Revista Portuguesa de Educação
ISSN: 0871-9187
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Universidade do Minho
Portugal
Sá, Virgínio
Reseña de "Escola-Família, uma Relação Armadilhada. Interculturalidade e Relações de Poder" de
Pedro Silva
Revista Portuguesa de Educação, vol. 17, núm. 1, 2004, pp. 211-219
Universidade do Minho
Braga, Portugal
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Revista Portuguesa de Educação, 2004, 17(1), pp. 211-219
© 2004, CIEd - Universidade do Minho
Silva, Pedro (2003). Escola-Família, uma Relação
Armadilhada. Interculturalidade e Relações de Poder.
Porto: Edições Afrontamento, 412 p.
S. Stoer, no prefácio à obra que agora se recenseia, observa que o
estudo da relação escola-família tem sido para Pedro Silva “simultaneamente
a paixão e a obsessão […] ao longo de mais de 20 anos de carreira como
sociólogo particularmente virado para as questões da educação” (p. 13). Na
verdade, Pedro Silva representa seguramente o autor que, em Portugal, mais
insistentemente e de forma mais esclarecida, tem posto em destaque o
carácter complexo e paradoxal da “interface escola-família”. A obra em apreço
é disso um testemunho indesmentível. Trata-se de uma investigação, como o
autor esclarece, na confluência de uma problemática — a relação escolafamília — com um campo disciplinar — a sociologia da educação.
A arquitectura da presente obra contempla três partes subdivididas em
seis capítulos. Na primeira parte, organizada em três capítulos, procede-se a
uma reflexão teórica e conceptual e faculta-se uma leitura crítica da bibliografia
dedicada à problemática da relação escola-família. Na segunda parte,
segmentada em dois capítulos, a análise centra-se no contexto nacional,
primeiro explorando as políticas educativas e a participação parental no
contexto nacional, depois apresentando e discutindo os resultados do trabalho
etnográfico levado a cabo ao longo de dois anos lectivos em três escolas do 1º
ciclo. Na terceira parte, condensada num capítulo (VI), recupera-se uma ideia
transversal a toda a obra: a relação escola-família é, potencialmente, uma
relação armadilhada, mas, insiste-se, desarmadilhável. Recuperam-se
também aqui outros vectores estruturantes do conjunto da obra: a relação
escola-família, como qualquer relação social, é atravessada por relações
(assimétricas) de poder; a relação escola-família constitui uma relação entre
culturas; a relação escola-família é marcada por clivagens sociológicas. Da
confluência destas linhas de força resulta uma conclusão lógica: na sua
relação com a escola (e não só), “alguns pais são mais iguais do que outros”.
No primeiro capítulo, depois de se constatar que a “relação escolafamília está hoje na moda” (p. 27), investe-se na explicação da “emergência,
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desenvolvimento e paradoxos” daquela relação. Nesta análise interroga-se o
sentido do “consenso legislativo” (p. 29) que caracteriza o “mundo ocidental”,
sobretudo no pós 2ª Guerra Mundial. Na linha de N. Beattie e de P. Brown, P.
Silva destaca o facto ter sido o “Estado o principal ‘patrocinador’ de uma maior
interligação escola-família e não uma qualquer pressão de eventuais
movimentos populares” (p. 35).
Duas questões relevantes estruturam o percurso indagativo do autor: O
que são e quem são os pais face à escola? A primeira questão cria o ensejo
para se explorarem algumas das tipologias sobre os possíveis papéis que os
pais podem assumir na sua relação com a escola — consumidores; gestores;
consumidores-cidadãos; e educadores, colaboradores e/ou parceiros —
conferindo-se particular atenção ao desvelar dos potenciais efeitos perversos
de certas ofertas participativas, com destaque para o estatuto de consumidor,
sobretudo quando inscrito num modelo mercadorizado. A resposta à segunda
questão proporcionou a oportunidade para se porem a descoberto as
“clivagens sociológicas” que atravessam os pais enquanto actor colectivo,
denunciando-se os efeitos marginalizantes da “indiferença à diferença” da
escola monocultural, sobretudo para a classe operária. Neste cenário, adverte
P. Silva, “a relação escola-família pode constituir-se (não forçosamente,
note-se) num meio de reprodução social e cultural, pode consistir numa relação
armadilhada” (p. 76).
No segundo capítulo, P. Silva ensaia “um sobrevoo” sobre alguns
conceitos e teorias relevantes para a exploração do seu objecto de estudo,
começando por denunciar a pouca problematização em torno desses mesmos
conceitos e teorias. A abrir confere centralidade à discussão em torno do termo
“pais” pondo em destaque algumas das linhas de clivagem que o atravessam
— género, classe social, tipo de família, etnia/raça, orientação sexual e
profissão. Faz ainda uma breve incursão no debate em torno dos termos pais
e/ou família(s), envolvimento e participação, relação, colaboração e parceria,
parceria e partenariado, procurando explicitar as suas próprias opções. Num
capítulo que pretende discutir e clarificar conceptualmente termos “usados e
abusados” no debate sobre a relação escola-família, surpreendeu-nos a quase
ausência de problematização do termo participação. Ficou também de fora
desta clarificação conceptual a expressão “comunidade educativa”.
Leituras 213
A primeira parte encerra com um capítulo dedicado à revisão da
bibliografia especializada sobre a problemática em apreço. Esclarece o autor
que o que está em causa não é a exaustividade, o que, dada a “vastidão” do
campo se revelaria impossível, mas antes “a interpretação — necessariamente
pessoal, subjectiva — daquilo que têm sido os traços dominantes daquela
bibliografia” (p. 98). As cerca de três dezenas de páginas que compõem este
capítulo condensam, na verdade, um trabalho moroso, denso e criterioso de
análise crítica de uma ampla produção quer nacional, quer estrangeira. A
“interpretação” proposta por P. Silva traduziu-se na arrumação da ampla
bibliografia analisada em três grandes perspectivas: i) a escolacêntrica; ii) a
centrada na comunidade; iii) a centrada na relação pedagógica.
O que há de comum à vasta bibliografia sobre a relação escola-família
submetida a exame é que, apesar de os pais (e os alunos) serem partes
interessadas naquela relação, a sua voz está quase sempre ausente. Como
nota Silva, da revisão da bibliografia em apreço conclui-se que “não só
predomina uma visão ‘professorocêntrica’, como ‘adultocêntrica’” (p. 121).
A segunda parte da obra abre com uma abordagem sócio-histórica
centrada no contexto de emergência, desenvolvimento e consolidação da
participação parental em Portugal, problemática explorada no quarto capítulo.
Da leitura crítica que o autor faz do “puzzle legislativo-normativo” (p. 159) do
período compreendido entre 1974 e 2000, cruzada com dados provenientes de
outras fontes de evidência, conclui-se que, não obstante os “ziguezagues” de
percurso, no final do período em análise, “pode finalmente afirmar-se que
existe uma legislação minimamente coerente sobre a participação dos pais,
quer a nível de estabelecimentos de educação e ensino, quer a outros níveis
do sistema educativo, quer ainda para além do próprio sistema educativo” (p.
157). Três breves notas sobre a proposta de periodização da participação
parental em Portugal. Embora o “puzzle legislativo-normativo” que sustenta a
periodização proposta seja bastante exaustivo, surpreende-nos que os
diversos “textos preparatórios” produzidos no âmbito da Comissão de Reforma
do Sistema Educativo não tenham sido objecto de análise. Por outro lado, e
porque se considerou a “produção legislativa específica” como 9º critério mais
indicado para organizar a tipologia, parece-nos contraditório designar o 2º
período (1974-75) de “Período revolucionário”/“ruptura revolucionária” e,
simultaneamente, se concluir que “Do ponto de vista legislativo […] o que há a
214 Leituras
assinalar é a ausência de legislação específica” (p. 134). Finalmente,
constituindo a relação escola-família a problemática do estudo, não faria mais
sentido uma tipologia sobre a globalidade daquela problemática, e não apenas
sobre uma parcela, neste caso a participação parental?
Se na primeira parte do quarto capítulo se privilegiou um registo mais
descritivo na apresentação do processo de emergência, desenvolvimento e
consolidação da participação parental em Portugal, na segunda parte investese na problematização teórica acerca do sentido daquele processo.
Subscrevendo a “tese” da condição de semiperiferia do Estado português, na
linha, por exemplo, de Boaventura de Sousa Santos, e cruzando essa condição
com a concepção de Estado de Roger Dale, P. Silva procura articular um
puzzle teórico que permita fazer sentido com alguns dos “paradoxos” antes
referenciados. Daquele cruzamento resultou a produção de lentes teóricas que
permitiram refinar o olhar e formular algumas das questões/hipóteses mais
estimulantes e desafiadoras colocadas ao longo do trabalho. Destacamos, por
exemplo, as interrogações levantadas pelo autor a propósito do voluntarismo
do Estado em promover uma maior participação dos encarregados de
educação. Admitindo que tal promoção tanto pode significar a expansão do
“espaço-tempo estrutural do Estado” como do “espaço-tempo doméstico”,
Silva concluiu estarmos perante uma “relação escola-família [que] constitui um
entre dois”, ou seja, “situa-se entre o Estado-regulador e a sociedadeprovidência” (p. 172), sendo que a sua localização, em concreto, não é
determinável a priori.
Na última parte do quarto capítulo, P. Silva “especializa” mais a análise
e explora o que denomina de “paradoxos nacionais de uma relação”. Aqui
destacamos a problematização do significado da “relativa invisibilidade” do
movimento associativo de pais no período subsequente ao 25 de Abril (197475), “invisibilidade” que contrasta com o protagonismo e visibilidade social de
outros movimentos populares então emergentes. Na tentativa de explicar a
“invisibilidade” do referido movimento associativo, P. Silva convoca sobretudo
dois argumentos: a sua “composição sociológica de classe média” e o seu
“sentido político conservador” (p. 182). Mesmo admitindo que possa haver
alguma sustentação empírica para as duas “teses” invocadas, como
observámos noutro estudo (Lima & Sá, 2002: 45), “fica contudo por explicar por
Leituras 215
que razão os pais progressistas e das classes populares não se organizaram
em movimento associativo para a intervenção na escola, como o fizeram para
a intervenção noutros contextos organizacionais, políticos e sociais”, questão
incontornável por não podermos presumir que o movimento associativo de pais
seja naturalmente conservador1. Neste capítulo P. Silva aprofunda ainda
aquela que é seguramente uma das ideias centrais da sua tese: “a emergência
da participação parental corresponde a uma iniciativa e uma imposição do
poder, mais do que uma resposta a pressões de ‘baixo’” e constitui “uma
resposta a uma crise de legitimação do Estado” (p. 185), crise que, no caso de
Portugal, sustenta o autor, tem uma tripla face: universal — crise de
legitimação do Estado comum às outras sociedades capitalistas; particular —
crise de legitimação endémica típica dos Estados semi-periféricos; singular —
crise específica da formação social portuguesa decorrente, nomeadamente, do
processo de transição da ditadura para a democracia. Apesar da centralidade
que as questões da legitimidade assumem na economia da argumentação do
autor a propósito da emergência, desenvolvimento e consolidação da
participação parental em Portugal, em nenhum momento se faz qualquer
referência à perspectiva teórica que mais mobiliza aquela dimensão na
explicação das estruturas, das actividades, dos discursos e das ideologias
organizacionais. Referimo-nos, obviamente, à perspectiva (neo)institucional.
A segunda parte da obra encerra com um extenso capítulo (cerca de
150 páginas) onde se procura “etnografar uma relação”. Dois anos de trabalho
de campo em três escolas do 1º ciclo, inseridas em outras tantas
“comunidades educativas” do centro-litoral do país, cada uma com as suas
especificidades sócio-culturais, possibilitaram a P. Silva reunir cerca de
novecentas páginas de notas de campo (p. 343) que, cruzadas com a reflexão
teórica anterior, lhe permitiram construir o “prisma multifacetado” com que
procurou retratar a realidade. Ao fazê-lo, P. Silva pôs em destaque a natureza
caleidoscópica da relação escola-família. Neste capítulo, como em toda a obra,
o autor procura gerir a relação tensa entre, por um lado, uma leitura crítica em
que põe em destaque a interacção escola-família como uma relação
(assimétrica) de poder e, portanto, potencialmente geradora de (novos)
mecanismos de reprodução social e cultural, e, por outro lado, a sua postura
sociológica de recusa intransigente de qualquer tipo de determinismos ou
216 Leituras
fatalismos que reduzam os actores a meros drogados culturais e/ou estruturais
(Giddens, 2000)2. A possibilidade de “pôr um pauzinho na engrenagem” (p.
241) e de “fazer circular o vício para fora do círculo” (p. 344), constituem
alternativas em aberto pois, mesmo considerando que “a cultura é uma arma”,
no território das relações escola-família, “ninguém está desarmado” (p. 344),
ainda que, sublinha o autor, a sofisticação das armas seja diferente.
A selecção das três “comunidades educativas” em que se desenvolveu
o trabalho etnográfico permitiu a P. Silva demonstrar como a “clivagem
sociológica”, nas suas diversas configurações, com destaque para a classe
social e para o género, exerce uma forte influência sobre as expectativas,
representações e práticas familiares, mas também sobre o modo como os
professores, neste caso as professoras, interagem com as crianças e com os
próprios pais. Mergulhar no terreno da acção foi ainda relevante para pôr a
descoberto a distância entre os discursos (quase sempre “politicamente
correctos”) e as práticas que, embora diversas, nunca chegaram a ameaçar o
status quo, a traduzir-se na reinvenção da escola, condição necessária a uma
“efectiva abertura da escola à família e à comunidade” (p. 254). Aqui, julgamos
nós, a mobilização do conceito de “hipocrisia organizacional” de Brunsson
(1989) poderia ter introduzido outro sentido naquela desarticulação.
“O poder invisível da directora”, a “associação de pais como ofício da
classe média”, o papel específico dos “pais-professores” e as implicações da
“correspondência positiva” e da “correspondência negativa” sobre a autonomia
deste segmento de encarregados de educação face à escola, o papel da
criança como “carteiro de serviço” e como “moeda de troca”, constituem
algumas das “problemáticas e actores” que a opção por uma etnografia
reflexiva, aliada à sensibilidade sociológica do autor, permitiram recolocar no
espaço do vivido, condição necessária à sua inteligibilidade pois, como se
esclarece logo no início da obra, “a relação escola-família não acontece num
vácuo — social e físico. Ela é interpretada por seres humanos que ocupam um
espaço e um tempo concretos” (p. 20). Na representação dos seus papéis, os
vários actores em presença, aí incluído o investigador, mobilizam,
naturalmente, as suas bases de poder, porque, como tantas vezes se insiste
ao longo deste trabalho, a relação escola-família, como toda a relação social,
é uma relação de poder, e porque envolve actores situados (investigados e
Leituras 217
investigador)3, é também uma relação entre culturas. Estas duas dimensões,
como tão profusamente documenta P. Silva, irão marcar, sem determinar,
todas as interacções que se desenvolvem no interior das “teias múltiplas” das
várias interfaces que se estabelecem no “polígono” (escaleno, acrescentamos
nós) que delimita o espaço em que acontecem aquelas interacções. Os vários
incidentes críticos captados pelas lentes teóricas do investigador revelam, de
forma expressiva, as disputas “territoriais” entre pais e professores e a forma
como a “legislação” e o “pedagógico”, “meios” aparentemente inócuos, podem
ser convertidos em instrumentos de delimitação e legitimação de fronteiras, de
apropriação desigual pelos vários contendores.
No capítulo que encerra a terceira e última parte da obra, P. Silva
respiga algumas das pontas da trama com que procurou urdir a complexa teia
das relações escola-família, aprofundando a matriz teórica com que procurou
desvelar as “armadilhas” que se escondem sob as roupagens apelativas dos
discursos apologéticos que incentivam aquela relação. Recuperando uma das
linhas de força da sua tese — a relação escola-família como uma relação entre
culturas — o autor refina ainda mais a análise confrontando, na linha de Tomaz
Tadeu da Silva, a equivalência antropológica das culturas com a sua
desigualdade e hierarquização sociológicas, deixando claro que há “culturas
dominantes” e “culturas dominadas” e, consequentemente, oportunidades
desiguais para as diferentes crianças e famílias face à escola. A leitura crítica
do autor adensa-se ao denunciar que a escola monocultural não o é apenas
em relação às minorias étnicas. Ao multiculturalismo exógeno acrescenta-se o
multiculturalismo endógeno (p. 362) e, portanto, parafraseando B. S. Santos, a
possibilidade de excluídos do interior.
Conclui P. Silva que “Construir uma relação escola-família nãofolclorista, não-daltónica, significa, na prática, construir uma relação assente na
promoção da participação de todos (democracia participativa e não apenas
representativa) e na promoção da igualdade de direitos (sociais, culturais,
cívicos) de cada indivíduo e de todos os grupos (cidadania colorida, na
expressão de Luísa Cortezão, 2000)” (p. 384-5). Ora tal desiderato implica,
entre outras coisas, uma nova concepção de professor, um intelectual
transformador dotado de “sensibilidade sociológica e antropológica” (p. 372),
mas também uma nova concepção de escola. Talvez assim se possa “fazer
218 Leituras
circular o vício para fora do círculo” e a “armadilha” se revele afinal
“desarmadilhável”.
Na sua longa “viagem às margens do sistema educativo”, P. Silva
descreve-nos, numa linguagem sóbria e elegante, um território minado de
“armadilhas”, mas também prenhe de possibilidades de emancipação. A
triangulação disciplinar que privilegiou (sociológica, antropológica e histórica),
aliada à sua opção epistemo-metodológica por uma etnografia reflexiva,
permitiram-lhe produzir um retrato dinâmico e singular de cada uma das três
“comunidades educativas” onde se confrontaram actores de “carne e osso”,
dotados de valores, interesses, expectativas e agendas distintas. O seu olhar
teoricamente educado permitiu-lhe desvelar riscos, mas também descortinar
possibilidades, uns e outras raramente visíveis a olho nu. Estamos,
seguramente, perante uma obra de referência sobre a complexa teia das
relações escola-família, cuja leitura vivamente se recomenda.
Notas
1
Num estudo mais recente em que retomamos esta questão (Sá, 2003: 63-4),
procurámos mobilizar outras racionalidades e, sobretudo, uma concepção distinta
de actor social, para tornar mais inteligível a compreensão do que já antes
designámos de “conspiração de silêncio”. Essa concepção de actor social é
inspirada no olhar específico da abordagem neo-institucional e, mais
especificamente, no texto de Meyer, Boli & Thomas (1994).
2
Tomámos aqui as expressões de “drogados culturais” e “drogados estruturais” de
Giddens (2000: 9)
3
Como afirmam Denzin & Lincoln (1998: 23), “Every researcher speaks from within a
distinct interpretative community, which configures, in its special way, the
multicultural, gendered components of the research act.”
Referências
BRUNSSON, N. (1989). The Organization of Hypocrisy. Talk, Decisions and Actions in
Organizations. Chichester: John Wiley & Sons Ltd.
GIDDENS, A. (2000). Dualidade da Estrutura. Agência e Estrutura. Oeiras: Celta Editor.
LIMA, L. C. & SÁ, V. (2002). A Participação dos Pais na Governação Democrática das
Escolas. In J. Lima (Org.). Pais e Professores: Um Desafio à Cooperação. Porto:
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Leituras 219
MEYER, J., BOLI, J. & THOMAS, G. (1994). Ontology and Rationalization in the
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SÁ, Virgínio (2003). A Participação dos Pais na Escola Pública Portuguesa. Uma
Abordagem Sociológica e Organizacional. Braga: Universidade do Minho.
Virgínio Sá
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