2015
|
ano
6
|
número
20
|
www.sbn.com.br
hoje
Defesa profissional:
resgatando o passado em busca de
novas conquistas
Presidente e ex-presidentes falam sobre a importância histórica
da defesa profissional e da Comissão de Exercício Profissional
Em foco
Neurocirurgia e
cidadania
Comissão
A preocupação
com o ensino
Representantes Estaduais
ALAGOAS
Aldo Sérgio Calaça Costa
Rua Imbuia, 153
Maceió/AL - CEP: 57052-555
(82) 33714193
BAHIA
Sociedade Baiana de Neurocirurgia
Almir Plessim de Almeida
Av. Reitor Miguel Calmon, 1210 - Sala 614
Salvador/BA - CEP: 40110-100
(71) 32372380
CEARÁ
SOCENNE - Sociedade Cearense de
Neurologia e Neurocirurgia
Daniel Freire de Figueirêdo
Av. Santos Dumont, 3131 - Sala 918 - Ed.
Torre Del Paseo
Fortaleza/CE - CEP: 60150-162
(85) 99986407
[email protected]
www.socenne.com.br
DISTRITO FEDERAL
SONEDF - Sociedade de Neurocirurgia do
Distrito Federal
Mauro Takao Marques Suzuki
SHLS 716 conjunto L - Edifício Centro
Clínico Sul
Sala L 322 - Torre I - Clinica Suzuki
Asa Norte - Brasília/DF - CEP: 70390-907
(61) 32457032
ESP ÍRITO SANTO
Eliza Leal Suzano
Avenida Leitão da Silva, 180
Sala 404 - Ed. Atlantis Tower
Praia do Suá - Vitória/ES
(27) 33259431
GOIÁS
SGNC - Sociedade Goiana de Neurocirurgia
Carlos Roberto Sampaio de Assis
Drummond
BR 153, Km 8,5 - Chácara Aurora - Vila Sul
Aparecida de Goiânia/GO - CEP: 74910-815
(62) 32817142
[email protected]
www.sgnc.com.br
MATO GROSSO
SNMT - Sociedade de Neurocirurgia do
Mato Grosso
Giovani Mendes Ferreira
Av. Aclimação, 135, 1º andar, sala 24,
Centro Empresarial Villagio Bosque
Cuiaba/MT - CEP: 78050-040
(65) 30237990
MATO GROSSO DO SUL
SONEMS - Sociedade de Neurocirurgia do
Mato Grosso do Sul
Claudio Vinicius Sorrilha
Rua Dr. Arthur Jorge, 365
Campo Grande/MS - CEP: 79002-440
(67) 33139791
MARANHÃO
Arthur Lopes Gonçalves Almeida
Rua do Passeio, 365
São Luís/MA - CEP: 65015-370
(98) 32212500
[email protected]
MINAS GERAIS
Sociedade Mineira de Neurocirurgia
Marcelo Batista Chioato dos Santos
Av. João Pinheiro, 161
Belo Horizonte/MG - CEP: 30130-180
(31) 32471600
[email protected]
PARAÍBA
Gustavo Cartaxo Patriota
Avenida São Paulo, 854
João Pessoa/PB - CEP: 58030-040
(83) 32098000
PARANÁ
SONEPAR - Associação dos Neurocirurgiões
do Paraná
Johnni Oswaldo Zamponi
[email protected]
sonepar.org.br
PERNAMBUCO
SPNC - Sociedade Pernambucana de
Neurocirurgia
José Laércio Junior Silva
Rua Oswaldo Cruz, 393, Sl. 5
Recife/PE - CEP: 50050-220
(81) 34239674
[email protected]
www.neurocirurgiape.com.br
PIAUÍ
Sociedade Piauiense de Neurocirurgia
José Nazareno Pearce Oliveira Brito
Rua São Pedro, 2133
Teresina/PI - CEP: 64001-260
(86) 32235325
RIO DE JANEIRO
Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro
Ruy Castro Monteiro da Silva Filho
Rua Santa Clara, 50 - Sl. 819
Copacabana - Rio de Janeiro/RJ
CEP: 22041-010
(21) 32082184
www.sncrj.com.br
[email protected]
RIO GRANDE DO NORTE
SONERN - Sociedade de Neurocirurgia do
Estado do Rio Grande do Norte
Sérgio Adrian Fernandes Dantas
Av. Hermes da Fonseca, 1396
Natal/RN - CEP: 59020-650
(84) 32116698
RIO GRANDE DO SUL
SNNRS - Sociedade de Neurologia e
Neurocirurgia do Rio Grande do Sul
Ericson Sfreddo
Av. Ipiranga, 5311 - Sl. 209
Porto Alegre/RS
(51) 30142083
SANTA CATARINA
SCN - Sociedade Catarinense de Neurocirurgia
Iraê Ruhland
Rua Antonia Alves 210 - Itaguaçu
Florianópolis/SC - CEP: 88085390
(48) 32490286
[email protected]
www.acm.org.br/sociedade-catarinensede-neurocirurgia/
SÃO PAULO
SONESP - Associação dos Neurocirurgiões
do Estado de São Paulo
Luiz Antonio Araújo Dias
Rua Leandro Dupré, 204 - Cj. 52
Vila Clementino - São Paulo/SP
CEP: 04025-010
(11) 50836119
www.sonesp.com.br
[email protected]
19
além da neurocirurgia
22
dicas de viagens
Navegar é preciso, fazer o bem,
também.
8
Capa:
Defesa profissional
Florianópolis: harmonia entre
passado e presemte
SUMÁRIO
4
Representantes estaduais
5
Mensagem do presidente
14
em foco
Neurocirurgia e cidadania
Modesto Cerioni Jr.
5
EDitorial
15
Atento ao jovem neurocirurgião
16
Agenda da diretoria
Compromissos da diretoria no segundo trimestre de 2015
7
17
18
Arquivos Brasileiros
A Neurocirurgia brasileira mirando novos horizontes
Página do residente
Unidos pela vocação para a neurocirurgia
20
pródoc
Pensando (e repensando) o valor da marca nos
serviços médicos
João Teixeira Pinto
12
OPINIÃO
Neurocirurgia - especialidade de risco
Homenagem
José Luiz Rodrigues Branco, Luiz Henrique Garcia Lopes e
comissão
Ensino
José Marcus Rotta
6
DEpartamentos
21
eventos
Calendário SBN
www.sbn.com.br
(11) 3051-6075
[email protected]
Membro
Luis Renato Garcez de Oliveira Mello
Membro
Luiz Carlos de Alencastro
Membro
Marcos Masini
Membro
Orival Alves
Membro
Osmar José Santos de Moraes
Membro
Ricardo Vieira Botelho
Diretoria 2014-2016
Comissões
Presidente
Modesto Cerioni Junior
Vice-Presidente
Clemente Augusto de Brito Pereira
Secretário Geral
Marco Túlio França
Tesoureira
Marise Augusto Fernandes Audi
1º Secretário
Roberto Sérgio Martins
Secretário Executivo
Italo Capraro Suriano
Presidente Anterior
Sebastião Nataniel Silva Gusmão
Presidente Eleito 2016-2018
Ronald de Lucena Farias
Presidente do Congresso de 2016
Márcio Vinhal de Carvalho
Presidente Eleito - Congresso de 2018
Marcelo Paglioli Ferreira
Diretor de Departamentos
José Marcus Rotta
Diretor de Diretrizes
Ricardo Vieira Botelho
Diretor de Formação Neurocirúrgica
Benedicto Oscar Colli
Diretor de Honorários
José Carlos Esteves Veiga
Diretor de Parlamentário
Marcos Masini
Diretor de Patrimônio
Samuel Tau Zymberg
Diretor de Políticas
Clemente Augusto de Brito Pereira
Diretor de Relações Internacionais
José Marcus Rotta
Diretor de Relações Institucionais
Cid Célio Jayme Carvalhaes
Diretor de Representantes Regionais
Paulo Ronaldo Jubé Ribeiro
Diretor da Revista Arquivos Brasileiros
Eberval Gadelha Figueiredo
Diretor Editor da Revista SBN Hoje
José Marcus Rotta
Conselho Deliberativo
Presidente
Jorge Luiz Kraemer
Secretário
Benjamim Pessoa Vale
Membro
Aluízio Augusto Arantes Junior
Membro
Geraldo de Sá Carneiro Filho
Membro
Jair Leopoldo Raso
Membro
Jânio Nogueira
Membro
José Carlos Saleme
Membro
José Fernando Guedes Correa
Membro
José Marcus Rotta
Membro
Luis Alencar Biurrum Borba
SBN Hoje
4
Acreditação de Eventos
Coordenador
Mario Augusto Taricco
Membro
Alessandra de Moura Lima
Membro
Audrey Beatriz Santos Araujo
Membro
Rodrigo Moreira Faleiro
Membro
Sergio Tadeu Fernandes
Credenciamento
Coordenador
Roberto Colichio Gabarra
Membro
Albedy Moreira Bastos
Membro
Marcelo Batista Chioato dos Santos
Membro
Paulo Valdeci Worm
Membro
Ruy Castro Monteiro da Silva Filho
Membro
Sandoval Inácio Carneiro
Ensino
Coordenador
Paulo Andrade de Mello
Membro
Alexandre Varella Giannetti
Membro
Apio Cláudio Martins Antunes
Membro
Feres Eduardo Aparecido Chaddad Neto
Membro
Hélio Ferreira Lopes
Membro
Wen Hung Tzu
Ética
Coordenador
Felix Hendrik Pahl
Membro
Asdrubal Falavigna
Membro
Denise Marques de Assis
Exercício Profissional
Coordenador
Albert Vincent Berthier Brasil
Membro
Carlos Batista Alves de Souza Filho
Membro
Edson Lopes Júnior
Membro
Luiz Antonio Araujo Dias
Membro
Marcelo Luis Mudo
Membro
Sérgio Listik
Fiscal
Membro
Valter da Costa
Membro
José Carlos Saleme
Membro
José Arnaldo Motta de Arruda
Membro
Cid Célio Jayme Carvalhaes
Membro
Jânio Nogueira
Gerenciamento do Fundo Financeiro
Membro
Italo Capraro Suriano
Membro
Nelson Pires Ferreira
Membro
Roberto Colichio Gabarra
Título de Especialista
Coordenador da Prova Prática
Jefferson Walter Daniel
Coordenador da Prova Teórica
Paulo Henrique Pires de Aguiar
Membro
André Martins de Lima Cecchini
Membro
Antônio Aversa Dutra do Souto
Membro
Antonio Cesar de Melo Mussi
Membro
Bruno Silva Costa
Membro
Cassius Vinícius Corrêa Dos Reis
Membro
Jean Gonçalves de Oliveira
Membro
Mauro Takao Marques Suzuki
Membro
Paulo Abdo do Seixo Kadri
Membro
Samuel Tau Zymberg
Membro
Wilson Faglioni Júnior
Departamentos
Neurointensivismo
Coordenador
Gustavo Cartaxo Patriota
Secretário
Leonardo Christian Welling
Oncologia
Coordenadora
Ana Lucia Mello de Carvalho
Secretário
Leonardo Augusto Wendling Henriques
Pediatria
Coordenadora
Nelci Zanon Collange
Secretária
Márcia Cristina da Silva
Radiocirurgia
Coordenador
Vladimir Arruda Zaccariotti
Secretário
Evandro César de Souza
Trauma
Coordenador
Nelson Saade
Secretário
Wellingson Silva Paiva
Vascular
Coordenador
Feres Eduardo Aparecido Chaddad Neto
Secretário
Hugo Leonardo Doria Netto
RJ Estrada do Bananal, 56 - Freguesia/Jacarepaguá
- CEP: 22745-012 - (21) 2425-8878
Base de Crânio
Coordenador
Jorge Luiz Amorim Corrêa
Secretário
Cassius Vinícius Corrêa Dos Reis
SP Av. Santa Catarina, 1.521 - Sala 308 - Vila
Mascote - CEP: 04378-300 - (11) 2539-8878
Coluna
Diretor: Renato Gregório
Diretor digital: Marconde Miranda
Gerente editorial: Bruno Aires
Editor: Marcello Manes (MTB 31949-RJ)
Gerente comercial: Karina Maganhini
Gerente de marketing: Valeska Vidal
Coordenadora editorial: Mariana Moreira
Coordenador técnico-científico: Guilherme
Sargentelli (CRM 541480-RJ)
Redação: Mariana Moreira e Rafael Martins
Revisores: Adriano Bastos e Leonardo de Paula
Coordenadora de design gráfico: Danielle V.
Cardoso
Designers gráficos: Douglas Almeida, Gabriel
Arcanjo, Monica Mendes e Tatiana Couto
Gerentes de relacionamento: Beatriz Piva,
Camila Kuwahara, Elis Satomi, Juliana Cunha,
Sâmya Nascimento e Selma Brandespim
Coordenadoras administrativas: Cintia
Vasconcelos e Thamires Cardoso
Produção gráfica: Pedro Henrique Soares
Coordenador
Marcelo Luis Mudo
Secretário
Andrei Fernandes Joaquim
Endovascular
Coordenador
Leandro Jose Haas
Secretário
José Laércio Junior Silva
Funcional
Coordenador
Sérgio Adrian Fernandes Dantas
Secretário
Walter José Fagundes Pereyra
Jovem Neurocirurgião
Coordenador
Christian Diniz Ferreira
Secretário
Guilherme Brasileiro de Aguiar
Nervos Periféricos
Coordenador
Francisco Flavio Leitão de Carvalho Filho
Secretário
Emerson Luis Campelo de Oliveira
USA 4929 Corto Drive - Orlando - FL - 32837 1 (321) 746-4046
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Publicidade e reimpressões
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e 9.610/98. É proibida a reprodução total ou parcial, por
quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, da
DOC Content. Publicação destinada à classe médica.
Mensagem do presidente
Quero começar dizendo que 100 novos colegas foram aprovados, em março, na prova de título de especialista.
Parabéns aos primeiros classificados,
que serão premiados. Feito isso, aproveito este espaço para passar diversos
informes, todos de grande relevância
para os membros da SBN:
- A reforma estatutária contendo os
ajustes necessários para total adequação da
sociedade à legislação vigente está concluída. Foi analisada e aceita pelos conselheiros do Conselho Deliberativo. Agora, está
sendo encaminhada aos associados para
que tomem conhecimento do seu teor e
concordem com a sua aprovação definitiva na próxima assembleia geral, durante o
próximo Congresso Brasileiro de Atualização em Neurocirurgia (CBAN) - www.
congressodeatualizacaosbn.com.br.
- No CBAN 2015, os médicos preceptores serão homenageados pelo reconhecimento do seu importante trabalho e também terão redução no valor da inscrição.
- A SBN foi eleita pelas demais sociedades e, pela primeira vez, ocupará
uma das vagas no Conselho Deliberativo da AMB. Desse modo, aumenta sua
relação e atuação naquela entidade.
- A Capes atendeu à solicitação da
SBN e adquiriu as duas revistas: Neurosurgery e Journal of Neurosurgery, que
já podem ser consultadas nas instituições de ensino. O acordo fechado com
a Capes e próxima diretoria permitirá
o acesso aos 36 mil títulos no portal de
publicações.
- Em julho, realizaremos em São
Paulo o Curso de Ciências Básicas, de
conteúdo voltado aos residentes. Também a nova edição atualizada e remodelada do Livro do Residente será distribuída no segundo semestre.
- O manual de descrição dos procedimentos em Neurocirurgia será
apresentado à AMB e divulgado para
os associados. Alinhará o melhor entendimento entre a fonte pagadora e o
médico prestador do serviço.
- A SBN se reuniu com a Sociedade
Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e com a Sociedade Brasileira da Coluna e um estudo em comum dos valores dos honorários, com adequações e
comparações regionais, será concluído
brevemente e negociado pelas entidades. A participação das Regionais Estaduais é necessária e bem-vinda. Suas
ideias e sugestões devem ser encaminhadas à secretaria.
Divulgação
Prezado associado,
- Cada departamento está comprometido em aprontar duas diretrizes até
o final da gestão e a diretoria vai ativar
a plataforma TOTVS e o aplicativo
FLUIG durante as festas juninas.
Obrigado pela atenção de todos,
Dr. Modesto Cerioni Jr.
Modesto Cerioni Jr.
Divulgação
editorial
Prezados amigos,
Como já é sabido, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)
considerou que a tabela CBHPM
(Classificação Brasileira Hierarquizada
de Procedimentos Médicos), feita pela
Associação Médica Brasileira (AMB) e
utilizada pela SBN, configura formação
de cartel. No entendimento do órgão,
não é permitido haver preço único para
um mesmo procedimento, é preciso haver variação. Mas a tabela é apenas referencial, e não uma relação de preços final.
E, mesmo assim, sofremos a condenação.
Esse caso mostra como é difícil lutar
pelos direitos dos neurocirurgiões – e da
classe médica como um todo. Sempre
há algum fator contra. Buscamos fazer
uma tabela adequada, elevar os preços
que são pagos pelos procedimentos, mas
vem um retrocesso, que é o não cumprimento e bloqueio pelos convênios,
escorados no argumento da cartelização.
É uma luta constante em que nós temos
que estar unidos, para que possamos ter,
sempre, a melhora da qualidade de trabalho e de remuneração.
É fundamental que todos os neurocirurgiões estejamos juntos na SBN. É só
a prática em grupo que vai dar poder ao
neurocirurgião para que ele conquiste a
vitória e tenha uma comissão de defesa
profissional mais ativa e mais forte. Assim, nós teremos o poder de dialogar e
vencer, com estratégia, governo, indústria
e fontes pagadoras.
Um grande abraço a todos.
Dr. José Marcus Rotta
Editor
SBN Hoje
5
AGENDA DA DIRETORIA
Divulgação
Compromissos da diretoria no segundo
trimestre de 2015
Global Spine Congress
Data: 20/05/2015
Local: Buenos Aires, Argentina
Representantes da SBN: Dr. Modesto Cerioni Jr., Dr. Osmar
Moraes, Dr. Ricardo Botelho e Dr. Marise Audi
ABRIL
15º Congresso Brasileiro de Coluna da Sociedade Brasileira de
Coluna em Belo Horizonte
Data: 19/04/2015
Local: Belo Horizonte - MG
Representante da SBN: Dr. Clemente Pereira
Da esquerda para direita: Dr. Miguel Ontaneda, Dr. Marcus Vinicius Flores Serra,
Dr. Modesto Cerinoni Jr, Dr. Ricardo Botelho, Dr. Marcelo Gruenberg, Dr.
Asdrubal Falavigna, Dra. Marise Audi, Dr. Osmar Moraes, Dr. Albert Brasil.
Solenidade da posse dos novos membros da Academia de Medicina
de São Paulo
Data: 30/04/2015
Local: Hospital Albert Einstein, São Paulo - SP
Representante da SBN: Dr. Roberto Martins
MAIO
15º Congresso Brasileiro de Coluna da Sociedade Brasileira de
Coluna em Belo Horizonte
Data: 20/04/2015
Local: Belo Horizonte - MG
Representante da SBN: Dr. Modesto Cerioni Jr.
Câmara Técnica de Neurologia e Neurocirurgia
XXXIV Enin - Encontro Inter Regional de Neurocirurgia
Data: 24/04/2015
Local: Belo Horizonte - MG
Representante da SBN: Dr. Modesto Cerioni Jr.
V Fórum Nacional da CBHPM
Conselho Científico AMB - Eleição CD / AMB
Data: 28/04/2015
Local: Sede da AMB
Representantes da SBN: Dr. Modesto Cerioni Jr. e Dr. Guilherme Brasileiro
Reunião de Defesa Profissional na AMB
Data: 29/04/2015
Local: Sede da AMB
Representante da SBN: Dr. Albert Brasil
Reunião SBOT e Sociedades Médicas
Data: 29/04/2015
Local: São Paulo - SP
Representantes da SBN: Dr. Modesto Cerioni Jr. e Dr. Italo Suriano
SBN Hoje
6
Data: 12/05/2015
Local: Brasília – DF
Representante: Dr. José Carlos E. Veiga
Data: 22/05/2015
Local: Belo Horizonte – BH
Representante: Dr. Jair Leopoldo Raso
31º Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia
Data: 28/05/2015
Local: Porto - Portugal
Representante da SBN: Dr. Modesto Cerioni Jr.
V Congresso Goiano de Neurocirurgia
Data: 29/05/2015
Local: Goiânia - GO
Representante da SBN: Dr. Clemente Pereira
HOMENAGEM
Dr. José Luiz Rodrigues Branco
de Sorocaba (PUC-SP) e membro titular
da Academia Brasileira de Neurocirurgia.
Exerceu a profissão na cidade de Sorocaba
e região até janeiro de 2015, quando veio
a falecer no dia 24. Deixou viúva a sra.
Ana Lucia Miguel Ferraz Rodrigues Branco e filhos José Luiz Rodrigues Branco Filho e Daniel Ferraz Rodrigues Branco.
Escrito pelo Dr. Francisco Carlos de Andrade
Sócio da SBN
Dr. Luiz Henrique Garcia Lopes
01/10/1977
sua proposta de tratamento. Outra grande afinidade do Dr. Luiz Henrique era
o paraquedismo. Transbordava alegria
quando nos mostrava os filmes de seus
saltos, gravados no tablet, fazendo-nos
compreender o quanto gostava e sentia-se
feliz com esse esporte. Alternava suas jornadas de trabalho com as viagens que empreendia, seja para aperfeiçoamento em
endovascular ou para recreação. Como
paraquedista, tinha aproximadamente
180 saltos em seu currículo, sendo considerado experiente nesse esporte. Na tarde
de 10 de janeiro de 2015, aos 37anos de
idade, Luiz Henrique faleceu vítima de
acidente durante um salto de paraquedas em Piracicaba, na Escola Superior de
Agronomia Luiz de Queiroz (ESALQ),
no campus da Universidade de São Paulo
(USP). Perdemos um grande profissional
da área endovascular, mas fica o consolo
de que ele partiu fazendo o que gostava.
Embora tenha nos deixado precocemente, viveu intensamente e deixou um legado marcante, que pôde ser sentido em
seu sepultamento, ocorrido numa tarde
de domingo chuvosa, onde compareceram vários dos pacientes por ele tratados
e uma grande legião de amigos, pois era
extrovertido e cultivava as amizades com
facilidade.
Escrito pelo Dr. Adelmo Ferreira
Sócio da SBN
30/03/2015
Dr. João Teixeira Pinto
Faleceu no dia 30/03, o Dr. João Teixeira Pinto, membro titular da SBN.
Teixeira Pinto, como era conhecido,
foi o iniciador e diretor, por 20 anos, do
Serviço de Neurocirurgia do Hospital do
Servidor Público do Estado de São Paulo.
Lá, criou o primeiro serviço de residência
da especialidade, sem vínculo direto com
faculdades de Medicina, propiciando
10/01/2015
Arquivo pessoal
O Dr. Luiz Henrique Garcia Lopes
graduou-se em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) no ano
de 2002, tendo feito residência em Neurocirurgia na mesma instituição. Em seguida, completou sua formação no campo da Neurorradiologia intervencionista
na França, retornando à Londrina, sua
cidade natal, onde atuou como neurocirurgião em hospitais privados e também
como docente de Neurocirurgia e chefe
do departamento de cirurgia da UEL.
Sua grande paixão na Neurocirurgia era
realmente a endovascular, que exerceu
com muita volúpia. Mesmo após a sua
curva de aprendizado, quando lhe apresentávamos um caso de patologia vascular
de difícil solução, víamos nele o mesmo
entusiasmo de um principiante: estudava
o caso com carinho, discutia as imagens
com seus colegas de outros centros e mesmo do exterior, para depois apresentar a
24/01/2015
Arquivo pessoal
O Dr. José Luiz Rodrigues Branco, nascido em 25 de fevereiro de 1949 na cidade
de Rio Claro- SP, graduou-se em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo – Sorocaba, no período de
1970 a 1975. Em janeiro de 1976, iniciou residência em Neurologia e Neurocirurgia no Centro de Ciências Médicas e
Biológicas da PUC-SP, concluindo-a em
dezembro de 1978. Foi prof. assistente de
Neurocirurgia da Faculdade de Medicina
25/02/1949
a formandos das mais diversas origens
o treinamento em alto nível. Com o
decorrer dos anos, o Serviço de Neurocirurgia do HSPE-IAMSPE tornou-se
uma referência na prática da especialidade e na formação de especialistas.
Homem de sólida formação humanista e liberal por convicção, Teixeira
Pinto quebrou paradigmas, promo-
veu a expansão da especialidade e
deixou um legado representado pela
qualidade dos neurocirurgiões que
formou na instituição que dirigiu durante duas décadas.
Escrito pelo Dr. Clemente Augusto
de Brito Pereira
Vice-presidente da SBN
SBN Hoje
7
Capa
Defesa
profissional:
resgatando o passado em
busca de novas conquistas
Presidente e ex-presidentes falam sobre a importância histórica da defesa
profissional e da Comissão de Exercício Profissional
SBN Hoje
8
C
omo uma sociedade de especialidade, a SBN
deve sempre buscar zelar pela qualidade do
exercício da Neurocirurgia brasileira, uma tarefa
que envolve cuidar tanto do conhecimento técnico e científico de seus associados quanto das condições de trabalho para que possam aplicar esse
conhecimento. Inicialmente, porém, na história
da entidade, havia apenas a primeira preocupação.
Por mais de 20 anos, não existiu um departamento voltado para a defesa de seus profissionais.
“Em torno da década de 1980 ou 1990, a sociedade
percebeu que isso não era suficiente para atender aos
anseios dos associados. Ela começou a interferir diante
dos vários aspectos do exercício profissional. Tornou-se interlocutora diante do governo, fontes pagadoras,
Ministério da Educação e outros, respondendo pela
autorização de um indivíduo exercer a Neurocirurgia”,
conta o atual presidente da Comissão de Exercício Profissional, o Dr. Albert Vincent Brasil.
Presidente da SBN, o Dr. Modesto Cerioni Jr.
frisa que a comissão foi criada antes das denúncias
de irregularidades na prática da Medicina terem
se tornado mais comuns. “A SBN, assim como todas as outras sociedades, precisa ter um corpo de
pessoas que se preocupe com três alvos principais:
defender os direitos do médico em seu ambiente
de trabalho, a remuneração do serviço prestado e
servir como mediadora das reclamações profissionais que os associados trazem sobre seus locais de
trabalho”, informa.
SBN Hoje
9
Divulgação
Capa
“Conseguimos nos organizar e marcar posição,
mostrando aos gestores de saúde que existimos
e que nossa especialidade merece atenção”
D r. R o n a l d F i u z a
Divulgação
O Dr. José Marcus Rotta, presidente da sociedade entre 2010 e 2012,
considera o papel da Comissão fundamental, porque ela resume toda
a SBN. Isso ocorre, explica, porque
a defesa do profissional depende de
quatro elementos: conhecimento,
condições de trabalho, remuneração
e independência. “Primeiro, o médico precisa estar bem informado.
Necessita ter condições técnicas e de
conhecimento científico para realizar
bem seu tipo de trabalho. Segundo,
é preciso que o especialista tenha um
local com essas condições para pôr
em prática a Neurocirurgia. Em terceiro, ele deve ter uma remuneração
adequada sobre esse trabalho, e ser
independente em sua forma de trabalhar. Ele não pode dar um diagnóstico ou fazer uma cirurgia imposta por
um convênio, pelo governo ou por
uma indústria”, expõe.
Já o Dr. Ronald Moura Fiuza (gestão 1998-2000) recorda que o também ex-presidente José Gilberto de
Souza foi o primeiro a defender a
ideia de a SBN cuidar não apenas da
ciência e formação profissional, mas,
também, zelar pelas condições de
trabalho dos neurocirurgiões. “Assim iniciou a Comissão de Exercício
Profissional. E, com suas conquistas, o natural engajamento de todas
as diretorias a partir de então. Deu
resultado. Já conseguimos nos organizar e marcar posição, mostrando
aos gestores de saúde que existimos
e que nossa especialidade merece
atenção”. Antes de se tornar presidente, o Dr. Fiuza teve participação
em uma das maiores conquistas da
SBN no campo da defesa profissional: a assinatura do Sistema de Alta
Complexidade em Neurocirurgia
pelo então Ministro da Saúde. “Meu
papel começou bem antes de minha
gestão, quando apresentei a Nelson
Ferreira uma proposta chamada ‘SIPAC’. Após um período de maturação, as ações políticas vieram a esquentar na gestão de Carlos Batista.
Só no fim da gestão do Carlos Telles
fomos recebidos pelo ministro José
Dr. Albert Vincent Brasil
“O neurocirurgião sofre pressão de vários
grupos para tratar um paciente. A defesa
profissional também está em nos proteger, para
não ficarmos sozinhos”
D r. J o s é M a r c u s R o t t a
SBN Hoje
10
Divulgação
“A SBN, assim como todas as outras sociedades, precisa ter um corpo de pessoas que se
Serra. Minha administração tratou
de implantar e da consolidação dessa portaria, quando tivemos quase
uma reunião por mês no ministério.
Foi um salto em nossa relação com o
SUS”, relata.
Além de sua própria atuação, a Associação Médica Brasileira tem sido
uma importante parceira da SBN na
luta pela defesa profissional. “As sociedades se reúnem na casa da “mãe”
de todas elas, a AMB. Existe uma
comissão de defesa profissional dentro da AMB com participação das
equipes de defesa profissionais das
demais sociedades”, conta o Dr. Modesto Cerioni.
Para o Dr. José Alberto Landeiro (presidente entre 2004 e 2006),
apesar das dificuldades inerentes, a
entidade consegue promover a integração das sociedades em prol da
classe médica. “A AMB provê essa integração, mas, na maioria das vezes,
preocupe com três alvos
principais: defender os
direitos do médico em
seu ambiente de trabalho, a remuneração do
os interesses variam de acordo com a
especialidade. Contudo, a entidade
tem tido êxito em defesa dos interesses comuns”, analisa.
Essa variação de interesses ocorre não apenas entre classes diversas,
mas, com frequência, entre médicos
de uma mesma especialidade. “O
maior desafio que existe é que o conjunto dos neurocirurgiões brasileiros
não configura uma massa homogênea
de interesses. Suas reivindicações são
diferentes e, muitas vezes, conflitantes”, revela o Dr. Albert Brasil. Segundo o especialista, os neurocirurgiões brasileiros podem ser divididos
por três grupos – faixa-etária, região
geográfica e área de atuação –, cada
um com diferentes anseios.
Contudo, para que a defesa profissional atinja sua finalidade maior,
é preciso tentar evitar ao máximo as
divergências. Para o Dr. José Marcus
Rotta, a luta por melhores condições
deve ter a união como pressuposto.
“O neurocirurgião sofre pressão de
vários grupos para tratar um paciente. A defesa profissional também
está em nos proteger, para não ficarmos sozinhos. Porque o neurocirurgião precisa de uma estratégia, de
um plano para vencer isso. Ele necessita agir em grupo, porque, só assim, vai poder competir com outros
mais fortes. Por isso, a importância
da SBN e da Comissão de Exercício
Profissional”, acredita. Dessa forma,
a Neurocirurgia brasileira poderá
manter as conquistas do passado
sem descuidar das que virão.
serviço prestado e servir
como mediadora das reclamações profissionais
que os associados trazem sobre seus locais
de trabalho”
Dr. Modesto Cerioni Jr.
Dr. José Alberto Landeiro
SBN Hoje
11
Arquivos Brasileiros
A Neurocirurgia brasileira
mirando novos horizontes
“
Editor-chefe da publicação comemora momento atual, fala sobre mudanças
que ocorreram e outras que estão por vir
P
SBN Hoje
12
melhora da qualidade dos artigos submetidos e cada vez mais com a participação de colegas de todas as regiões do
país”. Ele acrescenta que houve alterações importantes também na apresentação gráfica. O layout atual, diz, é semelhante ao de revistas internacionais
reconhecidas por sua qualidade.
Outra mudança essencial é a ‘internacionalização’ da revista, da qual faz
parte a publicação de artigos de países
da América Latina (Argentina, Chile,
Peru, Equador) e da Europa (Espanha e
Portugal). “A exposição internacional vai
aumentar significativamente, uma vez
que o nosso conteúdo estará disponível
em todas as plataformas da Thieme. O
processo de submissão dos artigos será
completamente digitalizado, sendo utilizada uma plataforma de submissão igual
à utilizada por outras importantes revistas cientificas”, descreve.
Satisfeito com os novos rumos da
revista, o Dr. Figueiredo acredita que
todos só têm a ganhar com a sua evolução. “Os residentes e neurocirurgiões
jovens, que têm um canal eficiente e de
fácil acesso para seu aprimoramento;
os mais experientes, que podem se reciclar e atualizar através de um veículo
científico editado em seu próprio país;
os acadêmicos, que ganharam um meio
consistente de divulgar seus trabalhos e
ideias; e, de modo indireto, toda a população brasileira, uma vez que a revista,
de certa forma, reflete o padrão atual, de
alta qualidade da Neurocirurgia brasileira. Estamos exatamente no ponto em
que planejamos estar”.
A indexação da revista
projetará, definitivamente, a Neurocirurgia
brasileira em um novo
patamar mundial”
Dr. Eberval Gadelha
Figueiredo
Divulgação
ublicada desde 1999, a revista Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia
passa por mudanças importantes em
2015. Além de ter passado a ser produzida a partir da primeira edição do
ano pela editora alemã Thieme Medical
Publishers, a publicação caminha para
a sua indexação, uma grande ambição,
tanto da diretoria da sociedade quanto
de seu editor-chefe, o Dr. Eberval Gadelha Figueiredo. À frente da revista
desde 2011, ele comemora o atual momento dos Arquivos e diz que todos os
passos para que se chegasse a esse ponto
foram dados, algo que o número um
deste ano indica.
“Esta primeira edição de 2015 reflete
a consecução dos objetivos inicialmente traçados e aponta para indexação da
revista, que é de fundamental importância. (Ela) representará o capítulo de inserção definitiva da Neurocirurgia brasileira na comunidade internacional”,
diz, apontando que os neurocirurgiões
brasileiros costumam ser reconhecidos
internacionalmente pela sua técnica,
mas não academicamente. “A indexação
da revista representará a resolução dessa
incongruência e projetará, definitivamente, a Neurocirurgia brasileira em
um novo patamar mundial”, completa.
O editor-chefe lembra que, anteriormente, a revista contava com menos
recursos, número menor de páginas e
poucos artigos, o que chegou a gerar
dúvidas sobre o futuro da publicação
entre membros da sociedade. Esse problema foi contornado com o envolvimento de grandes serviços de Neurocirurgia e universidades. “Foi visível a
Neuromonitorização em Cirurgia da Coluna
Aplicações: Fusão Intervertebral Posterior Lombar e Cervical
SpineSafe combina a monitorização (EMG) eficaz em cirurgia de coluna com a operação simples e intuitiva
do dispositivo. Os benefícios operacionais para os usuários são muito abrangentes. O software guia o
usuário através de simples passos, para iniciar rapidamente a monitorização. Seus acessórios são de
simples aplicação no paciente, tornando a monitorização em coluna um procedimento simples e mais
acessível.
*A solução SpineSafe apenas permite a supervisão de raízes nervosas, desta forma não é considerado potencial evocado.
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em foco
Neurocirurgia e
Cidadania
Divulgação
N
Dr. Marco Túlio França
Secretário Geral da SBN
SBN Hoje
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as andanças de nossa profissão,
muitas foram as reclamações
ouvidas e emitidas a respeito do
exercício da Medicina, sobretudo
da Neurocirurgia. Certa vez, em um
Congresso da Associação dos Neurocirurgiões do Estado de São Paulo
(Sonesp), fui estimulado pelo Dr.
Sérgio Listik a ingressar na vida associativa e, assim, participei da gestão do Dr. Roberto Gabarra, quando
esteve à frente daquela entidade. A
atividade virou um vício, pois, apesar de muitas adversidades, fui tomado por um prazer que, há algum
tempo, eu não sabia bem do que se
tratava. Passei pela Associação Paulista de Medicina (APM), onde tive
a oportunidade de reativar o Departamento de Neurocirurgia daquela
entidade e agregá-lo à Sonesp, posteriormente fui convidado pelo Dr.
José Marcus Rotta para auxiliá-lo
como seu Secretário Geral à frente
da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), e, agora, retorno para
o mesmo cargo a convite
do Dr. Modesto Cerioni Júnior.
Assim, passei quase a última década nessas idas e vindas, tentando
criar e executar ações que pudessem
melhorar a qualidade do exercício de
nossa profissão, bem como o fortalecimento da classe. Alguns acertos,
alguns erros, conflitos filosóficos e
consensos estiveram presentes, mas
o comprometimento, fator essencial,
nunca foi abandonado.
Essa dedicação à vida associativa
tem um custo. Deixamos de trabalhar,
saímos do aconchego de nosso lar e
dos braços de nossos familiares, que
tanto nos amam, e que tanto amamos.
Dessa forma, por várias vezes fui
questionado: “Quanto você ganha
para isso?”, e, ao responder que não
ganho nada, invariavelmente, eu
observava uma cara de espanto! Há
poucos dias, fui questionado novamente e, após dizer que não ganhava nada, a pessoa continuou a me
indagar: “Você não acha isso meio
incoerente: largar sua família e seus
afazeres por uma atividade que não
te remunera? E, pior ainda, você deixa de ganhar!”.
Foi então que pensei mais profundamente sobre o assunto. Qual seria
a resposta? Qual seria a coerência?
Cheguei à seguinte conclusão: nós,
além de neurocirurgiões, médicos,
somos cidadãos e, quando somos, de
fato, temos uma consciência cidadã,
que nos diz que, além de nós, existe toda uma classe, uma nação, um
povo, para com o qual temos o dever de cidadania, ou seja, de nos dedicar e buscar rumos para um bem
comum! E essa é a resposta. Por que
fazemos? Porque somos cidadãos e
temos uma responsabilidade social!
Departamentos
Atento ao
jovem neurocirurgião
Divulgação
Coordenador explica como funciona o departamento dedicado ao auxílio daqueles que estão iniciando na Neurocirurgia
O
Dr. Christian Diniz
Coordenador do Departamento
Jovem Neurocirurgião
“O intuito maior é complementar
a formação, além da tentativa
de abrir campo de estágio e de
trabalho para esses novos neurocirurgiões. O departamento dá
todo apoio em relação a isso,
além de abrir portas em fellows
e estágios de subespecialidade”
Dr. Christian Diniz
departamento Jovem Neurocirurgião tem como principais
finalidades o auxílio à inserção dos
associados com até 35 anos de idade
no mercado de trabalho e promover
a educação continuada para aqueles
que se encontram nesse estágio da
carreira. “O intuito maior é complementar a formação, além da tentativa
de abrir campo de estágio e de trabalho para esses novos neurocirurgiões.
O departamento dá todo apoio em
relação a isso, além de abrir portas
em fellows e estágios de subespecialidade”, destaca o atual coordenador,
Dr. Christian Diniz.
Segundo o especialista, o departamento ajuda os jovens neurocirurgiões
a lidarem com as dificuldades encontradas ao tentarem a inserção no mercado
de trabalho. Ademais, existe a intenção
de ampliar seu alcance, aumentando o
limite de idade dos médicos que são
alvo de suas ações. Uma solicitação
para que ela passe de 35 para 40 anos
já foi feita. “O neurocirurgião se forma
com 30, 31 anos... Quatro anos (até os
35) é muito pouco. Então, no congresso do ano que vem, acredito que seja
anunciada a mudança”, antecipa.
O coordenador destaca a abrangência do departamento como sua principal característica, já que seu objetivo
não é atingir somente uma subárea específica, mas toda uma população de
neurocirurgiões que ainda estão tentando se consolidar na especialidade.
No campo da educação continuada, Dr. Diniz informa que uma
das metas para 2015 é a abertura de
novos cursos sobre diversas subespecialidades. “A gente está montando cursos de Neurocirurgia infantil,
de coluna, de nervos periféricos e
de neurointensivismo. Acredito que
a partir de setembro e outubro, esses cursos já estejam em atividade e
vinculados à sociedade”, conta. Para
isso, estão sendo firmadas parcerias
com instituições de ensino e educação continuada, o que possibilitará
aos jovens neurocirurgiões estudar
com modelos anatômicos e de simulação virtual.
Esses acordos também poderão dar
aos médicos em formação oportunidades para realizar cursos de pós-graduação lato sensu a distância. Segundo o
coordenador, a divulgação desse projeto será feita em breve, no XI Congresso
Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica,
em Belém. “Esse era um desafio, e o
projeto já está sendo desenvolvido. Vai
ser divulgado no dia 24 de junho, em
Belém. Isso vai ser muito bom para
quem ainda está em formação”, avalia.
SBN Hoje
15
Comissão
Uma comissão
preocupada com o aprendizado
Divulgação
À frente da Comissão de Ensino da SBN, o Dr. Paulo Mello detalha a atuação
do departamento
A
Dr. Paulo Mello
Coordenador da Comissão
de Ensino da SBN
“Nós não estamos empenhados
em aprovar ou reprovar, mas em
saber como estão os médicos
em treinamento”
Dr. Paulo Mello
SBN Hoje
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valiar para orientar. Este tem sido o
principal foco da atividade da Comissão de Ensino da SBN, coordenada
pelo Dr. Paulo Andrade de Mello. Segundo o médico, as ações da comissão têm
como objetivo traçar um perfil dos programas de residência em Neurocirurgia.
“Nós não estamos empenhados em aprovar ou reprovar, mas em saber como estão
os médicos em treinamento”, afirma.
De acordo com o especialista, isso
é feito de várias formas. A principal, e
mais comum, são as provas anuais a que
os residentes são submetidos, sempre na
primeira semana de cada ano. Como o
objetivo não é aprovar ou reprovar, além
das provas finais, os médicos em treinamento que não conseguirem a nota mínima – igual a seis – têm a oportunidade
de fazer um teste de recuperação.
A análise dessas provas é o que permite à Comissão acompanhar o que se
passa em cada serviço de residência. “Se
o residente não foi bem, nós conseguimos determinar quais foram as áreas em
que ele não teve bom desempenho. Por
exemplo, um serviço que tenha predomínio de Neurotrauma pode uma ter
incidência pequena de doenças vasculares. Então, o residente desse serviço vai
ficar com alguma dificuldade”, explica.
Os dados colhidos em cada avaliação
são passados para uma comissão de credenciamento, que tem autoridade para
fazer visitas de avaliação aos serviços e
conferir, por exemplo, a razão do desempenho insatisfatório dos residentes
em determinada área.
De acordo com o coordenador, as questões presentes nos exames são retiradas de
um banco de perguntas constantemente
atualizado através de contribuições de
toda a comunidade de neurocirurgiões
do Brasil. “Quando há um evento próximo, nós enviamos mensagens para todos
os palestrantes elaborarem questões para
o banco de provas”, conta.
Mas as provas não são o único método que a Comissão tem para examinar
a situação dos residentes. Embora ainda
no início, também existe um programa
que acompanha todas as atividades dos
médicos em formação, tanto acadêmicas
quanto clínicas ou cirúrgicas. Isso é feito
através de um sistema em que o residente
se cadastra, podendo acessá-lo para registrar todas as ações de que tiver participado.
Para o especialista, a soma de todas essas
iniciativas tem garantido a qualidade dos
programas de residência em Neurocirugia
brasileiros, referência, até mesmo, fora
do país. “O programa da SBN é muito
avançado e sempre muito bem aceito, em
reuniões nacionais e internacionais, pelo
que já conseguimos de resultado”, avalia.
Opinião
Neurocirurgia –
especialidade de risco
Divulgação
O
Dr. Roberto Augusto de
Carvalho Campos
Neurocirurgião e advogado
s últimos anos do século passado foram marcados por
profunda preocupação e interesse
pela crescente ocorrência de relatos
de eventos médicos caracterizados
como adversos. Nesse sentido, o
Comitê de Qualidade em Cuidados
de Saúde (Comittee on Quality of
Healthcare in America) do Instituto
de Medicina Americano (Institute
of Medicine) inaugurou estratégias
por ações de prevenção para uma
Medicina mais segura.
Naquela época, vários estudos
demonstraram que a evidência de
eventos adversos naquele país chegava a, aproximadamente, 4% de
todas as hospitalizações, sendo que
mais da metade teriam como causa
uma suposta falha médica.
No entanto, mesmo ao considerar
a natureza personalíssima da “falha”,
o próprio estudo discute a existência de falhas sistêmicas – situações
de risco organizacional vivenciadas
pelo médico e que contribuiriam
para o mau resultado.
Os maus resultados – erros, falhas,
acidentes – estariam associados a
atividades que dispõem e fazem uso
de modernas e complexas tecnologias, múltiplas etapas procedimentais e também dependentes de ação
de vários profissionais de distintas
formações e especializações.
Não somente os aspectos de inovação relacionados ao progresso
científico trazem riscos à atividade
do médico, mas, também, as deficiências de ordem econômica, o que
confere a mesma relevância à riqueza e à pobreza dentro da mensuração
do risco, nas palavras de Ulrich Beck
– “o risco da riqueza” e o “risco da
pobreza”, uma vez que, quando pratica um ato médico, o profissional
está envolto em uma estrutura organizacional repleta de carências que
também tem suas margens de risco
e contribui para o resultado final do
atendimento.
Esse conjunto de falhas ativas e latentes organizacionais, bem descrito
pelo psicólogo britânico James Reason, tem grande aplicação na prática
médica e, em especial, na Neurocirurgia, especialidade cujo exercício
depende não só do preparo técnico-científico do médico, mas, em larga
extensão, da disponibilidade harmoniosa de recursos tecnológicos e
humanos.
Por outro lado, o médico que se
propõe a desenvolver sua atividade
profissional está assumindo o risco
inerente àquele dever de ofício, protagonizando, assim, uma situação de
risco que deve ser entendida como
aceitável pela sociedade, pelo beneficiário, pelas normas vigentes e por
aqueles que, inseridos na mesma
“sociedade de risco”, têm o poder/
dever de julgar com justiça, em conformidade com a pretensão e interesses da sociedade.
A alta complexidade que acompanha a especialidade merece especial
atenção e investimentos dos gestores, operadores de saúde e poder
público, no sentido de propiciar aos
especialistas condições suficientes
para subsidiar os bons resultados
nos procedimentos, aprimorando o
bem-estar e a saúde dos pacientes.
SBN Hoje
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Página do Residente
Unidos pela vocação
para a Neurocirurgia
A
SBN Hoje
18
chamou atenção por sua complexidade,
beleza e importância”, conta o médico,
que ingressou na residência através de
prova teórica e análise curricular.
Segundo o Dr. Vilela, as dificuldades
que enfrenta são comuns em hospitais da
rede pública, mas é possível desempenhar
as funções inerentes à especialidade no
local onde atua. “Mesmo com todas as
limitações, conseguimos trabalhar e exercer a Neurocirurgia com dignidade aqui
em Cuiabá. Realizamos cirurgias de alta
complexidade no HGU, confrontamos
uma grande variedade de patologias, nos
âmbitos de trauma, oncologia, vascular,
pediatria, funcional e coluna”, avalia.
Apesar da formação privilegiada, os
dois médicos têm reservas quanto ao
cenário atual da Neurocirurgia e Medicina brasileiras. “A cada dia, vemos a
criação de novos serviços de residência
que não apresentam qualidade mínima
para formar um bom neurocirurgião.
O aumento indiscriminado das faculdades de Medicina e das vagas de residências não vem acompanhado de um
controle de qualidade”, afirma. Para o
médico, essa política pode levar a um
declínio da qualidade da Medicina
como um todo.
Apesar do receio quanto ao futuro da
profissão médica, o Dr. Vilela também
espera novas possibilidades dentro da área
que escolheu. “Na especialidade neurocirúrgica, tenho grandes perspectivas positivas relacionadas ao futuro, com o desenvolvimento de pesquisas, novas técnicas e
equipamentos, o uso da robótica, aperfeiçoamento dos procedimentos endovasculares e neurocirurgia funcional”, projeta.
Com 15 anos, eu já queria
fazer Neurocirurgia, pois
um familiar meu foi sub-
metido a uma cirurgia no
cérebro, e eu achei fantás-
tico. [...] Desde então, nunca mais mudei de ideia”
Dr. Marcelo Schuster
“Tenho grandes pers-
pectivas positivas rela-
cionadas ao futuro, com
o desenvolvimento de
pesquisas, novas técnicas e equipamentos”
Dr. Bruno Vilela
Divulgação
um ano e meio de completar a residência em Neurocirurgia, o Dr.
Marcelo Schuster, R4 na Santa Casa de
Porto Alegre (Hospital São José), está
próximo de concretizar uma ambição
que já carrega desde a adolescência.
“Com 15 anos, eu já queria fazer Neurocirurgia, pois um familiar meu foi
submetido a uma cirurgia no cérebro,
e eu achei fantástico. Fiquei impressionado com o fato de operar o órgão
mais incrível do corpo. Desde então,
nunca mais mudei de ideia”, relembra.
Residente em um serviço considerado referência em Neurocirurgia e
procedimentos de alta complexidade, o
Dr. Schuster teve de participar de um
processo seletivo bastante específico
para conseguir dar início a seu plano
de longa data: realizou provas teóricas
de Medicina Geral e Neurologia, prova
prática de Neurologia e prova oral de
Neurologia/Neurocirurgia.
A experiência em lidar com diferentes casos e patologias, e com professores
capacitados, além da oportunidade de
realizar todos os tipos de cirurgia da
especialidade durante a residência, são
os principais pontos positivos desse período, segundo o estudante, enquanto
o financiamento aquém do desejado é
o grande destaque negativo.
Também no quarto ano da residência, o Dr. Bruno Vilela, do Hospital
Geral Universitário de Cuiabá (HGU),
diz que se inspirou em neurocirurgiões
renomados, como o norte-americano
Harvey Cushing e o turco Gazi Yaşargil.
“Durante o período de formação da faculdade, estudamos todos os órgãos e
sistemas do corpo humano, no entanto, o sistema nervoso foi o que mais me
Divulgação
“
“
Dois residentes, um de Porto Alegre (RS) e outro de Cuiabá (MT), contam suas
expectativas sobre o que os espera quando terminarem a especialização
Além da Neurocirurgia
Navegar é preciso...
Fazer o bem, também
Neurocirurgião conta como uniu as três paixões da sua vida: navegação, Medicina e ajuda ao próximo
A
paixonado por barcos e navegação,
o Dr. Carlos Vanderlei de Holanda
possui, atualmente, uma frota de oito barcos toda voltada para a realização de ações
filantrópicas no litoral sul fluminense. O
neurocirurgião nascido na Paraíba, formado em Pernambuco e radicado em
São Paulo divide seu tempo entre liderar
o Centro Especializado em Neurologia
e Neurocirurgia Associados (Equipe
Cenna) e a administração do Instituto
Carvan – o nome homenageia seus pais,
Carlos e Vanda –, através do qual promove ações sociais, culturais, de Saúde e
ambientais na região de Paraty e da Costa
Verde do Estado do Rio de Janeiro.
SBN Hoje - Como surgiu a sua paixão por
barcos e navegação?
Carlos Vanderlei de Holanda: Desde pequeno,
fui atraído por barcos e navegação. Quando
vi o oceano e as jangadas com todas aquelas velas de muitas cores, com 9 anos de
idade, a paixão foi fulminante. Quando
tomei banho de mar pela primeira vez,
sabia que navegar e mergulhar seriam atividades para toda a vida. De lá para cá, foram algumas embarcações. A penúltima,
Carvan VII, construí na Paraíba somente
para fazer a viagem inaugural de 1.292 milhas náuticas (uns 2.369 quilômetros) até
Paraty. Saí de lá no dia 23 de fevereiro de
Divulgação
2009 e cheguei no dia 3 de março. Aqueles dias constituíram uma das mais fascinantes experiências de minha vida.
SBN Hoje - Como teve a ideia de juntar
esse hobby com ações de benefício a
pessoas carentes?
CVH: Depois que me aquietei fascinado
por Paraty, foi até natural procurar meios
para promover a inclusão de comunidades carentes, tais como os quilombolas e
indígenas. A saúde é um direito básico de
todos e, por isso, decidi ajudar a formular
e implantar políticas públicas adequadas,
promover o acesso aos serviços de atenção
primária e estimular a prevenção contra
enfermidades com foco nas comunidades
que citei, algumas situadas em áreas de
geografia desafiadora e de difícil acesso.
SBN Hoje - Poderia descrever algumas das
ações realizadas pelo Instituto Carvan?
CVH: Quando comecei a assistência social,
na década de 90, centrada nas crianças filhas de pescadores e caiçaras, não havia,
à época, um planejamento empresarial e
os eventos eram montados em torno da
festa natalina, apenas para trazer alegria
e felicidade. Claro que sempre estimulei
o acesso das pessoas à minha capacidade
de proporcionar cura, consultar e receitar remédios e, até, encaminhar certos
casos para centros de saúde avançados.
Já atendi milhares de enfermos desde
que cheguei a Paraty. Por isso, muitos
me citam como “doutor”. São poucos os
que me chamam pelo nome, é “doutor”
para lá e para cá o tempo inteiro! Eu e o
falecido professor Luiz Alcides Manreza
brincávamos que já constituíamos um
verdadeiro time de neuronavegadores,
antes mesmo das bases da neuronavegação terem chegado ao Brasil.
SBN Hoje - Que pessoas dão suporte a você
nos eventos e na manutenção da ONG?
CVH: Para financiar nossas atividades,
atuamos por meio da execução de projetos e programas, da doação de recursos
ou prestação de serviços intermediários
a outras organizações sem fins lucrativos
e a órgãos públicos e privados que atuam
em áreas afins. Meu irmão, Carlos
Vandemberg, é diretor de planejamento e programas especiais do Carvan. De
nosso quadro de voluntários, participam,
por exemplo, minha mulher, Thanya
De Conti, que cuida do operacional das
festas do Natal, além de todos os meus
amigos médicos que compõem a Equipe
Cenna. São tantas as pessoas, que recorro
ao lugar comum de não apontar mais
ninguém para não incorrer em qualquer
injustiça motivada pelo esquecimento.
SBN Hoje
19
PróDOC
Pensando (e repensando)
o valor da marca nos serviços médicos
Por Alice Selles*
D
e acordo com Leonard Berry,
marcas precisam ser criadas e cultivadas por todos os meios e formas de
contato entre a empresa e seu público
(interno e externo). Isso significa que a
“personalidade da marca” deve receber
atenção no estabelecimento das estratégias de marketing e também na implementação de todas as ações relacionadas ao atendimento e à comunicação.
Para entender as decisões envolvidas no
desenvolvimento e no gerenciamento
de uma marca, podemos pensar em
quatro aspectos: marca apresentada,
conscientização da marca, significado
da marca e patrimônio da marca.
Marca apresentada é aquilo que se apresenta na comunicação, nas instalações, na
aparência das pessoas que prestam serviços. O nome, a logomarca, a apresentação visual da clínica e o conceito adotado
nos materiais de divulgação são os principais elementos da marca apresentada, já
que refletem aquilo que o serviço deseja
que as pessoas saibam sobre ele e a forma como deseja ser visto. Quanto mais
consistente for a maneira como a clínica
apresenta sua marca, maior será a conscientização do público sobre a mesma.
Conscientização da marca pode ser
descrita como a capacidade de o cliente reconhecer e recordar-se da marca,
quando estiver em alguma situação que
lhe sugira seu nome ou quando precisar
de serviços em sua área de atuação. Vemos com frequência pacientes que nunca utilizaram um determinado serviço
indicando-o, quando alguém lhes pergunta sobre, por exemplo, a melhor maternidade da cidade. A conscientização
da marca está diretamente relacionada
com a marca apresentada (no aspecto
divulgação). Além da propaganda, para
efetivamente gerar conscientização so-
SBN Hoje
20
bre a marca, é preciso investir no relacionamento com formadores de opinião
(outros médicos, por exemplo).
Significado da marca diz respeito às
associações que o cliente faz ao pensar ou
ouvir o nome. A principal diferença entre
a conscientização da marca e o significado
da marca está no fato de que a primeira
dimensão diz respeito às informações
que os clientes acumularam sobre a empresa, o serviço ou o produto, enquanto
a segunda se detém nas experiências, nos
aspectos psicológicos do relacionamento
entre o cliente e a marca. A consciência
da marca e o significado da marca exercem forte influência no estabelecimento
de patrimônio da marca (brand equity).
Patrimônio da marca é o resultado da
combinação entre a consciência e o significado da marca. Ele pode ser positivo
ou negativo. Quando o patrimônio é
positivo, ele se transforma em uma vantagem competitiva importante. A consistência das experiências positivas dos
clientes com o serviço médico molda o
patrimônio da marca e também interfere
na tolerância dos pacientes quanto aos
pequenos problemas que possam ocorrer durante o atendimento. Creio que a
inconsistência mais comum nos serviços
médicos é o descumprimento de horários agendados. Se a experiência total
com o serviço for muito positiva, o paciente é capaz de desconsiderar esse fato.
O grande desafio vivenciado pelos
serviços de saúde é gerenciar o patrimônio de sua marca, conservando a
imagem positiva e neutralizando e revertendo aquilo que é negativo.
*Alice Selles é mestre em Administração e em Desenvolvimento Empresarial. Diretora da Selles & Henning
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Eventos
Calendário SBN
XI Congresso de Neurocirurgia Pediátrica
24 a 27 de junho
Belém – PA
Reunión Intermedia FLANC 2015
2 a 4 de julho
Bogotá – Colômbia
V Congresso Brasileiro de Neuro-Oncologia
31 de julho a 1 de agosto
São Paulo – SP
XVII Jornada da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro
31 de julho a 1 de agosto
Rio de Janeiro – RJ
8º Congresso Gaúcho de Neurologia e Neurocirurgia
20 a 22 de agosto
Gramado - RS
Neurão 2015
4 a 6 de setembro
São Paulo - SP
WFNS - 15th Interim Meeting of the World Federation of Neurosurgical Societies
8 a 12 de setembro
Roma - Itália
XVII Congresso Brasileiro de Atualização em Neurocirurgia - CBAN
23 a 26 de setembro
Florianópolis - SC
SBN Hoje
21
Dicas de viagens
Florianópolis:
harmonia entre passado e presente
C
onhecida como Ilha da Magia,
a cidade de Florianópolis foi a
escolhida para a realização do XVII
Congresso Brasileiro de Atualização
em Neurocirurgia (CBAN). O evento
acontecerá entre 23 e 26 de setembro
deste ano, no CentroSul, localizado na
Avenida Governador Gustavo Richard,
850, no centro da capital catarinense.
Com aproximadamente 420 mil habitantes, Florianópolis começa no continente e toma a imensa Ilha de Santa
Catarina, que tem cerca de 60km de
extensão. Cosmopolita e moderna, ao
mesmo tempo a cidade ainda preserva
cenários bucólicos, reunindo belezas naturais, uma gastronomia diversificada, e
entretenimento para todas as idades.
A capital possui 42 praias, nove parques e 20 unidades de preservação ecológica que ocupam, hoje, 42% do seu
território. Ainda, conta com um grande
legado cultural deixado pelos colonizadores da região, que não está presente
apenas em museus. De forma geral, o
patrimônio histórico inclui obras tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
No centro, construções centenárias
dividem espaço com moderna arquitetura urbana e, em locais mais afastados
do grande centro, há lugares bucólicos
como Santo Antônio de Lisboa e Ribeirão da Ilha, vilarejos de origem açoriana localizados em Florianópolis, onde
ainda é possível sentir a tranquilidade
de outros tempos enquanto se saboreia
frutos do mar fresquinhos. Já nos municípios de Anitápolis, São Bonifácio e
Antônio Carlos, encontram-se traços da
colonização alemã nos costumes e na
culinária regional.
da região. O artesanato também é fortemente comercializado na Casa da
Alfândega, onde está a galeria da Associação de Artistas Plásticos de Santa
Catarina, e na Casa Açoriana, onde
são destaques os trabalhos em pintura,
escultura, cestaria e renda.
Aqueles que não dispensam uma boa
gastronomia podem contar com um
paraíso de frutos do mar, lembrando
que Florianópolis é a cidade que mais
produz ostras no país. No Ribeirão
da Ilha e nos contornos da Lagoa da
Conceição, por exemplo, os restaurantes servem o molusco acompanhado de
sequências de camarões, peixes, farofas
e petiscos tipicamente praianos.
Aos interessados na vida noturna da
capital catarinense, é imprescindível a
visita às areias de Canasvieiras e Jurerê,
onde estão diversos clubes e restaurantes com cardápios internacionais.
Paradas obrigatórias
Para conhecer os cartões postais da
cidade, os visitantes não podem deixar
de visitar a Ponte Hercílio Luz, que
é fechada ao tráfego e tombada pelo
patrimônio histórico nacional, assim
como a Lagoa da Conceição, que é
repleta de bares, restaurantes e boates.
Para quem quer a chance de fazer
compras, o Mercado Público Municipal é uma boa opção. Inaugurado
em 1898, ele engloba vários bares e
boxes em que são encontrados desde
peças artesanais até alimentos típicos
SBN Hoje
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Junho/2015 - sbn.com.br