LIBERDADE SÓ HÁ UMA!
O caminho para a Tranquilidade Plena não se compra – escolhe-se!
O Respeito perde-se quando não se respeita!
Tudo na vida é como uma moeda – tem duas faces!
O direito a sermos livres, só depende de nós; depende exclusivamente de nós.
Existem pressupostos que são, esses sim, os pilares fundamentais e inequívocos para
que exista uma sã existência integral, e que mexem com princípios, tais como sanidade
mental, bom senso, respeito, tolerância; e outros a que as sociedades modernas
recorrem para resolver aflições… e que matam, por exemplo inconsequência,
obsessão, fanatismo, aproveitamento, cinismo, negócio, mentira…
Uns e outros, são o condimento que rege as regras da boa convivência e o respeito
pelas liberdades individuais e colectivas, e os desentendimentos.
O entendimento de cada um depende também, do maior ou menor grau de
desenvolvimento intelectual, discernimento, determinação e demais virtudes, ou a
falta delas, influenciadas pelos ditames doutrinários e políticos por norma sem
escrúpulos.
Na maior parte das vezes a sujeição inconsciente dos indivíduos aos dogmas que
caracterizam a direcção das sociedades, converte a verdade na mentira, o bem no mal,
o lógico no ilógico, roça o desprezo pela vida humana, mas sempre e em qualquer dos
casos na defesa de ensinamentos, defeituosos, com o propósito de capitalizar apoios
para a prossecução de objectivos sinistros. São ensinamentos que provocam o
esvaziamento da capacidade crítica, limitam a liberdade individual e escravizam o
pensamento, moldando-o aos interesses, com pressupostos “dignos” na defesa de
uma causa.
Tornam-se mais graves quando sociedades evoluídas se permitem a troco de
benefícios políticos, reclamar de forma organizada, a posse dos direitos da liberdade…
que mata.
Liberdade que na medida das responsabilidades acrescidas, se deveria limitar à
obrigação pelo respeito alheio, e o dever de evitar desacatos; tão pouco criar
condições para a sua evolução, indo para isso até limites que obriguem à fiscalização
intransigente de comportamentos indignos, denunciados por todas as formas de
expressão, encontrando por vezes obstáculos ao sentido da sua existência… a
responsabilidade.
Ainda mais grave quando se verifica a unicidade hipócrita, obsessiva e interesseira, na
defesa de liberdades obscenas, provocatórias, desprovidas de bom senso e
oportunidade.
Assistimos diariamente à alucinação, ignorância e inversão dos valores reais que
informam sociedades civilizadas.
Não pode existir; não é defensável a direito à provocação, esperando dos atingidos,
mesmo do mais santo dos homens, um sorriso, a benevolência; ou a cobardia se o
destinatário são grupos revolucionários fundamentalistas.
Será o conceito de liberdade uma espécie de vale tudo, defendido pelas democracias,
em que por ela, a perplexidade e descontrolo global levam à auto-vitimização dos
governantes, condenando pelos efeitos perversos e tresloucados, a sua própria
população, alvo fácil de cobrança dos desvarios intelectuais dessa gente iluminada?
Estará a liberdade infectada pela má condução de uma certa seita corporativa, cujas
motivações matam?
Sem limites à liberdade, só a agressão faz sentido… somos humanos!
Liberdade não pode ser insulto ou atrevimento. Liberdade é compromisso, é
tolerância, é respeito, é a observância dos direitos dos outros. Não dos nossos; se
todos exercitássemos as nossas obrigações e os nossos deveres, seria possível a
convivência saudável desejada, em liberdade democrática. Ao inverso temos a
anarquia. O caos!
O facto de um determinado grupo de lunáticos não observar as regras, não autoriza
que outros promovam a violência. Os dois casos são errados e condenáveis. Mas nos
dois casos, qual deles é o mais terrorista? Qual deles antecipa a carnificina? Em
presença de dois grupos terroristas, venha o diabo e escolha!
Não pode existir liberdade sem autoridade. E é disto que se trata por essa europa fora:
dos excessos da primeira e da falta da segunda.
Os governos são ocupados por funcionários de alpaca. Gente que não tem medo, mas
tem guarda-costas. Defendem a imagem, o desperdício e o consumo de ideias ocas.
Não têm a habilitação exigível para inverter as diferenças, para criarem consensos. E
sobra da incompetência, o agravamento dos conflitos.
Por isso assistimos a tragédias que consomem vidas humanas como quem bebe um
copo de água.
… E lá aparecem os representantes, os eleitos, como quem dá uma esmola, falsamente
condoídos a prestar preito às populações, num acto de mea maxima culpa, pela
incapacidade de controlar a liberdade… de provocar.
Hoje, a liberdade tem sido o alimento de tantos desocupados e obstinados, mas
fundamentalmente tem servido para destruir sociedades em benefícios particulares.
O totalitarismo democrático torna a liberdade uma ficção, tão distante de ser
realizável, quanto é real os seus efeitos. Os políticos jogam com as emoções das
pessoas para encobrirem a sua irresponsabilidade, e conivência deliberada e / ou
consentida. As liberdades têm servido aos governantes para agirem arbitrariamente
em defesa dos mais hediondos interesses.
Tem sido verificável por esse mundo fora, o efeito perverso das liberdades
democráticas, impostas pelo cinismo dominante, imperturbável.
As liberdades democráticas têm permitido decidir unilateralmente, despejar bombas,
matar e apesar de tudo, os responsáveis pelos desacatos, pelos holocaustos, pelos
assassinatos em massa, por cá se mantêm impunes.
Num contexto de provocação, quem é o mais assassino? Quem puxa o gatilho ou
quem é alvo dele?
Esta liberdade é um hino à hipocrisia!
A minha liberdade não pode ser decidida por meia dúzia de irresponsáveis. Eu não
permito que qualquer tipo de fundamentalismo, ou desequilíbrio funcional, ou
perversão, condicione o meu direito a ser livre.
Recuso-me a associar-me a manifestações que servem interesses, que induzem
sistematicamente a critérios obscuros bem definidos, e que exaltam a mais violência.
No uso pleno das liberdades de pensamento e de expressão democráticos, tenho
direito à minha autonomia.
O lucro fácil e o poder do imediatismo cego, insensato, inconveniente,
desproporcionado, torna-se inconciliável com o normal viver das populações.
O respeito, a tranquilidade, o bom senso e a autoridade, são prerrogativas
fundamentais contra a maledicência, a sátira intransigente, o facciosismo e o
atrevimento. O deslumbramento pelas coisas fáceis, embriagam os espíritos fracos
ardilosamente conduzidos por bandos imunes à decência, desprovidos de sensibilidade
pelo bem-estar dos outros; importa o sucesso ainda que provocador e incoerente, mas
lucrativo.
… É a liberdade a funcionar em busca de poder, de audiências e de dinheiro!
Eu defendo uma sociedade livre… mas tão livre, que os meus direitos estejam
limitados pelo respeito, deveres e obrigações. São o custo de viver em sociedade. É ter
a liberdade de ser livre!
Um grande erro, e que tem conotado a liberdade com a desordem, é a condenação
exclusiva dos efeitos e, não principalmente das causas.
Por tudo isto, eu não sou hipócrita!
Je ne suis pas charlie,
Je pense moi-même
Je suis Gomes, João Gomes
2015-01-17
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