D ir eit o Administração N o v e m b r o C i ên c ia s C on tá b eis JORNAL DAS FACULDADES MILTON CAMPOS • N.… 141 • ANO XVI • 2010 NAJ completa 20 anos dando lições profissionais e de vida O Núcleo de Assistência Judiciária (NAJ) da Faculdade de Direito Milton Campos completou em junho último 20 anos de criação, acumulando nessas duas décadas um saldo expressivo na formação dos bacharéis e na prestação de serviços, em especial à comunidade carente. Para o coordenador do NAJ, professor Paulo José Ângelo Andrade, o grande diferencial do trabalho dos alunos no órgão é que ali eles não atuam apenas como auxiliares do advogado, mas como o próprio advogado, sob a orientação de um tutor. Alunos destacam que, além do aprendizado profissional, têm verdadeiras lições de vida no contato com os clientes. Página 3 Comissões próprias levantam dados para avaliação dos cursos da Milton Campos As Comissões Próprias de Avaliação (CPA) das Faculdades de Direito e de Administração Milton Campos estão atuando a pleno vapor, para levantar informações que dêem subsídio às respectivas diretorias para implantar aperfeiçoamentos e corrigir eventuais distor- ções. Na FAMC, a novidade é o uso de sistemas informatizados de consulta; na FDMC, a CPA vem adotando novos métodos de análise estatística. O sucesso das CPAs depende da efetiva participação da comunidade. Página 5 2 24 Professor José Mauro Catta Preta é nomeado desembargador Juliana Campos atualiza livro clássico do pai, Raul Horta Formandos preparam festas com confiança no futuro As fotos e o vídeo sobre as comemorações do Jubileu de Prata das turmas de bacharéis de 1985 já estão disponíveis no site www.mcampos.br, podendo ser assistidos e/ou copiados pelos interessados. P U B L I C A Ç ‹ O Relançado clássico de Raul Machado Horta F A C U L D A D E S M I L T O N C A M P O S A Faculdade do seu tempo. DIRETORA DA FACULDADE DE DIREITO: Prof.ª Lucia Massara • VICE-DIRETOR: Prof. Marcos Afonso de Souza • DIRETOR DA FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO: Prof. Jorge Lasmar • DIRETOR EM EXERCÍCIO: Prof. Carlos Alberto Rohrmann • SECRETÁRIO: Prof. Décio Fulgêncio Alves da Cunha • ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO: GM3 Comunicação e Consultoria • EDITOR RESPONSÁVEL: Manoel Marcos Guimarães (JP 1587/MG) • REDAÇÃO: Fernando Affonseca (JP 4350/MG) e Miriam Gomes Chalfin (JP 4525/MG) • EDIÇÃO, PROJ. GRÁFICO e DIAGRAMAÇÃO: Communicatio (31) 3286-1422 • TIRAGEM: 7,5 mil. As Faculdades são uma instituição de ensino superior, de natureza privada, sem qualquer vínculo com órgão público, tendo como entidade mantenedora a Sociedade Civil denominada Centro Educacional de Formação Superior (Cefos). PRESIDENTE: Prof. José Barcelos de Souza• SECRETÁRIO: Prof. Haroldo da Costa Andrade • DIR. FINANCEIRO: Prof. Osmar Brina Corrêa Lima e-mail: [email protected] Home page - http:// www.mcampos.br Tel.: (31) 3289-1900 • CAMPUS I - Rua Milton Campos, 202 • CAMPUS II - Alameda da Serra, 61 Bairro Vila da Serra - Nova Lima - MG Caixa Postal 3268 - Cep 30140-970 - BH M É R I T O Catta Preta Leal é nomeado desembargador O professor José Mauro Catta Preta Leal, da FDMC, foi nomeado em outubro último pelo governador Antonio Augusto Anastasia para uma vaga de desembargador no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Ele foi escolhido em lista tríplice eleita pelo Conselho Seccional da OAB/MG, na qual foi o mais votado. Sua posse ocorrerá no próximo dia 18 de novembro, às 18 horas, no auditório do TJMG na Av. Raja Gabaglia. Graduado pela Faculdade de Direito da UFMG, José Mauro Catta Preta Leal é professor de Direito Comercial da Faculdade de Direito Milton Campos desde 1982, tendo sido um dos homenageados em setembro último durante as comemorações do Jubileu de Prata de formatura das turmas de 1985 (foto). Foi diretor da Escola Superior de Advocacia da OAB, membro do Conselho Consultivo da Escola Nacional de Advocacia e ocupou a vice-presidência da Ordem dos Advogados de Minas Gerais entre os anos de 1998 e 2003. É advogado do Estado de Minas Gerais e atua na advocacia contenciosa e consultiva na área de contratos, sociedades, propriedade industrial, falências e comércio exterior.• Sérgio Falci J O R N A L D A S FA C U L D A D E S M I LT O N C A M P O S • N . 1 4 1 • N O V E M B R O / 2 0 1 0 A Editora Del Rey relançou recentemente o livro Direito Constitucional – 5ª edição, obra clássica do constitucionalista Raul Machado Horta, que foi atualizada em nota de rodapé pela professora e mestre em Direito Constitucional, procuradora do Estado de MG e professora da FDMC, Juliana Campos Horta. Foram inseridas 81 notas de atualização que decorrem das Emendas à Constituição de 1988 promulgadas após janeiro de 2003 (ECs de números 40 a 62), das Emendas à Constituição do Estado de Minas Gerais de 1989 (ECs de números 56 a 81) e das alterações promovidas nos textos constitucionais estrangeiros analisados pelo autor. O livro exprime o resultado de permanente dedicação aos temas da Constituição pelo autor, no que tem sido seguido pela professora Juliana, sua filha. Diversos professores da FDMC compareceram ao lançamento. Na foto, a autora está ladeada, da esquerda para a direita, pela diretora da FDMC, Lucia Massara, pelas professoras Simone Chaves, Mônica Aragão e Selma Maria Marques de Souza, e pela juíza da 3ª Vara de Sucessões, Karin Liliane Emerich.• R E I N A M E N T O NAJ completa 20 anos de preparação de alunos e assistência à comunidade carente Divulgação Imagine um escritório de advocacia que só atende quem não pode pagar. Este é o Núcleo de Assistência Judiciária (NAJ) da Faculdade de Direito Milton Campos, que acaba de completar 20 anos de existência. Fundado em junho de 1990, o núcleo é hoje uma referência no atendimento a pessoas carentes nas áreas penal, cível, criminal e de família. O coordenador do NAJ, Paulo José Ângelo Andrade, explica que o objetivo principal é oferecer aos alunos a prática jurídica, de forma que eles possam vivenciar de fato aquilo que aprendem em sala de aula. O estágio no NAJ é oferecido a alunos do sétimo período em diante. Semestralmente passam pela experiência cerca de 350 estudantes. Um diferencial do estágio realizado no NAJ para o feito nos demais escritórios de advocacia é que o aluno não atua apenas como um auxiliar do advogado nos processos. Ali ele tem que se envolver completamente na causa, mantendo contato direto com o cliente e até elaborando as peças necessárias, mas sempre sob a tutela de um orientador. Paula Eliana de Matos, por exemplo, do 10º período, está atualmente trabalhando na elaboração de um pedido de habeas corpus para um rapaz que foi preso em flagrante acusado de tráfico de drogas. “Fizemos o pedido de liberdade provisória, mas não tivemos sucesso”, explica ela, com a segurança de um profissional. “Daí a nova peça para defender o cliente”, diz. Além de viver a experiência jurídica, os alunos se deparam com outro aprendizado muito importante. É que boa parte deles vive em uma realidade social e econômica completamente diferente da de seus clientes. Assim, é uma oportunidade para que os estudantes compreendam um pouco mais sobre um lado do Brasil que eles só conheciam pela TV. Paula confirma que ficou chocada quando começou a se envolver em assuntos ligados a crimes contra a vida. “Vivi um conflito interno muito grande, questionando se valia a pena defender uma pessoa que eu tinha convicção de que era culpada”, lembra ela. Porém, ela reconhece que situações como essas a enriqueceram como pessoa, pois permitiram que ela buscasse respostas dentro de si mesma e junto a outros colegas que viviam o mesmo conflito. Durante a visita da reportagem ao NAJ, o pensionista do Ipsemg Jair Batista dos Santos estava sendo atendido. Ele contou que tomou conhecimento do núcleo por indicação de outra faculdade de Belo Horizonte. Ele deseja entrar na Justiça para cancelar o desconto em sua pensão de uma taxa que considera indePaula Eliana: encontro da teoria com a prática O pensionista Jair Batista dos Santos recebe atendimento Os estagiários se envolvem totalmente com a causa que estão defendendo vida, mas não tem como pagar um advogado. “No NAJ fui muito bem recebido e orientado”, disse ele, confiante de que vai ganhar a causa. Parcerias Além de atender às pessoas que não têm condição de pagar um advogado, os estagiários do NAJ pegam causas que os advogados rejeitam, por avaliarem de antemão que são perdidas ou porque o valor não compensa. Outras ações do Núcleo são parcerias. Existe um convênio com a Associação dos Portadores de Hepatite e também uma atividade em conjunto com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais no sentido de atuar no Juizado de Conciliação, no qual os estagiários do NAJ fazem o papel do conciliador. Paulo Andrade lembra também a recente participação no Mutirão de Execução Penal, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça. Os alunos desenvolveram um trabalho junto ao Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade. O professor conta que a atividade durou cerca de três semanas. Os estudantes conversaram com cada uma das detentas que não tinham advogados, levantaram as informações e agora estão tomando as providências devidas para cada caso. O NAJ funciona de segunda a sábado no 5º e no 11º andar na Rua São Paulo, 1071, no centro de Belo Horizonte.• J O R N A L D A S FA C U L D A D E S M I LT O N C A M P O S • N . 1 4 1 • N O V E M B R O / 2 0 1 0 T N O V O S B A C H A R É I S J O R N A L D A S FA C U L D A D E S M I LT O N C A M P O S • N . 1 4 1 • N O V E M B R O / 2 0 1 0 Formandos em Direito da Milton Campos preparam mais uma grande festa Um misto de satisfação, alívio e apreensão. É assim que a maioria das pessoas que se formam na faculdade se sente quando chega a hora de trocar a vida estudantil pela profissional. Para os alunos que estão a um passo de receberem seus diplomas de bacharel pela Faculdade de Direito Milton Campos, porém, a qualidade e o conceito do curso contribuem fortemente para reduzir a insegurança em relação à conquista de uma posição no mercado de trabalho. Assim, será com muita alegria e confiança no futuro que, em janeiro de 2011, dezenas de estudantes participarão da solenidade de Colação de Grau no Chevrolet Hall. Integrante da comissão de formatura de sua turma, Adriene Silveira Hassen se sente gratificada por todo o esforço e dedicação nos últimos cinco anos. Ela ressalta o nível de exigência do seu curso, "muito puxado", mas garante que valeu a pena. O ritmo aumentou no final do ano, com o acúmulo de responsabilidades, como a monografia e as próprias atividades da comissão de formatura. "Nem deu para estudar para a prova da 1ª etapa da OAB", lembra Adriene. Mesmo assim, ela e muitos outros colegas foram aprovados, o que, para a estudante, comprova a alta qualidade do curso da Milton Campos. A formatura é uma grande festa, mas somente quem se envolve com o processo tem noção dos problemas que ocorrem durante a preparação. Adriene e a colega Sara Rocha Martins contaram com a ajuda de uma empresa especializada em cerimoniais para tomar todas as providências necessárias. "Mas o mais importante foi o apoio e a compreensão da maior parte dos formandos", conta Adriene, citando diversos imprevistos que ocorreram ao longo dos últimos quatro anos, prazo de funcionamento da comissão de formatura. Entre esses problemas estava a redução do número de alunos aptos a se formar. Marcella Berenice Gurgel, que também integrou a comissão de formatura de sua turma matutina juntamente com o pessoal da noite, comemora a união dos alunos e vê nas discórdias que surgiram uma oportunidade de aprendizado para lidar com situações adversas. "A divisão de tarefas foi essencial", conta Marcella. Passadas todas as dificuldades, ficam a alegria da formatura e a sensação de dever cumprido. E, em breve, a saudade dos colegas e de todas as situações vividas na época de faculdade, que ficam para sempre na lembrança. O Jornal da Milton Campos parabeniza os novos bacharéis e deseja a todos uma brilhante vida profissional.• Colação de Grau Data: 19/01/2011 Horário: 20 horas Local: Chevrolet Hall Culto religioso Data: 10/01/2011 Local: Igreja da Divina Providência Os prováveis formandos Adriana Alvarenga Duarte Câmara, Adriana das Neves Rosa, Adriene Silveira Hassen, Aislane Aparecida Matos Barreiros, Alessandra Magalhães de Souza Lima, Alex Assunção Ferreira, Alline Fernandes de Oliveira, Amélia Nhimi Pyramo, Ana Carolina Torres Linhares Fernandes, Ana Maria Lima Maciel, Ana Paula Lima Romeros De Araujo, Anderson Evangelista da Conceição, André Alkmim de Matos, André Bernardi Campos, André Pedrolli Serretti, Andréa Ribeiro Gonçalves da Costa, Anna Jéssica Araújo Costa, Antônio Maroca Soares, Aparecida Priscila de Oliveira, Augusto Almeida Garcez, Bernardo Campos Couto e Silva, Bernardo Gonçalves Siqueira, Bernardo Pena Malschitzky Crespo, Bruna de Paula Carvalho Antonio, Bruno Ferreira Anatólio Lima, Bruno Froes Megale, Bruno Lage de Freitas, Bruno Ribeiro de Castro Domingos, Camila de Carvalho Lima, Camila Monteiro Pereira Bretas de Campos, Carla Cristine Ferreira, Carla Maria Ferreira de Souza, Carlos Augusto Queiroz de Figueiredo Branco, Carlos Eduardo Viana Cavalcanti, Catharina Gabarra Tavares dos Santos, Cecilia Bicalho Fernandes, Christiany Rosalia dos Santos, Cintia Vale Souto Maior Filizzola, Clysse Juliana Rocha, Cristiane Serrano Pereira de Carvalho, Cristianne Fonseca Pereira Nascimento, Daniel Brandão Bretas, Daniel Ceschiatti Agrello, Daniel de Souza Caldas, Daniel Felipe de Paiva, Daniel Soares Murta, Daniele Flávia Mendes de Matos, David Peixoto Sampaio, Diego Fabiano Alves, Diogo Barbosa Guerra, Diogo Melo Pena, Diogo Terra França, Diogo Vieira Good God, Eduardo Zauli Gomes, Elgah Maria Zum Bach Lamounier, Elisa Rabello Carvalho, Eliza Helena Guedes Reis Teixeira dos Santos, Emanuella Sanches Braga, Érica Fantini Santos, Estefania Nicolai Pettersen, Fabiana Dias Coelho Carvalho, Fabiana Machado Lima, Fábio Dupin Coutinho, Fábio Roque Abreu Nogueira, Felipe Campos Von Sperling, Fernanda Camargos Caldeira Brant, Fernanda Simoes Dantas, Fernando Andrade Alvarenga Santos, Filipe Soares de Campos Melo, Flávia Bitar Coelho, Flavia Camila Oliveira Mateus, Flávia Freitas Castro de Melo Carvalho, Flaviane Ragazzi, Flavio Augusto Ribeiro Aredes, Francine de Melo Guimaraes, Frederico Félix Gomes, Gabriel Bagno Mascarenhas Senra, Gabriel Tiburcio David, Gabriela El Bizri Portes, Gil Albano Andrade, Guilherme Tavares Fontes Mól, Heliana Giannetti Dolabela, Henrique Laborne Ferreira Grossi, Iolanda Amelia Barbosa Xisto, Isabella Lima Cavaliere, Isadora Athayde Dias Alves, Izabela Penido Bastos, Izabela Pereira Rodrigues da Cunha, Izabella Milagre De Andrade e Silva, Janis Ligia Jorge Daher, Jéssica Fernanda da Cunha, Jill Magnago Monteiro de Castro, Joana Pacheco Martins Ferreira, João Mares Guia Ribeiro, Joao Nogueira de Freitas Neto, João Vitor Bastos Ghader, Jordhana Maria de Vasconcellos Valadão Cardoso, Júlia de Queiroz Ottoni, Juliana Lucena Antunes, Juliana Queiroz Ribeiro, Karen Flauzino Godinho, Karina Oliveira Araujo, Karine Teixeira Silva Carvalho, Kelly Adriane de Paula, Laura de Castro Penteado, Leandro Anésio Coelho, Leonardo Oliveira de Figueiredo Brito, Letícia Lacerda Bueno, Lívia Assis Lima, Luana Matos Ingletto, Lucas Laender Pessoa de Mendonça, Lucas Silva Moreira, Luciana Ribeiro Ferreira, Luisa De Oliveira Drumond, Luiz Felipe Pinto Caram Guimaraes, Luiz Felipe Quick Couret de Carvalho, Luiz Fernando Nunes Fonseca, Luíza Nascimento Patusco, Marcella Berenice Mesquita de Mendonça Gurgel, Marcella Prado Leite, Marcelo Mafra Oliveira, Marcos Fonseca de Moura, Marcus Vinícius Rodrigues Pereira, Maria Aparecida Campos Duarte, Maria Cristina Salgado Andrich Santos, Maria Isabel Mol Ibrahim Marinho, Maria Valentina da Silva Ariano, Mariana Mara Moreira e Silva, Mariana Viana Bernardes, Mariella Della Croce Novaes, Marília Carvalho Bernardes, Marina Campos Guimarães Vereza, Marina Carvalho Cavalcanti de Albuquerque, Marina Heindel Gouvêa de Miranda, Marina Lopes Labarrere, Marina Menezes Leite Praça, Mateus Vicente Paulo de Souza, Melissa Marques Ribeiro, Mellina Isabel Silva Clemente, Mercia Renee Martins Cardoso, Michelle Lopes Moreira, Milena Maria Leão Terrell, Mônica da Silva De Moura Batista, Monyque Bracarense Gandra, Nádia Moreira Silva, Natália Cristina Marques Pimenta, Natália Mazoni Silva Martins, Nathália Cunha Sampaio Policastro, Nathália Savassi Rocha Ribeiro, Nathassia Norrene Costa Cunha, Nayara Santos Aguiar, Patricia Lage de Fuccio, Paula Assis Nascentes Coelho, Paula Camara Baptista de Oliveira, Paula Géo Machado, Paula Pimenta Patrus, Paulo César Gonçalves Furtado, Paulo Guilherme Clarindo Oliveira, Paulo Marcos Barra Neves, Paulo Vitor Pertence de Souza, Pedro Augusto Santos Pereira Filho, Pedro Augusto Soares Vilas Boas, Pedro Chaves Fernandes Rios Neto, Pedro Duarte Lobo Resende, Pedro Henrique Trindade Lucas, Pedro Ulhoa Barbosa, Pollyana Alves Schieber, Pollyanna Rocha Pereira, Priscilla Márcia De Castro Gomes, Rafael Chiari Caspar, Rafael Gustavo Santos Vieira, Rafael Rohrmann Ferreira, Rafael Vieira Furtado Soares, Rafaella Soares dos Santos Chaves Pinheiro, Raphael Fernandes Diniz, Raquel Domingos Vieira da Silva, Raquel Medeiros de Lorentz, Raquel Sant Ana Bonisson, Regiane Xavier Rosa Silva, Renata Galinari Moises, Renata Madureira Candido, Renata Rezende Fonseca, Renata Santos Curi, Renato Figueiredo da Silva, Renato Mello Soares, Ricardo Cordeiro Mello Magalhaes da Rocha, Rodrigo Cosso Pimenta, Rodrigo Costa Silva, Rodrigo Montanari Cabral, Rodrigo Raad Freitas, Ronaldo Prados Fonseca, Sara Bertola de Moura, Sara Rocha Martins, Sergio Jorge Vieira Campos Filho, Sidney Machado Torres, Sílvia de Almeida Pires Pontes, Sílvia Paula Tenório Mati, Soraia Andreia Santos Souza, Stephanie Baêta Fonseca, Tânia de Oliveira Ferreira, Thais Lustosa Neves, Thais Souza Romano, Thales Maciel Campomizzi, Thaysa Kassis de Faria Alvim, Thiago Antunes Mansur Pantuzzo, Thiago Coutens de Menezes Batista, Thiago Lima Diniz, Thiago Porto Ribeiro, Thiago Túlio de Paula Dos Anjos, Tiago Quirino de Vasconcelos, Verônica Ildefonso Cunha Coutinho, Vinicius Nascimento Miranda, Vinícius Quintino de Oliveira, Viviane Godinho Caldeira, Waldirene Noronha Rodrigues, Wesley de Jesus Silva U T O A V A L I A Ç ‹ O CPAs apresentam indicadores que vão ajudar no aperfeiçoamento da instituição Criadas com o foco na melhoria da qualidade, as Comissões Próprias de Avaliação (CPAs) das Faculdades Milton Campos desenvolvem, desde 2005, um trabalho que vem aperfeiçoando continuamente a instituição, desde suas instalações até o nível de ensino. Por meio de uma análise da realidade acadêmica, baseada em pesquisas envolvendo alunos, professores e corpo técnico e administrativo, as CPAs detectam os pontos fortes e fracos dos diversos setores das faculdades e oferecem um relatório com subsídios consistentes para que a direção atue para melhorar os serviços prestados, o ambiente de trabalho e a satisfação dos públicos interno e externo, entre outros. Na Faculdade de Direito, quem coordena os trabalhos da CPA desde 2005 é o professor Carlos Augusto Junqueira Henrique. Ele diz que a avaliação é uma ferramenta importante para a aproximação entre as faculdades e a comunidade, tanto acadêmica quanto social. “Estamos criando caminhos para detectar de forma mais direta as demandas da comunidade”, explica o professor. Uma ação que ele destaca foi o convite à ouvidora, Maria de Lourdes Massara, para que ela fizesse parte da comissão, pois o cargo que ocupa lhe permite estar a par de muitos dos problemas enfrentados por alunos e funcionários. Na Faculdade de Administração, nesse semestre a CPA trouxe uma novidade para a avaliação, conta a professora e integrante da comissão, Patrícia Maciel. As Laboratório de informática: avaliação viabilizou melhorias nos equipamentos Professor Carlos Henrique coordena a CPA na Faculdade de Direito quisas mostram que, em geral, as pessoas estão satisfeitas com a instituição. Faculdades Milton Campos adquiriram junto a uma empresa de software – Qualtrics – um programa para pesquisas on line. Os alunos, ao realizarem a matrícula, acessaram os questionários e responderam a pesquisa referente ao primeiro semestre de 2010. Já os questionários dos professores e dos funcionários do corpo técnico e administrativo foram enviados pelo correio eletrônico, diz. Assim, todos receberam a comunicação da avaliação, acessaram a pesquisa e responderam com total sigilo. Entre as conquistas obtidas com a ajuda das pesquisas realizadas pelas comissões estão o aumento na oferta de cursos de pós-graduação, a atualização dos equipamentos de informática dos laboratórios e a compra de livros para determinadas disciplinas. O professor de Teoria da Administração, Aguinaldo Heber Nogueira, que também integra a CPA, revela que as pes- Legislação A existência das CPAs é uma exigência do Ministério da Educação (MEC). Todas as instituições educacionais de ensino superior, públicas e privadas, têm que fazer atuarem suas comissões como parte do processo nacional de Avaliação Institucional da Educação Superior. Com o diagnóstico da realidade, a comissão elabora relatório com propostas de melhoria e assinam termo de compromisso para atuar na solução dos problemas apontados. O MEC, então, com base no documento elaborado pelas CPAs, comparece à instituição para fazer a sua própria avaliação. Por isso, Carlos Henrique ressalta que o envolvimento e a participação de toda a comunidade acadêmica é fundamental. Segundo Patrícia Maciel, a cada ano a CPA modifica a maneira de avaliar sua comunidade acadêmica. Para 2011, a proposta será a criação de um Grupo Focal – que é uma técnica de avaliação qualitativa, exploratória que coleta dados por meio das interações grupais ao se discutir um tópico sugerido pelo pesquisador. A CPA pretende usar essa técnica com toda a comunidade acadêmica. Na CPA da FDMC, a inovação mais recente foi o aperfeiçoamento dos métodos de avaliação estatística, sob orientação do professor Ronaldo Ronan Oleto.• J O R N A L D A S FA C U L D A D E S M I LT O N C A M P O S • N . 1 4 1 • N O V E M B R O / 2 0 1 0 A A R T I G O Tribunais Simulados e ensino jurídico J O R N A L D A S FA C U L D A D E S M I LT O N C A M P O S • N . 1 4 1 • N O V E M B R O / 2 0 1 0 PEDRO GUSTAVO GOMES ANDRADE* Durante o curso de Direito eu tive a sorte de participar de algumas experiências marcantes: os tribunais simulados e as competições de Direito Internacional. Em 2009, a equipe da Milton Campos foi classificada para concorrer na etapa internacional de uma dessas competições na Universidade de Stetson, na Flórida, e recebemos o apoio financeiro da faculdade para representá-la no exterior. Eu me lembro bem da cena de nossa primeira defesa: eu em pé no púlpito da sala do tribunal, vestido de terno, um frio na barriga; ao meu lado a minha companheira de equipe, Júnia Monteiro, que participou da fase classificatória nacional; do outro lado, os alunos representantes da parte contrária, de uma faculdade indiana, dentre os quais um usava um turbante, que eu mais tarde descobriria se tratar de um adepto do sikhismo. Tudo começou em 2008, quando, em um congresso, o professor José Luiz Singi Albuquerque me arregimentou quase compulsoriamente para integrar de última hora a equipe da faculdade, que precisava de mais um membro. Foi então que conheci o professor David de Carvalho e um outro colega de competição, Otávio Lima. Posteriormente outros colegas participaram de tribunais simulados comigo na faculdade, como Laura Pires do Rio, Guilherme Mól e Thiago Porto. Sou eternamente grato pelo apoio que recebi desses dois professores, bem como da professora Edna Markus, pois todos eles reconheceram a importância dos tribunais simulados como uma ferramenta didática na formação do aluno do curso superior de Direito e forneceram todo o incentivo aos alunos que enveredavam por essa área. Temos a sorte de ter professores como eles na faculdade, bem como o professor Thiago de Almeida, que semestralmente organiza um júri simulado voltado para a área penal. Mas o que são os tribunais simulados, ou os júris simulados, e como eles podem contribuir para a formação do aluno do Direito? Independente da área que cada aluno pretende seguir, seja na advocacia, no magistério ou na academia, como pesquisador e professor, os tribunais simulados irão contribuir para a sua formação. Trata-se de uma experiência que auxilia os alunos a compreenderem melhor como o Direito funciona na prática, a trabalhar em equipe, a falar em público e a treinar a criatividade e a interdisciplinaridade. A sua generalização como ferramenta didática nos cursos de Direito, algo que já ocorre em outros países, como nos Estados Unidos, seria extremamente benéfica para a formação do aluno. Em um caso típico de uma simulação, não haverá nunca uma resposta simples para a resolução de um problema. Tal como o jurista terá que fazer em sua vida prática, os alunos aprendem a analisar os fatos que envolvem cada caso, buscam as bases legais aplicáveis, sobrepesam os interesses em jogo de cada uma das partes, formulam uma linha argumentativa a fim de defender uma posição, treinando, deste modo, sua capacidade para solucionar problemas a partir de um caso concreto. Muitas vezes, os princípios a serem pesados são difíceis e complexos, como, por exemplo, o conflito entre a liberdade individual de um lado e a segurança coletiva de outro; ou a proteção do meio ambiente de um lado e a subsistência de populações ribeirinhas de outro; a constitucionalidade de provas obtidas por meios ilícitos, etc. Os alunos, contudo, devem conseguir defender a posição de seu cliente, seja esta qual for, buscando os argumentos e princípios válidos para fazer prevalecer seus interesses, algo que em muito contribui para o treinamento da capacidade de argumentação e da criatividade. Nos tribunais de que participei, por se tratarem de Direito Internacional, eram comuns questões controversas envolvendo a legalidade de medidas de restrição ao comércio recíproco ou o uso de força armada contra navios em alto mar (algo ocorrido recentemente no caso de Israel e da Flotilha pró-Palestina). Nestes casos, os alunos defendiam não um indivíduo ou empresa, mas um Estado perante um tribunal internacional, como o tribunal arbitral do Mercosul. Deste modo, os alunos aprendem não somente a solucionar problemas em casos concretos, mas, igualmente, a pesquisar temas jurídicos. Quais leis, tratados ou princípios poderão ser alegados nesta defesa? Quais argumentos serão considerados válidos aos olhos do Direito? Que tipo de questões factuais, como estudos científicos, poderão ser utilizados para corroborar minha posição? Há algum julgado anterior sobre este tema que poderá ser invocado como precedente? Estas são algumas das perguntas que o aluno deverá responder para formular sua argumentação. Com isto, ele irá compreender que o mundo da prática é bem mais complexo do que aquele que ele conhece em aulas meramente expositivas. Este tipo de pesquisa ensina o aluno a pensar conforme a lógica jurídica e o irá auxiliar a melhor compreender o Direito independente do caminho que busque seguir, seja ele o de efetivamente defender casos perante tribunais, seja ele o caminho teórico e acadêmico. Além disto, uma das maiores habilidades que os tribunais simulados têm a ensinar é a oralidade e a formalidade. Nossos cursos de Direito, em todo o Brasil, infelizmente não se focam naquilo que é considerado ser a habilidade fundamental de um jurista: saber expressar o seu pensamento e os seus argumentos. É um fato que isto também envolve um conhecimento do grande grau de formalismo necessário para expressar seus argumentos (uma pergunta que sempre surge: qual é o pronome de tratamento adequado para se dirigir ao juiz?). Nos tribunais simulados os alunos aprendem coisas práticas como que tipo de roupa vestir, qual tom de voz é o mais adequado a cada fase de sua argumentação, como gesticular e como manter o contato visual com os juízes. Antes de cada competição os alunos das equipes participantes costumam ensaiar exaustivamente para se apresentarem perante os juízes e as outras partes. Em geral, este treino e a tensão de defender seus argumentos perante um juiz, mesmo que de forma simulada, contribuem para que esses alunos cultivem uma crescente facilidade de falar em público. Não é incomum que, após a provação de um tribunal simulado, eles considerem mais fácil efetuar uma apresentação oral, participar de uma banca de monografia, proferir palestras e até mesmo ministrar aulas. Posso afirmar por experiência própria que as habilidades adquiridas com este treino certamente irão acompanhar o aluno durante toda a sua vida. Finalmente, dentre as muitas habilidades que poderiam ser citadas acerca dos benefícios didáticos dos tribunais simulados, acredito que a mais importante seja o aprendizado do trabalho em equipe e de como lidar com pessoas. Nessas competições os alunos passam meses se reunindo com os mesmos colegas de equipe, pesquisando, treinando, delegando tarefas. Muitos problemas podem ocorrer neste tipo de relação – e eles de fato ocorrem frequentemente. Os membros das equipes em geral possuem perfis bastante diferentes, as equipes costumam ser mistas em relação ao gênero, alguns alunos são mais tímidos, outros possuem mais desenvoltura para falar em público, outros são melhores na área de pesquisa, enquanto outros possuem facilidade para redigir os memoriais escritos que deverão ser entregues. Ao final de uma competição, nenhuma equipe consegue ser vitoriosa se não for capaz de vencer os problemas que surgem devido a essas diferenças de perfis e encontrar uma harmonia entre todos, delegando tarefas de modo eqüitativo e conforme a capacidade de cada membro. Esta é uma habilidade que também não é ensinada pelos métodos didáticos tradicionais nas faculdades, mas que em muito contribui para a formação profissional do aluno, uma vez que o trabalho em equipe e a capacidade de lidar com pessoas é freqüente no trabalho dos profissionais formados, seja ele em um escritório de advocacia ou em uma vara de um tribunal. Desde sua criação e o início de seu funcionamento, em 1975, a Faculdade de Direito Milton Campos é uma instituição que busca a excelência na formação de advogados e de juristas. Hoje ela orgulha-se de ser uma das melhores faculdades de Direito do Brasil, possuindo um dos maiores índices de aprovação da OAB. Sem sombra de dúvidas, podemos afirmar que quanto mais incentivo houver para iniciativas como a organização regular de competições e a participação dos alunos em tribunais e júris simulados mais próxima estará a instituição desse ideal de excelência na formação de profissionais do Direito.• *BACHARELANDO EM DIREITO PELAS FMC. DIRETOR DE EDUCAÇ‹O E CULTURA DO DIR. ACAD. OROZIMBO NONATO, DIRETOR DA REVISTA ACAD¯MICA MILTON CAMPOS E MONITOR DAS DISCIPLINAS DE DIREITO INTERNACIONAL PÐBLICO E DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO. R T I G O Processo: meio para solução do conflito ou entrave à efetividade do direito material? GABRIEL NICOLIELLO VILELA* O Conflito Onde há vida em sociedade, o fenômeno jurídico está presente. Desde os primórdios da humanidade, onde se encontra um agrupamento social, há, inevitavelmente, o conflito. Daí o antigo brocardo latino: ubi societas, ibi ius. Assim, surge o processo com a precípua missão de compor os conflitos de interesse. Mas até chegarmos a um ordenamento positivado como temos hoje, muitas fases históricas precederam essa sistemática. No início não havia uma composição feita pelo Estado. Ficava, pois, a cargo do particular, promover os meios adequados à satisfação de seu direito (autotutela). A evolução do processo passou, no Direito Romano, pelos períodos: legis actiones, per formulas, e cognitio extraordinaria. Inicialmente, o processo era uma mescla de direito religioso e estatal. Somente na terceira fase é que passou a ser completamente estatizado: o próprio Estado encarregava-se de levar ao réu a notícia da existência da demanda e executava a decisão. Nesse período, o juiz passou a pertencer aos quadros do Estado, não mais sendo sua atividade exercida por um particular ou religioso (magistrado-sacerdote). A partir disso, o Estado notou que precisava atuar na solução dos conflitos; que, para garantir a estabilidade social, era inquestionável a presença de um terceiro desinteressado no objeto da lide e em status de superioridade aos litigantes. Deste modo, avocou para si o monopólio da jurisdição. A autotutela passa a ser conduta, vedada, em regra, pelo Direito, sendo as pretensões deduzidas perante um órgão judicial que fosse competente para processar e julgar a demanda. Direito Material x Direito Processual Como se sabe, o direito material é o conjunto de normas jurídicas que cria direitos, impõe deveres e prescreve sanções. Mas a existência do direito material, por si só e às vezes, não é capaz de fazer-se exercitá-lo. É preciso o processo como meio de aplicação do direito material. Alguns ritos existem para cada caso, mas, muitas vezes, são tais procedimentos óbices à efetivação do direito material, visto que o processo é extremamente burocratizado e formal, perdurando, comumente, por longo lapso temporal. Ressalte-se que, não dificilmente quando da prolação da sentença, o direito já pereceu. Então nos perguntamos: para que um processo tão burocratizado e demorado se, quando da decisão definitiva do feito, o direito já pode haver perecido? Alguns poderiam invocar as chamadas tutelas de urgência, como as cautelares e a tutela antecipada para a solução da P U B L I C A Ç ‹ O questão; mas nem sempre tais meios são eficazes a tal ponto. Para Bedaque1, “talvez o maior problema enfrentado pelo operador e pelo consumidor do processo seja a compatibilização entre esses dois valores opostos: urgência na entrega da tutela e necessidade de investigação dos fatos constitutivos do direito pleiteado.” Tentativas de solução tem sido postas em prática, como a criação dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais (Lei nº. 9.099, de 1995) e da Fazenda Pública (Lei nº. 12.153, de 2009), com um processo eminentemente oral, com propostas de conciliação e a presença de juízes leigos e conciliadores; a reforma de 2005/2007 do CPC, que recriou as ações executivas lato sensu, passando a execução a ser mera fase do processo de conhecimento, garantindo, assim, a satisfação do direito no mesmo processo; ou mesmo a Lei nº. 11.419, de 2006, que inseriu no ordenamento jurídico pátrio o processo eletrônico, na tentativa de modernizar a estrutura e tramitação dos processos judiciais. Mas a formalidade tanto do legislador quanto dos juízes encontra sua razão de ser. Cabe ao Poder Judiciário resolver as lides em 1 BEDAQUE, José Roberto dos Santos. Tutela cautelar e tutela antecipada: tutelas sumárias e de urgência – tentativa de sistematização. 4 ed. São Paulo: Malheiros, 2006. p.118. D E A R T I G O S O espaço para artigos é aberto a professores, alunos e ex-alunos das Faculdades Milton Campos. Envie o seu para [email protected]. O texto deve ter de 4 . 0 0 0 a 6 . 0 0 0 caracteres (com espaço), ser identificado com o nome do autor, telefone para contato e, no caso de estudantes, nome do professor responsável pela revisão. Mande também sua dica para a ilustração. Os artigos são publicados por ordem de chegada. caráter de definitividade. O manto da coisa julgada é consequência e garantia extremamente importante, haja vista que só poderá ser revista por meio de ação rescisória. Lado outro, não se pode deixar de mencionar a conquista da constitucionalização do direito fundamental ao contraditório e à ampla defesa pela Carta de 1988 (art. 5º, LX). Acerca de tais questões, dilucida Bedaque2: “A complexidade inerente às novas categorias de direito exige, muitas vezes, soluções urgentes. Por outro lado, as garantias do processo, componentes do chamado devido processo legal, representam uma das maiores conquistas da ciência processual e não podem ser desprezadas.” Quando o constituinte originário de 1988 consagra no art. 5º, XXXV, o princípio da inafastabilidade da jurisdição, está, pois, a garantir ao jurisdicionado o amplo acesso à justiça. Não obstante tal benesse, está o mesmo, muitas vezes, a deduzir sua pretensão em juízo sem expectativas de celeridade, visto que a justiça é deveras morosa... Fez por bem a edição da Emenda Constitucional nº. 45, de 2004, em acrescentar o inciso LXXVIII ao art. 5º. da Constituição, garantindo a “razoável duração do processo”, visto que o Judiciário –, abarrotado de processos para serem processados e julgados, – mantinha demandas infindáveis e sem quaisquer expectativas aos jurisdicionados em verem algum dia solução para suas causas. É preciso, contudo, se chegar a um meio termo entre o escopo fundamental do processo, ao mesmo tempo em que respeitado seja o devido processo legal (due process of law), garantindose às partes a ampla defesa e o contraditório. Novos paradigmas A grande missão do Judiciário após a edição da Emenda Constitucional nº. 45, de 2004, é garantir aos jurisdicionados uma prestação jurisdicional de qualidade, que seja célere e útil. Para tanto, princípios norteadores como o da celeridade, economia processual e do pas de nullitè sans grief devem ser observados, a fim de se evitar uma atuação demasiado formal no que se refere ao aspecto procedimental, que possa impedir ou até mesmo deixar de efetivar o direito material deduzido em juízo. Missão essa difícil de ser desempenhada, mas que, se não observada com afinco, poderá, num futuro não distante, promover grandes injustiças, embora esteja o Judiciário adstrito ao princípio da legalidade.• 2 Idem. p.115. *ALUNO DA FDMC; ARTIGO REVISADO PELO PROF. CAETANO LEVI LOPES. N O T A Os professores e alunos interessados em encaminhar artigos para publicação no ESTADO DE MINAS poderão fazê-lo por intermédio da Assessoria de Comunicação da faculdade: [email protected] J O R N A L D A S FA C U L D A D E S M I LT O N C A M P O S • N . 1 4 1 • N O V E M B R O / 2 0 1 0 A G E S T ‹ IMPRESSO ESPECIAL O Ouvidoria da Milton Campos já funciona a pleno vapor Já está em pleno funcionamento a Ouvidoria das Faculdades Milton Campos, com seções autônomas para a área de Direito e para a de Administração e Ciências Contábeis. A Ouvidoria da Milton Campos possui características similares às de todas as Ouvidorias e está apta a receber reclamações, críticas, comentários e sugestões de toda a comunidade, interna e externa, e deverá apurar o denunciado junto aos departamentos, órgãos ou pessoas citados e oferecer respostas ao autor ou autores da denúncia ou reclamação. As Ouvidorias têm existência relativamente recente no Brasil, mas uma história bicentenária na Europa. Sua origem está na figura do ombudsman (significa representante), palavra que passou às línguas modernas através do sueco, pois foi na Suécia que, em 1809, surgiram pela primeira vez normas legais que criaram o cargo de agente parlamentar de justiça, para limitar os poderes do rei. Há números muito expressivos na história da educação superior em Minas. J O R N A L D A S FA C U L D A D E S M I LT O N C A M P O S • N . 1 4 1 • N O V E M B R O / 2 0 1 0 Mesmo que o curso não seja de Matemática. Há 38 ANOS, foi criado o Centro Educacional de Formação Superior (Cefos), entidade mantenedora das Faculdades Milton Campos. Há 35 ANOS, o curso de Direito da Milton Campos fez seu primeiro vestibular. Há 31 ANOS, a Milton Campos formou sua primeira turma de bacharéis. Desde então, já formou amais de 8 mil bacharéis, muitos hoje desembargadores, procuradores, professores e advogados renomados. Há mais de 10 ANOS, os bacharéis formados pela Milton Campos obtêm os melhores resultados no Exame de Ordem da OAB, dentre todos os cursos particulares de Minas. Há 11 ANOS, a Milton Campos criou sua Faculdade de Administração, oferecendo os cursos de Administração e Ciências Contábeis. No Exame Nacional de Cursos (Enade) do MEC, em 2007, o curso de Administração da Milton Campos foi avaliado como um dos 4 melhores do Brasil. O Mestrado em Direito Empresarial da Milton Campos, pioneiro no Brasil, foi criado há 13 ANOS. A pós-graduação da Milton Campos oferece hoje, além do Mestrado, 12 Cursos de Especialização e 1 MBA. Mais de 80% dos professores da Milton Campos já possuem os graus de Mestre e / ou Doutor. E tem gente que ainda não acredita em bons números no ensino superior. FACULDADES MILTON CAMPOS Tradição e excelência em Direito. Excelência e modernidade em Administração e Ciências Contábeis. Cefos Informações sobre vestibular, transferência, obtenção de novo título e Prouni: www.mcampos.br IMPRESSO Contrato n.º 9912238913 ECT DR/MG Centro Educ. Form. Superior O denunciante ou reclamante poderá permanecer anônimo, se o desejar, mas deverá indicar algum endereço eletrônico para a resposta. Toda denúncia / reclamação terá caráter sigiloso, assim como a eventual apuração, até que esta esteja concluída, quando poderá ser divulgada, se houver interesse geral. O papel da Ouvidoria não é o de solucionar eventuais questões ou problemas apresentados, mas o de encaminhá-los aos canais próprios e acompanhar a tramitação. Não cabe à Ouvidoria o encaminhamento de questões relacionadas diretamente ao ensino – matéria curricular, conteúdo de disciplinas, por exemplo –, que têm seus canais próprios, como o Colegiado. A Ouvidoria da Milton Campos pode ser acessada pelo site www.mcampos.br (clique em contato) ou pelos endereços [email protected] (Direito) e [email protected] (Administração e Ciências Contábeis). A ouvidora da FDMC é a funcionária Maria de Lourdes Massara; o da FAMC é o professor Flávio Vilhena.• E N S I N O R E S P O N S ˘ V E L Milton Campos na Praça JK Uma equipe de professores, alunos e funcionários das Faculdades Milton Campos participou, em 25 de setembro último, do Dia Nacional de Ensino Responsável, promovendo diversas ações para a comunidade na Praça JK, bairro Mangabeiras. Alunos dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Direito, em estandes especialmente montados, prestaram assistência judiciária, contábil e administrativa aos moradores, com assistência de professores. A execução do programa foi coordenada pela professora Lina Fernandes, coordenadora do Núcleo de Extensão, com participação, na comissão organizadora, das professoras Marcília Duarte e Patrícia Menta, da FAMC, do professor Paulo Vianna, do NAJ, e da bibliotecária Emilce Maria Diniz.•