (1.529) (9.650) 0 Diminuições (Aumentos) dos activos operacionais Aplicações em instituições de crédito Créditos a Clientes 0 0 Activos financeiros detidos para negociação 0 84 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 0 0 25.779 (15.941) Activos com acordo de recompra 0 0 Derivados de cobertura 0 0 Activos não correntes detidos para venda 0 0 (25.219) 10.116 (9.090) (5.741) Activos financeiros disponíveis para venda Outros activos Fluxo líquido dos activos operacionais Aumentos (diminuições) dos passivos operacionais Recursos de outras instituições de crédito (11.225) (66.775) Recursos de clientes e outros empréstimos 0 0 Passivos financeiros detidos para negociação 0 0 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 0 0 Derivados de cobertura 0 0 Passivos não correntes detidos para venda 0 0 (390) 452 (11.615) (66.323) (2.480) (73.593) Outros passivos Fluxo líquido dos passivos operacionais Fluxos das actividades operacionais (1) ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Diminuições (aumentos) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos (12.929) (28.417) Diminuições (aumentos) Investimentos detidos até à maturidade 0 0 Diminuições (aumentos) Propriedades de investimento 0 0 Diminuições (aumentos) Outros activos tangíveis 0 0 Diminuições (aumentos) Activos Intangíveis 0 0 Aumentos (diminuições) Capital subscrito 60.000 0 Aumentos (diminuições) Prémios de Emissão 15.000 0 0 0 62.071 (28.417) 0 108.000 Aumentos (diminuições) em Outros Activos - Suprimentos Fluxos das actividades de investimento (2) ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Emissões de dívida titulada e subordinada Amortizações de dívida titulada (64.538) 0 (4.643) (4.126) Dividendos 0 (9.775) Venda (Aquisição) de acções próprias 0 0 Interesses minoritários 0 0 (69.181) 94.099 Juros e comissões de Dívida Titulada Fluxos das actividades de financiamento (3) Aumento (diminuições) de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (9.590) (7.911) Caixa e seus equivalentes no início do exercício 3 9.623 17.534 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 3 33 9.623 As notas anexas fazem parte integrante da demonstração de fluxos de caixa individual do exercício de 2009 A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) ÍNDICE 1. 2. Informação Geral Bases de apresentação, comparabilidade e principais políticas contabilísticas BALANÇO: ACTIVO 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Outros activos tangíveis Investimentos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos Activos por impostos correntes Outros activos BALANÇO: PASSIVO 10. 11. 12. 13. Recursos de outras instituições de crédito Responsabilidades representadas por títulos Passivos por impostos diferidos Outros passivos BALANÇO: CAPITAL 14. Capital 15. Dividendos DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. Margem financeira Rendimentos e encargos de e com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados Resultados de activos e passivos disponíveis para venda Resultados de alienação de outros activos Outros resultados de exploração Custos com o pessoal Gastos gerais administrativos Imparidade Impostos correntes INFORMAÇÕES ADICIONAIS 26. 27. 28. 29. 30. Rubricas extrapatrimoniais Relato por segmento Partes relacionadas Justo valor dos instrumentos financeiros Eventos subsequentes -1- FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 1. INFORMAÇÃO GERAL O Finibanco Holding tem a sede social no Porto, exercendo as funções de “holding” de um Grupo Financeiro – Grupo Finibanco (“Grupo”), operando em áreas da actividade bancária com as características de Banca Universal. O Finibanco Holding é a entidade central de um grupo de empresas multiespecializadas que oferecem um extenso leque de produtos e serviços financeiros para empresas e investidores, institucionais e particulares. O Finibanco Holding detém directamente participações financeiras em empresas subsidiárias e associadas. A estrutura do Grupo Finibanco a nível de empresas subsidiárias e associadas, detidas directamente, em 31 de Dezembro de 2009 pode ser resumida da seguinte forma: Empresas subsidiárias e associadas Sede Actividade % Participação efectiva SUBSIDIÁRIAS Finibanco, S.A. Porto Instituição de Crédito 100% Finivalor – Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, S.A. Lisboa Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários 100% Finimóveis – Sociedade Imobiliária de Serviços Auxiliares, S.A. Porto Imobiliária 100% Finicrédito – Instituição Financeira de Crédito, S.A. Porto Sociedade Financeira 100% Finisegur – Sociedade Mediadora de Seguros, S.A. Porto Mediadora de Seguros 100% Luanda Instituição de Crédito 61,274% Porto Sociedade Gestora de Participações Sociais 21,952% Porto Companhia de Seguros 50% Finibanco Angola, SA Lestinvest – Sociedade Participações, S.A. Gestora de ASSOCIADAS Finibanco Vida SA No exercício de 2009 a estrutura do grupo sofreu as seguintes alterações: Dissolução da subsidiária Fini International Luxembourg, SA. no primeiro semestre do corrente ano; Alienação de 50% do capital da subsidiária Finibanco Vida – Companhia de Seguros, SA no final do segundo semestre de 2009, com perda de controlo, deixando de ser uma subsidiária e passando a ser uma associada. Alienação de parte da participação na PRIO, deixando de ser uma associada e passando a ser um investimento financeiro sem influência significativa (anexo II). As demonstrações financeiras foram aprovadas para emissão pelo Conselho de Administração em 26 de Março de 2010 e serão submetidas à aprovação da Assembleia Geral de accionistas de 20 de Abril de 2010. -2- FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Adopção de novas ou revistas normas internacionais de relato financeiro As políticas contabilísticas adoptadas no exercício são consistentes com as utilizadas nos exercícios anteriores, com excepção da adopção das novas normas e interpretações, alterações ou revisões de Normas e novas interpretações emitidas pelo IASB/IFRIC e endossadas pela União Europeia com entrada em vigor em 2009. Esta adopção não implicou efeitos na posição patrimonial e performance da Sociedade. A adopção das alterações na IAS 1, IFRS 7 e nova norma IFRS 8, resumidas na Nota 2.1. do Anexo às demonstrações financeiras consolidadas, originaram divulgações adicionais. 2.2. Bases de apresentação e comparabilidade As demonstrações financeiras individuais da Sociedade foram preparadas pela primeira vez em 2006 de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) conforme definido no Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. As NCA baseiam-se nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia, com excepção das seguintes áreas: Valorimetria e provisionamento do crédito concedido; Benefícios dos empregados, através do estabelecimento de um período de diferimento dos impactos de transição para IAS/IFRS; Eliminação da opção do justo valor para valorização de activos tangíveis. Os impostos diferidos foram compensados por existir o direito legal para essa compensação e serem relacionados com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal, ou sobre a mesma entidade tributável, situação que não tinha sido tida em conta nas demonstrações financeiras do ano anterior. As demonstrações financeiras foram preparadas na base do custo histórico, excepto para os activos financeiros disponíveis para venda que foram mensurados ao justo valor. A instituição apresenta em capítulo separado as suas contas consolidadas nos termos do disposto da IAS 27“Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas” 2.3. Uso de estimativas e julgamentos Na preparação das demonstrações financeiras, a gestão da Sociedade tem que efectuar estimativas e assumir previsões que afectam os activos, passivos, réditos e custos, bem como os passivos e activos contingentes divulgados. Para a elaboração destas estimativas a gestão utilizou a informação disponível à data de preparação das demonstrações financeiras e julgamentos de valor. Consequentemente, os valores futuros efectivamente verificados podem diferir destas estimativas. As situações onde o uso de estimativas é mais significativo são as seguintes: Imparidade em instrumentos de capital Os Instrumentos de capital classificados em activos financeiros disponíveis para venda são considerados em imparidade quando se verifica um significativo ou prolongado declínio nos justos valores, abaixo dos preço de custo, ou quando existam outras evidências objectivas de imparidade. A determinação do nível de declínio em que se considera “significativo ou prolongado” requer julgamentos. Neste contexto o Grupo determinou que um declínio no justo valor de um instrumento de capital igual ou superior a 50% ou por mais de 1 ano é considerado significativo ou prolongado, respectivamente. Adicionalmente, são avaliados outros factores, tal como o comportamento da volatilidade nos preços dos activos. Imparidade em instrumentos de dívida No caso dos instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda, a imparidade é elaborada com os mesmos critérios de um activo financeiro registado ao custo amortizado. Os juros deverão ser especializados à taxa efectiva original na parte reduzida do valor do activo e registada na rubrica de “ juros e proveitos equiparados”. Se, num período subsequente, o justo valor de um instrumento de dívida classificado como disponível para venda aumentar e o aumento puder estar objectivamente relacionado com um acontecimento que ocorra após o reconhecimento da perda por imparidade nos resultados, a perda por imparidade deve ser revertida, sendo a quantia da reversão reconhecida nos resultados. -3- FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Activos por impostos diferidos São reconhecidos activos por impostos diferidos para prejuízos fiscais não utilizados, na medida em que seja provável que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados fiscais positivos. Para o efeito são efectuados julgamentos para a determinação do montante de impostos diferidos activos que podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais futuros esperado. 2.4 Principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes: Aplicações em instituições de crédito no país e no estrangeiro São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis e não cotados num mercado activo. Após reconhecimento inicial, ao valor desembolsado acrescido de todos os custos directamente inerentes à transacção, incluindo comissões cobradas que não tenham a natureza de prestação de serviço, subsequentemente estes activos são mensurados ao custo amortizado, usando o método da taxa efectiva, deduzido das perdas por imparidade. O custo amortizado é calculado tendo em conta rendimentos ou encargos directamente imputáveis à originação do activo como parte da taxa de juro efectiva. A amortização é reconhecida em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica “Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações”. Activos financeiros detidos para negociação Esta rubrica inclui os instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo que não são enquadrados como operações de cobertura de acordo com os princípios da IAS 39. Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados pelo seu justo valor, sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos em resultados do período na rubrica “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. Activos financeiros disponíveis para venda São classificados nesta rubrica instrumentos que não foram classificados em qualquer uma das outras categorias de activos financeiros. São registados pelo justo valor, sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos em rubrica específica de capital próprio até à sua venda ( ou ao reconhecimento de perdas por imparidade ), momento em que são transferidos para resultados do período. Imparidade em activos disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda são considerados em imparidade quando se verifica um significativo ou prolongado declínio no justo valor dos activos, abaixo dos preço de custo, ou quando existam outras evidências objectivas de imparidade. Neste contexto o Finibanco Holding determinou que um declínio no justo valor de um instrumento de capital igual ou superior a 50% ou por mais de 1 ano é considerado significativo ou prolongado, respectivamente. Adicionalmente, são avaliados outros factores, tal como o comportamento da volatilidade nos preços dos activos. No caso dos instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda, a imparidade é abordada com os mesmos critérios de um activo financeiro registado ao custo amortizado. Outros Activos A rubrica de Outros Activos inclui os activos financeiros correspondentes ao fornecimento de dinheiro, bens ou serviços a um devedor, por parte da Instituição, incluindo a subsidiárias e associadas por suprimentos. Este conceito abrange as posições credoras resultantes de operações com terceiros realizadas no âmbito da actividade da instituição, e exclui as operações com instituições de crédito. -4- FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) A valorimetria seguida foi a seguinte: Na data do reconhecimento inicial, os activos financeiros são registados pelo valor nominal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo a regra do pro rata temporis, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria, são igualmente periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo a regra pro rata temporis. O valor dos activos incluídos nesta categoria é objecto de correcção, de acordo com critérios de rigor e prudência, por forma a reflectirem, a todo o tempo, o seu valor realizável. A correcção a que se refere o ponto anterior não pode ser inferior ao que for estabelecido por Aviso do Banco de Portugal, como quadro mínimo de referência para a constituição de provisões. Outros activos tangíveis Os outros activos tangíveis são mantidos ao custo de aquisição, salvo quando se verifiquem reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias daí resultantes são incorporadas em sub-rubrica apropriada da conta “ reservas legais de reavaliação”. Os activos tangíveis são amortizados numa base linear, de acordo com a sua vida útil esperada: Anos Imóveis de serviço próprio: Edifícios Benfeitorias Equipamento: Máquinas e ferramentas 50 8 a 10 5a8 Um activo tangível é desreconhecido quando vendido ou quando não é expectável a existência de benefícios económicos futuros pelo seu uso ou venda. Na data do desreconhecimento o ganho ou perda calculado pela diferença entre o valor líquido de venda e o valor líquido contabilístico é reconhecido em resultados na rubrica “Outros Resultados de exploração”. Investimentos em subsidiárias, entidades conjuntamente controladas e associadas Uma subsidiária é uma entidade que é controlada por uma outra entidade designada empresa mãe. Presume-se a existência de controlo quando a empresa mãe for proprietária, directa ou indirectamente através de subsidiárias, de mais de metade do poder de voto de uma entidade, a não ser que, em circunstâncias excepcionais, possa ficar claramente demonstrado que essa propriedade não constitui controlo. Também existe controlo quando a empresa mãe for proprietária de metade ou menos do poder de voto de uma entidade quando houver: a) Poder sobre mais de metade dos direitos de voto, em virtude de um acordo com outros investidores; b) Poder para gerir as políticas financeiras e operacionais da entidade segundo uma cláusula estatutária ou um acordo; c) Poder para nomear ou destituir a maioria dos membros do conselho de direcção ou de um órgão de gestão equivalente e o controlo da entidade for feito por esse conselho ou órgão; ou d) Poder para apresentar a maioria dos votos em reuniões do conselho de direcção ou de um órgão equivalente e o controlo da entidade for feito por esse conselho ou órgão. -5- FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Uma associada é uma entidade sobre a qual a investidora tem influência significativa e que não seja uma subsidiária nem um interesse num empreendimento conjunto. Se uma investidora detiver, directa ou indirectamente ( por exemplo através de subsidiárias ), 20% ou mais do poder de voto da investida, presume-se que a investidora tem influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado que esse não é o caso. Pelo contrário, se a investidora detiver, directa ou indirectamente ( por exemplo, através de subsidiárias ), menos de 20% do poder de voto da investida, presume-se que a investidora não tem influência significativa, a menos que tal influência possa ser claramente demonstrada. A existência de influência significativa por uma investidora é geralmente evidenciada por uma ou mais das seguintes formas: a) Representação no órgão de direcção ou órgão de gestão equivalente da investida; b) Participação em processos de fixação de políticas, incluindo a participação em decisões sobre dividendos ou outras distribuições; c) Transacções materiais entre a investidora e a investida; d) Intercâmbio de pessoal de gestão; ou e) Fornecimento de informação técnica essencial. Os investimentos em subsidiárias e associadas estão valorizadas pelo seu custo, deduzido de eventuais perdas por imparidade. Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, que incluem essencialmente recursos de instituições de crédito, são inicialmente valorizados pelo seu justo valor, o qual corresponde normalmente à contraprestação recebida, líquida dos custos de transacção directamente associados. Subsequentemente estes instrumentos são valorizados ao custo amortizado. Provisões e passivos contingentes Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva), resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. A provisão corresponde à melhor estimativa do Finibanco Holding de eventuais montantes que seria necessário desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço. Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota. Reconhecimento de custos e proveitos Em geral os proveitos e custos reconhecem-se em função do período de vigência das operações, de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, isto é, são registados à medida que são gerados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Os proveitos são reconhecidos na medida em que seja provável que benefícios económicos associados fluam para a empresa e a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada. Os dividendos são reconhecidos quando estabelecido o direito ao seu recebimento. -6- FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Impostos sobre o rendimento O Finibanco Holding está sujeito ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC). O imposto corrente é reconhecido como um custo com base na taxa aplicável no exercício em que os lucros foram gerados. Os efeitos nos impostos futuros por prejuízos fiscais reportáveis são reconhecidos como activos por impostos diferidos na medida em que é provável a existência de lucros fiscais no futuro que permitam a utilização dessas perdas fiscais. Os custos com impostos sobre o rendimento correspondem à soma do imposto corrente e do imposto diferido. O Finibanco Holding regista ainda passivos ou activos por impostos diferidos respeitantes ao reconhecimento de impostos a pagar ou a recuperar no futuro decorrentes de diferenças temporárias tributáveis ou dedutíveis, nomeadamente relacionadas com provisões temporariamente não dedutíveis para efeitos fiscais e reavaliações de derivados apenas tributáveis no momento da sua realização. Adicionalmente, são reconhecidos activos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e avaliados numa base mensal, utilizando as taxas de tributação que se prevê estejam em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data do balanço. Os passivos por impostos diferidos são sempre registados. Os activos por impostos diferidos apenas são registados na medida em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam o seu aproveitamento. Os activos e passivos por impostos diferidos são compensados se existir o direito legal de compensar impostos correntes activos e passivos e estes forem relacionados com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal ou sobre a mesma entidade tributável. Os impostos sobre o rendimento são registados por contrapartida de resultados do exercício, excepto em situações em que os eventos que os originaram tenham sido reflectidos em rubrica específica de capital próprio. Neste caso, o efeito fiscal associado é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. 3. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO O detalhe da rubrica "Disponibilidades em outras instituições de crédito" em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 é como segue: 31.12.2009 31.12.2008 33 9.623 33 9.623 Disponibilidades sobre Instituições de Crédito no país: Depósitos à ordem -7- FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 4. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA O detalhe da rubrica de “Activos financeiros disponíveis para venda” era, em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 como a seguir se demonstra: 31.12.2009 31.12.2008 Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de Dívida Dívida não Subordinada Dívida Subordinada Instrumentos de Capital Acções Perdas de imparidade (Nota 24) 1.029 7.513 4.660 8.542 4.660 6.504 (2.130) 78.900 (46.527) 4.374 32.373 - 4.211 (1.870) - 2.341 12.916 39.374 Emitidos por não residentes Instrumentos de Capital Acções Perdas de imparidade (Nota 24) Os títulos incluídos nesta rubrica encontram-se detalhados no Anexo II. Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 esta rubrica apresenta a seguinte estrutura de acordo com os prazos residuais de vencimento: 31.12.2009 De 1 a 5 anos Superior a 5 anos -8- 31.12.2008 973 7.569 4.660 8.542 4.660 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 5. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO O detalhe da rubrica "Aplicações em instituições de crédito" em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 é como segue: 31.12.2009 31.12.2008 9.665 - 9.665 - Aplicações em Instituições de Crédito: Depósitos 6. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS Os saldos em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, bem como o movimento ocorrido no período findo nesta data são como segue: Saldo em 31.12.2008 CONTAS Amortizações Valor Bruto Acumuladas Aquisições Amortizações Abates Valor líquido do período (líquido) 31-12-2009 OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS . Imóveis de serviço próprio 16.864 (4.000) - ( 229) - 12.635 1 ( 1) - - - - 16.865 ( 4.002) ( 229) - 12.635 . Equipamento TOTAIS 7. - INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS O detalhe da rubrica “Investimentos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos”, em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, bem como o movimento ocorrido no exercício, era como a seguir se mostra: 31.12.2009 31.12.2008 Subsidiárias e associadas no país Saldo inicial Aquisições Alienações Transferências Aumentos de Capital Apropriação de resultados Dividendos pagos Actualização cambial Imparidade acumulada (Nota 24) -9- 202.575 195 (28.557) (3.125) 44.416 - 174.158 4.417 24.000 - 215.504 202.575 (1.480) (1.628) 214.024 200.947 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) No início do 3º trimestre de 2009 procedeu-se à venda de 17,5% do capital social da Prio SGPS SA e correspondentes prestações suplementares a entidades não relacionadas com o grupo Finibanco. Esta operação teve um impacto na rubrica “ Outros Resultados de Exploração” da Demonstração de Resultados da Sociedade no valor de m.Euros 1.395 (Nota 21). Actualmente a Sociedade detém 2,5% da Prio reclassificados para “Activos disponíveis para venda”. Em Dezembro de 2009 o Finibanco Holding formalizou, com o grupo Mapfre, um acordo geral que se traduz numa parceria estratégica para a área dos seguros e “assurfinance”. Esta parceria consubstancia-se na: Transmissão para a Mapfre Seguros Gerais, SA de 50% do capital e do controlo da gestão da Finibanco Vida – Companhia de Seguros de Vida, SA; Concretização de um acordo de distribuição exclusiva pelas redes Finibanco dos produtos do Ramo Vida da Finibanco Vida; Concretização de um acordo de distribuição exclusiva pelas redes Finibanco dos produtos dos Ramos Não –Vida da Mapfre Seguros Gerais, SA; Concretização de um acordo de distribuição “assurfinance”dos produtos do Finibanco na rede de Mediadores da Mapfre Seguros Gerais, SA (Portugal). Como consequência deste acordo a Mapfre Seguros Gerais, SA assumiu o controlo de gestão da Finibanco Vida – Companhia de Seguros de Vida, SA, tendo a possibilidade de nomear a maioria dos membros do Conselho de Administração. As condições de pagamento do preço acordado para as Acções compreendem um Pagamento Inicial de Valor Fixo, um Pagamento Complementar de Valor Fixo e um Pagamento Complementar de Valor Variável, correspondendo portanto a três pagamentos: a) O Pagamento Inicial de Valor Fixo será de m.Euros 9.000, em dinheiro, a liquidar na data em seja obtida a não oposição à transacção por parte das autoridades competentes, e determina, sem outra condição ou reserva, a transferência imediata da plena titularidade das Acções e de todos os seus direitos; A não oposição por parte do ISP foi obtida em 4 de Março de 2010, já tendo ocorrido a liquidação desta parcela. b) O Pagamento Complementar de Valor Fixo será de m.Euros 1.000, em dinheiro, a liquidar depois de decorrido um ano sobre a data do pagamento inicial de valor fixo; c) O Pagamento Complementar de Valor Variável (terceiro e último pagamento), também em dinheiro, será o resultado de multiplicar a “Relação do crescimento do Ajusted Embedded Value (AEV) 2009-2013 Conseguido/Previsto” pelo valor de referência estabelecido em m.Euros 5.595. Este valor corresponde á capitalização de m.Euros 5.000 desde 31.12.2009 até 31.12.2013. A “Relação do Crescimento do AEV 2009 – 2013 Conseguido/Previsto” será calculada nos termos de anexo (Metodologia de Cálculo do Pagamento Complementar de Valor Variável). No entanto estabelece-se que se esta relação for superior aos 200%, dará origem a um pagamento máximo de m.Euros11.190 (200% x m.Euros 5.595). Os cálculos relativos ao AEV serão realizados por Entidade externa especializada. O método de avaliação, dado tratar-se de uma entidade seguradora de Vida, baseou-se no valor do Embedded Value (Valor intrínseco da carteira de apólices) acrescido de um valor adicional correspondente ao potencial de criação de valor futuro para os accionistas, com base aos dados disponibilizados pela própria Finibanco Vida e posteriormente confirmados pela Mapfre Seguros Gerais no processo de Due Diligence (Revisão aprofundada de todos os aspectos e contas da companhia). Como resultado da venda dos 50% do capital foi registado na rubrica de “Outros Resultados de exploração” da Demonstração de Resultados um ganho de m.Euros 6.250 (Nota 21). - 10 - FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Os principais indicadores em 31 de Dezembro de 2009 das subsidiárias e associadas abaixo indicadas ajustados para IFRS, são os seguintes: Subsidiárias e Associadas % participação Valor da participação Total Capital Próprio Resultado Líquido Subsidiárias Finibanco, S.A. 100% 159.994 188.581 Finicrédito - IFIC, S.A. 100% 33.627 34.582 681 Finivalor - SGFM, S.A. 100% 1.546 3.456 2.444 100% 1.517 1.347 170 Finimóveis - Sociedade Imobiliária de Serviços Auxiliares, S.A. Finisegur - Sociedade Mediadora de Seguros, S.A. 160 299 219 Finibanco Angola 61,274% 8.993 10.011 5.320 Lestinvest SGPS, SA 21,952% 4.437 19.403 (6.208) Associadas Finibanco Vida - Companhia de Seguros, S.A. 100% (9.901) 50% 3.750 7.895 1.601 214.024 265.574 (5.674) Os títulos incluídos nesta rubrica encontram-se detalhados no Anexo II. 8. ACTIVOS POR IMPOSTOS CORRENTES Os saldos em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 de “Activos por impostos correntes” são detalhados como a seguir se demonstra: 31.12.2009 31.12.2008 Activos por impostos correntes IRC a recuperar 9. 681 126 681 126 OUTROS ACTIVOS O desenvolvimento da rubrica “Outros activos” em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, é como segue: 31.12.2009 Devedores e outras aplicações vencidas Devedores e outras aplicações: Sector público administrativo Devedores diversos Outros juros e rendimentos similares Outras despesas com encargo diferido Imparidade acumulada (Nota 24) - 11 - 31.12.2008 34 34 610 32.265 136 242 7.054 490 543 33.287 8.121 (34) (34) 33.253 8.087 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) A rubrica “Devedores diversos” inclui m.Euros 6.600 relativos a suprimentos a empresas subsidiárias ( m.Euros 6.600 em 31 de Dezembro de 2008), m.Euros 15.313 relativos à venda de 17,5% Prio – SGPS, SA cujo recebimento ocorrerá em 30 de Setembro de 2010 e ainda m.Euros 10.000 relativos à venda de 50% da Finibanco Vida – Companhia de Seguros SA cuja data de recebimento se encontra descrita na Nota 7. 10. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Recursos de outras instituições de crédito” tem a seguinte composição: 31.12.2009 31.12.2008 No país Empréstimos - 11.225 - 11.225 - 410 - 410 - 11.635 Juros de recursos de outras instituições de crédito Recursos de instituições de crédito no país Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 esta rubrica apresenta a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: 31.12.2009 De 3 meses a 1 ano 11. 31.12.2008 - 11.225 - 11.225 RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, o montante da rubrica do passivo "Responsabilidades representados por títulos" detalha-se da seguinte forma: 31.12.2009 31.12.2008 Dívida emitida Obrigações Juros de responsabilidades representadas por títulos sem carácter subordinado - 12 - 90.212 154.750 70 898 90.282 155.648 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) O detalhe da rubrica "Responsabilidades representadas por títulos" em 31 de Dezembro de 2009 é como segue: Valor Descrição Reembolso e nominal Remuneração Pagamento de juros 212 A 29 de Agosto de 2010 45.000 B 19 de Junho 2011 17.000 C 28 de Novembro de 2013 28.000 D 31 de Dezembro de 2014 Emitidos em anos anteriores Obrigações “Finibanco Holding 05/10 Agosto” Obrigações “Finibanco Holding 08/11 Junho” Obrigações “Finibanco Holding 08/13 Novembro” Obrigações “Finibanco Holding 08/14 Dezembro” 90.212 A taxa de juro é a correspondente à “Euribor de 12 meses” reportada ao antepenúltimo dia útil anterior ao do início da contagem de juros acrescida de 0,5%. A - B - O 1º cupão tem uma taxa fixa de 6%. Para os restantes cupões, a taxa de juro será a correspondente à “Euribor de 6 meses” reportada ao antepenúltimo dia útil anterior ao do início da contagem de juros, acrescida de 0,75%. C - A taxa de juro é a correspondente à “Euribor de 6 meses” reportada ao antepenúltimo dia útil anterior ao do início da contagem de juros, acrescida de 1,5%. D - A taxa de juro é a correspondente à “Euribor de 6 meses” reportada ao antepenúltimo dia útil anterior ao do início da contagem de juros, acrescida de 1,5%. - 13 - FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 12. PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Os saldos em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 da rubrica “Passivos por impostos diferidos” são detalhados como a seguir se demonstra: 31.12.2008 31.12.2009 Activo Instrumentos financeiros Activos tangíveis Passivo 259 259 603 603 Impostos Diferidos Líquidos 13. Activo Passivo 288 288 710 710 344 422 OUTROS PASSIVOS O desenvolvimento da rubrica “Outros passivos”, em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, é como segue: 31.12.2009 31.12.2008 Credores e outros recursos Sector Público Administrativo Juros, dividendos e outras remunerações de capital a pagar Credores diversos Credores por fornecimento de bens Outros credores 8 14 7 8 11 133 4 523 159 549 47 49 Outras receitas com rendimento diferido 14 14 Outras contas de regularização 22 22 242 634 Encargos a pagar Outros encargos a pagar Receitas com rendimento diferido - 14 - FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 14. CAPITAL Em 31 de Dezembro de 2009, o capital subscrito do Finibanco Holding ascende a m.Euros 175.000 e encontrase integralmente realizado, sendo constituído por 175.000.000 acções de valor nominal de 1 Euro. Em Junho de 2009 o Finibanco Holding procedeu ao aumento de capital de m.Euros 115.000 para m.Euros 175.000. Em 31 de Dezembro de 2009, a VIC, S.G.P.S., S.A. detinha 58,03% das acções representativas do capital social do Finibanco Holding. Esta entidade é detida em 71,53% pela APCL Financeira SPGS, S.A. entidade com controlo final do Grupo. O Finibanco Holding não detinha em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 quaisquer acções próprias. Não existem partes de capital beneficiárias, obrigações convertíveis nem títulos ou direitos similares. 15. DIVIDENDOS No exercício de 2009 não foram pagos quaisquer dividendos (m.Euros 9.775, que corresponderam a Euros 0,085 por acção pagos no exercício de 2008). 16. MARGEM FINANCEIRA Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a margem financeira detalha-se da seguinte forma: 31.12.2009 31.12.2008 Juros e rendimentos similares de: Disponibilidades sobre instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito Outros activos financeiros Activos detidos para negociação Activos disponíveis para venda Outras aplicações Devedores e outras aplicações 31 290 299 - 140 238 - 27 300 330 699 956 148 4.405 4.643 - 4.126 1 15 4.791 8.547 162 2.272 3.605 7.310 3.767 9.582 ( 325) 1.991 Juros e encargos similares de: Recursos de instituições de crédito Responsabilidades representadas carácter subordinado Passivos financeiros de negociação Outros Juros e encargos similares por títulos sem Rendimentos provenientes de: Activos disponíveis para venda Investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos associadas e - 15 - FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 17. RENDIMENTOS E ENCARGOS DE E COM SERVIÇOS E COMISSÕES Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “Rendimentos e encargos de e com serviços e comissões” detalha-se da seguinte forma: 31.12.2009 31.12.2008 Rendimentos de serviços e comissões por: Operações sobre instrumentos financeiros - - - - 2 430 96 23 5 232 124 20 551 381 (551) (381) Encargos com serviços e comissões por: Garantias recebidas Serviços bancários prestados por terceiros Operações realizadas por terceiros Outras comissões pagas 18. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados” detalha-se da seguinte forma: 31.12.2009 31.12.2008 Ganhos em: Activos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados Instrumentos derivados - 509 - 509 - 638 - 638 - (129) Perdas em: Activos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados Instrumentos derivados - 16 - FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 19. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS DISPONÍVEIS PARA VENDA Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “Resultados de activos e passivos disponíveis para venda” detalha-se da seguinte forma: 31.12.2009 31.12.2008 Ganhos em: Activos financeiros detidos venda Instrumentos de capital 8.169 5.506 8.169 5.506 - 10.978 - 10.978 8.169 (5.472) Perdas em: Activos financeiros detidos para venda Instrumentos de capital 20. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Os saldos em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 da rubrica “Resultados de alienação de outros activos” são detalhados como a seguir se demonstra: 31.12.2009 31.12.2008 Perdas em: Investimentos em subsidiárias e associadas Investimentos em associadas 21. 812 - (812) - OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “Outros resultados de exploração” detalha-se da seguinte forma: 31.12.2009 31.12.2008 Ganhos em: Rendas de locação operacional Ganhos em subsidiárias, associadas empreendimentos conjuntos (Nota 7) Outros ganhos e rendimentos operacionais Outros 913 890 7.548 - e 1.092 2 9.553 892 96 267 Perdas em: Outros impostos Outros encargos e gastos operacionais Outros - 17 - 1 2 97 269 9.456 623 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 22. CUSTOS COM O PESSOAL Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “Custos com o pessoal” detalha-se da seguinte forma: 31.12.2009 Remunerações Dos órgãos de gestão e fiscalização Encargos Sociais obrigatórios Encargos relativos a remunerações 23. 31.12.2008 195 150 33 23 228 173 GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “Gastos gerais administrativos” detalha-se da seguinte forma: 31.12.2009 31.12.2008 Com fornecimentos: Material de consumo corrente 1 - 1 - 11 9 332 20 2 227 - 372 229 373 229 Com serviços: Deslocações e estadas Publicidade e edição de publicações Serviços especializados Outros serviços especializados 24. IMPARIDADE O detalhe da rubrica imparidade, em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, bem como o movimento ocorrido no exercício de 2009, era como a seguir se mostra. Saldos Perdas por imparidade Saldos em 31.12.08 Anulações/ em Dotações Utilizações Reposições 31.12.09 48.397 873 (47.140) - 2.130 34 - - - 34 1.628 - - (148) 1.480 50.059 873 (47.140) (148) 3.644 Activos financeiros disponíveis para venda (Nota 4) Devedores e outras aplicações (Nota 9) Investimentos associadas em e conjuntos (Nota 7) subsidiárias, empreendimentos - 18 - FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 25. IMPOSTOS CORRENTES A diferença entre os impostos calculados à taxa legal e os impostos calculados à taxa efectiva no exercício de 2009 e 2008 pode ser explicada como a seguir se demonstra: 31.12.2009 31.12.2008 Imposto corrente: 1. Resultado antes de impostos 2. Taxa legal de imposto (IRC+Derrama) 3. Carga fiscal normal (1*2) 4. Efeito fiscal de gastos que não são dedutíveis 4.1. Reintegrações não aceites 4.2. Provisões não dedutíveis 4.3. Mais valias fiscais 4.4. Imputação de lucros de sociedades não residentes 4.5. Encargos financeiros com aquisição de participações 4.6. Imparidade títulos disponíveis para venda 4.7. Outros custos não dedutíveis 5. Efeito fiscal de rendimentos que não são tributáveis 5.1 Redução de provisões tributadas 5.2 Outros proveitos não tributados 5.3. Rendimentos nos termos do artigo 46º 5.4 Outros proveitos não tributáveis 6. Matéria colectável (1+4+5) 7. Imposto total (6*2) 8. Taxa efectiva (7/1) 14.385 26,50% 3.812 (52.357) 26,50% - 31 358 26 123 358 3.072 1.686 - 7.180 48.397 9.273 (148) (330) (5.045) (14.570) (1) (9.280) - (561) - 3.719 986 - De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social). Quando haja lugar a prejuízos fiscais em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas ( IRC), o período a considerar é de seis anos. Adicionalmente, de acordo com o artigo 58º do Código do IRC, a Direcção Geral dos Impostos poderá efectuar as correcções que considere necessárias para a determinação do lucro tributável sempre que, em virtude de relações especiais entre o contribuinte e outra pessoa, sujeita ou não a IRC, tenham sido estabelecidas condições diferentes das que seriam normalmente acordadas entre pessoas independentes, conduzindo a que o resultado apurado seja diverso do que se apuraria na ausência dessas relações. No entanto, a Administração entende que as eventuais correcções, resultantes de diferentes interpretações da legislação vigente por parte das autoridades fiscais não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras anexas. - 19 - FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 26. RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o detalhe das rubricas extrapatrimoniais é como segue: 31.12.2009 Garantias prestadas: Garantias pessoais/institucionais Garantias recebidas: Garantias pessoais/institucionais 27. 31.12.2008 4.705 4.552 4.705 4.552 177 953 177 953 4.882 5.505 RELATO POR SEGMENTO Os Resultados e Activos da Sociedade referem-se exclusivamente à actividade de gestão de participações sociais, razão pela qual não se apresenta relato por segmentos. Substancialmente as actividades da Sociedade desenvolvem-se em Portugal pelo que também não se considera relevante apresentar o reporte por segmento geográfico . 28. PARTES RELACIONADAS A lista de partes relacionadas apresenta-se como segue: Accionistas MARIA AUGUSTA RESENDE COSTA LEITE - Accionista com controlo final HERANÇA INDIVISA DE ÁLVARO PINHO DA COSTA LEITE APCL FINANCEIRA - SGPS, SA - Entidade com controlo final VIC (SGPS), SA – Empresa mãe Membros do Conselho de Administração HUMBERTO COSTA LEITE ARTUR JESUS MARQUES ARMANDO ESTEVES JOAQUIM MENDES CARDOSO DANIEL BESSA FERNANDES COELHO JORGE MANUEL DE MATOS TAVARES DE ALMEIDA ARLINDO COSTA LEITE ANTÓNIO LUÍS ALVES RIBEIRO DE OLIVEIRA CARLOS MANUEL MARQUES MARTINS FERNANDO DA ROCHA E COSTA - 20 - FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Empresas subsidiárias e associadas do Grupo Finibanco / APCL FINIBANCO VIDA-COMPANHIA SEGUROS VIDA,SA FINICRÉDITO-INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE CRÉDITO, SA FINIMÓVEIS SOCIEDADE IMOBILIÁRIA DE SERVIÇOS AUXILIARES,SA FINISEGUR-SOCIEDADE MEDIADORA SEGUROS,SA FINIVALOR-SOCIEDADE GESTORA FUNDOS MOBILIÁRIOS,SA FINIBANCO SA - ANGOLA FINIBANCO SA LESTINVEST, SGPS SA OBOL INVEST KFT IBERPARTNERS CAFÉS – SGPS, SA SAF - IMOBILIÁRIA, S A SOGIPORTO-GESTÃO IMOBILIÁRIA, S A SOGILEÇA - GESTÃO IMOBILIÁRIA, LDA SOGIBRAGA - GESTÃO IMOBILIÁRIA, LDA LAMEIRA - IMOBILIÁRIA, LDA ESTIA SGPS Vic Beteiligungsverwaltungs GmbH ROSUD SRL MAMAIA INVESMENTS, SRL. - 21 - FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Sociedades onde Accionistas e membros da Administração têm influência significativa EMPICAIMA-CONSTRUÇÕES SA GLOBAL DIS-DISTRIBUIÇÃO GLOBAL MATERIAIS,SA IMOBILIÁRIA DA CAVADA, LDA IMOCAMBRA - GESTÃO IMOBILIÁRIA, SA MAITEX – INDUSTRIA TEXTIL, SA ESTIA RETAIL & WAREHOUSING, SRL OPPA - INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS, SA PEDRAL – PEDREIRAS DO CRASTO DE CAMBRA, SA PREDICAIMA - COMÉRCIO IMOBILIÁRIO, SA PROMOQUATRO-INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS, LDA SITAPE - INDÚSTRIA METALÚRGICA, SA SOGICAIMA-GESTÃO IMOBILIÁRIA, SA STOCKTRANS - LOGÍSTICA TRANSPORTES, LDA VICAIMA - Puertas y Derivados, S.L. VICAIMA - Türenwerk Handels GmBH Vicaima Beteiligungsverwaltungs GmbH VICAIMA FINANCE - SGPS, LDA VICAIMA INVEST - SGPS, LDA VICAIMA INVESTIMENTS LIMITED VICAIMA MADEIRAS (SGPS), SA VICAIMA PARTICIPA - SGPS, LDA VICAIMA, Limited VICAIMA/CIFIAL, ACE VICAIMA-INDÚSTRIA DE MADEIRAS E DERIVADOS, SA PEGALGO IMOBILIÁRIA, SA GRUPO MARTIFER Fundo de Pensões de colaboradores do Grupo Finibanco Fundo de Pensões FNB – Gerido por CGD Pensões - 22 - FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Em 31 de Dezembro de 2009, o montante global dos activos, passivos, rendimentos, encargos e responsabilidades extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com partes relacionadas, de acordo com a IAS 24,têm a seguinte composição: Os Activos financeiros correspondem a Depósitos que são remunerados a taxas consideradas de mercado. Os Outros activos correspondem a prestações suplementares no montante de m.Euros 3.003, que não são remuneradas, e suprimentos no montante de m.Euros 6.600, que são remunerados a taxa variável acrescida de spread considerado de mercado. Não foram registadas quaisquer provisões ou imparidade para os activos sobre parte relacionadas. Os passivos financeiros referem-se a empréstimos obrigacionistas no montante de m.Euros 88.166. A remuneração paga por estes recursos é considerada de mercado. - 23 - FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM BASE INDIVIDUAL (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 29. JUSTO VALOR DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS No seguinte quadro apresenta-se uma análise dos métodos de valorização pelas categorias de instrumentos financeiros reconhecidos ao justo valor nas demonstrações financeiras com referência a 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008: De acordo com as alterações na IFRS 7 as fontes dos pressupostos utilizados na determinação do justo valor utilizam os seguintes níveis de hierarquia: Nível 1 – Cotações nos mercados activos Nível 2 – Inputs directos ou indirectos observáveis de dados de mercado Nível 3 – Inputs que não sejam baseados em dados de mercado observáveis (não aplicável no Finibanco Holding) Contudo, a valorização ao justo valor dos instrumentos financeiros segue as políticas contabilísticas definidas no ponto 2.4. do anexo às demonstrações financeiras com referência a 31 de Dezembro de 2009, de acordo com a IAS 39. Para os instrumentos considerados na coluna ao custo de aquisição não foi possível determinar valorizações fiáveis. Em 31 de Dezembro de 2009 e em 31 de Dezembro de 2008 não existem activos financeiros valorizados através de técnicas de valorização. 30. EVENTOS SUBSEQUENTES Não se verificaram eventos subsequentes após a data do balanço que, de acordo com o disposto na “IAS 10 – Acontecimentos após a data de balanço” implicassem ajustamentos ou divulgações nas demonstrações financeiras. A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - 24 - FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. ANEXO II INVENTARIO DE TITULOS E DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS EM BASE INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Euros) Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor Nominal Capital Social % de detenção Valor Medio de Aquisição Valor de Cotação Valor de Balanço (em moeda) Bruto Valor de Balanço Imparidade Líquido ACTIVOS FINANCEIROS DISPONIVEIS PARA VENDA Títulos Emitidos por Residentes Instrumentos de Divida De Outros Residentes Divida Não Subordinada FNB Sup. Cabaz Eur 05/11 FNB Cupão Anual 06/11 FNB Dezembro 07/17 11.720 EUR 7.500 EUR 1.555 EUR 50,00 50,00 50,00 - EUR EUR EUR 50,00 50,00 43,54 50,62 50,67 35,60 EUR EUR EUR 593.305,43 380.048,55 55.358,29 593.305,43 380.048,55 55.358,29 - 593.305,43 380.048,55 55.358,29 63.552 3.400 21.790 27.854 38.700 10.300 4.340 EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 - EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR 50,00 50,00 50,00 49,94 49,68 50,00 50,00 41,67 41,52 41,52 47,67 46,96 47,26 43,08 EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR 2.648.270,48 141.160,95 904.675,63 1.327.775,08 1.817.331,31 486.827,37 186.968,81 2.648.270,48 141.160,95 904.675,63 1.327.775,08 1.817.331,31 486.827,37 186.968,81 - 2.648.270,48 141.160,95 904.675,63 1.327.775,08 1.817.331,31 486.827,37 186.968,81 371.737 1.000 1.000 35.000 125.000 - EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR 0,50 5,00 4,99 1,00 EUR EUR EUR EUR EUR 2,50% EUR EUR 8,31 4,99 4,99 1,00 0,68 - 3,34 - EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR 3.371.396,36 4.987,98 4.987,98 35.000,00 965.000,00 84.918,70 2.038.048,89 3.371.396,36 4.987,98 4.987,98 35.000,00 965.000,00 84.918,70 2.038.048,89 -2.129.794,78 - 1.241.601,58 4.987,98 4.987,98 35.000,00 965.000,00 84.918,70 2.038.048,89 15.046.061,81 -2.129.794,78 12.916.267,03 Divida Subordinada FNB Indices Estrategicos 07/15 1ªSerie Ob.Cx.Sub. FNB Indices Estrategicos 07/15 2ªSerie Ob.Cx.Sub. FNB Indices Estrategicos 07/15 3ªSerie Ob.Cx.Sub. FNB Grandes Empresas 07/16 1ªSerie Ob.Cx.Sub. FNB Grandes Empresas 07/16 2ªSerie Ob.Cx.Sub. FNB Grandes Empresas 07/16 3ªSerie Ob.Cx.Sub. Finicredito 07/17 Instrumentos de Capital Martifer - SGPS, SA PME INVESTS PME INOV CAPITAL IBERPARTNERS CAFES SGPS IBERPARTNERS CAFES SGPS Prestações Suplementares PRIO - SGPS, SA PRIO - SGPS, SA Prestações Suplementares 1,00 - 0,37% 0,02% 0,02% 33,33% INVEST.EM FILIAIS, ASSOC. e EMPREEND. CONJUNTOS Emitidos por Residentes - Em Filiais Finicrédito - Instituição Financeira de Crédito, SA Finibanco, SA Finimóveis - Sociedade Imobiliaria Serviços Auxiliares, SA. Finivalor - Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, SA Finisegur - Sociedade Mediadora de Seguros , SA Lestinvest SGPS, SA 30.000.000 160.000.000 50.000 310.000 10.000 4.390.401 EUR EUR EUR EUR EUR EUR 1,00 1,00 5,00 5,00 5,00 1,00 30.000 EUR 64.018 EUR 3.750.000 EUR 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 21,95% EUR EUR EUR EUR EUR EUR 1,12 1,00 53,12 4,99 16,00 1,01 - EUR EUR EUR EUR EUR EUR 33.626.640,45 159.993.989,49 2.656.098,80 1.546.634,12 160.000,00 4.437.314,93 33.626.640,45 159.993.989,49 2.656.098,80 1.546.634,12 160.000,00 4.437.314,93 -1.139.000,00 - 33.626.640,45 159.993.989,49 1.517.098,80 1.546.634,12 160.000,00 4.437.314,93 4,99 4,99 1,00 20,00% EUR 16,00% EUR 50,00% EUR 4,99 2,99 1,00 - EUR EUR EUR 149.639,37 191.563,33 3.750.000,00 149.639,37 191.563,33 3.750.000,00 -149.639,37 -191.563,33 - 0,00 0,00 3.750.000,00 740,00 61,27% EUR 7,5028 - EUR 8.992.708,20 8.992.708,20 215.504.588,70 -1.480.202,70 8.992.708,20 214.024.386,00 230.550.650,50 -3.609.997,48 226.940.653,03 - Em Associadas NAVISER - Transportes Marítimos Internacionais SA Pinto & Bulhosa Finibanco Vida - Comp.de Seguros de Vida, SA. Emitidos por Não Residentes - Em Filiais Finibanco Angola 1.102.929 AKZ TOTAL A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS em 31 de Dezembro de 2009 FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. Balanço Consolidado a 31 de Dezembro de 2009 (Montantes expressos em milhares de Euros) Activo Notas / Quadros anexos 2009-12-31 Valor antes de imparidade e amortizações Imparidade e amortizações Valor líquido 2008-12-31 Passivo e Capital Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3 131.212 0 131.212 Disponibilidades em outras instituições de crédito 4 60.628 0 60.628 Activos financeiros detidos para negociação 5 7.193 0 7.193 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 6 51.589 0 51.589 Activos financeiros disponíveis para venda 7 48.990 0 48.990 Aplicações em instituições de crédito 8 97.051 0 97.051 2.554.740 120.264 2.434.476 10 10 0 10 0 0 0 Activos não correntes detidos para venda 11 34.567 0 34.567 40.201 Passivos por impostos correntes Propriedades de investimento 12 20.479 0 20.479 Outros activos tangíveis 13 122.283 63.598 58.685 Activos intangíveis 14 18.217 14.517 3.700 15 e 46 Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade 9 e 46 Derivados de cobertura Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação 124.701 Recursos de bancos centrais 66.904 Passivos financeiros detidos para negociação 21.656 29.975 150.813 37.048 Recursos de outras instituições de crédito 23 79.510 122.631 101.686 Recursos de clientes e outros empréstimos 24 2.162.933 2.218.964 25 5.409 15.271 26 237.034 237.736 27 1.542 1.480 28 0 25.544 29 72 257 16.908 Passivos por impostos diferidos 30 1.498 1.602 63.201 Outros passivos subordinados 31 26.072 26.057 32 48.813 46.236 25.570 Responsabilidades representadas por títulos 2.449.322 Passivos financeiros associados a activos transferidos 5.158 Provisões 0 Provisões técnicas 4.313 Outros passivos 341 11.441 23.103 698 0 698 2.654 Activos por impostos diferidos 17 19.695 0 19.695 Provisões técnicas de resseguro cedido 18 0 0 0 175.831 1.008 174.823 0 0 0 175.831 1.008 174.823 Outros Activos Credores por seguro directo e resseguro Outros passivos 10.160 Total de Passivo 99 Capital 3.354.965 199.728 3.155.237 33 102.065 Premios de emissão 232 Reservas de reavaliação 101.833 Outras reservas e resultrados transitados Resultado do exercício 48 Interesses minoritários 34 Total de Capital Total de Activo 60.008 144.004 11.782 19 e 46 190.536 22 16 Devedores por seguro directo e resseguro 20 2008-12-31 2009-12-31 21 9.463 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados Activos por impostos correntes Outros activos Notas / Quadros anexos 3.082.556 Total de Passivo + Capital 0 145 48.813 46.091 2.919.079 2.936.574 175.000 115.000 30.000 15.000 (2.531) (3.161) 7.991 59.168 9.462 (57.545) 16.236 17.520 236.158 145.982 3.155.237 3.082.556 As notas anexas fazem parte integrante do Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2009 A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. Demonstração Consolidada dos Resultados a 31 de Dezembro de 2009 (Montantes expressos em milhares de Euros) Rubricas Notas 01-01-2009 01-01-2008 01-10-2009 Quadros a a a a Anexos 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2009 31-12-2008 Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares Rendimentos de instrumentos de capital 01-10-2008 187.252 231.843 39.641 57.430 99.100 145.726 17.776 33.476 2.006 6.450 Margem financeira 35 90.158 92.567 21.801 23.962 Rendimentos de serviços e comissões 36 25.843 27.339 7.395 7.876 Encargos com serviços e comissões 36 6.347 6.004 1.498 1.488 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 37 10.213 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 38 8.803 7.632 Resultados de reavaliação cambial ( 64) ( 25.844) 8 205 ( 8.160) 9.298 119 ( 12.415) 6.446 1.529 1.179 Resultados de alienação de outros activos 39 12.151 14.360 Prémios líquidos de resseguro 40 0 14.199 ( 11.137) Custos com sinistros líquidos de resseguro 41 0 1.708 ( 2.618) Variação das provisões técnicas líquidas de resseguro 42 0 10.719 ( 6.967) ( 6.292) Outros resultados de exploração 43 18.626 19.764 3.440 5.519 Produto bancário Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Amortizações do exercício 8.738 10.798 ( 5.306) 548 167.079 139.698 40.177 27.709 44 63.572 61.892 16.537 14.654 45 40.365 43.298 11.849 13.560 13 e 14 9.506 9.495 2.135 2.588 Provisões líquidas de reposições e anulações 27 71 Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 46 48.325 29.991 8.565 7.179 Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 46 1.188 53.742 Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial)* 15 Resultado do periodo antes de impostos Impostos 47 Diferidos Resultado do período após impostos 73 ( 448) 107 53.743 0 ( 919) 0 0 1.521 ( 207) 1.521 ( 203) 5.573 ( 57.562) 2.432 ( 63.770) ( 1.104) Correntes ( 446) 3.987 980 ( 2.758) 2.523 953 ( 841) ( 114) ( 5.091) ( 1.543) ( 3.711) 6.677 ( 58.542) 5.190 ( 62.929) ( 727) ( 57.545) 4.893 ( 62.175) ( 997) 297 ( 754) ( 58.542) 5.190 ( 62.929) (0,50) 0,03 ( 0,54) ( 0,50) 0,03 ( 0,54) Resultado consolidado do periodo atribuível a: Accionistas do Finibanco Holding 48 9.462 Interesses minoritários 34 ( 2.785) 6.677 Resultados por acção básicos (em Euros) Resultados por acção diluídos (em Euros) 0,05 0,06 As notas anexas fazem parte integrante da Demonstração Consolidada de Resultados em 31 de Dezembro de 2009 A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. Demonstração Consolidada do Rendimento Integral a 31 de Dezembro de 2009 (Montantes expressos em milhares de Euros) Rubricas Notas 01-01-2009 01-01-2008 01-10-2009 Quadros a a a a Anexos 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2009 31-12-2008 Resultado consolidado do período 6.677 ( 58.542) 5.190 Ganhos/Perdas liquidas em títulos disponíveis para venda 2.995 ( 24.624) ( 1.038) Imposto diferido ( 133) 5.672 ( 2.232) 64 Ganhos/Perdas liquidas em diferenças cambiais Total do rendimento integral do período líquido de impostos 333 ( 1.947) 01-10-2008 ( 62.929) 40.220 ( 5.180) 108 7.307 ( 77.430) 2.538 ( 27.781) ( 76.433) 2.241 ( 27.027) ( 997) 297 ( 754) ( 77.430) 2.538 ( 27.781) Atribuído a: Accionistas do Finibanco Holding 48 10.092 Interesses minoritários 34 ( 2.785) 7.307 As notas anexas fazem parte integrante da Demonstração Consolidada do Rendimento Integral em 31 de Dezembro de 2009 A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS (Montantes expressos em milhares de Euros) Accionistas do Finibanco Holding Prémios de emissão Capital Saldos em 31.12.2008 (em IFRS) Resultado do período Acções próprias Reservas de justo valor Outras reservas de reavaliação Outras reservas Resultados transitados Resultado líquido do exercício Interesses Minoritários Total Total 115.000 15.000 0 (3.161) 0 64.004 (4.836) (57.545) 128.462 17.520 145.982 0 0 0 0 0 0 0 9.462 9.462 (2.785) 6.677 0 0 0 2.995 0 0 0 0 2.995 0 2.995 Outros rendimentos integrais Ganhos/ Perdas líquidas em valorizações ao justo valor Imposto diferido 0 0 0 (133) 0 0 0 0 (133) 0 (133) Ganhos / Perdas líquidas em diferenças cambiais 0 0 0 (2.232) 0 0 0 0 (2.232) 0 (2.232) 0 0 0 630 0 0 0 9.462 10.092 (2.785) 7.307 Total do rendimento integral Transferência para reservas Outras variações em capital próprio Saldos em 31.12.2009 ( em IFRS) A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, 0 0 0 0 0 0 (57.545) 57.545 0 0 0 60.000 15.000 0 0 0 0 6.368 0 81.368 1.501 82.869 175.000 30.000 0 (2.531) 0 64.004 (56.013) 9.462 219.922 16.236 236.158 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. DEMONSTRAÇÕES DE FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA O EXERCÍCIO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro) Notas Dez-09 Dez-08 ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Juros e comissões recebidos 216.958 257.720 (114.369) (146.801) Impostos pagos (2.027) (13.973) Recuperação de crédito e juros vencidos 13.300 10.003 Fluxo das operações financeiras 28.654 (3.650) (63.572) (61.892) Juros e comissões pagos Pagamentos ao pessoal Outros recebimentos operacionais/ outros pagamentos operacionais Fluxo líquido proveniente dos proveitos e custos (7.333) (8.006) 71.611 33.401 Diminuições (Aumentos) dos activos operacionais Aplicações em instituições de crédito (69.707) 68.633 Créditos a Clientes (51.981) (289.868) Activos financeiros detidos para negociação 2.270 70.943 Activos financeiros disponíveis para venda 55.411 (35.124) Activos não correntes detidos para venda 5.634 24.654 (76.028) (11.097) (134.401) (171.859) Recursos de bancos centrais 130.528 60.008 Recursos de outras instituições de crédito (43.121) (9.695) Recursos de clientes e outros empréstimos (47.462) 182.967 Outros activos Fluxo líquido dos activos operacionais Aumentos (diminuições) dos passivos operacionais Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados Outros passivos Fluxo líquido dos passivos operacionais Fluxos das actividades operacionais (1) (8.319) (1.257) (702) (11.066) (34.123) 39.636 (3.199) 260.593 (65.989) 122.135 ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Diminuições (aumentos) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Diminuições (aumentos) Investimentos detidos até à maturidade 12.573 (24.536) (14.541) (37.048) 5.148 (5.158) Diminuições (aumentos) Propriedades de investimento (2.286) 0 Diminuições (aumentos) Outros activos tangíveis (3.764) (12.915) Diminuições (aumentos) Activos Intangíveis (613) (2.149) Aumentos (diminuições) Capital subscrito 60.000 0 Aumentos (diminuições) Prémios de Emissão 15.000 0 71.517 (81.806) Fluxos das actividades de investimento (2) ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Emissões de dívida titulada e subordinada 1.000 100.361 Amortizações de dívida titulada (4.352) (73.799) Juros e comissões de Dívida Titulada (3.442) (24.216) Dividendos Interesses minoritários Fluxos das actividades de financiamento (3) Aumento (diminuições) de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 0 (9.775) 1.501 15.800 (5.293) 8.371 235 48.700 Caixa e seus equivalentes no início do exercício 3e4 191.605 142.905 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 3e4 191.840 191.605 As notas anexas fazem parte integrante da demonstração de fluxos de caixa consolidada do exercício de 2009 A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) ÍNDICE 1. Informação Geral 2. Bases de apresentação, comparabilidade e resumo das principais políticas contabilísticas BALANÇO: ACTIVO 3. Caixa e disponibilidades em bancos centrais 4. Disponibilidades em outras instituições de crédito 5. Activos financeiros detidos para negociação 6. Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 7. Activos financeiros disponíveis para venda 8. Aplicações em instituições de crédito 9. Crédito a clientes 10. Investimentos detidos até à maturidade 11. Activos não correntes detidos para venda 12. Propriedades de investimento 13. Outros activos tangíveis 14. Activos intangíveis 15. Investimentos em associadas e subsidiárias excluídas da consolidação 16. Activos por impostos correntes 17. Activos por impostos diferidos 18. Provisões técnicas de resseguro cedido 19. Outros activos BALANÇO: PASSIVO 20. Recursos de bancos centrais 21. Passivos financeiros detidos para negociação 22. Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 23. Recursos de outras instituições de crédito 24. Recursos de clientes e outros empréstimos 25. Responsabilidades representadas por títulos 26. Passivos financeiros associados a activos transferidos 27. Provisões 28. Provisões técnicas 29. Passivos por impostos correntes 30. Passivos por impostos diferidos 31. Outros passivos subordinados 32. Outros passivos BALANÇO: CAPITAL 33. Capital 34. Interesses minoritários DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 35. Margem financeira 36. Rendimentos e encargos de e com serviços e comissões 37. Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 38. Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 39. Resultados de alienação de outros activos 40. Prémios líquidos de resseguro 41. Custos com sinistros líquidos de resseguro 42. Variação das provisões técnicas líquidas de resseguro 43. Outros resultados de exploração 44. Custos com o pessoal 45. Gastos gerais administrativos 46. Imparidade 47. Impostos correntes 48. Resumo da composição do lucro/(prejuízo) consolidado 1 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) INFORMAÇÕES ADICIONAIS 49. Rubricas extrapatrimoniais 50. Balanço de moeda estrangeira 51. Relato por segmento 52. Justo valor de instrumentos financeiros 53. Gestão do risco 54. Operações de titularização 55. Benefícios pós emprego 56. Partes relacionadas 57. Eventos subsequentes 58. Normas e interpretações recentemente emitidas que ainda não estão em vigor ADOPÇÂO DAS RECOMENDAÇÕES DO FINANCIAL STABILITY FORUM (FSF) E DO COMMITTEE OF EUROPEAN BANKING SUPERVISORS (CEBS) RELATIVAS À TRANSPARÊNCIA DA INFORMAÇÃO E À VALORIZAÇÃO DE ACTIVOS 2 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 1. INFORMAÇÃO GERAL O Finibanco Holding SGPS, S.A. (“Finibanco Holding”) tem a sede social no Porto, exercendo as funções de holding do Grupo Financeiro Finibanco (“Grupo”), operando em áreas da actividade bancária com as características de Banca Universal. O Finibanco Holding é a entidade central de um grupo de empresas multiespecializadas que oferecem um extenso leque de produtos e serviços financeiros para empresas e investidores, institucionais e particulares. Para a realização das suas operações, o Grupo Finibanco conta com uma rede nacional de 173 balcões e uma sucursal nas Ilhas Cayman. A 31 de Dezembro de 2009 a Sucursal Financeira Exterior na Madeira foi encerrada. O Grupo Finibanco obtém os seus principais recursos através dos mercados monetários interbancários e depósitos, os quais aplica, juntamente com os seus capitais próprios e equiparados, principalmente na concessão de crédito a clientes, em aplicações em outras instituições financeiras e em títulos. O Finibanco Holding detém directamente participações financeiras nas empresas subsidiárias que a seguir se indicam. A estrutura do Grupo Finibanco a nível de empresas subsidiárias, detidas directamente, em 31 de Dezembro de 2009 pode ser resumida da seguinte forma: Sede Actividade % Participação efectiva Finibanco, S.A. Porto Instituição de Crédito 100% Finivalor - Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, S.A. Lisboa Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários 100% Finimóveis - Sociedade Imobiliária de Serviços Auxiliares, S.A. Porto Imobiliária 100% Finicrédito - Instituição Financeira de Crédito, S.A. Porto Sociedade Financeira 100% Finisegur - Sociedade Seguros, S.A. Porto Mediadora de Seguros 100% Luanda Instituição de Crédito 61,27% Porto Sociedade Gestora de Participações Sociais 21,95% Empresas subsidiárias Mediadora de Finibanco Angola, S.A. Lestinvest - Sociedade Participações Sociais, S.A. Gestora de No exercício de 2009 a estrutura do grupo sofreu as seguintes alterações: . Dissolução da subsidiária Fini Internacional Luxembourg, SA no primeiro semestre de 2009. . Alienação de 50% do capital da subsidiária Finibanco Vida – Companhia de Seguros, SA, no final do segundo semestre de 2009 com perda de controlo (Nota 15). No exercício de 2008 a Finibanco Vida integrou o perímetro de consolidação. Na sequência da referida venda com perda de controlo esta empresa passou a ser associada, sendo registada pelo método da equivalência patrimonial (Nota 2.2). As demonstrações financeiras foram aprovadas para emissão pelo Conselho de Administração em 26 de Março de 2010 e serão submetidas à aprovação da Assembleia Geral de accionistas de 20 de Abril de 2010. 3 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) As empresas que fazem parte do perímetro de consolidação e sobre as quais o Grupo exerce controlo, bem como os seus principais indicadores em 31 de Dezembro de 2009 ajustados para IFRS, são os seguintes: Percentagem de participação efectiva (%) Total de activo líquido FINIBANCO, S.A. Rua Júlio Dinis, 157 4050-323 Porto 100% 3.027.095 188.581 FINVALOR-Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, S.A. Av. de Berna, 10 100 Lisboa 100% 6.956 3.456 2.444 FINICRÉDITO-Instituição Financeira de Crédito, S.A. Rua Júlio Dinis, 158/160 2º 4050-318 Porto 100% 311.837 34.582 681 FINMÓVEIS-Sociedade Imobiliária de Serviços Auxiliares, S.A. Armental Codal 3730 Vale de Cambra 100% 8.702 1.347 170 FINSEGUR-Mediadora de Seguros, S.A. Rua Júlio Dinis, 158/160 2º 4050-318 Porto 100% 1.228 299 219 FINIBANCO ANGOLA Travessa Engrácia Fragoso nº 24 R/C Município de Ingombotas Luanda - Angola 61,27% 68.702 10.011 5.320 LESTINVEST - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Rua Júlio Dinis, 157 4050-323 Porto 21,95% 53.167 19.403 ( 6.208) Empresa Capitais próprios (a) Resultado líquido 2009-12-31 ( 9.901) (a) Não inclui o resultado do exercício de 2009 2. 2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS Adopção de novas ou revistas normas internacionais de relato financeiro As políticas contabilísticas adoptadas no exercício são consistentes com as utilizadas nos exercícios anteriores, com excepção da adopção das seguintes novas normas e interpretações, alterações ou revisões de Normas e novas interpretações emitidas pelo IASB/IFRIC e endossadas pela União Europeia com entrada em vigor em 2009. Esta adopção não implicou efeitos na posição patrimonial e performance da Sociedade e do Grupo. A adopção das alterações na IAS 1, IFRS 7 e nova norma IFRS 8, abaixo resumidas, originaram divulgações adicionais. Revisão da IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras Passou a ser requerida uma nova demonstração de rendimento integral que combina os rendimentos e gastos reconhecidos na demonstração de resultados com os reconhecidos directamente nos Capitais Próprios. A demonstração de alterações nos capitais próprios passa a separar as transacções com detentores do Capital das restantes transacções apresentando em detalhe as transacções com detentores de capital e as restantes numa única linha da referida demonstração. A demonstração da posição financeira deverá ser também apresentada para o início do período comparativo sempre que uma entidade proceda à reexpressão dos comparativos decorrente de uma alteração de política contabilística, de uma correcção de um erro, ou a de uma reclassificação de um item nas demonstrações 4 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) financeiras. Nestes casos, três demonstrações da posição financeira serão apresentadas, em vez das duas demonstrações anteriormente requeridas. Revisão da IAS 23 - Custos de Empréstimos Obtidos Esta norma define que os custos de empréstimos obtidos directamente atribuíveis ao custo de aquisição, construção ou produção de um activo (activo elegível) são parte integrante do seu custo. Assim, a opção de registar tais custos directamente nos resultados é eliminada. Alterações na IAS 27 – Demonstrações Financeiras consolidadas ou separadas - Custo dos Investimentos em Subsidiárias, Associadas ou Entidades sob controlo A alteração a esta norma é relativa às Demonstrações Financeiras separadas da Empresa detentora, suprimindo da IAS 27 a definição de método do custo e a distinção de resultados pré e pós aquisição. Assim, os dividendos de uma subsidiária, entidade conjuntamente controlada ou associada podem ser integramente reconhecidos, tendo em atenção qualquer indicação de imparidade. Adicionalmente, a IAS 27 foi emendada para efectivamente permitir que o custo de um investimento numa subsidiária, em situações limitadas de reorganizações, seja baseado no valor contabilístico previamente reconhecido em vez do seu justo valor. Alterações na IAS 32 – Instrumentos Financeiros: Apresentação – Instrumentos financeiros remíveis e obrigações resultantes de liquidação De acordo com os requisitos anteriores da IAS 32, se pudesse ser exigido a um emissor o pagamento em dinheiro ou outro activo financeiro em troca pela remissão ou recompra do instrumento financeiro, o instrumento seria classificado como um passivo financeiro. Como resultado desta alteração alguns instrumentos financeiros que cumpririam com os requisitos da definição de passivo financeiro passarão a ser classificados como instrumentos de capital se (i) representarem um interesse residual nos activos líquidos de uma entidade, (ii) fizerem parte de uma classe de instrumentos subordinados a qualquer outra classe de instrumentos emitidos pela entidade, e (iii) caso todos os instrumentos desta classe tenham os mesmos termos e condições. Foi também efectuada uma alteração à IAS 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras para adicionar um novo requisito de apresentação dos instrumentos financeiros remíveis e das obrigações resultantes da liquidação. Alterações na IFRS 2 – Pagamento com base em Acções: Condições de aquisição e cancelamento Esta alteração ao IFRS 2 permitiu clarificar que (i) as condições de aquisição dos direitos inerentes a um plano de pagamentos com base em acções limitam-se a condições de serviço ou de performance e que (ii) qualquer cancelamento de tais programas, quer pela entidade quer por terceiras partes, têm o mesmo tratamento contabilístico. IFRS 3 (Revista) – Concentrações de Actividades Empresariais – adopção antecipada Norma efectiva, na União Europeia, o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que comece após 30 de Junho de 2009. A Sociedade adoptou antecipadamente esta Norma, embora sem efeitos nas demonstrações financeiras. Foi revista a definição de combinação de negócio para esclarecer que pode incluir um conjunto integrado de actividades e de activos que actualmente não estejam a operar como tal. Adicionalmente, as alterações mais significativas são as seguintes: Numa combinação de negócios, uma entidade pode optar por registar um interesse que não controla (anteriormente designados por interesses minoritários) ao justo valor na data de aquisição ou pelo valor correspondente à proporção do interesse detido nos activos e passivos adquiridos; Em aquisições em escada, os interesses anteriormente detidos devem ser remensurados para o seu Justo Valor à data da aquisição subsequente, afectando Goodwill por contrapartida de ganhos ou perdas; 5 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Pagamentos contingentes passam a ser formalmente definidos como pagamentos adicionais efectuados pelo adquirente aos anteriores proprietários (ou devoluções destes) e devem ser mensurados ao justo valor à data de aquisição. Qualquer variação posterior deverá ser reconhecida em ganhos e perdas do exercício em vez de ajustar o goodwill reconhecido na data de aquisição; Custos relacionados com a aquisição passam a ser reconhecidos como gastos no momento em que são prestados; Responsabilidades contingentes da adquirida serão reconhecidas ao seu justo valor se existir uma obrigação presente que resulta de eventos passados e o seu justo valor possa ser mensurado com fiabilidade; O adquirente deve reavaliar a classificação e designação de todos os activos e passivos adquiridos, com excepção das locações e contratos de seguro que são classificados e designados tendo por base os termos contratuais e condições à data do início do contrato; Se a adquirente readquirir um direito que tinha sido previamente prestado à adquirida, o direito será reconhecido como um activo intangível identificável separado do goodwill; Todos os pagamentos terão de ser analisados para determinar se são parte da transacção ou de outra transacção, tal como remuneração para prestação de serviços futuros ou liquidação de relações existentes; Activos por indemnização são reconhecidos e mensurados com base nos mesmos princípios e pressupostos da responsabilidade relacionada; Activos e passivos por impostos diferidos resultantes de activos líquidos adquiridos devem ser mensurados de acordo com os princípios da IAS 12. A nova versão da IFRS 3 deve ser aplicada prospectivamente a transacções que ocorram após a data de entrada em vigor. Simultaneamente devem ser aplicadas as alterações da IAS 27 apresentadas no parágrafo seguinte. Alterações na IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas - adopção antecipada Norma efectiva, na União Europeia, o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício que comece após 30 de Junho de 2009. A Sociedade adoptou antecipadamente esta Norma com efeitos na operação de venda da filial Finibanco Vida. As alterações mais relevantes são as seguintes: Em situação de perda de controlo numa filial, qualquer interesse residual será remensurado para o justo valor com impacto no ganho ou perda obtido com a venda (Nota 15); Alterações na detenção de interesses numa subsidiária (que não resulte em perda de controlo) será reconhecida como uma transacção de capital pelo que o diferencial entre a quantia paga e o valor contabilístico dos interesses que não controlam deve ser registado directamente no Capital Próprio não dando, portanto, origem a reconhecimento de qualquer Goodwill nem ganhos ou perdas; As perdas incorridas devem ser alocadas, pela subsidiária, aos interesses que não controlam mesmo que essas perdas excedam o valor desses interesses. Alterações na IFRS 7 – Investimentos Financeiros – Divulgações Com a revisão da IFRS 7 é requerida uma maior exigência de divulgação relativamente ao Justo Valor e Liquidez dos Investimentos financeiros (Nota 52). Para os investimentos valorizados ao Justo Valor é exigido que sejam divulgadas as fontes dos pressupostos utilizados na determinação do Justo valor, utilizando três níveis de hierarquia: Cotações nos mercados activos (Nível 1); Inputs directos ou indirectos observáveis de dados de mercado (Nível 2); Inputs que não sejam baseados em dados de mercado observáveis (Nível 3). 6 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Esta obrigatoriedade de informação deverá ser dada por classe de Investimentos financeiros, sendo também requerida a divulgação das transferências ocorridas entre os níveis 1 e 2. Estes níveis de informação são apenas ao nível das divulgações, pois a valorização dos investimentos financeiros continua a basear-se na hierarquia prevista IAS 39. Adicionalmente, foram alterados os requisitos de divulgações sobre liquidez em relação a activos usados para a sua gestão e transacções com derivados. IFRS 8 – Segmentos Operacionais A IFRS 8 – Segmentos Operacionais substituiu a IAS 14 e define a apresentação da informação sobre segmentos operacionais de uma entidade e também sobre serviços e produtos, áreas geográficas onde a entidade opera e os seus maiores clientes. A abordagem para definição dos segmentos passou a ser o full management approach i.e. a abordagem que tem por base a informação que é utilizada internamente para efeitos de decisões operacionais a qual, se diferente da estrutura de relato, requer a correspondente reconciliação. Considerando que esta abordagem já tinha sido anteriormente utilizada na definição dos segmentos reportáveis, não se verificou a necessidade de proceder a alterações na estrutura do relato por segmentos. Contudo, passaram a ser requeridas divulgações adicionais (Nota 51): Explicação de como foram determinados os segmentos operacionais reportados, as bases de mensuração dos valores por segmento, alterações na estrutura organizacional interna e consequentes impactos, se aplicável, na composição dos segmentos reportáveis; Substituição da extensa informação geográfica requerida na IAS 14 por informação sobre os resultados por cada grupo de serviços e produtos atribuídos ao país da sede e países estrangeiros (com divulgação individual por país se materialmente relevante); Reconciliação dos totais por segmentos com os totais das correspondentes rubricas do Balanço e Demonstração de Resultados. IFRIC 9 (Alterações) – Reavaliação de Derivados Embutidos e IAS 39 – Instrumentos Financeiros: reconhecimento e mensuração As alterações a esta interpretação são: As entidades devem avaliar se o derivado embutido deve ser separado do contrato base quando a entidade reclassifica o investimento financeiro híbrido para outra classe que não Investimentos ao Justo valor através de resultados. Esta avaliação deve ser efectuada na data mais recente entre: i) a data em que a entidade se torna parte do contrato; e ii) a data de uma alteração significativa ao contrato que afecte significativamente o Cash Flow do investimento financeiro. As alterações à IAS 39 referem ainda que se o Justo Valor de um Derivado embutido que deveria ser separado não puder ser medido com fiabilidade, então todo o Investimento híbrido deve permanecer classificado na rubrica de Investimentos ao Justo valor através de resultados. IFRIC 13 – Programas de Fidelização de Clientes Esta interpretação aplica-se a programas de fidelização de clientes, onde são atribuídos créditos aos clientes como parte integrante de uma venda ou prestação de serviços e estes poderão trocar esses créditos, no futuro, por serviços ou mercadorias gratuitamente ou com desconto. IFRIC 14 – O Limite sobre um activo de benefícios definidos, requisitos de financiamento mínimo e respectiva interacção Esta interpretação clarifica as disposições da Norma Internacional de Contabilidade nº 19 no que respeita à mensuração de um activo de benefícios definidos, no contexto dos planos de benefícios definidos após a passagem para a reforma e para os casos em que existam requisitos de financiamento mínimo. 7 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Quando não existem requisitos de financiamento mínimo, um activo de benefícios definidos é o excedente do justo valor dos activos do plano face ao valor presente da obrigação de benefícios definidos. Quando existem requisitos de financiamento mínimo, esse valor é deduzido ao montante do activo que pode ser reconhecido quando não existem requisitos de financiamento mínimo. A mensuração do activo fica assim limitada ao valor presente de benefícios económicos futuros disponíveis, quer sob a forma de reembolsos do plano quer de reduções em futuras contribuições para o plano, que podem ser afectados por requisitos de financiamento mínimo. IFRIC 15 – Acordos para construção de imóveis Esta interpretação esclarece quando e como deve ser reconhecido o rédito associado à construção de imóveis: Construção ao abrigo de um contrato de construção – Percentagem de acabamento de acordo com a IAS 11; Acordo de prestação de serviços de construção – Percentagem de acabamento de acordo com a IAS 18; Acordo de prestação de serviços de construção com materiais incluídos em que a transferência dos riscos e recompensas não é feito de forma contínua – Reconhecimento da venda de acordo com a IAS 18 aquando da transferência dos riscos e recompensas (normalmente o término da construção). IFRIC 16 – Cobertura de Investimento líquido em Operações em moeda estrangeira Esta interpretação esclarece que uma entidade pode efectuar operações de cobertura de ganhos e perdas cambias de um investimento líquido originadas pela diferença entre a sua moeda funcional e a as moedas funcionais da sua casa – mãe directa, intermediária ou de topo. O item coberto pode ser uma quantia igual ou menor do que o valor contabilístico dos activos líquidos na operação estrangeira incluídos na consolidação. Não é necessário que o instrumento de cobertura seja detido pela entidade sujeita ao risco. Projecto Anual de Melhorias Em Maio de 2008, o IASB publicou a Parte I do Projecto Anual de Melhorias de certas normas então em vigor, com o objectivo de remover inconsistências e clarificar conceitos. A Sociedade [Grupo] teve em conta as alterações efectuadas, as quais não tiveram qualquer impacto na sua posição financeira ou performance. Foram também tomadas em consideração as melhorias referidas na parte II do Projecto Anual de Melhorias relativas a terminologia ou alterações de natureza editorial. Na Nota 58 encontram-se descritas as normas e interpretações recentemente emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), mas que ainda não entraram em vigor e/ou não foram endossadas pela União Europeia e que o Grupo ainda não aplicou antecipadamente na elaboração das suas demonstrações financeiras. O Grupo não espera que estas normas e interpretações tenham impactos relevantes nas suas demonstrações financeiras. 2.2. Bases de apresentação e comparabilidade As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo estão preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ( IFRS – Internacional Financial Reporting Standards) tal como adoptadas na União Europeia em 31 de Dezembro de 2009, no âmbito das disposições do Regulamento do Conselho e do Parlamento Europeu nº 1606/02. As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas na base do custo histórico, excepto para os Activos e Passivos financeiros detidos para negociação, incluindo derivados, Activos e Passivos ao justo valor através de resultados, Activos financeiros disponíveis para venda e Propriedades de investimento que foram mensurados ao justo valor. O Grupo não procedeu a alterações de políticas contabilísticas, pelo que em geral os valores apresentados são comparáveis, nos aspectos relevantes, com os do exercício anterior. Contudo, no comparativo de 2008 foram reclassificados da rubrica “Outros activos” para a rubrica “Propriedades de Investimento” e “Activos não correntes detidos para venda” os montantes de m.Euros 16.908 e m.Euros 11.267, respectivamente, na sequência das orientações do Banco de Portugal quanto ao tratamento 8 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) contabilístico destes activos. Estes valores referem-se a imóveis recebidos em reembolso de crédito próprio (dação em pagamento). Os impactos desta alteração em capitais próprios não foram considerados materiais pelo que,de acordo com o parágrafo 42 da IAS 8 e IAS 1, não se mostra necessário reexpressar as demonstrações financeiras de períodos anteriores. Contudo, para efeitos de apresentação e mais fácil leitura das quantias comparativas dos activos em causa, procedeu-se à reclassificação indicada. Conforme referido na Nota 1, no exercício de 2008 a Finibanco Vida integrou o perímetro de consolidação. Em 2009, na sequência da venda de 50% do capital e perda de controlo daquela sociedade, foi efectuada a reclassificação para associada, não integrando esta o perímetro de consolidação. Os valores relevantes incluídos nos comparativos de 2008 relativos à Finibanco Vida mostram-se como segue: Balanço Valor Activo Activos financeiros detidos para negociação 4.165 Activos financeiros disponíveis para venda 25.554 Investimentos detidos até à maturidade 5.158 Outros 1.852 36.729 Passivo Recursos de clientes 10.540 Provisões técnicas 25.544 Outros 645 36.729 Demonstração de resultados Valor Margem financeira 1.070 Outros resultados correntes 1.074 Produto bancário 2.144 Provisões e imparidades líquidas ( 822) Encargos de estrutura ( 1.475) Impostos ( 28) Resultado do exercício ( 181) As principais políticas contabilísticas utilizadas pelo Grupo estão descritas nos pontos seguintes. 2.3 Bases de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas compreendem a agregação das demonstrações financeiras separadas da Finibanco Holding e das demonstrações financeiras individuais das entidades que sejam directa ou indirectamente por si controladas (subsidiárias) e de entidades de finalidade especial em relação às quais o Grupo detenha a maioria dos riscos e benefícios inerentes à sua actividade ou interesses residuais. Adicionalmente, foram efectuados ajustamentos ao nível da consolidação de forma a corrigir a aplicação dos princípios e critérios previstos nas IFRS e de forma a assegurar a sua uniformidade. As demonstrações financeiras de todas as subsidiárias e entidades de finalidade especial referem-se ao mesmo período de reporte da empresa mãe, o Finibanco Holding. Considera-se que existe controlo sempre que o Grupo tenha a possibilidade de determinar as políticas operacionais e financeiras de uma entidade com o objectivo de obter benefícios das suas actividades. 9 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) As transacções e os saldos entre as subsidiárias e entidades de finalidade especial cujas demonstrações financeiras são objecto de consolidação são eliminados no processo de consolidação. As diferenças entre o custo de aquisição e o valor patrimonial equivalente das subsidiárias na data de aquisição foram totalmente amortizados em anos anteriores por contrapartida de reservas. O lucro consolidado do exercício resulta de agregação dos resultados líquidos da Finibanco Holding e das subsidiárias e entidades de finalidade especial, após se efectuarem ajustamentos de consolidação, designadamente a eliminação de proveitos e custos gerados em transacções entre as empresas incluídas no perímetro de consolidação, bem como aqueles que uniformizam a aplicação dos princípios de contabilidade do Grupo. Os interesses minoritários, quando existentes, representam a proporção nos resultados e nos activos líquidos dos passivos que não são detidos pelo Grupo directa ou indirectamente e são apresentados separadamente, respectivamente, na demonstração de resultados e no balanço na rubrica de “interesses minoritários”, incluída no capital próprio. 2.4. Uso de estimativas e julgamentos Na preparação das demonstrações financeiras, a gestão do Grupo tem que efectuar estimativas e assumir previsões que afectam os activos, passivos, réditos e custos, bem como os passivos e activos contingentes divulgados. Para a elaboração destas estimativas a gestão utilizou a informação disponível à data de preparação das demonstrações financeiras e julgamentos de valor. Consequentemente, os valores futuros efectivamente verificados podem diferir destas estimativas. As situações onde o uso de estimativas é mais significativo são as seguintes: Justo valor dos instrumentos financeiros Quando os justos valores dos instrumentos financeiros não podem ser determinados através de cotações (marked to market) nos mercados activos, são determinados através da utilização de técnicas de valorização que incluem modelos matemáticos (marked to model). O dados de input nesses modelos são, sempre que possível, dados observáveis de mercado, mas quando tal não é possível um grau de julgamento é requerido para estabelecer os justos valores, nomeadamente ao nível da liquidez, correlação e volatilidade. Perdas por Imparidade em créditos a clientes Os créditos de clientes com posições vencidas e responsabilidades totais consideradas de montante significativo, são objecto de análise individual para avaliar as necessidades de registo de perdas por imparidade. Nesta análise é estimado o montante e prazo dos fluxos futuros. Estas estimativas são baseadas em assumpções sobre um conjunto de factores que se podem modificar no futuro e consequentemente alterar os montantes de imparidade. Adicionalmente, é também realizada uma análise colectiva de imparidade por segmentos de crédito cujas características e riscos similares determinam perdas por imparidade com base no comportamento histórico das perdas em activos similares. Imparidade em instrumentos de capital Os Instrumentos de capital classificados em activos financeiros disponíveis para venda são considerados em imparidade quando se verifica um significativo ou prolongado declínio nos justos valores, abaixo dos preço de custo, ou quando existam outras evidências objectivas de imparidade. A determinação do nível de declínio em que se considera “significativo ou prolongado” requer julgamentos. Neste contexto o Grupo determinou que um declínio no justo valor de um instrumento de capital igual ou superior a 50% ou por mais de 1 ano é considerado significativo ou prolongado, respectivamente. As perdas por imparidade em instrumentos de capital não podem ser revertidas. Imparidade em instrumentos de dívida No caso dos instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda, a imparidade é elaborada com os mesmos critérios de um activo financeiro registado ao custo amortizado. Os juros deverão ser especializados à taxa efectiva original na parte reduzida do valor do activo e registada na rubrica de “ juros e proveitos equiparados”. Se, num período subsequente, o justo valor de um instrumento de dívida classificado como disponível para venda aumentar e o aumento puder estar objectivamente relacionado com um acontecimento que ocorra após o reconhecimento da perda por imparidade nos resultados, a perda por imparidade deve ser revertida, sendo a quantia da reversão reconhecida nos resultados. 10 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Activos por impostos diferidos São reconhecidos activos por impostos diferidos para prejuízos fiscais não utilizados, na medida em que seja provável que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados fiscais positivos. Para o efeito são efectuados julgamentos para a determinação do montante de impostos diferidos activos que podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais futuros esperado. Benefícios de reforma O nível de responsabilidades relativas a benefícios de reforma é determinado através de avaliação actuarial, na qual se utilizam pressupostos e assumpções sobre taxas de desconto, taxa de retorno esperado dos activos do Fundo de Pensões, aumentos salariais e de pensões futuros e tábuas de mortalidade. Face à natureza de longo prazo dos planos de pensões, estas estimativas são sujeitas a incertezas significativas. Na (Nota 55) são apresentados os pressupostos utilizados. Responsabilidades com contratos de seguro do ramo vida Nos comparativos de 2008, os passivos por contratos de seguro do ramo vida celebrados pela Finibanco Vida reflectem a melhor estimativa de responsabilidades perante os tomadores de seguro considerando as condições contratuais e pressupostos considerados mais adequados à data sobre mortalidade e taxas de retorno dos investimentos, entre outros. Operações de titularização Como parte da sua actividade operacional o Grupo realizou operações de titularização de crédito ao consumo, operações de aluguer de longa duração e crédito concedido a pequenas e médias empresas, através da alienação desses activos a entidades de finalidades especiais ( veículos) constituídos para o efeito. Estas entidades, como forma de financiamento, emitiram instrumentos de dívida com diferentes níveis de subordinação e de remuneração. O interesse residual nos activos titularizados é usualmente retido pelo Grupo através da detenção de títulos de natureza residual. Consequentemente, os veículos constituídos no âmbito de operações de titularização cujos títulos de natureza residual sejam detidos pelo Grupo são incluídos nas contas consolidadas. 2.5 Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras resumem-se como segue: 1) Instrumentos financeiros a) Reconhecimento e mensuração inicial de instrumentos financeiros As compras e vendas de activos financeiros que implicam a entrega de activos de acordo com os prazos estabelecidos por regulamento ou convenção no mercado, são reconhecidos na data da transacção, isto é, na data em que é assumido o compromisso de compra ou venda. Os instrumentos financeiros derivados são igualmente reconhecidos na data da transacção. A classificação dos instrumentos financeiros na data de reconhecimento inicial depende das suas características e da intenção de aquisição. Todos os instrumentos financeiros são inicialmente mensurados ao justo valor acrescido dos custos directamente atribuíveis à compra ou emissão, excepto no caso dos activos e passivos ao justo valor através de resultados em que tais custos são reconhecidos directamente em resultados. b) Mensuração subsequente de instrumentos financeiros Activos e passivos financeiros detidos para negociação Os activos e passivos financeiros detidos para negociação são os adquiridos com o objectivo de venda no curto prazo e de realização de lucros a partir de flutuações no preço ou na margem do negociador, incluindo todos os instrumentos financeiros derivados que não sejam enquadrados como operações de cobertura. Após reconhecimento inicial, os ganhos e perdas gerados pela mensuração subsequente do justo valor são reflectidos em resultados do exercício. Nos derivados os justos valores positivos são registados no activo e os 11 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) justos valores negativos no passivo. Os juros e dividendos ou encargos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido. Outros activos e passivos ao justo valor através de resultados Estas rubricas incluem os activos e passivos financeiros classificados pelo Grupo de forma irrevogável no seu reconhecimento inicial como ao justo valor através de resultados, de acordo com a opção prevista na IAS 39 (fair value option), desde que satisfeitas as condições previstas para o seu reconhecimento, nomeadamente: i) a designação elimina ou reduz significativamente inconsistências de mensuração de activos e passivos financeiros e reconhecimento dos respectivos ganhos ou perdas (accounting mismatch); ii) os activos e passivos financeiros são parte de um grupo de activos ou passivos ou ambos que é gerido e a sua performance avaliada numa base de justo valor, de acordo com uma estratégia de investimento e gestão de risco devidamente documentada; ou iii) o instrumento financeiro integra um ou mais derivados embutidos, excepto quando os derivados embutidos não modifiquem significativamente os fluxos de caixa inerentes ao contrato, ou seja claro, com reduzida ou nenhuma análise, que a separação dos derivados embutidos não possa ser efectuada. Após reconhecimento inicial os ganhos e perdas gerados pela mensuração subsequente do justo valor dos activos e passivos financeiros são reflectidos em resultados do exercício na rubrica “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. Em 31 de Dezembro de 2008 e 2009 não existiam situações enquadráveis nas alíneas i) e ii) acima. A rubrica de activos financeiros ao justo valor através de resultados inclui activos designados no reconhecimento inicial ao justo valor por integrarem derivados embutidos e, em aplicação do parágrafo 1 da IAS 31, o Grupo classificou nesta rubrica a participação detida pela Lestinvest numa entidade estrangeira conjuntamente controlada que se encontra a desenvolver um empreendimento imobiliário (Nota 6). Os passivos financeiros foram designados como passivos ao justo valor através de resultados por se tratarem de instrumentos de dívida (subordinada e não subordinada) com um ou mais derivados embutidos. A valorização dos passivos financeiros ao justo valor através de resultados tem em conta o risco de crédito do emitente como sendo o spread de cada dívida emitida. Activos financeiros detidos até à maturidade Os activos financeiros detidos até à maturidade compreendem os investimentos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas, sobre os quais existe a intenção e capacidade de os deter até à maturidade. Após o reconhecimento inicial são subsequentemente mensurados ao custo amortizado, usando o método da taxa de juro efectiva, deduzido de perdas por imparidade. O custo amortizado é calculado tendo em conta o prémio ou desconto na data de aquisição e outros encargos directamente imputáveis à compra como parte da taxa de juro efectiva. A amortização é reconhecida em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica “Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações”. Activos financeiros disponíveis para venda São classificados nesta rubrica instrumentos que podem ser alienados em resposta ou em antecipação a necessidades de liquidez ou alterações de taxas de juro, taxas de câmbio ou alterações do seu preço de mercado, e que não foram classificados em qualquer uma das outras categorias de activos financeiros. Incluem instrumentos de capital, investimentos em unidades de participação de fundos e outros instrumentos de dívida. Após o reconhecimento inicial são subsequentemente avaliados ao justo valor, sendo os respectivos ganhos e perdas reflectidos na rubrica “Reservas de Reavaliação” até à sua venda (ou ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento no qual o valor acumulado é transferido para resultados do exercício para a rubrica “Resultados de activos financeiros disponíveis para venda”. Os juros são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são reconhecidos em resultados, quando o direito ao seu pagamento é estabelecido, na rubrica “Rendimentos de instrumentos de capital”. Nos instrumentos de dívida emitidos em moeda estrangeira, as diferenças cambiais apuradas são reconhecidas em resultados do exercício na rubrica “Resultados de reavaliação cambial”. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica “Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações”. 12 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Aplicações em outras Instituições de Crédito e Crédito a clientes Estas rubricas incluem aplicações junto de instituições de crédito e crédito concedido a clientes do Grupo. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo, que não sejam activos adquiridos ou originados com intenção de alienação a curto prazo (detidos para negociação) ou classificados como activos financeiros ao justo valor através de resultados no seu reconhecimento inicial. Após reconhecimento inicial, normalmente ao valor desembolsado acrescido de todos os custos directamente inerentes à transacção, incluindo comissões cobradas que não tenham a natureza de prestação de serviço, subsequentemente estes activos são mensurados ao custo amortizado, usando o método da taxa efectiva, deduzido das perdas por imparidade. O custo amortizado é calculado tendo em conta rendimentos ou encargos directamente imputáveis à originação do activo como parte da taxa de juro efectiva. A amortização é reconhecida em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica “Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações”. Recursos de outras instituições de crédito, Recursos de clientes e outros empréstimos, Responsabilidades representadas por títulos e Outros passivos subordinados Os restantes passivos financeiros, que incluem essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e emissões de dívida não designadas como passivos financeiros ao justo valor através de resultados e cujos termos contratuais resultam na obrigação de entrega ao detentor de fundos ou activos financeiros, são reconhecidos inicialmente pela contraprestação recebida líquida dos custos de transacção directamente associados e subsequentemente valorizados ao custo amortizado, usando o método da taxa efectiva. A amortização é reconhecida em resultados na rubrica “Juros e encargos similares”. Derivados Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo na sua gestão de exposição a riscos financeiros e de mercado, são contabilizados de acordo com os critérios definidos na IAS 39 para cobertura de justo valor, caso cumpram os requisitos de elegibilidade previstos nesta norma, nomeadamente para o registo de coberturas da exposição à variação do justo valor de elementos cobertos. Caso contrário, os derivados são considerados pelo seu justo valor como activos ou passivos financeiros de negociação, consoante tenham, respectivamente, justo valor positivo ou negativo. O recurso a derivados pelo Grupo para cobertura de exposições a riscos financeiros e de mercado ocorre, principalmente, nas seguintes situações: Cobertura de passivos com indexação a activos de referência O Grupo emite passivos financeiros cuja remuneração e pagamento de principal estão ligados à performance de um activo de referência (acções, crédito e taxa de juro, etc.) e faz a cobertura contratando derivados OTC para transformar estes passivos em operações indexadas à Euribor; Cobertura do risco de operações de derivados com clientes O Grupo contrata derivados OTC (essencialmente forwards) com clientes cujo risco é coberto com operações de back-to-back com contrapartes no mercado; Operações de swap de taxa de juro relacionadas com as operações de titularização de créditos efectuadas pelo Grupo. Contudo, nas demonstrações financeiras não se encontram consideradas quaisquer operações de cobertura, dado que todos os instrumentos derivados existentes ou foram classificados como de negociação por não cumprirem os requisitos de contabilidade de cobertura da IAS 39, ou estão associados a passivos designados ao justo valor através de resultados. Consequentemente todos os derivados encontram-se registados em activos e passivos de negociação. 13 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Determinação do justo valor Para efeitos de mensuração subsequente, o justo valor utilizado na mensuração de activos e passivos financeiros foi determinado da seguinte forma: No caso de instrumentos transaccionados em mercados activos, o justo valor é determinado com base na cotação de fecho, no preço da última transacção efectuada ou no valor da última oferta (“bid”) conhecida; No caso de activos não transaccionados em mercados activos, o justo valor é determinado com recurso a técnicas de valorização, que incluem preços de transacções recentes de instrumentos equiparáveis e outros métodos de valorização normalmente utilizados pelo mercado (“discounted cash flow”, modelos de valorização de opções, etc.). Os activos de rendimento variável para os quais não seja possível a obtenção de valorizações fiáveis, são mantidos ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas por imparidade. Imparidade em instrumentos financeiros O Grupo avalia em cada data de apresentação de contas se existe alguma evidência objectiva que um activo ou grupo de activos financeiros se encontra em imparidade. Um activo financeiro ou grupo de activos financeiros encontra-se em imparidade, se e só se, existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) após a data de reconhecimento inicial, tiver um impacto mensurável na estimativa dos fluxos de caixa futuros desse activo ou grupo de activos. A evidência de imparidade de um activo ou grupo de activos definida pelo Grupo traduz-se na observação de eventos de perda, dos quais se destacam: Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento do capital e/ou juros; Dificuldades financeiras significativas do devedor; Alteração significativa da situação patrimonial do devedor, sendo provável que o devedor entre em processo de reestruturação financeira, ou venha a ser considerado falido ou insolvente; ou Ocorrência de alterações adversas das condições e/ou capacidade de pagamento ou das condições económicas nacionais ou do sector económico relevante, com correlação ao incumprimento de determinado activo. Créditos a clientes Para os créditos a clientes mensurados ao custo amortizado, o Grupo inicialmente procede a uma análise individual, para os clientes com responsabilidades totais consideradas significativas, para aferir se existe evidência objectiva de imparidade. Caso seja determinado que não existe evidencia objectiva de imparidade, estes créditos são incluídos na análise colectiva efectuada por segmentos com características e riscos similares, juntamente com os créditos considerados não significativos. Se existir evidência de perda por imparidade num activo ou grupo de activos, o montante da perda é determinado pela diferença entre o seu valor e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados (excluindo perdas de imparidade futuras ainda não incorridas), descontados à taxa de juro original do activo ou activos financeiros. Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contrato. De acordo com o modelo conceptual de imparidade estabelecido, quando um grupo de activos financeiros é avaliado em conjunto (avaliação colectiva), os fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os dados históricos relativos a perdas em activos com características de risco de crédito similares aos que integram o grupo. Sempre que o Grupo entenda necessário, os dados históricos são actualizados com base nos dados correntes observáveis, afim de reflectirem os efeitos das condições actuais. O valor de balanço do activo ou do grupo de activos é reduzido por contrapartida da rubrica de resultados de perdas por imparidade “Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações”. Os juros destes activos continuam a ser reconhecidos sobre o montante reduzido do Balanço com base na taxa efectiva original. 14 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Se nos exercícios subsequentes, o montante de imparidade estimada aumentar ou reduzir em resultado de eventos subsequentes ao reconhecimento da imparidade inicial, o valor de imparidade é aumentado ou reduzido por contrapartida da rubrica de resultados acima referida. Se forem recuperados créditos abatidos o montante recuperado é creditado em resultados da mesma rubrica de Imparidade acima referida. Activos disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda são considerados em imparidade quando se verifica um significativo ou prolongado declínio no justo valor dos activos, abaixo dos preço de custo, ou quando existam outras evidências objectivas de imparidade. Neste contexto o Grupo determinou que um declínio no justo valor de um instrumento de capital igual ou superior a 50% ou por mais de 1 ano é considerado significativo ou prolongado, respectivamente. No caso dos instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda, a imparidade é abordada usando as mesmas evidências objectivas de imparidade de um activo financeiro registado ao custo amortizado. Em caso de imparidade, a diferença entre o justo valor e o valor de custo é registada na rubrica da demonstração de resultados “Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações”. c) Desreconhecimento de activos e passivos financeiros Activos financeiros Um activo financeiro (ou quando aplicável uma parte de um activo financeiro ou parte de um grupo de activos financeiros) é desreconhecido quando: i) ii) os direitos de recebimento dos fluxos de caixa do activo expirem; ou os direitos de recebimento dos fluxos de caixa tenham sido transferidos, ou foi assumida a obrigação de pagar na totalidade os fluxos de caixa a receber, sem demora significativa, a terceiros no âmbito de um acordo “pass-through”; e iii) Os riscos e benefícios do activo foram substancialmente transferidos, ou os riscos e benefícios não foram transferidos nem retidos, mas foi transferido o controlo sobre o activo. Quando os direitos de recebimento dos fluxos de caixa tenham sido transferidos ou tenha sido celebrado um acordo de “pass-through” e não tenham sido transferidos nem retidos substancialmente todos os riscos e benefícios do activo, nem transferido o controlo sobre o mesmo, o activo financeiro é reconhecido na extensão do envolvimento continuado, o qual é mensurado ao menor entre o valor original do activo e o máximo valor de pagamento que ao Grupo pode ser exigido. Quando o envolvimento continuado toma a forma de opção de compra sobre o activo transferido, a extensão do envolvimento continuado é o montante do activo que pode ser recomprado, excepto no caso de opção de venda mensurável ao justo valor, em que o valor do envolvimento continuado é limitado ao mais baixo entre o justo valor do activo e o preço de exercício da opção. Passivos financeiros Um passivo financeiro é desreconhecido quando a obrigação subjacente expira ou é cancelada. Quando um passivo financeiro existente é substituído por outro com a mesma contraparte em termos substancialmente diferentes dos inicialmente estabelecidos, ou os termos iniciais são substancialmente alterados, esta substituição ou alteração é tratada como um desreconhecimento do passivo original e o reconhecimento de um novo passivo e qualquer diferença entre os respectivos valores é reconhecida em resultados do exercício. d) Reclassificação de activos e passivos financeiros Um activo financeiro que não seja detido para efeitos de venda ou recompra a curto prazo, não obstante poder ter sido adquirido ou incorrido para efeitos de venda ou recompra a curto prazo, pode ser retirado da categoria de justo valor através dos lucros e prejuízos. Este tem de ser reclassificado ao justo valor na data de reclassificação. Os ganhos e as perdas já reconhecidos nos lucros ou prejuízos não deverão ser revertidos. O justo valor do activo financeiro à data de reclassificação tornar-se-á o seu novo custo ou custo amortizado, conforme aplicável. 15 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 2) Transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira são reconhecidas pelo câmbio verificado no dia da transacção. Na data do balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos utilizando o câmbio de fecho. Os itens não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os itens não monetários que sejam mantidos ao custo histórico são mantidos ao câmbio original. As diferenças de câmbio apuradas na conversão são reconhecidas como ganhos ou perdas do período na demonstração de resultados, na rubrica “Resultados de reavaliação cambial”, com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários classificados como disponíveis para venda, que são registadas por contrapartida de uma rubrica específica de capital próprio até à alienação do activo. Na data de balanço os activos e passivos denominados em moeda funcional distinta do Euro são convertidos à taxa de câmbio à data do fecho do balanço, enquanto itens de proveitos e custos são convertidos à taxa média do período. As diferenças que resultam da utilização da taxa de fecho e da taxa média são registadas por contrapartida de uma rubrica específica de capital próprio até à alienação das respectivas entidades. 3) Operações de locação financeira O Grupo classifica as operações de locação financeiras ou locação operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal. As operações de locação são classificadas como de locação financeira sempre que contratualmente sejam transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios associados à detenção para o locatário. As restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais. Estas operações são registadas da seguinte forma: Nas locações operacionais: Como locatário os pagamentos efectuados pelo Grupo de acordo com os contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito na rubrica “Gastos gerais administrativos”. Como locador Os activos em regime de locação operacional são registados no balanço como “Outros activos tangíveis”, pelo montante igual ao investimento líquido do bem locado. Os activos em regime de locação operacional são amortizados no prazo do contrato, em regime de quotas constantes obtidas pela divisão da diferença entre investimento líquido e valor residual estimado pelo prazo do contrato. As rendas e outros serviços recebidos são registados integralmente em proveitos, no período a que dizem respeito, na rubrica “outros resultados de exploração”. Os pagamentos efectuados relacionados com encargos relativos a contratos de locação operacional, são registados como custos dos períodos a que dizem respeito. Nas locações financeiras: Como locatário Os activos em regime de locação financeira são registados em “Outros activos fixos tangíveis”, pelo justo valor do activo ou, se inferior, pelo valor actual dos pagamentos mínimos do leasing. As rendas relativas a contratos de locação financeira são desdobradas de acordo com o respectivo plano financeiro, de forma a obter-se uma taxa de juro constante até à maturidade do passivo, reduzindo-se o passivo pela parte correspondente à amortização do capital. Os juros suportados são registados em resultados, como custos financeiros, na rubrica “Juros e encargos similares”. 16 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Os activos em regime de locação financeira são amortizados ao longo da sua vida útil. Contudo, se não houver certeza razoável de que o Grupo obtenha a propriedade no final do contrato, a amortização do activo é efectuada pelo menor da vida útil do activo ou do contrato de locação financeira Como locador Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, pelo montante igual ao investimento líquido do bem locado, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados em resultados, como proveitos financeiros, na rubrica “Juros e rendimentos similares”. 4) Activos não correntes detidos para venda Os activos não correntes são classificados como detidos para venda sempre que se determine que o seu valor de balanço será recuperado através de venda e não através do uso continuado. Esta condição apenas se verifica quando a venda seja altamente provável e o activo esteja disponível para venda imediata no seu estado actual. A operação de venda deverá verificar-se até um período máximo de um ano após a classificação nesta rubrica. Uma extensão do período durante o qual se exige que a venda seja concluída não exclui que um activo ( ou grupo para alienação) seja classificado como detido para venda se o atraso for causado por acontecimentos ou circunstâncias fora do controlo do Grupo e se houver suficiente prova de que o Grupo continua comprometido com o seu plano de vender o activo. Os activos registados nesta categoria são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e do justo valor, determinado com base em avaliações de peritos internos ou externos, deduzido de custos a incorrer na venda. Nas avaliações os peritos utilizam normalmente pelo menos dois dos seguintes métodos de avaliação: comparativo, do rendimento e do custo. Estes activos não são amortizados. O Grupo regista nesta rubrica essencialmente imóveis recebidos em dação em pagamento de dívidas referentes a crédito concedido que cumpram as condições acima referidas. Para os casos em que tais condições não se encontram cumpridas os imóveis recebidos em dação em pagamento são registados em propriedades de investimento. 5) Propriedades de investimento As propriedades de investimento são inicialmente valorizadas ao seu custo de aquisição, incluindo custos de transacção. O montante escriturado inclui os custos de investimento adicionais nas propriedades de investimento existentes, se estiverem cumpridos os critérios de reconhecimento, mas exclui os custos correntes de manutenção. Subsequentemente ao reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são reavaliadas ao justo valor apurado através de avaliações efectuadas por peritos internos ou externos, as quais reflectem as condições de mercado na data de balanço. A diferença entre o valor de aquisição e o justo valor é registada na rubrica da Demonstração de Resultados de “Outros resultados de exploração”. As propriedades de investimento são desreconhecidas quando forem alienadas ou quando deixam de ser esperados benefícios económicos futuros com a sua detenção. Na alienação a diferença entre o valor líquido da alienação e o montante do activo registado é reconhecido em resultados no período da alienação. As transferências de e para propriedades de investimento são efectuadas quando se verifica uma alteração no uso. Na transferência de propriedades de investimento para imóveis de serviço próprio, o custo estimado para contabilização subsequente é o justo valor à data da alteração do uso. Se um imóvel de serviço próprio é classificado em propriedades de investimento, o Grupo regista esse activo de acordo com a política aplicável a imóveis de serviço próprio até à data da sua transferência para propriedades de investimento. 17 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 6) Outros Activos Tangíveis A rubrica de “Outros activos tangíveis” inclui imóveis de serviço próprio, viaturas de serviço e outros equipamentos. Em relação aos imóveis de serviço próprio, na data de transição para as IFRS/IAS (1 de Janeiro de 2004) foi utilizada a opção prevista na IFRS 1 de considerar como custo estimado o respectivo justo valor, obtido através de avaliações de peritos, considerando-se a diferença para o anterior valor de balanço em resultados transitados como ajustamentos de transição, passando aquele valor a ser o valor de custo nessa data sujeito a depreciação futura. Os “Outros activos tangíveis” são registados ao custo, líquido de amortizações e/ou imparidade. Os custos de reparação e manutenção são reconhecidos na demonstração de resultados quando ocorridos. Os valores residuais e métodos de amortização são revistos em cada fecho de contas e ajustados caso seja apropriado. Os activos tangíveis são amortizados numa base linear de acordo com a sua vida útil esperada: Anos Imóveis de serviço próprio: Edifícios Benfeitorias Obras em edifícios arrendados Equipamento: Instalações Mobiliário e material Equipamento informático Outros activos tangíveis 50 8 10 20 10 3a8 8 a 16 Um activo tangível é desreconhecido quando vendido ou quando não é expectável a existência de benefícios económicos futuros pelo seu uso ou venda. Na data do desreconhecimento o ganho ou perda calculado pela diferença entre o valor líquido de venda e o valor líquido contabilístico é reconhecido em resultados na rubrica “Outros resultados de exploração”. 7) Activos Intangíveis Os activos intangíveis, que correspondem essencialmente a “software”, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas numa base linear, ao longo da vida útil estimada dos activos, que actualmente se encontra nos três anos. O período e o método de amortização para activos intangíveis são revistos no final de cada ano. As alterações no prazo de vida útil estimada ou no padrão de consumo dos benefícios económicos futuros são tratados como alterações de estimativas. As amortizações são reconhecidas na respectiva rubrica da demonstração de resultados. 8) Investimentos em associadas As partes de capital em empresas associadas encontram-se registadas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da equivalência patrimonial. Uma associada é uma entidade em que o Grupo exerça uma influência significativa na gestão mas não seja uma filial ou empreendimento conjunto. Considera-se que existe influência significativa sempre que o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais de 20% dos direitos de voto. O registo inicial do investimento é efectuado pelo custo de aquisição, o qual é incrementado ou diminuído pelo reconhecimento das variações subsequentes na parcela detida na situação líquida da associada. Deste modo, o goodwill originado na aquisição fica reflectido no valor do investimento, sendo objecto de análise de imparidade como parte do valor do investimento. Qualquer goodwill negativo é imediatamente reconhecido em resultados. À semelhança do procedimento seguido relativamente às subsidiárias, sempre que aplicável, as contas das associadas são ajustadas de forma a reflectir a utilização das políticas contabilísticas do Grupo. 18 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 9) Benefícios aos empregados Plano de pensões de reforma por benefício definido Em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho celebrado com os sindicatos e vigente para o Sector Bancário, o Grupo assumiu o compromisso de atribuir aos seus empregados ou às suas famílias prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez ou sobrevivência. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente com o número de anos de serviço do trabalhador, aplicada à tabela salarial negociada anualmente para o pessoal no activo. Para cobertura destas responsabilidades, as entidades financeiras do Grupo dispõem de Fundos de Pensões autónomos geridos por entidade independente, para os quais são realizadas contribuições anuais. O Grupo procede à avaliação das responsabilidades por serviços passados dos seus trabalhadores, tendo em consideração a posição que assumiu no momento de adesão ao ACT, na qual prevê que a sua responsabilidade é determinada apenas a partir da data de admissão no grupo e não na data de admissão dos seus trabalhadores no sector bancário. Consequentemente, a parcela de responsabilidades afecta ao período entre a data de admissão no sector bancário e a data de admissão no Grupo será imputável às anteriores entidades financeiras, pelo que estas responsabilidades por serviços passados não são asseguradas pelos Fundos de Pensões do Grupo. Esta posição é suportada por pareceres da Direcção Jurídica do Finibanco, S.A. e de peritos independentes. As responsabilidades com benefícios dos trabalhadores foram reconhecidas de acordo com as regras definidas pela IAS 19. O passivo ou activo reconhecido no balanço corresponde à diferença entre o valor actual das responsabilidades com pensões e o justo valor dos activos dos fundos de pensões, considerando ajustamentos relativos a ganhos e perdas actuariais diferidos. O valor das responsabilidades é determinado numa base anual por actuários independentes, utilizando o método “Projected Unit Credit”, e pressupostos actuariais considerados adequados (Nota 55) . A actualização das responsabilidades é efectuada com base numa taxa de desconto que reflecte as taxas de juro de mercado de obrigações de empresas de elevada qualidade, denominadas na moeda em que são pagáveis as responsabilidades, e com prazos até ao vencimento similares aos de liquidação das responsabilidades com pensões. Os ganhos e perdas decorrentes de alterações de pressupostos e diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento do fundo de pensões são diferidos no balanço (“corredor”), até ao limite de 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor do fundo de pensões, dos dois o maior, reportados ao final do ano anterior. O valor de ganhos e perdas actuariais acumulados, que excedam o corredor são reconhecidos por contrapartida de resultados ao longo do período médio remanescente de serviço dos empregados abrangidos pelo plano. Na data de transição para as IFRS, o Grupo adoptou a possibilidade permitida pela IFRS 1 de não recalcular os ganhos e perdas actuariais diferidos desde o início dos planos. Deste modo, os ganhos e perdas actuariais diferidos reflectidos nas contas do Grupo em 31 de Dezembro de 2003 foram integralmente anulados por contrapartida de resultados transitados, no âmbito da determinação dos ajustamentos de transição para IFRS. Outros benefícios Para além das pensões, o Grupo tem ainda outras responsabilidades por benefícios aos trabalhadores, incluindo responsabilidades com assistência médica (SAMS), Subsídio por morte e Prémio de Antiguidade. As responsabilidades com estes benefícios são igualmente determinadas com base em avaliações actuariais, de forma similar às responsabilidades com pensões. No exercício de 2007 as responsabilidades com o SAMS e Subsídio por Morte passaram a ser financiados através do Fundo de Pensões anteriormente referido, pelo que o valor de responsabilidades apuradas com referência a 31 de Dezembro de 2006 e registadas na rubrica Outros Passivos foram transferidas para as respectivas contas do Fundo de Pensões. As responsabilidades com Prémio de Antiguidade são registadas na rubrica de “ Outros passivos” por contrapartida da rubrica de resultados “ Custos com o pessoal ”. 19 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 10) Provisões e Passivos contingentes Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva), resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. A provisão corresponde à melhor estimativa do Grupo de eventuais montantes que seria necessário desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço. Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota. Se o efeito do valor temporal do dinheiro for imaterial, a quantia de uma provisão é o valor nominal dos dispêndios que se espera que sejam necessários para liquidar a obrigação. 11) Impostos O Finibanco Holding e as suas subsidiárias estão sujeitas ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC). A Sucursal Financeira Exterior na Região Autónoma da Madeira do Finibanco SA, ao abrigo do artigo 33º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, beneficia de isenção de IRC até 31 de Dezembro de 2011. O imposto corrente é reconhecido como um custo com base na taxa aplicável em cada território no exercício em que os lucros tributáveis foram gerados. Os efeitos nos impostos futuros por prejuízos fiscais reportáveis são reconhecidos como activos por impostos diferidos na medida em que é provável a existência de lucros fiscais no futuro que permitam a utilização dessas perdas fiscais. Os custos com impostos sobre o rendimento correspondem à soma do imposto corrente e do imposto diferido. O Grupo regista ainda passivos ou activos por impostos diferidos respeitantes ao reconhecimento de impostos a pagar ou a recuperar no futuro decorrentes de diferenças temporárias nos activos ou passivos, tributáveis ou dedutíveis, nomeadamente relacionadas com provisões temporariamente não dedutíveis para efeitos fiscais, impactos de conversão para as Normas de Contabilidade Ajustadas que só vão ser reconhecidos fiscalmente nos exercícios seguintes, o regime de tributação das responsabilidades com pensões e outros benefícios dos empregados e mais-valias não tributadas por reinvestimento. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e avaliados numa base mensal, utilizando as taxas de tributação que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data do balanço. Os passivos por impostos diferidos são sempre registados. Os activos por impostos diferidos calculados sobre prejuízos fiscais apenas são registados na medida em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam o seu aproveitamento. Os activos e passivos por impostos diferidos são compensados se existir o direito legal de compensar impostos correntes activos e passivos e estes forem relacionados com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal ou sobre a mesma entidade tributável. Os impostos sobre o rendimento são registados por contrapartida de resultados do exercício, excepto em situações em que os eventos que os originaram tenham sido reflectidos em rubrica específica de capital próprio, nomeadamente, no que respeita à valorização de activos disponíveis para venda e imóveis de serviço próprio. Neste caso, o efeito fiscal associado às valorizações é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. 12) Contratos de seguro e contratos de investimento Até à data da alienação da filial Finibanco Vida a 30 de Dezembro de 2009 o Grupo classificou os contratos celebrados por esta como contratos de seguro ou contratos de investimento. Nos contratos de seguro a seguradora recebe do tomador um prémio correspondente ao risco de seguro significativo que é transferido para esta, concordando em compensar o tomador, segurado ou beneficiário através do pagamento de indemnizações e/ou outros tipos de benefícios, caso a ocorrência de um acontecimento seguro (evento incerto) afecte adversamente o segurado ou beneficiário. A existência de risco significativo de seguro é medida tendo em conta as componentes e características económicas dos contratos, comparando os benefícios a pagar ao tomador de seguro na situação de ocorrer ou não o referido evento. Consideram-se 20 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) contratos de investimento os contratos celebrados pela seguradora em que se verifica a transferência de um risco financeiro significativo sem risco de seguro ou com risco de seguro não significativo. O risco financeiro é o risco de possíveis alterações futuras em taxas de juro, cotações ou outras variáveis. Os contratos de seguro e de investimento são adicionalmente classificados com ou sem participação discricionária de resultados, ou seja o direito do tomador receber benefícios adicionais aos garantidos que: provavelmente correspondem a uma parte significativa do total de benefícios contratados; o montante ou momento de pagamento está contratualmente à descrição da seguradora; e estão contratualmente baseados na performance de um grupo de activos detidos pela seguradora. Os prémios de contratos de seguro e contratos de investimento com participação discricionária de resultados são reconhecidos como proveitos quando os respectivos recibos são emitidos para pagamento. As responsabilidades com contratos de seguro e contratos de investimento são reconhecidas quando celebrados os respectivos contratos e debitados os respectivos prémios. As responsabilidades relativas a contratos de seguro e contratos de investimento com participação discricionária de resultados correspondem ao valor actuarial estimado dos compromissos da seguradora. As provisões matemáticas do ramo vida têm como objectivo registar o valor actual das responsabilidades futuras da Companhia, no que respeita a contratos de seguro. São calculadas para cada apólice de acordo com as bases actuariais aprovadas pelo Instituto de Seguros de Portugal. A taxa técnica utilizada nos contratos com capital diferido, com contrasseguro de prémios e com participação nos resultados, assim como os contratos de seguros temporários anuais renováveis foi de 3% e a tábua de mortalidade a GKM80. A provisão para sinistros corresponde aos custos com sinistros ocorridos e ainda por liquidar, bem como a uma estimativa das responsabilidades provenientes de sinistros já ocorridos mas não declarados à data de Balanço (IBNR). Apesar da ausência de dados históricos significativos, em virtude de ser ainda o segundo exercício efectivo da Seguradora, foi já possível estimar o tempo médio que decorre entre a ocorrência do sinistro e a data em o mesmo é comunicado à seguradora, tendo em conta os registos efectivos da Seguradora. A aludida provisão foi constituída segundo métodos estatísticos aplicáveis a este contexto e com base em princípios e regras de prudência. Para as modalidades que prevêem participação nos resultados, com base nas taxas de rentabilidade dos investimentos afectos às respectivas provisões técnicas, o valor das provisões matemáticas a 31 de Dezembro já reflecte a mencionada participação que foi distribuída, nessa data, a cada uma das apólices dessas modalidades. A excepção diz respeito aos contratos que foram anulados no decurso do exercício para os quais foi avaliada e constituída a consequente provisão para participação nos resultados. As Taxas de Revalorização Efectivas (constituídas por taxa de participação + taxa de juro técnica) atribuídas às Apólices das modalidades com Fundos Autónomos de Investimento foram as seguintes: Produto Taxa Técnica Taxa de Revalorização Efectiva PPR Finibanco 3,00% 3,21% Capitalização Finibanco 3,00% 3,20% As provisões técnicas de resseguro cedido são determinadas através da aplicação dos critérios acima descritos para o seguro directo, tendo em atenção as percentagens de cessão, bem como outras cláusulas existentes nos tratados de resseguro em vigor. 21 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) As responsabilidades relativas a contratos de investimento sem participação discricionária de resultados são inicialmente reconhecidos pelo valor dos prémios debitados e depósitos recebidos e subsequentemente valorizadas ao custo amortizado à taxa efectiva dos contratos com base nas seguintes premissas: Tábuas de Mortalidade e Taxas Técnicas: PRODUTO TAXA TÉCNICA TÁBUA DE MORTALIDADE 4,50% GKM 80 4,90% GKM 80 3,90% GKM 80 - Capital diferido a prémio único, com contrasseguro de prémios, sem participação nos resultados, por 8 anos e 1 dia (emitido e fechado em 2008) - Capital diferido a prémio único, com contrasseguro de prémios, sem participação nos resultados, por 5 anos e 1 dia (emitido e fechado em 2008) - Capital diferido a prémio único, com contrasseguro de prémios, sem participação nos resultados, por 5 anos e 1 dia (emitido e fechado em 2009) 13) Distribuição de dividendos Os dividendos são reconhecidos como passivo e deduzidos da rubrica de Capital quando são aprovados pelos accionistas. Os dividendos relativos ao exercício aprovados pelo Conselho de Administração após a data de referência das demonstrações financeiras são divulgados na proposta de aplicação de resultados do relatório de gestão. 14) Reconhecimento de proveitos e custos Em geral os proveitos e custos reconhecem-se em função do período de vigência das operações de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, isto é, são registados à medida que são gerados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Os proveitos são reconhecidos na medida em que seja provável que benefícios económicos associados à transacção fluam para o grupo e a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada. Para os instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e para os instrumentos financeiros classificados como “Activos Financeiros disponíveis para venda” os juros são reconhecidos usando o método da taxa efectiva, que corresponde à taxa que desconta exactamente o conjunto de recebimentos ou pagamentos de caixa futuros até à maturidade, ou até à próxima data de repricing, para o montante líquido actualmente registado do activo ou passivo financeiro. Quando calculada a taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando os termos contratuais e considerados todos os restantes rendimentos ou encargos directamente atribuíveis aos contratos. Os dividendos são reconhecidos quando estabelecido o direito de receber o pagamento. 22 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 15) Rendimentos e encargos por serviços e comissões O Grupo cobra comissões aos seus clientes pela prestação de um amplo conjunto de serviços. Estas incluem comissões pela prestação de serviços continuados, relativamente aos quais os clientes são usualmente debitados de forma periódica, ou comissões cobradas pela realização de um determinado serviço pontual. As comissões cobradas por serviços prestados durante um período determinado são reconhecidas ao longo do período de duração do serviço. As comissões relacionadas com a realização de um serviço pontual são reconhecidas no momento em que ocorre o referido serviço. 16) Garantias financeiras No decurso normal das suas actividades bancárias, o Grupo presta garantias financeiras, tais como cartas de crédito, garantias bancárias, e créditos documentários, as quais são reconhecidas em contas extrapatrimoniais pelo seu valor contratual (Nota 49). As garantias financeiras são reconhecidas como um passivo, pelo justo valor, quando a mesma se encontrar vencida ou seja provável que seja necessário um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos para liquidar a obrigação e haja uma estimativa fiável da quantia da obrigação. Subsequentemente, o passivo é escriturado pelo montante da estimativa de gastos futuros para liquidar a obrigação, à data do balanço. Estas exposições são incluídas na análise individual e colectiva de imparidade considerando factores de conversão em crédito. As comissões obtidas pela prestação das garantias financeiras são reconhecidas de forma linear em resultados, na rubrica “Rendimentos de serviços e comissões”, durante o período de vigência das mesmas. 17) Fundo de garantia de depósitos Conforme previsto no Decreto-Lei nº 298/92 de 31 de Dezembro, foi criado em Novembro de 1994 o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) cujo objectivo é o de garantir os depósitos constituídos nas instituições de crédito, nomeadamente bancos que nele participam, de acordo com os limites estabelecidos no Regime Geral das Instituições de Crédito. A contribuição inicial para o Fundo, fixada por Portaria do Ministério das Finanças, foi efectuada através da entrega de numerário e títulos de depósito e foi amortizada em 60 meses a partir de Janeiro de 1995. As contribuições anuais regulares para o Fundo são reconhecidas como um custo no exercício a que dizem respeito. Seguindo o previsto na IAS 37, os compromissos irrevogáveis assumidos perante o FGD são reconhecidos em contas extrapatrimoniais como compromissos perante terceiros (Nota 49). 18) Caixa e equivalentes de caixa Na Demonstração de fluxos de caixa, Caixa e equivalentes de caixa correspondem a valores em caixa, saldos à ordem junto do banco central e outras instituições de crédito. 23 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 3. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS O detalhe da rubrica "Caixa e disponibilidades em bancos centrais" em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 é como segue: 31-12-2009 Caixa Disponibilidades à ordem no Banco de Portugal Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro 31-12-2008 44.070 76.478 10.664 131.212 47.116 77.585 124.701 Os depósitos à ordem no Banco de Portugal incluem os depósitos que visam satisfazer as exigências legais de constituição de disponibilidades mínimas de caixa. De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 7/94 de 19 de Outubro, o coeficiente a aplicar ascende a 2% dos passivos elegíveis. Estes depósitos são remunerados. 4. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO O detalhe da rubrica "Disponibilidades em outras instituições de crédito" em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 é como segue: 31-12-2009 Disponibilidades sobre instituições de crédito no país: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Juros de disponibilidades 31-12-2008 23.385 30.297 53.682 18.553 34.297 52.850 3.532 3.414 6.946 11.013 3.034 7 14.054 60.628 66.904 Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no país em 31 de Dezembro de 2009 foram compensados na Câmara de Compensação nos primeiros dias úteis de Janeiro de 2010. 24 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 5. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO O detalhe da rubrica de outros “Activos financeiros detidos para negociação” era em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 como a seguir se mostra: 31-12-2009 Títulos Instrumentos de dívida Emitidos por não residentes Instrumentos de capital Emitidos por residentes Acções Emitidos por não residentes Acções Outros Emitidos por residentes Emitidos por não residentes - Hedge Funds Instrumentos derivados com justo valor positivo Swaps Divisas Taxa de juro Futuros e outras operações a prazo Divisas Taxa de juro 31-12-2008 - 3.417 667 35 3.045 3.712 420 455 1 463 464 1 891 892 4.176 4.764 2 2.955 2.957 1.172 2.558 3.730 60 3.017 969 4.699 7.193 9.463 Os títulos incluídos nesta rubrica encontram-se detalhados no Anexo II. Exceptuando os investimentos em hedge funds, não existem títulos não cotados nesta rubrica. Os valores nocionais dos instrumentos de derivados com justo valor positivo relativos a swaps de taxa de juro ascendem a 31 de Dezembro de 2009 a m.Euros 66.975 (m.Euros 29.780 em 31 de Dezembro de 2008). O justo valor dos swaps de taxa de juro foi calculado por entidade independente a qual utilizou para o efeito técnicas de valorização, nomeadamente o desconto de fluxos de caixa futuros. Os inputs para a valorização correspondem a observações de dados de mercado relativos aos factores de retorno e risco inerentes a cada instrumento (Nota 52). No âmbito do Regulamento da CE 1004/2008 de 15 de Outubro que introduziu alterações à IAS 39, atentas à particular turbulência dos mercados e às informações recolhidas sobre alguns instrumentos que motivaram o alargamento do prazo inicialmente previsto para a sua detenção foi decidido reclassificar da carteira de negociação para a carteira de activos financeiros disponíveis para venda três activos. Os activos reclassificados ( três Hedge Funds, sendo um deles um investimento de capital garantido) tinham um justo valor à data da reclassificação de m.Euros 11.627. Estes investimentos provocaram na conta de resultados no exercício de 2008 perdas por ajustamento de justo valor no total m.Euros 382. Caso não tivesse ocorrido esta reclassificação teriam sido registados no ano ganhos adicionais de m.Euros 2.566 ( ano de 2008 perdas no valor de 3.042), os quais se encontram registados na rubrica reservas de reavaliação em capitais próprios. 25 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 6. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Em aplicação do parágrafo 1 da IAS 31, esta rubrica inclui o montante de mEuros 41.235 relativo à participação da Lestinvest numa entidade no estrangeiro conjuntamente controlada com outros três accionistas e que se encontra a desenvolver um empreendimento imobiliário na Hungria. A percentagem de participação da Lestinvest é de 45% (33,75% em 31 de Dezembro de 2008), sendo a percentagem final de interesse do Grupo neste empreendimento de 9,88% (7,16% em 31 de Dezembro de 2008). Considerando que parte do capital da Lestinvest foi subscrito e realizado por clientes do Grupo foram registados interesses minoritários de 78,05% sobre os capitais e resultado da Lestinvest (78,79% em 31 de Dezembro de 2008) (Nota 34 – interesses minoritários). Adicionalmente foi efectuado no exercício o investimento em obrigações com derivados embutidos de risco de crédito no montante de m.Euros 10.354 (Anexo II). 7. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA O detalhe da rubrica “Activos financeiros disponíveis para venda” era, em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, como a seguir se mostra: 31-12-2009 Títulos Instrumentos de dívida Emitidos por residentes De dívida pública portuguesa De outros residentes Emitidos por não residentes Emissores públicos estrangeiros De outros não residentes Instrumentos de capital Emitidos por residentes Acções Imparidade acumulada (Nota 46) Emitidos por não residentes Acções Imparidade acumulada (Nota 46) 10.590 10.590 12.756 1.499 14.255 20.712 8.538 29.250 31.278 12.778 44.056 39.840 58.311 9.228 ( 2.821) 6.407 85.693 ( 49.846) 35.847 154 154 Outros Emitidos por residentes Emitidos por não residentes - Hedge Funds 8.619 ( 4.589) 4.030 6.561 39.877 2.589 2.589 1.005 2.493 3.498 48.990 101.686 Os títulos incluídos nesta rubrica encontram-se detalhados no Anexo II. 26 31-12-2008 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Os títulos incluídos nesta rubrica são cotados, excepto o valor líquido de m.Euros 23.551 (m.Euros 16.864 em 31 de Dezembro de 2008) que se referem a instrumentos de capital, a instrumentos de dívida e a instrumentos Hedge funds, m.Euros 5.319, m.Euros15.643 e m.Euros 2.589 respectivamente (m.Euros 3.137, m.Euros 13.727 e m.Euros 2.493 respectivamente em 31 de Dezembro de 2008). Do valor de m.Euros 10.590 dos títulos da dívida pública portuguesa e m.Euros 20.712 relativos a instrumentos de dívida de emissores públicos estrangeiros encontram-se penhorados a favor de terceiros, conforme se segue: A favor do Banco de Portugal no âmbito e condições da Instrução 35/2007 Mercado de Crédito Intradiário m.Euros 10.493. A favor do Sistema de Indemnização aos Investidores no âmbito e condições da Instrução 2/2000 da CMVM m.Euros 713. A favor do Fundo de Garantia de Depósitos no âmbito e condições do Aviso 11/94 do Banco de Portugal m.Euros 2.998. A favor da LCH.Clearnet SA no âmbito e condições do “Clearing Rule Book” m.Euros 1.396. 8. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO O detalhe da rubrica “Aplicações em instituições de crédito” era, em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, como a seguir se mostra: 31-12-2009 Aplicações No país Em outras instituições de crédito Depósitos Empréstimos No estrangeiro Sucursais de outras instituições de crédito nacionais Aplicações a muito curto prazo Em outras instituições de crédito Outras aplicações Juros a receber De aplicações em instituições de crédito Instituições de crédito no país Instituições de crédito no estrangeiro : 27 31-12-2008 17 72.890 72.907 59 7.400 7.459 212 - 22.446 22.658 18.046 18.046 95.565 25.505 1.480 6 1.486 23 42 65 97.051 25.570 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 9. CRÉDITO A CLIENTES O detalhe da rubrica “Crédito a clientes” era, em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, como a seguir se mostra: 31-12-2009 Crédito Crédito não representado por valores mobiliários Interno Interno - titularizado Ao exterior Ao exterior - titularizado Crédito e juros vencidos Crédito interno e juros vencidos Crédito interno e juros vencidos - titularizado Crédito externo e juros vencidos Crédito externo e juros vencidos - titularizado Despesas de crédito vencido Imparidade acumulada (Nota 46) Outros créditos e valores a receber (titulados) Emitidos por residentes Títulos de dívida Dívida não subordinada Créditos e juros vencidos Outros créditos vencidos Imparidade acumulada (Nota 46) Juros a receber, Receitas com rendimento diferido e Despesas com encargo diferido Juros a receber Crédito não representado por valores mobiliários Interno Interno - Titularizado Externo Externo - Titularizado 31-12-2008 1.750.278 671.061 13.365 4.458 2.439.162 1.939.642 474.217 18.273 4.566 2.436.698 91.919 7.884 184 887 100.874 2.540.036 72.715 1.705 55 30 988 75.493 2.512.191 ( 120.154) 2.419.882 ( 78.656) 2.433.535 5.338 1.247 110 110 ( 110) ( 110) 5.338 1.247 6.036 3.149 59 12 9.256 11.694 2.649 197 14.540 9.256 14.540 2.434.476 2.449.322 Do total da carteira de crédito 28,37% foi objecto de análise individual de imparidade e 71,63% objecto de análise colectiva (em 31 de Dezembro de 2008 26% e 74% respectivamente). 28 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, o detalhe da rubrica “Crédito não representado por valores mobiliários” por tipo de crédito era como segue: 31-12-2009 Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descoberto em depósitos à ordem Créditos tomados - factoring Locação financeira mobiliária Locação financeira imobiliária Outros créditos Particulares Habitação Locação financeira Outros créditos Consumo Locação financeira Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descoberto em depósitos à ordem Locação financeira Outros créditos 31-12-2008 173.358 459.674 670.310 24.648 16.596 61.527 95.384 16.271 1.517.768 217.210 388.508 660.039 52.278 63.108 94.472 17.923 1.493.538 15.786 317.771 333.557 16.594 355.084 371.678 28.896 340.492 369.388 28.666 367.437 396.103 8.040 129.789 51.771 14.399 14.437 13 218.449 11.377 81.149 52.753 14.964 15.124 12 175.379 2.439.162 2.436.698 O total de créditos em Locação financeira apresenta a seguinte desagregação: Prazo Valor de balanço concedido 31-12-2009 Investimento bruto pagamentos mínimos Rendimento financeiro não obtido 31-12-2008 Investimento Valor de Rendimento bruto balanço financeiro não pagamentos concedido obtido mínimos Até 1 ano De 1 ano a 5 anos Superior a 5 anos 26.126 100.763 89.141 32.793 126.244 113.044 6.667 25.481 23.903 28.371 96.973 92.620 39.351 129.322 129.420 10.980 32.349 36.800 TOTAL 216.030 272.081 56.051 217.964 298.093 80.129 Os valores residuais, são sempre, contratualmente, com opção de compra realçando-se que nos processos sem incidentes, são sempre repassados aos locatários. A dedução acumulada para pagamento de incobráveis da locação a receber foi de m.Euros 5.643 (m.Euros 4.319 em 31 de Dezembro de 2008). As rendas contingentes foram durante o período m.Euros 56.551 (m.Euros 63.915 em 31 de Dezembro de 2008). Nos contratos de locação financeira em carteira não existem acordos da espécie. 29 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 10. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 a rubrica “Investimentos detidos até à maturidade” tem a seguinte composição: 31-12-2009 Títulos detidos até à maturidade Títulos emitidos por não residentes Instrumentos de dívida Rendimentos a receber Juros de investimentos detidos até à maturidade 31-12-2008 - 5.059 10 10 99 5.158 Em 31 de Dezembro de 2008 a totalidade dos activos nesta rubrica era proveniente da Finibanco Vida que deixou de fazer parte do perímetro de consolidação em 2009 (Nota 2.2.). 11. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA O detalhe da rubrica “Activos não correntes detidos para venda”, em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, bem como o movimento ocorrido no exercício de 2008 era como a seguir se mostra: Activos tangíveis não correntes detidos para venda Imóveis Equipamento Outros Outros activos não correntes detidos para venda Associadas Valor de Balanço 31-12-2008 Aquisições Ajust. a) 33.339 474 31 22.761 1.421 - ( 179) 94 - 6.357 - 40.201 24.182 Saídas ( 19.654) ( 1.625) ( 7) - ( 6.357) ( 85) ( 27.643) Transf. b) ( 2.088) - Valor de Balanço 31-12-2009 34.179 364 24 ( 2.088) 34.567 a) Ajustamentos referentes a activos adquiridos em anos anteriores. b) Reflecte : b1) Imóveis recebidos em dação em anos anteriores e enquadrados na IFRS5 neste exercício b2) Saídas referentes a imóveis recebidos em dação em anos anteriores e que deixaram de estar enquadrados na IFRS5 no exercício Do saldo inicial de m.Euros 33.339 referente a imóveis permanecem a 31 de Dezembro de 2009 o montante m.Euros 17.904. As vendas não se concretizaram por questões relacionadas com a fragilidade verificada no lado da procura do próprio mercado imobiliário, sem que para isso o Grupo tivesse qualquer influência, uma vez que se manteve comprometido com o cumprimento dos respectivos planos de venda. Como prova do comprometimento registamos o forte empenho no acompanhamento e manutenção dos planos de venda, quer por via do reforço dos meios de promoção da sua exposição ao mercado, quer por diversos ajustes nos valores de promoção. A saída constante da rubrica associadas corresponde à venda da totalidade da participação na sociedade Ferreiros & Almeida ocorrida no 2º semestre de 2009 O saldo líquido em 31 de Dezembro de 2008 inclui m.Euros 11.267 reclassificados de “Outros activos”, conforme Nota 2.2. Os ganhos e perdas relacionados com esta rubrica por ajustamentos de valor estão divulgados na Nota 43. 30 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 12. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO O detalhe da rubrica “Propriedades de investimento”, em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, bem como o movimento ocorrido no exercício de 2008 era como a seguir se mostra: Propriedades de investimento Outras propriedades de investimento Imóveis Valor de balanço 31-12-2008 Aquisições 16.908 2.478 Reavaliações 1.093 Valor de balanço 31-12-2009 20.479 As valorizações das propriedades de investimento são realizadas por peritos de avaliadores independentes externos e/ou internos de acordo com os critérios geralmente aceites para o efeito, que integram análises pelo método do custo e pelo método de mercado, sendo o justo valor definido pelo montante que pode ser razoavelmente esperado pela transacção entre um comprador e um vendedor interessados, com equidade entre ambos, nenhum deles estando obrigado a vender ou a comprar e ambos estando conhecedores de todos os factores relevantes a uma determinada data. As propriedades de investimento apresentam neste exercício os seguintes valores: . Rendimento de rendas: m.Euros 66 ( m.Euros 22 em 31 de Dezembro de 2008) . Gastos operacionais directos: m.Euros 52 (m.Euros 52 em 31 de Dezembro de 2008) O saldo de propriedades de investimento em 31 de Dezembro de 2009 no valor de m.Euros 16.908 foi reclassificado de “Outros activos” conforme Nota 2.2 13. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS Conforme referido no ponto 6) da Nota 2.5 os imóveis de serviço próprio do Grupo, existentes na data de transição para IAS/IFRS (1 de Janeiro de 2004), foram reavaliados ao justo valor com base em avaliações de peritos, tendo sido utilizado a opção prevista na IFRS1, passando aquele valor a ser o valor de custo nessa data, sujeito a depreciação futura. Em 31 de Dezembro de 2009 o Grupo tinha compromissos contratuais para aquisição de activos fixos tangíveis num total de m.Euros 2.056 ( m.Euros 997 em 31 de Dezembro de 2008) referentes a contratos promessa de compra e venda de imóveis de serviço próprio, para os quais já havia pago o respectivo sinal m.Euros 714 ( m.Euros 288 em 31 de Dezembro de 2008). Em 31 de Dezembro de 2009 a subsidiária Finicrédito tinha activos fixos tangíveis em regime de locação operacional conforme segue: Maturidade residual Inferior a 1 ano Entre 1 e 5 anos Superior a 5 anos Valor bruto Pagamentos futuros em locação operacional não cancelável 305 - 89 - 31 Rendas contingentes reconhecidas em resultados - FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Decorrente dos activos em locação operacional acima referidos a Finicrédito tinha em 31 de Dezembro de 2009 os seguintes compromissos contratuais: Outros activos em locação operacional Pagamentos futuros mínimos em locação operacional não cancelável Inferior a 1 ano Entre 1 e 5 anos Superior a 5 anos Pagamentos mínimos em locação ã 191 - Rendas contingentes reconhecidas em resultados 63 - - Os saldos em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, bem como o movimento ocorrido no exercício de 2009 na rubrica “Outros activos tangíveis”, são apresentados no anexo III. 14. ACTIVOS INTANGÍVEIS Os saldos em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, bem como o movimento ocorrido no exercício de 2009 na rubrica “Activos intangíveis”, são apresentados no anexo III. Esta rubrica é constituída essencialmente por software, sendo que em 31 de Dezembro de 2009 se encontram totalmente amortizados m.Euros 12.259 (m.Euros 11.239 em 31 de Dezembro de 2008). 15. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E SUBSIDIÁRIAS EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO O detalhe da rubrica “Investimentos em associadas e subsidiárias excluídas da consolidação”, em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, bem como o movimento ocorrido no exercício de 2009, era como a seguir de mostra: 31-12-2009 Associadas no país Saldo inicial Aquisições/Reclassificações Aumentos de capital Alienações/Reclassificações Transferências de prestações suplementares Apropriação de resultados Outros ajustamentos em capitais próprios Imparidade acumulada (Nota 46) 31-12-2008 23.444 9.723 ( 23.103) 1.521 197 11.782 ( 341) 11.441 341 24.000 ( 897) 23.444 ( 341) 23.103 Os títulos incluídos nesta rubrica encontram-se detalhados no Anexo II. No início do 3º trimestre de 2009 procedeu-se à venda de 17,5% do capital social da Prio SGPS SA e correspondentes prestações suplementares a entidades não relacionadas com o grupo Finibanco. Esta operação teve um impacto na rubrica “ Resultados de alienação de outros activos” da Demonstração de Resultados do Grupo no valor de m.Euros 1.395. Actualmente o Grupo detém 2,5% desta sociedade reclassificados para “Activos disponíveis para venda”. Em Dezembro de 2009 o Finibanco Holding formalizou, com o grupo Mapfre, um acordo geral que se traduz numa parceria estratégica para a área dos seguros e “assurfinance”. Esta parceria consubstancia-se na: Transmissão para a Mapfre Seguros Gerais, SA de 50% do capital e do controlo da gestão da Finibanco Vida – Companhia de Seguros de Vida, SA; 32 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Concretização de um acordo de distribuição exclusiva pelas redes Finibanco dos produtos do Ramo Vida da Finibanco Vida; Concretização de um acordo de distribuição exclusiva pelas redes Finibanco dos produtos dos Ramos Não –Vida da Mapfre Seguros Gerais, SA; Concretização de um acordo de distribuição “assurfinance”dos produtos do Finibanco na rede de Mediadores da Mapfre Seguros Gerais, SA (Portugal). Como consequência deste acordo a Mapfre Seguros Gerais, SA assumiu o controlo de gestão da Finibanco Vida – Companhia de Seguros de Vida, SA, tendo a possibilidade de nomear a maioria dos membros do Conselho de Administração. As condições de pagamento do preço acordado para as Acções compreendem um Pagamento Inicial de Valor Fixo, um Pagamento Complementar de Valor Fixo e um Pagamento Complementar de Valor Variável, correspondendo portanto a três pagamentos: a) O Pagamento Inicial de Valor Fixo será de m.Euros 9.000, em dinheiro, a liquidar na data em seja obtida a não oposição à transacção por parte das autoridades competentes, e determina, sem outra condição ou reserva, a transferência imediata da plena titularidade das Acções e de todos os seus direitos; A não oposição por parte do ISP foi obtida em 4 de Março de 2010, já tendo ocorrido a liquidação desta parcela. b) O Pagamento Complementar de Valor Fixo será de m.Euros 1.000, em dinheiro, a liquidar depois de decorrido um ano sobre a data do pagamento inicial de valor fixo; c) O Pagamento Complementar de Valor Variável (terceiro e último pagamento), também em dinheiro, será o resultado de multiplicar a “Relação do crescimento do Ajusted Embedded Value (AEV) 2009-2013 Conseguido/Previsto” pelo valor de referência estabelecido em m.Euros 5.595. Este valor corresponde á capitalização de m.Euros 5.000 desde 31.12.2009 até 31.12.2013. A “Relação do Crescimento do AEV 2009 – 2013 Conseguido/Previsto” será calculada nos termos de anexo (Metodologia de Cálculo do Pagamento Complementar de Valor Variável). No entanto estabelece-se que se esta relação for superior aos 200%, dará origem a um pagamento máximo de m.Euros11.190 (200% x m.Euros 5.595). Os cálculos relativos ao AEV serão realizados por Entidade externa especializada. O método de avaliação, dado tratar-se de uma entidade seguradora de Vida, baseou-se no valor do Embedded Value (Valor intrínseco da carteira de apólices) acrescido de um valor adicional correspondente ao potencial de criação de valor futuro para os accionistas, com base aos dados disponibilizados pela própria Finibanco Vida e posteriormente confirmados pela Mapfre Seguros Gerais no processo de Due Diligence (revisão aprofundada de todos os aspectos e contas da companhia). Dado que a venda ocorreu nos últimos dias do ano de 2009, foi reconhecido nas contas consolidadas na rubrica “Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial)” da Demonstração de Resultados o montante de m.Euros 1.521. Como resultado da venda dos 50% do capital foi registado na rubrica de “ Resultados de alienação de outros activos” da Demonstração de Resultados um ganho de m.Euros 6.250. Adicionalmente, na data da venda procedeu-se à reclassificação dos remanescentes 50%, da rubrica “Investimentos em filias” para a rubrica “Investimentos em associadas”, revalorizados ao justo valor de acordo com o parágrafo 34 da IAS 27 alterada, originando um ganho de m.Euros 5.973 registado na rubrica de “ Resultados de alienação de outros activos” da Demonstração de Resultados. 33 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Os principais indicadores das empresas associadas detidas em 31 de Dezembro de 2009 ajustados para IFRS, são os seguintes: Empresa Percentagem de participação efectiva (%) Total de activo líquido Capitais próprios (a) Resultado líquido 2009-12-31 75.634 7.895 1.601 FINIBANCO VIDA - Companhia de Seguros Rua Júlio Dinis, 166 4050-318 Porto 50% (a) Não inclui o resultado do exercício de 2009 16. ACTIVOS POR IMPOSTOS CORRENTES Os saldos em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 na rubrica “Activos por impostos correntes” são detalhados como a seguir se demonstra: 31-12-2009 Activos por impostos correntes IRC a recuperar Outros 31-12-2008 695 3 698 2.651 3 2.654 17. ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Os saldos em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 na rubrica “Activos por impostos diferidos” são detalhados como a seguir se demonstra: 31-12-2009 Activo Impostos diferidos Diferenças temporárias Provisões não aceites fiscalmente Activos tangíveis Activos intangíveis Benefícios de empregados Instrumentos financeiros Activos não correntes disponíveis para venda Reavaliações legais de imobilizado Provisões, activos e passivos contingentes Prejuízos fiscais 10.700 139 5.459 371 45 5.844 22.558 Impostos diferidos líquidos 19.695 34 31-12-2008 Passivo 253 2.101 470 6 33 2.863 Activo 3.555 150 2 4.369 819 91 2.544 11.530 10.160 Passivo 257 448 592 6 67 1.370 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Os activos por impostos diferidos por prejuízos fiscais vencem nos anos conforme é detalhado no quadro seguinte: 31-12-2009 31-12-2008 2.544 3.300 2.544 - 5.844 2.544 Ano de vencimento dos impostos diferidos por prejuízos fiscais: 2014 2015 Total Apesar dos prejuízos fiscais registados em 2008 e 2009 que estão na origem dos impostos diferidos activos referidos no quadro supra, é convicção da Administração que tendo sido gerados em condições financeiras e económicas muito adversas serão compensados por lucros fiscais dentro dos prazos legalmente exigidos. 18. PROVISÕES TÉCNICAS DE RESSEGURO CEDIDO Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 a rubrica “Provisões técnicas de resseguro cedido” tem a seguinte composição: 31-12-2009 Provisões técnicas - Ramo vida De seguro directo Provisão para sinistros 31-12-2008 - 35 99 99 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 19. OUTROS ACTIVOS O desenvolvimento da rubrica “Outros activos” em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, é como segue: 31-12-2009 Devedores por seguro directo e resseguro Outros activos Outras disponibilidades Devedores e outras aplicações vencidas Devedores e outras aplicações Devedores por operações sobre futuros e opções Aplicações diversas Sector público administrativo Devedores diversos Outros activos Ouro, metais preciosos, numismática e medalhística Outros juros e rendimentos similares Outros rendimentos a receber Outras despesas com encargo diferido Receitas com rendimento diferido de operações activas Responsabilidades com pensões e outros benefícios (Nota 57) Excesso do fundo Flutuação de valores Outras contas de regularização Imparidade acumulada (Nota 46) 31-12-2008 - 232 232 3 999 3 895 476 5.851 2.178 52.494 792 1.638 294 18.877 76 712 980 10.913 ( 27) 93 754 4.498 13.511 ( 49) 8.051 5.863 87.262 175.831 15.254 46.173 102.733 ( 1.008) 174.823 ( 900) 101.833 O saldo da rubrica “Devedores por operações sobre futuros e opções” refere-se a margens depositadas em instituições financeiras para realização de operações de futuros. A rubrica “ Outras contas de regularização” inclui em 31 de Dezembro de 2009 m.Euros 27.268 de operações cambiais a liquidar e m.Euros 51.179 relativos a transacções de títulos cuja regularização ocorreu em Janeiro de 2010 (m.Euros 36.965 relativos a operações cambiais a liquidar em 31 de Dezembro de 2008). A rubrica “Devedores diversos” inclui m.Euros 15.313 relativos à venda de 17,5% Prio – SGPS, SA cujo recebimento ocorrerá em 30 de Setembro de 2010 e ainda m.Euros 10.000 relativos à venda de 50% da Finibanco Vida – Companhia de Seguros SA cuja data de recebimento se encontra descrita na Nota 15. 36 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 20. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 a rubrica “Recursos de bancos centrais” tem a seguinte composição: 31-12-2009 Recursos do Banco de Portugal Outros recursos Juros de recursos de bancos centrais Recursos de banco de portugal 31-12-2008 190.000 60.000 536 190.536 8 60.008 Os Recursos de Bancos Centrais correspondem a operações de financiamento do Banco Central Europeu no âmbito de operações de cedência de liquidez, garantidas por penhor de activos elegíveis tal como referido na Nota 54 relativa aos títulos emitidos na operação Aqua Mortgage nº 1 e ainda na operação Aqua Finance Nº 3. 21. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 a rubrica “Passivos financeiros detidos para negociação” tem a seguinte composição: 31-12-2009 Instrumentos derivados com justo valor negativo Swaps Divisas Taxa de juro Futuros e outras operações a prazo Divisas Taxa de juro 31-12-2008 48 21.604 29.950 4 21.656 3 22 29.975 O justo valor dos swaps de taxa de juro foi calculado por entidade independente a qual utilizou para o efeito técnicas de valorização, nomeadamente o desconto de fluxos de caixa futuros. Os inputs para a valorização correspondem a observações de dados de mercado relativos aos factores de retorno e risco inerentes a cada instrumento. Os valores nocionais dos instrumentos de derivados com justo valor negativo relativos a swaps de taxa de juro ascendem a 31 de Dezembro de 2009 a m.Euros 157.256 (m.Euros 246.930 em 31 de Dezembro de 2008). 37 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 22. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados” tem a seguinte composição: 31-12-2009 Dívida emitida não subordinada Obrigações Dívida readquirida Dívida emitida subordinada Obrigações Dívida readquirida Outros recursos 61.995 ( 874) Correcções de valor de passivos que sejam objecto da opção pelo justo valor Obrigações não subordinadas Obrigações subordinadas Outros recursos Juros a pagar de dívida emitida Obrigações não subordinadas Obrigações subordinadas 31-12-2008 63.024 ( 867) 99.917 161.038 104.916 ( 57) 6.300 173.316 ( 4.732) ( 12.542) ( 17.274) ( 8.794) ( 16.354) ( 203) ( 25.351) 240 240 161 2.687 2.848 144.004 150.813 Os passivos incluídos nesta rubrica foram designados no reconhecimento inicial ao justo valor através de resultados por incluírem derivados embutidos (fair value option). A estes passivos estão associados instrumentos financeiros que foram classificados como derivados de negociação em conformidade com as disposições da IAS 39 sobre a opção pelo justo valor (fair value option). O justo valor destes instrumentos financeiros foi calculado por entidade independente a qual utilizou para o efeito técnicas de valorização, nomeadamente o desconto de fluxos de caixa futuros e modelos de valorização de opções (Montecarlo). Os inputs para a valorização correspondem a observações de dados de mercado relativos aos factores de retorno e risco inerentes a cada instrumento. Nas correcções de justo valor de passivos objecto de opção pelo justo valor está incluído um efeito positivo dem.Euros 3.696 relativo ao efeito do risco de crédito da instituição (m.Euros 4.105 em 31 de Dezembro de 2008). 38 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) O detalhe da rubrica " Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados” em 31 de Dezembro de 2009 é como se segue: Descrição Valor nominal Remuneração Reembolso e pagamento de juros A B C D E 21 de Março de 2011 19 de Dezembro de 2011 7 de Abril de 2012 20 de Junho de 2011 19 de Dezembro de 2017 F 23 de Janeiro de 2010 DÍVIDA EMITIDA NÃO SUBORDINADA: Emitidos em anos anteriores Obrigações de caixa "FNB Super Cabaz Europeu 05/11" Obrigações de caixa "FNB Taxa Acumulada 05/11" Obrigações de caixa "FNB Remuneração Garantida 2006" Obrigações de caixa "FNB Cupão Anual 06/11" Obrigações de caixa "FNB Dezembro 07/17" 14.406 2.337 2.700 14.220 27.332 Emitidos no exercício Obrigações de caixa "FNB Private Commodities 2008/2010" 1.000 G 61.995 DÍVIDA EMITIDA SUBORDINADA: Emitidos em anos anteriores Obrigações de caixa subordinadas "Finicrédito 07/17" 17.535 29 de Novembro de 2017 Obrigações de caixa subordinadas "FNB Grandes Empresas 07/16" 32.872 H 9 de Maio de 2016 p/ 1ª série 20 de Junho de 2016 p/ 2ª e 3ª séries Obrigações de caixa subordinadas "FNB Índices Estratégicos 07/15" 49.510 I 9 de Maio de 2015 p/ 1ª série 11 de Junho de 2015 p/ 2ª e 3ª séries 99.917 A - A remuneração será constituída por um cupão fixo e por 4 cupões variáveis. O cupão fixo será pago no final do 2º ano e será igual a 8% sobre o valor nominal. Os cupões variáveis serão pagos anualmente, do 3º ao 6º ano, e serão apurados segundo o número de acções (N) do cabaz de referência abaixo indicado cuja performance desde o início seja igual ou superior à do Índice Eurostoxx50 para o mesmo período. Considerando o seguinte cabaz de referência: Acção E.On ENEL ENI Fortis France Telecom Ing Groep Nokia Royal Dutch Petroleum Santander TIM Bloomberg EOA GY ENEL IM ENI IT FORA NA FTE FP INGA NA NOK1V FH RDA NA SAN SQ TIM IM Bolsa Frankfurt Milão Milão Euronext Amsterdam Euronext Paris Euronext Amsterdam Helsínquia Euronext Amsterdam Madrid Milão, 39 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) o cupão será igual a: Taxa 8% 5% 1% se se se N 10 7a9 0 a 6, onde N é o número de acções do cabaz de referência cuja performance (PerfAcçãoij), for maior ou igual do que a performance do Índice Eurostoxx50 (PerfIndi) para o mesmo período e PerfAcçãoij = (Acçãoij – Acção0j) / Acção0j PerfIndi = (Indi – Ind0) / Ind0 Acçãoij = Cotação de fecho da acção j (j = 1 a 10) nas Datas de Observação i (i = 1 a 4) Acção0j = Cotação de fecho da acção j (j = 1 a 10) na Data de Liquidação Indi = Valor de fecho do Índice Eurostoxx 50 (SX5E) nas Datas de Observação i (i = 1 a 4) Ind0 = Valor de fecho do Índice Eurostoxx 50 (SX5E) na Data de Liquidação B- A remuneração será paga semestralmente, e os 2 primeiros cupões serão fixos: 1º cupão: 5,5% (taxa anual) 2º cupão: 4,5% (taxa anual) A partir do 3º cupão, a remuneração será calculada de acordo com a seguinte fórmula (taxa anual): Cupão anterior * n/N, onde n é o nº de dias úteis do período respectivo em que a Euribor 6 meses está dentro do intervalo fixado N é o nº de dias úteis do período respectivo Intervalo: é o que se encontra definido no quadro seguinte, para cada cupão Semestre Intervalo 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º [0%; 3,90%] [0%; 4,00%] [0%; 4,25%] [0%; 4,40%] [0%; 4,40%] [0%; 4,40%] [0%; 4,40%] [0%; 4,40%] [0%; 4,40%] [0%; 4,40%] Euribor 6 meses é a taxa patrocinada pela Federação Bancária Europeia em associação com a Associação Cambista Internacional, na Base Actual/360 e divulgada cerca das 11 horas de Bruxelas, na página EURIBOR01 da Reuters, ou noutra que a substitua. O valor da Euribor 6 meses observado no 5º dia útil anterior à data de pagamento do cupão respectivo aplicar-se-á aos dias remanescentes desse período. 40 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) C - O 1º cupão será pago em 7 de Abril de 2008 sendo igual a 3% * valor nominal. Se não ocorrer o reembolso antecipado, o 2º cupão será pago em 7 de Abril de 2012 e será igual a: 21% * valor nominal, se Euribor 6 meses 6 > Euribor 6 meses 0 + 0,90%; 3% * valor nominal, no caso contrário. Se ocorrer o reembolso antecipado, o 2º cupão será pago em 7 de Abril de 2010 e será igual a 13% * valor nominal. Entende-se por: Euribor 6 meses 0 a Euribor 6 meses registada em 7 de Abril de 2006; Euribor 6 meses 6 a Euribor 6 meses registada no 5.º dia útil anterior a 7 de Abril de 2012. D - A remuneração é como se segue: Data Cupão 20 de Junho de 2007 20 de Junho de 2008 20 de Junho de 2009 20 de Junho de 2010 20 de Junho de 2011 Taxa 5,25% Máx [0; 4,0%* (1-n/2)] Máx [0; 5,0%* (1-n/3)] Máx [0; 6,0%* (1-n/4)] Máx [0;7,5%* (1-n/5)] onde n é o número acumulado de Entidades de Referência em relação às quais tenha ocorrido um Evento de Crédito. O valor dos juros a pagar será calculado pela multiplicação entre a taxa do cupão e o valor nominal. E - A remuneração será paga anualmente, e o primeiro cupão será fixo: 1º cupão: 5% A partir do 2º cupão, a remuneração será calculada de acordo com a seguinte fórmula, com um mínimo de 0% e um máximo de 6,5% por ano: Mínimo [15 * (30 Yr Swap Rate – 10 Yr Swap Rate) + 0.75%; 15 * (10 Yr swap Rate – 2 Yr Swap Rate) + 1.25%] 30 Yr Swap Rate – Taxa swap a 30 anos, em euros (página ISDAFIX2, na Reuters), observada no 5º dia útil anterior ao dia do pagamento do cupão respectivo 10 Yr Swap Rate – Taxa swap a 10 anos, em euros (página ISDAFIX2, na Reuters), observada no 5º dia útil anterior ao dia do pagamento do cupão respectivo 2 Yr Swap Rate – Taxa swap a 2 anos, em euros (página ISDAFIX2, na Reuters), observada no 5º dia útil anterior ao dia do pagamento do cupão respectivo. 41 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) F - A remuneração que será paga na data de vencimento, poderá variar entre 3,5% e 15%, e será calculada de acordo com a seguinte fórmula: onde, i Matérias-primas 1 2 3 Trigo ( "Wheat" ) Soja ( "Soybean" ) Petróleo ( "WTI" ) Wi (Peso no Cabaz) 1/3 1/3 1/3 Fi – Valor final da matéria-prima i, tal como definido abaixo. Ii – Valor inicial da matéria-prima i, tal como definido abaixo. F1 - cotação oficial de fecho, em USD por “bushel”, do primeiro contrato de futuros sobre trigo (“Wheat”) cotado na Chicago Board of Trade no 5º dia útil anterior a 23 de Janeiro de 2010 (Bloomberg Ticker: W 1 <CMDTY>). Se esta data coincidir ou for posterior à primeira data de notificação do primeiro contrato de futuros sobre trigo (“Wheat”), utiliza-se o segundo contrato de futuros sobre trigo (“Wheat”) (Bloomberg Ticker: W 2 <CMDTY>). F2 - cotação oficial de fecho, em USD por “bushel”, do primeiro contrato de futuros sobre soja (“Soybeans”) cotado na Chicago Board of Trade no 5º dia útil anterior a 23 de Janeiro de 2010 (Bloomberg Ticker: S 1 <CMDTY>). Se esta data coincidir ou for posterior à primeira data de notificação do primeiro contrato de futuros sobre soja (“Soybeans”), utiliza-se o segundo contrato de futuros sobre soja (“Soybeans”) (Bloomberg Ticker: S 2 <CMDTY>). F3 - cotação oficial de fecho, por barril, do primeiro contrato de futuros sobre petróleo (“WTI; Light Sweet Crude”) cotado na NYMEX no 5º dia útil anterior a 23 de Janeiro de 2010 (Bloomberg Ticker: CL1 <CMDTY>). I1 - cotação de fecho oficial, em USD por “bushel”, para o primeiro contrato de futuros sobre trigo (“Wheat”) cotado na Chicago Board of Trade na Data de Liquidação. I2 - cotação de fecho oficial, em USD por “bushel”, para o primeiro contrato de futuros sobre soja (“Soybeans”) cotado na Chicago Board of Trade na Data de Liquidação. I3 -cotação final oficial, em USD por barril, do primeiro contrato de futuros sobre petróleo (“WTI; Light Sweet Crude”) cotado na NYMEX na Data de Liquidação. G - A remuneração será paga semestralmente. Os quatro primeiros cupões serão fixos (taxa anual de 5%). Para os seguintes a remuneração será calculada de acordo com a seguinte fórmula (taxa anual): n/N*(Euribor 6 meses+0,90%), onde n é o nº de dias úteis do período respectivo em que a Euribor 6 meses está dentro do intervalo fixado N é o nº de dias úteis do período respectivo 42 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Intervalo: é o que se encontra definido no quadro seguinte, para cada cupão Período Data cupão Taxa fixa Intervalos 1º semestre 2º semestre 3º semestre 4º semestre 5º semestre 6º semestre 7º semestre 8º semestre 9º semestre 10º semestre 11º semestre 12º semestre 13º semestre 14º semestre 15º semestre 16º semestre 17º semestre 18º semestre 19º semestre 20º semestre 29-Mai-08 29-Nov-08 29-Mai-09 29-Nov-09 29-Mai-10 29-Nov-10 29-Mai-11 29-Nov-11 29-Mai-12 29-Nov-12 29-Mai-13 29-Nov-13 29-Mai-14 29-Nov-14 29-Mai-15 29-Nov-15 29-Mai-16 29-Nov-16 29-Mai-17 29-Nov-17 5% 5% 5% 5% - [3,00%; 5,50%] [3,00%; 5,50%] [3,00%; 5,50%] [3,00%; 5,50%] [2,50%; 5,35%] [2,50%; 5,35%] [2,50%; 5,25%] [2,50%; 5,25%] [2,50%; 5,25%] [2,50%; 5,25%] [2,50%; 5,00%] [2,50%; 5,00%] [2,50%; 5,00%] [2,50%; 5,00%] [2,50%; 5,00%] [2,50%; 5,00%] Euribor a 6 meses é a taxa patrocinada pela Federação Bancária Europeia em associação com a Associação Cambista Internacional, na Base Actual/360 e divulgada cerca das 11 horas de Bruxelas, na página EURIBOR01 da Reuters, ou noutra que a substitua. O valor da Euribor a 6 meses observado no 5º dia útil anterior à data de pagamento do cupão respectivo aplicar-se-á aos dias remanescentes desse período. H - Serão pagos os seguintes cupões, no final de cada ano (a 9 de Maio, para a 1ª série e a 20 de Junho , para as 2ª e 3ª séries): Data Cupão Taxa Data Cupão Taxa 1º cupão 2º cupão 3º cupão 4º cupão 5º cupão 6º cupão 7º cupão 8º cupão 9º cupão 5,50% 5,50% Máx [0; 6,0% * (1-n/3)] Máx [0; 6,0% * (1-n/4)] Máx [0; 6,0% * (1-n/5)] Máx [0; 6,0% * (1-n/6)] Máx [0; 6,0% * (1-n/7)] Máx [0; 6,0% * (1-n/8)] Máx [0; 6,0% * (1-n/9)] , onde n é o número acumulado de Entidades de Referência em relação às quais tenha ocorrido um Evento de Crédito. 43 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Se ocorrer uma fusão entre duas ou mais empresas de referência e ocorrer um Evento de Crédito na empresa resultante da fusão, serão contados tantos Eventos de Crédito quanto o número de empresas fundidas. I - A remuneração será paga anualmente e será igual a: 1º ano= 5,50% * valor nominal; 2º ano= 5,50% * valor nominal; 3º ano e seguintes = 6,25% * valor nominal se Min (SDk/SD0-SXk/SX0 ; HSk/HS0- SXk/SX0) > Barreirak, se não = 0% onde: Barreira3 = Barreira a aplicar no 3º cupão = 0% Barreira4 = Barreira a aplicar no 4º cupão = 1% Barreira5 = Barreira a aplicar no 5º cupão = 2% Barreira6 = Barreira a aplicar no 6º cupão = 3% Barreira7 = Barreira a aplicar no 7º cupão = 4% Barreira8 = Barreira a aplicar no 8º cupão = 5% Barreirak = Barreira a aplicar no kº cupão SDk – Cotação de fecho do índice Eurostoxx Select Dividend (Bloomberg: SD3E) na data de observação K (K=1 a 6) SD0 – Cotação de fecho do índice Eurostoxx Select Dividend (Bloomberg: SD3E) na data de início SXk – Cotação de fecho do índice Eurostoxx50 Total Return (Bloomberg: SX5T) na data de observação K (K=1 a 6) SX0 – Cotação de fecho do índice Eurostoxx50 Total Return (Bloomberg: SX5T) na data de início HSk – Cotação de fecho do índice HS60 Europe (Bloomberg: HS60EU) na data de observação K(K=1 a 6) HS0 – Cotação de fecho do índice HS60 Europe (Bloomberg: HS60EU) na data de início Em 31 de Dezembro de 2009, o Grupo tinha negociado swaps para cobertura do risco associado à remuneração variável dos empréstimos obrigacionistas emitidos. 44 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 23. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Recursos de outras instituições de crédito” tem a seguinte composição: 31-12-2009 No país Mercado monetário interbancário Depósitos Empréstimos Outros recursos No estrangeiro Em outras instituições de crédito Depósitos Outros recursos Juros de recursos de outras instituições de crédito Recursos de instituições de crédito no país 45 31-12-2008 76.935 76.935 10.000 87.758 1.765 20.000 119.523 547 1.844 2.391 79.326 651 1.920 2.571 122.094 184 537 79.510 122.631 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 24. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Recursos de clientes e outros empréstimos” tem a seguinte composição: 31-12-2009 Recursos de clientes Depósitos De residentes Do sector público administrativo À ordem A prazo De emigrantes À ordem A prazo De poupança De outros residentes À ordem A prazo De poupança Outros De não residentes À ordem A prazo Outros recursos de clientes Cheques e ordens a pagar Operações de venda com acordo de recompra Contratos de investimento Juros de recursos de clientes Depósitos De residentes Do sector público administrativo De emigrantes De outros residentes De não residentes Outros recursos de clientes 46 31-12-2008 13.648 28.629 42.277 25.704 138.830 164.534 1.511 11.329 5.693 18.533 1.329 12.327 6.399 20.055 482.799 1.516.805 16.646 267 2.016.517 417.211 1.474.190 17.687 112 1.909.200 13.487 50.073 63.560 18.122 59.719 77.841 8.925 8.925 8.379 6.724 10.540 25.643 92 200 12.424 405 13.121 827 314 19.702 760 88 21.691 2.162.933 2.218.964 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 25. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Responsabilidades representadas por títulos” tem a seguinte composição: Dívida emitida Obrigações não subordinadas Outras responsonsabilidades representadas por títulos 31-12-2009 31-12-2008 2.246 3.100 5.346 3.557 11.100 14.657 63 614 5.409 15.271 Juros a pagar de dívida emitida Obrigações não subordinadas O detalhe da rubrica “Responsabilidades representadas por títulos” em 31 de Dezembro de 2009 é como segue: Descrição Valor nominal Remuneração Reembolso e pagamento de juros 212 A 29 de Agosto de 2010 2.034 B 19 de Junho de 2011 3.100 C 4 de Janeiro de 2010 DÍVIDA EMITIDA NÃO SUBORDINADA: Emitida em anos anteriores Obrigações "Finibanco Holding 05/10 Agosto" Obrigações "Finibanco Holding 08/11 Junho" Emitida no exercício Papel Comercial Lestinvest SGPS I S. 7ª Em. 5.346 A - A taxa de juro é a correspondente à “Euribor de 12 meses” reportada ao antepenúltimo dia útil anterior ao do início da contagem de juros acrescida de 0,5%. B - O 1º cupão tem uma taxa fixa de 6%. Para os restantes cupões, a taxa de juro será a correspondente à “Euribor de 6 meses” reportada ao antepenúltimo dia útil anterior ao do início da contagem de juros, acrescida de 0,75%. C - A taxa de juro a aplicar a cada emissão de papel comercial será determinada com referência à Euribor (Base 360), para o prazo de emissão, em vigor no 2º dia útil anterior à data de cada emissão, acrescida de 3%. 47 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 26. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 a rubrica “Passivos financeiros associados a activos transferidos” tem a seguinte composição: 31-12-2009 Passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização Por crédito a clientes - titularizado Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno 31-12-2008 236.798 236.800 236 936 237.034 237.736 Encargos a pagar Juros de passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização 27. PROVISÕES O Saldo da rubrica “Provisões” em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, bem como o movimento ocorrido no exercício de 2009 é apresentado no quadro seguinte: Acções judiciais Saldo de abertura 31.12.2008 Aumentos Utilizações Reposições Saldo final 31.12.2009 Responsabilidades contingentes 518 148 ( 103) 563 207 26 ( 9) 224 Responsabilidades contratuais 755 755 Garantias e compromissos - Total 1.480 174 ( 9) ( 103) 1.542 Dado que o efeito do valor temporal do dinheiro é imaterial, a quantia da provisão é o valor nominal dos dispêndios que se espera que sejam necessários para liquidar a obrigação. Entendem-se como: - Acções judiciais obrigações presentes resultantes de eventos passados onde é provável o futuro dispêndio de recursos relacionados com acções judiciais de clientes contra o grupo. Neste contexto somos a divulgar que na sequência da inspecção fiscal à subsidiária Finicrédito realizada ao ano de 2005, a mesma foi confrontada com uma interpretação diversa, por parte da Direcção de Serviços de Inspecção Tributária, no que se refere ao apuramento da percentagem do “prorata” definitivo do IVA. Esta interpretação origina que as operações de Leasing e de Aluguer de Longa Duração, sejam divididas por componentes, amortização financeira e juros, desconsiderando a primeira destas do numerador da fracção prevista para o apuramento da referida percentagem. A Finicrédito entende, fundamentada em pareceres jurídicos e fiscais e na realidade das legislações vigentes nos restantes países da União Europeia nesta matéria, as quais respeitam o princípio da neutralidade do IVA, que uma instituição financeira com actividades mistas deverá incluír nos numeradores dos respectivos prorata de dedução os montantes totais das rendas de locação financeira. Neste contexto, foi interposta impugnação judicial da correspondente liquidação adicional de IVA e juros compensatórios, com pedido de reenvio prejudicial para o Tribunal de Justiça das Comunidades, atendendo ao facto de o imposto em causa se tratar de um imposto harmonizado sujeito à legislação comunitária e de a administração tributária, no entender da Finicrédito, estar a violar não apenas o Código do IVA, mas também as Directivas Comunitárias nesta matéria. Não obstante, entende-se que é possível, mas não provável, que os tribunais fiscais, especialmente o Tribunal de Justiça das Comunidades decidam contrariamente aos princípios defendidos e utilizados pela Finicrédito. O impacto financeiro desta contingência corresponde a cerca de 1264 mil euro. 48 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) - Responsabilidades contingentes obrigações presentes resultantes de eventos passados onde é provável o futuro dispêndio de recursos relacionados com situações de natureza diversa. Não existe nenhum passivo contingente desta natureza que mereça divulgação. - Responsabilidades contratuais obrigações presentes resultantes de eventos passados onde é provável o futuro dispêndio de recursos relacionados com situações de natureza contratual. Não existe nenhum passivo contingente desta natureza que mereça divulgação. 28. PROVISÕES TÉCNICAS Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Provisões técnicas”, detalha-se da seguinte forma: 31-12-2009 Provisões técnicas - Ramo vida De seguro directo Provisão matemática Provisão para sinistros Provisão para participação nos resultados 31-12-2008 - 25.239 302 3 25.544 Em 31 de Dezembro de 2008 a totalidade dos saldos nesta rubrica era proveniente da Finibanco Vida que deixou de fazer parte do perímetro de consolidação em 2009 (Nota 2.2.). 29. PASSIVOS POR IMPOSTOS CORRENTES Os saldos em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 da rubrica “Passivos por impostos correntes” são detalhados como a seguir se demonstra: 31-12-2009 Passivos por impostos correntes IRC a pagar 31-12-2008 72 72 257 257 30. PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Os saldos em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 da rubrica “Passivos por impostos diferidos” são detalhados como a seguir se demonstra: 31-12-2009 Activo Impostos diferidos Diferenças temporárias Activos tangíveis Instrumentos financeiros Activos não correntes disponíveis para venda Reavaliações legais de imobilizado Provisões, activos e passivos contingentes 150 2 47 199 Impostos diferidos líquidos Passivo Activo Passivo 1.070 2 2 85 538 1.697 153 4 61 218 1.085 4 2 89 640 1.820 1.498 49 31-12-2008 1.602 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 31. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Outros passivos subordinados” tem a seguinte composição: Dívida emitida subordinada Obrigações Juros a pagar de dívida emitida subordinada Obrigações 31-12-2009 31-12-2008 26.011 26.011 61 46 26.072 26.057 O detalhe da rubrica " Outros passivos subordinados” em 31 de Dezembro de 2009 é como segue: Valor nominal Descrição Remuneração Reembolso e pagamento de juros DÍVIDA EMITIDA SUBORDINADA: Emitida em anos anteriores Obrigações de caixa subordinadas "FNB Rendimento Garantido 05/13" 410 A 9 de Maio de 2013 Obrigações de caixa subordinadas "FNB Rendimento Seguro 05/15" 238 B 9 de Junho de 2015 Aqua SME1 Class B units 15.000 C Ver Nota 54 Obrigações de caixa subordinadas "FNB 08/18" 10.363 D 9 de Dezembro de 2018 p/ 1ª série 16 de Dezembro de 2018 p/ 2ª série 26.011 A - A remuneração será paga semestralmente, terá como mínimo 1% e como máximo 5%, e será calculada de acordo com a seguinte fórmula (taxa anual): n/N * 5% +m/N * 1%, onde n é o nº de dias úteis do período respectivo em que a Euribor 6 meses está dentro do intervalo fixado m é o nº de dias úteis do periodo respectivo em que a Euribor 6 meses está fora do intervalo fixado N é o nº de dias úteis do período respectivo 50 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Intervalo: é o que se encontra definido no quadro seguinte, para cada cupão Período Data cupão Intervalo 1º semestre 09-Nov-05 [0; 2,75%] 2º semestre 09-Mai-06 [0; 3,00%] 3º semestre 09-Nov-06 [0; 3,25%] 4º semestre 09-Mai-07 [0; 3,50%] 5º semestre 09-Nov-07 [0; 3,50%] 6º semestre 09-Mai-08 [0; 3,75%] 7º semestre 09-Nov-08 [0; 3,75%] 8º semestre 09-Mai-09 [0; 4,00%] 9º semestre 09-Nov-09 [0; 4,00%] 10º semestre 09-Mai-10 [0; 4,25%] 11º semestre 09-Nov-10 [0; 4,25%] 12º semestre 09-Mai-11 [0; 4,50%] 13º semestre 09-Nov-11 [0; 4,50%] 14º semestre 09-Mai-12 [0; 4,50%] 15º semestre 09-Nov-12 [0; 4,50%] 16º semestre 09-Mai-13 [0; 4,50%] Euribor 6 meses é a taxa patrocinada pela Federação Bancária Europeia em associação com a Associação Cambista Internacional, na Base Actual/360 e divulgada cerca das 11 horas de Bruxelas, na página EURIBOR01 da Reuters, ou noutra que a substitua. O valor da Euribor 6 meses observado no 5º dia útil anterior à data de pagamento do cupão respectivo aplicar-se-á aos dias remanescentes desse período. B- A remuneração será paga semestralmente, terá como mínimo 1% e como máximo 5%, e será calculada de acordo com a seguinte fórmula (taxa anual): n/N * 5% +m/N * 1%, onde n é o nº de dias úteis do período respectivo em que a Euribor 6 meses está dentro do intervalo fixado m é o nº de dias úteis do periodo respectivo em que a Euribor 6 meses está fora do intervalo fixado N é o nº de dias úteis do período respectivo 51 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Intervalo: é o que se encontra definido no quadro seguinte, para cada cupão Período Data cupão Intervalo 1º semestre 09-Dez-05 [1,60 ; 2,75%] 2º semestre 09-Jun-06 [1,60 ; 3,00%] 3º semestre 09-Dez-06 [1,60 ; 3,25%] 4º semestre 09-Jun-07 [1,60 ; 3,50%] 5º semestre 09-Dez-07 [1,70 ; 3,75%] 6º semestre 09-Jun-08 [1,70 ; 3,75%] 7º semestre 09-Dez-08 [1,70 ; 3,75%] 8º semestre 09-Jun-09 [1,70 ; 4,00%] 9º semestre 09-Dez-09 [1,80 ; 4,00%] 10º semestre 09-Jun-10 [1,80 ; 4,25%] 11º semestre 09-Dez-10 [1,80 ; 4,25%] 12º semestre 09-Jun-11 [1,80 ; 4,50%] 13º semestre 09-Dez-11 [1,90 ; 4,50%] 14º semestre 09-Jun-12 [1,90 ; 4,50%] 15º semestre 09-Dez-12 [1,90 ; 4,50%] 16º semestre 09-Jun-13 [1,90 ; 4,50%] 17º semestre 09-Dez-13 [2,00 ; 4,50%] 18º semestre 09-Jun-14 [2,00 ; 4,50%] 19º semestre 09-Dez-14 [2,00 ; 4,50%] 20º semestre 09-Jun-15 [2,00 ; 4,50%] C- Taxa de juro: Euribor 1 mês + 0,1% D- A remuneração será paga semestralmente e o primeiro cupão será fixo: 1º cupão: 6,50% (taxa anual); Do 2º ao 10º cupão: Euribor 6M + 1,50% (taxa anual); 11º cupão e seguintes: Euribor 6M + 1,75% (taxa anual). Por Euribor 6 meses entende-se a taxa patrocinada pela Federação Bancária Europeia em associação com a Associação Cambista Internacional resultante do cálculo da média das taxas de depósitos interbancários denominados em Euros, oferecidos na zona da União Económica e Monetária entre Bancos de 1ª linha, cotados na base actual/360, e divulgada na página EURIBOR01 da Reuters. Será fixada para efeitos de cálculo a taxa Euribor de 6 meses, fixada 2 dias úteis antes da data de início de cada período de contagem de juros. 52 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 32. OUTROS PASSIVOS O desenvolvimento da rubrica “Outros passivos”, em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, é como se segue: 31-12-2009 Credores por seguro directo e resseguro Outros credores Credores e outros recursos Recursos diversos Sector público administrativo Cobranças por conta de terceiros Juros, dividendos e outras remunerações de de capital a pagar Contribuições para outros sistemas de saúde Credores diversos Credores por operações sobre valores mobiliários Credores por fornecimento de bens Outros credores Encargos a pagar Outros juros e encargos similares Outros encargos a pagar Prémio de antiguidade Outros Receitas com rendimento diferido Outros receitas com rendimento diferido Responsabilidades com pensões e outros benefícios (Nota 55) Outras contas de regularização 31-12-2008 - 145 145 2.426 7.456 39 3.446 6.671 37 9 220 9 203 101 5.774 5.606 21.631 98 6.200 5.316 21.980 248 138 4.198 10.133 14.579 3.438 10.553 14.129 7.733 6.887 - 1.915 4.870 1.180 48.813 46.091 A rubrica “ Sector público administrativo” inclui m.Euros 819 de IVA e m.Euros 3.473 de retenções na fonte de impostos, os quais foram pagos ao estado nos prazos legais ( m.Euros 1.197 e m.Euros 4.840 respectivamente em 31 de Dezembro de 2008). A rubrica “Credores por fornecimentos de bens” refere-se a compras de bens e serviços actividade corrente do grupo, a aguardar liquidação. no âmbito da A rubrica “Credores diversos - outros credores” inclui m.Euros 74 de sinais recebidos em contratos de promessa de compra e venda e m.Euros 2.491 relativos a contratos de vendas a crédito ( m.Euros 1.383 e m.Euros 2.090 respectivamente em 31 de Dezembro de 2008). A rubrica “ Encargos a pagar outros” inclui m.Euros 8.186 relativos a estimativas para férias e subsídio de férias a pagar em 2009 (m.Euros 7.569 em 31 de Dezembro de 2008). A rubrica “ Outras receitas com rendimento diferido” inclui m.Euros 6.263 de comissões recebidas, as quais estão a ser objecto de linearização (m.Euros 5.630 em 31 de Dezembro de 2008). 53 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 33. CAPITAL Em 31 de Dezembro de 2009, o capital subscrito do Finibanco Holding ascende a m.Euros 175.000 e encontrase integralmente realizado sendo constituído por 175.000.000 acções de valor nominal de 1 Euro. Em Junho de 2009 o Finibanco Holding procedeu ao aumento de capital de m.Euros 115.000 para m.Euros 175.000. Em 31 de Dezembro de 2009, a VIC, S.G.P.S., S.A. detinha 58,03% das acções representativas do capital social do Finibanco Holding. Esta entidade é detida em 71,53% pela APCL Financeira SGPS SA, entidade com controlo final do Grupo. O Finibanco Holding não detinha em 31 de Dezembro de 2009 quaisquer acções próprias. Não existem partes de capital beneficiárias, obrigações convertíveis nem títulos ou direitos similares As informações sobre os requisitos de capital regulamentar encontram-se descritas no ponto 2.9.1 do Relatório de Gestão. 34. INTERESSES MINORITÁRIOS Em 31 de Dezembro de 2009 os interesses minoritários desdobram-se como segue: Em 31 de Dezembro de 2008 os interesses minoritários desdobram-se como segue: 54 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 35. MARGEM FINANCEIRA Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a margem financeira detalha-se da seguinte forma: 31-12-2009 Juros e rendimentos similares Disponibilidades Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Crédito vencido Outros activos financeiros Activos detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda Juros de activos titularizados não desreconhecidos Devedores e outras aplicações Outros juros e rendimentos similares Comissões recebidas no crédito a clientes Juros e encargos similares Recursos de bancos centrais Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes Juros de empréstimos Responsabilidades representadas por títulos sem carácter subordinado Passivos financeiros de negociação Juros de passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização Passivos subordinados Outros juros e encargos similares Comissões pagas no crédito a clientes Rendimentos provenientes de Activos financeiros disponíveis para venda Outros instrumentos de capital 31-12-2008 703 12.782 118.258 5.340 2.317 16.711 159.876 6.873 8.163 6.364 25.061 412 12 10.109 187.252 16.700 1.476 19.615 3 1 8.271 231.843 1.136 2.280 68.137 281 47 6.281 90.433 893 9.986 5.968 14.684 19.721 3.122 3.679 8 4.503 99.100 15 6.907 251 6.494 145.726 162 1.844 2.006 2.361 4.089 6.450 90.158 92.567 A rubrica “Outros juros e rendimentos similares” incluem m.Euros 9.650 de juros relativos a contratos de locação financeira em que o Grupo é locador ( m.Euros 15.386 em 31 de Dezembro de 2008). A rubrica “Outros juros e encargos” similares incluem m.Euros 0,2 de juros relativos a contratos de locação financeira em que o Grupo é locatário ( m.Euros 4 em 31 de Dezembro de 2008). 55 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 36. RENDIMENTOS E ENCARGOS DE E COM SERVIÇOS E COMISSÕES Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Rendimentos e encargos de e com serviços e comissões” detalha-se da seguinte forma: 56 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 37. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Rendimentos de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados” detalha-se da seguinte forma: 31-12-2009 Ganhos em : Activos financeiros detidos para negociação Títulos Instrumentos derivados Activos financeiros ao justo valor através de resultados Títulos Activos financeiros designados ao justo valor (fair value option) Operações passivas Outras Perdas em : Activos financeiros detidos para negociação Títulos Instrumentos derivados Activos financeiros ao justo valor através de resultados Títulos Activos financeiros designados ao justo valor (fair value option) Operações passivas Outras 31-12-2008 27.349 17.324 8.200 31.649 590 - 5.378 50.641 14.026 53.875 10.259 11.621 26.924 37.947 5.143 - 13.405 40.428 14.848 79.719 10.213 ( 25.844) 38. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Resultados de activos disponíveis para venda” detalha-se da seguinte forma: 31-12-2009 Ganhos em : Activos financeiros disponíveis para venda Títulos Perdas em : Activos financeiros disponíveis para venda Títulos 57 31-12-2008 8.853 22.587 50 13.289 8.803 9.298 financeiros FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 39. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Resultados de alienação de outros activos” detalha-se da seguinte forma: 31-12-2009 Ganhos na alienação de: Crédito a clientes Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis Perdas na alienação de : Activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis 31-12-2008 - 11.000 14.430 - 297 335 15.062 3.213 221 14.434 2.828 83 2.911 3 71 74 12.151 14.360 40. PRÉMIOS LÍQUIDOS DE RESSEGURO Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Prémios líquidos de resseguro”, detalha-se da seguinte forma: 31-12-2009 Prémios de seguro directo vida Prémios processados Prémios anulados Prémios estornados Apólices e actas adicionais Prémios de resseguro cedido De seguro directo vida Prémios 31-12-2008 - 15.599 ( 114) ( 419) 24 - ( 891) 14.199 Em 31 de Dezembro de 2008 a totalidade dos saldos nesta rubrica era proveniente da Finibanco Vida que deixou de fazer parte do perímetro de consolidação em 2009 (Nota 2.2.). 58 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 41. CUSTOS COM SINISTROS LÍQUIDOS DE RESSEGURO Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Custos com sinistros líquidos de resseguro”, detalha-se da seguinte forma: 31-12-2009 Custos com sinistros de seguro directo vida Montantes pagos Variação da provisão para sinistros Parte dos resseguradores nos custos com sinistros vida De seguro directo vida Nos montantes pagos Na variação da provisão para sinistros 31-12-2008 - 1.710 297 - ( 200) ( 99) 1.708 Em 31 de Dezembro de 2008 a totalidade dos saldos nesta rubrica era proveniente da Finibanco Vida que deixou de fazer parte do perímetro de consolidação em 2009 (Nota 2.2.). 42. VARIAÇÃO DAS PROVISÕES TÉCNICAS LÍQUIDAS DE RESSEGURO Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Variação das provisões técnicas líquidas de resseguro”, detalha-se da seguinte forma: 31-12-2009 Variação das outras provisões técnicas De seguro directo vida Provisão matemática Participação nos resultados Participação nos resultados a atribuir Participação nos resultados atribuída 31-12-2008 - 10.638 - 81 10.719 Em 31 de Dezembro de 2008 a totalidade dos saldos nesta rubrica era proveniente da Finibanco Vida que deixou de fazer parte do perímetro de consolidação em 2009 (Nota 2.2.). 59 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 43. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Outros resultados de exploração” detalha-se da seguinte forma: 31-12-2009 Ganhos em : Outros ganhos em operações financeiras Operações activas Outros Rendas de locação operacional Ganhos em activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda Propriedades de investimento Outros activos tangíveis Outros activos não financeiros Outros ganhos e rendimentos operacionais Reembolso de despesas Prestação de serviços diversos Outros Perdas em : Outros perdas em operações financeiras Operações activas Outros Outros impostos Quotizações e donativos Contribuições para o FGD e FGCAM Perdas em activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda Propriedades de investimento Outros activos tangíveis Outros activos não financeiros Outros encargos e gastos operacionais 31-12-2008 9 3 - 279 206 330 848 865 748 120 12.114 6.177 3.831 23.794 13.757 6.830 2.777 25.100 2 617 181 560 31 1.168 243 464 1.086 377 702 119 1.524 5.168 1.187 733 145 1.365 5.336 18.626 19.764 O saldo da rubrica “Rendas de locação operacional” refere-se a proveitos provenientes de locação operacional na óptica do locador. 60 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 44. CUSTOS COM O PESSOAL Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Custos com o pessoal” detalha-se da seguinte forma: 31-12-2009 Remunerações Dos orgãos de gestão e fiscalização (Nota 56) De empregados Encargos sociais obrigatórios Encargos relativos a remunerações Fundos de pensões (Nota 55 g) ) Benefícios de reforma SAMS Subsídio de morte Outros Outros custos com o pessoal Indemnizações contratuais Transferências de pessoal Outros custos com o pessoal 31-12-2008 3.034 44.387 2.583 44.953 8.079 7.837 5.184 383 201 228 4.431 330 177 97 105 20 1.951 63.572 156 49 1.279 61.892 O desdobramento do valor afecto ao fundo de pensões é apresentado na Nota 55. Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, o número médio de efectivos do Grupo Finibanco por categorias profissionais, era o seguinte: 31-12-2009 Administração Direcção Chefia Técnicos Administrativos Outros 10 104 308 415 555 45 1.437 61 31-12-2008 9 89 283 410 490 42 1.323 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 45. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Gastos gerais administrativos” detalha-se da seguinte forma: 31-12-2009 31-12-2008 Com fornecimentos : Àgua, energia e combustíveis Material de consumo corrente Publicações Material de higiene e limpeza Outros fornecimentos de terceiros 1.888 1.103 26 35 119 3.171 2.407 1.370 55 51 190 4.073 8.570 4.380 1.547 3.721 1.385 336 197 876 12.538 3.644 37.194 9.091 3.967 1.519 2.508 2.319 388 132 720 13.512 5.069 39.225 40.365 43.298 Com serviços : Rendas e alugueres Comunicações Deslocações, estadas e representação Publicidade e edição de publicações Conservação e reparação Transportes Formação de pessoal Seguros Serviços especializados Outros serviços de terceiros A rubrica “ Rendas e alugueres” inclui locação operacional de imóveis no valor de m.Euros 5.273 onde o Grupo tem instaladas parte das suas agências e serviços centrais (m.Euros 4.956 em 31 de Dezembro de 2008). A rubrica “Rendas e alugueres” inclui locação operacional de equipamento informático e de transmissão no valor de m.Euros 2.323 (m.Euros 1.559 em 31 de Dezembro de 2008). A rubrica “Rendas e alugueres” inclui ainda locação operacional de viaturas de serviço próprio no valor de m.Euros 340 (m.Euros 139 em 31 de Dezembro de 2008). A duração dos contratos de locação operacional é a seguinte: Para imóveis 1 ano renovável. Para equipamento informático 60 meses. Para equipamento de transmissão 35 meses. Para viaturas 48 meses. Quanto à forma de actualização das rendas de locação operacional temos o seguinte: Locação operacional de imóveis, actualização à taxa legal Locação operacional de equipamento informático, taxas fixas Locação operacional de equipamento de transmissão, taxas fixas. Locação operacional de viaturas, taxas fixas. 62 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Os pagamentos mínimos futuros associados a contratos de locação operacional não canceláveis são os seguintes: 63 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 46. IMPARIDADE O detalhe da rubrica “Imparidade”, em 31 de Dezembro de 2009, bem como o movimento ocorrido no exercício de 2009, era como a seguir se mostra. Imparidade Saldo Dotações Utilizações 31-12-2008 Activos financeiros disponíveis para venda (Nota 7) Anulações/ Reposições Saldo 31-12-2009 54.435 1.080 ( 51.894) 34.345 46.460 ( 1.723) 3.543 37.888 3.850 50.310 40.343 45.447 425 2.052 110 40.878 47.499 78.766 97.809 Devedores e outras aplicações (Nota 19) 900 110 - ( 2) - 1.008 Investimentos em subsidiárias excluídas da consolidação, associadas e empreendimentos conjuntos (Nota 15) 341 - - - - 341 134.442 98.999 Crédito de cobrança duvidosa Crédito não representado por valores mobiliários Activos titularizados não desreconhecidos Crédito e juros vencidos Crédito não representado por valores mobiliários Activos titularizados não desreconhecidos Outros créditos e valores a receber (titulados) (Nota 9) ( 800) 2.821 ( 22.711) ( 82) 56.289 ( 1.723) ( 824) ( 23.535) ( 82) 6.569 62.858 ( 18.322) ( 12.562) - 54.906 ( 87) - 2.390 ( 18.322) ( 12.649) - 110 57.406 ( 20.045) ( 36.184) ( 82) 120.264 - ( 71.939) - Outras ( 36.186) ( 882) 124.434 O valor das utilizações corresponde a créditos abatidos ao activo. A demonstração de resultados na rubrica “Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações” inclui o saldo da conta “Recuperações de crédito, juros e despesas” no valor de m.Euros 13.300. Na coluna “Outras” está incluído o montante de m.Euros 821 relativo à saída da imparidade existente em 31 de Dezembro de 2008 na subsidiária Finibanco Vida. 64 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 47. IMPOSTOS CORRENTES A diferença entre os impostos calculados à taxa legal e os impostos calculados à taxa efectiva em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 pode ser explicada como a seguir se demonstra: 31-12-2009 31-12-2008 Imposto corrente : 1. Resultado antes de impostos 2. Taxa legal de imposto (IRC + Derrama) (*) 3. Carga fiscal normal (1*2) 12.857 31,76% 4.083 ( 47.478) 26,50% ( 12.582) 4. Variações patrimoniais positivas 5. Variações patrimoniais negativas 3.479 ( 3.684) ( 5.943) 6. Efeito fiscal de gastos que não são dedutíveis 6.1. Reintegrações não aceites 6.2. Provisões não dedutíveis 6.3. Mais valias fiscais 6.4. Menos valias contabilísticas 6.5. Derivados 6.6. Imputação de lucros de sociedades não residentes 6.7. Encargos financeiros com a aquisição de participações 6.8. Imparidade de títulos disponíveis para venda 6.9. Outros custos não dedutíveis 7. Efeito fiscal de rendimentos que não são tributáveis 7.1. Redução de provisões não tributadas 7.2. Menos valias fiscais 7.3. Benefícios fiscais 7.4. Derivados 7.5. Excesso de estimativa de impostos 7.6. Rendimentos nos termos do artigo 46º 7.7. Outros proveitos não tributados 51 7.255 501 3.072 1.686 8.425 ( 7.140) ( 2.378) ( 330) ( 7.406) ( 21.626) 8. Resultados não tributáveis (ZFM) 9. Prejuízos fiscais reportáveis ( 434) ( 165) 10. Lucro tributável (1+4+5+6+7-8+9) 11. Imposto antes da tributação autónoma (10*2) 12. Dupla tributação internacional 13. Tributações autónomas 14. Imposto total (11+12+13) 15. Taxa efectiva (14/1) ( 6.081) ( 1.394) ( 2.123) ( 124) ( 13.555) ( 7.669) 16 - ( 4.969) 3.687 300 ( 1.795) 2.208 315 3.987 2.523 31,01% (*) Taxa média do Grupo 57 6.727 409 1.394 7.180 48.397 18.424 - . De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social). Quando haja lugar a prejuízos fiscais em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas ( IRC), o período a considerar é de seis anos. 65 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Adicionalmente, de acordo com o artigo 58º do Código do IRC, a Direcção Geral dos Impostos poderá efectuar as correcções que considere necessárias para a determinação do lucro tributável sempre que, em virtude de relações especiais entre o contribuinte e outra pessoa, sujeita ou não a IRC, tenham sido estabelecidas condições diferentes das que seriam normalmente acordadas entre pessoas independentes, conduzindo a que o resultado apurado seja diverso do que se apuraria na ausência dessas relações. No entanto, a Administração entende que as eventuais correcções, se algumas, resultantes de diferentes interpretações da legislação vigente por parte das autoridades fiscais não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas. 48. RESUMO DA COMPOSIÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL DOS ACCIONISTAS DO FINIBANCO HOLDING A formação do lucro/prejuízo consolidado em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, pode ser resumida como segue: 31-12-2009 Lucro/(prejuízo) do Finibanco Holding Lucro/(prejuízo) das empresas filiais, consolidadas pelo método da integração global: Finibanco Finicrédito Finivalor Finimóveis Finisegur Finibanco Vida Fini International Luxembourg Finibanco Angola Lestinvest 31-12-2008 14.466 ( 53.261) ( 9.901) 681 2.444 170 219 3.260 ( 1.363) 9.976 871 815 2.977 ( 139) 256 ( 181) 11 ( 825) ( 470) ( 49.946) Apropriação do resultado de empresas associadas que consolidam pela equivalência patrimonial Finibanco Vida Anulação de dividendos recebidos Outros ajustamentos de consolidação Lucro/(prejuízo) dos accionistas do Finibanco Holding 1.521 ( 3.605) 1.570 9.462 ( 7.310) ( 289) ( 57.545) Componentes do rendimento integral do Finibanco Holding e de filiais Rendimento integral dos accionistas do Finibanco Holding 630 10.092 ( 18.888) ( 76.433) 66 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Resultados por acção básicos Os resultados por acção básicos são calculados efectuando a divisão do resultado atribuível aos accionistas pelo número médio ponderado de acções ordinárias em circulação à data do balanço. Resultados por acção diluídos Os resultados por acção diluídos são calculados ajustando o efeito de todas as potenciais acções ordinárias diluidoras ao número médio ponderado de acções ordinárias em circulação ( durante o exercício) e ao resultado líquido atribuível aos accionistas. 67 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 49. RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 o detalhe das rubricas extrapatrimoniais é como segue: 31-12-2009 Garantias prestadas e outros passivos eventuais : Garantias pessoais/institucionais Garantias reais (activos dados em garantia) (Notas 7 e 54) Garantias recebidas : Garantias pessoais/institucionais Garantias reais (activos recebidos em garantia) Compromissos perante terceiros : Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o FGD Respons. potencial para c/ o Sistema de Indemn.aos Investidores Outros compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Operações cambiais e instrumentos derivados : Operações cambiais à vista Instrumentos de negociação Instrumentos de cobertura Responsabilidades por prestação de serviços : Depósito e guarda de valores De cobrança de valores Valores administrados pela instituição Serviços prestados por terceiros : Por depósito e guarda de valores Por cobrança de valores Outras contas extrapatrimoniais : Consignações Créditos abatidos ao activo Juros vencidos Despesas de crédito vencido Contratos com recurso - facturas não financiadas Rendas vincendas e valores residuais de contratos de locação financeira Obrigações de caixa emitidas Crédito renegociado Provisões acumuladas para crédito renegociado Outras 68 31-12-2008 106.638 284.712 391.350 110.908 214.566 325.474 1.874.748 1.593.244 3.467.992 2.046.800 1.465.458 3.512.258 126.029 2.429 552 327.511 456.521 170.424 2.367 563 234.892 408.246 9.685 383.413 831.766 1.224.864 20.466 548.302 814.209 1.382.977 2.097.300 59.872 80.650 2.237.822 1.058.041 71.337 555.723 1.685.101 1.050.092 40.925 1.091.017 709.565 52.636 762.201 17 188.901 9.846 7.359 20.150 22 163.607 6.564 6.297 3.082 204.590 164.682 42.913 1.690 156.027 796.175 249.091 164.682 19.835 1.405 47.003 661.588 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 50. BALANÇO DE MOEDA ESTRANGEIRA Em 31 de Dezembro de 2009, o montante global dos elementos do activo e passivo do Grupo expressos em moeda estrangeira, convertidos na moeda em que as contas anuais são estabelecidas, é como segue: Activos Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Outros activos tangíveis Activos intangíveis Activos por impostos diferidos Outros activos Passivo e Capital 16.069 4.655 5 16.077 2.822 36.936 10 1.805 831 6 20.978 100.194 Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Provisões Outros passivos Capital Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados Resultado do exercício 6.134 65.618 22 14.193 10.419 ( 847) ( 581) 5.236 100.194 O risco cambial está referido no ponto 2.6 do Relatório de Gestão. 51. RELATO POR SEGMENTO A segmentação por linhas de negócio em 31 de Dezembro de 2009 é apresentada no Anexo VI. O Grupo Finibanco desenvolve a sua actividade principal na Banca de Retalho e no território nacional. Esta segmentação foi efectuada tendo em conta a divisão das actividades para efeitos de gestão. Em 2008 o Grupo Finibanco iniciou a sua actividade no mercado internacional, designadamente em Angola, apresentando-se no Anexo V a segmentação por mercados geográficos. Actividade dos segmentos de negócio Actividade de Retalho focaliza-se na actividade dos clientes particulares e pequenas empresas, cujo volume de negócio seja inferior a m.Euros 2.500 e um envolvimento inferior a m.Euros 1.000, conforme modelo de segmentação definido pelo Grupo Finibanco. A Actividade de Retalho realiza um conjunto de operações comerciais, nomeadamente a captação de recursos, concessão de empréstimos e garantias, seguros e prestação de serviços bancários. Este segmento de negócio é apoiada por uma rede multicanal que inclui balcões, promotores de negócio, banca telefónica e serviço homebanking. A Actividade de retalho é desenvolvida pelo Finibanco, SA, pela Finicrédito, pelo Finibanco Angola, pela Finisegur e pela Finibanco Vida. Banca Comercial focaliza-se na actividade das empresas, cujo volume de negócio seja superior a m.Euros 2.500 e um envolvimento superior a m.Euros 1.000, conforme modelo de segmentação definida pelo Grupo Finibanco. A Banca comercial realiza um conjunto de operações comerciais, nomeadamente a captação de recursos, concessão de empréstimos e garantias, seguros e prestação de serviços bancários. Este segmento de negócio é apoiada pelos centros de empresas, rede de balcões e serviço homebanking. A Banca comercial é desenvolvida apenas pelo Finibanco, SA. 69 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Corporate Finance desenvolve a actividade no mercado de capitais, nomeadamente, na montagem e colocação de emissões de dívida, estudos e prestação de serviços, sendo desenvolvida pelo Finibanco, SA. Trade & Sales focaliza-se na actividade da banca de investimento, nomeadamente, no trading da carteira de negociação e disponíveis para venda, actividade cambial, gestão financeira do Grupo e relacionamento com Institucionais conduzida pela Direcção Financeira do Finibanco. Corretagem (Retalho) engloba a actividade de corretagem dos clientes, apoiada pela rede de balcões e pelo serviço de corretagem on-line. Este segmento de negócio é desenvolvido apenas no Finibanco, SA. Pagamentos e liquidações incorpora a actividade de transferências e meios de pagamento, assegurada pela rede de balcões, POS e ATMs. Esta actividade é desenvolvida apenas no Finibanco, SA. Custódia engloba o serviço de custódia de títulos dos clientes e das carteiras de fundos de investimento assegurada por estrutura própria no Finibanco, SA. Gestão de activos está centrada na actividade da gestão de fundos de investimento e da gestão de patrimónios assegurada pela Finivalor. Outros inclui a gestão de participações financeiras assegurada pelo Finibanco Holding, SGPS e actividades não integradas nos segmentos anteriores. Segmentos geográficos O segmento geográfico é baseado na localização da actividade desenvolvida pelos segmentos de negócio, dividindo-se em dois segmentos: Actividade Nacional desenvolvida no território de Portugal pelas empresas do grupo Finibanco; Actividade Internacional desenvolvida fora do território de Portugal pelo Finibanco Angola. Os valores afectos a cada segmento de negócio ou geográfico resultam da agregação das empresas integrantes do perímetro de consolidação. Os proveitos e custos apurados para cada um dos segmentos têm subjacentes os valores contabilizados directamente nos segmentos respectivos e a afectação resultante de modelos internos. Os valores resultantes de afectação por modelos internos são essencialmente os custos de estrutura que estão associados a vários segmentos de negócio. A sua repartição tem como base um conjunto de pressupostos definidos internamente e estão relacionados com volume de negócio de cada segmento. Os preços de transferência entre empresas e segmentos são similares aos praticados com entidades externas. Os impostos são geridos numa lógica de cada uma das empresas integrantes do perímetro de consolidação, não sendo alocados a cada um dos segmentos. 70 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 52. JUSTO VALOR DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS No seguinte quadro apresenta-se uma análise dos métodos de valorização pelas categorias de instrumentos financeiros reconhecidos ao justo valor nas demonstrações financeiras com referência a 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008: Justo Valor 31-12-2009 Nível 1 Cotação em Bolsa Nível 2 Técnica de valorização Custo de aquisição Nível 3 NAV* Total Activos Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros detidos para venda 3.713 51.589 3.017 463 16.900 - - 11.128 20.962 51.589 7.193 48.990 21.656 - - 21.656 144.004 - - 144.004 Passivos Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados Justo Valor 31-12-2008 Nível 1 Cotação em Bolsa Nível 2 Técnica de valorização Custo de aquisição Nível 3 NAV* Total Activos Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros detidos para venda 3.874 37.048 4.698 891 75.231 - 9.591 - 29.975 - - - 150.813 - - 150.813 - 37.048 9.463 16.864 101.686 Passivos Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados * NAV - Net Assets Value 29.975 De acordo com as alterações na IFRS 7 as fontes de pressupostos utilizados na determinação do justo valor utilizam os seguintes níveis de hierarquia: Nível 1 – Cotações nos mercados activos Nível 2 – Inputs directos ou indirectos observáveis de dados de mercado Nível 3 – Inputs que não sejam baseados em dados de mercado observáveis Contudo, a valorização ao justo valor dos instrumentos financeiros segue as políticas contabilísticas definidas no ponto 2.5. do anexo às demonstrações financeiras de acordo com a IAS 39. Os activos financeiros valorizados ao justo valor classificados no nível 3 são valorizações referentes a Hedge Funds. Para os instrumentos considerados na coluna ao custo de aquisição não foi possível determinar valorizações fiáveis. 71 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Para a determinação do justo valor dos Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados foram obtidas avaliações de entidades externas certificadas para o efeito. As técnicas de valorização dos instrumentos financeiros e de negociação e ao justo valor através de resultados baseiam-se no cálculo do valor presente dos fluxos futuros. O desconto dos cash-flows futuros baseia-se na curva de cupão zero que não é mais que uma estimativa da Estrutura Temporal de Taxas de Juros. As taxas de juro utilizadas para apuramento da curva de taxa de juro designada de cupão zero com referência a 31 de Dezembro de 2009, para o Euro são as seguintes: Prazo 3 meses 6 meses 9 meses 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos Taxa 0,639% 0,905% 1,127% 1,315% 1,872% 2,261% 2,567% 2,822% Prazo 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 15 anos 20 anos 30 anos Taxa 3,038% 3,223% 3,383% 3,519% 3,636% 3,993% 4,099% 3,961% A essa curva é adicionado um “spread” considerado adequado às características de cada emissão e os indicadores observáveis no mercado. Para os instrumentos mais complexos, incorporados nos produtos estruturados, foram utilizados os seguintes modelos de valorização: Black, Black-Scholes, Hull & White e simulações de Monte Carlo dos processos lognormais dos activos subjacentes. 53. GESTÃO DO RISCO No ponto 2.6 do Relatório de Gestão são apresentadas as informações qualitativas e quantitativas relativas à Gestão dos vários riscos da actividade do Grupo. 54. OPERAÇÕES DE TITULARIZAÇÃO AQUA FINANCE Nº 2 PLC Em Agosto de 2003 as subsidiárias Finicrédito e Leasecar realizaram uma operação de titularização efectiva e completa no valor global de m.Euros 175.000. Adicionalmente em Julho de 2004 estas duas entidades efectuaram, ao abrigo da mesma operação, uma oferta adicional de m.Euros 50.000. Em Dezembro de 2005 a Leasecar foi incorporada por fusão na Finicrédito. Seguidamente destacam-se os aspectos mais relevantes desta operação: Genéricos Data da realização da operação: 07 de Agosto de 2003 Montante cedido : m.Euros 225.000 Duração do programa: 9 anos e 2 meses Revolving: 3 anos Identificação do programa: Aqua Finance nº 2 PLC Natureza dos activos cedidos: Tipo de activos: Crédito ao consumo sobre veículos automóveis e outros bens e ALD Rating médio da carteira cedida: AAA 90,5%; AA 5%; A 4,5% 72 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Operação inicial Data da realização da operação: 07 de Agosto de 2003 Montante cedido : m.Euros 175.000 Natureza dos activos cedidos: Tipo de activos: Crédito ao consumo sobre veículos automóveis e outros bens e ALD Duração média ponderada remanescente: 41,5 meses Taxa de juro média ponderada dos activos: 14,8% Oferta adicional Data da realização da operação: 26 de Julho de 2004 Montante cedido : m.Euros 50.000 Natureza dos activos cedidos: Tipo de activos: Crédito ao consumo sobre veículos automóveis e outros bens e ALD Duração média ponderada remanescente: 49,8 meses Taxa de juro média ponderada dos activos: 14,1% Características dos instrumentos de dívida emitidos: Denominação do instrumento Montante emitido Taxa de juro Obrigações classe A1 Obrigações classe A2 Obrigações classe A3 Títulos subordinados–classe D 203.700 11.200 10.100 11.675 Euribor 3M+0,30% Euribor 3M+0,55% Euribor 3M+0,85% Não definida Data e forma de reembolso: A partir do final do período de “revolving” e conforme ritmo de amortização de capital efectuado, conforme prioridade abaixo estabelecida. Hierarquia em termos de subordinação / reembolso dos vários instrumentos: Obrigações classe A1 Obrigações classe A2 Obrigações classe A3 Títulos subordinados Rating atribuído AAA AA A - À data de 31 de Dezembro de 2009, as obrigações da Classe A1, encontravam-se amortizadas no montante de m.Euros 203.700, correspondente a 100% do valor da sua emissão. À data de 31 de Dezembro de 2009, as obrigações da Classe A2, encontravam-se amortizadas no montante de m.Euros 4.446, correspondente a 39,7% do valor da sua emissão. O montante total dos activos adquiridos pelo veículo para suporte da emissão dos instrumentos financeiros foi de m.Euros 225.000. Não existem compromissos assumidos nem interesses retidos pela Finicrédito. 73 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Entidades que intervêm na operação: Nome da entidade País da sede Tipo de entidade Aqua Finance No. 2 PLC Irlanda Entidade especial Finicrédito Instituição Financeira de Crédito, SA Finibanco Holding SGPS, SA Portugal Portugal Finibanco SA CRC GSCF (Lux SARL) Portugal Luxemburgo Instituição Financeira Sociedade Gestora Participações Sociais Instituição financeira Hedge Fund Aqua Finance No 2 Fundo Portugal Fundo de Titularização de créditos Portugal Sociedade Gestora Gestora Portugal Inglaterra Inglaterra Inglaterra Inglaterra Inglaterra Instituição de Crédito Instituição de Crédito Instituição de Crédito Instituição de Crédito Instituição de Crédito Banco de Investimento Banco Depositário Note & Security Trustee Accounts Bank Principal Paying Agent Transaction Manager Provedor do Swap Ingalterra Inglaterra Portugal Irlanda Agência de rating Agência de rating Auditoria Auditoria Portugal Irlanda Consultor Consultor Norton Rose Inglaterra Consultor Credit Suisse First Boston (Europe) Limitid Investidores institucionais Inglaterra Banco de Investimento Agência de Rating Agência de Rating Auditores dos Originadores Auditores do Emissor Advogados para o Lead Manager contexto da lei Portuguesa Advogados para o Lead Manager contexto da lei Irlandesa Advogados para o Lead Manager contexto da lei Inglesa “Lead Manager” da operação - - Investidores Finantia – Sociedade Gestora de Fundos de Titularização de Crédito, SA Deutsche Bank (Portugal) SA Deutsche Bank AG London Deutsche Bank AG London Deutsche Bank AG London Deutsche Bank AG London Credit Suisse First Boston International Standard and Poor`s Moodys Investor Services Ernst & Young KPMG Irlanda Simmons & Simmons Rebelo de Sousa Rebelo de Sousa & Associados Arthur Cox de Função desempenhada finalidade de Emissor Originador e Servicer Backup Servicer Tomador do swap Comprador das Notes Classe D Fundo Durante o exercício de 2006 o certificado representativo do interesse residual no Aqua Finance nº 2 PLC foi alienado pelo que esta sociedade deixou de integrar o perímetro de consolidação. Princípios e políticas contabilísticas seguidos Descontinuidade do reconhecimento no Balanço dos activos cedidos: Os créditos foram expurgados das contas patrimoniais da Finicrédito, tendo transitado para as correspondentes contas extrapatrimoniais. Provisionamento dos activos cedidos: Os activos cedidos não estão a ser provisionados, uma vez que os detentores dos títulos subordinados são entidades externas ao Grupo Finibanco. Reconhecimento dos resultados obtidos na cedência: Tratando-se de uma cedência efectiva e completa, os resultados obtidos na cedência dos activos foram reconhecidos nos anos em que se verificaram. 74 no no no FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) AQUA SME Nº 1 Em Junho de 2007 o Finibanco, SA efectuou uma operação de titularização da qual se destaca o seguinte: Data da realização da operação: 14 de Junho de 2007 Montante: m.Euros 250.000 Duração do programa: 10 anos Revolving: 3 anos Identificação do programa: Aqua SME 1 Natureza dos activos cedidos: Tipo de activos: Contas correntes e empréstimos a pequenas e médias empresas Duração média ponderada remanescente: 0,249 anos Taxa de juro média ponderada dos activos: 6,88% Rating médio da carteira cedida: n.a. Características dos instrumentos emitidos Denominação do instrumento Montante emitido Montante detido Taxa de juro Classe A units Classe B units Classe C units 235.000 15.000 8.750 8.750 Euribor 1 mês+0,1% Euribor 1 mês+0,1% Excess spread Data e forma de reembolso: A partir do final do período de revolving e conforme ritmo de amortização dos créditos e de acordo com a seguinte prioridade: 1º Classe A units 2º Classe B units 3º Classe C units As classe C foram integralmente tomadas pelo Finibanco S.A. Montante total dos activos adquiridos pelo veículo que suportam a emissão dos instrumentos: Créditos de m.Euros 250.000 e m.Euros 8.750 de cash reserve. Compromissos assumidos e/ou interesses a reter pela instituição ou por outra instituição do Grupo Montantes a título de: Disponibilidades de caixa do emitente: n.a. Linhas de liquidez: n.a. Outros financiamentos: n.a. Cash reserve inicial, limite máximo e mínimo: inicial m.Euros 8.750; máximo m.Euros 8.750; mínimo m.Euros 8.000 Garantias: n.a. Proveitos residuais: a reverter para o Finibanco S.A. como remuneração das Classe C units. Swaps de taxa de juro e outros instrumentos derivados: n.a. Recompra dos activos remanescentes: Clean up call de 10%, a preços de mercado. Outros n.a. n.a. Não aplicável No exercício de 2008, o Finibanco, S.A. alienou 20,6% dos títulos da Classe C, tranche até então integralmente detida por esta sociedade. 75 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Entidades que intervêm na operação Função desempenhada Relação de participação Nome da entidade País da sede Tipo de entidade Finibanco S.A. Aqua SME 1 Fundo Portugal Portugal Banco Cedente Fundo de titularização de Comprador créditos n.a. não tem Navegater SGFTC Finibanco S.A. Deutsche Bank S.A. Banco Espírito Santo de Investimento S.A Portugal Portugal Portugal Portugal SGFTC Banco Banco Banco Gestão de FTC Gestor de créditos Custodiante Banco organizador não tem State Street Global Markets LLC State Street Global Markets LLC Banco Espírito Santo S.A European Investment Fund EUA EUA Portugal Luxemburgo Banco Banco Banco Instituição europeia Banco organizador Linha liquidez Class B Linha liquidez Class A Garante Class B não tem não tem não tem não tem n.a. não tem não tem Princípios e políticas contabilísticas seguidos Nos termos do previsto na IAS 39 quanto ao desreconhecimento de activos, dado que o Grupo detém as Classe C units, às quais está atribuído o excess spread da operação, os créditos vendidos não foram desreconhecidos do balanço, estando registados na rubrica “Activos titularizados não desreconhecidos”, e sujeitos a critérios contabilísticos idênticos às restantes operações de crédito. AQUA MORTGAGE Nº1 Em Dezembro de 2008, o Finibanco, S.A. efectuou uma operação de titularização de créditos à habitação, com o propósito de transformar activos ilíquidos em títulos aceites como colateral no âmbito das operações do Eurosistema, da qual se destaca o seguinte: Identificação da Operação: Aqua Mortgages Nº 1 Tipo de operação: RMBS Tradicional Montante da operação: 233 Milhões de Euros Data de realização da operação: 09 de Dezembro de 2008 Prazo de vencimento da operação: Dezembro de 2063 Data prevista para o exercício da clean-up call: a partir do ano de 2033 Caracterização da operação de titularização Instituição cedente: Finibanco S.A. Tipos de posições em risco: Crédito à habitação Descrição dos principais critérios de selecção dos activos para a carteira titularizada: Crédito à habitação, em euros, imóvel localizado em Portugal, com data de maturidade inferior a Dezembro de 2060, com montante máximo de Eur 1.000.000,00, sem pagamentos em atraso há mais de 30 dias e com taxa de juro indexada Grau de risco médio da carteira cedida: 63,23% (método padrão) Revolving: por um período de 2 anos após o início da operação Caracterização das posições em risco titularizadas Limite máximo de posições em risco titularizadas: Eur 233.000.000,00 Valor das posições em risco titularizadas, na data de início da operação: -Valor médio dos contratos: Eur 66.059,08 -Posição em risco mais significativa: Eur 620.529,65 -Duração média ponderada remanescente: 25 anos 76 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Desagregação do valor das posições de titularização Caracterização das tranches Denominação da posição de Tranche titularização (notação) Classe A AAA Classe B Classe C TOTAL - Taxa Montante de Juro 203.176.000,00 Euribor 6M + 15bps 29.824.000,00 Euribor 6M + 40bps 3.500.000,00 Excess Spread 236.500.000,00 Quant Detentores das tranches Denominação Entidade do Detentora Instrumento Dos títulos Classe A Finibanco, S.A Classe B Finibanco, S.A Classe C Finibanco, S.A euros Data de reembolso Dez-63 Dez-63 Dez-63 euros Tranche (notação) AAA Total Montante Detido 203.176.000,00 29.824.000,00 3.500.000,00 236.500.000,00 Compromissos assumidos e/ou interesses retidos / a reter pela instituição ou por uma instituição do grupo Reserva de caixa inicial, limite máximo e mínimo: Montante inicial de Eur 3.500.000; máximo de Eur 3.500.000; mínimo de Eur 1.200.000,00. Linhas de liquidez: não existem linhas de liquidez associadas à operação Garantias: não existem linhas de garantias adicionais associadas à operação Proveitos residuais: n.a. Swaps de taxa de juro e outros instrumentos derivados: não existem swaps de taxa de juro ou outros instrumentos derivados associados à operação. Os títulos classe A e B foram dados em garantia ao BCE no âmbito das operações do Eurosistema (Nota 19). Entidades que intervêm na operação: Designação da entidade Finibanco, S.A. Finibanco, S.A. Finibanco, S.A. Tagus - Soc.Titularização Créditos S.A. Deutsche Bank AG, London Branch Deutsche Trustee Company Limited Standard & Poors País da Sede Portugal Portugal Portugal Portugal Inglaterra Inglaterra Espanha Tipo de entidade/ actividade Banco Banco Banco Soc. Tit. Créditos Banco Serviços Financ. Agência de Rating Função Desempenhada Cedente Arranger Servicer Emitente Agente pagador Commom representative Agência de Rating Relação de Participação n.a. n.a. n.a. não tem não tem não tem não tem Princípios e políticas contabilísticas seguidos Nos termos do previsto na IAS 39 quanto ao desreconhecimento de activos, dado que o Grupo detém as Classe C units, às quais está atribuído o excess spread da operação, os créditos vendidos não foram desreconhecidos do balanço, estando registados na rubrica “Activos titularizados não desreconhecidos”, e sujeitos a critérios contabilísticos idênticos às restantes operações de crédito. Dadas as características e finalidade da operação não ocorreu a entrada de fundos. Assim e no cumprimento do parágrafo 39 da IAS 39 e AG 58 da mesma norma, as tranches Classe A e B estão representadas no Balanço de forma autónoma pelos créditos não desreconhecidos não havendo, portanto, lugar ao registo de passivos financeiros associados a activos transferidos. 77 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) AQUA FINANCE Nº 3 Em Junho de 2009 a Finicrédito efectuou uma operação de titularização denominada por “Aqua Fiance Nº 3, no valor de m.Euros 207.000, com o propósito de transformar activos ilíquidos em títulos aceites e passíveis de serem apresentados para efeitos de obtenção de financiamento. Esta operação tem um período de “revolving” de 3 anos, que terminará em Junho de 2012. Seguidamente destacam-se os aspectos mais relevantes desta operação: Genéricos Data da realização da operação: 30 de Junho de 2009 Montante cedido : m.Euros 207.000 Duração do programa: 14 anos e 6 meses Revolving: 3 anos Identificação do programa: Aqua Finance Nº 3 Natureza dos activos cedidos: Tipo de activos: Crédito ao consumo, aluguer de longa duração e leasing Rating médio da carteira cedida: AAA 53,15%; Não definido 46,85% Operação inicial Data da realização da operação: 30 de Junho de 2009 Montante cedido : m.Euros 207.000 Natureza dos activos cedidos: Tipo de activos: Crédito ao consumo, aluguer de longa duração e leasing Duração média ponderada remanescente: 49,5 meses Taxa de juro média ponderada dos activos: 11,97% Características dos instrumentos de dívida emitidos: Denominação do instrumento Montante emitido Taxa de juro Obrigações classe A Obrigações classe B Obrigações subordinadas 110.020 96.980 6.210 5,00% 5,75% Não definida Denominação do instrumento Entidade detentora dos títulos Montante detido Obrigações classe A Obrigações classe B Obrigações subordinadas Finicrédito Finicrédito Finicrédito 110.020 96.980 6.210 (*) A taxa de juro é fixa. Data e forma de reembolso: A partir do final do período de “revolving” o reembolso é efectuado conforme o ritmo de amortização de capital dos créditos cedidos, e de acordo com a prioridade abaixo estabelecida. 78 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Hierarquia em termos de subordinação / reembolso dos vários instrumentos: Rating atribuído Obrigações classe A Obrigações classe A Títulos subordinados AAA Não definido - Entidades que intervêm na operação Nome da entidade País da sede Tipo de entidade/ actividade Função desempenhada Relação de participação Finicrédito SA Finicrédito SA Finicrédito SA Tagus-Soc.Titularização Créditos SA Deutsche Bank AG London Branch Deutsche Trustee Company Limited Standard & Poor Portugal Portugal Portugal Portugal Inglaterra Inglaterra Espanha Instituição de crédito Instituição de crédito Instituição de crédito Soc. Tit Créditos Banco Serviços Financeiros Agência de Rating Cedente Arranger Servicer Emitente Agente pagador Common representative Agência de Rating Não tem Não tem Não tem Não tem Princípios e políticas contabilísticas seguidas Nos termos do previsto na IAS 39 quanto ao desreconhecimento de activos, dado que a Finicrédito detém a totalidade das obrigações emitidas, incluindo os títulos subordinados, às quais está atribuído o excess spread da operação, os créditos vendidos não foram desreconhecidos do balanço, estando registados na rubrica “Activos titularizados não desreconhecidos”, e sujeitos a critérios contabilísticos idênticos às restantes operações de crédito. Dadas as características e finalidade da operação não ocorreu a entrada de fundos. Assim e no cumprimento do parágrafo 39 da IAS 39 e AG 58 da mesma norma, as tranches Classe A e B estão representadas no Balanço de forma autónoma pelos créditos não desreconhecidos não havendo, portanto, lugar ao registo de passivos financeiros associados a activos transferidos. 79 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 55. BENEFÍCIOS PÓS EMPREGO Conforme referido no nº 9 da Nota 2.5. e em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho (ACTV) celebrado com os sindicatos e vigente para o Sector Bancário, o Grupo assumiu o compromisso de atribuir aos seus empregados ou às suas famílias prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez ou sobrevivência. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente com o número de anos de serviço do trabalhador, aplicada à tabela salarial negociada anualmente para o pessoal no activo. Baseado em pareceres de peritos independentes e na cláusula de adesão do Finibanco ao ACTV, não são consideradas no cálculo das responsabilidades a parcela relativa ao período entre a data de admissão de cada funcionário ao sistema bancário e a data de admissão no Finibanco, quando aplicável. O estudo actuarial para efeitos de calculo das responsabilidades por serviços passados reportados a 31 de Dezembro de 2009 e 2008 foi efectuado pela CGD Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA. a) Pressupostos actuariais Os principais pressupostos actuariais e financeiros utilizados no estudo actuarial para efeitos de cálculo das responsabilidades por serviços passados reportados a 31 de Dezembro de 2009 e 2008, efectuados pela CGD Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA , foram: Esquema de benefícios Método actuarial Tábua de Mortalidade Tábua de Invalidez Taxa anual de crescimento salarial Taxa anual de retorno esperado dos activos do fundo Taxa de desconto Taxa de crescimento das pensões SAMS 31.12.2009 31.12.2008 O estabelecido no ACTV do Sector Bancário com as ressalvas de adesão ao acordo Projected Unit Credit Method TV 88/90 EKV 80 3% 5% O estabelecido no ACTV do Sector Bancário com as ressalvas de adesão ao acordo Projected Unit Credit Method TV 88/90 EKV 80 3% 5% 5,5% 3% 6,5% * 5,25% 3% 6,5% * * sobre o valor das responsabilidades calculadas nos termos do ACTV A taxa de desconto utilizada reflecte as taxas de juro de mercado de obrigações de empresas de elevada qualidade na zona euro com prazos até ao vencimento similares aos de liquidação das responsabilidades com pensões. A taxa anual de retorno esperado dos activos do fundo foi determinada pela sociedade gestora do Fundo utilizando as rentabilidades anuais esperadas a longo prazo para cada classe de activos, definidas com base em estudo de uma consultora internacional sobre o histórico das rendibilidades de mercado e uma ponderação resultante do benchmark definido para a estrutura de activos do Fundo. No exercício de 2009 a taxa anual de rendimento dos activos do Fundo foi de 7,73% (-11,99% em 2008) e a taxa anual de crescimento salarial de 4,93% (2,6% em 2008). As pensões acompanharam o crescimento da tabela ACTV (1,5%). De acordo com as informações obtidas do actuário responsável pela preparação do estudo actuarial, não foi considerada no cálculo actuarial qualquer taxa de rotação dada a ausência de referências estatísticas de mercado credíveis e pelo facto de, com os dados internos do Grupo, as análises históricas efectuadas ao comportamento da rotação interna demonstrarem comportamentos irregulares, que ao serem incorporados no estudo poderiam conduzir a variações futuras de responsabilidades difíceis de justificar de forma consistente. 80 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) b) População Os cálculos foram efectuados em grupo fechado decompondo-se em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 da seguinte forma: 31.12.2009 31.12.2008 (*) 1.Empregados no activo 2.Pensionistas 3.Total (1+2) 1.404 15 1.419 966 13 979 4.Ex – participantes com direitos adquiridos 5.Total (3+4) 443 1.862 449 1.428 (*) - Após o esclarecimento jurídico sobre a interpretação legal a dar ao novo ACT-SB e a sua implicação na população a abranger, foi entendido incluir na população do Fundo 405 participantes que, embora tenham antiguidade anterior a Março de 2009, ainda não estavam a ser considerados para efeitos de Fundo de Pensões, na medida em que era expectável não serem abrangidos pelo regime de complementaridade, o que não se veio a confirmar. c) Valores reconhecidos no balanço Benefícios de reforma 31.12.2009 SAMS Subsídio por morte Total Valor actual das responsabilidades por serviços passados 1. Activos e direitos adquiridos 2. Pensionistas 3.Total das responsabilidades por serviços passados (1+2) 4.Justo valor dos activos do Fundo de Pensões 5. Passivo reconhecido no Balanço (Nota 32) (3-4) 6. Activo reconhecido no Balanço ( Nota 19) (4-3) % de cobertura do financiamento Ganhos/ (Perdas) actuariais não reconhecidos 7. Dentro do corredor 8. Fora do corredor 9. Activo reconhecido no Balanço (Nota 19) (7+8) 81 64.691 2.315 67.006 74.510 7.504 111,2% 4.154 150 4.304 4.633 329 107,6% 1.939 108 2.047 2.265 218 100,2% 70.784 2.573 73.357 81.408 8.051 111,0 4.956 65 5.021 366 330 696 143 3 146 5.465 398 5.863 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Benefícios de reforma 31.12.2008 SAMS Subsídio por morte Total Valor actual das responsabilidades por serviços passados 1. Activos e direitos adquiridos 2. Pensionistas 3.Total das responsabilidades por serviços passados (1+2) 4.Justo valor dos activos do Fundo de Pensões 5. Passivo reconhecido no Balanço (Nota 32) (3-4) 6. Activo reconhecido no Balanço ( Nota 19) (4-3) % de cobertura do financiamento Ganhos/ (Perdas) actuariais não reconhecidos 7. Dentro do corredor 8. Fora do corredor 9. Activo reconhecido no Balanço (Nota 19) (7+8) d) 63.310 2.001 65.311 63.561 97,3% 3.512 130 3.642 3.474 95,4% 2.011 86 2.097 2.101 100,2% 68.833 2.217 71.050 69.136 1.914 97,3% 6.450 7.548 13.998 299 399 698 183 375 558 6.932 8.322 15.254 Acréscimo anual no valor actual das responsabilidades por serviços passados Benefícios de reforma 31.12.2009 1. Valor actual das responsabilidades no início do exercício 2. Custos do serviço corrente 3. Custo de juros 4.Pensões pagas 5.Perdas (ganhos) actuariais 6.Acréscimo anual de responsabilidades (2+3-4+5) 7. Valor actual das Responsabilidades no fim do exercício (1+6) 65.311 5.781 3.426 120 (7.392) 1.695 67.006 Benefícios de reforma 31.12.2008 1. Valor actual das responsabilidades no início do exercício 2. Custos do serviço corrente 3. Custo de juros 4.Pensões pagas 5.Perdas (ganhos) actuariais 6.Acréscimo anual de responsabilidades (2+3-4+5) 7. Valor actual das Responsabilidades no fim do exercício (1+6) 82 SAMS 56.990 5.435 2.989 118 15 8.321 65.311 Subsídio por morte 3.642 391 191 6 86 662 4.304 SAMS 2.097 217 110 (376) (49) 2.048 Subsídio por morte 3.202 337 168 7 (58) 440 3.642 Total 1.704 187 90 116 393 2.097 71.050 6.389 3.727 126 (7.682) 2.308 73.358 Total 61.896 5.959 3.247 125 73 9.154 71.050 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) e) Movimento registado nos activos do Fundo Benefícios de reforma 31.12.2009 1.Valor dos activos do Fundo de pensões no início do exercício 2.Rendimento líquido do fundo 3.Contribuição entregue ao fundo 4.Pensões de sobrevivência pagas pelo fundo 5.Outras variações líquidas 6.Valor dos activos do Fundo de pensões no fim do exercício (1+2+3-4+5) 1.Valor dos activos do Fundo de pensões no início do exercício 2.Rendimento líquido do fundo 3.Contribuição entregue ao fundo 4.Pensões de sobrevivência pagas pelo fundo 5.Outras variações líquidas 6.Valor dos activos do Fundo de pensões no fim do exercício (1+2+3-4+5) Subsídio por morte 3.474 287 878 6 - 2.100 163 3 - 69.135 5.547 6.853 126 - 74.510 4.633 2.266 81.409 SAMS Subsídio por morte 3.151 (378) 708 7 - 1.819 (218) 499 - 69.469 (8.327) 8.118 125 - 63.561 3.474 2.100 69.135 31.12.2009 31.12.2008 11,8% 21,4% 19,7% 36,0% 10,4% 0,7% 13,9% 24,4% 26,1% 17,6% 17,4% 0,6% 100% 100% Os imóveis detidos pelo Fundo encontram-se arrendados a empresas do Grupo Finibanco. 83 Total 64.499 (7.731) 6.911 118 - f) As principais categorias de activos do Fundo são as seguintes: Terrenos e edifícios Acções e unidades de participação Obrigações – Dívida pública Obrigações – Outros emissores Depósitos em instituições de crédito Outros Total 63.561 5.097 5.972 120 - Benefícios de reforma 31.12.2008 SAMS FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) g) Gastos reconhecidos no exercício Benefícios de reforma 31.12.2009 Em custos com o pessoal 1.Custo do serviço corrente 2.Custo dos juros 3. Rendimento esperado dos activos do fundo 4. Perdas/ (ganhos) actuariais 5. Contribuições dos funcionários 6. Outras variações 7. Custos com o pessoal ( 1+2-3+4-5-6) SAMS 5.781 3.426 3.810 298 511 5.184 Subsídio por morte 391 191 212 14 384 Total 217 110 128 1 200 6.389 3.727 4.150 313 511 5.768 O custo dos serviços correntes relativo a Membros dos Órgãos de Administração do Grupo encontra-se divulgado na Nota 55. Benefícios de reforma 31.12.2008 Em custos com o pessoal 1.Custo do serviço corrente 2.Custo dos juros 3. Rendimento esperado dos activos do fundo 4. Perdas/ (ganhos) actuariais 5. Contribuições dos funcionários 6. Outras variações 7. Custos com o pessoal ( 1+2-3+4-5-6) SAMS 5.435 2.989 3.494 499 4.431 Subsídio por morte 337 168 174 330 Total 187 90 100 177 5.959 3.247 3.768 499 4.938 A contribuição esperada para o Fundo de 2010 ascende m.Euros 6.239. h) Análises de sensibilidade A redução de 0,25% na taxa de desconto teria um efeito de aumento de responsabilidades em cerca de 4,7 milhões de euros. A variação de 1% na taxa de SAMS representaria um impacto de cerca de 662 m.Euros (aumento de responsabilidades em caso de incremento da taxa e redução no caso contrário). i) Análise evolutiva O quadro seguinte apresenta uma análise evolutiva dos valores do exercício e dos últimos quatro anos: 2009 Valor actual das responsabilidades por serviços passados Justo valor dos activos do Fundo de Pensões Excesso / (insuficiência) de cobertura % de cobertura do financiamento pelo Fundo Ajustamento de experiência em passivos do plano Ajustamentos de experiência em activos do plano 84 2008 2007 2006 2005 (67.006) (65.311) (56.990) (55.766) (47.292) 74.510 7.504 111,2% 2.175 1.286 63.561 (1.750) 97,3% (15) (11.225) 64.499 7.509 113% (888) 4.897 56.389 623 101% (154) 1.273 29.411 (17.881) 62% (242) 346 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 56. PARTES RELACIONADAS ACCIONISTAS MARIA AUGUSTA RESENDE COSTA LEITE - Accionista com controlo final HERANÇA INDIVISA DE ÁLVARO PINHO DA COSTA LEITE APCL FINANCEIRA - SGPS, LDA- Entidade com controlo final VIC (SGPS), SA - Empresa mãe MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO HUMBERTO COSTA LEITE ARTUR JESUS MARQUES ARMANDO ESTEVES JOAQUIM MENDES CARDOSO DANIEL BESSA FERNANDES COELHO JORGE MANUEL DE MATOS TAVARES DE ALMEIDA ARLINDO COSTA LEITE ANTÓNIO LUÍS ALVES RIBEIRO DE OLIVEIRA CARLOS MANUEL MARQUES MARTINS FERNANDO DA ROCHA E COSTA EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS E ASSOCIADAS DO GRUPO FINIBANCO/APCL FINIBANCO VIDA-COMPANHIA SEGUROS VIDA,SA FINICRÉDITO-INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE CRÉDITO, SA FINIMÓVEIS SOCIEDADE IMOBILIÁRIA DE SERVIÇOS AUXILIARES,SA FINISEGUR-SOCIEDADE MEDIADORA SEGUROS,SA FINIVALOR-SOCIEDADE GESTORA FUNDOS MOBILIÁRIOS,SA FINIBANCO SA - ANGOLA FINIBANCO, SA LESTINVEST, SGPS SA OBOL INVEST KFT IBERPARTNERS CAFÉS - SGPS, SA SAF - IMOBILIÁRIA, S A SOGIPORTO-GESTÃO IMOBILIÁRIA, S A SOGILEÇA - GESTÃO IMOBILIÁRIA, LDA SOGIBRAGA - GESTÃO IMOBILIÁRIA, LDA LAMEIRA - IMOBILIÁRIA, LDA ESTIA SGPS Vic Beteiligungsverwaltungs GmbH ROSUD SRL MAMAIA INVESTMENTS, SRL 85 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) SOCIEDADES ONDE SIGNIFICATIVA ACCIONISTAS E MEMBROS DA ADMINISTRAÇÃO EMPICAIMA-CONSTRUÇÕES SA GLOBAL DIS-DISTRIBUIÇÃO GLOBAL MATERIAIS,SA IMOBILIÁRIA DA CAVADA, LDA IMOCAMBRA - GESTÃO IMOBILIÁRIA, SA MAITEX-INDUSTRIA TEXTIL, SA ESTIA RETAIL & WAREHOUSING, SRL OPPA-INVESTIMENTOS IMOBILIARIOS SA PEDRAL-PEDREIRAS DO CRASTO DE CAMBRA, SA PREDICAIMA - COMÉRCIO IMOBILIÁRIO, SA PROMOQUATRO-INVESTIMEN IMOBILIARIOS, LDA SITAPE - INDÚSTRIA METALÚRGICA, SA SOGICAIMA-GESTÃO IMOBILIÁRIA, SA STOCKTRANS - LOGÍSTICA TRANSPORTES, LDA VICAIMA - Puertas y Derivados, S.L. VICAIMA - Türenwerk Handels GmBH Vicaima Beteiligungsverwaltungs GmbH VICAIMA FINANCE - SGPS, LDA VICAIMA INVEST - SGPS, LDA VICAIMA INVESTIMENTS LIMITED VICAIMA MADEIRAS (SGPS), SA VICAIMA PARTICIPA - SGPS, LDA VICAIMA, Limited VICAIMA/CIFIAL, ACE VICAIMA-INDÚSTRIA DE MADEIRAS E DERIVADOS, SA PEGALGO IMOBILIARIA, SA GRUPO MARTIFER FUNDO DE PENSÕES DE COLABORADORES DO GRUPO FINIBANCO FUNDO DE PENSÕES FNB-GERIDO POR CGD PENSÕES 86 TÊM INFLUÊNCIA FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Em 31 de Dezembro de 2009, o montante global dos activos, passivos, rendimentos, encargos e responsabilidades extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com partes relacionadas de acordo com a IAS 24 têm a seguinte composição: Sociedades onde Fundo de accionistas e Empresas pensões de Membros de subsidiárias e colaboradores Administração têm associadas do Grupo influência Finibanco significativa Accionistas Membros do Conselho de Administração 69.186 69.186 10.553 10.553 4.243 3.003 7.246 17.960 17.960 - 101.942 3.003 104.945 10 797 807 313 7.551 7.864 11.535 11.535 584 584 8.289 8.289 323 28.756 29.079 3.164 4 3.168 260 15 275 232 16 248 1.085 62 1.147 1 1 4.742 97 4.839 8 8 246 246 97 97 - 151 151 502 502 103.482 103.482 18.261 18.261 7.164 7.164 68.263 68.263 - 197.170 197.170 Total Activo Crédito Outros activos Passivo Passivos financeiros Depósitos Rendimentos Juros e rendimentos similares Rendimentos com serviços e comissões Encargos Juros e encargos similares Extrapatrimoniais Garantias e avales Depósito e guarda de valores O Crédito a accionistas refere-se a operações para financiamento de tesouraria da empresa-mãe, remunerado a preços considerados de mercado e sem colaterais associados. O crédito a membros do Conselho de Administração refere-se a quase totalidade a crédito concedido a um administrador não executivo. O crédito a sociedades onde os accionistas e membros do Conselho de Administração tem influência significativa refere-se a operações para financiamento, remunerado a preços considerados de mercado e com colaterais associados. O montante de m.Euros 3.003 da rubrica Outros activos sobre empresas subsidiárias e associadas refere-se ao valor líquido de imparidade de prestações suplementares concedidas e que não são remuneradas. Os depósitos são igualmente remunerados a taxas consideradas de mercado. Para os Activos mencionados não foram constituídas quaisquer provisões ou imparidade. 87 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) As remunerações dos membros dos órgãos sociais desdobram-se da seguinte forma: Remunerações dos membros dos orgãos sociais Benefícios de curto prazo (Nota 44) Benefícios pós emprego Benefícios de cessação de emprego Pagamentos com base em acções Total 2009 3.034 43 3.077 2008 2.583 79 2.662 57. EVENTOS SUBSEQUENTES Não se verificaram eventos subsequentes após a data do balanço que, de acordo com o disposto na “IAS 10 – Acontecimentos após a data de balanço” implicassem ajustamentos ou divulgações nas demonstrações financeiras. 58. NORMAS E INTERPRETAÇÕES RECENTEMENTE EMITIDAS QUE AINDA NÃO ESTÃO EM VIGOR As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e adoptadas pela União Europeia, mas que ainda não entraram em vigor e/ou não foram endossadas pela União Europeia e que o Grupo ainda não aplicou antecipadamente na elaboração das suas demonstrações financeiras, podem ser analisadas como segue: Normas e interpretações endossadas pela União Europeia e aplicáveis a Demonstrações Financeiras de exercícios que terminem em 2010: - Alterações na IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração – Items elegíveis para cobertura Norma efectiva, na União Europeia, a partir da data de início do primeiro exercício que comece após 30 de Junho de 2009. Com estas alterações é clarificado que é permitida a designação de uma parte das alterações do justo valor ou variabilidade dos fluxos de caixa de um instrumento financeiro como um item coberto. É também indicado que a inflação não é um risco identificável separadamente e não pode ser designado como um risco coberto a não ser que represente fluxos de caixa especificados contratualmente. - IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços Interpretação efectiva, na União Europeia, o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que comece após 29 Março 2009. Esta interpretação aplica-se a operadores de concessões e explica como contabilizar as responsabilidades assumidas e os direitos recebidos em acordos de concessão. - IFRIC 17 - Distribuições aos Proprietários de Activos que não são Caixa Interpretação efectiva, na União Europeia, o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que comece após 31 de Outubro de 2009. Esta interpretação esclarece sobre a forma de contabilização da distribuição de bens em espécie aos proprietários, definindo que todos devem ter os mesmos direitos. Esta interpretação só se aplica quando em ultima análise os activos não são controlados pela mesma parte antes e depois da distribuição. A responsabilidade de pagar um dividendo deve ser reconhecida quando o dividendo estiver adequadamente autorizado e já não estiver sob o controlo da entidade. Se uma entidade der aos seus proprietários a opção de receberem um activo que não é caixa ou outra alternativa a caixa, a entidade deve estimar o dividendo a pagar considerando, tanto o justo valor de cada alternativa como a probabilidade associada à escolha pelos proprietários de cada alternativa. Quando uma entidade liquida os dividendos a pagar, deve reconhecer nos lucros ou prejuízos qualquer eventual diferença entre a quantia escriturada dos activos distribuídos e a quantia escriturada do dividendo a pagar, sendo a diferença registada como uma linha separada da demonstração de resultados. 88 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) A IFRS 5 foi emendada para incluir activos que são classificados para distribuição, somente quando disponível na sua presente condição e a distribuição ser altamente provável. - IFRIC 18 – Transferência de Activos Provenientes de clientes Interpretação efectiva, na União Europeia, o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que comece após 31 de Outubro de 2009. Esta interpretação tem por objectivo clarificar a contabilização de Imobilizado tangível ou caixa recebidos de clientes com o objectivo de serem usados para adquirir ou construir activos específicos. Só se aplica a activos que são usados para ligar o cliente a uma rede ou permitir o acesso contínuo ao fornecimento de bens ou serviços ou ambos. Esta interpretação define que em primeiro lugar há que verificar se o bem satisfaz as condições para o reconhecimento como activo e que, se tal acontecer, o activo transferido deve ser medido ao Justo Valor como parte de uma transacção de troca. A entidade deve identificar os serviços prestados e alocar o Justo Valor do bem recebido a cada um dos serviços prestados. O rendimento é reconhecido na data da prestação do serviço. Normas aplicáveis a Demonstrações Financeiras endossadas pela União Europeia: de exercícios a terminar em 2010 e ainda não - Alterações na IFRS 2 – Liquidação de acordos de pagamento com base em acções Esta alteração revoga a IFRIC 8 e a IFRIC 11 e aplica-se retrospectivamente. Quando uma entidade recebe bens ou serviços, procede à sua mensuração como liquidação através de acções quando são concedidos instrumentos da própria entidade ou a entidade não tem a obrigação de liquidar a transacção. Caso contrário, a entidade mensura a transacção como uma liquidação através de caixa. As liquidações com acções são remensuradas apenas em resultado de alterações das condições de exercício que não tenham a ver com o mercado ou da existência de requisitos para atingir um nível mínimo. Para efeitos das contas consolidadas, esta alteração clarifica que se uma entidade recebe bens ou serviços que são liquidados através de caixa por proprietários que não pertencem ao grupo, tais transacções estão fora do âmbito da IFRS 2. Projecto Anual de Melhorias Em Abril de 2009, o IASB publicou o Projecto Anual de Melhorias de certas normas então em vigor, com o objectivo de remover inconsistências e clarificar conceitos. Normas e interpretações aplicáveis a Demonstrações Financeiras subsequentes a 31 de Dezembro de 2010 e ainda não endossadas pela União Europeia: - IFRS 9 – Instrumentos Financeiros A IFRS 9 insere-se num projecto faseado de revisão e substituição gradual da IAS 39, com o objectivo de reduzir a complexidade na sua aplicação. Ao nível da classificação e mensuração são reduzidas as categorias de activos financeiros, eliminados os requisitos de separação de derivados embutidos e restrições de reclassificação. A classificação de activos passa a seguir o modelo de negócio onde se enquadram os activos, tendo também em conta as características dos instrumentos. As diferenças de justo valor em instrumentos de capital considerados estratégicos são reconhecidas em reservas sem passagem por resultados mesmo em situações de imparidade ou venda. É expectável que esta norma tenha efeitos relevantes nas demonstrações financeiras da Sociedade, que serão oportunamente avaliados após o endosso pela União Europeia. 89 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) - Revisão da IAS 24 – Divulgações de Partes Relacionadas As principais alterações pela revisão desta norma são as seguintes: Alteração da definição de partes relacionadas - implicará que algumas entidades deixem de ser consideradas relacionadas e outras passem a ser consideradas relacionadas; Isenção parcial de divulgações relativas a transacções entre entidades governamentais bem como com o próprio Governo; Obrigatoriedade explícita de divulgar os compromissos com partes relacionadas incluindo os contratos executórios. - Alterações na IFRIC 14 – Adiantamentos para requisitos mínimos de financiamento Estas alterações foram efectuadas para retirar da IFRIC 14 uma consequência não intencional de quando uma entidade está obrigada a um nível de financiamento mínimo para um plano de benefícios definidos e faz um pagamento antecipado para cobrir esse requisito. O problema identificado na prática relacionava-se com a capacidade, em algumas jurisdições, de efectuar pagamentos antecipados. Tais pagamentos aumentam o valor dos activos do plano e estariam sujeitos às restrições de reconhecimento de activos da IAS 19 o que levaria a que se nenhum activo pudesse ser reconhecido pelo que o pagamento antecipado teria que ser reconhecido como um gasto no ano do pagamento. De acordo com as alterações, uma entidade deve reconhecer como activo os pagamentos feitos antecipadamente e em cada ano a análise do excedente do plano deve ser analisado como se não tivesse havido pagamentos antecipados. - IFRIC 19 – Passivos Financeiros Extintos com Instrumentos de Capital Esta IFRIC clarifica que instrumentos de capital emitidos para um credor com o objectivo de extinguir passivos financeiros são considerados montantes pagos para efeitos do parágrafo 41 da IAS 39. Desta forma, instrumentos de capital emitidos num equity swap devem ser mensurados ao Justo Valor dos instrumentos de capital emitidos, se este puder ser determinado com fiabilidade. Se o Justo Valor dos instrumentos de capital emitidos não puder ser determinado com fiabilidade, então os instrumentos de capital emitidos devem ser mensurados por referência ao Justo Valor do passivo financeiro extinto na data da sua extinção. Esta IFRIC não se aplica a situações em que o acordo original já previa a extinção de passivos por via da emissão de instrumentos de capital nem para situações que envolvam directa ou indirectamente proprietários actuando como tal. 90 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) ADOPÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DO FINANCIAL STABILITY FORUM (FSF) E DO COMMITTEE OF EUROPEAN BANKING SUPERVISORS (CEBS) RELATIVAS À TRANSPARÊNCIA DA INFORMAÇÃO E À VALORIZAÇÃO DE ACTIVOS O Banco de Portugal através das suas Cartas - Circulares 97/2008/DSB de 3 de Dezembro de 2008 e 58/2009/DSB de 5 de Agosto de 2009, veio reiterar a necessidade das instituições darem o adequado cumprimento às recomendações do Financial Stability Forum (FSF), constantes do relatório “Report of the Financial Stability Forum on Enhancing Market and Institutional Resilience”, assim como às recomendações do Commmittee of European Banking Surpervisors (CEBS) transcritas nos relatórios “CEBS report on banks‟ transparency on activities and products affected by the recent market turmoil” e “Report on issues regarding the valuation of complex and illiquid financial instruments”, no que se refere à transparência da informação e à valorização de activos, tendo em conta o princípio da proporcionalidade. As recomendações materializam-se no questionário anexo à Carta - Circular 46/2008/DSB de 15 de Julho de 2008, para o qual o Grupo Finibanco dá cumprimento no presente Anexo. I. Modelo de Negócio 1. Descrição do modelo de negócio No ponto 2 do Relatório de Gestão do Grupo, é feita a descrição pormenorizada do modelo de negócio do Grupo com referência nomeadamente à actividade das diversas empresas do Grupo e respectiva evolução no exercício de 2009. Neste ponto, também, é abordada a segmentação das áreas de negócio com a explicação dos critérios de afectação a cada uma delas. 2. Estratégias e objectivos A estratégia e objectivos do Grupo Finibanco estão divulgados e devidamente identificados no ponto 2.2 do Relatório de Gestão do Grupo. A montagem e descrição das operações de titularização em curso no Grupo Finibanco estão detalhadamente referidas na Nota 54 às Demonstrações Financeiras. 3. Descrição da importância das actividades desenvolvidas e respectiva contribuição para o negócio A descrição da importância das actividades desenvolvidas pelo Grupo Finibanco apresenta-se descrita no ponto 2 do Relatório de Gestão do Grupo. A quantificação e respectiva contribuição para o negócio das diversas actividades desenvolvidas são parte integrante da Nota 51 às Demonstrações Financeiras (Relato por Segmento), que remete para os Anexos IV (Segmentação por linhas de negócio) e Anexo V (Segmentação por Mercados Geográficos), este último destacando a actividade internacional do Grupo exercida em Angola. 4. 5. Descrição do tipo de actividades desenvolvidas, incluindo a descrição dos instrumentos utilizados, o seu funcionamento e critérios de qualificação que os produtos/investimentos devem cumprir Descrição do objectivo e da amplitude do envolvimento da instituição, relativamente a cada actividade desenvolvida A análise do ponto 2 do Relatório de Gestão do Grupo, das Notas 2 (Bases de apresentação e resumo das principais políticas contabilísticas) e 51 (Relato por Segmento) às Demonstrações Financeiras dá cumprimento ao solicitado nestes dois pontos. II. Riscos e Gestão dos Riscos 6. 7. Descrição da natureza e amplitude dos riscos Descrição das práticas de gestão de risco relevantes para as actividades No ponto 2.6 do Relatório de Gestão do Grupo é explanado nas suas diversas vertentes (riscos de crédito, mercado, liquidez, operacional e associados à actividade seguradora) como o modelo de organização da gestão dos riscos no Grupo Finibanco é monitorizado com a respectiva quantificação dos riscos incorridos. As notas 37 e 38 às Demonstrações Financeiras, Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados e Resultados de activos financeiros disponíveis para venda complementam a análise feita no ponto 2.6 do Relatório de Gestão do Grupo no que respeita ao Risco de Mercado. 91 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) III. Impacto do período de turbulência financeira nos resultados 8. 9. 10. 11. 12. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados Decomposição dos “write-downs”/perdas por tipos de produtos e instrumentos Descrição dos motivos e factores responsáveis pelo impacto sofrido Comparação de impactos entre períodos Decomposição dos “write-downs” entre montantes realizados e não realizados A crise financeira internacional iniciada em 2008 e que se manteve ao longo de 2009, apesar das diversas mediadas tomadas pelos governos para estimularem a economia, continuou a influenciar de forma significativa os seguintes aspectos da gestão: Liquidez O exercício de 2009, iniciou-se ainda com uma forte pressão sobre a liquidez fruto do elevado custo que as fontes de financiamento haviam atingido. Pese embora as dificuldades sentidas no mercado, a estrutura de financiamento do Grupo, e a monitorização e gestão diária dos níveis de liquidez permitiram ultrapassar a fase mais crítica sem sobressaltos de relevo. Com o objectivo de monetarização de activos ilíquidos de balanço, o Grupo tem estruturadas operações de titularização de créditos no montante global de 440 milhões de euros o que lhe permite a diversificação das fontes de financiamento, pelo recurso ao Eurosistema, a saber: Aqua Mortgages nº1 – Originador Finibanco, SA, 233 milhões de euros, RMBS, realizada em Dezembro de 2008; Aqua Finance nº3 – Originador Finicrédito-Instituição Financeira de Crédito, SA, 207 milhões de euros realizada em Junho de 2009; Paralelamente o Finibanco, SA ainda tem em curso uma operação de titularização de créditos a PME‟s no montante de 250 milhões de euros em que o fim do período de 3 anos de revolving ocorrerá em Junho de 2010, embora exista a possibilidade de o prolongar. Fruto do anteriormente referido, ao longo do 2009, o recurso ao financiamento junto do Eurosistema registou um incremento acentuado, tendo atingido 190 milhões de euros no final do exercício, com uma maturidade de contratação de 1 ano, resultando numa diminuição da dependência dos depósitos de elevados montantes a taxas mais elevadas. Nesta conjuntura, os recursos de clientes registaram uma ligeira diminuição (-2,5%), embora se continue a registar um grau de transformação dos recursos em crédito estável e confortável (110,1%), mantendo-se, ainda assim, como a principal fonte de financiamento. Já no decorrer do exercício de 2010 o Finibanco, SA emitiu 15 milhões de euros de Valores Mobiliários Perpétuos Subordinados com Juros Condicionados, ao abrigo do Programa de Emissão de Títulos Representativos de Dívida do Finibanco até ao montante de 100 milhões de euros, datado de Dezembro de 2009. O referido Programa será válido para Ofertas Públicas de Valores Mobiliários Representativos de Dívida e para a admissão à cotação de uma ou mais emissões desses Valores, se a mesma for requerida pela Emitente, pelo prazo de 12 meses a contar da data da sua publicação. Ao longo do exercício de 2009, o Grupo Finibanco manteve excedentes de liquidez. A partir do 2º semestre de 2009 os confortáveis níveis de liquidez permitiram uma aplicação média dos excedentes em „Hot-Moneys‟. Já no decurso do exercício de 2010 procedeu-se ao investimento em Dívida Pública, reforçando-se assim a capacidade de acesso ao Eurosistema. Resultados A crise financeira associada à deterioração das condições económicas penalizou a margem financeira e provocou um agravamento do nível das imparidades para crédito. A margem financeira foi afectada pela descida abrupta da Euribor associada à dificuldade de a repercutir no “pricing” dos depósitos e na indexação da carteira de crédito àquele referencial, apesar do esforço do ajustamento dos spreads realizado em 2009, que também não foi compensado pelo crescimento da actividade creditícia. A margem financeira de intermediação registou em 2009, uma quebra de 2,1%, correspondendo a uma diminuição de 1,8 milhões de euros. 92 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) Em consequência da grave crise económica na actividade nacional, o nível de imparidades da carteira de crédito foi reforçado em 48,3 milhões de euros, traduzindo-se num acréscimo de 18,3 milhões de euros. O Grupo Finibanco constituiu uma imparidade adicional e genérica para risco de crédito no montante de 8,3 milhões de euros para fazer face a perdas esperadas na carteira de crédito em 2010. Em 2009, os mercados bolsistas tiveram uma forte valorização, ainda que insuficiente para absorver as perdas obtidas em 2008. Em 2009, o Grupo Finibanco realizou vendas da carteira de títulos, que se traduziram em mais-valias efectivas no montante de 26,2 milhões de euros. Em 31 de Dezembro de 2009, a carteira de negociação é reduzida, ascendendo a 7,3 milhões de euros. Sugere-se a consulta do ponto 2.9 do Relatório de Gestão do Grupo (Análise Económica e Financeira), para melhor complementar a análise dos Resultados, assim como as Notas às Demonstrações Financeiras, seguidamente enunciadas: Nota 5 – Activos financeiros detidos para negociação; Nota 7 – Activos financeiros disponíveis para venda; Nota 37 – Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados; Nota 38 – Resultados de activos financeiros disponíveis para venda; Nota 46 – Imparidade. Capitais Próprios Os capitais próprios foram afectados pela incorporação do resultado negativo de 2008 em 57,5 milhões de euros,que incluiu o reconhecimento da imparidade na carteira de acções disponíveis para venda em 48,4 milhões de euros e as perdas realizadas na carteira de negociação de 14,5 milhões de euros. Em 2009 realizou-se com sucesso, um aumento de capital de 115 milhões de euros para 175 milhões de euros, com em encaixe de 75 milhões de euros. Esta operação permitiu um forte reforço dos níveis de solvabilidade, passando a Core Tier I para 8,4% e o rácio de solvabilidade para 11,9%. Conforme referido neste ponto sobre a Liquidez, já no decorrer do exercício de 2010 o Finibanco, SA emitiu 15 milhões de euros de Valores Mobiliários Perpétuos Subordinados com Juros Condicionados que permitirá um reforço adicional dos níveis de solvabilidade, uma vez que o Banco de Portugal considerou que a emissão reúne as condições necessárias para que o montante emitido possa ser considerado no cômputo dos fundos próprios de base (Tier 1), no segmento sujeito a um limite de 35%. 13. Descrição da influência da turbulência financeira na cotação das acções da entidade No pontos 2.4.2 (Mercado de Capitais) do Relatório de Gestão do Grupo e, é avaliado o desempenho das acções do Finibanco-Holding, SGPS SA no actual contexto internacional, assim como é feita a análise comparativa da cotação com índices de referência (PSI 20 e PSI Financeiras). No ponto 3.8 do Relatório do Governo da Sociedade (Descrição da evolução da cotação das acções do emitente) é sistematizado uma série de dados relativamente às acções do Finibanco-Holding, SGPS SA, nomeadamente: Cotação de fecho da acção (mínima, máxima e final); Variação anual; Liquidez; Resultado por acção; Capitalização bolsista; Volatilidade; Coeficiente Beta. 14. Risco de perda máxima Os impactos provenientes do período de turbulência estão incorporados nos diversos tipos de risco da seguinte forma: No Risco de Crédito: o Modelo de avaliação e quantificação de risco de crédito, está subdividido em vários sub-modelos, os quais procuram explicar as diversas vertentes inerentes ao risco da carteira de crédito, nomeadamente o Modelo de Índices Macro Económicos que efectua a agregação de um conjunto de séries temporais de índices macroeconómicos, publicados pelo Instituto Nacional de Estatística, ou por outras Instituições que publiquem índices de forma regular; 93 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) No Risco de Cotações e Índices: é utilizada a metodologia VaR, na qual é feita a avaliação da perda potencial num horizonte temporal de duas semanas e 99% de grau de confiança, com o objectivo de aferir possíveis variações no valor de mercado da carteira de títulos, em função do comportamento passado. Também são quantificadas as perdas que poderiam resultar em cenários de stress, usando como referência acontecimentos passados que originaram quebras significativas dos mercados; No Risco de Taxa de Juro: são realizadas análises de sensibilidade que estimam o impacto na situação líquida e na margem financeira (a 12 meses), resultantes de uma alteração de 200 pontos base nas taxas de juro de mercado. A metodologia utilizada assenta na projecção dos fluxos futuros dos instrumentos financeiros com taxa de juro associada e no cálculo do respectivo valor actual. Da comparação entre o cenário base (manutenção das curvas de taxa de juro) e o cenário alternativo (deslocação paralela das curvas de taxa de juro) resulta o impacto estimado na Situação Líquida. No Risco de Liquidez: é feita a monitorização e gestão diária dos níveis de liquidez, com reporte diário ao Banco de Portugal. Sugere-se a consulta do ponto 2.6 do Relatório de Gestão do Grupo (Gestão do Risco) de forma a complementar e quantificar o referido nesta questão. 15. Responsabilidades da própria instituição e resultados A Nota 22 às Demonstrações Financeiras (Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados), faz a discriminação da dívida emitida, a referência ao justo valor dos instrumentos financeiros assim como ao cálculo do cupão de cada um dos empréstimos emitidos. A Nota 52 às Demonstrações Financeiras (Justo valor de instrumentos financeiros) apresenta a análise aos métodos de valorização pelas categorias de instrumentos financeiros reconhecidos ao justo valor nas Demonstrações Financeiras. O justo valor dos instrumentos financeiros segue as políticas contabilísticas definidas no ponto 2.5 do anexo às Demonstrações Financeiras. As técnicas de valorização dos instrumentos financeiros e de negociação e ao justo valor através de resultados baseiam-se no cálculo do valor presente dos fluxos futuros. Para os instrumentos mais complexos, incorporados nos produtos estruturados, foram utilizados os seguintes modelos de valorização: Black, Black-Scholes, Hull&White e simulações de Monte Carlo dos processos log-normais dos activos subjacentes. IV. Níveis e tipos das exposições afectadas pelo período de turbulência 16. Valor nominal e justo valor das exposições As Notas 5 e 7, Activos financeiros detidos para negociação e Activos financeiros disponíveis para venda, respectivamente, detalham por tipo de categoria os activos detidos pelo Grupo, encontrando-se discriminados no Anexo II das Notas às demonstrações Financeiras do presente Relatório e Contas. 17. Mitigantes do risco de crédito Não aplicável. 18. Divulgação detalhada sobre as exposições do Grupo Sugere-se a consulta do ponto 2.6 do Relatório de Gestão do Grupo (Gestão do Risco) de forma a complementar e quantificar o referido nesta questão. 19. Movimentos ocorridos nas exposições entre períodos Sugere-se a consulta do ponto 2.9 do Relatório de Gestão do Grupo (Análise Económica e Financeira), para melhor complementar a análise dos Resultados, assim como as Notas às Demonstrações Financeiras, seguidamente enunciadas: Nota 5 – Activos financeiros detidos para negociação; Nota 7 – Activos financeiros disponíveis para venda; Nota 37 – Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados; Nota 38 – Resultados de activos financeiros disponíveis para venda; 94 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euro – m.Euros - excepto quando expressamente indicado de outro modo) 20. Explicações acerca das exposições que não tenham sido consolidadas Não aplicável 21. Exposição a seguradoras de tipo “monoline” e qualidade dos activos segurados Não aplicável. V. Níveis e tipos das exposições afectadas pelo período de turbulência 22. Produtos estruturados Estas situações estão desenvolvidas na Nota 2 às Demonstrações Financeiras (Bases de apresentação e resumo das principais políticas contabilísticas). 23. Consolidação das Special Purpose Entities (SPE) As divulgações sobre estas entidades encontram-se na Notas 2 e 54 às Demonstrações Financeiras, Bases de apresentação e resumo das principais políticas contabilísticas e Operações de Titularização, respectivamente. 24. 25. Justo valor dos instrumentos financeiros Descrição das técnicas de modelização utilizadas para a valorização dos instrumentos financeiros Sugere-se a consulta do ponto 2.6 do Relatório de Gestão do Grupo (Gestão do Risco), assim como as Notas às Demonstrações Financeiras, seguidamente enunciadas: Nota 2 – Bases de apresentação e resumo das principais políticas contabilísticas; Nota 5 – Activos financeiros detidos para negociação; Nota 7 – Activos financeiros disponíveis para venda; Nota 52 – Justo valor dos instrumentos financeiros. VI. Outros aspectos relevantes na divulgação 26. Descrição das políticas e dos princípios de divulgação Sugere-se a leitura da Nota 2 às Demonstrações Financeiras (Bases de apresentação e resumo das principais políticas contabilísticas) assim como o Relatório do Governo da Sociedade. A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 95 FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. ANEXO II INVENTARIO DE TITULOS E DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 CONSOLIDADO Valor Natureza e espécie dos títulos Valor médio de aquisição (euro) Quantidade nominal Valor de cotação Valor do balanço ( em moeda ) Valor de Balanço em Euros Bruto Liquído CREDITOS TITULADOS Emitidos por residentes Títulos de dívida De outros residentes Dívida não subordinada INCOMPOL-Industria de Componentes, Lda. VIC SGPS 2006 1ºEm. VIC SGPS 2005 25 473.200 344.386 EUR EUR EUR 50.000,00 5,00 5,00 50.000,00 5,000000 5,000000 - - EUR EUR EUR 1.250.000,00 2.366.000,00 1.721.930,00 1.250.000,00 2.366.000,00 1.721.930,00 1.250.000,00 2.366.000,00 1.721.930,00 5.337.930,00 5.337.930,00 ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Títulos Emitidos por residentes - Instrumentos de capital MARTIFER SGPS NOM. COFINA SGPS. SONAE CAPITAL REN - Redes Electricas Nacionais - Outros FINIRENDIMENTO 8.910 103.631 634.700 160 EUR EUR EUR EUR 0,50 0,25 1,00 1,00 206 EUR 5,00 21.220 23.473 200 EUR EUR USD 4,0000 0,0100 7.214,14 EUR 9,34 0,77 0,66 2,731 EUR EUR EUR EUR 3,340 1,060 0,830 3,000 EUR EUR EUR EUR 29.759,40 109.848,86 526.801,00 480,00 29.759,40 109.848,86 526.801,00 480,00 29.759,40 109.848,86 526.801,00 480,00 5,14 EUR 5,3449 EUR 1.101,04 1.101,04 1.101,04 8,11 EUR 87,58 EUR 27,15 USD 2,750 EUR 127,050 EUR 34,850 USD 58.355,00 2.982.244,65 6.970,00 58.355,00 2.982.244,65 4.838,26 58.355,00 2.982.244,65 4.838,26 91,66 EUR 64,140 EUR 462.714,94 Emitidos por não residentes - Instrumentos de capital QUEENS - S WALK INVESTMENT VALLOUREC ABERCROMBIE & FITCH - Outros GLG EMERGING MARKETS SPECIAL ASSETS FUND E 462.714,94 462.714,94 4.176.143,15 4.176.143,15 10.354.051,00 41.234.728,25 10.354.051,00 41.234.728,25 51.588.779,25 51.588.779,25 OUTROS ACTIVOS FINANC. AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS (FAIR VALUE OPTIONS) Títulos Emitidos por residentes - Instrumentos de capital NOMURA CLN 07/12/14 OBOL INVEST KFT 100,00 - EUR EUR 100.000,00 - 100.000,00 EUR EUR 103.540,50 EUR EUR 10.354.051,00 41.234.728,25 ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de dívida pública O.T. - SET 2013 5,45% O.T. - JUN 2011 5,15% O.T. - JUN 2014 4,375% O.T. - JUN 2018 4,45% O.T. - ABR 2011 3,20% O.T. - OUT 2015 3,35% De outros residentes - Instrumentos de capital MARTIFER - SGPS, SA PROCAPITAL - Investimentos imobiliários, SA. MATUR UNICRE - Cartão Internacional de Crédito, SA. SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, SA. AVENIDA DOS ALIADOS SA PME INVESTS PME INOV CAPITAL IBERPARTNERS CAFES SGPS IBERPARTNERS CAFES SGPS Prestações Suplementares PRIO - SGPS, SA PRIO - SGPS, SA Prestações Suplementares Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida Emissores Publicos Estrangeiros BUNDESOBLIGATION 2,5% 08/10/2010 OT AOTNOL122AO9 TBC AOBCTB509S09 TBC AOBCTB516S09 TBC AOBCTB501O09 TBC AOBCTB530D09 TBC AOBCTB530D09 TBC AOBCTB530D09 OT AOTNIC215L09 Outros não residentes -Outros Dívida não subordinada CHEYNE CAPITAL GUARANTEED CREDIT NOTES 255.000.000 120.000.000 50.000.000 50.000.000 533.000.000 3.000.000 EUR EUR EUR EUR EUR EUR 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,011213 0,009854 0,010037 0,009999 0,009606 0,009399 EUR EUR EUR EUR EUR EUR 0,0110 0,0105 0,0106 0,0104 0,0102 0,0099 EUR EUR EUR EUR EUR EUR 2.794.851,00 1.262.208,00 529.690,00 519.405,00 5.454.098,00 29.550,00 2.794.851,00 1.262.208,00 529.690,00 519.405,00 5.454.098,00 29.550,00 2.794.851,00 1.262.208,00 529.690,00 519.405,00 5.454.098,00 29.550,00 371.737 76.940 50 5.882 20.000 4.000 1.000 1.000 35.000 125.000 - EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR 0,50 4,99 4,99 4,99 4,99 5,00 5,00 4,99 1,00 8,31 EUR 8,979822 0,498798 63,60 81,92 5,00 4,99 4,99 1,00 0,74 - 3,3400 - EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR 3.371.396,36 690.907,53 24,94 374.098,42 1.638.351,57 20.000,00 4.987,98 4.987,98 35.000,00 965.000,00 84.918,70 2.038.048,89 3.371.396,36 690.907,53 24,94 374.098,42 1.638.351,57 20.000,00 4.987,98 4.987,98 35.000,00 965.000,00 84.918,70 2.038.048,89 1.241.601,58 0,00 24,94 374.098,42 1.638.351,57 20.000,00 4.987,98 4.987,98 35.000,00 965.000,00 84.918,70 2.038.048,89 500.000.000 1.027 50.000 100.000 800.000 200.000 600.000 100.000 490 EUR AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ 0,0101 - EUR AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ 5.068.700,00 99.954.921,43 50.000.000,00 100.000.000,00 800.000.000,00 200.000.000,00 600.000.000,00 100.000.000,00 49.998.482,80 5.068.700,00 781.832,36 391.092,48 782.184,96 6.257.479,64 1.564.369,91 4.693.109,73 782.184,96 391.080,61 5.068.700,00 781.832,36 391.092,48 782.184,96 6.257.479,64 1.564.369,91 4.693.109,73 782.184,96 391.080,61 9.000.000,00 EUR 0,9487 EUR 8.538.300,00 8.538.300,00 8.538.300,00 EUR AKZ 8.180,49 18.591.726,00 8.180,49 145.421,68 8.180,49 145.421,68 92,027 EUR 47,43 USD 2.300.675,00 415.949,91 2.300.675,00 288.733,80 2.300.675,00 288.733,80 51.810.869,99 48.990.167,68 149.639,37 191.563,33 11.440.678,00 0,00 0,00 11.440.678,00 11.781.880,70 11.440.678,00 124.695.603,09 121.533.698,08 Instrumentos de capital S.W.I.F.T. - Society For Worldwide Interbank Financial Telecommunication 9 EUR EMIS 3.560 AKZ Outros CHEYNE TOT RET CRED FD 1 CLASS C GLG EMERGING MARKETS SPEC SITS FUND CLASS B 25.000,00 8.770,39 1,00 - 0,01 97.327,09 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 102.037,72 0,009528 97.327,09 1.000,000000 1.000,000000 1.000,000000 1.000,000000 1.000,000000 1.000,000000 102.037,72 EUR AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ 1,00 EUR 123,95 1.000,00 EUR USD 908,94 5.222,39 AKZ 100,00 EUR 79,15 USD - INVEST.FILIAIS, EXCL. CONSOLD.ASSC. EMPREEND. CONJ. Emitidos por Residentes - Em Associadas NAVISER - Transportes Marítimos Internacionais SA PINTO & BULHOSA FINIBANCO VIDA - Comp. de Seguros de Vida, SA. TOTAL A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, 30.000 64.018 3.750.000 EUR EUR EUR 4,99 2,99 1,00 4,99 EUR 2,99 EUR 1,00 EUR - EUR EUR EUR 149.639,37 191.563,33 11.440.678,00 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. ANEXO III OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS E TANGÍVEIS Movimento do exercício de 2009 Consolidado (Montantes expressos em milhares de Euros) Saldo do exercício anterior CONTAS Valor Bruto Variações Amortizações Cambiais Acumuladas Aquisições Transf. Amortizações do Exercício Abates Regulariz. (líquido) Valor líquido (líquido) 31-12-2009 OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS . Sistemas de tratamento automático de dados . Activos intangíveis em curso . Outros activos intangíveis 16.161 966 93 17.220 13.206 0 32 13.238 ( 24) ( 109) 0 ( 133) 1.003 312 0 1.315 859 ( 859) 0 0 1.436 0 0 1.436 0 27 0 27 1 0 0 1 3.356 283 61 3.700 38.387 28.582 0 46.758 0 2.466 1.181 3.656 121.030 8.152 13.854 0 32.482 0 2.466 0 1.031 57.985 0 2 0 ( 132) 0 0 ( 83) ( 8) ( 221) 0 643 0 2.394 305 0 679 58 4.079 0 662 0 59 0 0 ( 721) 0 0 943 2.027 0 4.879 7 0 0 214 8.070 0 1 0 48 0 0 0 0 49 0 0 0 99 0 0 0 0 99 29.292 14.007 0 11.571 298 0 1.056 2.461 58.685 138.250 71.223 ( 354) 5.394 9.506 76 100 62.385 OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS Imóveis . Imóveis de serviço próprio . Obras em imóveis arrendados . Outros imóveis Equipamento Activos em locação operacional Activos em locação financeira Activos tangíveis em curso Outros activos tangíveis TOTAIS A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, 0 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO IV Segmentação por linhas de negócio 31 de Dezembro de 2009 CONSOLIDADO (Montantes expressos em milhares de Euros) Corporate Trading & Finance Sales Corretagem Actividade (Retalho) Retalho Banca Comercial Pagamentos e Liquidações Custódia Gestão de Activos Outros Operações intra-segmentos Total Juros e rendimentos similares Clientes Externos Inter-segmentos 0 0 0 23.234 7.642 15.592 0 0 0 219.652 133.425 86.227 70.455 44.983 25.472 0 0 0 0 0 0 86 86 0 1.116 1.116 0 (127.291) 0 (127.291) 187.252 187.252 0 Juros e encargos similares Clientes Externos Inter-segmentos 0 0 0 26.119 10.256 15.863 0 0 0 140.983 67.484 73.499 52.673 15.186 37.487 0 0 0 0 0 0 239 239 0 6.173 5.935 239 (127.087) 0 (127.088) 99.100 99.100 0 Rendimentos de instrumentos de capital 0 2.006 0 0 0 0 0 0 0 0 2.006 0 (879) 0 78.669 17.782 0 0 (153) (5.057) (204) 90.158 857 (273) 689 4.783 3.362 4.504 425 5.452 (605) 302 19.496 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 0 10.213 0 0 0 0 0 0 0 0 10.213 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 0 8.803 0 0 0 0 0 0 0 0 8.803 Resultados de reavaliação cambial 0 7.632 0 0 0 0 0 0 0 0 7.632 Resultados de alienação de outros activos 0 0 0 0 0 0 0 12.151 0 0 12.151 Outros resultados de exploração (líquidas) 0 0 0 17.583 1.784 582 0 (325) 6.460 (7.458) 18.626 857 25.496 689 101.035 22.928 5.086 425 17.125 798 (7.360) 167.079 483 260 191 32 4.713 2.387 2.041 285 1.261 606 576 79 89.943 51.201 31.118 7.624 12.699 6.803 4.834 1.062 2.251 650 1.578 23 378 138 211 29 2.938 1.299 1.529 110 869 228 379 262 (2.092) 0 (2.092) 0 113.443 63.572 40.365 9.506 Imparidades / provisões para crédito vencido e outros riscos (líquidas) 0 1.263 0 22.744 24.142 0 0 (144) 0 1.579 49.584 Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial) 0 0 0 1.521 0 0 0 0 0 0 1.521 374 19.520 (572) (10.131) (13.913) 2.835 47 14.331 (71) (6.847) 5.573 Margem Financeira Rendimentos de serviços e comissões (líquidas) Produto Bancário Custos de estrutura Pessoal Gastos Amortizações Resultados antes de impostos Imposto diferidos Imposto sobre lucros (5.091) 3.987 Interesses minoritários (2.785) Resultado consolidado do exercício 9.462 Crédito s/ clientes (Liq.) Crédito Bruto Provisões 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.928.271 2.022.141 93.870 1.111.697 1.141.925 30.228 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (605.492) (609.326) (3.834) 2.434.476 2.554.740 120.264 Débitos para com clientes 0 65.771 0 1.871.931 241.363 0 0 0 0 (16.132) 2.162.933 62 0 544.357 754.268 363 0 1.493.942 2.103.016 1.125.975 250.602 55 0 45 0 62.429 8.021 428.843 159.367 (500.834) (356.195) 3.155.237 2.919.079 4 3 49 60 141 44 3.530 1.101 335 90 3 2 4 3 13 12 0 0 0 0 4.079 1.315 Activo Passivo Investimento tangivel (no período) Investimento intangível (no período) A TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. ANEXO V Segmentos Geográficos 31 de Dezembro de 2009 CONSOLIDADO (Montantes expressos em milhares de Euros) Actividade Nacional Juros e rendimentos similares Actividade internacional Angola Outros Operações intra-segmentos Total 182.096 4.860 227 69 187.252 97.725 1.306 0 69 99.100 2.006 0 0 0 2.006 86.377 3.554 227 0 90.158 Rendimentos de serviços e comissões (líquidas) 17.240 2.254 2 0 19.496 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 10.211 0 2 0 10.213 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 8.803 0 0 0 8.803 Resultados de reavaliação cambial 1.420 6.254 -42 0 7.632 Resultados de alienação de outros activos 12.151 0 0 0 12.151 Outros resultados de exploração (líquidas) 17.560 1.029 37 0 18.626 153.762 13.091 226 0 167.079 109.031 62.236 37.615 9.180 4.220 1.326 2.601 293 192 10 149 33 0 0 0 0 113.443 63.572 40.365 9.506 48.664 805 115 0 49.584 1.521 0 0 0 1.521 -2.412 8.066 -81 0 5.573 Imposto diferidos Imposto sobre lucros (5.091) 1.242 0 2.746 0 -1 (5.091) 3.987 Interesses minoritários (4.845) 2.060 0 (2.785) 6.282 3.260 -80 0 9.462 Crédito s/ clientes (Liq.) Crédito Bruto Provisões 2.399.824 2.519.167 119.343 32.993 33.794 801 1.659 1.779 120 0 0 0 2.434.476 2.554.740 120.264 Débitos para com clientes 2.120.172 42.761 0 0 2.162.933 Activo Passivo 3.086.152 2.864.611 68.702 53.372 2.316 3.029 (1.933) (1.933) 3.155.237 2.919.079 3.202 1.192 877 123 0 0 0 0 4.079 1.315 Juros e encargos similares Rendimentos de instrumentos de capital Margem Financeira Produto Bancário Custos de estrutura Pessoal Gastos Amortizações Imparidades / provisões para crédito vencido e outros riscos (líquidas) Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial) Resultados antes de impostos Resultado líquido do exercício Investimento tangivel (no período) Investimento intangível (no período) A TECNICA OFICIAL DE CONTAS, O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE Na elaboração do presente Relatório sobre o Governo da Sociedade, seguiu-se o modelo aprovado pelo Regulamento da CMVM n.º 1/2007 e os assuntos nele tratados têm por base o Código do Governo das Sociedades, de 2008. CAPÍTULO ZERO DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO 0.1 Indicação do local onde se encontram disponíveis ao público os textos dos códigos de governo das sociedades aos quais o emitente se encontra sujeito e, se for o caso, aqueles a que tenham voluntariamente escolhido sujeitar-se Não dispondo de Código próprio, por tal não justificar a amplitude da sua dimensão, o FinibancoHolding declara-se sujeito às regras definidas no texto do Código do Governo das Sociedades, emitido pela CMVM e disponível no seu sítio, www.cmvm.pt. 0.2 Indicação discriminada das recomendações contidas no Código de Governo das Sociedades da CMVM adoptadas e não adoptadas 0.2.1 ASSEMBLEIA GERAL 0.2.1.1 Mesa da Assembleia Geral 0.2.1.1.1 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral deve dispor de recursos humanos e logísticos de apoio que sejam adequados às suas necessidades, considerada a situação económica da sociedade. Adoptada. (Ponto 1.1) 0.2.1.1.2 A remuneração do Presidente da Mesa da Assembleia Geral deve ser divulgada no Relatório anual sobre o Governo da Sociedade. Adoptada. (Ponto 1.3) 0.2.1.2 Participação na Assembleia 0.2.1.2.1 A antecedência do depósito ou bloqueio das acções para a participação em Assembleia Geral imposta pelos estatutos não deve ser superior a 5 dias úteis. Adoptada. (Ponto 1.4) 0.2.1.2.2 Em caso de suspensão da reunião da Assembleia Geral, a sociedade não deve obrigar ao bloqueio durante todo o período até que a sessão seja retomada, devendo bastar-se com a antecedência ordinária exigida na primeira sessão. Adoptada. (Ponto 1.5) 0.2.1.3 Voto e Exercício do Direito de Voto 0.2.1.3.1 As sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária do voto por correspondência. 1 Adoptada. (Ponto 1.9) 0.2.1.3.2 O prazo estatutário de antecedência para a recepção da declaração de voto emitida por correspondência não deve ser superior a 3 dias úteis. Adoptada. (Pontos 1.10 e 1.11) 0.2.1.3.3 As sociedades devem prever, nos seus estatutos, que corresponda um voto a cada acção. Não adoptada. (Ponto 1.6 infra). O Contrato de Sociedade, no seu artigo 12.º atribui o direito a voto ao accionista que seja titular de pelo menos cem acções, quantidade que se admite razoável, tendo em conta o valor nominal das acções e o montante necessário para participar na Assembleia Geral. 0.2.1.4 Quórum e Deliberações 0.2.1.4.1 As sociedades não devem fixar um quórum constitutivo ou deliberativo superior ao previsto por lei. Adoptada. (Ponto 1.1) 0.2.1.5 Actas e Informação sobre Deliberações Adoptadas 0.2.1.5.1 As actas das reuniões da Assembleia Geral devem ser disponibilizadas aos accionistas no sítio Internet da sociedade no prazo de 5 dias, ainda que não constituam informação privilegiada, nos termos legais, e deve ser mantido neste sítio um acervo histórico das listas de presença, das ordens de trabalhos e das deliberações tomadas relativas às reuniões realizadas, pelo menos, nos 3 anos antecedentes. Adoptada. (Ponto 1.1) 0.2.1.6 Medidas Relativas ao Controlo das Sociedades 0.2.1.6.1 As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição devem respeitar os interesses da sociedade e dos seus accionistas. Adoptada. (Ponto 1.13) 0.2.1.6.2 Os estatutos das sociedades que, respeitando o princípio da alínea anterior, prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único accionista, de forma individual ou em concertação com outros accionistas, devem prever igualmente que seja consignado que, pelo menos de cinco em cinco anos será sujeita a deliberação pela Assembleia Geral a manutenção ou não dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal – e que nessa deliberação se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione. Não aplicável. 2 0.2.1.6.3 Não devem ser adoptadas medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão grave no património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração, prejudicando dessa forma a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação pelos accionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração. Adoptada. (Ponto 1.13) 0.2.2 ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 0.2.2.1 Temas Gerais 0.2.2.1.1 Estrutura e Competência 0.2.2.1.1.1 O órgão de administração deve avaliar no seu Relatório de governo o modelo adoptado, identificando eventuais constrangimentos ao seu funcionamento e propondo medidas de actuação que, no seu juízo, sejam idóneas para os superar. Adoptada. Na sequência das alterações introduzidas no Código das Sociedades Comerciais pelo Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março, em matéria de estrutura da administração e fiscalização das sociedades, o Finibanco-Holding, SGPS, S.A. adoptou o modelo constante da alínea a) do n.º 1 e do n.º 3 do artigo 278.º do mesmo Código, passando a sua estrutura de topo a ser constituída por um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas. No âmbito do Conselho de Administração criou uma Comissão para tratar os problemas de compliance, de riscos e de auditoria interna, com acção transversal a todo o Grupo e com vigilância permanente sobre ele. A opção pelo modelo referido teve a ver com a dimensão da Instituição, entendendo-se que, por esse facto, não se justificaria ir mais longe nesta fase de desenvolvimento, elegendo o modelo organizativo denominado monista latino e muito menos o anglosaxónico. Até ao momento não foram detectados quaisquer constrangimentos relativamente ao funcionamento do modelo escolhido, pelo que se presume haver sido efectuada a escolha adequada. No Relatório de Gestão (ponto 8) os membros executivos do Conselho de Administração, à falta de melhor meio, fazem a avaliação dos não executivos e estes também se pronunciam (ponto 7) sobre o trabalho desenvolvido por aqueles. 0.2.2.1.1.2 As sociedades devem criar sistemas internos de controlo, para a detecção eficaz de riscos ligados à actividade da empresa, em salvaguarda do seu património e em benefício da transparência do seu governo societário. Adoptada. (Ponto 2.4) 0.2.2.1.1.3 Os órgãos de administração e fiscalização devem ter regulamentos de funcionamento os quais devem ser divulgados no sítio na Internet da sociedade. Adoptada. (Ponto 2.6) 3 0.2.2.1.2 Incompatibilidades e Independência 0.2.2.1.2.1 O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efectiva capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da actividade dos membros executivos. Considera-se adoptada. (Ponto 2.9). O Conselho de Administração é neste momento composto por dez membros, cinco dos quais não são executivos e apresentam no Relatório de Gestão relato da avaliação da actividade dos membros executivos. 0.2.2.1.2.2 De entre os Administradores não executivos deve contar-se um número adequado de Administradores independentes, tendo em conta a dimensão da sociedade e a sua estrutura accionista, que não pode em caso algum ser inferior a um quarto do número total de Administradores. Não adoptada. (Pontos 0.4 e 2.9). Dos elementos não executivos do Conselho de Administração apenas dois possuem a qualidade de independentes, o que corresponde a 18% do total. 0.2.2.1.3 Elegibilidade e Nomeação 0.2.2.1.3.1 Consoante o modelo aplicável, o Presidente do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria ou da Comissão para as matérias financeiras deve ser independente e possuir as competências adequadas ao exercício das respectivas funções. Adoptada. (Ponto 2.13) 0.2.2.1.4 Política de Comunicação de Irregularidades 0.2.2.1.4.1 A sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidades alegadamente ocorridas no seu seio, com os seguintes elementos: i) indicação dos meios através dos quais as comunicações de práticas irregulares podem ser feitas internamente, incluindo as pessoas com legitimidade para receber comunicações; ii) indicação do tratamento a ser dado às comunicações, incluindo tratamento confidencial, caso assim seja pretendido pelo declarante. Adoptada. (Ponto 2.22) 0.2.2.1.4.2 As linhas gerais desta política devem ser divulgadas no Relatório sobre o governo das sociedades. Adoptada. (Ponto 2.22) 0.2.2.1.5 Remuneração 0.2.2.1.5.1 A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses da sociedade. 4 Neste contexto: i) a remuneração dos Administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente baseada no desempenho, devendo tomar por isso em consideração a avaliação de desempenho realizada periodicamente pelo órgão ou Comissão competentes; ii) a componente variável deve ser consistente com a maximização do desempenho de longo prazo da empresa e dependente da sustentabilidade das variáveis de desempenho adoptadas; iii) quando tal não resulte directamente de imposição legal, a remuneração dos membros não executivos do órgão de administração deve ser exclusivamente constituída por uma quantia fixa. Não adoptada. (Pontos 1.12 e 2.20). Falta especificar a parte correspondente à maximização do desempenho de longo prazo, dentro da componente variável das recomendações. 0.2.2.1.5.2 A Comissão de Remunerações e o órgão de administração devem submeter à apreciação pela Assembleia Geral anual de accionistas de uma declaração sobre a política de remunerações, respectivamente, dos órgãos de administração e fiscalização e dos demais dirigentes na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. Neste contexto, devem, nomeadamente, ser explicitados aos accionistas os critérios e os principais parâmetros propostos para a avaliação do desempenho para determinação da componente variável, quer se trate de prémios em acções, opções de aquisição de acções, bónus anuais ou de outras componentes. Adoptada. (Ponto 1.12) 0.2.2.1.5.3 Pelo menos um representante da Comissão de Remunerações deve estar presente nas Assembleias Gerais anuais de accionistas. Adoptada. (Ponto 1.12) 0.2.2.1.5.4 Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de acções, e/ou de opções de aquisição de acções ou com base nas variações do preço das acções, a membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correcta do plano. A proposta deve ser acompanhada do regulamento do plano ou, caso o mesmo ainda não tenha sido elaborado, das condições gerais a que o mesmo deverá obedecer. Da mesma forma devem ser aprovadas em Assembleia Geral as principais características do sistema de benefícios de reforma de que beneficiem os membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. Não aplicável. 0.2.2.1.5.5 A remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização deve ser objecto de divulgação anual em termos individuais, distinguindo-se, sempre que for caso disso, as diferentes componentes recebidas em termos de remuneração fixa e de remuneração variável, bem como a remuneração recebida em outras empresas do grupo ou em empresas controladas por accionistas titulares de participações qualificadas. 5 Adoptada. (Ponto 2.20). O Presidente da Comissão Executiva divulga o seu vencimento de forma autónoma no Relatório do Governo da Sociedade. 0.2.2.2 Conselho de Administração 0.2.2.2.1 Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estrutura de administração e fiscalização, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no Relatório anual sobre o Governo da Sociedade. Adoptada. (Pontos 2.2 e 2.3) 0.2.2.2.2 O Conselho de Administração deve assegurar que a sociedade actua de forma consentânea com os seus objectivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. Adoptada. (Ponto 2.3) 0.2.2.2.3 Caso o Presidente do Conselho de Administração exerça funções executivas, o Conselho de Administração deve encontrar mecanismos eficientes de coordenação dos trabalhos dos membros não executivos, que designadamente assegurem que estes possam decidir de forma independente e informada, e deve proceder-se à devida explicitação desses mecanismos aos accionistas no âmbito do Relatório sobre o Governo da Sociedade. Não aplicável. 0.2.2.2.4 O Relatório anual de gestão deve incluir uma descrição sobre a actividade desenvolvida pelos Administradores não executivos referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados. Adoptada. (Ponto 7 do Relatório de Gestão) 0.2.2.2.5 O órgão de administração deve promover uma rotação do membro com o pelouro financeiro, pelo menos no fim de cada dois mandatos. Não adoptada. (Ponto 2.3). O Conselho de Administração foi eleito na Assembleia Geral de 28 de Março de 2008 e o pelouro financeiro foi atribuído ao mesmo Administrador que o detinha no mandato anterior, acontecendo que é esse o Administrador melhor preparado para o tratar. 0.2.2.3 Administrador Delegado, Comissão Executiva e Conselho de Administração Executivo 0.2.2.3.1 Os Administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas. Adoptada. (Ponto 2.3) 6 0.2.2.3.2 O Presidente da Comissão Executiva deve remeter, respectivamente, ao Presidente do Conselho de Administração e, conforme aplicável, ao Presidente da Conselho Fiscal ou da Comissão de Auditoria, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões. Adoptada. (Ponto 2.3) 0.2.2.3.3 O Presidente do Conselho de Administração executivo deve remeter ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão para as matérias financeiras, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões. Não aplicável. 0.2.2.4 Conselho Geral e de Supervisão, Comissão para as Matérias Financeiras, Comissão de Auditoria e Conselho Fiscal 0.2.2.4.1 O Conselho Geral e de Supervisão, além do cumprimento das competências de fiscalização que lhes estão cometidas, deve desempenhar um papel de aconselhamento, acompanhamento e avaliação contínua da gestão da sociedade por parte do Conselho de Administração executivo. Entre as matérias sobre as quais o Conselho Geral e de Supervisão deve pronunciar-se incluem-se: i) o definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; ii) a estrutura empresarial do grupo; e iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. Não aplicável. 0.2.2.4.2 Os Relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo Conselho Geral e de Supervisão, a Comissão para as matérias financeiras, a Comissão de Auditoria e o Conselho Fiscal devem ser objecto de divulgação no sítio da Internet da sociedade, em conjunto com os documentos de prestação de contas. Adoptada. O Relatório do Conselho Fiscal faz parte do Relatório e Contas relativo ao exercício de 2009 e, tal como este, vai ser divulgado no sítio da Internet do Finibanco. 0.2.2.4.3 Os Relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo Conselho Geral e de Supervisão, a Comissão para as matérias financeiras, a Comissão de Auditoria e o Conselho Fiscal devem incluir a descrição sobre a actividade de fiscalização desenvolvida referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados. Adoptada. Ver Relatório do Conselho Fiscal. 0.2.2.4.4 A Comissão para as matérias financeiras, a Comissão de Auditoria e o Conselho Fiscal, consoante o modelo aplicável, devem representar a sociedade, para todos os efeitos, junto do auditor externo, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços, a respectiva remuneração, zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços, bem assim como ser o interlocutor da empresa e o primeiro destinatário dos respectivos Relatórios. Considera-se adoptada. O Conselho Fiscal foi eleito pela primeira vez na Assembleia Geral de 29 de Junho de 2007, na sequência das alterações introduzidas no Código das Sociedades Comerciais pelo Decreto-Lei n.º 76A/2006, de 29 de Março, e com ele também o Revisor Oficial de Contas, na medida em que o Finibanco-Holding até aí possuía apenas um Fiscal Único. 7 Por esse facto, a eleição destes dois órgãos foi proposta pelo Conselho de Administração. No entanto, na mesma Assembleia Geral, o único elemento do Conselho Fiscal eleito que se encontrava presente naquela Assembleia a solicitação do Presidente da Mesa, declarou, para os devidos efeitos, subscrever também a proposta do Conselho de Administração para a eleição do Revisor Oficial de Contas efectivo e suplente, comprometendo-se a dela dar conhecimento, na primeira reunião que efectuassem, aos restantes membros do Conselho Fiscal. Na Assembleia Geral efectuada em 28 de Março de 2008 foram eleitos os mesmos Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. O contrato de prestação de serviços com o Revisor Oficial de Contas reporta-se a 10 de Setembro de 2007, com revisão em 17 de Julho de 2008, sendo portanto anterior à publicação do Código do Governo das Sociedades. O Conselho Fiscal, porque se encontra em contacto frequente com o Revisor Oficial de Contas, toma atempado conhecimento das acções por este desenvolvidas junto da Instituição. 0.2.2.4.5 A Comissão para as matérias financeiras, Comissão de Auditoria e o Conselho Fiscal, consoante o modelo aplicável, devem anualmente avaliar o auditor externo e propor à Assembleia Geral a sua destituição sempre que se verifique justa causa para o efeito. Adoptada. O Conselho Fiscal tomou em consideração este ponto no seu Relatório sobre as Contas do exercício de 2009. 0.2.2.5 Comissões Especializadas 0.2.2.5.1 Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração e o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo adoptado, devem criar as Comissões que se mostrem necessárias para: i) assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos Administradores executivos e para a avaliação do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas Comissões existentes; ii) reflectir sobre o sistema de governo adoptado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria. Não adoptada. (Pontos 2.2 e 2.3 do Governo da Sociedade e ponto 7 do Relatório de Gestão). No seio do Conselho de Administração está criada uma Comissão de Compliance e Auditoria Interna cuja função visa, entre outras, a implementação, com eficácia, dos sistemas de controlo interno, o cumprimento das regras de compliance, o acompanhamento e a fiscalização às administrações do Grupo Finibanco, etc. Não obstante os Administradores não executivos apresentam no Relatório de Gestão uma descrição da actividade dos Administradores executivos. 0.2.2.5.2 Os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros do órgão de administração. Adoptada. (Ponto 2.19) 0.2.2.5.3 Todas as Comissões devem elaborar actas das reuniões que realizem. Adoptada. (Ponto 2.2) 8 0.2.3 INFORMAÇÃO E AUDITORIA 0.2.3.1 Deveres Gerais de Informação 0.2.3.1.1 As sociedades devem assegurar a existência de um permanente contacto com o mercado, respeitando o princípio da igualdade dos accionistas e prevenindo as assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores. Para tal deve a sociedade manter um gabinete de apoio ao investidor. Adoptada. (Ponto 3.12) 0.2.3.1.2 A seguinte informação disponível no sítio da Internet da sociedade deve ser divulgada em inglês: a) A firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e os demais elementos mencionados no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais; b) Estatutos; c) Identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante para as relações com o mercado; d) Gabinete de Apoio ao Investidor, respectivas funções e meios de acesso; e) Documentos de prestação de contas; f) Calendário semestral de eventos societários; g) Propostas apresentadas para discussão e votação em Assembleia Geral; h) Convocatórias para a realização de Assembleia Geral. Adoptada. (Sítio do Finibanco – Finibanco Online – Versão English) 0.3 Quando a estrutura ou as práticas de governo da sociedade divirjam das recomendações da CMVM ou dos outros códigos a que a sociedade se sujeite ou tenha voluntariamente aderido, devem ser especificadas as partes de cada código que não são cumpridas e as razões dessa divergência Como resulta do ponto anterior, não foram ainda adoptadas pelo Finibanco-Holding ou foram-no apenas parcialmente, as recomendações expressas no Código do Governo das Sociedades nos seguintes pontos: I.3.3 Que a cada acção corresponda um voto Até Junho de 2007 o artigo 12.º do Contrato de Sociedade do Finibanco-Holding atribuía um voto a cada mil acções. Na Assembleia Geral de 29 de Junho daquele ano passou a ser atribuído um voto a cada cem acções. Admite-se como razoável esta quantidade mínima de acções para participar na Assembleia Geral, tendo em conta o seu valor nominal e o montante necessário para as adquirir. II.1.2.2 Número adequado de Administradores independentes, tendo em conta a dimensão da sociedade e a sua estrutura accionista O Conselho de Administração é composto por dez elementos, cinco dos quais não são executivos. O estatuto de independente é apenas comum a dois dos elementos não executivos. Referimo-nos aos Administradores Carlos Manuel Marques Martins e Fernando da Rocha e Costa. No ponto seguinte explicitam-se as razões que estão na base do não cumprimento desta recomendação. 9 II.1.5.1 Remuneração dos membros do órgão de administração A componente variável da remuneração dos membros não executivos não especifica a maximização do desempenho de longo prazo da empresa. II.2.5 Rotação dos membros com o pelouro financeiro Como se referiu, o pelouro financeiro foi atribuído ao Administrador que o detinha no mandato anterior, tendo em conta a sua experiência na matéria e o grau de preparação para o abarcar. Do passado do Administrador em causa nada consta nem nada foi notado que possa pôr em causa a sua competência e honorabilidade para justificar a sua eventual substituição no cargo. II.4.4 O Conselho Fiscal deve propor o prestador de serviços do auditor externo e a respectiva remuneração No que respeita à proposta de eleição do auditor externo, refira-se que o Conselho Fiscal foi eleito pela primeira vez na Assembleia Geral de 29 de Junho de 2007, na sequência das alterações introduzidas no Código das Sociedades Comerciais pelo Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março, e com ele também o Revisor Oficial de Contas, na medida em que o Finibanco-Holding até aí possuía apenas um Fiscal Único. Por esse facto, a eleição destes dois órgãos foi proposta pelo Conselho de Administração. No entanto, na mesma Assembleia Geral, o único elemento do Conselho Fiscal eleito que se encontrava presente naquela Assembleia a solicitação do Presidente da Mesa, declarou, para os devidos efeitos, subscrever também a proposta do Conselho de Administração para a eleição do Revisor Oficial de Contas efectivo e suplente, comprometendo-se a dela dar conhecimento, na primeira reunião que efectuassem, aos restantes membros do Conselho Fiscal. Na Assembleia Geral efectuada em 28 de Março de 2008 foram eleitos os mesmos Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. O contrato de prestação de serviços com o Revisor Oficial de Contas reportase a 10 de Setembro de 2007, revisto em 17 de Julho de 2008, sendo portanto anterior à publicação do Código do Governo das Sociedades. O Conselho Fiscal, porque se encontra em contacto frequente com o Revisor Oficial de Contas, toma atempado conhecimento das acções por este desenvolvidas junto da Instituição. No futuro, o Conselho Fiscal emitirá opinião sobre a remuneração a atribuir ao Auditor externo e sobre a sua eleição. II.5.1 Comissões criadas no âmbito do Conselho de Administração No Conselho de Administração está criada apenas uma Comissão, denominada Comissão de Compliance e Auditoria Interna para implementar, supervisionar e avaliar a eficácia do Sistema de Controlo Interno implementado, para supervisionar o cumprimento das regras estabelecidas em matéria de compliance e para garantir o acompanhamento da actividade das administrações das empresas participadas do Grupo Finibanco. Não obstante não haver formalmente designada uma Comissão para designadamente promover a avaliação do desempenho dos Administradores executivos, a apreciação do trabalho destes foi efectuada, como se referiu, mesmo que informalmente. 0.4 O órgão social ou a comissão em causa deve ajuizar em cada momento da independência de cada um dos seus membros e fundamentar aos accionistas através de declaração incluída no Relatório sobre o Governo da Sociedade, a sua apreciação, seja no momento da designação, seja quando se verifique a circunstância superveniente que determine a perda de independência Com vista à avaliação da situação de independência dos membros do Conselho de Administração do Finibanco-Holding, à luz do disposto no artigo 414.º do Código das Sociedades Comerciais, atente-se no quadro abaixo, que pretende sintetizar as situações em presença para cada um dos Administradores: 10 Titular de participação qualificada superior a 2% do capital social Reeleito por mais de dois mandatos seguidos ou interpolados Actua em nome ou por conta de titular de participação qualificada superior a 2% do capital social? Está associado a qualquer grupo de interesses na Sociedade? APCL HCL AE DB TA AO ACL AM CM FC JC Não Não Não Não Não Sim Não Não Não Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não Não Sim Não Não Não Não Não Sim Não Não Não Não Não Sim Sim Não Não Não Não Sim Não Não Não Não APCL-Álvaro Pinho da Costa Leite – Presidente do Conselho de Administração, até 4 de Novembro de 2009 HCL-Humberto da Costa Leite – Presidente da Comissão Executiva AE-Armando Esteves – Vice-Presidente da Comissão Executiva DB-Daniel Bessa Fernandes Coelho – Vogal da Comissão Executiva TA-Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida – Vogal da Comissão Executiva AO-António Luís Alves Ribeiro de Oliveira – Vogal não executivo do Conselho de Administração ACL-Arlindo da Costa Leite – Vogal não executivo do Conselho de Administração AM-Artur de Jesus Marques – Vice-Presidente da Comissão Executiva CM-Carlos Manuel Marques Martins – Vogal não executivo do Conselho de Administração FC-Fernando da Rocha e Costa – Vogal não executivo do Conselho de Administração JC-Joaquim Mendes Cardoso – Vogal não executivo do Conselho de Administração Do quadro acima conclui-se que apenas os Administradores não executivos, Carlos Manuel Marques Martins e Fernando da Rocha e Costa, preenchem todos os requisitos inerentes à atribuição da qualidade de independentes. A situação descrita no mesmo quadro era a existente à data da eleição dos membros do Conselho de Administração (28 de Março de 2008) e mantém-se actualizada, excepção feita para o caso do Presidente do Conselho de Administração, entretanto falecido. CAPÍTULO UM ASSEMBLEIA GERAL 1.1 Indicação dos membros da Mesa da Assembleia Geral A Assembleia Geral do Finibanco-Holding, SGPS S.A. é um órgão social constituído por todos os accionistas com direito a voto. Nos termos dos Estatutos, revistos e aprovados na Assembleia Geral de 29 de Junho de 2007, para cumprimento do disposto no Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março, e das recomendações da CMVM, a Mesa da Assembleia Geral é composta por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário, accionistas ou não, eleitos pela Assembleia Geral, e ainda pelo Secretário da Sociedade, sendo o Presidente substituído pelo Vice-Presidente, nas suas faltas ou impedimentos. A Mesa da Assembleia Geral e designadamente o seu Presidente, dispõe do apoio logístico do Secretariado do Conselho de Administração e do permanente acompanhamento do Secretário da Sociedade, em todas as suas actividades e na elaboração das actas das reuniões da Assembleia Geral. Na Assembleia Geral de 29 de Março de 2008 foram eleitos para a Mesa da Assembleia Geral os seguintes membros: Joaquim de Matos Pinto Monteiro – Presidente José Manuel de Oliveira Maia – Vice-Presidente Mário Paulo Ramos Caetano Pereira – Secretário 11 O Vice-Presidente, José Manuel de Oliveira Maia renunciou ao cargo, através de carta, datada de 12 de Novembro de 2008, que dirigiu ao Presidente da Mesa e para o seu lugar foi eleito Pedro Canastra de Azevedo Maia, na Assembleia Geral de 4 de Maio de 2009. Cabe à Assembleia Geral: Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício; Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados; Proceder à apreciação geral da administração e da fiscalização da Sociedade; Eleger os membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, da Comissão de Remunerações e do Revisor Oficial de Contas; Tratar de quaisquer outros assuntos de interesse para a Sociedade, que sejam expressamente indicados na Convocatória. A exigência de a Acta da Assembleia Geral ser lavrada por notário, quando a lei o permite, deverá ser formulada com a antecedência mínima de cinco dias sobre a data da Assembleia, em carta dirigida ao Conselho de Administração, e com a assinatura reconhecida nos termos legais. O Contrato de Sociedade não contém nenhuma disposição que fixe um “quórum” constitutivo ou deliberativo, aplicando-se nesta matéria apenas o que sobre ela se encontra previsto na lei. No exercício de 2009 a Assembleia Geral reuniu apenas uma vez, em 4 de Maio de 2009, para: Aprovar os Relatórios de Gestão, as Contas do exercício de 2008 e o Relatório do Governo da Sociedade do Finibanco-Holding Individual e Consolidado; Aprovar a proposta de aplicação de resultados; Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade; Deliberar sobre a aquisição e alienação de acções e de obrigações próprias; Deliberar sobre a eleição do Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral e sobre a recomposição da Comissão de Remunerações; Deliberar sobre a política de remunerações dos órgãos sociais; Deliberar sobre a alteração do Contrato de Sociedade, de modo a autorizar o Conselho de Administração a aumentar o capital social, uma ou mais vezes, por entradas em dinheiro, nos termos e condições que entender convenientes, até ao montante de 200 milhões de euros, sendo para o efeito introduzido um novo artigo, o artigo 4.º-A. As actas das sessões estão disponíveis no sítio da Internet, na área do Investidor e no Governo da Sociedade. 1.2 Indicação da data de início e termo dos respectivos mandatos A Assembleia Geral de 28 de Março de 2008 fixou os mandatos dos membros da Mesa para 2008 a 2010. O elemento eleito na Assembleia Geral de 4 de Maio de 2009, Pedro Canastra de Azevedo Maia para substituição do Vice-Presidente que havia renunciado ao lugar, completará o mandato até 2010. 12 1.3 Indicação de remuneração do Presidente da Mesa da Assembleia Geral Ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral foi atribuída, pela Comissão de Remunerações, uma remuneração fixa de mil duzentos e cinquenta euros, na base de doze meses, nos termos do artigo 28.º do Contrato de Sociedade, em reunião que efectuou em 11 de Abril de 2008. Aufere ainda, pelo Finibanco, nove mil euros por idênticas funções exercidas. 1.4 Indicação da antecedência exigida para o depósito ou bloqueio das acções para participação na Assembleia Geral Nos termos estatutários, tem direito a voto o accionista titular de, pelo menos, cem acções registadas em conta aberta em seu nome, ou, tratando-se de acções tituladas, em seu nome averbadas, pelo menos desde o quinto dia útil anterior à data designada para a reunião da Assembleia Geral. Tratando-se de acções escriturais, como é o caso do Finibanco-Holding, o accionista terá de comprovar o seu registo mediante certificado emitido para o efeito pelo respectivo intermediário financeiro, que deverá ser apresentado ao Presidente da Mesa até ao quinto dia útil anterior à data designada para a reunião da Assembleia Geral. Porém, a participação na Assembleia Geral será sempre assegurada, desde que o comprovativo do depósito ou bloqueio das acções seja presente em tempo útil, não sendo este facto impeditivo da participação. 1.5 Indicação das regras aplicáveis ao bloqueio das acções em caso de suspensão da reunião da Assembleia Geral O Contrato de Sociedade é omisso quanto a este ponto. O Código das Sociedades Comerciais também. Estabelecendo a alínea a) do n.º 1 do artigo 72.º do Código dos Valores Mobiliários que estão sujeitos a bloqueio os valores mobiliários em relação aos quais tenham sido passados certificados para o exercício de direitos a eles inerentes, durante o prazo de vigência indicado no certificado, quando o exercício daqueles direitos dependa da manutenção da titularidade até à data desse exercício, é entendimento do Presidente da Mesa que no caso de suspensão da reunião da Assembleia Geral tornar-se-á necessário novo bloqueio para a continuação da sessão. 1.6 Número de acções a que corresponde um voto Nos termos do n.º 3 do artigo 12.º do Contrato de Sociedade, a cada grupo de cem acções corresponde um voto. Os accionistas que não possuam o número de acções necessário a terem direito de voto poderão agrupar-se por forma a perfazê-lo, devendo designar por acordo um só de entre eles para os representar na Assembleia Geral. Os accionistas que sejam pessoas singulares podem fazer-se representar por outros accionistas ou por pessoas a quem tal direito seja atribuído por lei imperativa. 1.7 Existência de regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto, incluindo sobre “quóruns” constitutivos e deliberativos, ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial Tem direito a voto o accionista titular de, pelo menos, cem acções registadas em conta aberta em seu nome e em seu nome averbadas, mediante certificado emitido pelo respectivo intermediário financeiro. 13 Ao Presidente da Mesa cumpre convocar a Assembleia Geral, quando solicitado pelo Conselho de Administração, pelo Conselho Fiscal ou por accionistas que possuam, pelo menos, acções correspondentes a cinco por cento do Capital Social e que o requeiram em carta, com assinatura reconhecida nos termos legais em que indiquem, com precisão, os assuntos a incluir na ordem do dia e se justifique a necessidade de reunir a Assembleia. A Assembleia Geral convocada a requerimento dos accionistas não se realizará se não estiverem presentes requerentes que sejam titulares de acções que totalizem, no mínimo, o valor exigido para a convocação da Assembleia. Os accionistas que queiram requerer a inclusão de determinados assuntos na ordem do dia e a quem, por lei, assista esse direito, têm que identificar clara e precisamente esses assuntos na carta em que requeiram a inclusão, a qual deve ter as assinaturas reconhecidas, nos termos legais. Os assuntos assim incluídos na ordem do dia não serão objecto de apreciação pela Assembleia Geral, se dos accionistas requerentes não se encontrar na reunião o número exigido para o requerimento. Se a Assembleia Geral, por falta de “quórum”, não puder funcionar em primeira convocação e não havendo sido designada uma convocatória numa segunda data de reunião, será convocada, nos termos legais, nova reunião em que poderá funcionar e validamente deliberar, seja qual for o número de accionistas presentes ou representados e o quantitativo do capital a que as respectivas acções correspondam. Não existem regras estatutárias sobre “quórum” deliberativo ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial. 1.8 Existência de regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto por correspondência Nos termos estatutários (artigo 12.º, n.º 4) é admitido o voto por correspondência, tanto em papel como por correio electrónico, contando tais votos para a formação do “quórum” constitutivo da Assembleia Geral. Ao Presidente da Mesa cabe verificar a regularidade destes votos e garantir a sua confidencialidade até ao momento da votação. Os votos por correspondência valem como votos negativos em relação a propostas de deliberação apresentadas depois da sua emissão. 1.9 Disponibilização de um modelo para o exercício do direito de voto por correspondência As diligências a efectuar pelos accionistas para utilização do voto por correspondência encontram-se sempre descritas no texto da Convocatória da Assembleia Geral. Aí se refere que a carta, dirigida à Sociedade, deve conter os votos em sobrescritos fechados, indicando cada um deles o ponto da ordem de trabalhos a que respeita. A referida carta deverá conter ainda certificado que comprove a legitimidade para o exercício de direitos sociais, emitido pela entidade registadora ou pelo depositário dos títulos, nos termos dos artigos 78.º e 104.º do Código de Valores Mobiliários. A declaração de voto deve ser assinada pelo titular das acções, ou pelo seu representante legal, devendo o accionista, se pessoa singular, acompanhar a declaração de cópia autenticada do seu bilhete de identidade e, se pessoa colectiva, exibir as assinaturas com reconhecimento nos termos legais, na qualidade e com poderes para o acto. 14 1.10 Exigência de prazo que medeie entre a recepção da declaração de voto por correspondência e a data de realização da Assembleia Geral Os subscritos contendo as declarações de voto por correspondência só serão abertos no momento da votação de cada ponto da Ordem de Trabalhos a que respeitam e para que são admitidos. As declarações de voto deverão ser recebidas na sede da Sociedade, por meio de carta registada, com aviso de recepção, até às quinze horas do dia anterior à data de realização da Assembleia Geral, sendo dirigidas ao Finibanco-Holding, SGPS S.A. à atenção do Secretário da Sociedade, Rua Júlio Dinis, n.º 157, 4050-323 Porto. 1.11 Exercício do direito de voto por meios electrónicos Também as diligências a observar pelos accionistas para utilização do voto por meios electrónicos se encontram sempre descritas no texto da Convocatória da Assembleia Geral. Nestes termos os accionistas interessados devem solicitar ao Finibanco, através do endereço electrónico [email protected], o necessário código secreto que lhes permitirá exercer o seu direito de voto, até ao 10.º dia anterior à data da realização da Assembleia Geral, sendo-lhes este código fornecido por via postal, nos três dias úteis imediatos. Os votos por via electrónica ficam disponíveis em http://smv.multicert.com e devem ser recebidos até ao 2.º dia útil anterior à data da realização da Assembleia Geral. Nos termos gerais do artigo 12.º do Contrato de Sociedade, os accionistas devem apresentar até ao 5.º dia útil anterior à realização da Assembleia Geral, certificado que comprove a legitimidade para o exercício de direitos sociais, emitido pela entidade registadora ou pelo depositário dos títulos, nos termos dos artigos 78.º e 104.º do Código dos Valores Mobiliários. Os votos recebidos por esta via serão abertos pela Mesa da Assembleia, no momento da votação de cada um dos pontos da Ordem de Trabalhos. A presença, até ao momento do início da Assembleia Geral, de accionista ou de um seu representante, que tenha votado por correspondência postal ou com recurso a meios electrónicos, implica a revogação do voto daquela forma expresso. Serão elaboradas listas de presença distintas para os accionistas que votem por correspondência (por via postal e por via electrónica) e para os que intervenham presencialmente. Os votos por correspondência valem como votos negativos em relação a propostas de deliberação apresentados depois da sua emissão. 1.12 Informação sobre a intervenção da Assembleia Geral no que respeita à política de remuneração da Sociedade e à avaliação do desempenho dos membros do órgão de administração Na Assembleia Geral de 4 de Maio de 2009, onde estiveram presentes todos os membros da Comissão de Remunerações, foi aprovada uma proposta sobre a política de remunerações a desenvolver pela Comissão de Remunerações, estruturada com base nos seguintes grandes princípios: Ter em consideração a situação económica da Sociedade; Ter em conta o alinhamento dos interesses dos elementos a contemplar com os interesses da Sociedade; Respeitar a prática que tem sendo seguida pelo Grupo Finibanco em matéria de atribuição de vencimentos, nos termos da qual os membros dos órgãos sociais do Finibanco-Holding que acumulam funções noutros órgãos do Grupo, apenas auferem remuneração pelo desempenho de um deles; 15 Atribuir aos membros não executivos do Conselho de Administração e aos membros do Conselho Fiscal uma remuneração constituída por uma quantia fixa, na base de doze meses; Integrar na remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração uma componente variável, que tenha em conta a avaliação do seu desempenho e ainda o desempenho de longo prazo das Sociedades; Tendo em consideração que são denominados dirigentes os elementos que têm influência significativa na estratégia e nas decisões tomadas no seio do Grupo, considerar apenas abrangidos pela política de remunerações os membros dos órgãos de administração, por se entender que só estes se enquadram naquele conceito. Como adiante se refere, os membros executivos do Conselho de Administração que exercem funções no órgão de administração de outras sociedades do Grupo, não auferem vencimento por idênticas funções exercidas naquelas, considerando-se remunerados em função dos desempenhos nas respectivas funções. 1.13 Indicação das medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão grave no património da Sociedade, em caso de transição de controlo ou de mudança de composição do órgão de administração No Contrato de Sociedade não existem situações que se enquadram neste âmbito. Os destinos do Finibanco-Holding foram até ao momento orientados por um accionista de referência, detentor, directa ou indirectamente, de cerca de 58,03% do capital social e as mudanças verificadas no seio do Conselho de Administração foram sempre consensuais e sem qualquer reflexo no património da Sociedade. 1.14 Acordos significativos de que a Sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da Sociedade bem como os efeitos respectivos, salvo se, pela sua natureza, a divulgação dos mesmos for seriamente prejudicial para a Sociedade, excepto se a Sociedade for especificamente obrigada a divulgar essas informações por força de outros imperativos legais No Contrato de Sociedade não se encontra nada que possa ser enquadrado neste âmbito. 1.15 Acordos entre a Sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho, na sequência de uma mudança de controlo da Sociedade Não existem quaisquer acordos entre a Instituição e os membros do órgão de administração, nem entre aquela e os dirigentes, sobre o assunto em questão. CAPÍTULO DOIS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 2.1 Identificação e composição dos órgãos da Sociedade Nos termos do artigo 10.º do Contrato de Sociedade, os órgãos sociais do Finibanco-Holding, SGPS S.A. são os abaixo mencionados e têm a seguinte composição: Assembleia Geral Presidente: António Joaquim de Matos Pinto Monteiro Vice-Presidente: Pedro Canastra de Azevedo Maia 16 Secretário: Mário Paulo Ramos Caetano Pereira Conselho de Administração Presidente: Vago, desde 4 de Novembro de 2009, por falecimento de Álvaro Pinho da Costa Leite Vice-Presidente: Humberto da Costa Leite Vogal: Armando Esteves Vogal: Artur de Jesus Marques Vogal: Daniel Bessa Fernandes Coelho Vogal: Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida Vogal: António Luís Alves Ribeiro de Oliveira Vogal: Arlindo da Costa Leite Vogal: Carlos Manuel Marques Martins Vogal: Fernando da Rocha e Costa Vogal: Joaquim Mendes Cardoso Comissão Executiva Presidente: Humberto da Costa Leite Vice-Presidente: Armando Esteves Vice-Presidente: Artur Marques Vogal: Daniel Bessa Fernandes Coelho Vogal: Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida Conselho Fiscal Presidente: José Rodrigues de Jesus Vogal Efectivo: António Monteiro de Magalhães Vogal Efectivo: Joaquim Henrique de Almeida Pina Lopes Vogal Suplente: Viriato Marques da Silva Arrojado Revisor Oficial de Contas Efectivo: Ernst & Young Audit & Associados, SROC Suplente: Rui Abel Serra Martins 2.2 Identificação e composição de outras Comissões constituídas com competências em matéria de administração ou fiscalização da Sociedade O Conselho de Administração constituiu no seu seio a Comissão de Compliance e Controlo Interno, composta pelos seguintes membros: Presidente: Álvaro Pinho da Costa Leite, até 4 de Novembro de 2009, data do seu falecimento Vogal: Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida e definiu-lhe as funções e regras de funcionamento constantes do documento intitulado Regulamento da Comissão de Compliance e Controlo Interno que se transcreve: Artigo 1.º Nomeação e Composição 1. A Comissão de Compliance e Controlo Interno do Grupo Finibanco é composta por dois ou três membros do Conselho de Administração da Holding do Grupo que não exerçam funções executivas em qualquer das suas Participadas. 2. Os membros da Comissão de Compliance e Controlo Interno são nomeados pelo Conselho de Administração, que designará um Presidente. 3. Os membros da Comissão de Compliance e Controlo Interno são designados no primeiro plenário do Conselho de Administração eleito, exercendo as funções no período coincidente com a duração do mandato. Artigo 2.º Competências 1. De ordem genérica: 17 1.1 Implementar com eficácia os sistemas de controlo interno, de gestão de riscos e de auditoria interna; 1.2 Assistir o Conselho de Administração no cumprimento das suas responsabilidades de supervisão dos sistemas de compliance adoptados pelo Grupo Finibanco, com vista a confirmar o efectivo cumprimento das directivas e normativos aplicáveis, bem como a adesão de todos os Administradores, Directores, restantes colaboradores e também todos os fornecedores, às respectivas Normas de Conduta e ao Código Deontológico em vigor; 1.3 Acompanhar e fiscalizar as administrações do Grupo Finibanco; 1.4 Zelar pela observação das disposições legais e regulamentares, do Contrato de Sociedade e das normas emitidas pelas autoridades de supervisão, bem como das políticas gerais, normas e práticas instituídas internamente; 1.5 Verificar a adequação e supervisionar o cumprimento das políticas, critérios e práticas contabilísticas adoptadas e a regularidade dos documentos que lhe dão reporte, a fiabilidade da informação contabilística, o apuramento dos impostos sobre os lucros e a evolução dos Fundos de Pensões, nomeadamente através da apreciação das demonstrações financeiras; 1.6 Apreciar a revisão legal de contas e os consequentes pareceres dos auditores externos; 1.7 Apreciar o processo de preparação e divulgação da informação financeira; 1.8 Zelar pela independência do Revisor Oficial de Contas, supervisionar e avaliar a sua actividade, aprovar os honorários a pagar e proceder à aprovação prévia da contratação de serviços adicionais a prestar e respectivas condições de remuneração; 1.9 Receber as comunicações de irregularidades ocorridas no seio das sociedades participadas e apresentadas por accionistas, colaboradores, Compliance Corporativo, Controlo Corporativo de Riscos, Auditoria Interna Corporativa ou outros, bem como definir a política de comunicação de irregularidades ocorridas no seio do Grupo Finibanco, com indicação dos meios a utilizar nessa comunicação, pessoas com legitimidade para as receber e tratamento de que serão objecto; 1.10 Promover no Grupo Finibanco a prossecução dos objectivos fundamentais fixados em matéria de controlo interno e gestão de riscos pelo Banco de Portugal e pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, nas directivas de supervisão dirigidas às instituições de crédito e sociedades financeiras; 1.11 Avaliar a fiabilidade dos reportes prudenciais respeitantes ao Grupo Finibanco; 1.12 Acompanhar todas as acções inspectivas do Banco de Portugal, da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, do Instituto de Seguros de Portugal, da Direcção Geral de Impostos e da Inspecção-Geral de Finanças realizadas ao Grupo Finibanco; 1.13 Conduzir, contratar ou autorizar investigações na área do controlo interno; 1.14 Cumprir e fazer cumprir as demais atribuições constantes da lei. 2. Quanto ao Sistema de Controlo Interno: 2.1 Avaliar os procedimentos operacionais, tendo em vista promover a gestão eficiente das respectivas actividades, através de um adequado ambiente de controlo, sólida gestão de riscos, eficiente sistema de informação e comunicação e efectivo processo de monitorização do controlo interno; 2.2 Aprovar e acompanhar os planos de actividade das auditorias interna e externa, avaliar as conclusões das respectivas acções de auditoria e transmitir à Comissão Executiva as recomendações que considere oportunas acerca das matérias auditadas; 2.3 Apreciar o relatório anual de controlo interno do Conselho de Administração, o parecer anual do Conselho Fiscal sobre a adequação e eficácia do controlo interno e o parecer do Revisor Oficial de Contas sobre o sistema de controlo interno subjacente ao processo de preparação e divulgação de informação financeira. 3. Quanto ao Sistema de Gestão de Riscos - Risco Operacional e Risco de Sistemas de Informação: 3.1 Avaliar a eficácia e adequação dos procedimentos operacionais e acompanhar as medidas tomadas para a sua melhoria; 3.2 Avaliar o modelo de gestão do risco operacional; 3.3 Avaliar a eficácia e adequação dos sistemas informáticos no que se refere à documentação das aplicações, segurança dos dados, aplicações e equipamentos; 3.4 Avaliar o controlo dos riscos inerentes às actividades em “outsourcing”; 3.5 Tomar conhecimento dos valores agregados das perdas operacionais ocorridas, da sinistralidade mais relevante; 3.6 Acompanhar a fiabilidade do sistema de informação de gestão, quer na área do negócio e controlo orçamental, quer na área de controlo de riscos; 3.7 Tomar conhecimento dos principais dados estatísticos sobre reclamações de clientes; 18 3.8 Tomar conhecimento da actividade de prevenção do envolvimento do Grupo Finibanco em operações de branqueamento de capitais e dos principais processos relacionados com este crime. 4. Quanto ao Sistema de Gestão de Riscos – Risco de Compliance: 4.1 Avaliar a eficácia da gestão do risco de compliance, apreciando os procedimentos instituídos e os incumprimentos verificados; 4.2 Avaliar a eficácia do sistema de supervisão e controlo das actividades de intermediação financeira do Grupo Finibanco; 4.3 Tomar conhecimento de situações identificadas de riscos legais e contratuais mais relevantes. 5. Quanto ao Sistema de Gestão de Riscos – Risco Reputacional e Risco Estratégico: 5.1 Avaliar a qualidade da prestação de serviços aos clientes e do respectivo controlo; 5.2 Avaliar os processos de comunicação com accionistas e investidores, clientes e Direcção Geral de Impostos; 5.3 Avaliar o plano de comunicação em cenários de crise; 5.4 Avaliar o controlo do cumprimento das Normas de Conduta e Código Deontológico do Grupo Finibanco e tomar conhecimento das deficiências detectadas, bem como dos incumprimentos; 5.5 Tomar conhecimento dos relatórios das agências de rating sobre o rating atribuído ao Grupo Finibanco. 6. Quanto ao Sistema de Gestão de Riscos – Risco de Crédito: 6.1 Acompanhar a evolução da aplicação do Acordo de Basileia II e das Directivas Comunitárias e as orientações do Banco de Portugal sobre a matéria, bem como os modelos de medição de risco e de cálculo dos fundos próprios adoptados internamente; 6.2 Avaliar a consistência e a eficácia dos modelos de gestão de risco de crédito, designadamente dos sistemas de rating e scoring; 6.3 Apreciar os modelos de análise de imparidade e a evolução da imparidade, por segmentos de crédito a clientes; 6.4 Apreciar a quantificação das provisões económicas adequadas ao risco implícito da carteira de crédito do Grupo Finibanco; 6.5 Apreciar as alterações mais significativas das exposições a risco de crédito; 6.6 Acompanhar a evolução dos incumprimentos. 7. Quanto ao Sistema de Gestão de Riscos – Outros Riscos Financeiros Avaliar o modelo de gestão, situação e evolução dos riscos de mercado, de taxa de juro, de liquidez, de liquidação de operações cambiais e de crédito de derivados, incluindo a avaliação do plano de contingência. 8. Quanto ao Sistema de Auditoria Interna Corporativa: 8.1 Aprovar os planos de actividade da Auditoria Interna Corporativa; 8.2 Obter informação das áreas ou assuntos abrangidos pelas auditorias realizadas pela Auditoria Interna Corporativa; 8.3 Apreciar as actividades desenvolvidas pela Auditoria Interna Corporativa; 8.4 Acompanhar a evolução dos principais processos a cargo da Auditoria Interna Corporativa. Artigo 3.º Reuniões 1. A Comissão de Compliance e Controlo Interno reunirá de dois em dois meses ou sempre que for convocada pelo seu Presidente; 2. Da convocatória de cada reunião, a remeter pelo Presidente aos membros da Comissão de Compliance e Controlo Interno constará a respectiva ordem de trabalhos; 3. Os documentos respeitantes à reunião serão remetidos juntamente com a convocatória; 4. As reuniões da Comissão de Compliance e Controlo Interno serão dirigidas pelo seu Presidente que orientará os respectivos trabalhos; 5. Nas reuniões da Comissão de Compliance e Controlo Interno participarão, sem direito de voto, o Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração, os responsáveis pela Auditoria Interna Corporativa, pelo Controlo Corporativo de Riscos e pelo Compliance Corporativo e o Assessor da Comissão de Compliance e Controlo Interno; 6. Poderão ser chamados a participar nas reuniões da Comissão de Compliance e Controlo Interno, sempre que tal convenha ao bom andamento dos trabalhos, os Administradores e os directores responsáveis pelas áreas cujos assuntos são analisados, bem como os Conselhos Fiscais e os Revisores Oficiais de Contas; 7. A presença nas reuniões da Comissão de Compliance e Controlo Interno, de qualquer outro elemento do Grupo Finibanco, será previamente acordada com o Presidente da Comissão de Compliance e Controlo Interno. 19 Artigo 4.º Actas Serão elaboradas actas sucintas das reuniões da Comissão de Compliance e Controlo Interno, contendo as principais questões abordadas e as conclusões aprovadas, das quais será dado conhecimento ao Conselho de Administração. Artigo 5.º Estruturas de Apoio 1. A Comissão de Compliance e Controlo Interno poderá designar, quando entenda necessário, um ou mais elementos de apoio, com experiência adquirida nas áreas da sua competência, para prestação de informação e realização de trabalhos visando fundamentar as respectivas análises e conclusões; 2. A Comissão de Compliance e Controlo Interno disporá de um Assessor que ficará subordinado funcional e hierarquicamente ao Presidente da Comissão de Compliance e Controlo Interno; 3. O Assessor da Comissão Compliance e Controlo Interno tem ainda como objectivo assessorar a Comissão sobre os pontos críticos e as oportunidades de melhoria identificados no/ou durante o ciclo de elaboração do Relatório de Controlo Interno; 4. A Comissão Compliance e Controlo Interno poderá igualmente solicitar a colaboração de um elemento para apoiar o Assessor na preparação e realização das reuniões, bem como na elaboração das respectivas actas e relatórios de controlo interno; 5. O Assessor terá igualmente por tarefa a responsabilização das entidades/funções sobre o cumprimento das actividades necessárias para o ciclo de elaboração do Relatório de Controlo Interno, estabelecendo prazos e objectivos de forma clara e atempada para o fornecimento da informação. A Comissão de Compliance e Controlo Interno é assessorada pelo responsável do Departamento de Compliance Corporativo, que toma parte nas reuniões. O Presidente da Comissão de Compliance e Controlo Interno ainda não foi substituído. A Comissão de Compliance e Controlo Interno reuniu doze vezes no exercício de 2009 e elaborou as actas das respectivas reuniões. 2.3 Organograma ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da Sociedade, incluindo informação sobre o âmbito das delegações de competências ou distribuição de pelouros entre os titulares dos órgãos de administração ou de fiscalização e lista das matérias indelegáveis O Conselho de Administração do Finibanco-Holding criou na estrutura do Finibanco, SA em virtude de não possuir quadro de pessoal compatível com tal, três órgãos estruturais, independentes e transversais a todas as empresas do Grupo e definiu-lhe os respectivos conteúdos orgânicos e funcionais, a saber: Departamento de Auditoria Interna Corporativa Departamento de Controlo Corporativo de Riscos Departamento de Compliance Corporativo Estes órgãos funcionam no âmbito da estrutura do Finibanco mas as suas Direcções reportam directamente à Comissão de Compliance e Controlo Interno e à Comissão Executiva do FinibancoHolding, SGPS S.A. O Conselho de Administração do Finibanco-Holding repartiu as suas competências com a Comissão Executiva nos seguintes termos: Reservou para o plenário do Conselho as seguintes grandes áreas de decisão: Executar as decisões das Assembleias Gerais; Definir as políticas e estratégias gerais da sociedade e do Grupo financeiro; 20 Definir a política geral de financiamentos e de captação de recursos das sociedades e do Grupo financeiro, deliberando sobre os aumentos de capital social a submeter à Assembleia Geral de accionistas; Nomear a Comissão Executiva e definir as suas competências; Proceder, nos termos da lei e dos Estatutos, à designação, por cooptação, de qualquer Administrador, submetendo a cooptação a ratificação na primeira Assembleia Geral seguinte; Propor às respectivas Assembleias Gerais a constituição dos órgãos sociais das empresas que a sociedade controla; Designar um Secretário da Sociedade e um Secretário Suplente para o exercício de funções durante o mandato do Conselho; Aprovar os planos e os orçamentos anuais e plurianuais; Estabelecer os sistemas de auditoria estratégica e de controlo de gestão de todas as sociedades participadas, com incidência no que concerne ao controlo de grandes riscos; Estabelecer os sistemas de controlo interno da sociedade e das sociedades que integram o Grupo financeiro, assegurando a conformidade legal de todas as decisões e procedimentos, definindo as respectivas estruturas e procedimentos e designando os gestores responsáveis; Analisar, emitir opinião e aprovar o Relatório sobre o Sistema de Controlo Interno da Sociedade e do seu Grupo financeiro; Analisar e aprovar as contas trimestrais e os relatórios semestrais e anuais da actividade da Sociedade e do seu Grupo; Apresentar à Assembleia Geral, para apreciação e votação, o relatório, balanço e contas do exercício social. Delegou na Comissão Executiva competências de decisão nas seguintes áreas de gestão corrente: Dar cumprimento às decisões do Conselho de Administração do Finibanco-Holding, nomeadamente em matéria de objectivos, políticas e estratégias; Assegurar a execução das orientações e instruções vinculativas do Conselho de Administração; Acompanhar a gestão corrente das Sociedades participadas, com eventual centralização de serviços transversais, no sentido de garantir a execução das estratégias definidas pelo Conselho de Administração; Designar as pessoas que deverão exercer os cargos sociais para os quais o Finibanco-Holding venha a ser eleito, bem como as pessoas que deva indicar para se candidatarem a quaisquer cargos sociais, salvo os membros do Conselho de Administração das empresas que a Sociedade controla; Constituir mandatários, com ou sem procuração, para a prática de determinados actos, ou categorias de actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos; Representar o Finibanco-Holding em juízo ou fora dele, activa e passivamente, compreendendo a instauração e contestação de quaisquer procedimentos judiciais ou arbitrais, bem como a confissão, desistência ou transacção em quaisquer acções; 21 Designar o(s) representante(s) do Finibanco-Holding nas assembleias gerais das sociedades participadas, fixando o sentido do voto a expressar, fora da reserva de competência do Conselho de Administração; Proceder à organização interna da Sociedade e à delegação de poderes ao longo da cadeia hierárquica; Admitir e definir níveis, categorias, condições remuneratórias e outras regalias dos colaboradores, bem como atribuir cargos directivos, quando for o caso; Exercer poder disciplinar e aplicar sanções; Subscrever, adquirir, alienar ou onerar participações de capital em quaisquer sociedades, à excepção das participações do próprio Grupo; Emitir obrigações de caixa e instrumentos financeiros de natureza idêntica, no âmbito das orientações estabelecidas pelo Conselho de Administração; Adquirir, alienar ou onerar quaisquer outros valores mobiliários; Adquirir, alienar e onerar bens móveis e imóveis; Adquirir serviços e celebrar os competentes contratos, sempre que necessário; Praticar todos os actos e tomar decisões normalmente integradas no conceito de gestão corrente. A Comissão Executiva do Finibanco, na reunião que efectuou em 31 de Março de 2008, após a eleição em Assembleia Geral, distribuiu pelos seus elementos os pelouros correspondentes aos órgãos que integram a estrutura do Banco, cabendo o pelouro da área financeira ao Administrador que a desempenhava anteriormente, em razão da sua preparação técnica. Os Administradores que exercem funções executivas prestaram, de forma adequada e em tempo útil, todas as informações que pelos membros dos órgãos sociais lhes foram solicitadas. O Presidente da Comissão Executiva e o Presidente do Conselho de Administração, enquanto desempenhou as suas funções, remeteram atempadamente aos restantes membros dos respectivos órgãos e do Conselho Fiscal, quando a presença deste foi requerida, as convocatórias e as actas das sessões efectuadas. 2.4 Descrição dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na Sociedade, designadamente quanto ao processo de divulgação de informação financeira Tendo em vista a adequação da organização do Grupo aos princípios constantes do Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal e visando implementar um sistema de controlo interno corporativo e único que culmina com a elaboração do Relatório de Controlo Interno: Procedeu-se à reestruturação da Direcção de Auditoria e Controlo Interno, existente na estrutura do Finibanco, transformando-a em Departamento de Auditoria Interna Corporativa, órgão independente, permanente e efectivo, transversal a todas as empresas do Grupo, de âmbito nacional e internacional, com funções de avaliação das actividades dos restantes órgãos da Instituição e de auxílio aos membros da organização no cumprimento das suas responsabilidades, com vista a contribuir para a melhoria contínua do Sistema de Controlo Interno. Tem como sub-órgãos a Unidade de Balcões, a Unidade de Órgãos Centrais e Empresas Associadas e o Gabinete de Provedoria do Cliente e a sua chefia reporta directamente à Comissão de Compliance e Controlo Interno e à Comissão Executiva do Finibanco-Holding e ainda à do Finibanco; 22 Procedeu-se à criação do Departamento de Controlo Corporativo de Riscos, órgão estrutural independente, permanente e efectivo, transversal a todas as empresas do Grupo, de âmbito nacional e internacional, que tem por objectivo gerir a exposição global ao risco, de acordo com o perfil de risco assumido pelo Conselho de Administração ou pela Comissão Executiva. Tem ainda como missão desenvolver, comunicar e implementar um ciclo de gestão global do risco que permita à alta direcção do negócio e sobretudo ao Conselho de Administração (por intermédio da Comissão de Compliance e Controlo Interno) incorporar a perspectiva e o conhecimento do risco nas tomadas de decisão. O Departamento de Controlo Corporativo de Riscos aglutina dois sub-órgãos, o Gabinete de Riscos Financeiros e o Gabinete de Concepção e Acompanhamento de Modelos, e reporta directamente à Comissão de Compliance e Controlo Interno e à Comissão Executiva do FinibancoHolding e também à do Finibanco; Procedeu-se ainda à criação do Departamento de Compliance Corporativo, órgão estrutural também independente, permanente e efectivo do Finibanco-Holding, transversal a todas as empresas do Grupo, e também de âmbito nacional e internacional, que tem como objectivo controlar o respeito pelas disposições legais e regulamentares aplicáveis, incluindo as relativas à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, bem como das normas e usos profissionais e deontológicos, das regras internas e estatutárias, das regras de conduta e de relacionamento com clientes, das orientações dos órgãos sociais da Instituição e das recomendações do Comité de Supervisão Bancária e do Comité das Autoridades Europeias de Supervisão Bancária (CEBS). Consiste a sua missão em mitigar o risco operacional e as perdas financeiras advindas do incumprimento das disposições supra referidas e suas consequências internas e externas. Tem como sub-órgãos o Gabinete de Controlo Interno e o Gabinete de Risco Operacional. A sua chefia, tal como as restantes supra referidas, reporta directamente à Comissão de Compliance e Controlo Interno e à Comissão Executiva do Finibanco-Holding e à do Finibanco. No desenvolvimento da sua acção, o Finibanco-Holding define as orientações e supervisiona a actividade das suas Participadas, designadamente nas seguintes áreas: Planeamento e estratégia global, definindo as linhas mestras de actuação para a preparação do plano de actividades e do orçamento de exploração; Controlo de riscos, assegurando a sua gestão integrada, de forma a garantir a adequação dos níveis de tolerância definidos; Compliance, assegurando o respeito pelo cumprimento das disposições regulamentares aplicáveis, designadamente as normas de conduta e deontológicas e as normas de segurança definidas, de acordo com a política de segurança estabelecida; Auditoria Interna, analisando e avaliando com carácter permanente, à distância e presencialmente, as actividades das Participadas e dos seus órgãos estruturais e dando da sua acção reporte à Comissão de Compliance e Controlo Interno e à Comissão Executiva; Sistemas de Informação, apoiado na estrutura montada na Participada Finibanco, assegurando o funcionamento do sistema de informação de gestão integrado, da estrutura de comunicação e da Intranet, e protegido pelo Plano de Contingência em vigor, dando assim resposta a hipotéticas situações de crise, de modo a garantir o contínuo funcionamento do Grupo e a minimizar perdas. Suportado neste Sistema o Finibanco disponibiliza, através da Intranet, diversa informação de gestão operacional e financeira, designadamente: Indicadores de gestão comercial, com actualização diária e possibilidade de consultas online, por toda a estrutura, abrangendo recursos, aplicações, garantias, produtos activos e passivos, volumes e margens financeiras, etc; 23 Indicadores de gestão de riscos financeiros, diariamente nuns casos e mensalmente noutros, abrangendo riscos de crédito, de mercado; Indicador de performance global, abrangendo volume de negócio, rentabilidade e qualidade dos activos, com periodicidade trimestral; Indicador de rentabilidades, por cliente, por produto, por unidade comercial, etc. Em termos gerais, considera-se que o Sistema de Controlo Interno implementado está em linha com os objectivos de desempenho, de informação e de compliance, incorpora as recomendações emanadas da Supervisão e tem em conta a dimensão do Grupo Finibanco. Está-se em presença de um processo evolutivo, em função do desenvolvimento da Holding, visando a adopção de práticas de gestão e de controlo mais eficientes e racionais, sempre que tal se considere necessário e útil. 2.5 Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento de capital Nos termos do disposto no artigo 18.º do Contrato de Sociedade, compete ao Conselho de Administração: Definir as políticas gerais da Sociedade e aprovar os planos orçamentais e os relatórios trimestrais de execução; Estabelecer a organização interna da Sociedade e delegar poderes ao longo da cadeia hierárquica; Conduzir as actividades da Sociedade; Designar os representantes da Sociedade nas Assembleias Gerais das sociedades em cujo capital participa, transmitindo-lhes o sentido de voto, e indigitar as pessoas que nelas deverão exercer os cargos; Executar as deliberações da Assembleia Geral; Representar a Sociedade em juízo e fora dela; Apresentar à Assembleia Geral, para apreciação e votação, nas épocas legalmente determinadas, os documentos de prestação de contas e dos exercícios sociais; Adquirir, alienar e onerar bens móveis, imóveis e participações com outras sociedades, ainda que reguladas por leis especiais, e em agrupamentos complementares de empresas; Deliberar sobre a emissão de obrigações ou quaisquer outros tipos de dívida; Constituir mandatários para a prática de determinados actos, definindo os respectivos mandatos; Proceder, no caso de falta ou impedimento definitivo de algum Administrador, à sua substituição, por cooptação, dentro dos sessenta dias a contar da sua falta, submetendo essa cooptação a ratificação da primeira Assembleia Geral seguinte; Designar um Secretário da Sociedade (e um Secretário Suplente) que exercerão as funções durante o mandato do Conselho, sem prejuízo da sua destituição a todo o tempo. Estas competências encontram-se pormenorizadamente desenvolvidas e repartidas pelo Conselho de Administração e pela Comissão Executiva, nos termos do exposto no ponto 2.3 supra. 24 No que respeita a deliberações sobre aumento de capital, ao Contrato de Sociedade foi aditado um novo artigo (o artigo 4.º-A) na Assembleia Geral de 4 de Maio de 2009, através do qual o Conselho de Administração está autorizado a aumentar o capital social, uma ou mais vezes, por entradas em dinheiro, até ao montante de duzentos milhões de euros, podendo ainda deliberar sobre a emissão de acções preferenciais, sem voto e outras acções preferenciais, remíveis ou não. 2.6 Indicação sobre a existência de regulamentos de funcionamento dos órgãos da Sociedade, ou outras regras relativas a incompatibilidades definidas internamente e a número máximo de cargos acumuláveis e o local onde podem ser consultados Regulamento do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do Finibanco-Holding, SGPS S.A. Capítulo I Conselho de administração Artigo 1.º Composição do Conselho de Administração 1. O Conselho de Administração é composto por um número mínimo de três membros e um número máximo de quinze, eleitos pela Assembleia Geral. 2. A Assembleia Geral que proceder à eleição do Conselho de Administração designará o seu Presidente e poderá designar um ou mais Vice-Presidentes, indicando a ordem pela qual substituirão o Presidente nas suas faltas e impedimentos. 3. Actualmente o Conselho de Administração é constituído por um Presidente, dois Vice-Presidentes e nove Vogais. Artigo 2.º Eleição do Conselho de Administração 1. Uma minoria de accionistas que tenha votado contra a proposta que fez vencimento na eleição dos administradores tem o direito de designar um administrador, contanto que essa minoria represente, pelo menos, 10% do capital social. 2. Cada candidatura deverá ser subscrita por accionistas titulares de menos de vinte por cento e mais de dez por cento das acções representativas do capital social e nenhum accionista poderá subscrever mais do que uma candidatura. 3. O administrador eleito pela minoria substituirá o menos votado na lista que fez vencimento, ou, em caso de igualdade de votos, o último da lista. Artigo 3.º Competência do Conselho de Administração Compete ao Conselho de Administração, para além do mais consignado na lei e nos estatutos: a) Definir as políticas gerais da sociedade e aprovar os planos e orçamentos anuais e plurienais bem como os relatórios trimestrais de execução; b) Estabelecer a organização interna da sociedade e delegar os poderes ao longo da cadeia hierárquica; c) Conduzir as actividades da sociedade, praticando todos os actos que a lei ou estes estatutos não reservem a outros órgãos sociais; d) Designar quem deverá representar a sociedade nas Assembleias Gerais das sociedades em cujo capital participar e o sentido do voto que aí deverá exprimir, bem como indigitar as pessoas que deverão exercer os cargos para que a sociedade for eleita e proceder à sua substituição sempre que o entender conveniente e, em geral, exercer, com respeito às sociedades participadas, todos os direitos que lhe conferem a lei e os respectivos estatutos; e) Executar as deliberações da Assembleia Geral; f) Representar a sociedade em juízo ou fora dele, comprometendo-se em arbitragens, propondo pleitos judiciais ou defendendo-se deles, podendo confessar, desistir ou transigir em quaisquer processos judiciais; g) Apresentar à Assembleia Geral, para apreciação e votação, nas épocas legalmente determinadas, os relatórios, balanços e contas dos exercícios sociais; h) Adquirir, alienar e onerar (i) bens móveis, (ii) bens imóveis, (iii) participações em outras sociedades, ainda que reguladas por leis especiais, e em agrupamentos complementares de empresas; i) Deliberar sobre a emissão de obrigações ou quaisquer outros títulos de dívida; j) Contratar e despedir empregados e prestadores de serviços; 25 l) Constituir mandatários para a prática de determinados actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos; m) Proceder, no caso de falta ou impedimento definitivos de algum Administrador, à sua substituição, por cooptação, dentro dos sessenta dias a contar da sua falta, submetendo essa cooptação a ratificação na primeira Assembleia Geral seguinte; n) Designar um Secretário da Sociedade [e um Secretário suplente] que exercerão funções durante o mandato do Conselho, sem prejuízo da sua destituição a todo o tempo. Artigo 4.º Reuniões do Conselho de Administração 1. O Conselho de Administração reunirá obrigatoriamente uma vez por trimestre ou uma vez por mês, consoante houver ou não Comissão Executiva em exercício de funções e extraordinariamente sempre que for convocado pelo seu Presidente, ou por dois administradores. 2. As reuniões terão lugar na sede social, se outro lugar não for escolhido por conveniência do Conselho. 3. O Conselho de Administração não poderá deliberar sem que esteja presente ou representada a maioria dos seus membros e as suas deliberações, para serem válidas, deverão ser tomadas pela maioria dos membros presentes ou representados. 4. Em caso de empate nas votações, o Presidente, ou quem o substituir, terá voto de qualidade. 5. Qualquer Administrador poderá fazer-se representar em reunião por outro Administrador mediante carta dirigida ao Presidente, mas cada instrumento de mandato não poderá ser utilizado mais do que uma vez, nem cada mandatário poderá representar mais de um mandante. 6. Verificando-se durante o mandato duas faltas a reuniões, seguidas ou interpoladas, por parte de qualquer administrador, sem justificação aceite pelo Conselho, tal situação conduzirá à falta definitiva desse administrador. Artigo 5.º Exercício de outras actividades 1. Durante o período para o qual foram designados, os administradores não podem exercer, na sociedade ou em sociedades que com esta estejam em relação de domínio ou de grupo, quaisquer funções temporárias ou permanentes ao abrigo de contrato de trabalho, subordinado ou autónomo, nem podem celebrar quaisquer desses contratos que visem uma prestação de serviços quando cessarem as funções de administrador. 2. Quando for designado administrador uma pessoa que na sociedade ou em sociedades referidas no numero anterior, exerça qualquer das funções mencionadas no mesmo número, os contratos relativos a tais funções extinguem-se, se tiveram sido celebrados há menos de um ano antes da designação, ou suspendem-se, caso tenham durado mais do que esse ano. 3. Na falta de autorização da Assembleia Geral os administradores não podem exercer por conta própria ou alheia actividade concorrente da sociedade nem exercer funções em sociedade concorrente ou ser designados por conta ou em representação desta. 4. A autorização a que se refere o número anterior deve definir o regime de acesso a informação sensível por parte do administrador. Artigo 6.º Destituição 1. Qualquer membro do Conselho de Administração pode ser destituído por deliberação da Assembleia Geral, em qualquer momento. 2. A deliberação de destituição sem justa causa do administrador eleito ao abrigo das regras especiais estabelecidas no artigo 392º do Código das Sociedades Comerciais não produz quaisquer efeitos se contra ela tiverem votado accionistas que representem, pelo menos, 20% do capital social. 3. Um ou mais accionistas titulares de acções correspondentes, pelo menos, a 10% do capital social podem, enquanto não tiver sido convocada a Assembleia Geral para deliberar sobre o assunto, requerer a destituição judicial de um administrador, com fundamento em justa causa. 4. Constituem, designadamente, justa causa de destituição a violação grave dos deveres do administrador e a sua inaptidão para o exercício normal das respectivas funções. 5. Se a destituição não se fundar em justa causa o administrador tem direito a indemnização pelos danos sofridos, pelo modo estipulado no contrato com ele celebrado ou nos termos gerais do direito, sem que a indemnização possa exceder o montante das remunerações que presumivelmente receberia até ao final do período para que foi eleito. Artigo 7.º Renúncia 1. O administrador pode renunciar ao seu cargo mediante carta dirigida ao presidente do Conselho de Administração ou, sendo este o renunciante, ao conselho fiscal ou à comissão de auditoria. 26 2. A renúncia só produz efeito no final do mês seguinte àquele que tiver sido comunicado, salvo se entretanto for designado ou eleito o substituto. Capítulo II Comissão Executiva Artigo 8.º Comissão Executiva O Conselho de Administração poderá delegar a gestão dos negócios correntes da sociedade numa Comissão Executiva cuja composição e modo de funcionamento definirá. Artigo 9.º Composição da Comissão Executiva A Comissão Executiva é actualmente composta por um Presidente, dois Vice-Presidentes e dois Vogais Artigo 10.º Competência da Comissão Executiva O Conselho de Administração delegou na Comissão Executiva as competências de decisão nas seguintes áreas de gestão corrente: a) Dar cumprimento às decisões do Conselho de Administração do Finibanco-Holding, nomeadamente em matéria de objectivos, políticas e estratégias; b) Assegurar a execução das orientações e instruções vinculativas do Conselho de Administração; c) Acompanhar a gestão corrente das Sociedades participadas, com eventual centralização de serviços transversais, no sentido de garantir a execução das estratégias definidas pelo Conselho de Administração; d) Designar as pessoas que deverão exercer os cargos sociais para os quais o Finibanco-Holding venha a ser eleito, bem como as pessoas que deva indicar para se candidatarem a quaisquer cargos sociais, salvo os membros do Conselho de Administração das empresas que a Sociedade controla; e) Constituir mandatários, com ou sem procuração, para a prática de determinados actos, ou categorias de actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos; f) Representar o Finibanco-Holding em juízo ou fora dele, activa e passivamente, compreendendo a instauração e contestação de quaisquer procedimentos judiciais ou arbitrais, bem como a confissão, desistência ou transacção em quaisquer acções; g) Designar o(s) representante(s) do Finibanco-Holding nas assembleias gerais das sociedades participadas, fixando o sentido do voto a expressar, fora da reserva de competência do Conselho de Administração; h) Proceder à organização interna da Sociedade e à delegação de poderes ao longo da cadeia hierárquica; i) Admitir e definir níveis, categorias, condições remuneratórias e outras regalias dos colaboradores, bem como atribuir cargos directivos, quando for o caso; j) Exercer poder disciplinar e aplicar sanções; k) Subscrever, adquirir, alienar ou onerar participações de capital em quaisquer sociedades, à excepção das participações do próprio Grupo; l) Emitir obrigações de caixa e instrumentos financeiros de natureza idêntica, no âmbito das orientações estabelecidas pelo Conselho de Administração m) Adquirir, alienar ou onerar quaisquer outros valores mobiliários n) Adquirir, alienar e onerar bens móveis e imóveis o) Adquirir serviços e celebrar os competentes contratos, sempre que necessário p) Praticar todos os actos e tomar decisões normalmente integradas no conceito de gestão corrente Artigo 11.º Reuniões da Comissão Executiva 1. A Comissão Executiva, havendo-a, reunirá obrigatoriamente todos os meses e extraordinariamente sempre que for convocada pelo Presidente, por sua iniciativa ou a solicitação de qualquer outro membro da Comissão. 2. As reuniões da Comissão Executiva terão lugar, como regra, na sede social, podendo porém reunir-se em quaisquer outras instalações da sociedade. 3. A Comissão Executiva não poderá deliberar sem que esteja presente a maioria dos seus membros e as suas deliberações deverão ser tomadas por maioria dos membros presentes. 4. Quando não faça parte da Comissão Executiva, o Presidente do Conselho de Administração, tal como o Vice-Presidente que o substituir nas suas faltas e impedimentos, terá sempre assento nas suas reuniões, mas sem direito de voto. 27 Capítulo III Vinculação da Sociedade Artigo 12.º Vinculação da Sociedade 1. A sociedade obriga-se nos termos da primeira parte do número um do artigo quatrocentos e oito do Código das Sociedades Comerciais e ainda: a) Pela assinatura de dois membros da Comissão Executiva dentro dos limites da delegação; b) Pela assinatura de dois administradores-delegados, dentro dos limites da delegação; c) Pela assinatura de um membro da Comissão Executiva, ou de um administrador-delegado, conjuntamente com um mandatário, agindo aqueles dentro dos limites da delegação e este dentro dos limites do respectivo mandato, ou d) Pela assinatura de dois mandatários; e) Pela assinatura de um membro da Comissão Executiva, ou de um administrador-delegado, em quem a Comissão Executiva ou o Conselho de Administração haja delegado poderes para a prática de acto certo e determinado; f) Pela assinatura de um mandatário constituído para a prática de acto certo e determinado. 2. Não havendo sido constituída Comissão Executiva nem designado administrador delegado, a sociedade obriga-se: a) Pela assinatura de dois administradores; b) Pela assinatura de um administrador e de um mandatário, agindo este dentro dos limites do respectivo mandato; c) Pela assinatura de um só administrador a quem o Conselho de Administração haja conferido poderes para a prática de acto certo e determinado; d) Pela assinatura de um mandatário constituído para a prática de acto certo e determinado. 3. A prática dos actos previstos no artigo 3.º, alínea h), sub-alíneas (ii) e (iii), bem como na alínea l), na medida em que os mandatos tenham por objecto a prática de actos abrangidos por essas sub-alíneas, carece da intervenção da maioria dos membros do Conselho de Administração. Regulamento do Conselho Fiscal do Finibanco-Holding, SGPS S.A. Artigo 1.º Composição O Conselho Fiscal do Finibanco-Holding, SGPS S.A. é constituído por um Presidente, dois vogais efectivos e um vogal suplente. Artigo 2.º Competências 1. Compete ao Conselho Fiscal, designadamente: a) Fiscalizar a Administração da sociedade; b) Vigiar pela observância da lei e do contrato de sociedade; c) Dar parecer sobre o relatório de gestão e as contas de exercício; d) Fiscalizar a eficácia dos sistemas de controlo interno, gestão de riscos e de auditoria interna, dando o seu parecer; e) Receber as comunicações de irregularidades apresentadas por accionistas, colaboradores da sociedade ou outros; f) Fiscalizar o processo de preparação e de divulgação de informação financeira; g) Fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da sociedade; h) Propor à assembleia-geral a nomeação do revisor oficial de contas; i) Fiscalizar a independência do revisor oficial de contas, designadamente no tocante à prestação de serviços adicionais; j) Elaborar anualmente um relatório sobre a sua actividade e apresentá-lo à assembleia-geral quando entenda conveniente. Em tudo que não esteja previsto no número anterior, o Conselho Fiscal é ainda competente nos restantes termos e efeitos previstos no Código das Sociedades Comerciais, nas Recomendações da CMVM, nas Directivas do Banco de Portugal, em toda a Legislação Comunitária aplicável, no normativo referente ao Governo das Sociedades e ainda de acordo com o previsto nos estatutos da sociedade Artigo 3.º Deveres Constituem deveres dos membros do Conselho Fiscal, designadamente: 1. Participar nas reuniões do Conselho e assistir às assembleias-gerais e bem assim às reuniões da administração para que o presidente da mesma os convoque ou em que se apreciem as contas do exercício; 28 2. Exercer uma fiscalização conscienciosa e imparcial; 3. Guardar segredo dos factos e informações de que tiverem conhecimento em razão das suas funções; 4. Dar conhecimento à administração das verificações, fiscalizações e diligências que tenham feito e do resultado das mesmas; 5. Informar, na primeira assembleia que se realize, de todas as irregularidades e inexactidões por eles verificadas, e bem assim se obtiveram os esclarecimentos que necessitaram para o desempenho das suas funções; 6. Não poderão usar ou permitir que sejam usadas em proveito próprio informações privilegiadas que tenham chegado ao seu conhecimento em consequência da qualidade de membro do Conselho Fiscal. Artigo 4.º Incompatibilidades 1. O exercício das funções de membro do CF está sujeito ao regime de incompatibilidades fixado na lei e nos estatutos da sociedade. 2. Não podem ser eleitos ou designados membros do Conselho Fiscal, nomeadamente: a) Os beneficiários de vantagens particulares da própria sociedade; b) Os que exerçam funções de administração na própria sociedade ou em órgãos de administração de sociedade que se encontre em relação de domínio ou de grupo com a sociedade fiscalizada; c) Os que de modo directo ou indirecto prestem serviços ou estabeleçam relação comercial significativa com a sociedade fiscalizada ou sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo; d) Os que exerçam funções em empresa concorrente e que actuem em representação ou por conta desta, ou que, por qualquer outra forma, estejam vinculados a interesses de empresa concorrente; e) Os cônjuges, parentes e afins na linha recta e até ao terceiro grau, inclusive, na linha colateral, de pessoas impedidas por força do disposto nas alíneas a), b), c), d) e f) do n.º 1 do Art. 414.º-A do Código das Sociedades Comerciais, bem como os cônjuges das pessoas abrangidas pelo disposto na alínea e) do supra citado normativo. 3. Caso, posteriormente à sua eleição, se verifique ou se preveja que venha a verificar, alteração das circunstâncias pessoais de qualquer conselheiro passíveis de constituir incompatibilidade nos termos do número anterior, deverá o conselheiro dar desse facto imediato conhecimento ao Presidente do Conselho Fiscal e ao Secretário da Sociedade. Artigo 5.º Representação 1. Nas suas relações com a sociedade e com os seus administradores o Conselho Fiscal é representado pelo seu Presidente ou por um outro dos seus membros, nomeado para o efeito, em reunião do órgão. 2. O Conselho Fiscal poderá, a todo o tempo, substituir o conselheiro nomeado nos termos do número anterior. 3. A identidade do conselheiro nomeado deverá ser comunicada ao Presidente do Conselho de Administração e ao Secretário da Sociedade. Artigo 6.º Funcionamento 1. O Conselho Fiscal, convocado pelo seu Presidente, reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente, sempre que por iniciativa do seu presidente ou mediante solicitação de dois outros conselheiros; 2. A data da reunião ordinária do Conselho Fiscal será marcada pelo seu Presidente na primeira reunião ordinária do Conselho Fiscal eleito; 3. As reuniões do Conselho Fiscal iniciar-se-ão à hora marcada ou nos trinta minutos seguintes, logo que estejam presentes pelo menos dois dos seus membros em efectividade de funções, sendo um deles o Presidente; 4. As deliberações do Conselho Fiscal são tomadas por maioria; 5. Das reuniões do Conselho Fiscal serão lavradas actas em livro próprio; 6. Poderão participar nas reuniões do Conselho Fiscal, a convite do Presidente para o efeito, quaisquer administradores, responsáveis dos departamentos de controlo interno, auditoria, compliance, ou gestão do risco, bem como qualquer outro departamento cuja presença seja considerada importante pelo Conselho Fiscal, para o exercício das suas funções. Artigo 7.º Vigência 1. O presente Regulamento entra em vigor após aprovação em Reunião do Conselho Fiscal. 2. De igual modo, a sua alteração só poderá ser aprovada em Reunião própria. 29 3. As questões omissas no presente Regulamento serão resolvidas pelo Conselho Fiscal, sempre que para tal haja necessidade. Das reuniões do Conselho de Administração, da Comissão Executiva e do Conselho Fiscal serão sempre lavradas actas, como estabelece o artigo 30.º do Contrato de Sociedade, sendo que as do Conselho de Administração e da Comissão Executiva serão lavradas pelo Secretário da Sociedade. No que respeita a incompatibilidades e ao limite de cargos acumuláveis nada há definido internamente, para além do que sobre a matéria a lei prescreve. Os textos dos supra referidos regulamentos encontram-se disponíveis para consulta no sítio do Finibanco www.finibanco.pt, na área do “Investidor” e no “Governo da Sociedade”. 2.7 Regras aplicáveis à designação e à substituição dos membros do órgão de administração e de fiscalização Quanto à designação, o Contrato de Sociedade (artigo 17.º) dispõe o seguinte relativamente ao Conselho de Administração: Uma minoria de accionistas que tenha votado contra a proposta que fez vencimento na eleição dos Administradores tem o direito de designar um Administrador, contanto que essa minoria represente, pelo menos, 10 por cento do capital social; A identidade da pessoa, ou das pessoas, a propor para esse efeito, bem como todos os elementos de informação referidos no artigo duzentos e oitenta e nove, número um, alínea d), do Código das Sociedades Comerciais, deverão estar à disposição dos accionistas nos quinze dias que precederem a realização da Assembleia Geral; Cada candidatura deverá ser subscrita por accionistas titulares de menos de vinte por cento e mais de dez por cento de acções representativas do capital social e nenhum accionista poderá subscrever mais do que uma candidatura; O Administrador eleito pela minoria substituirá o menos votado na lista que fez vencimento, ou, em caso de igualdade de votos, o último da lista. No que respeita à substituição, sendo o Contrato de Sociedade omisso nesta matéria e nada havendo definido sobre ela em outro qualquer documento, aplica-se o que se encontra prescrito no Código das Sociedades Comerciais, designadamente no artigo 393.º. Quanto ao Conselho Fiscal, foi eleito um membro suplente, nos termos do n.º 5 do artigo 413.º do Código das Sociedades. O processo de substituição far-se-á em obediência ao que se encontra definido nos n.ºs 3 a 5 do artigo 415.º do Código das Sociedades. 2.8 Número de reuniões dos órgãos de administração e fiscalização e de outras comissões constituídas com competência em matéria de administração e fiscalização durante o exercício em causa O Conselho de Administração do Finibanco-Holding reuniu nove vezes (o Contrato de Sociedade exige a realização de uma reunião por trimestre) tendo estado presentes nas reuniões, em média, 86% dos seus membros. A Comissão Executiva do Conselho de Administração reuniu doze vezes (o Contrato de Sociedade exige a realização de uma sessão por mês), com a presença da totalidade dos seus membros em onze das sessões e a ausência de um deles em apenas uma. O Presidente do Conselho de Administração assistiu às seis primeiras sessões, enquanto o seu estado de saúde lhe permitiu. 30 A Comissão de Compliance e Controlo Interno reuniu 12 vezes, quatro das quais com a totalidade dos seus membros. O Conselho Fiscal reuniu doze vezes, com a totalidade dos seus membros. A Comissão de Remunerações não reuniu no exercício de 2009. 2.9 Identificação dos membros do Conselho de Administração e de outras Comissões constituídas no seu seio, distinguindo-se os membros executivos dos não executivos e, de entre estes, discriminando os membros que cumprem as regras de incompatibilidade previstas no n.º 1 do artigo 414.º-A do Código das Sociedades Comerciais, com excepção prevista na alínea b), e o critério de independência previsto no n.º 5 do artigo 414.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais O Conselho de Administração é agora composto por dez elementos, sendo cinco executivos e cinco não executivos, a saber: Executivos Presidente da Comissão Executiva Humberto da Costa Leite Vice-Presidentes da Comissão Executiva Armando Esteves Artur de Jesus Marques Vogais Daniel Bessa Fernandes Coelho Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida Não Executivos Vogais António Luís Alves Ribeiro de Oliveira Arlindo da Costa Leite Carlos Manuel Marques Martins Fernando da Rocha e Costa Joaquim Mendes Cardoso O Presidente, Álvaro Pinho da Costa Leite, que era não executivo, faleceu em 4 de Novembro de 2009. Em matéria de incompatibilidade nenhum dos Administradores, executivos ou não executivos, desobedece às regras previstas no n.º 1 do artigo 414.ºA do Código das Sociedades, com a excepção da alínea b). No que respeita ao critério de independência descrito no n.º 5 do artigo 414.º do mesmo Código, preenchem plenamente os requisitos de independência os Administradores Carlos Manuel Marques Martins e Fernando da Rocha e Costa. Os restantes membros do Conselho de Administração ou estão associados a grupos de interesse específicos na Sociedade (Álvaro Pinho da Costa Leite, enquanto exerceu funções, Humberto da Costa Leite e Arlindo da Costa Leite) ou são titulares de participação qualificada (António Luís Alves Ribeiro de Oliveira) ou integram os quadros de pessoal do Finibanco (Armando Esteves, Artur de Jesus Marques, Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida e Joaquim Mendes Cardoso). 31 Para além disso, o Presidente Álvaro da Costa Leite, enquanto exerceu funções, o Vice-Presidente Humberto da Costa Leite e os Administradores Armando Esteves, Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida, Daniel Bessa Fernandes Coelho e Joaquim Mendes Cardoso já foram reeleitos nos respectivos cargos por mais de dois mandatos. 2.10 Qualificações profissionais dos membros do Conselho de Administração, indicação das actividades profissionais por si exercidas pelo menos nos últimos cinco anos, número de acções de que são titulares, data da primeira designação e data do termo do mandato Álvaro Pinho da Costa Leite (falecido em 4 de Novembro de 2009) Possuía o Curso Complementar do Comércio, obtido na Escola Oliveira Martins no início da década de 50, e estabeleceu-se, em 1959, com uma unidade industrial, embrião do Grupo Vicaima, que foi sucessivamente ampliando através da criação e aquisição de novas Sociedades, até atingir a dimensão que hoje possui. Foi promotor e fundador da CISF-Companhia de Investimentos e Serviços Financeiros, SA (fez parte do Conselho Fiscal e também do Conselho Geral); do BCP-Banco Comercial Português, SA, no qual integrou o Conselho Geral durante 7 anos; do BCI-Banco de Comércio e Indústria, SA; do Banif-Banco Internacional do Funchal, SA; da Norrisco-Capital de Risco, SA e de diversas outras instituições. Nos últimos cinco anos presidiu aos Conselhos de Administração do Finibanco-Holding, SGPS S.A. e das outras empresas do Grupo Financeiro do Finibanco e bem assim de várias empresas Grupo do Grupo APCL Financeira, S.A. e de várias empresas do Grupo Vicaima, adiante referidas. Era detentor de 5.642 acções do Finibanco-Holding. Foi Presidente do Conselho de Administração do Finibanco, SA, desde 31 de Outubro de 1997 até à data do seu falecimento, o qual se transformou em Finibanco-Holding, SGPS S.A. em 1 de Julho de 2001. O mandato que decorre foi-lhe conferido na Assembleia Geral de 28 de Março de 2008 e terminaria no exercício de 2010. Humberto da Costa Leite É licenciado em Engenharia Económica pela Faculdade de Rosenheim, Alemanha, frequentou os cursos de Marketing e Management (CIFAG), de Energia Empresarial no Joseph Schmidt Colleg – Bayreuth, Alemanha e Programa de Desenvolvimento de Executivos – assim como o BPSE (Breakthrough Program for Senior Executives), no IMD Lausanne. Nos últimos cinco anos desempenhou as funções adiante descritas nas empresas do Grupo Financeiro do Finibanco e bem assim de várias empresas Grupo do Grupo APCL Financeira, S.A. e de várias empresas do Grupo Vicaima, bem como das restantes aí mencionadas. Não é detentor de acções do Finibanco-Holding. As suas funções de Administrador do Finibanco, SA iniciaram-se com a sua eleição na Assembleia Geral de 30 de Março de 2001. O Finibanco, SA transformou-se em Finibanco-Holding, por deliberação da Assembleia Geral de 14 de Maio do mesmo ano, com efeitos legais a partir de 1 de Julho. O mandato que decorre foi-lhe conferido na Assembleia Geral de 28 de Março de 2008 e termina no exercício de 2010. Armando Esteves É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. 32 Para além dos cargos que exerce nas sociedades referidas no ponto seguinte, desempenhou também, entre outras, funções de Vogal do Conselho de Administração do Finibanco-Holding, SGPS S.A. e do Finibanco, SA, já referidos, desempenhou também, entre outras, funções de Administrador na Finindústria-Sociedade de Investimentos e de Financiamento Industrial, desde a sua criação até à transformação em Finibanco, na União de Bancos Portugueses, incorporada no Millennium BCP, e ainda no Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa. É detentor de 291.173 acções do Finibanco-Holding. A sua qualidade de Administrador remonta à data de 1988. O mandato que decorre foi-lhe conferido na Assembleia Geral de 28 de Março de 2008 e termina no exercício de 2010. Artur de Jesus Marques É licenciado em Gestão de Empresas pelo ISLA e concluiu o PADE da AESE. Para além dos cargos que exerce nas sociedades do Grupo adiante referidas: Foi Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração da Companhia de Seguros Açoreana; No âmbito do Grupo Banif desempenhou ainda os cargos de Vogal do Conselho de Administração da Banifserve, ACE; do Banif-Banco Internacional do Funchal, SA; do Banif-SGPS, SA, da Rentipar-Seguros, SGPS, SA, e do BCA-Banco Comercial dos Açores; Foi Presidente da Conselho Consultivo da APS-Associação Portuguesa de Seguradoras, membro do Conselho de Direcção da APS e Vogal do Conselho de Administração da Companhia Portuguesa de Resseguro. É detentor de 100.000 acções do Finibanco-Holding. A sua qualidade de Administrador do Finibanco-Holding remonta à data de 28 de Março de 2008, início do mandato actual que termina no exercício de 2010. Daniel Bessa Fernandes Coelho É licenciado em Economia, pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, e Doutorado também em Economia pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa. É Director-Geral da COTEC Portugal-Associação Empresarial para a Inovação, Presidente do Conselho Consultivo do IGFCSS-Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social e vogal do Conselho de Administração da Fundação Bial. Para além das funções que exerce nas empresas e outras entidades infra referidas, foi Presidente da Direcção da EGP-Escola de Gestão do Porto e da EGP-University of Porto Business School e docente da Faculdade de Economia, da Faculdade de Engenharia, do ISEE-Instituto Superior de Estudos Empresariais, da EGP e da EGP-UPBS, Escolas todas pertencentes à Universidade do Porto, e foi membro dos Conselhos Consultivos da Sonae, SGPS, SA, da Sonae Indústria, SGPS, SA e das Indústrias de Condutores Eléctricos e Telefónicos F. Cunha Barros, SA. Foi também Administrador não executivo da Inparsa-Indústrias e Participações, SGPS, SA e da CelbiCelulose Beira Industrial, SA. É Economista em regime de profissão liberal, e trabalha desde 1983 com empresas e grupos económicos privados, associações económicas regionais e sectoriais, organismos públicos e outros. É detentor de 4.378 acções do Finibanco-Holding. 33 O início das funções de Vogal do Conselho de Administração aconteceu com a sua eleição na Assembleia Geral de 26 de Março de 1999 do então Finibanco, SA que em 2001 se transformou em Finibanco-Holding, SGPS S.A., funções que ainda exerce, pois foi reeleito na Assembleia Geral de 28 de Março de 2008 e terminará no final do exercício de 2010. Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida É licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Nos últimos cinco anos desempenhou as funções descritas nas empresas infra referidas, para além da actividade profissional liberal que exerce na área jurídica. Foi Assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, da Cadeira de Introdução ao Estudo do Direito e da Secção de Direito Criminal e do Curso de Direito Processual Penal, também da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Teve ainda a seu cargo a regência das Cadeiras de Direito Criminal e de Direito Processual Penal, da mesma Faculdade, e regiu também a Cadeira de Responsabilidade Médica do Curso de Pós-Graduação (Medicina Legal) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Foi investigador do CIEJE (Centro Interdisciplinar de Estudos Jurídico-Económicos) e Sócio-Fundador da Civilcentro-Construções do Centro, Lda, onde exerce funções de Gerente, da SIG-Sociedade Industrial de Granitos, da EGRAN-Empresa de Granitos e da Revgral, Lda. Colaborou com o Prof. Doutor Brandão Proença na obra intitulada “Leis de Organização Judiciária” e é autor, entre outros trabalhos, da Fixação Indirecta de Preços Máximos – notas sobre o delito antieconómico de especulação. Exerce os cargos nas empresas do Grupo Finibanco, e não só, descritas no ponto 2.11 infra. É detentor de 37.088 acções do Finibanco-Holding, SGPS S.A. Desempenha as funções de Vogal do Conselho de Administração desta Instituição desde 4 de Abril de 2002, data em que foi eleito em Assembleia Geral, tendo sido reeleito na Assembleia Geral de 28 de Março de 2008 e terminará no final do exercício de 2010. António Luís Alves Ribeiro de Oliveira Tem Pós-graduação em Gestão do Desporto, o curso complementar dos liceus e frequenta o curso de Direito da Escola de Direito da Universidade Católica do Porto. Foi fundador da Olivedesportos e Sportinveste. Foi membro do Conselho Superior do Finibanco-Holding de 2005 até à sua extinção em 2007. Para além de Administrador do Finibanco-Holding não exerce qualquer outro cargo em empresas do Grupo. É accionista de referência do Finibanco-Holding pois possui 8.668.560 acções. Desempenha as funções de Administrador, não executivo, desde 28 de Março de 2008 e o mandato termina com o exercício de 2010. Arlindo da Costa Leite É bacharelado em Técnico de Madeiras pelo Institut National du Bois (França). 34 É licenciado em Gestão de Empresas pela École Administration et Direction d’Entreprises (Suíça). Possui o MBA em Marketing pela International School of Management (França) e é doutorado em Business Administration pela International School of Management. Nos últimos cinco anos, exerceu as funções descritas em cada uma das empresas referidas no ponto 2.11, além das de membro do Conselho Superior do Finibanco-Holding, de 2005 até à extinção desse Conselho em 2007, e das de membro não executivo do Conselho de Administração da mesma Instituição, desde 2007 até à presente data. Exerce também as funções de Administrador da APCL Financeira-S.G.P.S., S.A. e da VIC (SGPS), S.A. É detentor de 1.877 acções do Finibanco-Holding. O actual mandato como Administrador do Finibanco-Holding iniciou-se em 28 de Março de 2008 e termina com o exercício de 2010. Carlos Manuel Marques Martins É licenciado em Engenharia Mecânica pela FEUP-Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Nos últimos cinco anos vem exercendo as funções descritas no ponto 2.11 infra. No Grupo Finibanco é apenas Administrador não executivo do Finibanco-Holding. Não é detentor de acções do Finibanco-Holding. As funções de Administrador iniciaram-se em 28 de Março de 2008 e terminarão com o exercício de 2010. Fernando da Rocha e Costa É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia, da Universidade do Porto. Foi membro do Conselho Superior do Finibanco-Holding até à sua extinção em 2007 e também da Real Seguros, no primeiro mandato, aquando da sua constituição. Fez parte do Conselho Fiscal de Barros Almeida, SA, na qualidade de Vogal, e foi Presidente da Sociedade Agrícola de Bagauste, empresas do mesmo Grupo. É detentor de 1.306.522 acções do Finibanco-Holding. É Administrador do Finibanco-Holding cujo mandato se iniciou em 28 de Março de 2008 e termina com o exercício de 2010. Joaquim Mendes Cardoso Possui o antigo 7.º ano dos liceus (alínea F) e a frequência do 1.º ano da Faculdade de Medicina. Nos últimos cinco anos foi Administrador do Finibanco, SA, cargo que ainda exerce, agora na qualidade de não executivo, e foi Administrador da Finicrédito de Março de 1999 até Junho de 2008. É detentor de 4.930 acções do Finibanco-Holding. É Administrador não executivo do Finibanco-Holding cujo mandato se iniciou em 28 de Março de 2008 e terminará com o exercício de 2010. 35 2.11 Funções que os membros dos órgãos de administração exercem em outras sociedades, discriminando as exercidas em outras sociedades do mesmo Grupo Álvaro Pinho da Costa Leite (falecido em 4 de Novembro de 2009) Sociedades do Grupo Finibanco Finibanco, SA – Presidente do Conselho de Administração Finimóveis-Sociedade Imobiliária de Serviços Auxiliares, SA – Presidente do Conselho de Administração Finisegur-Sociedade Mediadora de Seguros, SA – Presidente do Conselho de Administração Outras Sociedades APCL Financeira-S.G.P.S., S.A. – Presidente do Conselho de Administração VIC (SGPS), SA – Presidente do Conselho de Administração Vicaima - Indústria de Madeiras e Derivados, SA – Presidente do Conselho de Administração Global Dis - Distribuição Global de Materiais, SA – Presidente do Conselho de Administração Sitape - Indústria Metalúrgica, SA – Presidente do Conselho de Administração Empicaima - Construções, SA – Presidente do Conselho de Administração Pedral - Pedreiras do Crasto de Cambra, SA – Presidente do Conselho de Administração Sogibraga - Gestão Imobiliária, Lda – Gerente Sogileça - Gestão Imobiliária, Lda – Gerente Sogiporto - Gestão Imobiliária, S.A. – Presidente do Conselho de Administração Lameira - Imobiliária, Lda – Gerente Sogicaima - Gestão Imobiliária, SA – Presidente do Conselho de Administração Imocambra - Gestão Imobiliária, SA – Presidente do Conselho de Administração Vic Beteiligungsverwaltungs GmbH – Áustria – Administrador Humberto da Costa Leite Sociedades do Grupo Finibanco Finibanco, SA – Presidente da Comissão Executiva Finibanco Angola, SA – Presidente do Conselho de Administração Finicrédito-Instituição Financeira de Crédito, SA – Presidente do Conselho de Administração Finibanco Vida-Companhia de Seguros de Vida, SA – Presidente do Conselho de Administração Fini International Luxembourg, SA (dissolvida e liquidada em Junho de 2009) – Presidente do Conselho de Administração Outras Sociedades APCL Financeira – S.G.P.S., S.A. - Vogal do Conselho de Administração VIC (SGPS), SA – Presidente do Conselho de Administração Empicaima - Construções, SA – Vogal do Conselho de Administração Pedral - Pedreiras do Crasto de Cambra, SA – Vogal do Conselho de Administração Sogibraga - Gestão Imobiliária, Lda – Gerente Sogileça - Gestão Imobiliária, Lda – Gerente Sogiporto - Gestão Imobiliária, SA – Vogal do Conselho de Administração Lameira - Imobiliária, Lda – Gerente Vicaima Madeiras (SGPS), SA – Vogal do Conselho de Administração Vicaima Finance - S.G.P.S., Lda – Sócio-Gerente Vicaima Invest - S.G.P.S., Lda. – Sócio-Gerente Vicaima Participa - S.G.P.S., Lda – Sócio-Gerente Predicaima - Comércio Imobiliário, SA – Vogal do Conselho de Administração Sogicaima - Gestão Imobiliária, SA – Vogal do Conselho de Administração Imocambra - Gestão Imobiliária, SA – Vogal do Conselho de Administração Stocktrans - Logística e Transportes, Lda – Sócio-Gerente Vicaima Investments, Ltd – Jersey – Director Vicaima, Ltd – Inglaterra – Director Vicaima Puertas y Derivados, SL – Espanha – Administrador Vicaima Türenwerk Handels Gmbh – Alemanha – Administrador 36 Vic Beteiligungsverwaltungs GmbH – Áustria – Administrador Vicaima Beteiligungsverwaltungs GmbH – Áustria – Administrador Armando Esteves Sociedades do Grupo Finibanco Finibanco, SA – Vogal da Comissão Executiva Finibanco Angola, SA – Vogal da Comissão Executiva Finicrédito-Instituição Financeira de Crédito, SA – Vogal Finibanco Vida-Companhia de Seguros de Vida, SA – Vogal Fini International Luxembourg, SA (dissolvida e liquidada em Junho de 2009) – Vogal Outras Sociedades Não exerce cargos em nenhuma outra Sociedade Artur de Jesus Marques Sociedades do Grupo Finibanco Finibanco, SA – Vogal da Comissão Executiva Finicrédito-Instituição Financeira de Crédito, SA – Vogal Finibanco Vida-Companhia de Seguros de Vida, SA – Vogal Outras Sociedades Não exerce cargos em nenhuma outra Sociedade Daniel Bessa Fernandes Coelho Sociedades do Grupo Finibanco Não exerce cargos em nenhuma Outras Sociedades Efacec Capital, S.G.P.S., S.A. – Administrador Galp Energia, S.G.P.S., S.A. – Presidente do Conselho Fiscal Sonae, S.G.P.S., S.A. – Presidente do Conselho Fiscal Bial-Portela e Companhia, S.A. – Presidente do Conselho Fiscal Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida Sociedades do Grupo Finibanco Finibanco Angola, SA – Vogal Finimóveis-Sociedade Imobiliária de Serviços Auxiliares, SA - Vogal Lestinvest SGPS, SA – Presidente do Conselho de Administração Outras Sociedades Timberex-Representações e Comércio de Materiais, Lda – Gerente Vilões-Investimentos Imobiliários e Turísticos, Lda – Gerente Egran-Empresa de Granitos, SA – Presidente da Assembleia Geral Civilcentro-Construções do Centro, Lda – Gerente António Luís Alves Ribeiro de Oliveira Sociedades do Grupo Finibanco Não exerce funções em nenhuma 37 Outras Sociedades Oppa-Investimentos Imobiliários, SA – Presidente do Conselho de Administração Pegalgo Imobiliária, SA – Presidente do Conselho de Administração Grupo Olinveste-Investimentos Imobiliários e Financeiros, SA – Pernambuco-Brasil – Presidente do Conselho de Administração Arlindo da Costa Leite Sociedades do Grupo Finibanco Não exerce funções em nenhuma Outras Sociedades APCL Financeira – S.G.P.S., S.A. - Vogal do Conselho de Administração VIC (SGPS), SA – Vogal do Conselho de Administração Vicaima Madeiras (SGPS), SA – Vogal do Conselho de Administração Vicaima - Indústria de Madeiras e Derivados, SA – Presidente do Conselho de Administração Global Dis - Distribuição Global de Materiais, SA – Vogal do Conselho de Administração Empicaima - Construções, SA – Vogal do Conselho de Administração Pedral - Pedreiras do Crasto de Cambra, SA – Vogal do Conselho de Administração Sogibraga - Gestão Imobiliária, Lda – Gerente Sogileça - Gestão Imobiliária, Lda – Gerente Sogiporto - Gestão Imobiliária, SA – Vogal do Conselho de Administração Lameira - Imobiliária, Lda – Gerente Vicaima Participa - S.G.P.S., Lda – Sócio-Gerente Vicaima Invest - S.G.P.S., Lda – Sócio-Gerente Vicaima Finance - S.G.P.S., Lda – Sócio-Gerente Predicaima - Comércio Imobiliário, SA – Vogal do Conselho de Administração Sogicaima - Gestão Imobiliária, SA – Vogal do Conselho de Administração Imocambra - Gestão Imobiliária, SA – Vogal do Conselho de Administração Stocktrans - Logística e Transportes, Lda – Sócio-Gerente Vicaima Investments, Ltd – Jersey – Director Vicaima, Ltd – Inglaterra – Director Vicaima Puertas y Derivados, SL – Espanha – Administrador Vicaima Türenwerk Handels Gmbh – Alemanha – Administrador Vic Beteiligungsverwaltungs GmbH – Áustria – Administrador Vicaima Beteiligungsverwaltungs GmbH – Áustria – Administrador Imobiliária da Cavada, Lda – Sócio-Gerente Carlos Manuel Marques Martins Sociedades do Grupo Finibanco Não exerce cargos em nenhuma Outras Sociedades I’M-SGPS, SA – Presidente do Conselho de Administração Martifer, SGPS, SA – Presidente do Conselho de Administração Prio SGPS, SA – Presidente do Conselho de Administração Prio Agricultura, SA – Presidente do Conselho de Administração Prio Advanced Fuels, SA – Presidente do Conselho de Administração Prio Advanced Fuels – SGPS, SA – Presidente do Conselho de Administração Prio Biocombustiveis, SA – Presidente do Conselho de Administração Mondefim Combustíveis, SA – Presidente do Conselho de Administração Estia-SGPS, SA – Presidente do Conselho de Administração Finibanco-Holding, SGPS SA – Vogal do Conselho de Administração Estiadevelopment, Unip, Lda – Gerente Promoquatro-Investimentos Imobiliários, Lda – Gerente 38 Promodoze-Investimentos imobiliários, Lda – Gerente Promoquinze-Investimentos Imobiliários, Lda – Gerente Global Mining – SGPS, SA – Presidente do Conselho de Administração I´M Mining – SGPS, SA – Presidente do Conselho de Administração Black and Blue – Investimentos, SA – Administrador Único Exclusipolis – SGPS, Lda. - Gerente Fernando da Rocha e Costa Sociedades do Grupo Finibanco Não exerce cargos em nenhuma Outras Sociedades Maitex-Indústria Têxtil, SA – Administrador Joaquim Mendes Cardoso Sociedades do Grupo Finibanco Finibanco, SA – Vogal não executivo Outras Sociedades Não exerce cargos em nenhuma outra Sociedade 2.12 Identificação dos membros do Conselho Fiscal, discriminando os membros que cumprem as regras de incompatibilidade previstos no n.º 1 do artigo 414.º-A e o critério de independência previsto no n.º 5 do artigo 414.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais O Conselho Fiscal, nos termos do n.º 1 do artigo 23.º do Contrato de Sociedade é composto por três membros efectivos e um suplente, eleitos em Assembleia Geral. Compõem o elenco deste órgão os seguintes elementos: Presidente José Rodrigues de Jesus Vogal Efectivo António Monteiro de Magalhães Vogal Efectivo Joaquim Henrique de Almeida Pina Lopes Vogal Suplente Viriato Marques da Silva Arrojado Em matéria de incompatibilidades, nenhum dos membros deste órgão está abrangido por qualquer das alíneas do n.º 1 do artigo 414.º-A do Código das Sociedades Comerciais, pelo que se conclui não haver incompatibilidade no exercício das suas funções. No que toca aos critérios de independência definidos no n.º 5 do artigo 414.º do mesmo Código todos os elementos efectivos os respeitam na íntegra. Em relação ao Vogal Suplente, Viriato Marques da Silva Arrojado há apenas a referir que é colaborador da Vicaima Madeiras (SGPS), SA, empresa detida pela Vicaima Finance-SGPS, Ltd a qual é accionista de referência da VIC (SGPS), SA. O cumprimento das regras referidas foi efectuado através do preenchimento, pelos próprios, de inquéritos adequados, elaborados com base nas normas constantes dos supra citados n.º 5 do artigo 414.º e n.º 1 do artigo 414.º-A do Código das Sociedades Comerciais. 39 2.13 Qualificações profissionais dos membros do Conselho Fiscal, indicação das actividades profissionais exercidas pelo menos nos últimos cinco anos, número de acções da sociedade de que são titulares, data da primeira designação e data do termo do mandato José Rodrigues de Jesus É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. É Revisor Oficial de Contas desde 1973. Exerceu docência, inclusivamente como responsável, nas cadeiras de Auditoria, de Tópicos Avançados de Contabilidade e de Projecto de Tese e nas cadeiras de Teoria Geral da Contabilidade, Teoria Geral da Contabilidade e Economia da Empresa, Contabilidade Geral, Contabilidade Aplicada, Análise de Balanços e Auditoria e Revisoria Contabilísticas, que integram a licenciatura em Economia, e, bem assim, foi responsável pela cadeira de Contabilidade Geral da licenciatura em Economia, pela cadeira de Teoria da Contabilidade da licenciatura em Gestão, pela cadeira de Auditoria das licenciaturas em Economia e em Gestão, pela cadeira de Análise Contabilística e Auditoria do mestrado em Ciências Empresariais e pelas cadeiras de Contabilidade Avançada e de Auditoria do MBA em Finanças. Como economista tem realizado actividade de consulta e apoio nos domínios empresariais financeiro, contabilístico e fiscal, efectuado estudos diversos, sobretudo na área do investimento, da recuperação e liquidação, judicial e extrajudicial, de empresas e da avaliação de sociedades e de instituições e tem participado e participa em órgãos de fiscalização de institutos públicos e de sociedades – SoticreSociedade de Titularização de Créditos, SA e Germen-Moagem de Cereais, SA. É membro, desde 1975 e em representação da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, da Comissão de Normalização Contabilística, entidade que assegura, nos termos legais, o funcionamento e o aperfeiçoamento da normalização contabilística nacional. Integra, desde 1989, a Comissão de Acompanhamento das Reprivatizações. É membro da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, da Ordem dos Economistas e da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas. Não é detentor de quaisquer acções do Finibanco-Holding. É Presidente do Conselho Fiscal desde 30 de Março de 2005, data em que foi eleito para o triénio 2005-2007 e foi reeleito para a mesma função, em 28 de Março de 2008, num mandato que terminará no final do exercício de 2010. António Monteiro de Magalhães É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. É Revisor Oficial de Contas, inscrito na respectiva lista com o n.º 179. Foi Presidente do Conselho Superior da Ordem dos Revisores Oficias de Contas nos mandatos 2000/2002 e 2003/2005. Foi Presidente da Mesa da Assembleia Geral da mesma Ordem no mandato de 2006/2008 e foi reeleito para o mandato de 2009/2011. Foi membro da Comissão de Normalização Contabilística, em representação da Associação Comercial do Porto desde 1999 até 2009. Foi docente na Universidade Portucalense, no curso de pós-graduação “Recuperação de Empresas e Falência”. Não é detentor de quaisquer acções do Finibanco-Holding. 40 Foi eleito Vogal Efectivo do Conselho Fiscal em 29 de Junho de 2007, altura em que este órgão criado no Finibanco-Holding, função que exerceu até ao fim do mandato em 31 de Dezembro de 2007 e foi eleito em 28 de Março de 2008 para a mesma função e para o triénio que terminará em 2010. Joaquim Henrique de Almeida Pina Lopes É licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, no Porto. É advogado e, enquanto tal, sócio da “Joaquim Farinha, Henrique Pina Lopes, Pedro Dias Venâncio & Joaquim Rodrigues, Sociedade de Advogados, com sede na cidade da Maia, e com delegações em Vigo e em Madrid, das quais é o responsável. É detentor de 440 acções do Finibanco-Holding, das quais, 220, encontram-se em nome de sua filha menor, Maria Inês Pinho de Pina Lopes. Foi eleito Vogal Efectivo do Conselho Fiscal em 29 de Junho de 2007, altura em que este órgão foi criado no Finibanco-Holding, função que exerceu até ao fim do mandato em 31 de Dezembro de 2007, e foi eleito em 28 de Março de 2008 para a mesma função e para o triénio que terminará em 2010. Viriato Marques da Silva Arrojado É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Foi colaborador da empresa internacional Ernst & Whinney & Cia, onde atingiu o grau de Especialista Sénior Account de Auditoria e Consultadoria de Gestão. É colaborador do Grupo Vicaima desde 1989. Não é detentor de quaisquer acções do Finibanco-Holding. Foi eleito Vogal Suplente do Conselho Fiscal em 29 de Junho de 2007, altura em que este órgão criado no Finibanco-Holding, função que exerceu até ao fim do mandato em 31 de Dezembro de 2007 e foi eleito em 28 de Março de 2008 para a mesma função e para o triénio que terminará em 2010. 2.14 Funções que os membros do Conselho Fiscal exercem em outras sociedades, discriminando-se as exercidas em outras sociedades do mesmo Grupo José Rodrigues de Jesus Sociedades do Grupo Finibanco Finibanco, SA – Presidente do Conselho Fiscal Outras Sociedades Pensõesgere-Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA Ambar-Ideias no Papel, SA Portgás-Sociedade de Produção e Distribuição de Gás, SA Calfor-Indústrias Metálicas, SA Toupronto-Imobiliária, SA Y2K-Imobiliária, SA Evitu-Imobiliária, SA Quinta de Roriz-Vinhos, SA Sidereus-Sistemas de Informação e Consultoria Informática, SA Investrimónio-Promoção e Investimentos de Património, SA Trimónio-Promoção Imobiliária, SA 41 Divinvest-Promoção Imobiliária, SA Avenida 35-Imobiliária, SA Porto Vivo SRU-Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense, SA Jointinveste, SGPS, SA Império Bonança-Companhia de Seguros, SA Gastrade-Sociedade de Representações, Lda Gestão de Obras Públicas da Câmara Municipal do Porto, EM Agência Portuguesa para o Investimento, EPE Instituto de Seguros de Portugal António Monteiro de Magalhães Sociedades do Grupo Finibanco Finibanco, SA – Vogal Efectivo do Conselho Fiscal Finibanco Angola, SA – Vogal Efectivo do Conselho Fiscal Finisegur-Sociedade Mediadora de Seguros, SA – Representante da SROC Suplente Outras Sociedades António Magalhães & Carlos Santos-Sociedade de Revisores Oficiais de Contas – Sócio e Administrador Joaquim Henrique de Almeida Pina Lopes Sociedades do Grupo Finibanco Finibanco, SA – Vogal Efectivo do Conselho Fiscal Outras Sociedades “Joaquim Farinha, Henrique Pina Lopes, Pedro Dias Venâncio & Joaquim Rodrigues, Sociedade de Advogados, RL” – Sócio e responsável pelas Delegações da mesma, em Vigo e em Madrid Viriato Marques da Silva Arrojado Sociedades do Grupo Finibanco Finibanco, SA – Vogal Suplente do Conselho Fiscal Finibanco Vida-Companhia de Seguros de Vida, SA – Vogal Suplente do Conselho Fiscal Outras Sociedades APCL Financeira-S.G.P.S., S.A. – Vogal do Conselho Fiscal VIC (SGPS), SA – Vogal do Conselho Fiscal 2.15 a 2.18 Conselho Geral e de Supervisão / Comissões constituídas Não aplicável. 2.19 Indicação da composição da Comissão de Remunerações ou órgão equivalente, quando exista, identificando os membros que sejam também membros do órgão de administração, bem como cônjuges, parentes e afins em linha recta até ao 3.º grau, inclusive A Comissão de Remunerações, eleita na Assembleia Geral de 28 de Março de 2008, tinha a seguinte composição: Presidente VIC (S.G.P.S.), S.A. 42 Vogal Pedral-Pedreiras do Crasto de Cambra, SA Vogal Jorge Alberto Marques Martins A VIC (S.G.P.S.), S.A., accionista maioritária do Finibanco-Holding, vinha sendo representada neste órgão por Álvaro Pinho da Costa Leite, que também era Presidente, não executivo, do Conselho de Administração do Finibanco-Holding, SGPS S.A. A partir da data da Assembleia Geral (4 de Maio de 2009) passou a ser representada por Fernando Ricardo Alves Moreira Gonçalves. A Pedral-Pedreiras do Crasto de Cambra, SA, accionista do Finibanco-Holding, tem sido representada neste órgão por António Augusto de Pinho Soares de Almeida. O Vogal Fernando da Rocha e Costa que é accionista e membro não executivo do Conselho de Administração do Finibanco-Holding, renunciou ao cargo na Assembleia Geral de 4 de Maio de 2009 e em sua substituição foi eleito na mesma Assembleia Geral Jorge Alberto Marques Martins. Nenhum dos nomes referidos é membro nem cônjuge, parente ou afim em linha recta até ao 3.º grau, de qualquer membro do órgão de administração. 2.20 Indicação da remuneração, individual ou colectiva, entendida em sentido amplo, de forma a incluir, designadamente, prémios de desempenho, auferida no exercício em causa, pelos membros do órgão de administração, contendo o seguinte: a) Explicitação da importância relativa das componentes variáveis e fixas da remuneração dos administradores, assim como indicação do acervo do eventual deferimento do pagamento da componente variável NOME FUNÇÃO REM FIXA Executivos HCL AE AM TA DB Sub-Total Vice-Presidente Administrador Administrador Administrador Administrador 210.000 351.727 350.642 256.285 60.000 1.228.654 Não Executivos APCL AO ACL CM FC JC Sub-Total TOTAL Presidente Administrador Administrador Administrador Administrador Administrador 204.973 30.000 30.000 30.000 30.000 227.127 552.100 1.780.754 REM VARIÁVEL 100.000 100.000 200.000 TOTAL EMP PAGADORA N.º CARGOS DESEMP. 210.000 451.727 450.642 256.285 60.000 1.428.654 Finibanco Finibanco Finibanco Finibanco FNB-Holding 5 5 4 3 2 204.973 30.000 30.000 30.000 30.000 227.127 552.100 1.980.754 Finibanco FNB-Holding FNB-Holding FNB-Holding FNB-Holding Finibanco 4 1 1 1 1 2 APCL-Álvaro Pinho da Costa Leite – Presidente do Conselho de Administração, até 4 de Novembro de 2009 HCL-Humberto da Costa Leite – Presidente da Comissão Executiva AE-Armando Esteves – Vice-Presidente da Comissão Executiva AM-Artur de Jesus Marques – Vice-Presidente da Comissão Executiva DB-Daniel Bessa Fernandes Coelho – Vogal da Comissão Executiva TA-Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida – Vogal da Comissão Executiva AO-António Luís Alves Ribeiro de Oliveira – Vogal não executivo do Conselho de Administração ACL-Arlindo da Costa Leite – Vogal não executivo do Conselho de Administração CM-Carlos Manuel Marques Martins – Vogal não executivo do Conselho de Administração FC-Fernando da Rocha e Costa – Vogal não executivo do Conselho de Administração JC-Joaquim Mendes Cardoso – Vogal não executivo do Conselho de Administração 43 b) Distinção da importância devida aos administradores executivos em relação à devida aos não executivos Nos termos do quadro acima, os Administradores executivos, em número de cinco, auferiram 1.228.654 euros de remuneração fixa e 200.000 euros de remuneração variável. Os Administradores não executivos, os restantes seis, auferiram 552.100 euros de remuneração fixa. c) Informação suficiente sobre os critérios em que se baseia qualquer direito a acções, a opções sobre acções ou a componentes variáveis da remuneração O sistema de remuneração não contempla a atribuição de acções e ou opções sobre acções ou qualquer outro sistema de incentivos com acções. d) Informação suficiente sobre a ligação entre a remuneração e o desempenho O critério de atribuição das remunerações tem na sua base considerações sobre desempenho. Por esse facto é que os Administradores executivos não auferem vencimentos iguais, nem fixos nem variáveis. As remunerações variáveis têm em conta os resultados de médio prazo da Instituição e também o desempenho. e) Indicação dos principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários A Instituição não tem estabelecida a prática de atribuição de benefícios não pecuniários. f) Atribuição de acções e ou direitos de adquirir opções sobre acções e ou a qualquer outro sistema de incentivos com acções Nem no Finibanco-Holding nem no Grupo existe qualquer sistema de atribuição de acções ou de direitos de adquirir opções sobre acções. g) Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e/ou participação nos lucros foram concedidos Também a forma de participação nos lucros não está contemplada no sistema de retribuição. h) Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício Nunca foram pagas quaisquer indemnizações a ex-Administradores executivos relativamente à cessação de funções durante o exercício. De resto, essa situação nunca se colocou. i) Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo Estão referidas nas alíneas a) e b). Os Administradores são, como se disse, exclusivamente remunerados pelas funções que desempenham no Finibanco-Holding, SGPS S.A. ou no Finibanco, SA, não auferindo qualquer espécie de compensação pelo eventual desempenho de igual cargo noutras Participadas do Grupo. j) Descrição das principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para administradores Não existem no Grupo Finibanco regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os Administradores. 44 l) Estimativa do valor dos benefícios não pecuniários relevantes considerados com remuneração, não abrangidos nas situações anteriores Não estão instituídos quaisquer outros benefícios desta ordem, de que possam beneficiar os Administradores. 2.21 Indicação, em termos individuais, dos montantes cujo pagamento esteja previsto independentemente da sua natureza, em caso de cessação das funções durante o mandato, quando excedam o dobro da remuneração mensal fixa Nem no Finibanco-Holding, nem em qualquer das Sociedades suas participadas estão previstas situações de pagamento de quaisquer montantes, no caso de cessação de funções de Administradores no decurso dos respectivos mandatos. 2.22 informação sobre a política de comunicação de irregularidades adoptada na Sociedade Tendo em conta as recomendações formuladas pela CMVM sobre o governo das sociedades cotadas e o interesse em reforçar a atitude de cultura de responsabilidade, de cumprimento de normativos e de conduta profissional por parte dos colaboradores do Grupo Finibanco e ainda a possibilidade de detectar precocemente situações irregulares e de as resolver de forma célere, evitando assim consequências danosas para a Instituição, o Finibanco-Holding dispõe de um Sistema de Comunicação Interna de Irregularidades, que foi levado ao conhecimento de todos os colaboradores das suas Participadas, com as seguintes linhas gerais caracterizadoras: Objecto Nos termos do ponto 1.9 do artigo 2.º do Regulamento da Comissão de Compliance e Controlo Interno, é atribuída a competência a esta Comissão, para a recepção das comunicações de irregularidades ocorridas no seio do Grupo Finibanco, participadas por colaboradores ou por terceiros, bem como a definição da política de comunicação de irregularidades ocorridas, com especificação de vias a utilizar nessa comunicação, pessoas com legitimidade para as receber e tratamento de que serão objecto. Definição São consideradas irregularidades, factos que violem ou comprometam gravemente: (i) o cumprimento dos princípios legais, regulamentares, éticos e deontológicos a que estão vinculados os Membros dos Órgãos Sociais e os Colaboradores das Sociedades que integram o Grupo Finibanco, no cumprimento das respectivas funções profissionais; (ii) a preservação do património de Clientes, Accionistas e do próprio Grupo; (iii) a imagem e reputação institucional e (iv) as situações susceptíveis de configurarem abuso de autoridade ou má gestão. Pretende-se com este Regulamento a detecção precoce de eventuais situações irregulares e a sua resolução, de forma célere e justa, para evitar, na medida do possível, situações danosas para o Grupo e para todos quantos com ele se relacionam. As irregularidades não devem ser confundidas com Reclamações, as quais são objecto de regulamentação e tratamento específico no Grupo Finibanco, via Gabinete de Provedoria do Cliente. Âmbito de Aplicação Este Regulamento é aplicado a todas as empresas Participadas do Grupo Finibanco, seus escritórios, agências/balcões, unidades, áreas, departamentos, empregados e pessoal subcontratado. Sistema de Comunicação de Irregularidades Reforçando a atitude de cultura de responsabilidade, de cumprimento de normativos e de conduta profissional irrepreensíveis, por parte de todos os colaboradores, o Grupo Finibanco mantém um sistema de comunicação de irregularidades, publicitado no seu sítio da intranet e da internet, sob a supervisão geral da Comissão de Compliance e Controlo Interno e do Departamento de Compliance Corporativo. O referido sistema inclui as seguintes formas de comunicação: 45 Endereço de e-mail Número de fax Morada postal A comunicação deve descrever claramente a prática/facto objecto de comunicação e indicar a causa da pretensa irregularidade, não sendo admissíveis/consideradas alegações vagas sobre factos ou sobre pessoas. Contactos Comissão de Compliance e Controlo Interno Presidente: A preencher Vogal: Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida Assessor: Rui Manuel de Sousa Quental e-mail: [email protected] Morada Postal: Rua Júlio Dinis, 160 4050-318 Porto Fax: 351 22 000 4059 Acesso a Informação O acesso à informação do sistema de comunicação de irregularidades, é restringido ao pessoal autorizado, cuja identificação se encontra listada no ponto anterior. Competências – Assessor da Comissão de Compliance e Controlo Interno Compete ao Assessor da Comissão de Compliance e Controlo Interno manter actualizada a identificação e contactos das pessoas identificadas em “Contactos”; Para além das comunicações de irregularidades recebidas directamente através do sistema, qualquer outra recebida via membros do Conselho de Administração, Comissão Executiva ou de colaborador do Grupo Finibanco, deve ser remetida ao Assessor da Comissão de Compliance e Controlo Interno, para posterior tratamento; O Assessor da Comissão de Compliance e Controlo Interno deve proceder ao acompanhamento diário e à manutenção de um registo de todas as comunicações de irregularidades. O registo deve conter: Número identificativo da comunicação Data de recepção Modo de transmissão Emissor Classificação (Grau de Prioridade) Descrição da natureza da comunicação Medidas tomadas em virtude da comunicação Estado actual do processo (pendente ou encerrado) O Assessor da Comissão de Compliance e Controlo Interno deve classificar cada comunicação, para efeitos de tratamento, de acordo com os seguintes graus: Grau 1 – Comunicações com informação ou descrição de comportamentos que indiciem ou configurem fraude financeira/contabilística, desvio de fundos, furto/abusos financeiros, espionagem/sabotagem, violações de deveres de confidencialidade, abusos financeiros por parte de fornecedores ou clientes, deficiências significativas/fragilidades dos sistemas de controlo interno do Grupo Finibanco ou quaisquer outros assuntos relacionados com a auditoria/contabilidade que possam ter um efeito significativo nas declarações financeiras individuais/consolidadas; Grau 2 – Todas as outras comunicações de irregularidades que não sejam classificados com o Grau 1. 46 Tramitação As comunicações classificadas com o Grau 1 ou 2 devem ser imediatamente notificadas ao Presidente da Comissão de Compliance e Controlo Interno, o qual pode determinar, caso a urgência e gravidade do assunto o justifiquem, que seja dado imediato conhecimento às autoridades policiais ou judiciais, sem prejuízo da competente sequência interna a dar a tais comunicações. Irregularidades sem Identificação do Autor As comunicações de irregularidades que sejam apresentadas sem identificação do autor, serão tratadas em circunstâncias iguais àquelas que identifiquem o autor. Confidencialidade As comunicações de irregularidades serão tratadas como confidenciais, devendo a Comissão de Compliance e Controlo Interno assegurar-se de que são adoptados os mecanismos que garantam essa confidencialidade. No entanto, mediante consentimento do autor da comunicação, podem ser prosseguidas diligências complementares de averiguação. Averiguações Preliminares O Assessor da Comissão de Compliance e Controlo Interno deverá proceder à confirmação prévia da existência de fundamentos suficientes para a realização de uma investigação, pelo que sempre que seja conhecida a identidade do autor da comunicação, poderá ser realizado um contacto com o mesmo, de forma a serem melhor apuradas as informações consideradas relevantes. Relatório O Assessor da Comissão de Compliance e Controlo Interno deverá em seguida elaborar um relatório sintético com a natureza e descrição da comunicação, a viabilidade da investigação, as pessoas que possam ser envolvidas ou inquiridas e que possam ter conhecimento de factos relevantes. Esse relatório deverá ser elaborado no prazo de 10 (dez) dias úteis e comunicado ao Presidente da Comissão de Compliance e Controlo Interno. Acompanhamento O Assessor da Comissão de Compliance e Controlo Interno deverá reportar à Comissão as comunicações recebidas e a respectiva evolução das mesmas cuja análise ou investigação estejam pendentes. Competências – Comissão de Compliance e Controlo Interno Os relatórios sobre as comunicações de irregularidades, bem como a documentação de suporte à instrução do processo, são apreciados pela Comissão de Compliance e Controlo Interno que decide sobre os mesmos: continuação da investigação, arquivamento do processo ou adopção de medidas correctivas. O processo de investigação é conduzido e supervisionado pela Comissão de Compliance e Controlo Interno, sendo assistida pelo seu Assessor, devendo para o efeito ser garantido o cumprimento da lei vigente e das regras societárias, podendo recorrer à contratação de auditores e peritos externos para auxiliarem na investigação. Medidas Correctivas Como resultado da investigação, a Comissão de Compliance e Controlo Interno poderá propor ao Conselho de Administração e/ou à Comissão Executiva a adopção de medidas correctivas que entenda adequadas, como sejam, alterações aos processos e métodos de controlo ou políticas da Sociedade, correcções ou ajustamentos a documentos, reporte às entidades reguladoras, instauração de processos judiciais, reporte às entidades policiais e judiciais, cessação de relações contratuais, instauração de processos disciplinares e perda da qualidade de membro de órgão social. Direitos das Pessoas Envolvidas na Investigação As pessoas implicadas no processo de investigação devem ser informadas do seu direito a contratar aconselhamento jurídico antes de participarem na investigação. 47 O Grupo Finibanco, não poderá demitir, suspender, reprimir, assediar, reter/suspender pagamentos de salários/benefícios, despromover, transferir ou de outro modo tomar alguma acção disciplinar ou retaliatória relacionada com os termos e condições do contrato de trabalho de um trabalhador, agente ou representante da Sociedade, na medida em que essa pessoa, legalmente, comunique uma irregularidade ou forneça alguma informação ou assistência no âmbito da investigação das comunicações de irregularidades apresentadas. Reporte de Informação ao Conselho de Administração A Comissão de Compliance e Controlo Interno reportará semestralmente ao Conselho de Administração do Finibanco Holding sobre a sua actividade no âmbito da aplicação destes procedimentos, pelo que para o efeito deverá informar o número de comunicações recebidas, descrição sumária das irregularidades comunicadas, o número de averiguações arquivadas e ainda em investigação, com uma descrição dos factos apurados e das medidas propostas. Disposição Final As empresas do Grupo Finibanco, deverão adequar os respectivos normativos internos ao presente Regulamento. A política de comunicação de irregularidades foi objecto de revisão no exercício de 2009, de modo a torná-la mais descritiva, mais eficiente e mais operacional. CAPÍTULO TRÊS INFORMAÇÃO 3.1 Estrutura de capital, incluindo indicação das acções não admitidas à cotação, diferentes categorias de acções, direitos e deveres inerentes às mesmas e percentagem de capital que cada categoria representa Nos termos do Contrato de Sociedade, artigo 4.º, o capital social do Finibanco-Holding está dividido em acções do valor nominal de um euro cada, podendo a Sociedade emitir acções preferenciais, sem voto, ou outras acções preferenciais, remíveis ou não. As acções são obrigatoriamente nominativas e são escriturais podendo, no entanto, ser concentradas em acções tituladas se a lei permitir e assim for deliberado pela Assembleia Geral. Todas as acções do Finibanco-Holding, no momento em número de 175.000.000 (cento e setenta e cinco) milhões, estão admitidas à negociação no mercado de cotações oficiais da Euronext Lisbon. O Contrato de Sociedade (artigo 9.º) prevê a possibilidade de, em futuros aumentos de capital, poderem ser emitidas acções que serão designadas por acções de categoria B, com respeito às quais não serão contados votos acima de dois por cento dos votos correspondentes à totalidade do capital social, quando emitidos por um só accionista, em nome próprio ou como representante de outro. Para este efeito, verificando-se este caso, considerar-se-ão como tendo sido emitidas pelo mesmo accionista os votos que o forem por entidades que com ele estejam na mesma relação em que estão com o titular de uma participação qualificada as entidades referidas nas várias alíneas do número sete do artigo 13.º do Regulamento Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, ou em disposição equivalente que, em sua substituição, venha a vigorar. O mesmo artigo 9.º, no n.º 3, dispõe que, quando vierem a ser emitidas acções de categoria B, as demais acções, ao tempo existentes e com respeito às quais não vigore a limitação supra citada, serão designadas por acções de categoria A. Até ao momento, porém, a faculdade referida de emissão de acções de categoria B, que o Contrato de Sociedade prevê, nunca foi utilizada. Nestes termos, todas as acções que constituem o capital social da Sociedade dispõem dos mesmos direitos e deveres que lhes são consignados. 48 3.2 Participações qualificadas no capital social do emitente, calculadas nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários Nos termos do Regulamento n.º 05/2008 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, passamos a referir os Accionistas que, em 31.12.2009, detinham mais de 2% dos direitos de voto correspondentes ao capital social do Finibanco-Holding, SGPS S.A.: % ACCIONISTA VIC (S.G.P.S.), S.A. (*) Banif-SGPS, S.A. (**) Vicaima Madeiras (S.G.P.S.), SA (***) António Luís Alves Ribeiro de Oliveira Prestige-Soc. Gestora Participações Sociais, S.A. N.º ACÇÕES 101.560.231 17.217.294 9.426.157 8.668.560 3.562.135 DE DIREITOS DE VOTO 58,034 9,838 5,386 4,953 2,036 (*) A Herança Indivisa do Senhor Álvaro Pinho da Costa Leite é detentora maioritária da sociedade APCL Financeira-S.G.P.S., S.A., a qual, por sua vez, detém o controlo da VIC (S.G.P.S.), S.A., pelo que os referidos direitos de voto lhes são igualmente imputáveis. A Herança Indivisa do Senhor Álvaro Pinho da Costa Leite, é composta ainda por outros bens. Considerando o regime de casamento, a cabeça-de-casal, D. Maria Augusta Resende da Costa Leite, detém uma quota ideal de 62,5% da totalidade da herança indivisa, sendo 50% proveniente da meação conjugal, a que acrescerá uma quota ideal de 25% do acervo hereditário (composto pelos restantes 50% da herança indivisa), cabendo ainda a cada um dos seus três filhos uma quota ideal de 25% do mesmo acervo, ou seja, 12,5% da herança indivisa. (**) Conforme comunicação do accionista, após consideração das acções detidas indirectamente, a BanifSGPS, S.A. detinha 9,853% dos direitos de votos, como segue: % ACCIONISTA Directamente Indirectamente Através do BANIF ACÇÕES PORTUGAL Através do BANIF PPA N.º ACÇÕES 17.217.294 24.086 2.200 DE DIREITOS DE VOTO 9,838 0,014 0,001 A Banif-SGPS, S.A. é dominada pela Rentipar Financeira SGPS, S.A. que, por sua vez, é detida maioritariamente pelo Senhor Comendador Horácio da Silva Roque, pelo que os referidos direitos de voto são igualmente imputáveis a esta entidade. (***) Após consideração das acções detidas indirectamente, através das suas participadas, a Vicaima Madeiras (S.G.P.S.), SA detinha, em 31 de Dezembro de 2009, 5,406% dos direitos de votos, como segue: % ACCIONISTA Directamente Indirectamente (através de Participada) N.º ACÇÕES 9.426.157 34.275 DE DIREITOS DE VOTO 5,386 0,020 3.3 Identificação de accionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos Nenhum dos accionistas do Finibanco-Holding, e designadamente o seu accionista maioritário, dispõe de quaisquer direitos especiais resultantes da sua posição accionista. 49 3.4 Eventuais restrições à transmissibilidade das acções, tais como cláusulas de consentimento para alienação, ou limitações à titularidade de acções Não existem definidas restrições à transmissibilidade das acções, nem cláusulas de consentimento, para alienação, limitações à titularidade, ou outras. 3.5 Acordos parassociais que sejam do conhecimento da Sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto Não existem acordos parassociais relativamente ao exercício dos direitos sociais, nem restrições à transmissibilidade de acções do Finibanco-Holding. Também nada há estabelecido em matéria de restrição do exercício dos direitos de voto. Nenhum dos accionistas detém quaisquer direitos especiais nesta área. 3.6 Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da Sociedade O Contrato de Sociedade do Finibanco-Holding não contempla nenhuma regra para efeito de alteração dos estatutos. 3.7 Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital, na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes O Contrato de Sociedade do Finibanco-Holding nada prevê nesta matéria e também nada sobre ela há regulamentado internamente. 3.8 Descrição da evolução da cotação das acções do emitente, tendo em conta, designadamente: Em complemento do que foi dito em capítulo próprio do Relatório de Gestão, merece aqui ainda sistematizar os dados que se seguem, relativamente às acções do Finibanco-Holding (FNB AM), respeitantes ao ano de 2009: COTAÇÃO DE FECHO DA ACÇÃO (euros) Mínima Máxima Final (em 31 de Dezembro) VARIAÇÃO ANUAL Cotações de fecho Índice PSI 20 Índice PSI Financials LIQUIDEZ Quantidade de acções transaccionadas (em Bolsa, no ano) Quantidade média diária (em Bolsa) RESULTADO POR ACÇÃO (euros) Lucro líquido por acção Valor contabilístico por acção VALOR DE MERCADO (euros) Capitalização bolsista (final do ano) 1,46 2,03 1,53 - 23,03% 33,47% 14,75% 6.847.845 27.179 0,05 1,35 267.750.000,00 50 VOLATILIDADE PSI 20 Acção 19% 29% COEFICIENTE BETA 0,36 Releva-se ainda a comparação entre as cotações efectuadas e os acontecimentos registados na vida da Instituição, quanto a: a) Publicação de Resultados DATA 20/03/2009 18/04/2009 29/04/2009 29/05/2009 31/07/2009 31/08/2009 06/11/2009 30/11/2009 PERÍODO Anuais 2008 (Press Release) Anuais 2008 (Proposta AG) 1.º Trim. 2009 (Press Release) 1.º Trim. 2009 1.º Sem. 2009 (Press Release) 1.º Sem. 2009 3.º Trim. 2009 (Press Release) 3.º Trim. 2009 COTAÇÃO DE FECHO DO DIA COTAÇÃO DE COTAÇÃO DE (euros) MÉDIA PONDERADA FECHO DA SESSÃO ANTERIOR FECHO DA SESSÃO SEGUINTE DAS COTAÇÕES DO MÊS 1,51 1,53 1,51 1,54 --- 1,63 1,60 1,62 1,78 1,79 1,82 1,62 1,75 1,77 1,75 1,87 1,56 1,57 1,55 1,64 1,55 1,56 1,55 1,55 1,63 1,68 1,61 1,65 1,56 1,55 1,57 1,65 COTAÇÃO DE COTAÇÃO DE (euros) MÉDIA PONDERADA COTAÇÃO DE FECHO DO DIA FECHO DA SESSÃO ANTERIOR FECHO DA SESSÃO SEGUINTE DAS COTAÇÕES DO MÊS 1,88 1,82 1,85 1,87 1,84 1,85 2,03 1,87 1,46 1,49 1,50 1,64 1,67 1,66 1,67 1,64 1,55 1,53 1,53 1,55 b) Informação Privilegiada DATA 04/05/2009 06/05/2009 26/06/2009 10/07/2009 30/12/2009 ASSUNTO Deliberação da AG Deliberações do CA (Aumento de Capital) Proposta Aquisição Real Seguros Proposta Real Seguros (Actualização) Acordo Venda 50% Finibanco Vida 3.9 Descrição da política de dividendos adoptada pela Sociedade, identificando, designadamente, o valor do dividendo por acção distribuído nos três últimos exercícios Nos termos do artigo 27.º dos Estatutos, os lucros do Finibanco-Holding, SGPS S.A., terão o seguinte destino: Afectação a reserva legal, na percentagem que a lei impõe; Pagamento do dividendo prioritário que for devido às acções preferenciais que porventura a Sociedade haja emitido; O restante, para dividendo a todos os Accionistas, salvo se a Assembleia Geral deliberar, por simples maioria, afectá-lo, total ou parcialmente, à constituição e reforço de quaisquer reservas ou destiná-lo a outras aplicações específicas do interesse da Sociedade. 51 A Sociedade poderá distribuir aos Accionistas adiantamentos sobre lucros, no decurso dos exercícios sociais, observadas as disposições legais aplicáveis. O Finibanco-Holding, SGPS S.A., não tem acções preferenciais emitidas nem foram feitos adiantamentos sobre lucros no decurso do exercício. A política de dividendos do Grupo Finibanco tem consistido na consideração do lucro líquido consolidado como base de cálculo para o dividendo a distribuir, fixando-se depois o dividendo que cabe a cada acção. Desde 1998, ano em que as acções do Finibanco foram admitidas à negociação na Bolsa de Valores, tem a Administração do Banco proposto à Assembleia Geral a distribuição aos Accionistas de pelo menos 35% dos resultados consolidados anuais, sob a forma de dividendos. Nos exercícios de 2001 a 2004 o Finibanco-Holding distribuiu, a título de dividendo, o montante de 4 cêntimos por cada acção de valor nominal de 1 euro. No exercício de 2000, quando as acções tinham o valor nominal de 1.000$00 (cerca de 4,99 euros), o dividendo distribuído foi de 40$0964 (20 cêntimos). Em termos percentuais, o dividendo distribuído neste e nos outros exercícios representava 4% do valor nominal das acções. No exercício de 2005 foi proposta à Assembleia Geral e foi aprovada a distribuição de um dividendo que representa 6% do valor nominal das acções e no de 2006 um dividendo equivalente a 7,5% do referido valor nominal. Relativamente ao exercício de 2007 a Assembleia Geral aprovou a distribuição de dividendo que corresponde a 8,5% do valor nominal das acções. O exercício de 2008 não gerou lucros e, consequentemente, não houve distribuição de dividendos. Relativamente ao exercício de 2009, vai ser proposta a distribuição de um dividendo de 2 cêntimos por acção. 3.10 Descrição das principais características dos planos de atribuição de acções e dos planos de atribuição de opções de aquisição de acções adoptados ou vigentes no exercício em causa, designadamente justificação para a adopção do plano, categoria e número de destinatários do plano, condições de atribuição, cláusulas de inalienabilidade de acções, critérios relativos ao preço das acções e o preço do exercício das opções, período durante o qual as opções podem ser exercidas, características das acções a atribuir, existência de incentivos para a aquisição de acções ou o exercício de opções e competência do órgão de administração para a execução e/ou modificação do plano, com indicação: a) Do número de acções necessárias para fazer face ao exercício de opções atribuídas e do número de acções necessárias para fazer face ao exercício de opções exercitáveis, por referência ao princípio e ao fim do ano; b) Do número de opções atribuídas, exercitáveis e extintas durante o ano; c) Da apreciação em Assembleia Geral das características dos planos adoptados ou vigentes no exercício em causa Não existem no Finibanco-Holding, como também não existiam no Finibanco, SA que lhe deu origem, planos de atribuição de acções nem planos de opções de aquisição de acções, ou com base em preços de acções, a membros dos órgãos de administração ou a quaisquer outros. No Contrato Social também nada consta quanto a esta matéria. 52 3.11 Descrição dos elementos principais do negócio e operações realizados entre, de um lado, a Sociedade e, do outro, os membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo, desde que sejam significativos em termos económicos para qualquer das partes envolvidas, excepto no que respeita aos negócios ou operações que, cumulativamente, sejam realizadas em condições normais de mercado para operações similares e façam parte da actividade corrente da sociedade Para além daqueles que se inserem na actividade normal do Finibanco-Holding e das suas Participadas, nada há a referir quanto a negócios e a operações realizadas no exercício a que nos reportamos, entre as sociedades que compõem o Grupo. Também nada se registou, que mereça referência, quanto a negócios em que pudessem estar envolvidos membros dos órgãos de administração e fiscalização ou titulares de participações qualificadas. 3.12 Referência à existência de um Gabinete de Apoio ao Investidor, ou a outro serviço similar, com alusão a funções do Gabinete, tipo de informação disponibilizada pelo Gabinete, vias de acesso ao Gabinete, sítio da sociedade na internet e identificação do representante para as relações com o mercado O Finibanco possui, formal e materialmente constituído, desde o último trimestre de 2000, um Gabinete de Apoio ao Investidor, que depende directamente do seu Conselho de Administração e tem as seguintes funções: Prestar todo o apoio que lhe seja solicitado pelos Accionistas; Salvaguardar, nos contactos que tiver com estes, o princípio da igualdade; Prevenir as assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores; Centralizar todas as questões formuladas pelos investidores e delas dar conhecimento superior, sempre que necessário; Prestar todos os esclarecimentos que lhe forem pedidos; Difundir informação junto da CMVM e do mercado, sempre que esta se mostre obrigatória, aconselhável ou conveniente; Zelar pelos direitos dos investidores, expressos em regulamentação própria da CMVM. Genericamente, o Gabinete disponibiliza à CMVM, à Bolsa de Valores, à comunicação social e aos interessados que se lhe dirijam, informações com carácter relevante, resultados periódicos, relatórios e contas, e outros factos de menor relevância. O acesso ao Gabinete de Apoio ao Investidor pode processar-se através do endereço www.finibanco.pt da banca telefónica 800 210 211, do telefone 220 004 500 e do e-mail [email protected], para além do endereço postal: Finibanco-Holding, SGPS S.A., Gabinete de Apoio ao Investidor, Rua de Júlio Dinis, 158 – 8.º, 4050-318 Porto. 3.13 Indicação do montante da remuneração anual paga ao Auditor e outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede suportada pela sociedade ou por pessoas colectivas em relação de domínio ou de grupo e, bem assim, discriminação da percentagem respeitante aos serviços de revisão legal de contas; a outros serviços de garantia de fiabilidade; a serviços de consultoria fiscal e a outros serviços que não de revisão legal de contas. Descrição dos meios de salvaguarda da independência do Auditor 53 Os montantes, com IVA incluído, pagos no exercício de 2009, aos revisores oficiais de contas e aos auditores pelo trabalho desenvolvido junto do Finibanco-Holding, SGPS S.A. e das suas Participadas, encontram-se sistematizados nos seguintes quadros: ERNST & YOUNG AUDIT & ASSOCIADOS-SROC, SA DESCRIÇÃO Serviços de revisão legal de contas Outros serviços de garantia de fiabilidade Serviços de consultoria fiscal Outros serviços que não revisão legal de contas TOTAL TOTAL % 276.122,02 116.159,10 85.496,23 45.530,70 53,1 22,3 16,4 8,2 520.308,05 100 Os outros serviços de garantia de fiabilidade correspondem a trabalhos realizados para preparação dos relatórios sobre provisões económicas e sistemas de controlo interno, em cumprimento do requerido pelo Banco de Portugal. Incluem também procedimentos de revisão no âmbito da operação de securitização realizada no exercício. Dos valores supra referidos, 49.362,41 euros reportam-se à Revisão Legal de Contas do exercício de 2007. ERNST & YOUNG, SA DESCRIÇÃO TOTAL Serviços de consultoria fiscal Outros serviços que não revisão legal de contas TOTAL 1.545,00 45.222,23 % 3,3 96,7 46.767,23 100 TOTAL % 1.545,00 6.386,40 19,5 80,5 ERNST & YOUNG. LIMITADA DESCRIÇÃO Serviços de consultoria fiscal Outros serviços que não revisão legal de contas TOTAL 7.931,40 100 A Ernst & Young tem estabelecido um sistema de controlo interno e monitorização das políticas definidas em matéria de independência, as quais têm em linha de conta as normas de independência vigentes a nível nacional e internacional, as ameaças à independência e as respectivas salvaguardas. Na política estabelecida estão contidos os serviços proibidos, pelo impacto que podem ter na independência do auditor. A divulgação destas políticas é efectuada via intranet a todos os colaboradores da rede da Ernst & Young. A monitorização do cumprimento das referidas políticas a nível mundial é processada através de uma aplicação na intranet, denominada “Ernst & Young Global Independence System-GIS”. Cada sócio, gerente e colaborador profissional atesta formalmente o seu conhecimento e o cumprimento das referidas políticas bem como as alterações que lhe são introduzidas. Periodicamente a Ernst & Young efectua acções de formação obrigatórias sobre as referidas políticas. Em concreto, o sistema de controlo interno da Ernst & Young incorpora, designadamente, os seguintes mecanismos: Disponibilidade na intranet da lista actualizada de clientes de interesse público do mecanismo de aprovação prévia pelo Partner responsável de potenciais propostas de prestação de serviços adicionais a clientes de auditoria; 54 Proibição de detenção de interesses financeiros em relação aos clientes de auditoria, aplicável aos sócios e membros da equipa da Ernst & Young. Esta proibição aplica-se também aos cônjuges e filhos menores dos mesmos; Testes de conformidade ao cumprimento das políticas e procedimentos sobre independência, no âmbito do programa internacional de controlo de qualidade. Especificamente, os serviços de consultoria fiscal prestados ao Grupo Finibanco englobaram a assistência em matérias relacionadas com assuntos fiscais os quais são permitidos, tendo em conta o disposto na 8ª Directiva. Seguindo a política estabelecida na prestação destes serviços, foi assegurado que não foram tomadas decisões, nem participação na tomada de decisões, em nome da Finibanco-Holding, SGPS S.A. ou de qualquer das suas filiais em matérias fiscais ou outras. Porto, 26 Março 2010 FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A. Conselho de Administração Humberto da Costa Leite Armando Esteves Artur de Jesus Marques Daniel Bessa Fernandes Coelho Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida António Luís Alves Ribeiro de Oliveira Arlindo da Costa Leite Carlos Manuel Marques Martins Fernando da Rocha e Costa Joaquim Mendes Cardoso 55 CERTIFICAÇÃO LEGAL E RELATÓRIO DE AUDITORIA Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A. Avenida da República, 90-6º 1600-206 Lisboa Portugal Tel: +351 217 912 000 Fax: +351 217 957 586 www.ey.com Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria Introdução 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de gestão e nas demonstrações financeiras anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, do Finibanco – Holding, SGPS S.A., as quais compreendem: o Balanço em 31 de Dezembro de 2009, (que evidencia um total de 283.207 milhares de euros e um total de capital próprio de 192.339 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 14.490 milhares de euros), as Demonstrações de Resultados, do Rendimento Integral, da Variação nos Capitais Próprios e dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data e as correspondentes Notas. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração: a) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Sociedade, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa; b) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. Sociedade Anónima - Capital Social 1.105.000 euros - Inscrição n.º 178 na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas - Inscrição N.º 9011 na CMVM Contribuinte 505 988 283 - C. R. Comercial de Lisboa sob o mesmo número – A member firm of Ernst & Young Global Limited 2 Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: - a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e 5. a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Finibanco – Holding, SGPS S.A. em 31 de Dezembro de 2009, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas de Contabilidade Ajustadas tal como definidas no Aviso 1/2005 do Banco de Portugal, e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, objectiva e lícita. 3 Lisboa, 30 de Março de 2010 Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº 178) Registada na CMVM com o n.º 9011 Representada por: Ana Rosa Ribeiro Salcedas Montes Pinto (ROC nº 1230) Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A. Avenida da República, 90-6º 1600-206 Lisboa Portugal Tel: +351 217 912 000 Fax: +351 217 957 586 www.ey.com Certificação Legal e Relatório de Auditoria das Contas Consolidadas Introdução 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de gestão e nas demonstrações financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, do Finibanco – Holding, SGPS S.A., as quais compreendem: o Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2009, (que evidencia um total de 3.155.237 milhares de euros e um total de capital próprio sem interesses minoritários de 219.922 milhares de euros, incluindo um resultado líquido do exercício de 9.462 milhares de euros), as Demonstrações Consolidadas dos Resultados, do Rendimento Integral Consolidado, de Alterações nos Capitais Próprios Consolidados e de Fluxos de Caixa Consolidados do exercício findo naquela data e as correspondentes Notas. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração: a) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada posição financeira do conjunto das entidades incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados; b) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das entidades incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. Sociedade Anónima - Capital Social 1.105.000 euros - Inscrição n.º 178 na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas - Inscrição N.º 9011 na CMVM Contribuinte 505 988 283 - C. R. Comercial de Lisboa sob o mesmo número – A member firm of Ernst & Young Global Limited 2 Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: - a verificação de as demonstrações financeiras das sociedades incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração utilizadas na sua preparação; - a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e - a apreciação se a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. 5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada do Finibanco – Holding, SGPS, S.A., em 31 de Dezembro de 2009, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União 3 Europeia e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Lisboa, 30 de Março de 2010 Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº 178) Registada na CMVM com o n.º 9011 Representada por: Ana Rosa Ribeiro Salcedas Montes Pinto (ROC nº 1230) RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Excelentíssimos Senhores Accionistas de Finibanco-Holding, SGPS S.A.: Em conformidade com as disposições legais e estatutárias, o Conselho Fiscal do Finibanco-Holding, SGPS S.A. vem apresentar o relatório da sua actividade no exercício de dois mil e nove, bem como o parecer sobre os documentos de prestação de contas individuais e consolidadas, relativos àquele ano, incluindo o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas, relativos àquele exercício e apresentados pelo Conselho de Administração e ainda sobre o desempenho da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. Para os devidos e legais efeitos e nos termos do artigo 245º, número 1, alínea c) do Código dos Valores Mobiliários, o Conselho Fiscal declara que, tanto q uanto é do seu conhecimento, a informação constante do relatório e contas individuais e consolidadas de 2009 foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados do Finibanco-Holding, SGPS S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição de Finibanco-Holding, SGPS S.A e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam. O Conselho Fiscal reuniu assiduamente, pelo menos mensalmente, e acompanhou a evolução da Instituição, nomeadamente através dos contactos com o Conselho de Administração da Sociedade e os seus membros e com os principais responsáveis pelos Serviços, de quem recebeu todas as informações que se tornaram necessárias. Com efeito, periodicamente foram disponibilizados Mapas Financeiros, atra vés dos quais foi possível tomar conhecimento das variações patrimoniais ocorridas. No seu desempenho, o Conselho Fiscal procedeu também às verificações que por lei lhe estão conferidas, não lhe tendo sido criados quaisquer constrangimentos, o que realça com satisfação. De igual modo, este órgão acompanhou a actividade desenvolvida pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, que avalia muito positivamente, tendo, desta forma, igualmente obtido elementos úteis ao desenvolvimento das suas funções de fis calização. O Conselho Fiscal elaborou, ainda, o parecer previsto no Aviso nº5 de 2008 do Banco de Portugal, acerca do Sistema de Controlo Interno, em articulação com a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, com o Conselho de Administração e com os diversos serviços do Banco. O Conselho Fiscal analisou os documentos de prestação de contas e a certificação legal das contas emitidas pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, sem reservas e sem ênfases, tendo também apreciado a proposta do Conselho de Administração de aplicação de resultados. Em face do que precede, o Conselho Fiscal é de opinião que merecem aprovação os citados documentos de prestação de contas apresentados pelo Conselho de Administração e a correspondente proposta de aplicação de resultados. Porto, 31 de Março de 2010 O Conselho Fiscal José Rodrigues de Jesus Presidente António Monteiro de Magalhães Joaquim Henrique de Almeida Pina Lopes ANEXOS Anexos Informação sobre as Participações dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização Nos termos e para os efeitos do art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais, bem como dos arts.º 8.º e 14.º do Regulamento da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários n.º 5/2008, informam-se as posições detidas e as operações efectuadas pelos Membros dos Órgãos Sociais e restantes Dirigentes no ano de 2009: Accionista/Membro de Órgãos Sociais: Armando Esteves Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding 291.173 245.000 Movimentos durante o ano de 2009 Venda de 30.791 acções Finibanco-Holding, a 1,73 euros cada, em 03/06/2009. Compra de 5.000 acções Finibanco-Holding, a 1,74 euros cada, em 03/06/2009. Venda de 5.030 acções Finibanco-Holding, a 1,73 euros cada em 04/06/2009. Venda de 100.000 direitos de subscrição Finibanco-Holding a 0,25 euros cada, em 04/06/2009. Subscrição de 75.652 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros, cada no aumento de capital em 10/06/2009. Subscrição em rateio de 1.342 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros cada, no aumento de capital em 12/06/2009. Artur de Jesus Marques Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding 100.000 0 Movimentos durante o ano de 2009 Compra de 191.667 direitos de subscrição Finibanco-Holding a 0,20 euros cada, em 04/06/2009. Subscrição de 100.000 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros cada, no aumento de capital em 10/06/2009. Daniel Bessa Fernandes Coelho Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding 4.378 Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding 2.877 Movimentos durante o ano de 2009 Subscrição de 1.501 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros cada, no aumento de capital em 10/06/2009. Jorge Manuel Matos Tavares Almeida Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding Movimentos durante o ano de 2009 37.088 11.517 Compra de 37.497 direitos de subscrição Finibanco-Holding a 0,20 euros cada, em 05/06/2009. Subscrição de 25.571 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros cada, no aumento de capital em 10/06/2009. António Luís Alves Ribeiro de Oliveira Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding 8.668.560 3.541.217 Movimentos durante o ano de 2009 Compra de 6.286.192 direitos de subscrição Finibanco-Holding a 0,22 euros cada, em 04/06/2009. Subscrição de 5.127.343 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros cada, no aumento de capital em 10/06/2009. Arlindo da Costa Leite Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding 1.877 1.234 Movimentos durante o ano de 2009 Subscrição de 643 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros cada, no aumento de capital em 10/06/2009. Carlos Manuel Marques Martins Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding 0 11.000 Movimentos durante o ano de 2009 Venda de 7.980 acções Finibanco-Holding a 2,14 euros cada, em 15/01/2009. Venda de 3.020 acções Finibanco-Holding a 2,07 euros cada, em 19/01/2009. Fernando da Rocha e Costa Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding 1.306.522 1.150.000 Movimentos durante o ano de 2009 Venda de 144.167 direitos de subscrição Finibanco-Holding a 0,245 euros cada, em 29/05/2009. Venda de 72.944 direitos de subscrição Finibanco-Holding a 0,20 euros cada, em 04/06/2009. Venda de 632.888 direitos de subscrição Finibanco-Holding a 0,20 euros cada, em 05/06/2009. Subscrição de 156.522 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros cada, no aumento de capital em 10/06/2009. Joaquim Mendes Cardoso Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding Movimentos durante o ano de 2009 4.930 3.240 Subscrição de 1.690 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros cada, no aumento de capital em 10/06/2009. Entidades Relacionadas com Dirigentes: VIC (SGPS), S.A. Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding 101.560.231 77.137.752 Movimentos durante o ano de 2009 Venda, fora de Bolsa, de 13.715.433 direitos de subscrição Finibanco-Holding a 0,2224 euros, em 04/06/2009. Venda, fora de Bolsa, de 17.429.096 direitos de subscrição Finibanco-Holding a 0,2307 euros, em 05/06/2009. Subscrição de 23.996.464 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros, cada no aumento de capital em 10/06/2009. Subscrição em rateio de 426.015 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros, cada no aumento de capital em 12/06/2009. Vicaima Madeiras SGPS, S.A. Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding 9.426.157 8.483.160 Movimentos durante o ano de 2009 Venda, fora de Bolsa, de 6.101.220 direitos de subscrição Finibanco-Holding a 0,25 euros, em 04/06/2009. Subscrição de 1.242.751 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros, cada no aumento de capital em 10/06/2009. Subscrição em rateio de 22.062 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros, cada no aumento de capital em 12/06/2009. Venda, fora de Bolsa, de 321.816 acções Finibanco-Holding a 1,6717 euros cada, em 17/06/2009. IM SGPS, S.A Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding 3.302.261 2.156.930 Movimentos durante o ano de 2009 Subscrição de 1.125.354 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros, cada no aumento de capital em 10/06/2009. Subscrição em rateio de 19.977 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros, cada no aumento de capital em 12/06/2009. Pedral –Pedreiras do Crasto de Cambra, S.A. Posição em 31-12-2009 Acções Finibanco-Holding Posição em 31-12-2008 Acções Finibanco-Holding Movimentos durante o ano de 2009 34.275 22.524 Subscrição de 11.751 acções Finibanco-Holding a 1,25 euros cada, no aumento de capital em 10/06/2009. Lista de Titulares de Participações Qualificadas Nos termos do Regulamento n.º 05/2008 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, passamos a referir os Accionistas que, em 31.12.2009, detinham mais de 2% dos direitos de voto correspondentes ao capital social do Finibanco-Holding, SGPS S.A.: % ACCIONISTA VIC (S.G.P.S.), S.A. (*) Banif-SGPS, S.A. (**) Vicaima Madeiras (S.G.P.S.), SA (***) António Luís Alves Ribeiro de Oliveira Prestige-Soc. Gestora Participações Sociais, S.A. N.º ACÇÕES 101.560.231 17.217.294 9.426.157 8.668.560 3.562.135 DE DIREITOS DE VOTO 58,034 9,838 5,386 4,953 2,036 (*) A Herança Indivisa do Senhor Álvaro Pinho da Costa Leite é detentora maioritária da sociedade APCL Financeira-S.G.P.S., S.A., a qual, por sua vez, detém o controlo da VIC (S.G.P.S.), S.A., pelo que os referidos direitos de voto lhes são igualmente imputáveis. A Herança Indivisa do Senhor Álvaro Pinho da Costa Leite, é composta ainda por outros bens. Considerando o regime de casamento, a cabeça-de-casal, D. Maria Augusta Resende da Costa Leite, detém uma quota ideal de 62,5% da totalidade da herança indivisa, sendo 50% proveniente da meação conjugal, a que acrescerá uma quota ideal de 25% do acervo hereditário (composto pelos restantes 50% da herança indivisa), cabendo ainda a cada um dos seus três filhos uma quota ideal de 25% do mesmo acervo, ou seja, 12,5% da herança indivisa. (**) Conforme comunicação do accionista, após consideração das acções detidas indirectamente, a BanifSGPS, S.A. detinha 9,853% dos direitos de votos, como segue: % ACCIONISTA Directamente Indirectamente Através do BANIF ACÇÕES PORTUGAL Através do BANIF PPA N.º ACÇÕES 17.217.294 24.086 2.200 DE DIREITOS DE VOTO 9,838 0,014 0,001 A Banif-SGPS, S.A. é dominada pela Rentipar Financeira SGPS, S.A. que, por sua vez, é detida maioritariamente pelo Senhor Comendador Horácio da Silva Roque, pelo que os referidos direitos de voto são igualmente imputáveis a esta entidade. (***) Após consideração das acções detidas indirectamente, através das suas participadas, a Vicaima Madeiras (S.G.P.S.), SA detinha, em 31 de Dezembro de 2009, 5,406% dos direitos de votos, como segue: % ACCIONISTA Directamente Indirectamente (através de Participada) N.º ACÇÕES 9.426.157 34.275 DE DIREITOS DE VOTO 5,386 0,020 Acções Próprias Detidas em 31.12.2009 Para efeitos da alínea d) do n.º 5 do artigo 66.º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que o Finibanco-Holding, SGPS S.A., em 31.12.2009, não detinha ou fez qualquer movimento sobre acções próprias. Nenhuma das sociedades dependentes, nos termos definidos no artigo 486.º do Código das Sociedades Comerciais, detinha ou fez qualquer movimento sobre acções do Finibanco-Holding, SGPS S.A. EXTRACTO DA ACTA NÚMERO QUARENTA E NOVE Aos vinte dias de Abril de dois mil e dez, pelas onze horas, nas instalações do Hotel Ipanema Porto, sitas à Rua do Campo Alegre, número cento e cinquenta e seis, nesta cidade do Porto, reuniu a Assembleia Geral dos Accionistas desta sociedade, que gira sob a firma FINIBANCO-HOLDING, SGPS S.A., pessoa colectiva número 502090243 (quinhentos e dois milhões, noventa mil e duzentos e quarenta e três), matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto, sob o mesmo número, e com o capital social integralmente realizado, de cento e setenta e cinco milhões de euros. Constituída a Mesa da Assembleia Geral pelo Presidente, António Joaquim de Matos Pinto Monteiro, pelo Vice-Presidente, Pedro Canastra de Azevedo Maia, e pelo Secretário do Finibanco-Holding, SGPS S.A., António Alfredo Martins Manso Gigante, verificou-se estarem presentes ou representados Accionistas titulares de 144.329.428 (cento e quarenta e quatro milhões, trezentas e vinte e nove mil, quatrocentas e vinte e oito) acções correspondentes a 1.443.285 (um milhão, quatrocentos e quarenta e três mil, duzentos e oitenta e cinco) votos, relativos a cerca de 82,47% (oitenta e dois vírgula quarenta e sete por cento) do Capital Social, com direito a voto, tudo conforme Listas de Presença e documentos a elas anexos que, depois de rubricados pelo Presidente da Mesa, ficam arquivados no dossier de documentos respeitante a esta Assembleia Geral. Encontravam-se também presentes os seguintes membros do Conselho de Administração: o Vice-Presidente, Humberto da Costa Leite, e os Vogais, Armando Esteves, Artur de Jesus Marques, Daniel Bessa Fernandes Coelho, Jorge Manuel de Matos Tavares de Almeida, António Luís Alves Ribeiro de Oliveira, Arlindo da Costa Leite, Carlos Manuel Marques Martins, Fernando da Rocha e Costa e Joaquim Mendes Cardoso. Do Conselho Fiscal, estavam presentes os Vogais Efectivos, António Monteiro de Magalhães e Joaquim Henrique de Almeida Pina Lopes, tendo faltado o Presidente, José Rodrigues de Jesus, que justificou a sua ausência. Estava ainda presente Ana Rosa Ribeiro Salcedas Montes Pinto, em representação do Revisor Oficial de Contas, Efectivo, Ernst & Young Audit & Associados-SROC, S.A. O Senhor Presidente da Assembleia Geral declarou então a Assembleia formalmente aberta, pelas onze horas e dez minutos. Em seguida, o Senhor Presidente verificou que a Assembleia havia sido convocada pelas Convocatórias publicadas no portal do Ministério da Justiça, mantido pelo Instituto dos Registos e Notariado, em dezassete de Março de dois mil e dez; no Sistema de Difusão de Informação da CMVM-Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, de dezasseis de Março de dois mil e dez; e no sítio da Nyse Euronext, em dezasseis de Março de dois mil e dez, encontrando-se, também desde dezasseis de Março de dois mil e dez, no sítio do Finibanco, no espaço do Governo da Sociedade do Finibanco-Holding, SGPS S.A., reservado às notícias sobre as Assembleias Gerais. Igualmente foi publicada a Lista de Accionistas, cujas participações excedem dois por cento do capital social do Finibanco-Holding, SGPS S.A., nos jornais, Público, página vinte e um, e Jornal de Notícias, página nove, ambos de catorze de Abril de dois mil e dez. Encontrando-se verificados todos os pressupostos para a regular constituição e funcionamento da Assembleia Geral, o Presidente da Mesa cumprimentou todos os presentes, membros da Mesa da Assembleia, do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, da representante do ROC e Accionistas e declarou a Assembleia regularmente constituída e em condições de funcionar de modo a ser discutida, analisada e votada a Ordem de Trabalhos. O Senhor Presidente abriu então um período de antes da ordem do dia para apresentar à Assembleia um voto de profundo pesar pelo falecimento do Presidente do Conselho de Administração, Álvaro Pinho da Costa Leite, nos seguintes termos: “Na qualidade de Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Finibanco-Holding, SGPS S.A., e tendo em conta que esta é a primeira reunião deste órgão após o falecimento do Senhor Álvaro Pinho da Costa Leite, quero exprimir o meu profundo pesar e consternação pelo desaparecimento de tão ilustre personalidade, que soube desempenhar, com dedicação e competência exemplares, o cargo de Presidente do Conselho de Administração desta Sociedade. Desejo prestar assim a minha Homenagem à Memória, nobreza de carácter e visão empresarial do Fundador do Finibanco.” Lida esta declaração, o Senhor Presidente convidou os Senhores Accionistas a associarem-se a este Voto de Homenagem, o que efectivamente sucedeu por parte de todos. Entretanto, o Vogal do Conselho Fiscal António Monteiro de Magalhães, em nome do Conselho, usou da palavra para expressamente se associar a este Voto de Homenagem, o mesmo tendo sucedido com idêntica atitude assumida pelo Vice-Presidente da Mesa desta Assembleia, Pedro Maia. Entrou-se então no período dedicado à Ordem de Trabalhos constante da convocatória, que a seguir se transcreve: “1. Deliberar sobre o relatório de gestão, balanço e contas individuais e consolidadas do Finibanco-Holding, SGPS S.A. relativas ao exercício de dois mil e nove; 2. Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados do exercício de dois mil e nove; 3. Deliberar sobre o Relatório do Governo da Sociedade referente ao exercício de dois mil e nove; 4. Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade, relativa ao exercício de dois mil e nove; ………… Entrando no primeiro ponto, o Presidente da Mesa convidou o Conselho de Administração a apresentar à Assembleia o relatório de gestão e o balanço e contas individuais e consolidadas. Tomou então a palavra o Vice-Presidente do Conselho de Administração, Humberto da Costa Leite, que fez uma exposição sobre a situação da Sociedade, tendo analisado, em termos quantificados, a evolução dos negócios e do património do Grupo Finibanco. Como ninguém mais quis usar da palavra, o Senhor Presidente da Mesa pôs à votação o relatório de gestão, balanço e contas individuais e consolidadas, os quais foram aprovados por unanimidade dos votos expressos, com a abstenção da representante da Accionista (…), ficando arquivados na pasta da Assembleia. Entrando no segundo ponto da Ordem de Trabalhos, foi apresentada pelo Conselho de Administração e lida pelo Secretário do Finibanco-Holding, SGPS S.A., a secretariar a Mesa da Assembleia, a seguinte: PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS “O resultado do exercício de dois mil e nove do Finibanco-Holding, SGPS S.A., obteve um lucro Individual de 14.490.410,35 euros (catorze milhões, quatrocentos e noventa mil, quatrocentos e dez euros e trinta e cinco cêntimos). Assim, o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação do lucro individual do exercício de dois mil e nove: Para Reserva Legal (10%) (dez por cento), 1.449.041,04 euros (um milhão, quatrocentos e quarenta e nove mil, quarenta e um euros e 4 cêntimos); Para Dividendos 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil) euros; Para Resultados Transitados 9.541.369,31 euros (nove milhões, quinhentos e quarenta e um mil, trezentos e sessenta e nove euros e trinta e um cêntimos); Total 14.490.410,35 euros (catorze milhões, quatrocentos e noventa mil, quatrocentos e dez euros e trinta e cinco cêntimos).” Como ninguém pediu a palavra para a discussão da Proposta de Aplicação de Resultados, o Presidente da Mesa pô-la à votação, tendo a mesma sido aprovada por unanimidade dos votos expressos, com a abstenção da representante da Accionista (…)”. Passando ao terceiro ponto da Ordem de Trabalhos, o Senhor Presidente da Mesa pôs à discussão o Relatório sobre o Governo da Sociedade, referente ao exercício de dois mil e nove. Como ninguém quis usar da palavra, o Senhor Presidente pô-lo à votação e foi aprovado por unanimidade dos votos expressos, com a abstenção da representante da Accionista (…). Entrando no quarto ponto da Ordem de Trabalhos, o Presidente da Mesa apresentou aos Senhores Accionistas a proposta que lhe foi entregue pelo Senhor António Augusto Soares de Almeida, em representação da Pedral-Pedreiras do Crasto de Cambra, S.A, para cumprimento do disposto no artigo 455.º, n.º 2, do Código das Sociedades Comerciais, nos seguintes termos: “O Exercício de 2009 foi extremamente exposto/condicionado devido à desaceleração da economia global. No sentido de ajudar os futuros exercícios, recomenda-se, entre outros, fazer uma abordagem do sistema financeiro ao abrigo das recomendações/regras Basileia II/Gestão de Risco. Teremos de saber alimentar os nossos níveis de capital consolidando políticas diversas, tais como, alianças estratégicas em mercados emergentes/PALOP, mantendo a necessidade de avaliar as políticas económicas e sociais desses mercados. Recomenda-se, nas alianças estratégicas, a inclusão de accionistas estrangeiros locais conhecedores e facilitadores de oportunidades por forma a potenciar/muscular a competitividade e diminuir a exposição ao risco. Do último exercício, acrescento e proponho que a Assembleia Geral possa autorizar/aprovar um voto de louvor a todos os órgãos sociais e em particular ao Conselho de Administração.” O Senhor Presidente da Mesa pôs a proposta à votação, a qual foi aprovada por unanimidade dos votos expressos, com a abstenção da representante da Accionista (…). ………… Antes de encerrada a reunião, pediu a palavra o Senhor Presidente do Conselho de Administração, Humberto da Costa Leite, para agradecer aos membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho Fiscal, do Conselho de Administração, aos Senhores Accionistas e à representante dos Auditores “Ernst & Young Audit & Associados-SROC, S.A.”, Ana Salcedas, a colaboração que lhe foi prestada ao longo do exercício de dois mil e nove. Esgotada a Ordem de Trabalhos, o Presidente da Mesa da Assembleia agradeceu a presença dos Senhores Accionistas, congratulou-se pela forma elevada como esta decorreu e pelo contributo que todos deram para o seu bom funcionamento, formulando votos de felicidades pessoais e profissionais aos elementos que integram os órgãos sociais e aos Senhores Accionistas presentes, tendo felicitado o novo membro do Conselho de Administração, António Couto Lopes, e o agora Presidente deste Conselho, Humberto da Costa Leite, a quem desejou todo o sucesso no desempenho das suas elevadas funções. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente da Mesa deu a sessão por encerrada, pelas doze horas, elaborando-se a presente Acta que vai ser assinada pelos Presidente e Vice-Presidente da Mesa da Assembleia e pelo Secretário do Finibanco-Holding, SGPS S.A., que a redigiu. António Alfredo Martins Manso Gigante, Secretário do Finibanco-Holding, SGPS S.A., certifica, nos termos da alínea f) do n.º 1 do art.º 446-B do Código das Sociedades Comerciais, que a transcrição extraída da Acta n.º 49 supra, exarada a folhas 13 a 18 do Livro de Actas da Assembleia Geral do Finibanco-Holding, SGPS S.A., é verdadeira, completa e actual e que da parte restante da referida Acta nada consta que amplie, restrinja, modifique ou condicione a fracção aqui certificada. O Secretário do Finibanco-Holding, SGPS S.A. António Alfredo Martins Manso Gigante