O que é preciso fazer para montar sua estratégia de Nuvem
Privada
Enquanto a escolha da tecnologia é importante, muitos outros trabalhos de análises financeiras, políticas
e processos precisam ser realizados antecipadamente. Aqui estão seis passos para desenvolver uma
estratégia de nuvem privada.
1. Catálogo de serviços
Se você ainda não refletiu sobre isto, precisa pensar sobre sua infraestrutura de TI como serviço. Existe
software para ajudar a criar um catálogo de serviços, e isso será vital em um determinado momento para
rodar a nuvem privada. Mas você pode começar com uma lista que descreve os serviços e os
componentes de TI por trás deles, junto com as informações de suporte do negócio, como a performance
necessária e o custo. O catálogo permite que a área de TI gerencie a demanda, os lucros e o
desempenho. Mas não é uma tarefa pequena caso uma grande empresa ainda veja os sistemas como
componentes individuais.
2. O caso do negócio
Como muitas empresas devem converter serviços de data centers existentes em nuvem privada, os CIOs
precisam lidar com os gastos totais de hoje e com o planejamento de crescimento nos próximos dois
anos. Uma complicação: não tem sentido fazer uma migração limpa, prolongada, serviço por serviço para
uma nuvem pública. Você não consegue entregar capacidade escalável dessa forma e você não vai
conseguir sentir a economia da escalabilidade. Provavelmente, será necessário criar uma nuvem privada
para um pequeno grupo de usuários ou serviços como um teste, mas você deve garantir um plano para
escalabilidade rápida.
3. Procedimentos de operações padrão
A TI precisa definir, claramente, quem tem acesso aos sistemas e definir as políticas e procedimentos
para sistemas de suprimento e eliminação de recursos e acessos. Enquanto o suprimento manual
funciona bem em alguns ambientes, para conseguir todos os benefícios do ambiente de nuvem, as
equipes de TI precisam forçar a automação para reduzir os erros, especialmente para as mudanças de
configuração. Do ponto de vista operacional, processos padrão, como Itil, são necessários na nuvem
privada para direcionar a eficiência e permitir a automação necessária para alcançar a economia
prometida. Além disso, quando ocorrem problemas, a determinação rápida de prioridades em estados de
emergência desses processos-padrão é obrigatória para manter a credibilidade. As principais áreas de
processos a serem definidas incluem acidentes, mudanças, lançamentos, problemas e configurações.
4. Padronização e uso compartilhado
As nuvens públicas são escaláveis. A Microsoft, no maciço data center que usa para rodar seu serviço de
nuvem Azure e seus aplicativos software como serviço, roda mais de 3.000 servidores por data center.
Porém, para uma única empresa, em que a quantidade de usuários é muito menor, é necessário garantir
que todas as áreas da empresa terão acesso ao serviço de nuvem privada. Se ainda existem obstáculos,
é preciso eliminá-los antes de mudar para um ambiente em nuvem. Uma política de compartilhamento de
uso, apoiada pelos executivos, também é obrigatória. Compartilhamento de uso exige padronização não
só das operações de TI, mas também de elementos, como níveis de serviços aceitáveis, tipos de
aplicativos e capacidades oferecidas pelo serviço de nuvem. A nuvem privada também pode agir como
catalisador para consolidar aplicativos, hardware e infraestrutura no data center.
5. Interoperabilidade
Supreendentemente, pouca gente está preocupada com compatibilidade - apenas 18% dos entrevistados
disseram que compatibilidade com a nuvem pública é importante. As chamadas nuvens híbridas
despertam pouco interesse, 69% disseram não ter planos para elas. Mas, mesmo para as empresas que
não têm planos de explorar a nuvem pública, e se você adquirir uma empresa que usa nuvem pública ou
sua própria nuvem privada?
Interoperabilidade de nuvem é muito difícil. Muitas nuvens públicas usam Xen para virtualização e, a
maioria das empresas, rodam em VMWare. Temos presenciado algumas tecnologias emergentes para
ativar ambientes de nuvem confederada e suporte mais amplo para API, mas a plataforma de suporte é
estreita.
Algumas fornecedoras de nuvem estão trabalhando em um API para gerenciamento remoto de
infraestrutura de computação em nuvem, o que permite que ferramentas trabalhem pelas nuvens para
realizar tarefas como implementação, escalabilidade e monitoramento. Hoje, cada nuvem tem seu
próprio API. Até que a indústria estabeleça quais serão os padrões a longo prazo, dê uma olhada em
sites como o Cloud-Standarts.org, wiki dedicada aos grupos que trabalham com interoperabilidade.
6. Tecnologia
Aqui, o modelo de fonte geral aparece pra brincar. Você quer criar e rodar sua nuvem privada ou
terceirizá-la? Fornecedores de serviços de TI estão mergulhando nesse mercado. Por exemplo, na
semana passada, a Hewlett-Packard declarou que irá gastar US$ 1 bilhão nos próximos anos para
automatizar seus data centers direcionados aos clientes, a fim de prepará-los para entregar serviços de
nuvem.
Em cada um desses passos, será preciso prestar atenção nas questões de segurança e compliance.
Quando perguntamos sobre a importância das diferentes características da nuvem privada, "alta
segurança" foi citada como "muito importante" por 65% dos profissionais de TI em nossa pesquisa.
Provavelmente, isso não é muito diferente do que os profissionais de TI diriam sobre seus data centers
existentes, mas uma nuvem privada gera novas preocupações sobre compliance. Como as cargas de
trabalho se movem por servidores físicos, mesmo que seja dentro do próprio data center, talvez seja
necessário investir em um novo software de relatório para suprir regras de auditoria.
Fonte: Information Week (Tradução: Rheni Victório)
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Viçosa, 31 de outubro de 2005