Comunicação Empresarial
Material de Apoio a turma_01
• O processo de comunicação
• Funções de linguagem
Funções de linguagem
Sendo o homem um ser social, relaciona-se de modo interdependente
com os indivíduos do grupo em que vive. A convivência realiza-se pela
comunicação, que pode ser gestual, oral ou escrita. A eficácia determina a
escolha da modalidade de que se utiliza; por vezes, combinam-se duas ou
mais formas de comunicação.
Os elementos que atuam no ato de se comunicar são:
Em que alguém (emissor) comunica algo (mensagem) a outra pessoa
(receptor) por algum meio em algum ambiente e, para receber a eficácia da
comunicação, observa as reações (retorno).
O emissor, para conseguir os efeitos desejados, deve desenvolver suas
habilidades comunicativas a fim de que a mensagem atinja adequadamente
seu interlocutor.
Na expressão oral o conteúdo deve ser exposto com idéias claras, no
nível de entendimento do seu interlocutor, usando vocabulário que lhe seja
compreensível, em seqüência lógica, fácil de se acompanhar. Quanto à forma,
é necessário falar de modo que se possa se entendido por quem o ouve:
articulação adequada dos fonemas, ritmo nem muito rápido nem muito lento,
modulação da voz que evite a monotonia, volume de som condizente com o
local e os ouvintes. Além da elocução cuidadosa, não se pode esquecer, a
expressividade da mímica facial e da gesticulação que reforça as idéias e os
pensamentos transmitidos.
O retorno a percepção de como a comunicação está sendo recebida – é
difícil demorado ou impossível na língua escrita. Na fala, normalmente é
imediato. O falante percebe a reação do seu ouvinte e, com base nisto, vai
usando os vários recursos de que dispõe para conseguir os efeitos desejados
de convencimento e adesão do receptor.
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Leve em consideração o meio pelo qual a mensagem está sendo
comunicada. Falar perante a pessoa ou falar ao telefone exige recursos
diferentes, pois não há gesticulação perceptível. Um bilhete para um amigo não
será escrito do mesmo modo que uma carta formal. Nos meios de
comunicação social, o veículo é a mídia: jornais, rádio, televisão, revistas, etc.
(...)
Considere a capacidade de entendimento de seu receptor para você
regular o modo de expressar-se. Não se fala sobre o mesmo assunto da
mesma forma com uma criança e com um adulto, com alguém que desconheça
o assunto e com um conhecedor dele.
Um bom receptor deve ter atenção auditiva dirigida para o emissor e
concentrar-se em ouvir bem o que lhe é dito. Não é só uma questão de boas
maneiras como seu o seu interlocutor; é principalmente uma questão de tornar
mais efetivo ao to de comunicação. Ouça, deixe o outro falar, não interrompa.
Quando você falar, o outro deverá ter a mesma atitude.
Como leitor você deve ler sem deixar se distrair por algo que possa
desviar sua atenção do texto. Se tiver dificuldade de compreensão, leia
sublinhando as palavras que não tenha entendido. Procure o significado no
dicionário – não tente se enganar, só com pesquisa em dicionário seu
vocabulário se amplia com segurança. Faça uma segunda leitura após o
esclarecimento da significação dos vocábulos.
A mensagem deve ser adequada ao conjunto dos elementos da
comunicação, tanto no conteúdo quanto na forma pela qual é expressa,
utilizando-se determinado meio para melhor atingir o receptor.
O ambiente em que se dá a comunicação influencia e determina a
atuação do emissor da mensagem. Ele deve ter sensibilidade para perceber
como agir naquele ambiente, naquela situação e adaptar sua fala ou texto ao
momento.
Ter idéias, entender o assunto de pouco lhe adianta se não souber
como comunicar seus conhecimentos. Isso vale tanto na sua vida social
quanto na profissional. Você terá mais facilidade de convivência e mais
prestígio se souber comunicar bem, falando ou escrevendo.
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Funções de linguagem
A linguagem pode ser utilizada para alcançar os mais diversos fins.
Dependendo do objetivo, o emissor lançará mão de determinados elementos
da linguagem. Função pode ser entendida como serventia. Assim a linguagem
serve para comunicar, para exprimir emoções, para levar o receptor a uma
ação, para agradar, embelezar, para esclarecer algo da própria linguagem ou,
simplesmente, para manter viva a comunicação.
•
Função referencial ou de comunicação: função centrada no referente.
Valoriza fundamentalmente o que se informa. É marcada pelo uso da
denotação, da terceira pessoa, verbos impessoais, voz passiva, dados
que exprimem objetividade. (....). A ciência, o noticiário jornalístico, as
comunicações empresariais privilegiam essa função em seus
comunicados. A comunicação nesta função não tem juízos valorativos.
Ex.: informes, resenhas de filmes, livros didáticos, cartas comerciais,
relatórios administrativos.
•
Função expressiva ou emotiva: Está centrada no emissor da
mensagem. Estabelece relação entre a mensagem e o emissor. A
linguagem ganha características de subjetividade revelando emoções e
atitudes interiores. O emissor ocupa-se sobretudo consigo mesmo,
deixando o receptor em segundo plano. Nesta função usa-se primeira
pessoa, exclamações, interjeições, pronomes possessivos, diminutivos
afetivos, adjetivação farta, advérbios de modo, uso de modalizadores,
como eu acho que, eu considero que. Ex.: canções populares, novelas,
crônicas, discursos.
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•
Função conativa: Está centrada no destinatário. Tem como objetivo
influenciar-lhe o comportamento; estabelece relação entre o destinatário
e o receptor uma vez que toda comunicação objetiva obter do receptor
uma reação. É representada pela segunda pessoa verbal, pelo
imperativo e pelo vocativo. Quando a situação exige objetividade,
atenção rigorosa do receptor e do emissor sente que é necessário
influenciá-lo a tomar uma decisão, a função de linguagem mais indicada
é a conativa. Ex.: mensagens publicitárias.
•
Função fática : Está centrada no contato psicológico. Preocupa-se com
o canal da comunicação. Seu objetivo é estabelecer a comunicação,
controlar sua eficácia, prender a atenção do receptor ou cortar a
comunicação. Apenas aproxima receptor e emissor. A troca de palavras
serve sobretudo para criar laços. Ex.: expressões como: alô, entende?,
aí, hein, né ... São também exemplos de função fática manifestações
como: aperto de mão, sorrisos, inclinação do corpo, olhares trocados,
pergunta repetida muitas vezes.
•
Função Metalingüística: Está centrada no código, isto é, seu objeto é
própria linguagem e seu objetivo é definir o sentido dos signos que
dificultam a compreensão do receptor. Tem por objetivo explicar a
própria linguagem. Ex.: dicionários, gramática, livros didáticos.
•
Função poética: Está centrada na própria mensagem. Estabelece
relação da mensagem consigo mesma, valoriza a foram da mensagem.
Vale-se do ritmo, dos sons das figuras de linguagem. Ex.: poemas,
oratórias, publicidade.
Simultaneidade e transitividade das funções de linguagem:
A simultaneidade e a transitividade aqui dizem respeito à coexistência de
várias funções em uma mesma mensagem. Uma função pode existir ao lado
de outra. Ora, como para cada elemento do processo de comunicação
corresponde uma função de linguagem e como em uma comunicação há
mais de um objetivo, em uma mensagem sempre haverá superposição de
funções, variando apenas o grau de evidência de cada uma delas, ou
hierarquia delas. A determinação da função predominante depende da
finalidade da comunicação.
Referências Bibliográficas:
TOMASI, Carolina e MEDEIROS, João Bosco; Comunicação Empresarial. São Paulo: Atlas,
2007.
TEIXEIRA, Leonardo; Comunicação na Empresa. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.
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