2015 | ano 6 | número 20 | www.sbn.com.br hoje Defesa profissional: resgatando o passado em busca de novas conquistas Presidente e ex-presidentes falam sobre a importância histórica da defesa profissional e da Comissão de Exercício Profissional Em foco Neurocirurgia e cidadania Comissão A preocupação com o ensino Representantes Estaduais ALAGOAS Aldo Sérgio Calaça Costa Rua Imbuia, 153 Maceió/AL - CEP: 57052-555 (82) 33714193 BAHIA Sociedade Baiana de Neurocirurgia Almir Plessim de Almeida Av. Reitor Miguel Calmon, 1210 - Sala 614 Salvador/BA - CEP: 40110-100 (71) 32372380 CEARÁ SOCENNE - Sociedade Cearense de Neurologia e Neurocirurgia Daniel Freire de Figueirêdo Av. Santos Dumont, 3131 - Sala 918 - Ed. Torre Del Paseo Fortaleza/CE - CEP: 60150-162 (85) 99986407 [email protected] www.socenne.com.br DISTRITO FEDERAL SONEDF - Sociedade de Neurocirurgia do Distrito Federal Mauro Takao Marques Suzuki SHLS 716 conjunto L - Edifício Centro Clínico Sul Sala L 322 - Torre I - Clinica Suzuki Asa Norte - Brasília/DF - CEP: 70390-907 (61) 32457032 ESP ÍRITO SANTO Eliza Leal Suzano Avenida Leitão da Silva, 180 Sala 404 - Ed. Atlantis Tower Praia do Suá - Vitória/ES (27) 33259431 GOIÁS SGNC - Sociedade Goiana de Neurocirurgia Carlos Roberto Sampaio de Assis Drummond BR 153, Km 8,5 - Chácara Aurora - Vila Sul Aparecida de Goiânia/GO - CEP: 74910-815 (62) 32817142 [email protected] www.sgnc.com.br MATO GROSSO SNMT - Sociedade de Neurocirurgia do Mato Grosso Giovani Mendes Ferreira Av. Aclimação, 135, 1º andar, sala 24, Centro Empresarial Villagio Bosque Cuiaba/MT - CEP: 78050-040 (65) 30237990 MATO GROSSO DO SUL SONEMS - Sociedade de Neurocirurgia do Mato Grosso do Sul Claudio Vinicius Sorrilha Rua Dr. Arthur Jorge, 365 Campo Grande/MS - CEP: 79002-440 (67) 33139791 MARANHÃO Arthur Lopes Gonçalves Almeida Rua do Passeio, 365 São Luís/MA - CEP: 65015-370 (98) 32212500 [email protected] MINAS GERAIS Sociedade Mineira de Neurocirurgia Marcelo Batista Chioato dos Santos Av. João Pinheiro, 161 Belo Horizonte/MG - CEP: 30130-180 (31) 32471600 [email protected] PARAÍBA Gustavo Cartaxo Patriota Avenida São Paulo, 854 João Pessoa/PB - CEP: 58030-040 (83) 32098000 PARANÁ SONEPAR - Associação dos Neurocirurgiões do Paraná Johnni Oswaldo Zamponi [email protected] sonepar.org.br PERNAMBUCO SPNC - Sociedade Pernambucana de Neurocirurgia José Laércio Junior Silva Rua Oswaldo Cruz, 393, Sl. 5 Recife/PE - CEP: 50050-220 (81) 34239674 [email protected] www.neurocirurgiape.com.br PIAUÍ Sociedade Piauiense de Neurocirurgia José Nazareno Pearce Oliveira Brito Rua São Pedro, 2133 Teresina/PI - CEP: 64001-260 (86) 32235325 RIO DE JANEIRO Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro Ruy Castro Monteiro da Silva Filho Rua Santa Clara, 50 - Sl. 819 Copacabana - Rio de Janeiro/RJ CEP: 22041-010 (21) 32082184 www.sncrj.com.br [email protected] RIO GRANDE DO NORTE SONERN - Sociedade de Neurocirurgia do Estado do Rio Grande do Norte Sérgio Adrian Fernandes Dantas Av. Hermes da Fonseca, 1396 Natal/RN - CEP: 59020-650 (84) 32116698 RIO GRANDE DO SUL SNNRS - Sociedade de Neurologia e Neurocirurgia do Rio Grande do Sul Ericson Sfreddo Av. Ipiranga, 5311 - Sl. 209 Porto Alegre/RS (51) 30142083 SANTA CATARINA SCN - Sociedade Catarinense de Neurocirurgia Iraê Ruhland Rua Antonia Alves 210 - Itaguaçu Florianópolis/SC - CEP: 88085390 (48) 32490286 [email protected] www.acm.org.br/sociedade-catarinensede-neurocirurgia/ SÃO PAULO SONESP - Associação dos Neurocirurgiões do Estado de São Paulo Luiz Antonio Araújo Dias Rua Leandro Dupré, 204 - Cj. 52 Vila Clementino - São Paulo/SP CEP: 04025-010 (11) 50836119 www.sonesp.com.br [email protected] 19 além da neurocirurgia 22 dicas de viagens Navegar é preciso, fazer o bem, também. 8 Capa: Defesa profissional Florianópolis: harmonia entre passado e presemte SUMÁRIO 4 Representantes estaduais 5 Mensagem do presidente 14 em foco Neurocirurgia e cidadania Modesto Cerioni Jr. 5 EDitorial 15 Atento ao jovem neurocirurgião 16 Agenda da diretoria Compromissos da diretoria no segundo trimestre de 2015 7 17 18 Arquivos Brasileiros A Neurocirurgia brasileira mirando novos horizontes Página do residente Unidos pela vocação para a neurocirurgia 20 pródoc Pensando (e repensando) o valor da marca nos serviços médicos João Teixeira Pinto 12 OPINIÃO Neurocirurgia - especialidade de risco Homenagem José Luiz Rodrigues Branco, Luiz Henrique Garcia Lopes e comissão Ensino José Marcus Rotta 6 DEpartamentos 21 eventos Calendário SBN www.sbn.com.br (11) 3051-6075 [email protected] Membro Luis Renato Garcez de Oliveira Mello Membro Luiz Carlos de Alencastro Membro Marcos Masini Membro Orival Alves Membro Osmar José Santos de Moraes Membro Ricardo Vieira Botelho Diretoria 2014-2016 Comissões Presidente Modesto Cerioni Junior Vice-Presidente Clemente Augusto de Brito Pereira Secretário Geral Marco Túlio França Tesoureira Marise Augusto Fernandes Audi 1º Secretário Roberto Sérgio Martins Secretário Executivo Italo Capraro Suriano Presidente Anterior Sebastião Nataniel Silva Gusmão Presidente Eleito 2016-2018 Ronald de Lucena Farias Presidente do Congresso de 2016 Márcio Vinhal de Carvalho Presidente Eleito - Congresso de 2018 Marcelo Paglioli Ferreira Diretor de Departamentos José Marcus Rotta Diretor de Diretrizes Ricardo Vieira Botelho Diretor de Formação Neurocirúrgica Benedicto Oscar Colli Diretor de Honorários José Carlos Esteves Veiga Diretor de Parlamentário Marcos Masini Diretor de Patrimônio Samuel Tau Zymberg Diretor de Políticas Clemente Augusto de Brito Pereira Diretor de Relações Internacionais José Marcus Rotta Diretor de Relações Institucionais Cid Célio Jayme Carvalhaes Diretor de Representantes Regionais Paulo Ronaldo Jubé Ribeiro Diretor da Revista Arquivos Brasileiros Eberval Gadelha Figueiredo Diretor Editor da Revista SBN Hoje José Marcus Rotta Conselho Deliberativo Presidente Jorge Luiz Kraemer Secretário Benjamim Pessoa Vale Membro Aluízio Augusto Arantes Junior Membro Geraldo de Sá Carneiro Filho Membro Jair Leopoldo Raso Membro Jânio Nogueira Membro José Carlos Saleme Membro José Fernando Guedes Correa Membro José Marcus Rotta Membro Luis Alencar Biurrum Borba SBN Hoje 4 Acreditação de Eventos Coordenador Mario Augusto Taricco Membro Alessandra de Moura Lima Membro Audrey Beatriz Santos Araujo Membro Rodrigo Moreira Faleiro Membro Sergio Tadeu Fernandes Credenciamento Coordenador Roberto Colichio Gabarra Membro Albedy Moreira Bastos Membro Marcelo Batista Chioato dos Santos Membro Paulo Valdeci Worm Membro Ruy Castro Monteiro da Silva Filho Membro Sandoval Inácio Carneiro Ensino Coordenador Paulo Andrade de Mello Membro Alexandre Varella Giannetti Membro Apio Cláudio Martins Antunes Membro Feres Eduardo Aparecido Chaddad Neto Membro Hélio Ferreira Lopes Membro Wen Hung Tzu Ética Coordenador Felix Hendrik Pahl Membro Asdrubal Falavigna Membro Denise Marques de Assis Exercício Profissional Coordenador Albert Vincent Berthier Brasil Membro Carlos Batista Alves de Souza Filho Membro Edson Lopes Júnior Membro Luiz Antonio Araujo Dias Membro Marcelo Luis Mudo Membro Sérgio Listik Fiscal Membro Valter da Costa Membro José Carlos Saleme Membro José Arnaldo Motta de Arruda Membro Cid Célio Jayme Carvalhaes Membro Jânio Nogueira Gerenciamento do Fundo Financeiro Membro Italo Capraro Suriano Membro Nelson Pires Ferreira Membro Roberto Colichio Gabarra Título de Especialista Coordenador da Prova Prática Jefferson Walter Daniel Coordenador da Prova Teórica Paulo Henrique Pires de Aguiar Membro André Martins de Lima Cecchini Membro Antônio Aversa Dutra do Souto Membro Antonio Cesar de Melo Mussi Membro Bruno Silva Costa Membro Cassius Vinícius Corrêa Dos Reis Membro Jean Gonçalves de Oliveira Membro Mauro Takao Marques Suzuki Membro Paulo Abdo do Seixo Kadri Membro Samuel Tau Zymberg Membro Wilson Faglioni Júnior Departamentos Neurointensivismo Coordenador Gustavo Cartaxo Patriota Secretário Leonardo Christian Welling Oncologia Coordenadora Ana Lucia Mello de Carvalho Secretário Leonardo Augusto Wendling Henriques Pediatria Coordenadora Nelci Zanon Collange Secretária Márcia Cristina da Silva Radiocirurgia Coordenador Vladimir Arruda Zaccariotti Secretário Evandro César de Souza Trauma Coordenador Nelson Saade Secretário Wellingson Silva Paiva Vascular Coordenador Feres Eduardo Aparecido Chaddad Neto Secretário Hugo Leonardo Doria Netto RJ Estrada do Bananal, 56 - Freguesia/Jacarepaguá - CEP: 22745-012 - (21) 2425-8878 Base de Crânio Coordenador Jorge Luiz Amorim Corrêa Secretário Cassius Vinícius Corrêa Dos Reis SP Av. Santa Catarina, 1.521 - Sala 308 - Vila Mascote - CEP: 04378-300 - (11) 2539-8878 Coluna Diretor: Renato Gregório Diretor digital: Marconde Miranda Gerente editorial: Bruno Aires Editor: Marcello Manes (MTB 31949-RJ) Gerente comercial: Karina Maganhini Gerente de marketing: Valeska Vidal Coordenadora editorial: Mariana Moreira Coordenador técnico-científico: Guilherme Sargentelli (CRM 541480-RJ) Redação: Mariana Moreira e Rafael Martins Revisores: Adriano Bastos e Leonardo de Paula Coordenadora de design gráfico: Danielle V. Cardoso Designers gráficos: Douglas Almeida, Gabriel Arcanjo, Monica Mendes e Tatiana Couto Gerentes de relacionamento: Beatriz Piva, Camila Kuwahara, Elis Satomi, Juliana Cunha, Sâmya Nascimento e Selma Brandespim Coordenadoras administrativas: Cintia Vasconcelos e Thamires Cardoso Produção gráfica: Pedro Henrique Soares Coordenador Marcelo Luis Mudo Secretário Andrei Fernandes Joaquim Endovascular Coordenador Leandro Jose Haas Secretário José Laércio Junior Silva Funcional Coordenador Sérgio Adrian Fernandes Dantas Secretário Walter José Fagundes Pereyra Jovem Neurocirurgião Coordenador Christian Diniz Ferreira Secretário Guilherme Brasileiro de Aguiar Nervos Periféricos Coordenador Francisco Flavio Leitão de Carvalho Filho Secretário Emerson Luis Campelo de Oliveira USA 4929 Corto Drive - Orlando - FL - 32837 1 (321) 746-4046 www.editoradoc.com.br [email protected] Publicidade e reimpressões (11) 2539-8878 ou (21) 2425-8878 Mobile (21) 99554-2305 ou (11) 97276-6232 [email protected] Copyright© 2015 by DOC Content. Todas as marcas contidas nesta publicação, desenvolvida exclusivamente pela DOC Content para a SBN, bem como os direitos autorais incidentes, são reservados e protegidos pelas leis 9.279/96 e 9.610/98. É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, da DOC Content. Publicação destinada à classe médica. Mensagem do presidente Quero começar dizendo que 100 novos colegas foram aprovados, em março, na prova de título de especialista. Parabéns aos primeiros classificados, que serão premiados. Feito isso, aproveito este espaço para passar diversos informes, todos de grande relevância para os membros da SBN: - A reforma estatutária contendo os ajustes necessários para total adequação da sociedade à legislação vigente está concluída. Foi analisada e aceita pelos conselheiros do Conselho Deliberativo. Agora, está sendo encaminhada aos associados para que tomem conhecimento do seu teor e concordem com a sua aprovação definitiva na próxima assembleia geral, durante o próximo Congresso Brasileiro de Atualização em Neurocirurgia (CBAN) - www. congressodeatualizacaosbn.com.br. - No CBAN 2015, os médicos preceptores serão homenageados pelo reconhecimento do seu importante trabalho e também terão redução no valor da inscrição. - A SBN foi eleita pelas demais sociedades e, pela primeira vez, ocupará uma das vagas no Conselho Deliberativo da AMB. Desse modo, aumenta sua relação e atuação naquela entidade. - A Capes atendeu à solicitação da SBN e adquiriu as duas revistas: Neurosurgery e Journal of Neurosurgery, que já podem ser consultadas nas instituições de ensino. O acordo fechado com a Capes e próxima diretoria permitirá o acesso aos 36 mil títulos no portal de publicações. - Em julho, realizaremos em São Paulo o Curso de Ciências Básicas, de conteúdo voltado aos residentes. Também a nova edição atualizada e remodelada do Livro do Residente será distribuída no segundo semestre. - O manual de descrição dos procedimentos em Neurocirurgia será apresentado à AMB e divulgado para os associados. Alinhará o melhor entendimento entre a fonte pagadora e o médico prestador do serviço. - A SBN se reuniu com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e com a Sociedade Brasileira da Coluna e um estudo em comum dos valores dos honorários, com adequações e comparações regionais, será concluído brevemente e negociado pelas entidades. A participação das Regionais Estaduais é necessária e bem-vinda. Suas ideias e sugestões devem ser encaminhadas à secretaria. Divulgação Prezado associado, - Cada departamento está comprometido em aprontar duas diretrizes até o final da gestão e a diretoria vai ativar a plataforma TOTVS e o aplicativo FLUIG durante as festas juninas. Obrigado pela atenção de todos, Dr. Modesto Cerioni Jr. Modesto Cerioni Jr. Divulgação editorial Prezados amigos, Como já é sabido, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) considerou que a tabela CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), feita pela Associação Médica Brasileira (AMB) e utilizada pela SBN, configura formação de cartel. No entendimento do órgão, não é permitido haver preço único para um mesmo procedimento, é preciso haver variação. Mas a tabela é apenas referencial, e não uma relação de preços final. E, mesmo assim, sofremos a condenação. Esse caso mostra como é difícil lutar pelos direitos dos neurocirurgiões – e da classe médica como um todo. Sempre há algum fator contra. Buscamos fazer uma tabela adequada, elevar os preços que são pagos pelos procedimentos, mas vem um retrocesso, que é o não cumprimento e bloqueio pelos convênios, escorados no argumento da cartelização. É uma luta constante em que nós temos que estar unidos, para que possamos ter, sempre, a melhora da qualidade de trabalho e de remuneração. É fundamental que todos os neurocirurgiões estejamos juntos na SBN. É só a prática em grupo que vai dar poder ao neurocirurgião para que ele conquiste a vitória e tenha uma comissão de defesa profissional mais ativa e mais forte. Assim, nós teremos o poder de dialogar e vencer, com estratégia, governo, indústria e fontes pagadoras. Um grande abraço a todos. Dr. José Marcus Rotta Editor SBN Hoje 5 AGENDA DA DIRETORIA Divulgação Compromissos da diretoria no segundo trimestre de 2015 Global Spine Congress Data: 20/05/2015 Local: Buenos Aires, Argentina Representantes da SBN: Dr. Modesto Cerioni Jr., Dr. Osmar Moraes, Dr. Ricardo Botelho e Dr. Marise Audi ABRIL 15º Congresso Brasileiro de Coluna da Sociedade Brasileira de Coluna em Belo Horizonte Data: 19/04/2015 Local: Belo Horizonte - MG Representante da SBN: Dr. Clemente Pereira Da esquerda para direita: Dr. Miguel Ontaneda, Dr. Marcus Vinicius Flores Serra, Dr. Modesto Cerinoni Jr, Dr. Ricardo Botelho, Dr. Marcelo Gruenberg, Dr. Asdrubal Falavigna, Dra. Marise Audi, Dr. Osmar Moraes, Dr. Albert Brasil. Solenidade da posse dos novos membros da Academia de Medicina de São Paulo Data: 30/04/2015 Local: Hospital Albert Einstein, São Paulo - SP Representante da SBN: Dr. Roberto Martins MAIO 15º Congresso Brasileiro de Coluna da Sociedade Brasileira de Coluna em Belo Horizonte Data: 20/04/2015 Local: Belo Horizonte - MG Representante da SBN: Dr. Modesto Cerioni Jr. Câmara Técnica de Neurologia e Neurocirurgia XXXIV Enin - Encontro Inter Regional de Neurocirurgia Data: 24/04/2015 Local: Belo Horizonte - MG Representante da SBN: Dr. Modesto Cerioni Jr. V Fórum Nacional da CBHPM Conselho Científico AMB - Eleição CD / AMB Data: 28/04/2015 Local: Sede da AMB Representantes da SBN: Dr. Modesto Cerioni Jr. e Dr. Guilherme Brasileiro Reunião de Defesa Profissional na AMB Data: 29/04/2015 Local: Sede da AMB Representante da SBN: Dr. Albert Brasil Reunião SBOT e Sociedades Médicas Data: 29/04/2015 Local: São Paulo - SP Representantes da SBN: Dr. Modesto Cerioni Jr. e Dr. Italo Suriano SBN Hoje 6 Data: 12/05/2015 Local: Brasília – DF Representante: Dr. José Carlos E. Veiga Data: 22/05/2015 Local: Belo Horizonte – BH Representante: Dr. Jair Leopoldo Raso 31º Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia Data: 28/05/2015 Local: Porto - Portugal Representante da SBN: Dr. Modesto Cerioni Jr. V Congresso Goiano de Neurocirurgia Data: 29/05/2015 Local: Goiânia - GO Representante da SBN: Dr. Clemente Pereira HOMENAGEM Dr. José Luiz Rodrigues Branco de Sorocaba (PUC-SP) e membro titular da Academia Brasileira de Neurocirurgia. Exerceu a profissão na cidade de Sorocaba e região até janeiro de 2015, quando veio a falecer no dia 24. Deixou viúva a sra. Ana Lucia Miguel Ferraz Rodrigues Branco e filhos José Luiz Rodrigues Branco Filho e Daniel Ferraz Rodrigues Branco. Escrito pelo Dr. Francisco Carlos de Andrade Sócio da SBN Dr. Luiz Henrique Garcia Lopes 01/10/1977 sua proposta de tratamento. Outra grande afinidade do Dr. Luiz Henrique era o paraquedismo. Transbordava alegria quando nos mostrava os filmes de seus saltos, gravados no tablet, fazendo-nos compreender o quanto gostava e sentia-se feliz com esse esporte. Alternava suas jornadas de trabalho com as viagens que empreendia, seja para aperfeiçoamento em endovascular ou para recreação. Como paraquedista, tinha aproximadamente 180 saltos em seu currículo, sendo considerado experiente nesse esporte. Na tarde de 10 de janeiro de 2015, aos 37anos de idade, Luiz Henrique faleceu vítima de acidente durante um salto de paraquedas em Piracicaba, na Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (ESALQ), no campus da Universidade de São Paulo (USP). Perdemos um grande profissional da área endovascular, mas fica o consolo de que ele partiu fazendo o que gostava. Embora tenha nos deixado precocemente, viveu intensamente e deixou um legado marcante, que pôde ser sentido em seu sepultamento, ocorrido numa tarde de domingo chuvosa, onde compareceram vários dos pacientes por ele tratados e uma grande legião de amigos, pois era extrovertido e cultivava as amizades com facilidade. Escrito pelo Dr. Adelmo Ferreira Sócio da SBN 30/03/2015 Dr. João Teixeira Pinto Faleceu no dia 30/03, o Dr. João Teixeira Pinto, membro titular da SBN. Teixeira Pinto, como era conhecido, foi o iniciador e diretor, por 20 anos, do Serviço de Neurocirurgia do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo. Lá, criou o primeiro serviço de residência da especialidade, sem vínculo direto com faculdades de Medicina, propiciando 10/01/2015 Arquivo pessoal O Dr. Luiz Henrique Garcia Lopes graduou-se em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) no ano de 2002, tendo feito residência em Neurocirurgia na mesma instituição. Em seguida, completou sua formação no campo da Neurorradiologia intervencionista na França, retornando à Londrina, sua cidade natal, onde atuou como neurocirurgião em hospitais privados e também como docente de Neurocirurgia e chefe do departamento de cirurgia da UEL. Sua grande paixão na Neurocirurgia era realmente a endovascular, que exerceu com muita volúpia. Mesmo após a sua curva de aprendizado, quando lhe apresentávamos um caso de patologia vascular de difícil solução, víamos nele o mesmo entusiasmo de um principiante: estudava o caso com carinho, discutia as imagens com seus colegas de outros centros e mesmo do exterior, para depois apresentar a 24/01/2015 Arquivo pessoal O Dr. José Luiz Rodrigues Branco, nascido em 25 de fevereiro de 1949 na cidade de Rio Claro- SP, graduou-se em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – Sorocaba, no período de 1970 a 1975. Em janeiro de 1976, iniciou residência em Neurologia e Neurocirurgia no Centro de Ciências Médicas e Biológicas da PUC-SP, concluindo-a em dezembro de 1978. Foi prof. assistente de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina 25/02/1949 a formandos das mais diversas origens o treinamento em alto nível. Com o decorrer dos anos, o Serviço de Neurocirurgia do HSPE-IAMSPE tornou-se uma referência na prática da especialidade e na formação de especialistas. Homem de sólida formação humanista e liberal por convicção, Teixeira Pinto quebrou paradigmas, promo- veu a expansão da especialidade e deixou um legado representado pela qualidade dos neurocirurgiões que formou na instituição que dirigiu durante duas décadas. Escrito pelo Dr. Clemente Augusto de Brito Pereira Vice-presidente da SBN SBN Hoje 7 Capa Defesa profissional: resgatando o passado em busca de novas conquistas Presidente e ex-presidentes falam sobre a importância histórica da defesa profissional e da Comissão de Exercício Profissional SBN Hoje 8 C omo uma sociedade de especialidade, a SBN deve sempre buscar zelar pela qualidade do exercício da Neurocirurgia brasileira, uma tarefa que envolve cuidar tanto do conhecimento técnico e científico de seus associados quanto das condições de trabalho para que possam aplicar esse conhecimento. Inicialmente, porém, na história da entidade, havia apenas a primeira preocupação. Por mais de 20 anos, não existiu um departamento voltado para a defesa de seus profissionais. “Em torno da década de 1980 ou 1990, a sociedade percebeu que isso não era suficiente para atender aos anseios dos associados. Ela começou a interferir diante dos vários aspectos do exercício profissional. Tornou-se interlocutora diante do governo, fontes pagadoras, Ministério da Educação e outros, respondendo pela autorização de um indivíduo exercer a Neurocirurgia”, conta o atual presidente da Comissão de Exercício Profissional, o Dr. Albert Vincent Brasil. Presidente da SBN, o Dr. Modesto Cerioni Jr. frisa que a comissão foi criada antes das denúncias de irregularidades na prática da Medicina terem se tornado mais comuns. “A SBN, assim como todas as outras sociedades, precisa ter um corpo de pessoas que se preocupe com três alvos principais: defender os direitos do médico em seu ambiente de trabalho, a remuneração do serviço prestado e servir como mediadora das reclamações profissionais que os associados trazem sobre seus locais de trabalho”, informa. SBN Hoje 9 Divulgação Capa “Conseguimos nos organizar e marcar posição, mostrando aos gestores de saúde que existimos e que nossa especialidade merece atenção” D r. R o n a l d F i u z a Divulgação O Dr. José Marcus Rotta, presidente da sociedade entre 2010 e 2012, considera o papel da Comissão fundamental, porque ela resume toda a SBN. Isso ocorre, explica, porque a defesa do profissional depende de quatro elementos: conhecimento, condições de trabalho, remuneração e independência. “Primeiro, o médico precisa estar bem informado. Necessita ter condições técnicas e de conhecimento científico para realizar bem seu tipo de trabalho. Segundo, é preciso que o especialista tenha um local com essas condições para pôr em prática a Neurocirurgia. Em terceiro, ele deve ter uma remuneração adequada sobre esse trabalho, e ser independente em sua forma de trabalhar. Ele não pode dar um diagnóstico ou fazer uma cirurgia imposta por um convênio, pelo governo ou por uma indústria”, expõe. Já o Dr. Ronald Moura Fiuza (gestão 1998-2000) recorda que o também ex-presidente José Gilberto de Souza foi o primeiro a defender a ideia de a SBN cuidar não apenas da ciência e formação profissional, mas, também, zelar pelas condições de trabalho dos neurocirurgiões. “Assim iniciou a Comissão de Exercício Profissional. E, com suas conquistas, o natural engajamento de todas as diretorias a partir de então. Deu resultado. Já conseguimos nos organizar e marcar posição, mostrando aos gestores de saúde que existimos e que nossa especialidade merece atenção”. Antes de se tornar presidente, o Dr. Fiuza teve participação em uma das maiores conquistas da SBN no campo da defesa profissional: a assinatura do Sistema de Alta Complexidade em Neurocirurgia pelo então Ministro da Saúde. “Meu papel começou bem antes de minha gestão, quando apresentei a Nelson Ferreira uma proposta chamada ‘SIPAC’. Após um período de maturação, as ações políticas vieram a esquentar na gestão de Carlos Batista. Só no fim da gestão do Carlos Telles fomos recebidos pelo ministro José Dr. Albert Vincent Brasil “O neurocirurgião sofre pressão de vários grupos para tratar um paciente. A defesa profissional também está em nos proteger, para não ficarmos sozinhos” D r. J o s é M a r c u s R o t t a SBN Hoje 10 Divulgação “A SBN, assim como todas as outras sociedades, precisa ter um corpo de pessoas que se Serra. Minha administração tratou de implantar e da consolidação dessa portaria, quando tivemos quase uma reunião por mês no ministério. Foi um salto em nossa relação com o SUS”, relata. Além de sua própria atuação, a Associação Médica Brasileira tem sido uma importante parceira da SBN na luta pela defesa profissional. “As sociedades se reúnem na casa da “mãe” de todas elas, a AMB. Existe uma comissão de defesa profissional dentro da AMB com participação das equipes de defesa profissionais das demais sociedades”, conta o Dr. Modesto Cerioni. Para o Dr. José Alberto Landeiro (presidente entre 2004 e 2006), apesar das dificuldades inerentes, a entidade consegue promover a integração das sociedades em prol da classe médica. “A AMB provê essa integração, mas, na maioria das vezes, preocupe com três alvos principais: defender os direitos do médico em seu ambiente de trabalho, a remuneração do os interesses variam de acordo com a especialidade. Contudo, a entidade tem tido êxito em defesa dos interesses comuns”, analisa. Essa variação de interesses ocorre não apenas entre classes diversas, mas, com frequência, entre médicos de uma mesma especialidade. “O maior desafio que existe é que o conjunto dos neurocirurgiões brasileiros não configura uma massa homogênea de interesses. Suas reivindicações são diferentes e, muitas vezes, conflitantes”, revela o Dr. Albert Brasil. Segundo o especialista, os neurocirurgiões brasileiros podem ser divididos por três grupos – faixa-etária, região geográfica e área de atuação –, cada um com diferentes anseios. Contudo, para que a defesa profissional atinja sua finalidade maior, é preciso tentar evitar ao máximo as divergências. Para o Dr. José Marcus Rotta, a luta por melhores condições deve ter a união como pressuposto. “O neurocirurgião sofre pressão de vários grupos para tratar um paciente. A defesa profissional também está em nos proteger, para não ficarmos sozinhos. Porque o neurocirurgião precisa de uma estratégia, de um plano para vencer isso. Ele necessita agir em grupo, porque, só assim, vai poder competir com outros mais fortes. Por isso, a importância da SBN e da Comissão de Exercício Profissional”, acredita. Dessa forma, a Neurocirurgia brasileira poderá manter as conquistas do passado sem descuidar das que virão. serviço prestado e servir como mediadora das reclamações profissionais que os associados trazem sobre seus locais de trabalho” Dr. Modesto Cerioni Jr. Dr. José Alberto Landeiro SBN Hoje 11 Arquivos Brasileiros A Neurocirurgia brasileira mirando novos horizontes “ Editor-chefe da publicação comemora momento atual, fala sobre mudanças que ocorreram e outras que estão por vir P SBN Hoje 12 melhora da qualidade dos artigos submetidos e cada vez mais com a participação de colegas de todas as regiões do país”. Ele acrescenta que houve alterações importantes também na apresentação gráfica. O layout atual, diz, é semelhante ao de revistas internacionais reconhecidas por sua qualidade. Outra mudança essencial é a ‘internacionalização’ da revista, da qual faz parte a publicação de artigos de países da América Latina (Argentina, Chile, Peru, Equador) e da Europa (Espanha e Portugal). “A exposição internacional vai aumentar significativamente, uma vez que o nosso conteúdo estará disponível em todas as plataformas da Thieme. O processo de submissão dos artigos será completamente digitalizado, sendo utilizada uma plataforma de submissão igual à utilizada por outras importantes revistas cientificas”, descreve. Satisfeito com os novos rumos da revista, o Dr. Figueiredo acredita que todos só têm a ganhar com a sua evolução. “Os residentes e neurocirurgiões jovens, que têm um canal eficiente e de fácil acesso para seu aprimoramento; os mais experientes, que podem se reciclar e atualizar através de um veículo científico editado em seu próprio país; os acadêmicos, que ganharam um meio consistente de divulgar seus trabalhos e ideias; e, de modo indireto, toda a população brasileira, uma vez que a revista, de certa forma, reflete o padrão atual, de alta qualidade da Neurocirurgia brasileira. Estamos exatamente no ponto em que planejamos estar”. A indexação da revista projetará, definitivamente, a Neurocirurgia brasileira em um novo patamar mundial” Dr. Eberval Gadelha Figueiredo Divulgação ublicada desde 1999, a revista Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia passa por mudanças importantes em 2015. Além de ter passado a ser produzida a partir da primeira edição do ano pela editora alemã Thieme Medical Publishers, a publicação caminha para a sua indexação, uma grande ambição, tanto da diretoria da sociedade quanto de seu editor-chefe, o Dr. Eberval Gadelha Figueiredo. À frente da revista desde 2011, ele comemora o atual momento dos Arquivos e diz que todos os passos para que se chegasse a esse ponto foram dados, algo que o número um deste ano indica. “Esta primeira edição de 2015 reflete a consecução dos objetivos inicialmente traçados e aponta para indexação da revista, que é de fundamental importância. (Ela) representará o capítulo de inserção definitiva da Neurocirurgia brasileira na comunidade internacional”, diz, apontando que os neurocirurgiões brasileiros costumam ser reconhecidos internacionalmente pela sua técnica, mas não academicamente. “A indexação da revista representará a resolução dessa incongruência e projetará, definitivamente, a Neurocirurgia brasileira em um novo patamar mundial”, completa. O editor-chefe lembra que, anteriormente, a revista contava com menos recursos, número menor de páginas e poucos artigos, o que chegou a gerar dúvidas sobre o futuro da publicação entre membros da sociedade. Esse problema foi contornado com o envolvimento de grandes serviços de Neurocirurgia e universidades. “Foi visível a Neuromonitorização em Cirurgia da Coluna Aplicações: Fusão Intervertebral Posterior Lombar e Cervical SpineSafe combina a monitorização (EMG) eficaz em cirurgia de coluna com a operação simples e intuitiva do dispositivo. Os benefícios operacionais para os usuários são muito abrangentes. O software guia o usuário através de simples passos, para iniciar rapidamente a monitorização. Seus acessórios são de simples aplicação no paciente, tornando a monitorização em coluna um procedimento simples e mais acessível. *A solução SpineSafe apenas permite a supervisão de raízes nervosas, desta forma não é considerado potencial evocado. www.surgicalline.com.br [email protected] 11 4053 9640 em foco Neurocirurgia e Cidadania Divulgação N Dr. Marco Túlio França Secretário Geral da SBN SBN Hoje 14 as andanças de nossa profissão, muitas foram as reclamações ouvidas e emitidas a respeito do exercício da Medicina, sobretudo da Neurocirurgia. Certa vez, em um Congresso da Associação dos Neurocirurgiões do Estado de São Paulo (Sonesp), fui estimulado pelo Dr. Sérgio Listik a ingressar na vida associativa e, assim, participei da gestão do Dr. Roberto Gabarra, quando esteve à frente daquela entidade. A atividade virou um vício, pois, apesar de muitas adversidades, fui tomado por um prazer que, há algum tempo, eu não sabia bem do que se tratava. Passei pela Associação Paulista de Medicina (APM), onde tive a oportunidade de reativar o Departamento de Neurocirurgia daquela entidade e agregá-lo à Sonesp, posteriormente fui convidado pelo Dr. José Marcus Rotta para auxiliá-lo como seu Secretário Geral à frente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), e, agora, retorno para o mesmo cargo a convite do Dr. Modesto Cerioni Júnior. Assim, passei quase a última década nessas idas e vindas, tentando criar e executar ações que pudessem melhorar a qualidade do exercício de nossa profissão, bem como o fortalecimento da classe. Alguns acertos, alguns erros, conflitos filosóficos e consensos estiveram presentes, mas o comprometimento, fator essencial, nunca foi abandonado. Essa dedicação à vida associativa tem um custo. Deixamos de trabalhar, saímos do aconchego de nosso lar e dos braços de nossos familiares, que tanto nos amam, e que tanto amamos. Dessa forma, por várias vezes fui questionado: “Quanto você ganha para isso?”, e, ao responder que não ganho nada, invariavelmente, eu observava uma cara de espanto! Há poucos dias, fui questionado novamente e, após dizer que não ganhava nada, a pessoa continuou a me indagar: “Você não acha isso meio incoerente: largar sua família e seus afazeres por uma atividade que não te remunera? E, pior ainda, você deixa de ganhar!”. Foi então que pensei mais profundamente sobre o assunto. Qual seria a resposta? Qual seria a coerência? Cheguei à seguinte conclusão: nós, além de neurocirurgiões, médicos, somos cidadãos e, quando somos, de fato, temos uma consciência cidadã, que nos diz que, além de nós, existe toda uma classe, uma nação, um povo, para com o qual temos o dever de cidadania, ou seja, de nos dedicar e buscar rumos para um bem comum! E essa é a resposta. Por que fazemos? Porque somos cidadãos e temos uma responsabilidade social! Departamentos Atento ao jovem neurocirurgião Divulgação Coordenador explica como funciona o departamento dedicado ao auxílio daqueles que estão iniciando na Neurocirurgia O Dr. Christian Diniz Coordenador do Departamento Jovem Neurocirurgião “O intuito maior é complementar a formação, além da tentativa de abrir campo de estágio e de trabalho para esses novos neurocirurgiões. O departamento dá todo apoio em relação a isso, além de abrir portas em fellows e estágios de subespecialidade” Dr. Christian Diniz departamento Jovem Neurocirurgião tem como principais finalidades o auxílio à inserção dos associados com até 35 anos de idade no mercado de trabalho e promover a educação continuada para aqueles que se encontram nesse estágio da carreira. “O intuito maior é complementar a formação, além da tentativa de abrir campo de estágio e de trabalho para esses novos neurocirurgiões. O departamento dá todo apoio em relação a isso, além de abrir portas em fellows e estágios de subespecialidade”, destaca o atual coordenador, Dr. Christian Diniz. Segundo o especialista, o departamento ajuda os jovens neurocirurgiões a lidarem com as dificuldades encontradas ao tentarem a inserção no mercado de trabalho. Ademais, existe a intenção de ampliar seu alcance, aumentando o limite de idade dos médicos que são alvo de suas ações. Uma solicitação para que ela passe de 35 para 40 anos já foi feita. “O neurocirurgião se forma com 30, 31 anos... Quatro anos (até os 35) é muito pouco. Então, no congresso do ano que vem, acredito que seja anunciada a mudança”, antecipa. O coordenador destaca a abrangência do departamento como sua principal característica, já que seu objetivo não é atingir somente uma subárea específica, mas toda uma população de neurocirurgiões que ainda estão tentando se consolidar na especialidade. No campo da educação continuada, Dr. Diniz informa que uma das metas para 2015 é a abertura de novos cursos sobre diversas subespecialidades. “A gente está montando cursos de Neurocirurgia infantil, de coluna, de nervos periféricos e de neurointensivismo. Acredito que a partir de setembro e outubro, esses cursos já estejam em atividade e vinculados à sociedade”, conta. Para isso, estão sendo firmadas parcerias com instituições de ensino e educação continuada, o que possibilitará aos jovens neurocirurgiões estudar com modelos anatômicos e de simulação virtual. Esses acordos também poderão dar aos médicos em formação oportunidades para realizar cursos de pós-graduação lato sensu a distância. Segundo o coordenador, a divulgação desse projeto será feita em breve, no XI Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica, em Belém. “Esse era um desafio, e o projeto já está sendo desenvolvido. Vai ser divulgado no dia 24 de junho, em Belém. Isso vai ser muito bom para quem ainda está em formação”, avalia. SBN Hoje 15 Comissão Uma comissão preocupada com o aprendizado Divulgação À frente da Comissão de Ensino da SBN, o Dr. Paulo Mello detalha a atuação do departamento A Dr. Paulo Mello Coordenador da Comissão de Ensino da SBN “Nós não estamos empenhados em aprovar ou reprovar, mas em saber como estão os médicos em treinamento” Dr. Paulo Mello SBN Hoje 16 valiar para orientar. Este tem sido o principal foco da atividade da Comissão de Ensino da SBN, coordenada pelo Dr. Paulo Andrade de Mello. Segundo o médico, as ações da comissão têm como objetivo traçar um perfil dos programas de residência em Neurocirurgia. “Nós não estamos empenhados em aprovar ou reprovar, mas em saber como estão os médicos em treinamento”, afirma. De acordo com o especialista, isso é feito de várias formas. A principal, e mais comum, são as provas anuais a que os residentes são submetidos, sempre na primeira semana de cada ano. Como o objetivo não é aprovar ou reprovar, além das provas finais, os médicos em treinamento que não conseguirem a nota mínima – igual a seis – têm a oportunidade de fazer um teste de recuperação. A análise dessas provas é o que permite à Comissão acompanhar o que se passa em cada serviço de residência. “Se o residente não foi bem, nós conseguimos determinar quais foram as áreas em que ele não teve bom desempenho. Por exemplo, um serviço que tenha predomínio de Neurotrauma pode uma ter incidência pequena de doenças vasculares. Então, o residente desse serviço vai ficar com alguma dificuldade”, explica. Os dados colhidos em cada avaliação são passados para uma comissão de credenciamento, que tem autoridade para fazer visitas de avaliação aos serviços e conferir, por exemplo, a razão do desempenho insatisfatório dos residentes em determinada área. De acordo com o coordenador, as questões presentes nos exames são retiradas de um banco de perguntas constantemente atualizado através de contribuições de toda a comunidade de neurocirurgiões do Brasil. “Quando há um evento próximo, nós enviamos mensagens para todos os palestrantes elaborarem questões para o banco de provas”, conta. Mas as provas não são o único método que a Comissão tem para examinar a situação dos residentes. Embora ainda no início, também existe um programa que acompanha todas as atividades dos médicos em formação, tanto acadêmicas quanto clínicas ou cirúrgicas. Isso é feito através de um sistema em que o residente se cadastra, podendo acessá-lo para registrar todas as ações de que tiver participado. Para o especialista, a soma de todas essas iniciativas tem garantido a qualidade dos programas de residência em Neurocirugia brasileiros, referência, até mesmo, fora do país. “O programa da SBN é muito avançado e sempre muito bem aceito, em reuniões nacionais e internacionais, pelo que já conseguimos de resultado”, avalia. Opinião Neurocirurgia – especialidade de risco Divulgação O Dr. Roberto Augusto de Carvalho Campos Neurocirurgião e advogado s últimos anos do século passado foram marcados por profunda preocupação e interesse pela crescente ocorrência de relatos de eventos médicos caracterizados como adversos. Nesse sentido, o Comitê de Qualidade em Cuidados de Saúde (Comittee on Quality of Healthcare in America) do Instituto de Medicina Americano (Institute of Medicine) inaugurou estratégias por ações de prevenção para uma Medicina mais segura. Naquela época, vários estudos demonstraram que a evidência de eventos adversos naquele país chegava a, aproximadamente, 4% de todas as hospitalizações, sendo que mais da metade teriam como causa uma suposta falha médica. No entanto, mesmo ao considerar a natureza personalíssima da “falha”, o próprio estudo discute a existência de falhas sistêmicas – situações de risco organizacional vivenciadas pelo médico e que contribuiriam para o mau resultado. Os maus resultados – erros, falhas, acidentes – estariam associados a atividades que dispõem e fazem uso de modernas e complexas tecnologias, múltiplas etapas procedimentais e também dependentes de ação de vários profissionais de distintas formações e especializações. Não somente os aspectos de inovação relacionados ao progresso científico trazem riscos à atividade do médico, mas, também, as deficiências de ordem econômica, o que confere a mesma relevância à riqueza e à pobreza dentro da mensuração do risco, nas palavras de Ulrich Beck – “o risco da riqueza” e o “risco da pobreza”, uma vez que, quando pratica um ato médico, o profissional está envolto em uma estrutura organizacional repleta de carências que também tem suas margens de risco e contribui para o resultado final do atendimento. Esse conjunto de falhas ativas e latentes organizacionais, bem descrito pelo psicólogo britânico James Reason, tem grande aplicação na prática médica e, em especial, na Neurocirurgia, especialidade cujo exercício depende não só do preparo técnico-científico do médico, mas, em larga extensão, da disponibilidade harmoniosa de recursos tecnológicos e humanos. Por outro lado, o médico que se propõe a desenvolver sua atividade profissional está assumindo o risco inerente àquele dever de ofício, protagonizando, assim, uma situação de risco que deve ser entendida como aceitável pela sociedade, pelo beneficiário, pelas normas vigentes e por aqueles que, inseridos na mesma “sociedade de risco”, têm o poder/ dever de julgar com justiça, em conformidade com a pretensão e interesses da sociedade. A alta complexidade que acompanha a especialidade merece especial atenção e investimentos dos gestores, operadores de saúde e poder público, no sentido de propiciar aos especialistas condições suficientes para subsidiar os bons resultados nos procedimentos, aprimorando o bem-estar e a saúde dos pacientes. SBN Hoje 17 Página do Residente Unidos pela vocação para a Neurocirurgia A SBN Hoje 18 chamou atenção por sua complexidade, beleza e importância”, conta o médico, que ingressou na residência através de prova teórica e análise curricular. Segundo o Dr. Vilela, as dificuldades que enfrenta são comuns em hospitais da rede pública, mas é possível desempenhar as funções inerentes à especialidade no local onde atua. “Mesmo com todas as limitações, conseguimos trabalhar e exercer a Neurocirurgia com dignidade aqui em Cuiabá. Realizamos cirurgias de alta complexidade no HGU, confrontamos uma grande variedade de patologias, nos âmbitos de trauma, oncologia, vascular, pediatria, funcional e coluna”, avalia. Apesar da formação privilegiada, os dois médicos têm reservas quanto ao cenário atual da Neurocirurgia e Medicina brasileiras. “A cada dia, vemos a criação de novos serviços de residência que não apresentam qualidade mínima para formar um bom neurocirurgião. O aumento indiscriminado das faculdades de Medicina e das vagas de residências não vem acompanhado de um controle de qualidade”, afirma. Para o médico, essa política pode levar a um declínio da qualidade da Medicina como um todo. Apesar do receio quanto ao futuro da profissão médica, o Dr. Vilela também espera novas possibilidades dentro da área que escolheu. “Na especialidade neurocirúrgica, tenho grandes perspectivas positivas relacionadas ao futuro, com o desenvolvimento de pesquisas, novas técnicas e equipamentos, o uso da robótica, aperfeiçoamento dos procedimentos endovasculares e neurocirurgia funcional”, projeta. Com 15 anos, eu já queria fazer Neurocirurgia, pois um familiar meu foi sub- metido a uma cirurgia no cérebro, e eu achei fantás- tico. [...] Desde então, nunca mais mudei de ideia” Dr. Marcelo Schuster “Tenho grandes pers- pectivas positivas rela- cionadas ao futuro, com o desenvolvimento de pesquisas, novas técnicas e equipamentos” Dr. Bruno Vilela Divulgação um ano e meio de completar a residência em Neurocirurgia, o Dr. Marcelo Schuster, R4 na Santa Casa de Porto Alegre (Hospital São José), está próximo de concretizar uma ambição que já carrega desde a adolescência. “Com 15 anos, eu já queria fazer Neurocirurgia, pois um familiar meu foi submetido a uma cirurgia no cérebro, e eu achei fantástico. Fiquei impressionado com o fato de operar o órgão mais incrível do corpo. Desde então, nunca mais mudei de ideia”, relembra. Residente em um serviço considerado referência em Neurocirurgia e procedimentos de alta complexidade, o Dr. Schuster teve de participar de um processo seletivo bastante específico para conseguir dar início a seu plano de longa data: realizou provas teóricas de Medicina Geral e Neurologia, prova prática de Neurologia e prova oral de Neurologia/Neurocirurgia. A experiência em lidar com diferentes casos e patologias, e com professores capacitados, além da oportunidade de realizar todos os tipos de cirurgia da especialidade durante a residência, são os principais pontos positivos desse período, segundo o estudante, enquanto o financiamento aquém do desejado é o grande destaque negativo. Também no quarto ano da residência, o Dr. Bruno Vilela, do Hospital Geral Universitário de Cuiabá (HGU), diz que se inspirou em neurocirurgiões renomados, como o norte-americano Harvey Cushing e o turco Gazi Yaşargil. “Durante o período de formação da faculdade, estudamos todos os órgãos e sistemas do corpo humano, no entanto, o sistema nervoso foi o que mais me Divulgação “ “ Dois residentes, um de Porto Alegre (RS) e outro de Cuiabá (MT), contam suas expectativas sobre o que os espera quando terminarem a especialização Além da Neurocirurgia Navegar é preciso... Fazer o bem, também Neurocirurgião conta como uniu as três paixões da sua vida: navegação, Medicina e ajuda ao próximo A paixonado por barcos e navegação, o Dr. Carlos Vanderlei de Holanda possui, atualmente, uma frota de oito barcos toda voltada para a realização de ações filantrópicas no litoral sul fluminense. O neurocirurgião nascido na Paraíba, formado em Pernambuco e radicado em São Paulo divide seu tempo entre liderar o Centro Especializado em Neurologia e Neurocirurgia Associados (Equipe Cenna) e a administração do Instituto Carvan – o nome homenageia seus pais, Carlos e Vanda –, através do qual promove ações sociais, culturais, de Saúde e ambientais na região de Paraty e da Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro. SBN Hoje - Como surgiu a sua paixão por barcos e navegação? Carlos Vanderlei de Holanda: Desde pequeno, fui atraído por barcos e navegação. Quando vi o oceano e as jangadas com todas aquelas velas de muitas cores, com 9 anos de idade, a paixão foi fulminante. Quando tomei banho de mar pela primeira vez, sabia que navegar e mergulhar seriam atividades para toda a vida. De lá para cá, foram algumas embarcações. A penúltima, Carvan VII, construí na Paraíba somente para fazer a viagem inaugural de 1.292 milhas náuticas (uns 2.369 quilômetros) até Paraty. Saí de lá no dia 23 de fevereiro de Divulgação 2009 e cheguei no dia 3 de março. Aqueles dias constituíram uma das mais fascinantes experiências de minha vida. SBN Hoje - Como teve a ideia de juntar esse hobby com ações de benefício a pessoas carentes? CVH: Depois que me aquietei fascinado por Paraty, foi até natural procurar meios para promover a inclusão de comunidades carentes, tais como os quilombolas e indígenas. A saúde é um direito básico de todos e, por isso, decidi ajudar a formular e implantar políticas públicas adequadas, promover o acesso aos serviços de atenção primária e estimular a prevenção contra enfermidades com foco nas comunidades que citei, algumas situadas em áreas de geografia desafiadora e de difícil acesso. SBN Hoje - Poderia descrever algumas das ações realizadas pelo Instituto Carvan? CVH: Quando comecei a assistência social, na década de 90, centrada nas crianças filhas de pescadores e caiçaras, não havia, à época, um planejamento empresarial e os eventos eram montados em torno da festa natalina, apenas para trazer alegria e felicidade. Claro que sempre estimulei o acesso das pessoas à minha capacidade de proporcionar cura, consultar e receitar remédios e, até, encaminhar certos casos para centros de saúde avançados. Já atendi milhares de enfermos desde que cheguei a Paraty. Por isso, muitos me citam como “doutor”. São poucos os que me chamam pelo nome, é “doutor” para lá e para cá o tempo inteiro! Eu e o falecido professor Luiz Alcides Manreza brincávamos que já constituíamos um verdadeiro time de neuronavegadores, antes mesmo das bases da neuronavegação terem chegado ao Brasil. SBN Hoje - Que pessoas dão suporte a você nos eventos e na manutenção da ONG? CVH: Para financiar nossas atividades, atuamos por meio da execução de projetos e programas, da doação de recursos ou prestação de serviços intermediários a outras organizações sem fins lucrativos e a órgãos públicos e privados que atuam em áreas afins. Meu irmão, Carlos Vandemberg, é diretor de planejamento e programas especiais do Carvan. De nosso quadro de voluntários, participam, por exemplo, minha mulher, Thanya De Conti, que cuida do operacional das festas do Natal, além de todos os meus amigos médicos que compõem a Equipe Cenna. São tantas as pessoas, que recorro ao lugar comum de não apontar mais ninguém para não incorrer em qualquer injustiça motivada pelo esquecimento. SBN Hoje 19 PróDOC Pensando (e repensando) o valor da marca nos serviços médicos Por Alice Selles* D e acordo com Leonard Berry, marcas precisam ser criadas e cultivadas por todos os meios e formas de contato entre a empresa e seu público (interno e externo). Isso significa que a “personalidade da marca” deve receber atenção no estabelecimento das estratégias de marketing e também na implementação de todas as ações relacionadas ao atendimento e à comunicação. Para entender as decisões envolvidas no desenvolvimento e no gerenciamento de uma marca, podemos pensar em quatro aspectos: marca apresentada, conscientização da marca, significado da marca e patrimônio da marca. Marca apresentada é aquilo que se apresenta na comunicação, nas instalações, na aparência das pessoas que prestam serviços. O nome, a logomarca, a apresentação visual da clínica e o conceito adotado nos materiais de divulgação são os principais elementos da marca apresentada, já que refletem aquilo que o serviço deseja que as pessoas saibam sobre ele e a forma como deseja ser visto. Quanto mais consistente for a maneira como a clínica apresenta sua marca, maior será a conscientização do público sobre a mesma. Conscientização da marca pode ser descrita como a capacidade de o cliente reconhecer e recordar-se da marca, quando estiver em alguma situação que lhe sugira seu nome ou quando precisar de serviços em sua área de atuação. Vemos com frequência pacientes que nunca utilizaram um determinado serviço indicando-o, quando alguém lhes pergunta sobre, por exemplo, a melhor maternidade da cidade. A conscientização da marca está diretamente relacionada com a marca apresentada (no aspecto divulgação). Além da propaganda, para efetivamente gerar conscientização so- SBN Hoje 20 bre a marca, é preciso investir no relacionamento com formadores de opinião (outros médicos, por exemplo). Significado da marca diz respeito às associações que o cliente faz ao pensar ou ouvir o nome. A principal diferença entre a conscientização da marca e o significado da marca está no fato de que a primeira dimensão diz respeito às informações que os clientes acumularam sobre a empresa, o serviço ou o produto, enquanto a segunda se detém nas experiências, nos aspectos psicológicos do relacionamento entre o cliente e a marca. A consciência da marca e o significado da marca exercem forte influência no estabelecimento de patrimônio da marca (brand equity). Patrimônio da marca é o resultado da combinação entre a consciência e o significado da marca. Ele pode ser positivo ou negativo. Quando o patrimônio é positivo, ele se transforma em uma vantagem competitiva importante. A consistência das experiências positivas dos clientes com o serviço médico molda o patrimônio da marca e também interfere na tolerância dos pacientes quanto aos pequenos problemas que possam ocorrer durante o atendimento. Creio que a inconsistência mais comum nos serviços médicos é o descumprimento de horários agendados. Se a experiência total com o serviço for muito positiva, o paciente é capaz de desconsiderar esse fato. O grande desafio vivenciado pelos serviços de saúde é gerenciar o patrimônio de sua marca, conservando a imagem positiva e neutralizando e revertendo aquilo que é negativo. *Alice Selles é mestre em Administração e em Desenvolvimento Empresarial. Diretora da Selles & Henning Comunicação Integrada. + DE 40.000 EXEMPLARES VENDIDOS Disponível nas principais livrarias do mercado Marketing Médico criando valor para o paciente Renato Gregório O livro apresenta ao médico as principais ferramentas e conceitos do marketing, aplicados de maneira prática e objetiva ao cotidiano de consultórios e clínicas em busca de um atendimento de qualidade. 206 páginas Para comprar, visite o site <www.doccontent.com.br> ou ligue para (21) 2425-8878 SÓCIOS DA SBN TêM 30% DE DESCONTO COMPRANDO PELA DOC CONTENT Eventos Calendário SBN XI Congresso de Neurocirurgia Pediátrica 24 a 27 de junho Belém – PA Reunión Intermedia FLANC 2015 2 a 4 de julho Bogotá – Colômbia V Congresso Brasileiro de Neuro-Oncologia 31 de julho a 1 de agosto São Paulo – SP XVII Jornada da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro 31 de julho a 1 de agosto Rio de Janeiro – RJ 8º Congresso Gaúcho de Neurologia e Neurocirurgia 20 a 22 de agosto Gramado - RS Neurão 2015 4 a 6 de setembro São Paulo - SP WFNS - 15th Interim Meeting of the World Federation of Neurosurgical Societies 8 a 12 de setembro Roma - Itália XVII Congresso Brasileiro de Atualização em Neurocirurgia - CBAN 23 a 26 de setembro Florianópolis - SC SBN Hoje 21 Dicas de viagens Florianópolis: harmonia entre passado e presente C onhecida como Ilha da Magia, a cidade de Florianópolis foi a escolhida para a realização do XVII Congresso Brasileiro de Atualização em Neurocirurgia (CBAN). O evento acontecerá entre 23 e 26 de setembro deste ano, no CentroSul, localizado na Avenida Governador Gustavo Richard, 850, no centro da capital catarinense. Com aproximadamente 420 mil habitantes, Florianópolis começa no continente e toma a imensa Ilha de Santa Catarina, que tem cerca de 60km de extensão. Cosmopolita e moderna, ao mesmo tempo a cidade ainda preserva cenários bucólicos, reunindo belezas naturais, uma gastronomia diversificada, e entretenimento para todas as idades. A capital possui 42 praias, nove parques e 20 unidades de preservação ecológica que ocupam, hoje, 42% do seu território. Ainda, conta com um grande legado cultural deixado pelos colonizadores da região, que não está presente apenas em museus. De forma geral, o patrimônio histórico inclui obras tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). No centro, construções centenárias dividem espaço com moderna arquitetura urbana e, em locais mais afastados do grande centro, há lugares bucólicos como Santo Antônio de Lisboa e Ribeirão da Ilha, vilarejos de origem açoriana localizados em Florianópolis, onde ainda é possível sentir a tranquilidade de outros tempos enquanto se saboreia frutos do mar fresquinhos. Já nos municípios de Anitápolis, São Bonifácio e Antônio Carlos, encontram-se traços da colonização alemã nos costumes e na culinária regional. da região. O artesanato também é fortemente comercializado na Casa da Alfândega, onde está a galeria da Associação de Artistas Plásticos de Santa Catarina, e na Casa Açoriana, onde são destaques os trabalhos em pintura, escultura, cestaria e renda. Aqueles que não dispensam uma boa gastronomia podem contar com um paraíso de frutos do mar, lembrando que Florianópolis é a cidade que mais produz ostras no país. No Ribeirão da Ilha e nos contornos da Lagoa da Conceição, por exemplo, os restaurantes servem o molusco acompanhado de sequências de camarões, peixes, farofas e petiscos tipicamente praianos. Aos interessados na vida noturna da capital catarinense, é imprescindível a visita às areias de Canasvieiras e Jurerê, onde estão diversos clubes e restaurantes com cardápios internacionais. Paradas obrigatórias Para conhecer os cartões postais da cidade, os visitantes não podem deixar de visitar a Ponte Hercílio Luz, que é fechada ao tráfego e tombada pelo patrimônio histórico nacional, assim como a Lagoa da Conceição, que é repleta de bares, restaurantes e boates. Para quem quer a chance de fazer compras, o Mercado Público Municipal é uma boa opção. Inaugurado em 1898, ele engloba vários bares e boxes em que são encontrados desde peças artesanais até alimentos típicos SBN Hoje 22 Para mais informações, acesse: <www.pmf.sc.gov.br> OPMI® PENTERO® 900 A Nova Geração. 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