RSE – Registo de Saúde Electrónico
R2A:
Orientações para Especificação Funcional e
Técnica do Sistema de RSE
30 de Setembro de 2009
Registo de Saúde Electrónico
Orientações para Especificação Funcional e Técnica do Sistema de RSE
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R2A
Versão:
3.0
Data:
30-09-2009
O presente documento resultou da reformulação do documento preliminar de 26 de Junho de 2009, que foi
sujeito a discussão pública de 26 de Junho a 15 de Setembro de 2009, de acordo com Despacho n.º
86/2009 do Senhor Secretário de Estado da Saúde.
O documento preliminar foi disponibilizado para consulta pública nos sites da ACSS, no Portal da Saúde,
no Portal do Governo e no site do evento e-saúde 2009, durante o qual foi realizada uma apresentação
formal dos resultados do trabalho realizado pelo Grupo de Trabalho para o RSE.
A divulgação do período de discussão pública, formalizado no referido Despacho, foi realizada no decorrer
do evento e-saúde 2009 e através de entrevistas realizadas em publicações da área.
Durante o período em que decorreu a discussão pública foram recebidos vários comentários, sugestões e
propostas de melhoria, proveniente de elementos do próprio Grupo de Trabalho, o qual era já
representativo dos vários agentes do sector da saúde (grupo heterogéneo – Despacho n.º 10864/2009, do
Senhor Secretário de Estado da Saúde), bem como de representantes de entidades públicas e privadas,
que quiseram apresentar os seus contributos, quer a título individual, quer institucional.
Os contributos recebidos foram processados e analisados pelo Grupo de Trabalho, tendo sido
incorporados na presente versão os que foram considerados directamente relevantes para a melhoria do
documento. Outros contributos, não reflectidos na presente versão, foram, no entanto, considerados de
interesse como opiniões, sugestões e ideias a estudar ou desenvolver no futuro.
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Índice
0.
1.
2.
3.
4.
PREÂMBULO ................................................................................................................................................. 6
0.1
ENQUADRAMENTO .............................................................................................................................................. 6
0.2
APRESENTAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO ................................................................................................................ 7
0.2.1
Composição ........................................................................................................................................... 7
0.2.2
Organização .......................................................................................................................................... 8
0.2.3
Metodologia .......................................................................................................................................... 9
0.2.4
Resultados ........................................................................................................................................... 10
0.2.5
Actividade ........................................................................................................................................... 11
ARQUITECTURA APLICACIONAL E TECNOLÓGICA ........................................................................................ 12
1.1
FUNDAMENTOS: PRINCÍPIOS E METAS ................................................................................................................... 12
1.2
ARQUITECTURA: MODELO DE REFERÊNCIA ............................................................................................................. 13
1.3
REGRAS DE RELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DO MODELO ................................................................................................. 15
1.4
ACESSO AO RSE PARA VISUALIZAÇÃO OU INTRODUÇÃO DE DADOS .............................................................................. 16
1.5
UTILIZAÇÃO NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA, INVESTIGAÇÃO E GESTÃO .................................................................... 16
1.6
INTEROPERABILIDADE ......................................................................................................................................... 17
1.7
RELAÇÃO DO RSE COM SISTEMAS TRANSVERSAIS E NACIONAIS .................................................................................. 18
MODELO DE INFORMAÇÃO ......................................................................................................................... 19
2.1
DISPONIBILIDADE DA INFORMAÇÃO ....................................................................................................................... 19
2.2
ORGANIZAÇÃO DOS DADOS NO RSE...................................................................................................................... 20
2.3
ESTRUTURA DO MODELO DE INFORMAÇÃO ............................................................................................................. 21
2.4
RESPONSABILIDADES DE ACTUALIZAÇÃO ................................................................................................................. 22
2.5
DADOS A INCLUIR NO TRONCO COMUM................................................................................................................. 23
2.6
DADOS A INCLUIR NO NÍVEL PARTILHADO ............................................................................................................... 27
ONTOLOGIAS, NOMENCLATURAS, TERMINOLOGIAS E SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO ................................. 29
3.1
IDENTIFICAÇÃO DE STANDARDS ............................................................................................................................ 29
3.2
HARMONIZAÇÃO DE STANDARDS .......................................................................................................................... 30
3.3
TRADUÇÃO E MANUTENÇÃO DE STANDARDS........................................................................................................... 31
SEGURANÇA E PRIVACIDADE ...................................................................................................................... 32
4.1
PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS E ACESSO AOS DADOS DE SAÚDE.............................................................................. 32
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5.
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4.2
ARTICULAÇÃO COM A CNPD E COM O CNECV ....................................................................................................... 33
4.3
ARTICULAÇÃO COM AS ORDENS PROFISSIONAIS ....................................................................................................... 34
4.4
ALINHAMENTO COM AS ORIENTAÇÕES EUROPEIAS ................................................................................................... 35
4.5
POLÍTICA DE SEGURANÇA .................................................................................................................................... 35
4.6
GESTÃO DA SEGURANÇA ..................................................................................................................................... 36
4.7
REQUISITOS DE SEGURANÇA ................................................................................................................................ 36
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA MUDANÇA ................................................................................................... 40
5.1
MODELO DE GOVERNO ....................................................................................................................................... 40
5.1.1
Programa RSE...................................................................................................................................... 40
5.1.2
Estrutura de Governação do RSE......................................................................................................... 41
5.2
IMPLEMENTAÇÃO .............................................................................................................................................. 44
5.3
CERTIFICAÇÃO ................................................................................................................................................... 45
5.4
GESTÃO DA MUDANÇA ....................................................................................................................................... 46
5.4.1
Marca .................................................................................................................................................. 46
5.4.2
Comunicação ....................................................................................................................................... 47
5.4.3
Formação / Sensibilização ................................................................................................................... 48
5.4.4
Acessibilidade ao Sistema ................................................................................................................... 49
5.5
ENVOLVIMENTO DE AGENTES............................................................................................................................... 49
5.5.1
Envolvimento das Entidades e Quadros Governamentais................................................................... 49
5.5.2
Envolvimento da Gestão de Topo........................................................................................................ 50
5.5.3
Envolvimento dos Cidadãos ................................................................................................................ 51
5.5.4
Envolvimento dos Profissionais de Saúde ........................................................................................... 52
5.5.5
Envolvimento da Indústria de Tecnologias de Informação e da Comunicação ................................... 52
5.6
VISIBILIDADE ..................................................................................................................................................... 53
5.6.1
Envolvimento em Projectos Internacionais ......................................................................................... 53
5.6.2
RSE como um Caso de Estudo ............................................................................................................. 55
5.7
6.
Ref.ª:
MODELO DE FINANCIAMENTO.............................................................................................................................. 56
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................... 57
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Glossário
Termo / Sigla
Definição
RSE
Registo de Saúde Electrónico
EHR
Electronic Health Record
ACSS
Administração Central do Sistema de Saúde
SES
Secretaria de Estado da Saúde
Normas/Terminologias/Ontologias
ICD
International Classification of Diseases
ICPC
International Classification of Primary Care
CIPE
Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem
ISO 18104
Health informatics – Integration of a Reference Terminology Model for Nursing
CNVRAM
Código de Nomenclatura e Valor Relativo dos Actos Médicos (Ordem dos Médicos)
CNAM
GDH
SNOMED
HL7
DICOM
Código de Nomenclatura dos Actos Médicos (CNVRAM sem atribuição de valores
aos índices K e C)
Grupos de Diagnósticos Homogéneos
Systematized Nomenclature of Medicine
Healthcare Level 7
Digital Imaging and Communication in Medicine
Projectos Transversais
RNU
Registo Nacional de Utentes
RNP
Registo Nacional de Profissionais
RNE
Registo Nacional de Entidades
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0. Preâmbulo
0.1 Enquadramento
No momento presente, afigura-se desejável e incontornável que a informação de saúde de um Cidadão esteja ao
dispor do próprio e do Profissional de Saúde que lhe presta um qualquer serviço, de modo adequado mas
independente do momento e do local da prestação.
É, aliás, a não disponibilização desta informação que surge cada vez mais referida como incompreensível e
anómala, não apenas nas intervenções dos médicos, dos enfermeiros ou dos gestores de saúde, mas também,
e de forma crescente, dos Cidadãos.
Do exposto surge a criação, através do Despacho n.º 10864/2009 da Secretaria de Estado da Saúde, de um
Grupo de Trabalho para o Registo de Saúde Electrónico (RSE), formado por elementos representativos dos
agentes do sector da saúde, seleccionados e convidados sob orientação do Senhor Secretário de Estado da
Saúde.
“A constituição de um grupo de trabalho […] visando a promoção da reflexão neste domínio, a definição de
modelos e especificações nacionais, o apoio à convergência dos esforços dos diversos actores e a
contribuição para a definição de orientações no domínio da E -saúde, em integração com as iniciativas que
decorrem no âmbito da União Europeia.”
Os resultados produzidos pelo Grupo de Trabalho serão a base para a continuidade de acções que levarão à
implementação e disponibilização do sistema português de RSE.
De âmbito nacional – mas já com uma visão Europeia – o RSE agregará dados de saúde dos Cidadãos,
possibilitando o seu acesso, através de mecanismos que incutam segurança, controlo de acessos e de
autorizações, privacidade e confidencialidade da informação.
O RSE, centrado no Cidadão, apoia a missão dos Profissionais de Saúde e garante o acompanhamento do
Cidadão, na sua mobilidade espaço – temporal.
Como ferramenta indutora de eficácia e eficiência na prestação de cuidados de saúde, trará benefícios
significativos, nomeadamente por:
•
Contribuir para elevar a qualidade e celeridade dos cuidados prestados;
•
Reduzir o risco de erros resultantes da falta da informação indispensável à decisão clínica;
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•
Promover a redução de custos;
•
Evitar a replicação de esforços e recursos.
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O plano de trabalhos definido para o RSE encontra-se alinhado com:
•
As recomendações do Plano para a Transformação dos Sistemas de Informação Integrados da Saúde
(PTSIIS).
•
As recomendações e directivas da CE no domínio do RSE, numa perspectiva pan-Europeia de eSaúde.
0.2 Apresentação do Grupo de Trabalho
0.2.1 Composição
A constituição do Grupo de Trabalho para o RSE teve por desígnio a junção de um conjunto de elementos
representativo dos agentes que actuam no sector da saúde, que reunissem diversas valências e pudessem
analisar as várias vertentes que envolvem a implementação do Registo de Saúde Electrónico de âmbito nacional
e com respeito sobre as questões de mobilidade transfronteiriça.
Sabendo da necessidade de juntar no mesmo Grupo, vários perfis profissionais (saúde, TI, juristas, académicos,
etc.), foi seleccionado sob orientação do Sr. Secretário de Estado da Saúde, o conjunto de elementos referido no
Despacho n.º 10864/2009 da Secretaria de Estado da Saúde.
Os elementos seleccionados representam os seguintes grupos de entidades:
•
Hospitais Públicos / Administrações Regionais de Saúde / Unidades Locais de Saúde;
•
Cuidados de Saúde Primários;
•
Cuidados de Saúde Continuados;
•
Grupos Privados de Saúde;
•
Ordens de Profissionais;
•
Universidades (I&D);
•
Saúde Pública / Direcção Geral de Saúde; e
•
Regiões Autónomas.
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0.2.2 Organização
A estrutura preconizada para as primeiras fases do RSE foi caracterizada por dois grupos: Grupo
Promotor/Facilitador e Grupo de Trabalho.
O Grupo Promotor/Facilitador foi responsável pela promoção do RSE, pelas decisões estratégicas, pelo apoio
Governamental, tendo ainda sido o elemento facilitador dos contactos estabelecidos com as diversas entidades
convidadas a incorporarem o Grupo de Trabalho.
Em termos funcionais, o Grupo de Trabalho organizou-se da seguinte forma (representada na Figura 1):
•
Núcleo executivo;
•
5 Subgrupos abrangendo cada um, uma área temática:
-
SG1: Arquitectura Aplicacional e Tecnológica;
-
SG2: Modelo de Informação;
-
SG3: Ontologias e Terminologias;
-
SG4: Segurança e Privacidade; e
-
SG5: Organização e Gestão da Mudança.
Figura 1
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O Núcleo Executivo teve como responsabilidade:
•
Acordar com o Grupo de Trabalho os objectivos a atingir e o plano de trabalho a desenvolver;
•
Convocar, orientar e documentar as reuniões do Grupo de Trabalho;
•
Coordenar, orientar e acompanhar as actividades do Grupo de Trabalho e dos subgrupos;
•
Controlar o cumprimento do plano de trabalho e o atingir dos resultados;
•
Apoiar o Grupo de Trabalho na obtenção de informação relevante;
•
Assegurar a elaboração de documentos intermédios e finais;
•
Assegurar a ligação e comunicação com as instâncias adequadas;
•
Relatar as conclusões do Grupo de Trabalho, nas vertentes funcionais e tecnológicas das orientações e
especificações produzidas.
Os 5 subgrupos foram constituídos por elementos do Grupo que se inscreveram e participaram de forma activa
nas sessões de trabalho, conciliando valências relevantes para a discussão e obtenção de resultados nos temas
abordados por cada um dos subgrupos.
0.2.3 Metodologia
Em termos metodológicos, os trabalhos foram desenvolvidos em três fases, tal como representado na imagem
seguinte.
Figura 2
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A Fase 0, concretizada apenas pelo Núcleo Executivo, teve por objectivo proceder a um macro levantamento do
estado da arte em termos de registos de saúde electrónicos, e das várias temáticas que circundam o tema, e
produzir um documento “R0 – Documento Preliminar de Enquadramento do Grupo de Trabalho”.
Este documento foi utilizado pelos diversos elementos do Grupo de Trabalho ao longo da Fase 1, como meio de
suporte à investigação e à análise mais detalhada que se fez sobre os temas que envolvem a implementação de
um RSE de âmbito nacional e garante das questões de interoperabilidade transfronteiriça.
Como resultado desta fase, procedeu-se à elaboração do documento “R1 – Caracterização do Estado da Arte”, o
qual constitui informação de referência permanente para o Grupo de Trabalho.
A Fase 2 teve como impulsionadores os documentos produzidos e as discussões tidas nas fases anteriores. As
sessões de trabalho desta fase fizeram a sistematização dos temas abordados ao longo das fases anteriores e
levaram à compilação e produção de um conjunto de orientações funcionais e técnicas que visam apoiar a
continuação dos trabalhos na senda da definição e implementação propriamente dita do RSE nacional, os quais
se consubstanciam nos documentos R2A e R2B.
0.2.4 Resultados
Na sequência do referido no ponto anterior, as actividades desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho para o RSE ao
longo das três fases do projecto, tiveram como resultados os seguintes produtos/documentos:
Código
Descrição do Documento
R0
Documento preliminar de enquadramento do Grupo de Trabalho
R1
Documento de Caracterização do Estado da Arte
R2A
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R2B
Orientações relativas ao “Roadmap” e Programa de Implementação do RSE
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0.2.5 Actividade
A actividade do Grupo de Trabalho pode ser sistematizada na figura seguinte:
Figura 3
Ao longo das Fases 1 e 2, o Grupo de Trabalho reuniu 41 vezes, das quais 4 foram reuniões plenárias, 1 foi um
seminário com elementos das indústria/fornecedores de TI e as restantes foram sessões de trabalho dos 5
subgrupos, tal como se pode visualizar na tabela seguinte.
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1. Arquitectura Aplicacional e Tecnológica
1.1 Fundamentos: Princípios e Metas
A definição de uma arquitectura para o Registo de Saúde Electrónico deve partir da assumpção de um conjunto
de princípios e estabelecimento de metas de carácter global a atingir.
Orientação:
1. O Grupo de Trabalho entende dever ser adoptado o seguinte conjunto de princípios e metas que deverão
estar subjacentes a todos os processos de concepção, especificação e implementação de sistemas que se
incorporem no conceito de RSE:
•
Foco no Cidadão, como centro do sistema;
•
Suportar a mobilidade de Cidadãos e de Profissionais de Saúde;
•
Facilitar aos Profissionais de Saúde o acesso e a partilha de informação de qualidade no momento e no
ponto de prestação de cuidados, contribuindo para a melhoria da qualidade dos serviços de Saúde
prestados;
•
Melhorar os fluxos de informação de forma a facilitar e melhorar o processo de continuidade de
cuidados;
•
Suportar a missão e acções no âmbito da Saúde Pública (avaliação, investigação, vigilância, etc.).
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1.2 Arquitectura: Modelo de Referência
A disponibilização de um modelo de referência para a Arquitectura do Sistema de Informação do RSE visa
constituir um referencial orientador para a concepção e implementação de sistemas que dele façam parte ou que
com ele interajam.
A forma como este modelo foi conceptualizado pelo Grupo de Trabalho levou em consideração um conjunto de
factores. Por um lado, a realidade existente no seio das entidades prestadoras de cuidados, cuja
heterogeneidade (nos objectivos, na forma como se organizam e são geridas, nas soluções de TIC que utilizam)
tem que ser acomodada hoje como no futuro. Por outro, o modelo tem que permitir um elevado grau de liberdade
de escolha e evolução dos sistemas informáticos e formas de organização que as entidades entendam adoptar
por, na sua óptica, serem os que melhor respondem às suas necessidades e suportam os seus objectivos e
estratégia.
Figura 4
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Orientações:
1. A arquitectura do sistema de RSE deve adoptar um modelo de referência (Figura 4) considerando uma
subdivisão em 3 níveis de abstracção:
N1 – Tronco Comum;
N2 – Nível de Partilha;
N3 – Nível Específico.
2. Este modelo enquadra-se numa classe que se pode designar por “modelos federados”, uma vez que:
•
Considera uma forma distribuída de repartição quer dos repositórios de dados, quer dos recursos
físicos e lógicos que darão corpo à globalidade do sistema
•
Considera uma forma de gestão que prevê domínios de autoridade distintos para distintos conjuntos de
informação e recursos, cooperando entre si, de acordo com regras comummente aceites e cujo
cumprimento é sujeito à verificação e vigilância de uma autoridade central.
3. Os sistemas existentes em N1 assumem um carácter centralizado, devendo vir a depender de uma entidade
gestora central.
O nível N2 permite um amplo grau de abertura quanto à sua implementação e gestão, assumindo um
carácter distribuído, resultando da federação de zonas que poderão ser disponibilizadas, quer por entidades
de carácter central ou regional (e.g. ACSS, ARS, etc.) quer pelas próprias entidades prestadoras de
cuidados.
No nível N3 residem os sistemas que existem ou venham a existir no seio das próprias entidades
prestadoras de cuidados, directamente envolvidos no apoio operacional às suas actividades e serviços de
saúde.
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1.3 Regras de Relação entre os Níveis do Modelo
Para se assegurar a integridade, os fluxos de informação entre os diversos níveis devem obedecer a regras.
Essas regras devem preservar os diferentes domínios de gestão dentro do modelo global. Estabeleceu-se o
princípio de que os sistemas existentes no seio das entidades não são acessíveis directamente por outros
sistemas, não ficando assim expostos a potenciais ameaças de segurança.
Orientações:
O Modelo de Referência deve definir e prever um conjunto de regras que articulem a relação entre os níveis. Em
termos basilares, definem-se as seguintes regras gerais:
1. A informação flúi primariamente dos níveis inferiores para os superiores, sendo esse fluxo desencadeado
pelo nível que envia os dados (modelo “push”)
•
N3 publica para N2;
•
N3 publica para N1;
•
N2 publica para N1.
2. O nível N1 indexa os conteúdos existentes no nível N2, devendo:
•
Originar um índice estruturado que reflicta o histórico de saúde do Cidadão e a sequência cronológica
dos contactos com prestadores de serviços de saúde;
•
Originar um outro índice, com base em termos contidos nos conteúdos do nível N2, que permita uma
ulterior pesquisa por termos ou suas combinações;
•
Este índice deve associar a cada termo indexado o contexto de identificação do utente em que foi
obtido, para que qualquer pesquisa se confine ao contexto do utente em que, no momento da pesquisa,
se aplica a autorização de acesso.
3. Não se verificam, por princípio, acessos ao nível N3 a partir dos níveis N1 e N2.
4. O nível N3 pode importar dados de N1 e N2, mediante a utilização de serviços disponibilizados pelos
sistemas desses níveis, salvaguardadas as regras de segurança e mediante o consentimento do Cidadão. A
informação assim importada deve ficar assinalada como tal nos sistemas destino no nível N3, não sendo
permitida a sua retransmissão para outros sistemas.
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1.4 Acesso ao RSE para Visualização ou Introdução de Dados
Os meios disponibilizados para acesso ao RSE devem induzir a sua utilização pelos Profissionais de Saúde. O
sistema não deverá introduzir carga de trabalho adicional, não se devendo, nem podendo exigir a um
Profissional de Saúde um duplo trabalho de registo, o que, a acontecer, seria não só fonte de potenciais erros
mas também uma forma de criação de resistências à utilização do sistema.
Orientações:
1. O modelo deve partir do pressuposto que os registos no RSE são feitos no nível N3, ou seja, nos sistemas
específicos de cada entidade prestadora de cuidados, devendo procurar assegurar-se o princípio de que a
mesma informação só deve ser introduzida uma única vez no sistema, sendo consequentemente
disponibilizada nos níveis e contextos em que o deva ser.
2. O acesso e a visualização de informação contida nos níveis N1 e N2, feitos a partir do nível N3, deverão
preferencialmente fazer-se através de interfaces o mais possível integrados nos sistemas específicos
existentes em N3.
3. Não sendo isto viável, deverá providenciar-se uma forma de acesso alternativa (i.e. portal próprio) que
possa ser acedido e aberto a partir do sistema aplicacional existente, preferencialmente com passagem do
contexto (identificação do utente) e sem necessidade de autenticação adicional do utilizador (identificação
do Profissional de Saúde, single sign-on).
1.5 Utilização no Contexto da Saúde Pública, Investigação e Gestão
A utilização do RSE para outros fins para além da prestação de cuidados, em particular em processos de análise
de dados ligados à Saúde Pública, Investigação, Gestão, etc. para obtenção de estatísticas e indicadores, requer
particular atenção, uma vez que este tipo de utilização impõe requisitos e restrições que não podem
comprometer a disponibilidade e o bom desempenho do sistema de RSE.
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Orientações:
1. O Grupo de Trabalho recomenda que qualquer tipo de utilização do sistema de RSE fora do âmbito da
prestação de cuidados seja efectuado sobre infra-estruturas próprias e separadas, isto é, aconselha-se que
a informação a tratar para esses fins seja extraída do sistema de RSE para um repositório autónomo, do tipo
“data warehouse”.
2. O processo de extracção de informação, sob a autoridade da “Entidade Gestora do RSE", deve respeitar
todas as regras de segurança e preservação da privacidade definidas pela Lei, assegurando a
“anonimização” dos dados demográficos e de saúde envolvidos. Posteriormente poderão fazer-se as
transformações ou mapeamentos requeridos para processos de tratamento e análise subsequentes, de
acordo com os objectivos e fins pretendidos.
1.6 Interoperabilidade
A interacção e comunicação entre os diversos sistemas físicos e lógicos que integrarão os diversos níveis do
RSE, do ponto de vista técnico e funcional, devem fazer-se de forma normalizada, permitindo que sistemas
diversos na funcionalidade e diferentes tecnologicamente possam entre si trocar informação. Estes fluxos, como
já referido, obedecem a regras.
Orientação:
1. Deverá haver mecanismos, baseados em regras, que desencadeiem e assegurem a inserção e actualização
de informação nos níveis superiores, N1 e N2. Esses mecanismos deverão permitir que essas actualizações
possam ser feitas quer de forma diferida (com uma periodicidade configurável), quer de forma imediata
(para atender, por exemplo, a casos em que a continuidade de cuidados entre diferentes prestadores
assuma carácter de urgência).
2. Do ponto de vista técnico, deverão adoptar-se os standards apropriados para este contexto. O Grupo de
Trabalho entende que se deverá estar atento e em alinhamento com o que vier a ser a evolução
preconizada pelos grupos que, sob a égide da Comissão Europeia trabalham na harmonização dos
standards nesta área (Mandato 403). A prática corrente, nomeadamente a que se verifica a nível das
instituições portuguesas, aponta para o uso das normas HL7 e DICOM no que diz respeito, pelo menos, à
troca de mensagens entre sistemas aplicacionais.
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3. Por fim, o Grupo não pode deixar de levar em linha de conta o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na
concepção e disponibilização de uma plataforma de interoperabilidade transversal para os sistemas de
Saúde, no âmbito mais amplo dos sistemas da Administração Pública.
As soluções de interoperabilidade inerentes ao sistema de RSE deverão articular-se com esta plataforma
pública transversal de interoperabilidade.
1.7 Relação do RSE com Sistemas Transversais e Nacionais
O sistema de RSE não pode ser visto de forma isolada. Existem (ou estão planeados) outros sistemas com
carácter transversal ao sector da saúde, bem como sistemas nacionais de âmbito específico, que com o RSE
devem manter um relacionamento estreito, dada a sua finalidade e a natureza da informação que contêm.
Orientação:
1. O sistema de RSE deverá manter um relacionamento directo com outros sistemas de carácter transversal
do sector da Saúde, em particular com os sistemas referenciais de utentes, entidades prestadoras e
profissionais de saúde:
a. RNU: Registo Nacional de Utentes;
b. RNE: Registo Nacional de Entidades;
c. RNP: Registo Nacional de Profissionais;
2. Outros sistemas, de âmbito nacional, devem articular-se com o sistema de RSE, numa óptica de
interoperabilidade, respeitando as normas de arquitectura do RSE (e consequentemente dos SI da Saúde)
sempre que for o caso. Integram-se nesta categoria, nomeadamente, os seguintes sistemas:
a. Desmaterialização do Certificado de Óbito;
b. Nascer Cidadão.
c. PNV: Plano Nacional de Vacinação
d. SIGLIC: Sistema Integrado de Gestão das Listas de Espera para Cirurgia
e. Rastreios
3. A regulação destas relações cabe no âmbito da missão da ACSS.
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2. Modelo de Informação
2.1 Disponibilidade da Informação
Face à diversidade e dispersão dos registos existentes, para que o sistema seja fidedigno é muito importante
garantir que o RSE contenha toda a informação necessária.
Haverá dois pontos temporais significativos em termos de registo no RSE, sendo o primeiro aquando do
nascimento e o segundo aquando do óbito, caracterizando estes pontos temporais os momentos a partir de
quando e até quando a informação de um Cidadão deve constar e estar disponível para consulta e gestão no
RSE.
Orientações:
Pelo exposto, o Grupo de Trabalho apresenta as seguintes orientações:
1. Para Cidadãos que ainda não tenham registos de saúde em nenhuma entidade prestadora de cuidados de
saúde ou que ainda não estejam registados no SNS, o seu registo inicial no RSE será realizado aquando do
primeiro contacto com uma qualquer entidade prestadora de cuidados de saúde:
Recém-Nascidos:
a. O Registo no RSE será realizado no momento do parto (primeiro contacto com uma entidade
prestadora de cuidados de saúde).
b. Ligação ao projecto RNU.
c. Ligação a médico de família e enfermeiro de família.
d. Ligação ao Programa "Nascer Cidadão" (permite que os bebés possam ser registados nas
Maternidades, logo após o nascimento e até ao momento da alta – via electrónica) como
veículo principal para garantir o registo de um recém-nascido no RSE. Nesta situação garantese o registo no RSE dos seguintes dados: Data de registo, Nome completo, Sexo, Data de
Nascimento, Naturalidade, Nacionalidade, Endereço da Morada, Nome da Mãe e Nome do Pai,
sendo ainda atribuído o número de Cidadão e do serviço de saúde.
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Adultos:
a. No primeiro contacto com uma entidade prestadora de cuidados de saúde.
2. A disponibilização de dados via RSE deverá ser garantida até constatação do óbito:
a. O RSE manterá, a partir de então, apenas informação básica do Cidadão, nomeadamente
dados pessoais: Nome Completo, Sexo, Data de Nascimento, Naturalidade, Freguesia de
Residência, Nacionalidade, Tipo de Documento de Identificação (Cartão de Utente, BI, Cartão
do Cidadão, etc.) e Nº de Documento de Identificação; Dados do Óbito: Data do Óbito, Data do
Registo de Óbito, Designação do Motivo de Óbito.
b. A informação de saúde do Cidadão passará a estar disponível apenas por solicitação ao
arquivo (electrónico) e mediante pedido justificado.
c. A informação de saúde do Cidadão continuará disponível para efeitos de investigação e
cálculo de indicadores (de saúde e de operação), segundo regras legais de acesso à
informação.
d. Ligação ao projecto da “Desmaterialização do Certificado de Óbito”.
2.2 Organização dos Dados no RSE
Existem duas visões a considerar no que respeita à organização dos dados no RSE. A primeira prende-se com a
forma como os dados são armazenado no repositório de informação (base de dados), a segunda tem a ver com
a forma como a informação é apresentada ao utilizador do sistema RSE.
Orientações:
Em termos de organização de dados, o Grupo de Trabalho apresenta as seguintes orientações:
1. Armazenar os dados de forma estruturada no repositório de dados (base de dados).
2. Apresentar a informação, através do RSE, segundo os requisitos funcionais identificados para o
contexto em que a mesma é solicitada (urgência, hospitalar, cuidados saúde primários, cuidados
continuados, cuidados domiciliários, etc.) e de acordo com os critérios de segurança e acesso definidos
para o sistema, respeitando os níveis de informação (tronco comum, partilhado e específico).
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2.3 Estrutura do Modelo de Informação
O modelo a adoptar para a implementação do RSE, de abrangência nacional e enquadrado nas directivas de
suporte à mobilidade de Cidadãos, compreenderá um modelo de informação constituído por níveis distintos, que
organizam e compartimentam a informação quanto à sua natureza e especificidade, assim como quanto aos
níveis de confidencialidade e permissões de acesso.
A estrutura do modelo de informação definida permite responder às necessidades de informação identificadas
pelos diferentes agentes do sector (Cidadão, Profissional de Saúde, Administrativo, etc.), garantindo ainda as
condições necessárias à sua expansão e adaptabilidade a necessidades futuras.
Orientações:
O Grupo de Trabalho considera como orientação a seguir um modelo constituído por três níveis distintos, em
alinhamento com as orientações de Arquitectura anteriormente expostas:
•
RSE: composto por dois níveis áreas: Tronco Comum e Partilhado.
Tronco Comum: conjunto de dados resumido
que contém informação geral sobre a saúde do
Cidadão + índice para a informação que
residente no nível partilhado.
Partilhado: conjunto de conteúdos partilhados
com relevância para a prestação de cuidados de
saúde de qualidade, incluem-se aqui os resumos
indicados no Tronco Comum.
•
Específico: conjunto de dados detidos por cada
entidade, sendo esta a única responsável pela gestão
dos seus sistemas operacionais.
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2.4 Responsabilidades de Actualização
O compromisso de manter o RSE actualizado, com informação fidedigna e útil é de responsabilidade repartida
do Cidadão e dos Profissionais de Saúde que tenham sido responsáveis pela prestação de cuidados de saúde
ao Cidadão.
Orientações:
Pelo exposto, o Grupo de Trabalho apresenta as seguintes orientações:
1. Tronco Comum
a) O Cidadão terá a possibilidade de indagar se a informação inserida no RSE faz jus ao que tem
conhecimento e aos factos ocorridos.
b) A responsabilidade sobre a verosimilhança da informação é dos Profissionais de Saúde por herança
dos níveis N2 e N3.
c) Actualização é concretizada por submissão de informação dos Níveis: Partilhado e Específico.
2. Nível Partilhado
a) A informação constante no nível partilhado é submetida através do nível Específico.
b) A submissão à zona Partilhada será realizada de acordo com as regras de actualização que se
venham a definir para o sistema, sendo que serão contempladas situações de excepção,
nomeadamente no cenário de transferência de um Cidadão entre entidades prestadoras de
cuidados de saúde, situação que obriga a uma submissão imediata de conteúdos.
c) A responsabilidade da informação da zona partilhada é do Profissional de Saúde
3. Nível Específico
a) A actualização da informação do nível específico varia de acordo com o sistema e com a natureza
dos dados. Assim, a responsabilidade será dos:
i. Profissionais da Saúde – através da actualização das aplicações operacionais da entidade
prestadora de cuidados de saúde em que prestam serviços de saúde aos Cidadãos.
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ii. Administrativos – por utilização das aplicações operacionais da entidade prestadora de
cuidados de saúde à qual o Cidadão acede para solicitar um serviço de saúde, ou meramente
para actualizar informação administrativa.
iii. Cidadão – por utilização de aplicação(ões) a disponibilizar no âmbito do RSE para efeitos de
gestão de determinados conteúdos e acesso a informação de saúde. O Cidadão terá a
possibilidade de registar, publicar e actualizar informação que considere relevante para a sua
saúde, e que tenha sido contemplada no Modelo de Informação da aplicação, sendo o próprio
o responsável pela sua veracidade e actualidade.
b) A actualização do nível específico também ocorrerá por sincronização com aplicações transversais,
como por exemplo, com o RNU, RNP e RNE.
c) A utilidade e a validade da informação constante no nível específico são da responsabilidade de
quem a inseriu nas aplicações operacionais respectivas.
d) Os dados constantes neste nível só poderão ser acedidos por utilizadores registados nas
respectivas aplicações e segundo as regras de segurança e acesso definidas para as respectivas
aplicações.
2.5 Dados a Incluir no Tronco Comum
A informação a constar no Tronco Comum terá de garantir os desígnios de resposta às necessidades de
informação por parte dos Cidadãos (no que concerne ao resumo do seu estado de saúde), dos Profissionais de
Saúde (garantindo informação suficiente, útil e fidedigna para que estes possam exercer a sua actividade com os
níveis de qualidade expectáveis) ou outros agentes que venham a utilizar o sistema.
Orientações:
1. O Grupo de Trabalho apresenta como orientação a disponibilização das seguintes classes de dados no
Tronco Comum do RSE, mais adiante detalhadas:
a) Identificação Geral do Cidadão
b) Alertas Clínicos
c) Lista de Problemas/Diagnósticos
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d) Episódios/Contexto
e) Procedimento / Intervenção
f)
Dados de Vacinação
g) Medicamentação
h) Análises / Exames
a) Identificação Geral do Cidadão:
-
Dever-se-á garantir um relacionamento directo com o sistema transversal RNU e com os
projectos “Nascer Cidadão” e ”Desmaterialização do Certificado de Óbito”.
b) Alertas Clínicos:
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Destacar da lista de problemas/diagnósticos activos, bem como da lista de procedimentos/
intervenções de um Cidadão aqueles que têm maior relevo e que podem influenciar a
prestação, ou o modo como os cuidados de saúde são prestados ao Cidadão.
-
O alerta poderá também referir-se a reacções adversas.
-
A identificação de um alerta é da responsabilidade do Profissional de Saúde que
soube/identificou o problema/diagnóstico.
-
A apresentação dos alertas será efectuada segundo as regras definidas para a apresentação
da lista de problemas/diagnósticos.
-
Entre outros, os alertas incluíram: Alergias (Sulfitos; Medicamentosas; Alimentares; Aditivos;
etc.); HIV; HBS AG; HCV AG; Hemofilia; Diabetes [Diabetes Mellitus (insulino – dependente /
não insulino – dependente)]; Asma Brônquica; Anticoagulantes; Implantes (PACE-MAKER,
Neuro – estimuladores, etc.); Transplante.
c) Lista de Problemas/Diagnósticos:
-
Problemas: um problema, condição ou causa definida por um profissional de saúde que é
considerado sumativa de uma gama de sintomas ou preocupações do Cidadão.
-
Diagnósticos: diagnóstico definido por um profissional de saúde, classificado e pode incluir o
estágio da doença e os critérios diagnósticos; rótulo atribuído por um profissional de saúde que
toma uma decisão acerca do cidadão após uma avaliação.
-
Lista de problemas/diagnósticos activos.
-
Identificação da data de registo e de conhecimento do problema/diagnóstico.
-
Referência à classificação utilizada.
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d) Episódios:
-
Entre os tipos de episódios, destacam-se: Urgência; Internamento; Consulta; Cirurgia
{convencional ou Ambulatório}; Hospital de Dia; e Centro de Saúde (CSP).
e) Procedimento / Intervenção
-
Procedimento: método, processo aplicado para dar resposta a um problema.
-
Intervenção: é uma acção realizada em resposta a um diagnóstico de modo a originar um
resultado.
f)
Dados de Vacinação:
-
Em termos de apresentação no SI, o RSE deverá permitir a exibição dos dados agrupados em
vacinas ministradas, em atraso e a ministrar a curto prazo (3 meses).
g) Medicamentação:
-
No RSE deverá constar a medicamentação activa, prescrita e efectiva. Medicamentação
prescrita é toda aquela que foi preceituada por um profissional de saúde, já a efectiva é aquela
que realmente está a ser ministrada.
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A medicamentação activa pode assumir as seguintes tipologias:
Crónica: carácter permanente ou prolongado;
Pontual: para combater determinada situação.
h) Análises / Exames:
-
Referência a análises e exames relevantes que tenham sido realizados.
2. A informação registada em sede do RSE estará sempre associada ao seu produtor (Profissionais de
Saúde e entidades prestadoras de cuidados de saúde).
3. O Grupo de Trabalho salienta a necessidade de validar o modelo supra apresentado junto de um
conjunto diversificado de entidades e Profissionais de Saúde, abrangendo várias especialidades
clínicas. Desta validação deverá resultar o documento final de referência para a implementação do
Tronco Comum do RSE, no qual deverão constar também os cenários e os contextos de utilização do
sistema, assim como os casos de uso representativos destes.
2.6 Dados a Incluir no Nível Partilhado
O nível partilhado irá conter um conjunto de conteúdos normalizados que particularizem informação sobre
alertas, problemas/diagnósticos, episódios, vacinas, análises ou exames.
Orientações:
O Grupo de Trabalho apresenta como orientação:
1. O Nível Partilhado tem por objectivo partilhar um conjunto de conteúdos relevantes e necessários à
prestação de cuidados de saúde de qualidade.
2. A apresentação dos conteúdos no Nível Partilhado será realizada de modo normalizado.
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3. A normalização dos conteúdos passa pela definição de um conjunto mínimo de dados (resumo mínimo de
dados clínicos e resumo mínimo de enfermagem) que constará em todos os conteúdos disponibilizados
neste nível.
4. O Profissional de Saúde poderá sempre que o entender destacar um conteúdo para ser submetido ao Nível
Partilhado.
5. Neste nível poderão ser disponibilizados, entre outros:
•
Relatórios relacionados com os Alertas Clínicos;
•
Relatórios e resumos clínicos referentes a Problemas/Diagnósticos;
•
Relatórios de análises e exames médicos;
•
Relatórios de episódios e/ou contactos tidos com Profissionais de Saúde e que tenham resultado na
identificação de informação relevante para a saúde do Cidadão e que devem constar no RSE;
•
Relatórios sobre vacinação especial;
•
Cartas de transferência;
•
Notas de alta.
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3. Ontologias, Nomenclaturas, Terminologias e Sistemas de
Classificação
Implementar o RSE implica reunir um conjunto de informações de saúde de um Cidadão advindos de diversos
sistemas de informação de distintas entidades.
Um dos grandes desafios do RSE é o de delinear a forma de como a informação vai ser apresentada e que
regras devem ser seguidas para garantir a uniformização dos conteúdos.
Face ao vasto universo de aplicações e de termos relacionados com a actividade de prestação de serviços que é
necessário trabalhar, o Grupo de Trabalho do RSE identificou e analisou várias ontologias e terminologias
utilizadas, quer a nível nacional, quer internacional, e com base nos resultados desse estudo e nas tendências
verificadas a nível da Comissão Europeia e Internacional, identificou o conjunto de orientações que se
apresentam ao longo deste capítulo.
3.1 Identificação de Standards
Como resultado de uma actividade desconcertada por parte de organizações, agentes, Profissionais de Saúde e
até mesmo de fornecedores que actuam no sector da saúde, constata-se actualmente a existência de um vasto
conjunto de normas, terminologias e classificações.
Com base no resultados das análises e discussões realizadas pelo Grupo de Trabalho ao longo desta fase do
projecto, foram identificadas as orientações que se seguem, as quais têm por objectivo garantir que a informação
é apresentada no RSE segundo regras claramente identificadas (ontologias/terminologias), independentemente
da terminologia adoptada pela entidade prestadora de serviços de saúde para os seus sistemas de informação.
Orientações:
1. O RSE adoptará a versão 10 da ICD, ICD10, como sistema de classificação clínica, em consenso com a
Ordem dos Médicos.
2. Cada entidade prestadora de cuidados de saúde poderá adoptar uma terminologia clínica (e.g., SNOMED)
ou um sistema de classificação (e.g., ICD9, ICD10, ICPC, CNAM) por si seleccionada, ressalvando-se que
a submissão da informação para o RSE terá de ser realizada em ICD10.
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3. O trabalho inerente ao agrupador de GDHs que incorpora o ICD10 terá de ser assumido centralmente pela
ACSS.
4. Para a prática de enfermagem o Grupo de Trabalho, em consenso com a Ordem dos Enfermeiros,
estabelece a norma ISO: Integração de um Modelo de Terminologia de Referência para a Enfermagem
(ISO 18104, 2003) e adopta a classificação CIPE 2.0 como standard.
5. A orientação do Grupo tem como fundamento o facto de a CIPE 2.0 ter sido incluída na família das
classificações internacionais da OMS (Organização Mundial de Saúde), incluir os conceitos de outras
classificações existentes, tais como a NANDA, a NIC, a NOC e a CCC e estar alinhada com as estratégias
europeias.
6. Ambas as recomendações estão devidamente alinhadas com as tendências europeias, e com os métodos
de estatísticas da saúde preconizados pela OMS e pelo INE.
7. No curto prazo, deverá ser validadada esta orientação com outras entidades representativas (Ordem dos
Médicos Dentistas, Colégio de Psiquiatria, etc.).
8. Deverá adoptar-se a tabela nacional do INFARMED para classificação dos medicamentos.
9. A classificação de MCDTs será realizada de acordo com a CNAM ou com a Tabela de MCDTs referida na
portaria em vigor.
3.2 Harmonização de Standards
Dada a diversidade de standards existentes nas aplicações informáticas adoptadas pelas entidades prestadoras
de cuidados de saúde, sejam elas públicas, privadas, nacionais ou internacionais, existiu desde o início dos
trabalhos uma preocupação em garantir que a informação apresentada através do RSE seguiria apenas as
terminologias que iriam ser identificadas como aquelas a seguir, as quais foram listadas no ponto anterior.
A harmonização de standards e a normalização, são meios fundamentais para a garantia da livre circulação e da
não distorção da informação de saúde dos Cidadãos, assim como dos serviços de saúde efectivamente
prestados.
Face ao exposto, Grupo de Trabalho identifica as seguintes orientações.
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Orientações:
1. Garantir que os sistemas específicos de cada entidade submetem para o RSE os dados segundo os
standards recomendados, ICD10 e CIPE 2.0.
2. A conversão dos dados para o ICD10 e CIPE 2.0 será da responsabilidade de cada entidade prestadora de
cuidados de saúde, no respeito por um conjunto de regras e de procedimentos centralmente definidos.
3. A integridade dos dados do RSE será da responsabilidade da entidade que os submete.
4. A conversão dos dados será alvo de auditorias de modo a garantir a certificação dos sistemas.
5. Em cada registo efectuado no RSE, ao increver-se o código respeitante a uma determinada terminologia,
deverá igualmente guardar-se qual a terminologia usada e a respectiva versão.
3.3 Tradução e Manutenção de Standards
A adopção de standards a nível nacional implica que os mesmos terão de ter uma tradução oficial, isto é,
comummente aceite por todos aqueles que a vão utilizar.
Assim sendo, e tendo consciência de que uma boa tradução dos standards adoptados garante uma correcta
expressão do que se pretende transcrever, o Grupo de Trabalho apresenta as seguintes orientações.
Orientações:
1. Deverá atender-se à necessidade de criar um Grupo de Trabalho constituído por Especialistas,
Profissionais e Ordens Profissionais, devidamente avalizados, que realizem a tradução oficial para
Português e a manutenção dos standards recomendados.
2. As traduções deverão ser completas, incluíndo termos, descrições e sinónimos dos standards
recomendados.
3. Deverá proceder-se à elaboração e manutenção de um Guia de Utilização dos standards.
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4. Segurança e Privacidade
4.1 Protecção de Dados Pessoais e acesso aos Dados de Saúde
O Grupo de Trabalho identificou que o enquadramento legal vigente providencia a base fundamental para
protecção dos dados pessoais e para regular o acesso aos dados de saúde, embora carecendo de
aperfeiçoamentos. A discussão havida revelou que alguns tópicos não se afiguram consensuais, carecendo de
atenção, continuidade e alargamento da discussão no futuro.
Em termos de princípios éticos o Grupo de Trabalho reconheceu:
1. Autonomia individual, o que leva à consagração do consentimento livre e esclarecido para o acesso aos
dados e para a sua utilização;
2. Titularidade da informação pela pessoa titular dos dados, o que leva ao impedimento do acesso aos dados
fora do RSE;
3. Segredo profissional e dever de respeito pelos códigos deontológicos para quem aceder aos dados do RSE.
Orientações:
1. O Grupo de Trabalho entende ser necessário que o quadro legal existente seja revisto, harmonizado e
aperfeiçoado, de forma a melhor enquadrar a utilização de sistemas de registo e de acesso a dados de
saúde dos Cidadãos, nomeadamente nas seguintes vertentes:
a) Equivalência normativa entre os registos de saúde em papel e em formato digital (processos físicos
e processos desmaterializados).
b) Clarificação da Lei quanto à necessidade, ou não, para quaisquer situações, de mediação médica
no acesso pelo cidadão aos seus dados de saúde.
c) Distinção normativa no acesso por prestadores de saúde aos dados de saúde, distinguindo as
situações específicas da prestação de cuidados no contexto de ambulatório das situações de
urgência e de internamento em unidades de saúde.
d) Compaginação com a necessidade de consentimento pontual do cidadão apenas para o acesso em
ambulatório ou por terceiros.
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e) Consentimento informado em suporte informático, por ex. via Cartão de Cidadão.
f)
Revisão e explicitação clara dos conceitos de “tratamento de dados” e de “processamento de
dados”.
2. O Grupo de Trabalho recomenda que se prossiga a discussão em torno destes temas, de forma a atingir-se
um consenso que facilite a sua adopção e tradução legal.
4.2 Articulação com a CNPD e com o CNECV
A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) é a autoridade nacional que tem como atribuição controlar
e fiscalizar o cumprimento das disposições legais e regulamentares em matéria de protecção de dados pessoais,
em rigoroso respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades e garantias consagradas na Constituição e na
lei.
O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) tem como primeira missão, da qual flúem as
restantes, analisar sistematicamente os problemas morais suscitados pelos progressos científicos nos domínios
da biologia, da medicina ou da saúde em geral.
A confiança de todos os interessados, a começar pelos Cidadãos e pelos Profissionais de Saúde, na certeza do
efectivo respeito dos princípios éticos e da legislação é um factor crítico para o sucesso e viabilidade de um
futuro sistema de RSE.
Orientação:
1. O Grupo de Trabalho recomenda o envolvimento directo da CNPD e do CNECV no desenvolvimento do
Programa RSE, tendo em vista a concertação de pontos de vista e a adopção de soluções técnica e
normativamente viáveis.
2. O Grupo de Trabalho considera relevante o trabalho conjunto com a CNPD e com o CNECV no sentido de
se obter um consenso e harmonização das orientações agora apresentadas com o quadro jurídico e ético da
informação em saúde.
3. Deverão ser pedidos pareceres à CNPD e à CNECV para salvaguardar os pontos anteriores.
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4.3 Articulação com as Ordens Profissionais
As Ordens Profissionais têm por finalidade fundamental a defesa da qualidade dos serviços prestados e a defesa
da ética, da deontologia e da qualificação dos Profissionais, a fim de assegurar e fazer respeitar os direitos dos
Utentes dos serviços de saúde.
Os profissionais envolvidos no sistema de saúde são agentes e interessados directos no RSE, detendo um corpo
de conhecimento importante para a sua concepção e implementação. A contribuição das Ordens Profissionais
assume um papel determinante neste processo.
Orientação:
1. O Grupo de Trabalho recomenda a continuidade e o alargamento do envolvimento e colaboração das
diversas Ordens Profissionais com interesse directo na temática de implementação do RSE, de forma a
garantir que as questões associadas às respectivas práticas, códigos de conduta e deontologia são tidas na
devida conta nas soluções que se vierem a definir e implementar.
2. O Grupo de Trabalho considera relevante o trabalho conjunto com as Ordens de Profissionais no sentido de
se obter um consenso e harmonização das orientações agora apresentadas com os quadros deontológicos
dos profissionais de saúde.
3. Deverão ser pedidos pareceres às Ordens de Profissionais para salvaguardar os pontos anteriores.
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4.4 Alinhamento com as Orientações Europeias
O diploma que venha a consagrar a criação e utilização do RSE deverá levar em conta não apenas as questões
de âmbito nacional, mas também prever as questões inerentes à necessidade de transmissão transfronteiriça de
dados de saúde.
Orientação:
1. O Grupo de Trabalho recomenda o alinhamento com a actividade que, no domínio das questões ético–
legais, vem a ser desenvolvida no seio da Comissão Europeia, nomeadamente acompanhando a actividade
e os resultados produzidos pelo grupo de trabalho “ARTICLE 29 Data Protecton Working Party“1 de forma a
ter em conta as orientações ou directivas daqui advindas.
4.5 Política de Segurança
Assumindo a existência de uma futura “Entidade Gestora do RSE”, competirá a essa entidade estabelecer e
manter uma política de segurança, consubstanciada num documento que consigne os princípios e regras no
domínio da Segurança que devem ser seguidos por todas as entidades participantes do sistema de RSE.
Orientações:
1. O Grupo de Trabalho recomenda que a entidade responsável pela gestão do sistema de RSE defina,
possua e mantenha uma Política de Segurança baseada nos princípios e normas relevantes no domínio
geral dos Sistemas de Informação e tomando em atenção o seu enquadramento particular no domínio da
Saúde (ex. ISO 27002, ISO 27799, …).
2. Esta Política deverá, entre outras matérias, consignar o modelo de gestão e as responsabilidades atribuídas
às diferentes entidades envolvidas, atendendo ao modelo federado preconizado.
1Grupo
de trabalho instituído pelo artigo 29.° da Directiva 95/46/CE. Trata-se de um órgão consultivo europeu independente
em matéria de protecção de dados e privacidade. As suas atribuições são descritas no artigo 30.º da Directiva 95/46/CE e
no artigo 15.º da Directiva 2002/58/CE.
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4.6 Gestão da Segurança
A existência de uma Política de Segurança é condição necessária mas não suficiente para que, na prática, se
verifique o cumprimento das regras de segurança nela consignadas. Assim, torna-se necessário organizar e
manter mecanismos e procedimentos de controlo, que garantam efectivamente a realidade desse cumprimento.
Orientações:
1. O Grupo de Trabalho recomenda que a entidade responsável pela gestão do sistema de RSE implemente
um sistema de gestão da segurança, compreendendo quer os recursos humanos e tecnológicos quer os
procedimentos apropriados, que monitorize, controle e assegure o cumprimento da:
•
Política de Segurança definida;
•
Legislação aplicável em termos de privacidade e protecção dos dados pessoais e de saúde dos
Cidadãos.
2. O Sistema de Gestão da Segurança deverá atender ao modelo de distribuição de responsabilidades inscrito
na Política de Segurança.
4.7 Requisitos de Segurança
Apontando as orientações deste Grupo de Trabalho para uma Arquitectura Aplicacional e Tecnológica assente
num modelo conceptual distribuído, com 3 níveis, importa determinar e assegurar que os sistemas informáticos e
de comunicação que vão corporizar o sistema de RSE respeitam um conjunto de requisitos no domínio da
segurança.
A adopção de um conjunto de requisitos de referência deve progressivamente estender-se às aplicações
informáticas utilizadas pelas entidades prestadoras de cuidados, conceptualmente no nível N3 (específico) do
modelo de referência, induzindo os fabricantes e fornecedores dessas soluções à respectiva evolução, se tal for
o caso.
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Orientações:
1. O Grupo de Trabalho recomenda que os sistemas informáticos e de comunicação que venham a suportar o
sistema de RSE que venha a ser concebido e implementado assegurem intrinsecamente a segurança física
e lógica dos processos e da informação.
2. O sistema de RSE deverá ainda estar alinhado com o conjunto de requisitos nesta área definidos pelo
Eurorec, devendo ser passível de certificação face a esse conjunto de requisitos.
3. Deverá ser respeitado um conjunto mínimo de requisitos no domínio da segurança, que de seguida são
elencados.
a. Confidencialidade
•
O sistema deverá permitir a definição de níveis de sensibilidade e a classificação da informação
quanto ao seu nível de sensibilidade.
•
O sistema deverá assegurar a confidencialidade da informação, em todos os momentos do seu ciclo
de vida e no decorrer dos processos a que está associada, seja quando armazenada em base de
dados de suporte, seja quando transmitida para outros sistemas.
•
Em particular, o sistema deve incorporar mecanismos de encriptação forte, que sustentem a
confidencialidade da informação em todas as fases e processos.
•
A confidencialidade deve ser assegurada também para todas as versões e réplicas da informação,
nomeadamente para as cópias efectuadas no âmbito dos procedimentos de “backup”.
b. Integridade
•
O sistema deverá suportar a existência de versões para os dados registados e modificados.
•
Todas as operações de modificação de dados deverão dar origem a uma nova versão do item de
dados em causa,
•
Todas as operações de eliminação de dados deverão dar origem a uma nova versão do item de
dados em causa, com associação do estado “Eliminado”.
•
Cada versão de um item de dados deverá ter associado, como autor, o utilizador que lhe deu
origem.
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c. Disponibilidade
•
O sistema deverá ser concebido e implementar os mecanismos físicos e lógicos que assegurem um
elevado nível de disponibilidade face às necessidades de acesso e utilização.
d. Identidade
•
O sistema deverá possuir mecanismos que assegurem de forma inequívoca e persistente a
verificação da identidade dos intervenientes/utilizadores (Utentes, Profissionais de Saúde, etc.).
•
O sistema deverá assegurar essa verificação de forma integrada com sistemas de âmbito nacional
de registo de identidades (i.e. RNU, RNP, RNE).
•
O sistema deverá suportar um mecanismo de assinatura electrónica associado a cada utilizador
com atributos de acesso à informação do RSE.
e. Controlo do Acesso
•
O sistema deverá permitir a definição de perfis de utilização, associados aos papéis
desempenhados pelos utilizadores.
•
O sistema deverá permitir por utilizador ou perfil, a definição de controlo de acessos, com um grau
de atomicidade ao nível de um item ou classe de itens de informação no sistema de RSE.
•
O sistema deverá permitir, por utilizador ou perfil, a definição de restrições quanto ao acesso a
informação classificada com determinado nível de sensibilidade.
•
O sistema deverá manter o controlo sobre a identidade do utilizador e assegurar o permanente
cumprimento das regras de controlo de acesso definidas.
•
O sistema deverá registar e alertar para qualquer desvio ou tentativa de violação das regras
definidas.
•
O sistema deverá permitir um mecanismo de acesso em caso de emergência (“break-the-glass”)
assegurando todo o controlo e seguimento dessas situações de excepção.
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f.
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Auditabilidade
•
O registo, monitorização e auditoria da actividade de acesso deve existir de forma integrada em todo
o sistema.
•
Todas as operações de consulta, inserção, modificação ou eliminação de dados deverão ser
auditáveis, devendo, atomicamente, ser registadas no sistema com a indicação da operação
efectuada, sobre que dados, em que data e hora e com a identificação do agente (utilizador).
•
O acesso ao registo de auditoria é, em si mesmo, uma acção auditável.
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5. Organização e Gestão da Mudança
5.1 Modelo de Governo
A gestão de todo o processo conducente à disponibilização do RSE requer um balanceamento em termos de
benefícios, prioridades e objectivos. O elemento chave para o sucesso no desenrolar deste processo é a
concepção e implementação de um modelo e estrutura de governação, que assegure a gestão nas suas
diversificadas vertentes, promovendo a inclusão e representatividade de Cidadãos, Profissionais de Saúde,
Ordens de Profissionais, entre outros intervenientes do sector, dando resposta às necessidades no rumo
evolutivo para o RSE.
5.1.1 Programa RSE
Operacionalmente, construir o RSE implica definir e implementar um vasto conjunto de projectos, que se
integram e complementam.
Orientações:
O Grupo de Trabalho apresenta as seguintes orientações:
1. O RSE deve ser visto e gerido como um Programa constituído por diversos Projectos, organizacionais e
tecnológicos, os quais implicam uma gestão da mudança, do ponto de vista cultural, do ponto de vista
das pessoas envolvidas, do ponto de vista das tecnologias utilizadas.
2. Deverá existir uma entidade a quem seja atribuída a gestão do Programa RSE, que deverá
supervisionar a concretização e a integração de todos os projectos, de modo a assegurar que é dada
uma resposta adequada aos objectivos do RSE.
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5.1.2 Estrutura de Governação do RSE
A missão atribuída ao Grupo de Trabalho para o RSE, expressa no Despacho nº 10864/2009, fica cumprida com
a apresentação das orientações vertidas no presente documento.
Porém, tal não significa a concretização do sistema de RSE, para a qual se assume um horizonte que vai até ao
ano de 2012. Há dois períodos a ter em mente: um, de curto a médio prazo, que vai da apresentação destas
conclusões até à disponibilidade das primeiras instanciações do sistema de RSE; outro, de médio a longo prazo,
que cobre já a exploração e gestão do sistema de RSE. Para cada um destes períodos, devem ser considerados
e instituídos modelos e entidades organizacionais com missões, objectivos, formas de organização e gestão e
recursos adequados, mantendo o carácter plural e de representatividade alargada que este Grupo de Trabalho
conseguiu atingir.
Orientações:
1. Curto/Médio Prazo
No curto prazo, haverá que garantir a continuidade das actividades que têm vindo a ser desenvolvidas pelo
Grupo de Trabalho, em particular:
•
A concretização e manutenção de um “roadmap”, elencando e articulando os grandes projectos, nas
várias frentes (arquitectura aplicacional e tecnológica, modelo de informação, ontologias e
terminologias, segurança e privacidade, gestão da mudança), que integrarão o programa de
implementação do RSE.
•
O aprofundamento e documentação dos “casos de uso” relevantes aos processos em que o sistema de
RSE deva estar ligado, caracterizando cenários de utilização, assim como o aprofundamento do
modelo de dados e dos conteúdos normalizados, conduzindo a definição e a especificação de
requisitos técnicos e funcionais base para a implementação do RSE.
Torna-se, por outro lado, necessário dar corpo à existência de uma entidade que se assuma, a todo o
tempo, como “Guardião” do RSE, mantendo e desenvolvendo o núcleo de conhecimento nacional sobre
esta matéria. Esta entidade deverá, ao mesmo tempo, assegurar que são dados os passos conducentes à
implementação do sistema de RSE e que tal é feito na salvaguarda dos princípios, modelos e orientações
preconizadas, podendo e devendo intervir, com este papel no acompanhamento dos projectos.
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Sendo assim, e atendendo à experiência que este Grupo de Trabalho significou e à dinâmica entretanto
criada, preconiza-se a instituição de uma entidade organizacional que lhe dê continuidade, baseada no
mesmo modelo.
Esta entidade organizacional, que poderia manter o nome de “Grupo de Trabalho para o RSE” teria a
seguinte caracterização funcional (ver Figura 5):
•
Uma estrutura de natureza deliberativa / consultiva (“Conselho”) congregando os representantes dos
diversos “stakeholders”, com uma missão de acompanhamento continuado das diversas temáticas e
iniciativas, “guardião” dos princípios e orientações do RSE, reunindo ordinariamente com uma
periodicidade a definir (por exemplo, trimestral), tomando como ponto de partida para a sua
constituição a representatividade do actual Grupo de Trabalho.
•
Um estrutura de natureza executiva (“Grupo Executivo”), composta por elementos designados por
acordo das entidades promotoras e podendo ser alargado de forma a incorporar elementos designados
pelos “stakeholders”, assegurando as actividades nucleares de gestão das iniciativas incluídas no
programa de RSE, segundo os princípios, orientações e outras deliberações emanadas do “Conselho”;
Esta entidade teria também a responsabilidade por estabelecer e manter relações de comunicação e
colaboração com todo um conjunto de outras entidades externas, directamente interessadas na temática do
RSE, tal como referido noutras Orientações (CNPD, Indústria, etc.).
Caber-lhe-ia, ainda, a representação internacional da iniciativa de RSE portuguesa, através da participação
técnica nos foros adequados, com particular enfoque na avaliação e consolidação de experiências de outros
países, contribuindo para o desígnio de integração entre estados membros e a construção de modelos
europeus nestes domínios.
A Secretaria de Estado da Saúde e a ACSS continuariam a assumir o papel de promotores e facilitadores,
tutelando a alto nível a actividade a desenvolver e providenciando o enquadramento e decisão estratégica.
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Figura 5
Note-se que a entidade que aqui se descreve não tem no seu âmbito o lançamento e gestão dos projectos
que venham a integrar o sistema de RSE. Consoante a natureza e abrangência dos projectos, diferentes
entidades se perfilarão e alinharão para esse fim.
Cabe destacar o papel que a ACSS, neste contexto, deverá desempenhar, para além do de promotor/
facilitador já mencionado. Melhor dizendo, os papéis, já que estes se prendem não só com a implementação
de sistemas informáticos públicos e transversais (operacionalização) mas também com a validação e a
certificação de sistemas (regulação). Estes papéis da ACSS são, adiante, melhor descritos, nas orientações
relativas a implementação e certificação.
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2. Médio a Longo Prazo
No médio a longo prazo, a “Estrutura de Governação do RSE” terá que assumir missões de natureza
diferente das anteriormente referidas. Desde logo porque o contexto de actuação será diverso, atendendo à
existência das primeiras instâncias do sistema de RSE numa fase operacional.
Haverá que considerar e ponderar as questões da esfera da gestão dos sistemas e repositórios de
informação, assim como as da esfera da gestão do modelo e da sua evolução.
Não tendo o Grupo de Trabalho efectuado uma reflexão substantiva no que toca a este ponto, foram no
entanto manifestadas as necessidades de continuar a garantir a representatividade e os interesses dos
diferentes “stakeholders”, dada a natureza de grande transversalidade do conceito subjacente ao RSE,
abrangendo todo o sistema de Saúde.
5.2 Implementação
Dada a complexidade inerente à implementação do RSE, dever-se-á seguir uma estratégia de identificação dos
projectos organizacionais e tecnológicos a implementar no âmbito do Programa RSE, atribuir-lhes prioridades e
proceder a uma implementação faseada e controlada dos mesmos, em termos de universo de utilização,
funcionalidades e infra-estruturas.
Haverá vantagem na identificação de projectos-piloto, que sirvam de teste e fundamento da estratégia definida,
para além de permitirem rapidamente apresentar resultados do RSE aos seus utilizadores. Cada projecto deverá
estabelecer claramente a sua estratégia de implementação e disseminação logo na fase de definição.
Orientações:
Face ao acima exposto, o Grupo apresenta as seguintes orientações:
1. Elaborar o roadmap de implementação do RSE, identificando e especificando os projectos estruturais e os
projectos de suporte que o constituirão.
2. Apostar numa estratégia de implementação faseada dos projectos, tendo em consideração que não se
devem iniciar, em simultâneo, projectos que se possam condicionar entre si.
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3. Identificar, definir e implementar projectos-piloto que sirvam de prova de conceito, testando-os activamente
num universo controlado. Uma vez aceites, proceder à sua disseminação/implementação, alargando de
forma sustentada o número de funcionalidades disponibilizadas e o universo abrangido
4. A ACSS deverá assumir um papel decisivo na concretização dos projectos, particularmente nos que são de
natureza pública e transversal (por exemplo, sistemas a nível N1), montando e assegurando os processos
de contratação e aquisição dos produtos e serviços necessários e assumindo a gestão dos projectos.
5. As entidades promotoras de projectos (ACSS ou outras) deverão efectuar uma gestão rigorosa dos
mesmos, baseada nas boas práticas da gestão de projectos.
5.3 Certificação
O modelo de referência preconizado para o RSE, contemplando 3 níveis distintos em termos de arquitectura de
sistemas e informação, traz implícito que a sua implementação, como atrás referido, contenha elementos gerais
e transversais, da responsabilidade de uma entidade central (e.g. ACSS) e elementos locais ou específicos, cuja
responsabilidade poderá estar na alçada de diversas entidades.
Sem prejuízo do papel de “Guardião” de princípios e orientações que uma futura “Entidade de Governação do
RSE” assuma, torna-se necessário que exista um processo de validação e certificação dos diversos sistemas
informáticos que venham a integrar o RSE nos diferentes níveis.
Orientações:
Face ao acima exposto, o Grupo de Trabalho apresenta as seguintes orientações:
1. A ACSS, tendo como atribuição coordenar as actividades do Ministério da Saúde para a definição de
políticas sobre sistemas e tecnologias de informação e de comunicação, (...) promovendo a definição e
utilização de normas, metodologias e requisitos que garantam a interoperabilidade e interconexão dos
sistemas de informação da saúde, deverá definir e implementar um processo de certificação a que se
deverão obrigatoriamente submeter todas as aplicações informáticas que pretendam integrar-se no modelo
de referência do RSE.
2. O processo de certificação ao qual serão submetidas as aplicações do RSE terá por base o conjunto de
requisitos (técnicos, funcionais, interoperabilidade, etc.), que terão de ser cumpridos obrigatoriamente pelas
aplicações a integrarem o RSE, os quais têm a sua génese nos princípios e orientações do Grupo de
Trabalho para o RSE.
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5.4 Gestão da Mudança
Dada a natureza do RSE, a sua implementação implicará uma mudança cultural significativa, associada a
mudanças tecnológicas e processuais.
Haverá pois que identificar sinais de necessidade de mudança e definir acções que permitam às estruturas
governativas e à Sociedade em geral diminuir ou eliminar entraves sociais, culturais e tecnológicos que de
alguma forma condicionem a implementação e disponibilização do RSE.
5.4.1 Marca
A natureza e os objectivos traçados para o Programa RSE implicam que este seja conhecido a uma escala
alargada (nacional, europeia e internacional) e obtenha níveis de notoriedade elevados. Assim sendo, o Grupo
de Trabalho considera premente a criação de uma marca própria que represente o RSE nos mais diversos
contextos em que o mesmo possa vir a ser utilizado.
A marca é um signo distintivo, visualmente perceptível, utilizado para diferenciar o RSE de outros projectos. Em
termos estratégicos, a marca deve ser demonstrar a finalidade do RSE e deve ser dinâmica, isto porque deve
manter-se sempre actual (evoluir sem perturbar a percepção do projecto) e apelativa de modo a ‘vender’ o
projecto a todos os seus utilizadores.
Orientações:
O Grupo de Trabalho destaca a importância da marca como um activo do maior relevo para a estratégia de
marketing de lançamento e consolidação do programa RSE, pelo que apresenta as seguintes orientações:
1. Criar a marca RSE, que deverá incluir diversos componentes físicos (logótipo, símbolos, “slogan”,
assinatura, grafismo) e deverá potenciar:
a. Notoriedade do RSE;
b. Aceitabilidade e fidelidade da marca;
c. Reconhecimento do RSE;
d. Qualidade percebida do RSE;
e. Forte associação emocional e mental ao RSE.
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2. Gerir a marca RSE, garantindo que o seu valor patrimonial não se deprecie. Para isso, torna-se necessário
um trabalho contínuo de manutenção e divulgação da marca, das qualidades e funcionalidades percebidas e
associações positivas, exigindo-se investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, publicidade e
resposta às necessidades dos patrocinadores e utilizadores do RSE.
5.4.2 Comunicação
Num processo de mudança é essencial garantir um plano de comunicação simples e eficiente que permita dar a
conhecer o programa, assim como os benefícios advindos da sua utilização.
A comunicação é um dos mecanismos mais importantes para ajudar as pessoas a se adaptarem às mudanças
dos processos e a novas formas de trabalho, devendo esta ocorrer em diversos níveis e abranger
patrocinadores, promotores, consultores, Profissionais de Saúde, equipas de projecto, entidades prestadoras de
cuidados de saúde, indústria, escolas, etc., dando um foco especial aos Clientes do projecto (Cidadãos e
Utentes).
O plano de comunicação deverá promover um conhecimento adequado do RSE, promovendo um envolvimento
dos intervenientes no projecto, gerando motivação e ajudando na concretização das metas/objectivos definidos.
Orientações:
O Grupo de Trabalho, em relação à comunicação a desenvolver no âmbito do RSE, apresenta as seguintes
orientações:
1. Criar um núcleo que se encarregue da comunicação interna e externa do projecto.
2. Definir e garantir o cumprimento de um plano de comunicação que considere acções de comunicação
ao longo das diversas fases de implementação do programa RSE, de modo a que seja possível um
entendimento de cada fase e de cada projecto, e que facilite o desenvolvimento e produção de material
de divulgação quando necessário.
3. Através do plano de comunicação definir canais de comunicação, público-alvo, mensagens a transmitir
para cada público – alvo, acções de apresentação do RSE e dos seus projectos, acções de formação
de formadores e de utilizadores gerais.
4. Estabelecer as reuniões como espaços privilegiados de comunicação interna do RSE.
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5. Realizar actividades/eventos e ou acções de integração, para promover o alinhamento e o
comprometimento das equipas envolvidas no RSE. Estas actividades devem ter a participação de todos
os envolvidos, e a periodicidade deverá ser definida de acordo com a necessidade de cada projecto ou
do próprio RSE.
6. A comunicação deverá manter-se ao longo da operação do RSE, isto é, não se deverá cingir apenas às
fases de implementação dos projectos.
5.4.3 Formação / Sensibilização
Com a disponibilização do RSE alterar-se-ão procedimentos de trabalho e formas de acesso a informações de
saúde dos Cidadãos. Estas alterações implicam mudanças culturais/sociais e tecnológicas. Por este motivo, é
premente a definição de um plano de formação / sensibilização e a criação de linhas de apoio à utilização do
sistema.
Orientações:
Em relação à formação / sensibilização, o Grupo de Trabalho identifica as seguintes orientações:
1. Identificar o público-alvo de acções de formação e de acções de sensibilização.
2. Para cada público-alvo, e de acordo com as suas necessidades, definir um plano de formação /
sensibilização, enquadrado nas fases de implantação dos projectos-piloto do RSE, e disseminação dos
mesmos.
3. Promover acções de formação de formadores.
4. Massificar a formação, de forma faseada, para todos os utilizadores do sistema.
5. Desenvolver material de apoio à formação adequado, simples e intuitivo, nomeadamente aquele que
será entregue ao Cidadão em geral.
6. As acções de formação deverão considerar a apresentação de conceitos, detalhe das tarefas (como
realizar as tarefas passo-a-passo), disponibilização de exercícios resolvidos, apresentação de “guias de
uso rápido” que ajudem na utilização corrente do RSE, assim como de procedimentos que reflictam as
novas formas de trabalho.
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5.4.4 Acessibilidade ao Sistema
Há que garantir pontos de acesso ‘públicos’ ao RSE para que todos os Cidadão possam aceder ao mesmo,
prendendo-se esta medida com a inclusão de todo o Cidadão.
Todo e qualquer Cidadão que não disponha de computador ou de acesso à Internet deverá poder deslocar-se às
entidades prestadoras de cuidados de saúde e aí aceder ao sistema através de, por exemplo, quiosques
multimédia. Há assim que considerar todos os cenários possíveis e garantir que todas as excepções são
salvaguardadas de modo a não condicionar o funcionamento e os objectivos definidos para o RSE.
Orientações:
A título de resumo, o Grupo apresenta como orientações:
1. Identificar locais e público-alvo com necessidades especiais de acesso ao RSE.
2. Disponibilizar em pontos estratégicos, entidades prestadoras de cuidados de saúde, juntas de
freguesia, ou outros que se venham a identificar, quiosques multimédia ou computadores ligados à
Internet que permitam o acesso ao RSE.
3. Garantir que junto de cada ponto de acesso existe um colaborador apto a apoiar ou a esclarecer
situações/dúvidas de utilizadores do sistema.
5.5 Envolvimento de Agentes
De modo a garantir uma implementação e disseminação de sucesso do RSE é necessário garantir desde logo o
envolvimento de diversos agentes do sector da saúde, assim como de representantes de grupos de Cidadão que
directa e indirectamente participarão e utilizarão o RSE.
5.5.1 Envolvimento das Entidades e Quadros Governamentais
Tendo por objectivo mobilizar os Portugueses para o desígnio de nos aproximarmos, de forma decidida e
sustentada, do nível de desenvolvimento de Registos de Saúde Electrónico dos países mais avançados da
União Europeia, o Grupo de Trabalho identifica a necessidade de envolvimento de entidades e quadros
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governamentais em decisões estratégicas relacionadas com os SI da saúde em Portugal, com especial
incidência sobre o RSE.
O apoio e o envolvimento das entidades e quadros governamentais será decisivo ao desbloqueio de situações
que necessitem da sua intervenção, e sem as quais a implementação do RSE poderá ver-se condicionada, quer
em termos de tempo/prazo, quer em termos de requisitos a disponibilizar aos seus utilizadores.
Orientações:
1. Patrocínio e promoção do RSE por parte do Governo, do Ministério da Saúde e da ACSS com o
objectivo de apoiar a continuação dos trabalhos de definição e implementação do RSE.
2. Desenvolver acções de disseminação da necessidade e dos benefícios advindos da implementação do
RSE à sociedade em geral.
3. Incutir credibilidade ao RSE, assim como garantir o seu alinhamento com as políticas da saúde, de
desenvolvimento tecnológico e de coesão social preconizadas pelo Governo.
4. Promover actualizações nos enquadramentos político-social e legal em vigor para as matérias
abrangidas pelo RSE, desde que devidamente identificadas e justificadas.
5. Valorizar o posicionamento do País no quadro europeu e internacional, quer no plano prioritário da EU,
quer no plano global, relançando a cooperação e participação com entidades/organismos externos que
actuem na área dos registos de saúde electrónico.
6. Mobilizar Portugal para os sistemas de registo de saúde electrónicos, no quadro da Sociedade da
Informação e do Conhecimento.
5.5.2 Envolvimento da Gestão de Topo
O envolvimento da gestão de topo das entidades, directa e indirectamente, envolvidas na implementação do
RSE tem de ser promovido desde uma fase embrionária do Programa.
Desta forma pretende-se que estes órgãos sejam parte integrante do processo de implementação do RSE,
garantindo entre outros, o conhecimento e o compromisso com o Programa, reconhecendo-o como ‘seu’, e
eliminando barreiras à implementação. Para além da sensibilização, pretende-se o seu envolvimento no que diz
respeito à reunião e disponibilização dos recursos (humanos e materiais) necessários à correcta implementação
do sistema.
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Orientações:
O Grupo de Trabalho entende que há que:
1. Garantir a participação e o apoio da gestão de topo dos stakeholders do RSE, dos quais se destacam
as entidades prestadoras de serviços de saúde, a Direcção Geral da Saúde, as Ordens de
Profissionais, a Comissão Nacional de Protecção de Dados, entre outras de relevo para o apoio à
implementação do RSE.
2. Prestar informação relevante às equipas de gestão de modo a promover o seu envolvimento e o
compromisso do seu apoio às equipas de projecto do RSE e à implementação deste na entidade que
representam.
3. Considerar necessidades específicas da gestão de topo na fase de especificação do RSE.
5.5.3 Envolvimento dos Cidadãos
Sendo os Cidadãos, sobretudo enquanto no seu papel de Utentes do sistema de saúde, o foco central do RSE, é
essencial que estes sejam incluídos desde logo no programa.
Assim, é muito importante contar com a participação de associações de defesa dos utentes de serviços de
saúde e associações de defesa dos Cidadãos em geral (público, privado, etc.), de modo a que as suas
necessidades e objectivos para um sistema desta natureza sejam consideradas e futuramente se eliminem
barreiras à utilização do sistema.
Orientações:
De um modo geral, as orientações do Grupo de Trabalho para esta área prendem-se com:
1. Envolver associações de defesa dos utentes de saúde e associações de defesa dos Cidadãos em geral
(público, privado, etc.) como stakeholder do RSE.
2. Esta entidades deverão apoiar a concretização de objectivos relacionados com a definição de:
requisitos funcionais; ergonomia da solução a disponibilizar; formas de acesso e de introdução de
informação de saúde (portal do Cidadão, aplicação própria, etc.); que informações pretendem aceder e
como o querem fazer (p. ex. história clínica); mecanismos de comunicação a estabelecer de e para com
os Profissionais de Saúde, entre outros.
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5.5.4 Envolvimento dos Profissionais de Saúde
Para além da disponibilização de um novo sistema de informação que reflicta os objectivos e as metas (com
sentido clínico) das diversas entidades envolvidas, o RSE só atingirá o sucesso pretendido se os Profissionais
de Saúde o utilizarem de forma plena.
Em conjunto com os Cidadãos/Utentes, os Profissionais de Saúde constituem a peça fundamental das iniciativas
de RSE, uma vez que são aqueles que estão directamente envolvidos na utilização do sistema e na actualização
dos dados contidos naquele.
Orientações:
Assim sendo, e tendo por objectivo alcançar os objectivos traçados para o RSE, e o seu uso pleno, há que
envolver desde logo os Profissionais da Saúde, e implementar as orientações identificadas pelo Grupo de
Trabalho em relação a esta temática:
1. Envolver Profissionais de Saúde em todas as fases e projectos integrados no RSE.
2. Dar continuidade aos trabalhos de identificação de requisitos funcionais em conjunto com as várias
classes de Profissionais de Saúde abrangidas pelo sistema.
3. Estudar, em conjunto com os Profissionais de Saúde e com as Ordens de Profissionais, a arquitectura
de processos associada à prestação de cuidados de saúde, nomeadamente no que concerne à
definição de cenários de utilização do RSE e de casos de uso, permitindo melhor identificar e definir o
modo como os dados devem ser carregados, armazenados e apresentados.
5.5.5 Envolvimento da Indústria de Tecnologias de Informação e da Comunicação
Dada a quantidade e diversidade de soluções existentes no mercado e em utilização nas próprias entidades
prestadoras de cuidados de saúde, é de extrema importância não esquecer o que a Indústria tem vindo a
desenvolver ao longo dos últimos anos, assim como o que está a prever desenvolver no futuro.
As empresas produtoras e fornecedoras de TICs terão uma palavra a dizer na definição e implementação do
RSE, uma vez que poderão prestar serviços, quer no desenvolvimento de plataformas de suporte aos SI da
saúde, quer na implementação do RSE e de outras aplicações informáticas, quer ainda na investigação e
desenvolvimento de tecnologias emergentes que suportarão a evolução das TICs de um modo geral.
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Não se pode, além disso, esquecer o impacto que o processo de implementação de RSE terá na própria
economia, nomeadamente na indústria de TIC, podendo contribuir para a inovação, para o desenvolvimento das
empresas e para a criação de emprego.
Orientações:
Em suma, o Grupo de Trabalho identifica as seguintes orientações:
1. Envolver os produtores e fornecedores de TIC desde uma fase inicial dos projectos, de modo a haver uma
compreensão mútua, do que se está a desenvolver na indústria (presente e perspectivas futuras) e das
tendências do sector e dos registos de saúde electrónicos propriamente ditos.
2. Convidar e/ou envolver elementos da indústria na concretização de missões específicas, nomeadamente na
identificação do seu alinhamento quanto ao cumprimento de iniciativas nacionais, europeias e
internacionais, quais os standards tecnológicos e semânticos adoptados e as tendências que seguem, quais
os requisitos de infra-estrutura suportados, questões de segurança, etc.
3. Recorrendo ao plano de comunicação, promover uma comunicação bidireccional entre RSE e a indústria,
permitindo a partilha de opiniões, experiências e orientações em relação à implementação do SER.
5.6 Visibilidade
Numa altura em que um número cada vez maior de países se prepara para implementar registos de saúde
electrónicos, quer a nível da União Europeia, quer a nível internacional, há que dar visibilidade aos trabalhos que
estão a ser desenvolvidos nesta área por Portugal, e mais concretamente pelo Grupo de Trabalho do RSE.
Assim sendo, é premente não só conhecer e participar em iniciativas europeias e internacionais que se vêm
desenvolvendo nesta área, mas também apresentar e promover os trabalhos realizados no âmbito do Grupo de
Trabalho nacional.
5.6.1 Envolvimento em Projectos Internacionais
É clara, para o Grupo de Trabalho, a importância da participação portuguesa nas instâncias responsáveis a nível
europeu pela determinação das políticas de e-Saúde, bem como o envolvimento e colaboração com os diversos
Organismos e Projectos que se enquadram na problemática do Registo de Saúde Electrónico.
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Há, por um lado, a necessidade de alinhamento das orientações e especificações que venham a ser produzidas
e seguidas com as que vêm ou virão a ser adoptadas a nível europeu, na prossecução do objectivo de
interoperabilidade transfronteiriça expresso na recomendação da Comissão Europeia, basilar para o trabalho
deste Grupo.
Por outro lado, há a necessidade e a possibilidade de encurtar a distância que nos separa de outras iniciativas já
com um caminho significativo percorrido, bebendo e beneficiando da experiência acumulada por essas
iniciativas.
Há ainda o interesse da participação portuguesa em projectos de referência, relevantes para o desenvolvimento
da I&D em Portugal, mas legitimamente fundada na capacidade que os especialistas e investigadores
portugueses nestas matérias detêm e que podem aportar a esses projectos.
Orientações:
Do exposto, o Grupo de Trabalho apresenta as seguintes orientações:
1. Valorizar o posicionamento do País nos quadros europeus e internacional, quer no plano prioritário da
UE, quer no plano global, relançando a cooperação e participação com entidades/organismos externos
que actuem nas áreas da e-saúde e dos registos de saúde electrónicos.
2. Garantir o enquadramento e o alinhamento do RSE com o que se define a nível europeu e
internacional, sustentando ainda questões de interoperabilidade transfronteiriça expressas na
recomendação da Comissão Europeia.
3. Definir um grupo de especialistas que acompanhe as iniciativas da Comissão Europeia em relação a
estas matérias, e que possa ainda participar de forma activa em projectos de relevo e que promovam o
desenvolvimento da I&D em Portugal.
4. Participar em grupos de trabalho, redes de conhecimento e projectos europeus e internacionais na área
do EHR, nomeadamente no epSOS (European Patients Smart Open Services) e na sua rede temática –
o Calliope, no i2010, no EuroRec e no Q-Rec.
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5.6.2 RSE como um Caso de Estudo
Todo o esforço desenvolvido nas áreas da e-Saúde e nomeadamente na investigação realizada em torno dos
registos de saúde electrónico realizado nos últimos tempos, e especialmente com a criação do Grupo de
Trabalho de RSE, deve ser utilizado quer em prol de benefícios nacionais, quer em prol de apoios e divulgação
ao nível da I&D nacional no exterior.
Assim sendo, pretende-se que o RSE não seja apenas um projecto que absorva informação de outros projectos,
mas que seja considerado como um projecto de referência para outros projectos.
Orientações:
Assim sendo, o Grupo de Trabalho considera pertinente:
1. O RSE deve procurar afirmar-se um projecto de referência em termos de registos de saúde
electrónicos.
2. O plano de comunicação deverá incluir acções de apresentação, a nível europeu e internacional, dos
trabalhos de I&D desenvolvidos em torno dos temas do RSE, promovendo a exposição das
investigações realizadas e apresentação dos resultados alcançados.
3. Comunicação das entidades envolvidas (equipas multidisciplinares) e do modelo de governação
definido, identificando vantagens e desvantagens dos modelos adoptados, assim como o apoio que
prestaram à obtenção dos resultados finais.
4. Apresentar resultados alcançados de forma a rentabilizar o esforço desenvolvido e a ganhar
notoriedade nesta área.
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5.7 Modelo de Financiamento
A implementação do RSE envolve custos elevados, quer em termos de I&D, quer em termos de operação e
manutenção. Pelo exposto há que indagar e identificar as possibilidades de se recorrer a financiamentos
nacionais, europeus e internacionais que possam suportar ou apoiar o programa.
Orientações:
Assim sendo, o Grupo de Trabalho identifica as seguintes orientações:
1. Co-financiamento por parte do Estado Português, do Ministério da Saúde e ACSS.
2. Angariar apoio de entidades que possam patrocinar o projecto, como por exemplo: universidades,
empresas públicas e privadas relacionadas com a investigação e com os temas do RSE.
3. Identificar projectos de financiamentos nacionais e internacionais que se enquadrem no âmbito do RSE.
4. Uma vez identificadas as oportunidades de financiamento, definir a forma de captar
fundos/financiamentos e apresentar candidaturas, sempre que necessário, garantindo o envolvimento
das entidades promotoras nas candidaturas que serão apresentadas de forma a eliminar obstáculos à
entrega de tais candidaturas, quer sejam nacionais, europeias ou internacionais.
5. Apresentação de projectos do RSE aos programas comunitários em vigor, promovendo candidaturas a
esses mesmos programas.
6. Utilizar a participação de Portugal, representada pela ACSS, no projecto epSOS para angariar apoios
financeiros à implementação do RSE.
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6. Conclusão
A implementação do sistema nacional de Registo de Saúde Electrónico apresenta um significativo conjunto de
desafios, devendo considerar não só as necessidades nacionais, mas também garantir o alinhamento com as
directivas europeias e internacionais, essencialmente nas questões de mobilidade e de interoperabilidade.
É um processo longo que, como nos ensina a experiência de outras iniciativas congéneres, se desenrolará por
vários anos até que se consiga atingir a universalidade de utilização e a plenitude de funcionalidades e
benefícios.
É um processo complexo, que requer um esforço e um compromisso de todos os intervenientes e interessados:
entidades governamentais, entidades prestadoras de serviços de saúde (dos sectores público, privado, social),
Profissionais de Saúde, fornecedores de TICs, etc.
Apresenta desafios tecnológicos, requerendo uma metodologia para integração dos sistemas informáticos
actuais e futuros, endereçando as questões de interoperabilidade, quer seja a nível técnico, quer semântico.
Requer, sobretudo, mudanças culturais quer a nível organizacional, quer individual, abarcando Cidadãos e
Profissionais de Saúde.
É necessário desde já delinear o caminho, actuar de forma consistente e direccionada, com passos devidamente
planeados, avaliados e controlados. Só desta forma será possível alcançar os objectivos ambiciosos traçados
para o RSE e garantir resultados aceites pelos seus principais utilizadores.
O mote deverá ser pensar em “grande” escala, actuando em “pequena” escala:
“Pequena” no sentido de dar pequenos passos, vencendo metas sucessivas, alcançáveis a curto prazo, no
caminho longo até aos objectivos finais.
“Grande” no tempo: mantendo sempre uma perspectiva de futuro.
“Grande” no espaço: assegurando a universalidade e ubiquidade na utilização.
“Grande” no âmbito: abrangendo cuidados de saúde, saúde pública, investigação, ensino, gestão, etc.
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RSE – Registo de Saúde Electrónico