TAMȊ’KAM: A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES INDÍGENAS EM RORAIMA Edite da Silva Andrade (CEFORR) [email protected] Genilza Silva Cunha (CEFORR) Carmem Véra Nunes Spotti (CEFORR) Roraima apresenta uma vasta diversidade étnica e cultural. O estado conta com uma população indígena significativa em relação às demais unidades federativas do Brasil, com pouco mais de 40.000 indígenas, correspondendo a 10,4% da sua população total, e que ocupa uma área territorial de 46,68% do estado (CENSO, 2011). Nesse contexto, o estado abriga nove diferentes etnias. O interessante de tudo isto é que a luta histórica desses povos fez com que seus direitos relacionados à interculturalidade e à língua materna, dentre outros, fossem assegurados em Lei. Protagonistas de sua história, os índios roraimenses deram um salto significativo, conquistando não apenas o respaldo legal para seus direitos, mas também colocando-os em prática. Estes povos são atendidos por 227 escolas estaduais que compreendem 12.345 alunos, tendo como atores 1.022 professores indígenas, habilitados em cursos específicos, dentre eles o Tamî'kam, ofertado pela Secretaria de Estado de Educação por meio do Centro Estadual de Formação dos Profissionais da Educação de Roraima – CEFORR e o Insikiram oferecido pela Universidade Federal de Roraima. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar três diferentes aspectos relacionados à educação escolar indígena em Roraima. No primeiro, faremos uma abordagem histórica da legislação federal, a partir da Constituição Federal de 1988, que sinaliza os avanços legais relacionados à educação escolar indígena; a seguir, analisaremos a proposta de formação inicial de professores indígenas, por meio do curso Magistério Indígena Tamî'kam, oferecida pelo CEFORR em seguida, mostraremos como se encontra a formação de professores indígenas no estado de Roraima.