SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Fundada em 1960 OF/PRE/0612/2011 São Paulo, 05 de outubro de 2011. Comunicado aos Associados Conforme é de conhecimento de todos, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) está trabalhando incessantemente na melhoria da atenção a assistência do portador de doença renal crônica (DRC) e para garantir condições dignas de exercício profissional do Médico Nefrologista. Desde o início da gestão, de março a setembro de 2011, a SBN esteve em Brasília em 15 ocasiões, atuando em diversas frentes junto a Secretaria de Atenção a Saúde (SAS) ligada ao Ministério da Saúde (MS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Conselho Federal de Medicina (CFM) e com políticos ligados a bancada de Saúde da Câmara e Senado Federal. Uma assessoria de imprensa foi contratada para dar ampla divulgação ao problema da assistência ao paciente portador de DRC, resultando em 21 entrevistas em rádios (Jovem Pan, CBN, Band, etc.), 4 entrevistas em revistas, 17 em jornais de grande circulação (por exemplo, Folha de São Paulo), e 5 inserções em televisão (por exemplo, Globo, Gazeta e Record). Veja SBN na mídia: www.sbn.org.br/index.php?naMidia. O Governo está ciente da crise no atendimento ao paciente portador de Doença Renal Crônica, sendo que as dificuldades apresentadas são de conhecimento de várias esferas de comando que foram notificadas pessoalmente: Dra. Maria Inez Pordeus Gadelha (Coordenadora da Alta Complexidade e da Câmara Técnica em Nefrologia ligada ao SAS); Dra. Maria Cecília Martins Brito (Diretora da ANVISA), Dr. Antonio Carlos Figueiredo Nardi (Presidente do CONASEMS), Dr. Helvécio Miranda Magalhães Junior (Secretário da SAS) e o Dr. Alexandre Padilha (Ministro da Saúde). A SBN tem fornecido informações técnicas adequadas, se colocado à disposição para auxiliar na melhoria do sistema e proposto soluções realistas ao Governo (ver comunicados anteriores) e, sobretudo, alertado sobre o financiamento inadequado da TRS, a demora no repasse financeiro dos serviços prestados, a falta de rede de internação e de rede de acesso vascular, a necessidade de revisão da RDC 154, além da estruturação da atenção básica e secundária para acolhimento do paciente com Doença Renal Crônica. No entanto, nossa percepção é que falta sensibilidade por parte do Governo para o entendimento amplo destas questões, cuja posição tem sido de diálogo, porém, até o momento, sem demonstrar ações efetivas em direção às necessidades dos envolvidos. Rua Machado Bittencourt, 205 - Conj. 53 - Vila Clementino - 04044-000 - São Paulo - SP Fone: (11) 5579-1242 - Fax: (11) 5573-6000 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Fundada em 1960 Por exemplo, houve uma demora de mais de 2 anos para a SBN ser informada adequadamente sobre o resultado do estudo sobre custo da sessão de hemodiálise conduzido pelo Núcleo de Economia do Ministério da Saúde, sendo a metodologia e resultados apresentados recentemente. Desde as fases iniciais do estudo, a SBN procurou participar do processo, mas diversas recomendações foram rejeitadas, e principalmente, a interpretação dos resultados obtidos tem sido unilateral por parte do Governo. Na nossa visão, é que, por manobras políticas, vamos continuar a discutir planilhas de custos nas futuras reuniões. Enquanto isto, o próprio Ministério da Saúde conduz negociações individuais com colegas nefrologistas, com o intuito de reforçar que foram fornecidas informações divergentes e incorretas, impedindo-os de tomar qualquer decisão, principalmente referente a readequação de valores. O estudo conduzido e apresentado pelo Núcleo de Economia do Ministério da Saúde demonstrou que praticamente na metade das unidades de diálise distribuídas ao longo do território nacional o custo do procedimento foi superior ao valor atualmente pago. Independente da argumentação apresentada, não parece haver vontade política para mudança de posição de nossos gestores, e que o valor de R$ 155,00 é mais do que adequado para a Terapia Renal Substitutiva. Por outro lado, a SBN vem alertando o Governo sobre a crise na TRS, o sucateamento das clínicas, o endividamento dos prestadores que será acentuado com aumento da folha de pagamento e encargos nos próximos meses, a demora no repasse, a baixa remuneração dos profissionais em Nefrologia, a desatualização da Portaria RDC 154, a falta de envolvimento dos Gestores Municipais e Estaduais na atenção ao renal crônico, a falta constante de medicações e a desorganização e falência progressiva e amplamente anunciada do Sistema Público de Saúde como um todo. Vamos continuar lutando dentro da Missão proposta pela nossa Sociedade que é um atendimento integral ao paciente e condições de trabalho dignas para os nefrologistas. Diretoria SBN Rua Machado Bittencourt, 205 - Conj. 53 - Vila Clementino - 04044-000 - São Paulo - SP Fone: (11) 5579-1242 - Fax: (11) 5573-6000 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected]