nutrição e esporte | nov/dez 2011
Recursos Ergogênicos
Nutricionais: Atualização sobre a
Cafeína no Esporte
Nutritional Ergogenic Aids: Update of Caffeine on Sport
Dra. Janaina Lavalli Goston
- Nutricionista, Especialista em
Fisiologia do Exercício prla UVA/RJ,
Mestre em Ciência de Alimentos
pela Universidade Federal de
Minas Gerais - UFMG, Doutoranda
em Saúde Pública, Faculdade de
medicina pela UFMG e Membro
do grupo de pesquisadores em
Epidemiologia/Observatório
de Saúde Urbana (OSUBH),
Faculdade de Medicina da UFMG.
palavras-chave:
medicina
esportiva, suplementos nutricionais,
atletas,
desempenho
atlético,
cafeína.
keywords:
sports
medicine,
nutritional supplements, athletes,
athletic performance, caffeine.
resumo
O consumo de suplementos
nutricionais
tem
aumentado
significantemente no ambiente
esportivo.
Concomitantemente,
pesquisas científicas têm sido
desenvolvidas a fim de demonstrar
potenciais efeitos da nutrição sobre
o desempenho físico, em especial
Recebido: 14/06/2011 – Aprovado: 18/10/2011
entre atletas. Suplementos de
cafeína têm ganhado expressiva
dedicação por parte de muitos
pesquisadores da área de nutrição
e medicina esportiva a fim de
verificar sua relação com a melhora
do desempenho esportivo. Desde
dezembro de 2010, suplementos
de cafeína para atletas são
permitidos e previstos na legislação
brasileira, o que tem contribuído
para que profissionais de saúde,
principalmente ligados ao ambiente
esportivo, busquem a atualização
sustentada na literatura científica
e em seus preceitos éticos e
legais. O objetivo deste artigo
foi contextualizar a legislação
brasileira que discorre sobre
Alimentos para atletas, em especial
a cafeína, bem como disponibilizar
uma breve atualização em relação
ao seu potencial efeito ergogênico,
dosagens usuais e possíveis
mecanismos de ação sobre o
desempenho físico sustentados na
literatura científica mais recente.
abstract
The
nutritional
consumption
supplements
of
has
increased significantly in the sports
environment. Scientific research
has been developed to demonstrate
potential nutritional effects on
physical
performance
among
athletes. Caffeine supplements
have gained significant attention
as researchers want to verify how
caffeine is related to enhanced
sports performance. In December
2010, Brazilian law allowed for
the consumption of caffeine
supplements for athletes.
This
has encouraged professionals in
sports medicine, to seek updated
information that is supported by
scientific literature and is also
within ethical and legal standards.
The objective of this article is to
explain Brazilian law as it relates to
nutritional supplements for athletes,
specifically caffeine. It also provides
an update on caffeine supplements’
potential ergogenic effect; caffeine
usual dosages and its possible
effects on physical performance
supported by the latest scientific
literature
introdução
A nutrição esportiva é uma
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área que envolve a aplicação de
princípios nutricionais com fins de
melhorar o desempenho esportivo
(WILLIAMS, 2002). Dentre as
atividades privativas do nutricionista
incluem: avaliação individualizada,
focando atender os objetivos
do paciente/cliente, bem como
classificar seu estado nutricional,
definir a conduta dietoterápica e
elaboração do plano alimentar
(BRASIL, 1991). Adicionalmente,
compete ao profissional a definição
da necessidade ou não do uso
de
suplementos
nutricionais
necessários à complementação
da dieta (Resolução CFN nº.
380/05; nº 390/2006). Devese destacar que o profissional,
ao elaborar um plano alimentar
individualizado, deverá garantir
em primeira instância a obtenção
das necessidades nutricionais
deste público por meio da inclusão
de nutrientes provenientes dos
alimentos tradicionalmente obtidos
do dia a dia, já que suplementos são
produtos que visam complementar a
alimentação e não devem, portanto,
ser utilizados como substitutos
de refeições ou como única fonte
alimentar (BRASIL, 2008). Sendo
assim, caberá ao profissional, no
exercício de suas atribuições na
área de nutrição em esportes,
conhecer muito bem os nutrientes
provenientes dos diversos tipos
de
suplementos
nutricionais
disponíveis no mercado, conhecer
as premissas para sua prescrição
sustentadas nas resoluções do
nosso conselho Federal/Regional
(Resoluções RDC nº. 48/2004;
CFN nº. 334/2004; CFN nº. 380/05
e nº 390/2006; CFN nº. 402/2007),
bem como embasadas na literatura
científica e legislação brasileira
2
vigente (RDC nº. 18/2010).
Tornar-se um atleta de
elite
requer
boa
genética,
condicionamento físico e preparo,
treinamento
sistematizado
e
dieta compatível à alta demanda
energética
da
modalidade
desempenhada. Sendo assim,
a nutrição ideal é fundamental
para atender as necessidades
nutricionais de qualquer atleta
e/ou esportista, pois, uma vez
negligenciada, afetará em maior ou
menor proporção seu desempenho
(MAUGHAN; BURKE 2004).
O consenso geral estabelece
que pessoas fisicamente ativas,
que se exercitam para promoção
da saúde, recreação ou estética,
não necessitariam de nutrientes
adicionais
além
daqueles
obtidos por meio da alimentação
balanceada e diversificada. No
entanto, desinformação associada
à crença de que suplementos
nutricionais
favorecerão
o
alcance mais rapidamente dos
objetivos pretendidos no esporte
e/ou competição tem contribuído
para o prevalente consumo
destes produtos, bem como
uso indiscriminado tanto por
esportistas como entre os atletas
(MORRISON et al., 2004; ADA,
2005; HIRCHBRUCH; FISBERG;
MOCHIZUKI, 2008; DSBME, 2009;
GOSTON; CORREIA, 2010).
Em decorrência do alto
volume de treinamento e frequência
de competições dos atletas, os
mesmos lançam mão de algum
recurso ergogênico com fim de
potencializar seu desempenho
esportivo. Entende-se por recursos
ergogênicos substâncias usadas
na tentativa de aumentar a
potência física, a força mental e a
eficácia mecânica, classificados
em diferentes tipos, dentre eles
recursos mecânicos, fisiológicos,
psicológicos,
farmacológicos
ou
nutricionais
(TIRAPEGUI;
CASTRO, 2005). Sendo assim,
devido às altíssimas demandas
energéticas a que são submetidos,
atletas podem necessitar receber
nutrientes não só por meio da
alimentação
tradicional,
mas
complementarmente por meio
da ingestão dos suplementos
nutricionais
(COSTILL,
2003;
BURKE, 2006).
Recente
resolução
(nº
18/2010) sobre Alimentos para
Atletas aprovada pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) prevê aos atletas os
suplementos
hidroeletrolíticos,
energéticos, proteicos, aqueles
para substituição parcial de
refeições, os suplementos de
creatina e cafeína. São bem
conhecidos os benefícios que
alguns destes suplementos podem
exercer no desempenho esportivo
de atletas, quando usados de forma
correta e individualizada (DSBME,
2009; KREIDER et al., 2010). A
mais recente posição publicada
pela Sociedade Internacional de
Nutrição Esportiva (ISSN, 2010)
classificou alguns suplementos
segundo uma escala de maior
ao menor grau de efetividade e,
consequentemente, sua maior e
menor segurança de uso no meio
esportivo. Suplementos de cafeína,
por
exemplo,
mostraram-se
efetivos/seguros tanto na melhora
do desempenho esportivo como
na perda de peso (KREIDER et al.,
2010). A venda de suplementos de
cafeína para atletas foi permitida
no Brasil com fins de auxiliar
nutrição e esporte | nov/dez 2011
no desempenho em exercícios
físicos aeróbios de média e longa
duração, desde que consumidos
sob orientação de nutricionista ou
médico capacitados para tal.
De forma geral, estudos
recentes envolvendo a utilização da
cafeína no exercício têm ganhado
expressiva dedicação por parte de
alguns pesquisadores da área de
nutrição e medicina esportiva, a
fim de verificar sua relação com a
melhora do desempenho esportivo
(BURKE, 2008; GOLDSTEIN et al.,
2010; KREIDER et al., 2010).
Desta forma, este artigo limitarse-á em apresentar informações
disponíveis na literatura científica
Tabela I – Conteúdo de cafeína
em alimentos populares, bebidas,
refrigerantes e energéticos.
Café (xícara de 150 ml) Cafeína (mg)
De máquina
110-150
De coador
64-124
Instantâneo
40-108
Descafeinado instantâneo
2-5
Chá (Granel ou Saquinhos
-xícara de 150 ml)
Infusão de um minuto
Infusão de três minutos
Infusão de cinco minutos
Cafeína
(mg)
9-33
20-46
20-50
Refrigerantes
Coca-Cola
Diet Coke
Pepsi Cola
Diet Pepsi
Pepsi Light
Melo Yello
Cafeína
mg/350 ml
46
46
38,4
36
36
36
Produtos com Chá
Chá instantâneo
(xícara de 150 ml)
Chá gelado
(xícara de 350 ml)
Cafeína (mg)
12-28
Chocolate
Feito a partir de mistura
Chocolate ao leite (28g)
Chocolate de conf. (28g)
Cafeína (mg)
6
6
35
Energéticos
Flash Power
Flying Horse
Dynamite
Red Bull
On Line
Blue Energy Xtreme
Cafeína
mg/250 ml
80
80
80
80
80
80
Fonte: ALTIMARI et al., 2001
22-36
em relação ao potencial efeito
ergogênico da cafeína, destacando
dosagens usuais, bem como os
possíveis mecanismos de ação
sobre o desempenho físico.
métodos
Utilizando-se
os
bancos
de dados, PUBMED, MEDLINE
e
LILACS-BIREME,
foram
selecionados artigos originais,
de revisão, editoriais e diretrizes
escritos nas línguas inglesa e
portuguesa, entre 2000 a 2011,
abordando o uso da cafeína no
ambiente esportivo. Basicamente
os seguintes termos de pesquisa
foram
utilizados
em
várias
combinações (inglês e português):
nutrição esportiva, suplementos
nutricionais, atletas, desempenho
físico, cafeína.
considerações sobre
a cafeína no ambiente
esportivo: mecanismos
de ação propostos,
dosagens usuais,
aspectos éticos, efeitos
colaterais
Acafeína (1,3,7-trimetilxantina)
é um dos ingredientes alimentares
mais antigos e consumidos em
todo mundo (HECKMAN; WEIL;
GONZALEZ DE MEJIA, 2010).
Pode ser encontrada em vários
alimentos
populares,
bebidas
e
refrigerantes,
consumidos
cotidianamente (BUCCI, 2000;
ALTIMARI et al, 2001; MOREAU,
2005) (Tabela I).
Ainda que sem nenhum valor
nutricional, a cafeína resultará em
efeitos que podem ser benéficos
ou não ao indivíduo que a ingere
(ALTERMANN et al., 2008). Muitos
estudos têm reportado melhora
no desempenho após a ingestão
de cafeína, o que tem tornado a
sua suplementação amplamente
difundida no meio esportivo
(ALTIMARI et al., 2000; BRAGA;
ALVES, 2000; BURKE, 2008;
GOLDSTEIN et al., 2010).
Embora incerto do exato
mecanismo ao qual a cafeína tem
supostos
efeitos
ergogênicos,
hipóteses para sua ação durante o
exercício físico incluem: aumentar a
oxidação lipídica, elevando as taxas
de ácidos graxos livres no sangue
e/ou de triglicerídeos intramuscular
e, consequentemente, poupar
os
estoques
de
glicogênio
muscular, permitindo exercício
por tempo mais prolongado (COX
et al., 2002; MAUGHAN, 2004;
HOFFMAN,
2006;
HIGGINS;
TUTTLE; HIGGINS, 2010). Por
atravessar facilmente a barreira
hematoencefálica,
a
cafeína
poderia favorecer mudanças no
Sistema Nervoso Central, afetando
a percepção subjetiva de esforço,
aumentando estado de alerta,
estimulando a circulação sanguínea
e o funcionamento cardíaco de
atletas. Além disso, pode estar
associada à liberação de cálcio dos
seus locais de armazenamento no
músculo, estimulando a contração
muscular (BRAGA; ALVES, 2000;
ALTIMARI et al., 2001; COX et al.,
2002).
Alguns autores sugerem que
para tais efeitos indivíduos devem
ter abstinência de quatro a sete
dias, seguida da ingestão entre 3h a
4h antes do exercício (MAUGHAN,
2004; HOFFMAN, 2006; HIGGINS;
TUTTLE; HIGGINS, 2010).
Assim, a habituação à
cafeína tem demonstrado ser
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de grande relevância quando
da sua utilização, como meio de
melhorar o desempenho físico.
A habituação é atingida a partir
da uma ingestão diária superior a
100mg, ou seja, o correspondente
a aproximadamente 2 1/2 xícaras
de café comum (ALTIMARI et al.,
2001; ALTERMANN et al., 2008;
HIGGINS; TUTTLE; HIGGINS,
2010). Essa quantidade, ingerida
diariamente,
pode
neutralizar
as
respostas
metabólicas
desencadeadas pela ingestão
de cafeína. Assim, pessoas que
bebem
regularmente
bebidas
cafeinadas parecem experimentar
menos benefícios ergogênicos
por sua ingestão (KREIDER et al.,
2010). Por outro lado, entre aquelas
que mantêm ingestões inferiores
a 50mg/dia, classificadas como
não habituadas, experimentariam
melhores efeitos ergogênicos no
ambiente esportivo.
Dosagens entre 3 a 9mg/
Kg/d (~280-630mg) têm sido
demonstradas por melhorar o
tempo de exercício até exaustão em
atletas treinados e no geral não há
maior incremento no desempenho
quando consumida doses ≥9 mg/
kg/d (BRAGA; ALVES, 2000; YEO
et al, 2005). Efeitos na performance
são tipicamente evidentes quando
ela é ingerida 30-90 minutos
antes e/ou durante exercícios
prolongados (MAUGHAN, 2004;
GOLDSTEIN et al., 2010; KREIDER
et al., 2010). Alguns autores
destacam potencial melhora do
desempenho esportivo quando
associada a outros componentes
da dieta, como, por exemplo, os
carboidratos (COX et al., 2002;
YEO et al.,2005). Por outro lado,
quando consumida com a creatina,
4
pode resultar em menor eficácia
ergogênica desta última (HESPEL;
OP’T EIJNDE; VAN LEEMPUTTE,
2002).
Entretanto,
dados
conclusivos para tais associações
e sua influência no rendimento
esportivo e recuperação muscular
necessitam de mais investigação
científica (GANT; ALI; FOSKETT,
2010; LEE; LIN; CHENG, 2011).
Quanto
à
modalidade
esportiva, a utilização da cafeína
em provas intensas e de longa
duração seria vantajosa apenas aos
atletas, uma vez que o treinamento
e condicionamento destes podem
resultar em adaptações fisiológicas
específicas
que,
combinadas
à suplementação da cafeína,
poderiam favorecer o aumento do
desempenho nestas modalidades.
Assim, pode aumentar a vigilância
em sessões de exercício exaustivo
prolongado, de endurance máxima
(útil em provas cronometradas),
de alta intensidade/curta duração
(P. ex. futebol, rúgbi, remo) e em
contínuos períodos de privação
de sono (P. ex operações
militares, corrida de aventura).
Diferentemente, a literatura é
equivocada ao considerar os
efeitos da sua suplementação em
exercícios de força (GOLDSTEIN
et al., 2010).
Vários
métodos
de
suplementação da cafeína têm
sido relatados, porém sugere-se
que a sua ingestão na forma anidra
(cápsulas), em vez, por exemplo,
da ingestão da bebida (café
infusão), possa exercer efeitos
mais interessantes no tempo de
exercício até exaustão em atletas
treinados (GOLDSTEIN et al.,
2010).
No
Brasil,
suplementos
de cafeína para atletas só são
permitidos quando a mesma está
sozinha no produto pronto para
o consumo. Assim, sua adição
em outros produtos para atletas
não está autorizada nem pode
ser adicionada de nutrientes e
de outros não nutrientes (P.ex.
creatina). Além disso, deve ser
utilizada na formulação do produto
cafeína com teor mínimo de 98,5%
de 1,3,7-trimetilxantina, calculada
sobre a base anidra. A legislação
brasileira também prevê que o
produto deve fornecer entre 210 e
420mg de cafeína na porção e as
quantidades de cafeína fornecidas
na porção ou recomendação diária
do produto devem ser declaradas
no rótulo fora da tabela nutricional,
uma vez que essas substâncias
não são consideradas nutrientes
(RDC nº. 18/ 2010).
Em geral, a ingestão de
6mg/Kg não costuma produzir
concentração de cafeína na urina
superior a 12µg/mL, quantidade
antes (até o final de 2003)
considerada doping pelo Comitê
Olímpico Internacional (COI). Tal
quantidade seria detectada com o
consumo de, aproximadamente,
800-1000mg de cafeína (+ ou
- 8 xícaras de café) (WOOLF;
BIDWELL;
CARLSON,
2008).
Realmente essa concentração
tipicamente só é alcançada quando
as ingestões atingem 9mg/Kg ou
mais (MAUGHAN, 2004). Em 1º
de janeiro de 2004, a Agencia
Mundial Antidoping (WADA) definiu
a cafeína na lista de substâncias
não proibidas no esporte (COB,
2006). Desde então, sua saída da
lista de estimulantes proibidos tem
gerado certa preocupação entre
pesquisadores e profissionais da
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saúde, uma vez que pode estar
associada ao uso indiscriminado
por parte dos atletas e esportistas.
Embora permitida em função do
seu potencial ergogênico, sua
utilização é ainda regularizada
pelo COI (BURKE, 2008; WOOLF;
BIDWELL;
CARLSON,
2008).
Sugere-se, portanto, que se houver
abuso do consumo, ela pode voltar
a ser controlada.
Entre os possíveis efeitos
colaterais associados ao alto
consumo
de
cafeína
estão
insônia, nervosismo, irritabilidade,
ansiedade, náuseas, desconforto
gastrointestinal, arritmias cardíacas
e diurese (ALTIMARI, 2001; BUCCI,
2004). Alguma preocupação foi
expressa de que a ingestão antes
do exercício possa contribuir para
desidratação, embora estudos
recentes não tenham suportado tal
hipótese (KREIDER et al., 2010).
Dores de cabeça, irritabilidade,
cansaço e incapacidade de
concentração são alguns dos
sintomas
provocados
pela
interrupção abrupta da ingestão
de cafeína. Salienta-se que seus
efeitos variam de indivíduo para
indivíduo, de acordo com o seu
peso e com a regularidade com que
ingerem cafeína, e são sentidos
enquanto a mesma estiver presente
na corrente sanguínea (SILVA,
2003).
conclusão
Acafeína é uma das substâncias
que vêm sendo estudadas por
vários pesquisadores, por seu
possível
potencial
ergogênico.
Ainda que haja ausência de clareza
quanto aos supostos mecanismos
de sua ação ergogênica no meio
esportivo, pesquisas atuais sugerem
que, em esportes de endurance,
benefícios são vistos com doses
entre 2-3mg/Kg possivelmente
consumidos por meio da dieta
normal. Efeitos prejudiciais estão
relacionados a dosagens iguais
ou superiores a 9mg/kg/dia. Como
a dose recomendada é da ordem
de miligramas, ou seja, dosagens
muito
pequenas,
o
excesso
pode realmente ser prejudicial à
saúde. Por isso, seu consumo
deve ser sempre uma exceção e
o uso necessita de orientação de
nutricionista ou médico da área
esportiva.
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Atualização sobre a Cafeína no Esporte