VII CONGRESSO INTERNACIONAL DAS ROTAS DE INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA DO SUL PAINEL 1 - INTEGRAÇÃO E SUSTENTABILIDADE-CENÁRIO PÓS CRISE JOAL TEITELBAUM, CCIBC, CRIAS, IAQ 01-10 Há aproximadamente um ano acendeu um alerta geral da crise que atingia as economias mais fortes do Planeta. Alguns estudos relatam que a perda da região com a crise foi de cerca de 2,0 trilhões de dólares e que o Mundo perdeu aproximadamente 50 trilhões de dólares. São números fantásticos se considerarmos que as maiores conquistas destes últimos 50 anos necessitaram da ordem de 5,0 trilhões de dólares. Os países em desenvolvimento vinham apresentando um crescimento que foi abruptamente interrompido e não havia como avaliar, naquele cenário, a extensão e a profundidade da turbulência econômica que atingiria a América do Sul. Temia-se que a locomotiva “ChinIndia” brecasse com tamanha intensidade que poderia fazer com que saísse dos trilhos, que os “Transatlânticos” do Hemisfério Norte, Estados Unidos e Europa, agitassem em tal intensidade que os Navios menores sofreriam danos irreparáveis. 02-10 Passou-se um ano e a economia mundial apresenta indicadores que apontam para uma estabilização de rumo , embora a velocidade de cruzeiro seja menor, o perigo de um mergulho destruidor não é mais aterradora. As atenções e cuidados permanecem mas há uma sinalização de estabilidade tendendo a recuperação, embora lenta. Uma das carências que entravou um desenvolvimento maior para a sub-região da América do Sul no período de crescimento de outras regiões, foi no campo físico, a falta de infra-estrutura que lhe conferisse a competitividade necessária, associado às carências e assimetrias nos campos econômico, social e na educação. 03-10 A crise global evidenciou o que os estudiosos já haviam alertado há alguns anos. Em evento realizado em abril de 2009, na cidade de Bogotá, Colômbia, denominado “Fórum dos Países Emergentes”, o CRIAS contribuiu com sugestões e que em seu resumo expressam-se em: 1. Definição da Visão e Missão dos países emergentes neste cenário de crise e dos processos e metas a serem seguidos no póscrise. 2.Ações que reconduzam ao restabelecimento da confiança. 3.Reformulação das instituições, fortalecendo-as e não devastandoas. 4.Transparência e Ética.para Sustentabilidade da Governança. 5.Ações focadas para evitar o enfraquecimento maior dos mais carentes. 6.Reexaminar Bretton Woods e considerar as origens de que o FMI seja uma espécie de Banco Central Mundial focado no desenvolvimento econômico e o Banco Mundial, o Banco Social. 7. Ter na infra-estrutura física e na logística científica um efetivo fator de integração. 8.Preservação dos fundamentos democráticos e expressar reservas em relação as ações populistas e demagógicas e 9.Bloquear o protecionismo e acelerar medidas para superar o impasse da Rodada de Doha. 04-10 Em conformidade com os princípios de qualquer Planejamento Estratégico e de Visão de Futuro, o objetivo maior deste Painel é: Como buscar construir os fundamentos, no qual se sabe de ante mão que um dos critérios principais é de que a “InfraEstrutura Física e a Logística Científica são um Efetivo Fator de Integração”, mas por si só não são auto-sustentáveis, procurando-se desta forma visualizarmos para a América do Sul o “CENÁRIO PÓS-CRISE”. 05-10 VII CONGRESSO INTERNACIONAL DAS ROTAS DE INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA DO SUL PAINEL 2 - A VISÃO SISTÊMICA DA INTEGRAÇÃO - POLITICAS ECONÔMICAS JOAL TEITELBAUM, CCIBC, CRIAS,IAQ 06-10 Esta é a questão a ser discutida: As Políticas Públicas Econômicas são protagônicas na Comunidade Sul-Americana para uma inserção compatível em âmbito mundial? Quais as ações para inserção do setor privado 07-10 Há mais de duzentos anos quando tinha-se na América do Sul as bandeiras de Espanha e de Portugal a sub-região despertava para suas guerras de independência, quer com o viés de integrar algumas de suas partes e em outros casos para evitar desintegrar-se. Nomes que hoje se constituem em vultos da História destacaram-se a frente destes movimentos. Ao longo destes dois últimos séculos a subregião tentou e tenta construir a sua integração, possuindo inúmeras identidades mas não tendo conseguido construir uma contínua visão sistêmica para alcançar o objetivos primacial. A realidade é que a simples construção de pontes, rodovias, ferrovias, hidrovias, navegação aérea, matriz energética interligada e comunicações, elementos físicos que são, por si só não irão construir a integração que seja eficiente e que tenha eficácia. Tais componentes são básicos, são necessários. Mas não são suficientes. A verdadeira integração abrange componentes tangíveis como a infra-estrutura física, as fontes de energia e as comunicações, mas abraça uma força sem a qual a integração não se sustenta e que se encontra em componentes intangíveis. 08-10 Estas componentes intangíveis estão nas Políticas Públicas nos campos econômico, social, ambiental, cultural e da educação. Mesmo que por obra humana ou divina a América do Sul alcançasse a uma velocidade até hoje não igualada por outra região o topo de desenvolvimento em sua infra-estrutura física, a sustentabilidade da sub-região seria deficiente, pois é fundamental para o desenvolvimento harmônico que os crescimentos nos campos econômico, social, ambiental e da educação sejam convergentes e congruentes. Esta série de painéis tem como meta e super-meta elencar sugestões que contribuam para concretizar a sustentabilidade sul-americana. A participação da sub-região América do Sul na economia mundial é de um índice inferior a 2%. Este indicador se por um lado evidencia a fragilidade, por outro lado demonstra se for levado em consideração a população da área e os recursos naturais, um potencial de oportunidades. 09-10 O CRIAS em seu IV Congresso Internacional já apresentou um case que denominou o “Triângulo das Desigualdades Idênticas” em que se procedeu ao estudo comparativo das respectivas populações e Produtos Interno Bruto entre as sub-regiões Europa, Estados Unidos e Canadá e América do Sul. Considerando-se organismos constituídos, a sub-região os possuí em número suficiente face aos objetivos com os quais foram criados, bem como no concernente a operacionalidade e sustentabilidade. A história e os resultados têm demonstrado que as metas e objetivos não foram conquistados nos patamares que outras regiões alcançaram no mesmo espaço de tempo. 10-10