UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL
CLASSIFICAÇÃO INFRAGENÉRICA E ATUALIZAÇÃO
NOMENCLATURAL DAS ESPÉCIES BRASILEIRAS DE
BACCHARIS L. (ASTERACEAE – ASTEREAE).
Tese de Doutorado
Anabela Silveira de Oliveira-Deble
Santa Maria, RS, Brasil
2008
2
CLASSIFICAÇÃO INFRAGENÉRICA E ATUALIZAÇÃO
NOMENCLATURAL DAS ESPÉCIES BRASILEIRAS DE
BACCHARIS L. (ASTERACEAE – ASTEREAE)
por
Anabela Silveira de Oliveira-Deble
Tese apresentada ao Curso de Doutorado do Programa de
Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Área de Concentração de Silvicultura
da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para
obtenção do grau de
Doutor em Engenharia Florestal.
Orientador: José Newton Cardoso Marchiori
Santa Maria, RS, Brasil
3
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências Rurais
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal
A Comissão Examinadora, abaixo assinada,
Aprova a Tese de Doutorado
CLASSIFICAÇÃO INFRAGENÉRICA E ATUALIZAÇÃO
NOMENCLATURAL DAS ESPÉCIES BRASILEIRAS DE
BACCHARIS L. (ASTERACEAE – ASTEREAE)
Elaborada por
Anabela Silveira de Oliveira-Deble
Como requisito parcial para obtenção do grau de
Doutor em Engenharia Florestal
COMISSÃO EXAMINADORA:
José Newton Cardoso Marchiori, Dr. (UFSM)
(Orientador)
Ana Maria Girardi-Deiro, Dra. (URCAMP)
Miguel Antão Durlo, Dr. (UFSM)
Roberto Lourenço Esteves, Dr. (UERJ)
Vânia Gonçalves Esteves, Dra. (UFRJ)
Santa Maria, abril 2008
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AGRADECIMENTOS
A José Newton Cardoso Marchiori, pela orientação, pela amizade, pela confiança, pelo
estímulo e, acima de tudo, por proporcionar as consultas aos herbários internacionais
(Argentina e Uruguai), indispensáveis a este trabalho.
A Alain Chautems e Fernand de Jacquemond, a M. Dillon e a M Pignal, pela gentileza
do envio de fotos digitais dos typi de Baccharis depositados nos herbários europeus e norte
americanos.
A Érika Werner, bibliotecária do Instituto Darwinion, pelo atencioso envio das
bibliografias solicitadas.
A Gert Hatschbach, Ademir Reis, Maria Salete Marchioretto, Maria de Lourdes Abruzzi
Aragão de Oliveira, Roberto Lourenço Esteves, Vânia Gonçalves Esteves e Vera Lúcia
Campos Martins, pelo auxílio nas consultas aos herbários nacionais.
Ao Laboratório de Palinologia do Museu Nacional do Rio de Janeiro e a seus
pesquisadores: Pedro César Teixeira de Souza, Fabiana Carvalho de Souza, Cláudia Barbieri
Ferreira Mendonça.
Aos colegas Marcelo Scipione e Luciano Denardi, pelas fotografias, confecção de
lâminas e fotomicrografias, respectivamente.
A Dra. Ana Maria Girardi-Deiro, que incentivou e proporcionou os meus primeiros
trabalhos com taxonomia vegetal e florística nos campos sulinos.
Aos colegas Ângelo Schneider, Daniel Alejandro Giuliano e Gustavo Heiden,
pesquisadores da subtribo Baccharinae, pela troca de informações e fotografias.
Ao professores César Augusto Guimarães Finger e Solon Jonas Longhi, pelos recursos
disponibilizados para esta pesquisa.
A funcionária Cerlene da Silva Machado, que, além do apoio, sempre esteve disposta a
auxiliar na solução de questões burocráticas.
Ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa
Maria, que possibilitou a realização do Curso de Doutorado.
À CAPES, pela concessão da bolsa de estudo.
Aos meus pais, pela educação e formação, que me fizeram chegar até aqui.
Por fim, ao meu esposo Leonardo Paz Deble, a quem dedico esta tese, pela contribuição,
pelo auxílio nas descrições e ilustrações das espécies, pelo companheirismo e por tudo de bom
que aconteceu nas nossas vidas, desde que começamos a trabalhar juntos.
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RESUMO
Tese de Doutorado
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal
Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil
CLASSIFICAÇÃO INFRAGENÉRICA E ATUALIZAÇÃO
NOMENCLATURAL DAS ESPÉCIES BRASILEIRAS DE BACCHARIS
L. (ASTERACEAE – ASTEREAE)
AUTOR: ANABELA SILVEIRA DE OLIVEIRA-DEBLE
ORIENTADOR: JOSÉ NEWTON CARDOSO MARCHIORI
Santa Maria, abril de 2008.
Neotropical, Baccharis L. (s.l.) tem como centro de dispersão a América do Sul, notadamente o Brasil, onde são
presentemente reconhecidas 162 espécies, separadas em 25 seções naturais: Agglomeratae Giuliano,
Angustifoliae Baker, Aristidentes Nesom, Axillaris (Giuliano) Oliveira-Deble [comb. & stat. nov.], Canescentes
Giuliano, Curytibensis Giuliano, Caulopterae DC., Cylindricae Heering, Dubiae Oliveira-Deble [sect. nov.],
Ferruginescentes Oliveira-Deble [sect. nov.], Molinae Pers., Heterothalamulopsis (Deble, A. S. Oliveira &
Marchiori) Oliveira-Deble [comb. & stat. nov.], Heterothalamus (Less.) Oliveira-Deble [comb. & stat. nov.],
Myricifoliae Oliveira [sect. nov.], Nitidae Cuatrec., Oblongifoliae DC., Organensis Oliveira-Deble [sect. nov.],
Retusae Oliveira-Deble [sect. nov.], Tarchonantoides Cuatrec., Tridentatae Giuliano, Trinervatae DC.,
Baccharidastrum (Cabrera) Nesom, Racemosae Ariza e Scandentes Cuatrec., sendo as três últimas reabilitadas
da sinonímia de Molinae, Discolores DC. e Trinervatae, respectivamente. A série Hirsutae Giuliano foi reduzida
à sinonímia de Nitidae. São descritas e ilustradas cinco novas espécies: Baccharis crassipappa (seção
Myriciifoliae); B. inexspectata e B. nassauvioides (seção Axillaris); B. multipaniculata e B. suberectifolia (seção
Tarchonantoides); oito binômios são reabilitados: Baccharis bahiensis Baker, B. halimimorpha DC., B.
heeringiana Malag, B. maritima Baker, B. perlata Sch. Bip. ex Baker, B. psamophilla Malme, B. weirii Baker,
B. vauthieri DC. Sete táxons não tiveram sua posição infragenérica esclarecida: Baccharis aphylla (Vell.) Baker,
B. ciliata Gardner, B. deblei A. S. Oliveira & Marchiori, B. elliptica Gardner, B. genistifolia DC., B. pohlii
(Baker) Deble & A. S. de Oliveira e B. trineura Soria & Zardini. Pode-se afirmar através da análise do pólen de
Baccharis aliena, B. hyemalis, B. psiadioides, B. glutinosa, B. leucocephala, B. oblongifolia, B. riograndensis e
B. wagenitzii, e da estrutura anatômica da madeira de Baccharis aliena, B. hyemalis, B. psiadioides, B.
dracunculifolia, B. longiattenuata, B. milleflora, B. patens, B. tridentata, B. wagenitzii, que estas entidades
taxonômicas possuem características muito parecidas entre si, não sendo possível separá-las em níveis
hierárquicos superiores com base nos atributos acima referidos. São fornecidas descrições das seções e chave
para diferenciação das mesmas, referências bibliográficas, iconografia, etimologia, distribuição e hábitat das
espécies incluídas em seções, além de fotomicrografias de pólen e anatomia da madeira de algumas espécies.
Palavras-chave: Baccharis, classificação infragenérica, atualização nomenclatural, espécies novas, Asteraceae,
Astereae, Baccharinae.
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ABSTRACT
Tese de Doutorado
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal
Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil
INFRAGENERIC CLASSIFICATION AND UPDATE
NOMENCLATOR OF THE BRAZILIAN SPECIES OF BACCHARIS L.
(ASTERACEAE - ASTEREAE)
AUTHOR: ANABELA SILVEIRA DE OLIVEIRA-DEBLE
ADVISER: JOSÉ NEWTON CARDOSO MARCHIORI
Aphril, Santa Maria, 2008.
Neotropical, Baccharis L. (s.l.) has in South America its main center of dispersion, specially in Brazil, where, at
present, were recognized 162 species, set apart in 25 sections: Agglomeratae Giuliano, Angustifoliae Baker,
Aristidentes Nesom, Axillaris (Giuliano) Oliveira-Deble [comb. & stat. nov.], Canescentes Giuliano,
Curytibensis Giuliano, Caulopterae DC., Cylindricae Heering, Dubiae Oliveira-Deble [sect. nov.],
Ferruginescentes Oliveira-Deble [sect. nov.], Molinae Pers., Heterothalamulopsis (Deble, A. S. Oliveira &
Marchiori) Oliveira-Deble [comb. & stat. nov.], Heterothalamus (Less.) Oliveira-Deble [comb. & stat. nov.],
Myricifoliae Oliveira [sect. nov.], Nitidae Cuatrec., Oblongifoliae DC., Organensis Oliveira-Deble [sect. nov.],
Retusae Oliveira-Deble [sect. nov.], Tarchonantoides Cuatrec., Tridentatae Giuliano, Trinervatae DC.,
Baccharidastrum (Cabrera) Nesom, Racemosae Ariza and Scandentes Cuatrec.. The last three were rehabilited
from the synonymityes of Molinae Pers., Discolores DC. and Trinervatae DC., respectively. The series Hirsutae
Giuliano was reduced to the synonymity of Nitidae. Five new species were described and illustrated: Baccharis
crassipappa (section Myriciifoliae), B. inexspectata and B. nassauvioides (section Axillaris), B. multipaniculata
and B. suberectifolia (section Tarchonantoides). Eight names were rehabilited: Baccharis bahiensis Baker, B.
halimimorpha DC. B. heeringiana Malag, B. maritima Baker, B. perlata Sch. Bip. ex Baker, B. psamophilla
Malme, B. weirii Baker, B. vauthieri DC. To seven taxa, its infrageneric position lasts not clearly defined:
Baccharis aphylla (Vell.) Baker, B. ciliata Gardner, B. deblei A. S. Oliveira & Marchiori, B. elliptica Gardner,
B. genistifolia DC., B. pohlii (Baker) Deble & A. S. de Oliveira and B. trineura Soria & Zardini. Five species
were palinologically studied (Baccharis aliena, B. hyemalis, B. psiadioides, B. glutinosa, B. leucocephala, B.
oblongifolia, B. riograndensis, B. wagenitzii), and nine were studied with respect to its wood anatomy
(Baccharis aliena, B. hyemalis, B. psiadioides, B. dracunculifolia DC., B. longiattenuata, B. milleflora, B.
patens, B. tridentata, B. wagenitzii); the results showed that all entities have similar characteristics, beeing
impossible to separate them, based on palinological or anatomical atributes. Descriptions of all sections and a
key to separate them, as well as bibliography references, iconography, etymology, distribution, habitat and
photomicrographs of pollen and wood anatomy are furnished.
Key words: Baccharis, infrageneric classification, update nomenclator, news species, Asteraceae, Astereae,
Baccharinae.
7
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Aspectos anatômicos da madeira de: A) Baccharis aliena, em seção
transversal, mostrando poros racemiformes em arranjo dendrítico. B) B. psiadioides,
em seção longitudinal tangencial, destacando o parênquima axial escasso e a largura
dos raios em número de células. C) B. hyemalis, em seção longitudinal tangencial,
destacando vasos com placas de perfuração simples, sem espessamentos espiralados.
D) B. wagenitzii, em seção radial, destacando raios heterogêneos com células
procumbentes, quadradas e eretas. E) B. dracunculifolia, em seção radial, destacando
raios com células procumbentes e fileira marginal de células quadradas. G) B. patens,
em seção longitudinal radial, destacando placa de perfuração simples (seta) e cristais
prismáticos em células radiais....................................................................................
40
FIGURA 2 – A-T) Tricomas das folhas: A-C) em pedestal de Baccharis hirta, B.
vismioides e B. multipaniculata. D) unisseriados flageliformes de B. leptocephala (em
dois aspectos). E-F) unisseriado flageliforme com célula terminal longa de B.
urvilleana. e B. caprariifolia, respectivamente. G-H) unisseriado flageliforme com
célula terminal curta de Baccharis weirii (em dois aspectos) e B. spicata,
respectivamente. I-J) Unisseriado com célula terminal bifurcada de B. dracunculifolia
e B. longiattenuata, respectivamente. K-L) unisseriado com célula terminal ramificada
de B. elaegnoides e B. uncinella, respectivamente. M) unisseriado filiforme de B.
helichrysoides. N) unisseriado arboriforme de B. trinervis. O) bisseriado glandular de
B. coridifolia. P-Q) Tricomas em tufos das folhas: P) unisseriados flageliformes,
associados a bisseriados glandulares de B. platypoda (em dois aspectos). Q)
unisseriados claviformes, associados a bisseriados glandulares de B. wagenitzii. R-T)
tricomas geminados dos aquênios de B. coridifolia, B. dubia, B. leucopappa,
respectivamente. ...............................................................................................................
FIGURA 3 – Tipos de capitulescência: A) em pseudo-espigas folhosas (seção
Axillaris). B) em racemos folhosos simples terminais (seções Baccharis e
Racemosae). C) em racemos folhosos axilares (seções Myriciifoliae). D) em
glomérulos terminais (seção Heterothalamulopsis). E) em corimbos terminais
(Angustifoliae, Canescentes, Heterothalamus e Tridentatae). F) em glomérulos
folhosos axilares e terminais (seções Agglomeratae e Retusae). G) em corimbos
folhosos terminais (seção Angustifoliae e Dubiae). H) em glomérulos folhosos
terminais (seção Agglomeratae). I) em espigas folhosas de glomérulos (seção
43
8
Baccharis). J) em espigas de glomérulos (seção Caulopterae). L) em racemos folhosos
de glomérulos (seção Cylindricae). ..................................................................................
45
FIGURA 4 – Tipos de capitulescência: A) em panículas folhosas de ramos
corimbiformes (seção Aristidentes, Ferruginescentes e Oblongifoliae). B) em ramos
corimbiformes simples axilares (seção Nitidae). C) solitárias sésseis, rodeada por um
falso invólucro de pequenas folhas (Baccharis deblei). D) em ramos corimbiformes
compostos agrupados em capitulescências corimbóides (seções Baccharidastrum,
Molinae e Trinervatae). E) em capitulescências solitárias (seção Angustifoliae). F) em
racemos
folhosos
de
ramos
racemiformes
(seção
Tarchonantoides).
G)
capitulescências em grupo de 3-4 na axila das folhas (seções Axilares e Cylindricae)..
46
FIGURA 5 – Ápice denteado das corolas das flores femininas: A) Baccharis
platypoda (L. Krieger & Urbano 20.236). B) B. axillaris (L. P. Deble et al. 1.118). C)
B. tridentata (L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble 4.135). D) B. lymanii (L. P.
Deble et al. s.n.). E) B. retusa (L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble 4.137). F) B.
dracunculifolia (L. P. Deble et al. s.n.). G) B. rufescens (L. P. Deble & A. S. de
Oliveira-Deble s.n.). H) B. mesoneura (M. Sobral et al. 4.946)………………………..
50
FIGURA 6 – Ápice truncado das corolas das flores femininas. A) B. anomala (L. P.
Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n.); B) B. vulneraria (A. S. de Oliveira-Deble & L.
P. Deble s.n.); C) B. quitensis (S. A. Nicolau et al. 1.780); D) B. conyzoides (A.
Sehnem 5658); E) B. maxima (R. Simão-Bianchini et al. 703). Variações das corolas
em Caulopterae: F) B. usterii (J. N. C. Marchiori, L. P. Deble & A. S. de Oliveira
s.n.); G) B. riograndensis (L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n.); H) B.
articulata (Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n.). .........................................................
FIGURA 7
51
– A-C) Rudimento do estigma das flores masculinas: A) Baccharis
spicata, com ramas breves e aderidas entre si. B) B. punctulata, com ramas
lanceoladas e separadas. C) B. ochracea, com ramas breves e separadas. D-H) ápice
do estigma das flores femininas de: D) B. platypoda, com ramas lanceoladas e
parcialmente aderidas entre si. E) B. albolanosa, com ramas deltóides e separadas. F)
B. dubia, com ramas deltóides e aderidas entre si. G) B. orbygniana, com ramas
filiformes e separadas. H) B. linearifolia, com ramas lanceoladas e separadas.............
FIGURA 8
– Fotomicrografias e eletromicrografias do pólen de espécies de
Baccharis L.: 1-4. B. oblongifolia - vista polar: corte óptico (1); vista geral na região
do apocolpo MEV (2); vista equatorial: corte óptico e abertura (3); abertura e
53
9
superfície MEV (4). 5-8. B. leucocephala - vista polar: corte óptico (5); vista geral na
região do apocolpo MEV (6); vista equatorial: corte óptico e abertura (7); abertura e
superfície MEV (8). 9-12. B. longiattenuata - vista polar: corte óptico (9); vista geral
na região do apocolpo MEV (10); vista equatorial: corte óptico e abertura (11);
abertura e superfície MEV (12). 13-16. B. glutinosa - vista polar: corte óptico (13);
vista geral na região do apocolpo MEV (14); vista equatorial: corte óptico e abertura
(15); abertura e superfície MEV (16). 17-18. B. riograndensis - vista polar: corte
óptico (17); vista geral na região do apocolpo MEV (18); vista equatorial: corte óptico
e abertura (19); abertura e superfície MEV (20). .............................................................
56
FIGURA 9 - Fotomicrografias e eletromicrografias do pólen de espécies de Baccharis
L. 21-23. B. wagenitzii - vista polar: corte óptico (21); vista geral na região do
apocolpo MEV (22); vista equatorial: corte óptico e abertura (23). 24-27. B. aliena vista polar: corte óptico (24); vista geral na região do apocolpo MEV (25); vista
equatorial: corte óptico e abertura (26); abertura e superfície MEV (27). 28-32. H.
psiadoides - vista polar: corte óptico (28); vista geral na região do apocolpo MEV
(29); vista equatorial: abertura (30); abertura MEV (31); superfície MEV (32). 33-36.
B. rupestris - vista polar: corte óptico (33); vista geral na região do apocolpo MEV
(34); vista equatorial: corte óptico e abertura (35). abertura e superfície (36). As setas
indicam a cávea. .............................................................................................................
57
FIGURA 10 - Baccharis inexspectata sp. nov., ined.. A): ramo feminino. B) folhas. C)
capítulo feminino. D) flor feminina. E) brácteas femininas. F) aquênio. G) capítulo
masculino. H) flor masculina (A-F, Deble & Oliveira-Deble 9.344 holotypus MBM.
G, H, Deble & Oliveira-Deble 9.345 paratypus MBM). .................................................
82
FIGURA 11 - Baccharis nassauvioides sp. nov., ined. A) ramo feminino. B) folhas. C)
capítulo feminino. D) flor feminina. E) brácteas femininas. F) aquênio. G) capítulos
masculinos. H) flores masculinos. I) brácteas masculinas (A-F, Camerish 57a
holotypus RB. G-I, Camerish 57b paratypus RB). ........................................................
88
FIGURA 12 – Baccharis crassipappa sp. nov., ined. A) ramo masculino. B) folhas. C)
capítulo feminino. D) flor feminina. E) brácteas femininas. F) aquênio. G) capítulo
masculino. H) flor masculina. I) ápice das ramas do stigma masculino (A, B, G-I,
Hatschbach & al. 77.699 paratypus MBM. C-F, Hatschbach & al. 77.696 holotypus
MBM) .............................................................................................................................
FIGURA 13 – Baccharis multipaniculata sp. nov., ined. A) ramo feminino. B) folhas.
C) capítulo feminino. D) flor feminina. E) brácteas femininas. F) aquênios. G)
172
10
capítulos masculinos. H) flor masculina. I) brácteas masculinas (A-F, Reitz & Klein
12.222
holotypus
HBR.
G-I,
Rambo
s.n.
paratypus
PACA).
225
...........................................................................................................................................
FIGURA 14 – Baccharis suberectifolia sp. nov., ined. A) planta feminina. B) folhas.
C) capítulo feminino. D) flor feminina. E) brácteas femininas. F) aquênio. G) capítulo
masculino. H) flor masculina. I) brácteas femininas (A-F, Hatschbach 51.875 &
Ginzbarg holotypus MBM. G-I, Hatschbach 51.876 & Ginzbarg paratypus MBM). ....
229
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................
18
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................................
20
2.1 Família Asteraceae Martinov....................................................................................
20
2.2 Tribo Astereae Cassini...............................................................................................
22
2.3 Subtribo Baccharinae Lessing..................................................................................
23
2.4 Gênero Baccharis Linnaeus .....................................................................................
24
2.5 Histórico da Classificação Infragenérica.................................................................. 28
3 MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................................
31
3.1 Revisão bibliográfica..................................................................................................
31
3.2 Revisão de herbários..................................................................................................
31
3.3 Análise do material examinado ................................................................................
31
3.4 Elaboração da lista de material examinado.............................................................
32
3.5 Ilustrações ..................................................................................................................
32
3.6 Excursões de coleta ...................................................................................................
32
3.7 Identificação das espécies .......................................................................................... 33
3.8 Classificação Infragenérica........................................................................................ 33
3.9 Dados palinológicos ..................................................................................................
33
3.10 Anatomia da madeira ..............................................................................................
35
3.11 Siglas e abreviaturas................................................................................................. 36
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................................
38
4.1 Caracterização de Baccharis L. ................................................................................
38
4.2 Descrição de Baccharis L...........................................................................................
59
4.3 Chave para seções das espécies brasileiras de Baccharis L. ..................................
61
4.4 Classificação Infragenérica das espécies brasileiras de Baccharis L.....................
65
4.4.1 Seção Agglomeratae Giuliano................................................................................
65
4.4.1.1 Baccharis platypoda DC. ......................................................................................
65
4.4.2 Seção Angustifoliae Baker......................................................................................
66
4.4.2.1 Baccharis arenaria Baker......................................................................................
68
4.4.2.2 Baccharis orbygniana Klatt...................................................................................
69
4.3.3 Seção Aristidentes G. L. Nesom.............................................................................
69
4.4.3.1 Baccharis hirta DC. ............................................................................................... 70
4.4.3.2 Baccharis maxima Baker........................................................................................
71
12
4.4.3.3 Baccharis prenanthoides Baker ............................................................................
72
4.4.4 Seção Axillaris (Giuliano) A. S. de Oliveira-Deble, comb. & stat. nov., ined. ..
72
4.4.4.1. Baccharis angusticeps Dusén ...............................................................................
73
4.4.4.2. Baccharis aracatubensis Malag. & Hatsch. ex G. M. Barroso ............................
74
4.4.4.3 Baccharis axillaris DC. .........................................................................................
75
4.4.4.4 Baccharis bahiensis Baker ....................................................................................
76
4.4.4.5 Baccharis concinna G. M. Barroso .......................................................................
76
4.4.4.6 Baccharis cultrata Baker ………………………………………………………
77
4.4.4.7 Baccharis hypericifolia Baker ...............................................................................
78
4.4.4.8 Baccharis incisa Hooker & Arnott ………………………………………………
79
4.4.4.9 Baccharis inexspectata sp. nov., ined. ..................................................................
81
4.4.4.10 Baccharis lateralis Baker ………………………………………………………
83
4.4.4.11 Baccharis lymannii G. M. Barroso ......................................................................
84
4.4.4.12 Baccharis minutiflora Martius ex Baker, Martius ............................................... 85
4.4.4.13 Baccharis nassauvioides sp. nov., ined. ………………………………………..
86
4.4.4.14 Baccharis pampeana An. S. de Oliveira, Deble & Marchiori ............................. 87
4.4.4.15 Baccharis parvidentata Malag. ………………………………………………...
89
4.4.4.16 Baccharis pauciflosculosa DC. ………………………………………………...
90
4.4.4.17 Baccharis perlata Sch.-Bip. ……………………………………………………
91
4.4.4.18 Baccharis polyphylla Gardner ………………………………………….............
91
4.4.4.19 Baccharis pseudovaccinioides Malag. …………………………………………
92
4.4.4.20 Baccharis selloi Baker …………………………………………………............. 92
4.4.4.21 Baccharis serrula Sch.-Bip. ex Baker ………………………………….............
94
4.4.4.22 Baccharis truncata Gardner ……………………………………………………
94
4.4.4.23 Baccharis vauthierii DC. ……………………………………………………….
95
4.4.4.24 Baccharis xyphophylla Baker ………………………………………………….
96
4.4.5 Seção Baccharidastrum (Cabr.) Nesom ………………………………………...
96
4.4.5.1 Baccharis breviseta DC. …………………………………………………………
97
4.4.5.2 Baccharis glutinosa Pers. ………………………………………………………..
98
4.4.5.3 Baccharis medullosa DC. ………………………………………………………..
99
4.4.5.3 Baccharis vulneraria Baker ………………………………………………………. 100
4.4.6 Seção Baccharis…………………………………………………………………..
101
4.4.6.1 Baccharis megapotamica Spreng. ………………………………………………. 102
13
4.4.6.2 Baccharis notosergila Griseb. ……………………………………………........... 103
4.4.6.3 Baccharis spicata (Lam.) Baill. ............................................................................. 103
4.4.6.4 Baccharis weirii Baker .......................................................................................... 105
4.4.7 Seção Canescentes Giuliano ................................................................................... 106
4.4.7.1 Baccharis gibertii Baker ........................................................................................ 107
4.4.7.2 Baccharis gnaphalioides Spreng. .......................................................................... 107
4.4.7.3 Baccharis helichrysoides DC. ............................................................................... 108
4.4.7.4 Baccharis leucocephala Dusén ............................................................................. 109
4.4.7.5 Baccharis leucopappa DC. .................................................................................... 110
4.4.7.6 Baccharis patens Baker ......................................................................................... 111
4.4.7.7 Baccharis phylicifolia DC. .................................................................................... 113
4.4.7.8 Baccharis psammophila Malme ............................................................................ 113
4.4.8 Seção Caulopterae DC. .......................................................................................... 114
4.4.8.1 Baccharis articulata (Lam.) Pers. ......................................................................... 115
4.4.8.2. Baccharis crispa Spreng. ..................................................................................... 116
4.4.8.3 Baccharis cylindrica (Less.) DC. .......................................................................... 117
4.4.8.4 Baccharis gaudichaudiana DC. ............................................................................ 118
4.4.8.5 Baccharis glaziovii Baker ..................................................................................... 118
4.4.8.6 Baccharis heeringeana Malag. …………………………………………………. 119
4.4.8.7 Baccharis jocheniana G. Heiden & L. Macias…………………………………... 119
4.4.8.8 Baccharis microcephala (Less.) DC. .................................................................... 120
4.4.8.9 Baccharis milleflora (Less.) DC. ……………………………………………….. 121
4.4.8.10 Baccharis myriocephala DC. ………………………………………….............. 122
4.4.8.11 Baccharis opuntioides Mart. ex Baker ………………………………………… 123
4.4.8.12 Baccharis palustris Heering ……………………………………………............ 123
4.4.8.13 Baccharis penningtoni Heering ………………………………………………... 124
4.4.8.14 Baccharis phyteumoides (Less.) DC. ………………………………………….. 124
4.4.8.15 Baccharis pseudovillosa Malag. & J. E. Vidal ................................................... 125
4.4.8.16 Baccharis ramboi G. Heiden & L. Macias .........................................................
126
4.4.8.17 Baccharis regnellii Sch.-Bip. ex Baker ............................................................... 126
4.4.8.18 Baccharis riograndensis Malag. & J. E. Vidal ................................................... 127
4.4.8.19 Baccharis sagittalis (Less.) DC. ………………………………………………. 128
4.4.8.20 Baccharis stenocephala Baker ………………………………………………… 129
14
4.4.8.21 Baccharis trimera (Less.) DC. ………………………………………………… 130
4.4.8.22 Baccharis usterii Heering ……………………………………………………… 131
4.4.8.23 Baccharis vincifolia Baker …………………………………………………….. 131
4.4.9 Seção Curytibenses Giuliano ……………………………………………………. 132
4.4.9.1 Baccharis curitybensis Heering ex Malme ……………………………………… 133
4.4.10 Seção Cylindricae Heering ................................................................................... 133
4.4.10.1 Baccharis brevifolia DC. ………………………………………………............
134
4.4.10.2 Baccharis camporum DC. ……………………………………………………... 136
4.4.10.3 Baccharis cognata DC. ………………………………………………………... 137
4.4.10.4 Baccharis humilis Sch.-Bip. ex Baker …………………………………............ 139
4.4.10.5 Baccharis leptocephala DC. …………………………………………………… 139
4.4.10.6 Baccharis leptophylla DC. …………………………………………………….. 141
4.4.10.7 Baccharis linearifolia (Lam.) Pers. ……………………………………………. 142
4.4.10.8 Baccharis longii Govaerts ……………………………………………………... 143
4.4.10.9 Baccharis maritima Baker …………………………………………………….. 143
4.4.10.10 Baccharis microdonta DC. ...............................................................................
144
4.4.10.11 Baccharis multifolia An. S. de Oliveira, Deble & Marchiori ........................... 145
4.4.10.12 Baccharis pentodonta Malme ............................................................................ 146
4.4.10.13 Baccharis petraea Heering …………………………………………………… 147
4.4.10.14 Baccharis rufescens Sprengel ............................................................................ 148
4.4.10.15 Baccharis sessiliflora Vahl …………………………………………………… 149
4.4.10.16 Baccharis subdentata DC. ................................................................................. 150
4.4.11 Seção Dubiae A. S. de Oliveira & L. P. Deble, sect. nov., ined. ........................ 151
4.4.11.1 Baccharis dubia L. P. Deble & A. S. de Oliveira ............................................... 152
4.4.11.2 Baccharis macrophylla Dusén ............................................................................ 153
4.4.12 Seção Ferruginescentes, A. S. de Oliveira-Deble sect. nov., ined. .................... 153
4.4.12.1 Baccharis lychnophora Gardner .......................................................................... 154
4.4.12.2 Baccharis tarchonanthoides DC. ........................................................................ 154
4.4.13 Seção Heterothalamulopsis (Deble, A. S. Oliveira & Marchiori) A. S. de
Oliveira-Deble, comb. & stat. nov., ined. ....................................................................... 155
4.4.13.1 Baccharis wagenitzii (F. Hellw.) Müller .........................................................
156
4.4.14 Seção Heterothalamus (Less.) A. S. de Oliveira-Deble, comb. &. stat. nov.,
ined. ................................................................................................................................... 158
15
4.4.14.1 Baccharis aliena (Spreng.) Müller ..................................................................
159
4.4.14.2 Baccharis hyemalis Deble ................................................................................... 160
4.4.14.3 Baccharis psiadioides (Less.) Müller ………………………………………..
161
4.4.15 Seção Molinae (Ruiz & Pav.) Cuatrecasas ......................................................... 163
4.4.15.1 Baccharis conyzoides (Less.) DC. ....................................................................... 164
4.4.15.2 Baccharis oxyodonta DC. .................................................................................... 165
4.4.15.3 Baccharis punctulata DC. ................................................................................... 167
4.4.15.4 Baccharis serrulata (Lam.) Pers. ........................................................................ 168
4.4.15.5 Baccharis stylosa Gardner ................................................................................... 169
4.4.16 Seção Myriciifolae A. S. de Oliveira, comb. & stat. nov., ined. ........................ 169
4.4.16.1 Baccharis crassipappa sp. nov., ined. …………………………………............. 170
4.4.16.2 Baccharis myriciifolia DC. ................................................................................. 171
4.4.17 Seção Nitidae Cuatrecasas ................................................................................... 173
4.4.17.1 Série Lanuginosae Giuliano............................................................................... 174
4.4.17.2.1 Baccharis calvescens DC. ................................................................................ 174
4.4.17.2.2 Baccharis elaeagnoides Steud. ex Baker ……………………………………. 176
4.4.17.2.3 Baccharis semisserata DC. .............................................................................. 177
4.4.17.2 Série Nitidae (Cuatrecasas) Giuliano ............................................................... 178
4.4.17.2.1 Baccharis dentata (Vell.) G. M. Barroso ......................................................... 179
4.4.17.2.2 Baccharis longiattenuata An. S. de Oliveira .................................................... 180
4.4.17.2.3 Baccharis malmei Müller ..............................................................................
182
4.4.17.2.4 Baccharis rivularis Gardner………………………………………………….. 183
4.4.17.2.5 Baccharis singularis (Vell.) G. M. Barroso ..................................................... 184
4.4.17.2.6 Baccharis urvilleana Baker .............................................................................. 185
4.4.18 Seção Oblongifoliae DC. ...................................................................................... 186
4.4.18.1 Baccharis coronata Giuliano .............................................................................. 187
4.4.18.2 Baccharis grandimucronata Malag. .................................................................... 188
4.4.18.3 Baccharis ligustrina DC. ..................................................................................... 189
4.4.18.4 Baccharis nebulae Malag. & Hatsch. ex An. S. de Oliveira ............................... 189
4.4.18.5 Baccharis oblongifolia (Ruiz & Pavón) Pers. ..................................................... 190
4.4.18.6 Baccharis rufidula Sch.-Bip. ex Baker ................................................................ 193
4.4.18.7 Baccharis venulosa DC. ...................................................................................... 194
4.4.18.8 Baccharis vernonioides DC. ………………….................................................... 194
16
4.4.18.9 Baccharis vismioides DC. ................................................................................... 195
4.4.19 Seção Organensis A. S. de Oliveira-Deble, sec. nov., ined. ............................... 195
4.4.19.1 Baccharis organensis Baker ................................................................................ 196
4.4.19.2 Baccharis paranaensis Heering & Dusén ........................................................... 197
4.4.20 Seção Racemosae Ariza......................................................................................... 197
4.4.20.1 Baccharis caprariifolia DC. ................................................................................ 198
4.4.20.2 Baccharis dracunculifolia DC. ............................................................................ 199
4.4.20.3 Baccharis erioclada DC. ..................................................................................... 201
4.4.20.4 Baccharis nummularia Heering ex Malme ......................................................... 203
4.4.20.5 Baccharis uleana Malag. ..................................................................................... 204
4.4.20.6 Baccharis uncinella DC. ..................................................................................... 205
4.4.21 Seção Retusae A. S. de Oliveira-Deble, sec. nov., ined. ..................................... 206
4.4.21.1 Baccharis halimimorpha DC. .............................................................................. 207
4.4.21.2 Baccharis intermixta Gardner ............................................................................. 207
4.4.21.3. Baccharis itatiaie Wawra ................................................................................... 208
4.4.21.4 Baccharis oreophila Malme ................................................................................ 209
4.4.21.5 Baccharis pentziifolia Sch.-Bip. ex Baker …………………………………….. 210
4.4.21.6 Baccharis pseudomyriocephala Malag. .............................................................. 211
4.4.21.7. Baccharis ramosissima Gardner ………………………………………............. 211
4.4.21.8 Baccharis reticularia DC. ……………………………………………………... 212
4.4.21.9 Baccharis retusa DC. ………………………………………………………….. 213
4.4.21.10 Baccharis salzmanii DC. ……………………………………………………... 214
4.4.21.11 Baccharis schultzii Baker …………………………………………………….. 215
4.4.21.12 Baccharis trilobata An. S. de Oliveira & Marchiori ......................................... 215
4.4.22 Seção Scandentes Cuatrecasas ............................................................................ 216
4.4.22.1 Baccharis anomala DC. ...................................................................................... 217
4.4.23 Seção Tarchonanthoides (Heering) Cuatrecasas ............................................... 219
4.4.23.1 Baccharis albolanosa An. S. de Oliveira & L. P. Deble ..................................... 220
4.4.23.2 Baccharis coridifolia DC. ................................................................................... 221
4.4.23.3. Baccharis erigeroides DC. ................................................................................. 222
4.4.23.4. Baccharis multipaniculata sp. nov., ined. .......................................................... 223
4.4.23.5 Baccharis ochracea Spreng. ................................................................................ 226
4.4.23.6. Baccharis suberectifola sp. nov., ined. ............................................................... 227
17
4.4.24 Seção Tridentatae Giuliano ................................................................................. 230
4.4.24.1 Baccharis deltoidea Baker .................................................................................. 230
4.4.24.2 Baccharis illinita DC. .......................................................................................... 231
4.4.24.3 Baccharis illinitoides Malag. …………………………………………………... 232
4.4.24.4 Baccharis mesoneura DC. ..................................................................................
232
4.4.24.5 Baccharis subopposita DC. ................................................................................. 233
4.4.24.6 Baccharis tridentata Vahl ................................................................................... 234
4.4.25 Seção Trinervatae DC. ......................................................................................... 235
4.4.25.1 Baccharis quitensis H. B. & K. ………………………………………………..
235
4.4.25.2 Baccharis rhexioides Kunth ................................................................................ 236
4.4.25.3 Baccharis trinervis Pers. ..................................................................................... 237
4.5 Espécies não inseridas em seções ............................................................................. 238
4.5.1 Baccharis aphylla (Vell.) DC. .................................................................................. 238
4.5.2 Baccharis ciliata Gardner ......................................................................................... 239
4.5.3 Baccharis deblei An. S. de Oliveira & Marchiori .................................................... 239
4.5.4 Baccharis elliptica Gardner ...................................................................................... 241
4.5.5 Baccharis genistifolia DC. ....................................................................................... 241
4.5.6 Baccharis pohlii (Baker) Deble & An. S. de Oliveira .............................................. 242
4.5.7. Baccharis trineura Soria e Zardini .......................................................................... 242
4.6 Espécies não examinadas .......................................................................................... 243
5. CONCLUSÕES ............................................................................................................ 245
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 250
18
1
INTRODUÇÃO
“Um homem que ousa desperdiçar uma hora ainda não
descobriu o valor da vida."
(Charles Darwin)
Reconhecido em sentido amplo, o gênero Baccharis L. (Asteraceae-Astereae) é
neotropical e compreende entre 400-500 espécies de ervas perenes, subarbustos, arbustos e
pequenas
árvores
essencialmente
dióicas,
raramente
monóicas,
polígamo-dióicas,
imperfeitamente dióicas ou trióicas. Na única publicação (BARROSO, 1976) sobre as
espécies do gênero ocorrentes no Brasil, vinda a lume aproximadamente há três décadas,
foram reconhecidos 125 táxones; nos países vizinhos, este número é menor, salientando-se a
Argentina (99 spp.), Bolívia (59 spp.) e Colômbia (37 spp.), conforme Giuliano (2000),
Müller (2006) e Cuatrecasas (1967), respectivamente.
Composta, classicamente, de quatro gêneros americanos (Archibaccharis Heering,
Baccharidastrum Cabrera, Baccharis L., Heterothalamus Less.), a subtribo Baccharinae Less.
(tribo Astereae) foi posteriormente redefinida para incluir sete gêneros da África
(Commidendron DC., Melanodendron DC., Microglossa DC., Psiadia Jacq., Psiadiella
Humbert, Sarcanthemum Cass., Vernoniopsis Humbert) e um do sudeste da Ásia
(Heteroplexis C. C. Chang.). Recentemente, todos os gêneros oligotípicos americanos de
Baccharinae foram incluídos em Baccharis (MÜLLER, 2006), ficando as Baccharinae
reduzidas a apenas dois gêneros nas américas: Archibaccharis e Baccharis. Estas novas
circuncrições, a nível genérico, são, todavia, motivo de divergência entre os botânicos que se
ocupam do grupo.
A delimitação das espécies de Baccharis resulta confusa devido ao polimorfismo, à
grande quantidade de binômios descritos com superficialidade e, sobretudo, ao caráter dióico
da maioria das espécies (GIULIANO, 2004), que implica em diferenças entre indivíduos
masculinos e femininos. Apesar da dioicia ser tradicionalmente considerada como de valor
diagnóstico para Baccharis, existe uma considerável variação do caráter nesse gênero, bem
como nos demais táxons da subtribo Baccharinae.
Distribuídas desde o sul dos Estados Unidos até a Terra do Fogo, as espécies de
Baccharis habitam condições ecológicas extremamente distintas, desde lugares úmidos até
sítios muito áridos, e desde o nível do mar até grandes altitudes. Estima-se que 90% do gênero
têm como centro de dispersão a América do Sul e que muitas das espécies estão restritas a
determinados países; outras, ao contrário, apresentam ampla distribuição nas Américas. Em
19
conseqüência, alguns táxons estão bem coletados, ao passo que outros se encontram
escassamente representados em herbário. No Brasil, o maior centro de dispersão situa-se no
sul do país. Os principais centros de diversidade coincidem com áreas montanhosas na Serra
Geral (PR, RS, SC), Serra da Mantiqueira (ES, MG, RJ, SP), Serra da Canastra (MG, GO) e
Serra do Espinhaço (MG, BA).
As espécies de Baccharis têm notável valor sócio-econômico; os trabalhos de
fitoquímica e fitoecologia, todavia, ainda são relativamente escassos, face ao número de
táxones integrantes do gênero. Espécies de Baccharis são usadas por sua ação
antiinflamatória, antimicrobiana, citotóxica e alelopática, além do reconhecido valor na
apicultura, paisagismo e extração de óleos essenciais (VERDI et al., 2005).
As espécies subarbustivas e arbustivas são popularmente conhecidas como
“vassouras”, “vassourinhas”, “alecrim-do-campo” ou “vassoura-alecrim”, ao passo que as de
caule alado são chamadas de “carquejas”, “carqueja-branca” ou “carquejinhas”. Algumas
espécies, por vezes, chegam a predominar na fisionomia dos campos do Brasil, formando,
juntamente com outras espécies, principalmente de Asteraceae, os chamados “vassourais”.
Grande número de espécies são exclusivas do território nacional, ocorrendo nos mais variados
ambientes: cerrados, campos de altitude (acima de 1.000 m.s.m.), turfeiras, afloramentos
rochosos, matas nebulares e restingas litorâneas. As espécies mais comuns, encontram-se em
ambientes antropizados, solos degradados, beira de estradas, banhados, campos sujos, borda
de capões e florestas secundárias.
Apesar da importância ecológica das espécies de Baccharis na vegetação, ainda não se
sabe, exatamente, o número de táxones componentes. Em alguns países, como Uruguai, Peru,
Venezuela, Equador, Guiana e Suriname, não existem informações quanto ao número de
espécies do gênero em questão.
Nas últimas décadas, foram realizados estudos quanto à classificação infragenérica,
morfologia, anatomia, palinologia e fitoquímica em alguns grupos de Baccharinae. Levandose em consideração este avanço, os trabalhos com as espécies brasileiras estão em
descompasso com as mudanças taxonômicas ocorridas no gênero.
O presente trabalho visa à classificação infragenérica das espécies brasileiras de
Baccharis L. Para tanto, são fornecidas descrições das seções e chave dicotômica para
diferenciação das mesmas; referências bibligráficas, iconografia, distribuição geográfica,
dados de hábitat, etimologia, comentários e observações das espécies incluídas nas seções;
descrição e ilustração das espécies novas; além de dados palinológicos e anatomia da madeira
de algumas espécies.
20
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Antes de uma revisão bibliográfica sobre o gênero Baccharis L. e suas classificações
infragenéricas, convém realizar, neste capítulo, ao menos um breve apanhado sobre a família
Asteraceae Martinov, tribo Astereae Cassini e subtribo Baccharinae Less.
2.1 Família Asteraceae Martinov
Cosmopolita, e reunindo aproximadamente 8-10% das Angiospermas, as Asteraceae (=
Compositae) compreendem mais de 1.700 gêneros e entre 23.000 e 30.000 espécies
(KATINAS et al., 2007), divididas em três subfamílias (Cichorioideae, Asteroideae,
Barnadesioideae) e 17 tribos, que se distribuem pelas regiões tropicais, subtropicais e
temperadas do mundo, com exceção da Antártida. Na região Neotropical, a família está
representada por uns 580 gêneros e 8.040 espécies (PRUSKI, SANCHO, 2004), das quais,
cerca de 180 gêneros e mais de 3.000 espécies são nativas no Brasil (HIND, 1993).
Compostas em sua maioria por ervas, subarbustos e arbustos, menos freqüentemente
lianas e árvores, as Asteraceae são facilmente reconhecidas pelos capítulos, nos quais as flores
são sésseis e estão dispostas sobre um receptáculo comum; as folhas, geralmente alternas ou
opostas, raro verticiladas, são geralmente simples, compostas em poucos gêneros, de margens
inteiras ou serradas, freqüentemente dissectas, concolores ou discolores, sésseis ou
pecioladas, por vezes expandidas em bainha ou aurícula na base, e raramente providas de
espinhos axilares.
Única família das Asterales, até recentemente, os estudos moleculares (APG II, 2003)
mostraram que a ordem reúne aproximadamente 30 famílias, além de Calyceraceae, todas elas
compartilhando de cálice modificado e persistente, do mesmo tipo de nervação na corola, de
ovário bicarpelar com apenas um óvulo, de pólen com depressão intercolpar e de fruto tipo
cipsela (APG II, 2003; BARKLEY et al., 2006). O posicionamento que sustenta tais famílias
na ordem inclui sinapomorfias, tais como: botões florais com deiscência valvar, parênquima
paratraqueal, presença de ácido elágico e outras substâncias, como oligo e polifrutanos, além
de mecanismo especializado de apresentação do grão de pólen. No conjunto das famílias, as
Asteraceae emergem, juntamente com Menyanthaceae, Goodeniaceae e Calyceraceae, pelas
perfurações simples em elementos de vaso, pela presença de ácido caféico e pela corola
conata, em tubo com fusão marginal (APG II, 2003).
As grandes modificações taxonômicas em Asteraceae surgiram após os trabalhos de
Bremmer (1994), e devem-se ao The Angiosperm Phylogeny Group (APG I, 1998; e APG II
21
2003), no APG II, os estudos filogenéticos sugerem a divisão da família em 10 subfamílias,
além do “grupo” informal Stifftia, com base em dados moleculares e morfológicos. As
Barnadesioideae emergiram como grupo irmão das outras Asteraceae e das Mutisioideae,
juntamente com o “grupo Stifftia” e mais oito subfamílias, compondo um grupo monofilético
sustentado por sinapomorfias, como ramos longos e pilosos no estilete e inversão do DNA do
cloroplasto.
Pruski, Sancho (2004) propuseram a divisão das Asteraceae em 5 subfamílias
(Barnadesioideae, Mutisioideae, Caduioideae, Cichorioideae, Asteroideae) e 19 tribos, 15 das
quais estão representadas na América Tropical (Anthemideae, Astereae, Barnadesieae,
Cardueae, Eupatorieae, Gnaphalieae, Helenieae, Heliantheae, Lactuceae, Liabeae, Mutisieae,
Plucheeae, Senecioneae, Tageteae e Vernonieae).
Ao lado de Orchidaceae, as Asteraceae representam o ápice da evolução floral nas
Angiospermas (RAVEN et al., 1992). Na Argentina, os registros mais antigos de pólen das
Asteraceae correspondem a gêneros afins à tribo Mutisieae, do período Oligoceno TardioMioceno (BARREDA, 1993). Como na Patagônia verifica-se uma ampla distribuição da
família (KATINAS et al., 2007), surgiram hipóteses considerando a região como provável
lugar de origem das Asteraceae (STUESSY et al., 1996).
Segundo Turner (1977), o número de gêneros monotípicos e oligotípicos confinados em
centros muito distantes, juntamente com a grande variedade de formas dos primeiros registros
fósseis, corroboram para uma origem mais antiga da família. O autor considera a América do
Sul, ao norte dos Andes, região correspondente à parte ocidental do paleo-continente de
Gondwana, como provável local de origem das Asteraceae.
Recentemente, o descobrimento no sul da África de tipos polínicos relacionados a
Mutisieae, datados do Paleoceno Superior-Eoceno, parece indicar uma possível origem
africana para as Asteraceae (ZAVADA, DE VILLIERS, 2005; SCOTT et al., 2006). Funk et
al. (2005), por sua vez, consideram que a origem da família teve lugar na região austral da
América do Sul com um posterior desaparecimento na África.
A escassez de trabalhos filogenéticos na família, em níveis hierárquicos superiores
(subfamílias, tribos e subtribos), somada à alteração de conceitos tradicionais de grandes
gêneros (Aster, Eupatorium, Senecio e Vernonia) e à criação ou reabilitação de inúmeros
outros
(Cyrtocymura,
Hololepsis,
Lepidaploa,
Lessingianthus,
Stenocephalum,
Vernonanthura etc...), traduzem a atual instabilidade taxonômica das Asteraceae. No Brasil, o
estudo de Barroso et al. (1991) ainda persiste como uma das poucas referências para o país,
apesar de não acompanhar as mudanças propostas nas últimas décadas (ROQUE, 2006).
22
Entre os caracteres ecológicos que distinguem as Asteraceae das demais famílias, citamse os pseudantos, o mecanismo especializado de apresentação do pólen, e a diversidade de
armas químicas, presentes em todos os membros da família (CRONQUIST, 1981).
Cronquist (1981) e Bremmer (1994) sugerem que o grande sucesso das Asteraceae
deve-se à associação de compostos químicos e morfologia especializada, pois esta última
(flores reunidas em capítulos e mecanismo secundário de apresentação do pólen) pode ser
encontrada em outras famílias que, todavia, não apresentam a grande diversidade das
Asteraceae.
2.2. Tribo Astereae Cassini
Cassini, J. Phys. Chim. Hist. Nat. Arts 88, p. 195, 1819.
Extratropical, a tribo Astereae compreende aproximadamente 3.020 espécies, 14
subtribos e 189 gêneros. Com cerca de 20 gêneros no Brasil, a tribo encontra-se melhor
representada no sul do país (BARROSO, 1991).
As Astereae compreendem ervas anuais ou perenes, subarbustos, arbustos ou, mais
raramente, lianas e árvores pequenas (Baccharis). Apresentam folhas de limbo inteiro ou
dividido (Egletes viscosa Lessing e Sommerfeltia spinulosa Lessing), alternas ou opostas
(Pteronia), de margens inteiras ou serradas, concolores ou discolores, glabras ou com
tricomas, sésseis ou pecioladas (CABRERA, 1974, 1978; BARROSO et al., 1991; NESOM,
1994).
As características que distinguem as Astereae das demais tribos incluem, entre outras:
capítulos isolados no ápice dos ramos, compondo inflorescências corimbosas ou ordenadas
em panículas, dispostas unilateralmente em ramos longos e encurvados; invólucros
cilíndricos, hemisféricos, globosos ou campanulados, com brácteas involucrais imbricadas em
duas ou mais séries; receptáculo plano, cônico ou convexo, provido ou não de páleas,
tricomas e alvéolos; flores hermafroditas, femininas, masculinas ou neutras; as hermafroditas,
com corola tubulosa de ápice dilatado ou não; as femininas, com corola filiforme de ápice
truncado, denteado ou laciniado, em uma ou muitas séries, ou então ligulada, geralmente
radial, carnosa ou não; as masculinas, de corola tubulosa, dilatada ou não no ápice, em várias
séries ou reduzidas a 1 – 6 flores no centro do capítulo; androceu com anteras de base obtusa,
raramente caudada; estigma com ramos de ápice lanceolado ou deltado, provido de tricomas
coletores no dorso e papilas estigmáticas dispostas em séries, nas margens; aquênios
relativamente pequenos, comprimidos e de bordo espessado, liso-costados, estriados ou
23
cilíndricos, com 2 – 5 costas, raro multi-costados, ou então angulosos, de paredes duras; e
pappus geralmente simples, raro duplo, com cerdas finas geralmente persistentes, iguais ou
desiguais.
Nas Astereae, a maioria das espécies é monóica. Espécies dióicas ou polígamo-dióicas
ocorrem na subtribo Baccharinae, raramente em outras subtribos, citando-se Hinterhuberinae
Cuatrec. (Aztecaster Nesom).
Bentham (1873), um dos primeiros a tratar de divisões na tribo Astereae, reconheceu
sete grupos morfo-geográficos, designados com base no gênero característico: Aster,
Erigeron, Bellis, Grangea, Solidago, Conyza e Baccharis. O autor delimitou formalmente seis
subtribos dentro da tribo, dividindo-as em dois grandes grupos: Erigeron e Bellis.
Nesom (1994) descreveu sete subtribos novas (Brachycominae, Chrysopsidinae,
Feliciinae,
Lageniferinae,
Machaerantherinae,
Podocominae
e
Symphyotrichinae),
reconhecendo um total de 14 subtribos em Astereae.
2.3 Subtribo Baccharinae Less.
Lessing, Linnaea 5: 145. 1830;
Heterothalaminae Endlicher, Gen. PL. 5: 372. 1837;
Baccharidinae Hoffmann, in Engler, Nat. Pflanzef. 4 (5): 170. 1894.
As Baccharinae compreendem ervas, lianas, subarbustos, arbustos e árvores de folhas
alternas, raro opostas, geralmente pontuado-glandulares e de margens inteiras ou serradas,
sésseis ou pecioladas, concolores ou discolores, glabras ou com tricomas, de limbo
desenvolvido ou reduzido a escamas inconspícuas (NESOM, 1994).
Em sua concepção tradicional, a subtribo Baccharinae compreendia quatro gêneros
americanos:
Archibaccharis
Heering,
Baccharidastrum
Cabrera,
Baccharis
L.
e
Heterothalamus Less. Redefinida por Nesom (1993, 1994), passou a incluir outros sete
gêneros da África (Commidendron DC., Melanodendron DC., Microglossa DC., Psiadia
Jacq., Psiadiella Humbert, Sarcanthmum Cass., Vernoniopsis Humbert) e um do sudeste da
Ásia (Heteroplexis C. C. Chang.) (GIULIANO, 2001).
Hellwig (1993) agregou um gênero novo à subtribo – Neomolina –, e reabilitou o
gênero Pingraea Cass., realizando uma emenda na descrição do mesmo.
Nesom
(1994)
considerou
apenas
três
gêneros
para
a
América do Sul – Archibaccharis Heering, Baccharis L. e Heterothalamus Less.,
24
subordinando os demais (Baccharidastrum Cabrera, Baccharidiopsis Barroso, Neomolina
Hellwig e Pingraea Cass. emend. Hellwig) ao gênero Baccharis L.
Hellwig (1996) voltou a questionar a monofilia de Baccharis, propondo a sua
segregação em seis gêneros distintos: Baccharis L., Neomolina Hellwig, Pingraea Cass.
emend. Hellwig, Stephananthus Lehm., Heterothalamus Less. e Pseudobaccharis Cabrera.
Giuliano (2000, 2001) preferiu manter apenas Baccharidastrum Cabrera como
independente; o autor, todavia, não menciona Baccharidiopsis Barroso, na lista de sinonímias
do gênero Baccharis.
Deble et al. (2004b) descreveram o gênero Heterothalamulopsis para abrigar uma
espécie (Heterothalamus wagenitzii F. Hellwig) com características intermediárias entre
Baccharis L. e Heterothalamus Lessing, recomendando uma avaliação mais ampla sobre o
seu posicionamento dentro da subtribo Baccharinae Less.
Em recente monografia sobre o gênero Baccharis L. na Bolívia e espécies
relacionadas, Müller (2006) reuniu os gêneros Heterothalamus, Heterothalamulopsis e
Baccharidastrum, reconhecidos por diversos autores como independentes, ao gênero
Baccharis L., com base na estrutura da parede do aquênio, na forma das corolas e no ápice
dos estigmas, mantendo apenas Archibaccharis como independente.
2.4 Gênero Baccharis Linnaeus
O nome Baccharis foi primeiramente utilizado por Linné (1754), para classificar seis
espécies, das quais apenas uma (B. halimifolia) possui as características atualmente
reconhecidas para o táxon.
Ruiz, Pavon (1794) descreveram o gênero Molina (non Molina Cav., 1790
[Malpighiaceae] nec Molina Gay [Euphorbiaceae]), que
foi reduzido a Baccharis, por
Persoon (1807) e, posteriormente, reabilitado por Lessing (1831), tendo por base a morfologia
do pappus das flores femininas, unisseriado em Molina e bisseriado em Baccharis tratou os
gêneros como independentes.
Em sua Flora Fluminensis, Velloso (1831) ilustrou várias espécies da família
Asteraceae, algumas das quais podem ser reconhecidas como pertencentes à Baccharis L.,
apesar de incluídas pelo autor em outros gêneros. Com base nesta obra, A. P. de Candolle
(1836), Baker (1882), Barroso (1976) e Müller (2006) fizeram combinações e
lectotipificações para o gênero.
25
Em estudo da subtribo Baccharinae (s. nom. divisão 4. Baccharideae), A. P. de Candolle
(1836) relacionou e descreveu 225 espécies de Baccharis, 95 das quais, pertencentes à flora
do Brasil. O autor considerou os gêneros Polypappus Less. e Baccharis L., dividindo
Baccharis em 8 seções – Trinervatae, Cuneifoliae, Discolores, Oblongifoliae, Caulopterae,
Sergilae, Distichae e Lepydophyllae-, com base principalmente em características vegetativas;
mesmo assim, as 5 primeiras dessas seções são atualmente consideradas válidas, pela maioria
dos autores (NESOM, 1990, GIULIANO, 2001), Sergilae figura na sinonímia da seção
Baccharis L. e apenas as duas últimas (Distichae e Lepydophyllae) compreendem espécies
atualmente subordinadas a outros gêneros.
Em estudo de materiais da subtribo Baccharinae (s. nom. Baccharidieae) do Chile,
Argentina, Uruguai e sul do Brasil, Hooker, Arnott (1841) relacionaram 59 espécies, 22 das
quais sendo descritas como novas.
Com base em material coletado na Serra dos Órgãos, Gardner (1845) descreveu 7
binômios para o Rio de Janeiro. Posteriormente, o autor (1848) descreveu outras 17 espécies
para os estados de Minas Gerais, Goiás e Pernambuco.
Em seu estudo sobre a distribuição geográfica das Compositae, Bentham (1873) dividiu
as Américas em seis regiões (Mexicana, Estados Unidos, Antilhas, Andina, Chilena e
Brasiliana), salientando, para esta última, a existência de número relativamente grande de
espécies de Baccharis.
Para a Flora Brasiliensis, Baker (1882) considerou 133 espécies, 43 das quais eram
novas. O autor dividiu o gênero em seis seções, quatro delas reconhecidas anteriormente por
A. P. de Candolle (1836), e duas (Aphyllae e Angustifoliae) consistiam em novas
proposições.
Gray (1886) dividiu o gênero Baccharis em 4 grupos artificiais, com base no número de
costas dos aquênios e de cerdas do pappus das flores femininas.
Hoffmann (1894) dividiu o gênero em 7 seções, seis das quais baseadas no proposto por
A. P. de Candolle (1836) e Baker (1882), apresentando, como novidade, a seção Imbricatae.
Fruto da primeira expedição Regnelliana, Malme (1899) estudou material coletado nos
estados do Rio Grande do Sul e Mato Grosso, relacionando 20 espécies de Baccharis.
Em estudo dos caracteres morfológicos e anatômicos de Baccharis, Heering (1900)
comparou as seções propostas por Candolle (1836), Baker (1882) e Hoffmann (1894).
Posteriormente, o mesmo autor (1904) descreveu novas espécies, dividiu o gênero em cinco
subgêneros e oito seções, com base na forma dos capítulos e número de flores.
26
Dusén (1910) descreveu cinco espécies novas de Baccharis para o estado do Paraná,
incluindo diagnoses e ilustrações de hábito.
Heering (1911) reconheceu 23 espécies de Baccharis para o estado de São Paulo. Em
1915, o mesmo autor trabalhou com algumas espécies da Argentina, Paraguai, Bolívia,
Uruguai e sul do Brasil.
Após a segunda expedição Regneliana, Malme (1931, 1933) reconheceu 31 espécies de
Baccharis, sendo 26 do Rio Grande do Sul e 6 do Mato Grosso. Em estudo das Compostas do
estado do Paraná, o mesmo autor registrou a ocorrência de 60 espécies, 7 das quais sendo
novas para ciência.
Cabrera (1937), descreveu o gênero Baccharidastrum para incluir duas espécies
atribuídas, por Lessing (1831), ao gênero Conyza Less. (C. triplinervia Lessing e C. arguta
Lessing), posteriormente incluídas no gênero Baccharis, por diversos autores (A. P. DE
CANDOLLE, 1836; BAKER, 1882; MALAGARRIGA-HERAS, 1958). Segundo Cabrera,
estas espécies diferenciam-se das demais Baccharis por serem monóicas, apresentando várias
séries de flores femininas nas margens do capítulo e flores masculinas centrais.
Cabrera (1944) criou o gênero Pseudobaccharis para abrigar 5 espécies com
receptáculo feminino paleáceo, incluídas, na descrição original, nos gêneros Heterothalamus
Less. (H. spartioides Hooker & Arnott, 1838; H. tenella Hooker & Arnott, 1841; H.
boliviensis Weddel, 1856; H. acaulis Weddell, 1865) e Baccharis L. (B. rematoides Philippi,
1870).
Malagarriga-Heras (1949a) revisou as espécies de Baccharis da coleção de Glaziou, do
Musèum National d’Histoire Naturelle de Paris, propondo nomes e sinônimos novos. Em
trabalhos posteriores (1949b, 1952, 1958a, b, c), o autor descreveu várias espécies do gênero,
principalmente para o sul do Brasil, publicando, ainda, novas hibridações (não comprovadas),
na maioria dos casos, reconhecidas atualmente como variações morfológicas.
Em estudo do material original de Psila caespitosa Philippi, Cabrera (1955) constatou
que ele era idêntico a Heterothalamus acaulis Weddell, espécie que o próprio autor havia
subordinado ao gênero Pseudobaccharis Cabrera (1944). Com base nesses fatos, a identidade
do gênero Psila Philippi foi restabelecida, passando Pseudobaccharis a figurar em sua
sinonímia.
Cuatrecasas (1967) agrupou as espécies colombianas em 16 seções, oito das quais por
ele propostas: Scandens, Pinnatae, Nitidae, Serrulatae, Revolutae, Bogotenses, Tubulatae e
Gladiatae.
27
Em trabalhos sobre a flora argentina, Cabrera (1963, 1971, 1974, 1978 a, b) descreveu e
ilustrou várias espécies de Baccharis que são comuns à flora do Brasil.
Ariza Espinar (1973), em estudo sobre as espécies centro-argentinas, reconheceu 36
espécies, classificadas em 13 seções, uma das quais por ele proposta: Racemosae Ariza.
Malagarriga-Heras (1976), com base no exame de materiais depositados em herbários
de diversos países, relacionou todos os binômios publicados das Baccharinae.
Barroso (1976), em seu trabalho sobre as espécies brasileiras da subtribo Baccharinae
Lessing [sob. nom. Baccharidinae Hoffm.], relacionou 121 espécies de Baccharis, 2 de
Baccharidastrum, 2 de Heterothalamus e uma de Baccharidiopsis; a autora dividiu o primeiro
gênero em 27 grupos informais, reconheceu cinco novas espécies e reduziu outros 45
binômios à sinonímia.
Cuatrecasas (1982) considerou os gêneros Pseudobaccharis Cabrera e Psila Phil., como
pertencentes a seções infragenéricas de Baccharis L.
Nesom (1988a) reconheceu a existência de uma espécie monóica para o gênero
(Baccharis monoica). Posteriormente, o mesmo autor (1988b), reduziu Baccharidastrum a
nível de seção infragenérica, incluindo três espécies: Baccharis breviseta, B. pingraea e B.
vulneraria.
Para as Américas do Norte e Central, Nesom (1990) citou a ocorrência de 43 espécies,
distribuídas em 6 seções, duas das quais sendo novas: Aristidentes e Glandulocarpae.
Em sua monografia sobre as espécies argentinas, Giuliano (2000) considerou 96
espécies, divididas em 11 grupos. Em trabalho posterior, o mesmo autor (2001), propôs a
classificação infragenérica destas espécies, reconhecendo 15 seções infragenéricas; destas, a
seção Subliguliflorae constituía novidade.
Barroso, Bueno (2002) reconheceram 73 espécies e 17 variedades de Baccharis na
“Flora Catarinense”. As autoras apresentaram descrições e fotos da maioria das espécies.
Giuliano, Nesom (2003) acrescentaram a seção Punctatae, para abrigar seis espécies
anteriormente colocadas na seção Aristidentes Nesom (1990).
Oliveira, Marchiori (2005f) descreveram Baccharis deblei para as turfeiras da Serra
Geral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os mesmos autores, em trabalho sobre a seção
Oblongifoliae DC. no sul do Brasil, reconheceram três espécies e uma variedade: Baccharis
brachylenoides DC., B. vismioides DC. e Baccharis nebulae Malag. & Hatschbach
(OLIVEIRA, MARCHIORI 2005g).
28
Heiden (2005), em monografia sobre a seção Caulopterae no Rio Grande do Sul,
reconheceu 21 espécies, de um grupo estimado de 30; destas, duas eram novas para ciência:
Baccharis jochenii G. Heiden & L. Macias e B. ramboi G. Heiden & L. Macias.
Oliveira et al. (2006), em recente trabalho sobre a seção Cylindricae Heering para o
sul do Brasil, reconheceram 30 espécies (série Cylindricae e série Axillaris), três das quais,
consideradas como novas: Baccharis multifolia An. S. de Oliveira, Deble & Marchiori e
Baccharis trilobata A. S. de Oliveira & Marchiori e B. pampeana A. S. de Oliveira, Deble &
Marchiori.
Müller (2006), em estudo sobre Baccharis da Bolívia e espécies relacionadas,
reconheceu 59 táxons, incluindo 31 subespécies e variedades; destas, 10 foram consideradas
endêmicas do país e 9 reconhecidas como novas: Baccharis beckii, B. cana, B. glomerata, B.
pumila, B. samensis, B. saxatilis, B. torricoi, B. woodii e B. zangoensis.
Em recente Checklist das espécies brasileiras, Oliveira et al. (2006) relacionaram 146
espécies de Baccharis para o país.
2.5 Histórico da Classificação Infragenérica
As primeiras tentativas para reunir as espécies afins em Baccharis devem-se a Persoon
(1807) e Lessing (1831), que reconheceram as espécies de caule alado, aparentemente sem
levar em conta as características morfológicas de seus órgãos reprodutivos.
A primeira classificação infragenérica foi realizada por Candolle (1836), que subdividiu o
gênero em 8 seções, baseadas na morfologia das folhas. O mesmo critério foi adotado por
autores como Hooker, Arnott (1841), Gardner (1845, 1848), Remy (1849), Weddell (1856) e
Baker (1882), em seus estudos com espécies sul-americanas. Os critérios utilizados para
divisão das seções, todavia, reuniam espécies muito diferentes, não escondendo a
artificialidade da classificação.
Gray (1886) e Heering (1902) propuseram uma classificação diferente, dando
importância aos caracteres florais, aquênios e ordenamento dos capítulos. Heering (1904)
reconheceu 5 subgêneros: Stephananthus (Lehm.) Heering, Pteronioides Heering, Molina
(Ruiz & Pav.) Heering, Tarchonanthoides Heering e Eubaccharis Heering.
Cuatrecasas (1967, 1969) agrupou as espécies colombianas em 16 seções, oito das quais
por ele propostas: Scandentes, Pinnatae, Nitidae, Serrulatae, Revolutae, Bogotenses,
Tubulatae e Gladiatae. O autor delimitou claramente os grupos ordenados anteriormente por
29
Persoon (1807), Candolle (1886) e Baker (1882), e criou outras duas seções, para os gêneros
Psila e Pseudobaccharis, subordinando-os, novamente, ao gênero Baccharis.
Considerando as seções infragenéricas já existentes, Ariza Espinar (1973) posicionou as
espécies centro-argentinas de Baccharis em treze seções, salientando-se Racemosae, por ele
proposta. Em seu trabalho, o autor valeu-se de características morfológicas, palinológicas,
anatômicas, além da importância prática e usos.
Barroso (1976), em estudo sobre as espécies brasileiras da subtribo Baccharidinae
Hoffman, preferiu não utilizar as seções já existentes, segregando as espécies em 27 grupos
informais, com base em características das inflorescências, forma dos invólucros, número de
flores dos capítulos femininos, ápice das corolas de flores femininas, cerdas do pappus de
flores masculinas e indumento.
Zdero et al. (1986), em estudo dos compostos químicos presentes nas espécies
argentinas, concluíram que a fitoquímica geralmente não proporciona limites claros entre as
seções, com exceção de Cuneifoliae, Cylindricae e Nitidae, que se distinguem por terem
ramos estigmáticos breves e aderidos entre si, nas flores masculinas, flores femininas com
ápice regularmente denteado ou denticulado, pappus bisseriado acrescente e caduco, e
aquênios glabros 10-costados.
Nesom (1988) agrupou as espécies norte e centro-americanas em 6 seções, duas das quais
– Aristidentes e Glandulocarpae –, sendo por ele propostas. No caso do gênero
Baccharidastrum, o autor interpretou-o como uma seção de Baccharis.
Hellwig (1990), considerando que a dioicia não deve ser caráter essencial para a separação
dos gêneros na subtribo Baccharinae, propôs uma nova classificação, reservando Baccharis
para um grupo de espécies próximas a Baccharis halimifolia L. como estruturas morfológicas
de valor genérico, o mesmo autor (1992, 1993, 1996) reconheceu: o tipo de indumento, o
ápice do estigma e rudimento dos aquênios das flores estaminadas, bem como a forma do
aquênio e a proporção de flores por capítulo. Com base nesses caracteres, o autor segregou
Baccharis em cinco gêneros (Baccharis sensu stricto, Pingraea Cass. emend. F. H. Hellwig,
Neomolina F. H. Hellwig, Stephananthus Lehm., Heterothalamus Less., Pseudobaccharis
Cabrera). Diversos autores como Nesom (1994); Giuliano (2001); Giuliano, Nesom (2003),
não concordam, todavia, com as segregações de Hellwig, reconhecendo esses gêneros, a
exceção de Heterothalamus como pertencentes as seções infragenéricas já existentes.
Hellwig (1996) acrescentou características às descrições dos gêneros Pingraea Cass.
emend. Hellwig, e Neomolina Hellwig, reconhecendo outros grupos em nível genérico nas
30
Baccharinae:
Stephananthus
Lehm.,
“Lagunobaccharis”,
Heterothalamus
Less.
e
Pseudobaccharis Cabrera .
Giuliano (2000, 2001), em monografia das espécies argentinas de Baccharis, propôs a
segregação das mesmas em 15 seções infragenéricas, incluindo Subliguliflorae como
novidade.
Giuliano, Nesom (2003) acrescentaram, ao gênero, a seção Punctatae, para abrigar seis
espécies anteriormente colocadas na seção Aristidentes (NESOM, 1990).
Giuliano (2005) descreveu novas seções em Baccharis, em sua maioria para abrigar
espécies brasileiras (Agglomeratae, Canescentes, Curitybensis e Tridentatae), e seis novas
séries, pertencentes a três seções já reconhecidas por ele e outros autores: séries Uniflorae e
Angustifoliae (seção Angustifoliae Baker), séries Axillaris e Cylindricae (seção Cylindricae
Heering), séries Hirsutae e Nitidae (seção Nitidae Cuatrecasas).
Para as espécies bolivianas, Müller (2006), ordenou as espécies em grupos com base na
estrutura da parede do aquênio, na forma das corolas e no ápice dos estigmas. O autor
agrupou as espécies, em arranjo inovador; os grupos por ele estabelecidos, todavia, também
reuniram táxons heterogêneos. Cabe salientar-se, ainda, que o autor reduziu os gêneros
Heterothalamus, Heterothalamulopsis e Baccharidastrum, à sinonímia de Baccharis,
mantendo apenas Archibaccharis como independente.
3 MATERIAL E MÉTODOS
O presente trabalho trata da classificação infragenérica do gênero Baccharis para o
Brasil, reunindo as espécies afins, sinonímias atualizadas, referências bibliográficas,
iconografias, dados de distribuição e hábitat, etimologia, comentários, observações, material
selecionado, anatomia da madeira e estudo dos grãos de pólen. Para maior clareza sobre os
procedimentos adotados, o presente capítulo foi dividido em 11 itens, explicitados a seguir.
3.1 Revisão bibliográfica
A consulta ao material bibliográfico foi feita nas seguintes instituições: Instituto de
Botánica Darwinion (SI), Instituto de Biociências (UFRGS), Instituto Anchietano
(UNISINOS), Museu Nacional (UFRJ), Jardim Botânico do Rio de Janeiro (R), Herbário
Barbosa Rodrigues (HBR) e Biblioteca da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Nas referências procurou-se sempre selecionar as descrições mais completas sobre as
espécies. Para a iconografia, foram selecionadas primeiramente ilustrações, na falta das
mesmas, foram utilizadas fotografias, estampas ou ilustrações de partes (folhas, ramos ou
capítulos).
3.2 Revisão de herbários
O material examinado inclui exsicatas dos herbários citados abaixo. Devido ao elevado
número de coletas nos herbários, tornou-se necessária uma seleção do material referido. As
exsicatas foram revisadas nos próprios herbários e, quando necessário, foram solicitadas por
empréstimo.
Os herbários revisados foram os seguintes, de acordo com o Index Herbariorum: CTES,
CNPO*, CORD, FLOR, GUA, FEEMA, HAS, HB, HBR, HDCF*, ICN, LP, MBM, MVM,
MVJB, PACA, PEL, R, RB, SI, SMDB, SP, SPF, UPCB.
* herbários não indexados.
Pela dificuldade de acesso, o material botânico do nordeste do Brasil e, sobretudo de
Roraima, foram escassamente examinados na presente pesquisa.
3.3 Análise do material examinado
32
A análise da morfologia externa foi realizada com auxílio de microscópioestereoscópico e microscópio binocular.
Para a definição do porte e hábito das espécies, levou-se em consideração as
informações contidas em fichas de herbário e, principalmente, observações pessoais de
indivíduos adultos (férteis), feitas a campo.
As distribuições geográficas basearam-se na literatura existente e nas anotações em
etiquetas de herbário.
As espécies novas, embora não validamente publicadas, são nomeadas e descritas;
neste caso é apresentada a diagnose e indicados os exemplares-tipo, com os respectivos
herbários.
3.4 Elaboração da lista de material examinado
A lista de material examinado segue a seguinte ordem: país, estado (departamento ou
província), município, observações, data, nome(s) do(s) coletor(es), número do coletor e sigla
do herbário depositado.
3.5 Ilustrações
As ilustrações originais foram feitas à nanquim, sobre papel sulfite liso. O material foi
digitalizado mediante “scanner” e editado a partir do aplicativo “corel draw”. Para os detalhes
morfológicos, usou-se câmara clara. Ao lado das ilustrações, é fornecida a respectiva escala.
Os desenhos constantes neste trabalho foram elaborados pelo ilustrador Leonardo Paz
Deble.
3.6 Excursões de coleta
Foram realizadas excursões para coleta de material fértil no Rio Grande do Sul e Santa
Catarina, com vistas a observar o hábito, hábitat e variabilidade morfológica entre indivíduos
masculinos e femininos.
O material coletado foi anexado ao Herbário do Museu Botânico Municipal – Curitiba
(MBM) e Herbário de Ciências Florestais – Santa Maria (HDCF); em caso de duplicatas,
estas foram enviadas a outros herbários.
33
3.7 Identificação das espécies
A determinação das espécies baseou-se em descrições originais, análise dos tipos
depositados nos herbários brasileiros, bem como em fotografias digitais doadas pelos
Herbários G-DC (Conservatoire et Jardin Botaniques de la Ville de Genève) e P (Muséum
National d'Histoire Naturelle), e de fotografias digitais do Royal Botanic Gardens (K), do
New York Botanic Garden (NY) e do Smithsonian Institution (US), disponíveis na rede
internacional de computadores (Internet), além de fotótipos do Field Museum (F), acessados
através do Instituto Botánica Darwinion (SI – Buenos Aires).
3.8 Classificação Infragenérica
A classificação infragenérica adotada, segue Cuatrecasas (1967), Ariza Espinar (1973) e
Giuliano (2001, 2003, 2005). As entidades taxonômicas foram enquadradas em 25 seções
infragenéricas, com base em características florais, disposição de capítulos, presença ou não
de páleas no receptáculo, número de flores, forma do rudimento do estigma de flores
masculinas, ápice das corolas femininas, forma e pilosidade do aquênio e nervação das folhas.
A chave dicotômica busca a diferenciação das seções, facilitando o reconhecimento dos
grupos taxonômicos e suas afinidades.
3.9 Dados palinológicos
O material polínico foi obtido de exsicatas depositadas nos herbários PACA (Herbarium
Anchieta, São Leopoldo/RS) e HDCF (Herbário do Departamento de Ciências Florestais,
UFSM, Santa Maria/RS).
Para cada táxon estudado determinou-se um espécime como "padrão", indicado por um
asterisco junto ao nome do coletor. Procurou-se estudar outros indivíduos de cada espécie,
denominados "material de comparação", com a finalidade de se estabelecer a variação
morfométrica entre espécimes.
Material estudado:
- Baccharis aliena (O. Kuntze) Müller (RS, São Joaquim, *L. P. Deble & A. S. de OliveiraDeble 5582, 06.XII.2003; RS, Santana da Boa Vista, p. Canguçu, L. P. Deble & A. S. de
Oliveira-Deble 1528, 05.XI.2004; RS, São Joaquim, L. P. Deble & A. S. de Oliveira 5583,
34
06.XII.2003; Santa Catarina, Bom Jardim da Serra, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble
1509, 06.XII.2003).
- Baccharis glutinosa Pers. (RS, Barra do Quaraí, Parque do Espinilho, 01.IV.2005*L.P.
Deble & A.S. de Oliveira-Deble 5600, 5588; 5601, 5602).
- Baccharis hyemalis Deble (RS, Bagé, Rincão do Inferno, *L. P. Deble & A. S. de OliveiraDeble 1515, 27.VII.2003).
- Baccharis leucocephala Dusén (RS, São José dos Ausentes, 05.XI.2004,*L.P. Deble & A.S.
de Oliveira-Deble 5586, 5597, 5598, 5599).
- Baccharis longiattenuata A. S. de Oliveira (RS, Caçapava do Sul, Guaritas, 03.I.2004, *L.P.
Deble & A.S. de Oliveira-Deble 5581, 5591, 5592, 5590,).
- Baccharis oblongifolia (Ruiz & Pavón) Pers. (SC, Palhoça, *Reitz & Klein n. 3.386,
09.VII.1956; SC, Itajaí, morro da fazenda, Reitz & Klein n. 1.905, 01.VII.1954; K.P.
Montenegro & B. Rambo s.n., 11.XI.1949; PR, Lapa, G. Hatschbach 152, 23.VII.1945).
- Baccharis psiadioides (Less.) Müller (RS, Santana da Boa Vista, *L.P. Deble & A.S. de
Oliveira-Deble 1513, 05.XI.2003; RS, Canguçu, L.P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble 1511,
05.XI.2003; RS, Cambará do Sul, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble 1512, 12.XI.2003;
RS, Cambará do Sul, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble 1527, 12.XI.2003).
- Baccharis riograndensis Malag. & Vidal (RS, São Francisco de Assis p. Manoel Viana
03.IV.2004, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble, 5587, 5595, 5594, 5596).
- Baccharis wagenitzii (F.Hellw.) Müller (RS, Cambará do Sul, *L.P. Deble & A. S. de
Oliveira-Deble 1518, 09.X.2003; RS, Cambará do Sul, L.P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble
1520, 11.X.2003; RS, Bom Jardim da Serra, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble 1522,
05.XII.2003)
Para o estudo de microscopia de luz, o material polínico foi preparado segundo o
método da acetólise, preconizado por Erdtman (1952), com modificações propostas em
Melhem et al. (2003).
De cada espécime foram montadas pelo menos três lâminas permanentes, com grãos de
pólen acetolisados, dos quais foram tomadas as devidas mensurações, conforme Erdtman
(1952), com algumas modificações propostas por Melhem et al. (2003).
Os grãos de pólen acetolisados foram medidos até sete dias após sua preparação, de
acordo com Salgado-Labouriau (1973).
Do material padrão foram tomadas, aleatoriamente, 25 medidas de diâmetro polar (DP)
e diâmetro equatorial (DE) dos grãos de pólen, em vista equatorial, e 10 medidas do diâmetro
equatorial, em vista polar (DEVP) e o lado do apocolpo (LA), distribuídas em um mínimo de
35
três lâminas (SALGADO-LABOURIAU et al., 1965). Para os demais caracteres (aberturas,
camadas da exina e diâmetros do material de comparação), foram mensurados aleatoriamente
10 grãos de pólen, distribuídos, no mínimo, em três lâminas e calculada a média aritmética.
No material padrão, o tratamento estatístico, incluiu a média aritmética (x), o desvio
padrão da amostra (s), o desvio padrão da média (sx) e o intervalo de confiança a 95% (IC
95%).
A terminologia adotada foi a de Barth, Melhem (1988) e de Punt et al. (2007), levando–
se em consideração o tamanho, a forma, o número de aberturas e o padrão de ornamentação
da sexina.
Para a obtenção das eletromicrografias, foram retiradas 2 ou 3 anteras das flores ou
botões florais das referidas exsicatas, que foram maceradas com auxílio de pinça e estilete
devidamente flambados, liberando os grãos de pólen (não acetolisados) sobre um suporte
metálico previamente recoberto por fita adesiva de carbono dupla face. O material sobre o
suporte foi metalizado em ouro puro, por cerca de três minutos. Levou-se o suporte para a
observação em microscópio eletrônico de varredura (MEV) e o material polínico foi
eletromicrografado em aparelho JSM-5310, pertencente ao Laboratório de Ultraestrutura
Celular Hertha Meyer, do Instituto de Biofísica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
3.10 Anatomia da madeira
O material estudado, composto de amostras de madeira e respectivo material botânico,
é procedente do Estado do Rio Grande do Sul e foi incorporado ao Herbário do Departamento
de Ciências Florestais, da Universidade Federal de Santa Maria (HDCF), com os seguintes
registros:
- Baccharis aliena (Spreng.) Müller (Caçapava do Sul, Guaritas, VII.2003, A. S. de OliveiraDeble & L. P. Deble 2123, 2124, 2125).
- Baccharis dracunculifolia DC. (Hulha Negra, RS, 06.VIII.1987, J. N. C. Marchiori 842,
HDCF 3224).
- Baccharis hyemalis Deble (Caçapava do Sul, Guaritas, VII.2003, L. P. Deble & A. S. de
Oliveira-Deble 575, 576, 577).
- Baccharis patens Baker (Hulha Negra, RS; 05.VIII.1987, J. N. C. Marchiori 841, HDCF
3223).
- Baccharis psiadioides (Spreng.) Müller (Canguçu, RS, XI.2003,.L. P. Deble & A. S. de
Oliveira-Deble n. 2118, 2119, 2120).
36
- Baccharis tridentata Vahl (Canguçu, RS; 06.VIII.1987, J. N. C. Marchiori 836, HDCF
3218).
- Baccharis wagenitzii (F. Hellw.) Müller (Cambará do Sul, Itaimbezinho, 9.X.2003, L. P.
Deble, A. S. de Oliveira-Deble & J. N. C. Marchiori n. 841, 842, 843).
De cada uma das amostras de madeira foram preparados três corpos-de-prova,
orientados para a obtenção de cortes anatômicos nos planos transversal, longitudinal radial e
longitudinal tangencial. Os corpos-de-prova foram amolecidos por fervura em água e
trabalhados em micrótomo de deslize, regulado para a obtenção de cortes anatômicos com
espessura nominal de 20 µm. Os cortes foram coloridos com acridina-vermelha, crisoidina e
azul-de-astra (DUJARDIN, 1964), desidratados em série alcoólica ascendente (30%, 50%,
75%, 90%, 95%, duas vezes álcool absoluto) e montados em lâminas permanentes, com
Entellan. Das amostras de madeira, preparou- se, ainda, um quarto corpo-de-prova, com vistas
à maceração. Usou-se, neste caso, a técnica de Jeffrey (BURGER, RICHTER, 1991), sendo a
pasta resultante tingida com solução aquosa de safranina 1%. A desidratação e montagem de
lâminas permanentes seguiram o anteriormente descrito, com a diferença de que a primeira
etapa foi desenvolvida sobre papel de filtro. A descrição microscópica das madeiras baseouse nas recomendações e terminologia do Iawa Committee (1989).
3.11 Siglas e abreviaturas utilizadas
alt. = altura;
B = Botanischer Garten und Botanisches Museum Berlin-Dahlem, Universität Berlin,
(Berlim, Alemanha);
BR = Herbarium National Botanic Garden of Belgium, Meise (Bélgica)
comb. nov. = combinação nova;
designatus = do latim (= designado);
diâm. = diâmetro;
emend. = emendatio, do latim (=emenda);
et al. = et alii, do latim (= e outros);
F = Herbarium Botany Department, Field Museum of Natural History (Chicago, Estados
Unidos);
fl. = em flor;
fig. = figura;
fr.= em frutificação;
37
HBG = Herbarium Biozentrum Klein-Flottbek, Hamburg (Alemanha);
ined. = ineditus, do latim (= inédito);
in loco = do latim (= no local);
K = Royal Botanic Gardens (Kew-Inglaterra);
larg. = largura;
leg. = legere, do latim (= coletor);
loc. cit. = loco citato, do latim (= no lugar citado);
G-DC = Conservatoire et Jardin Botanique de la Ville de Genève (Genebra-Suíça);
GOET = Herbarium Abteilung Systematische Botanik Albrecht-von-Haller-Institut für
Pflanzenwissenschaften Universität Göttingen (Göttingen, Alemanha);
M = Herbarium Botanische Staatssammlung München, München (Alemanha);
n.v. = non visus, do latim (= não visto);
NY = New York Botanical Garden (Nova Iorque, Estados Unidos);
op. cit. = opus citatum, do latim (= na obra citada);
orthogr. var. = orthographiae variavi, do latim (= ortografia variada);
P = Herbier National de Paris, Muséum National d’Histoire Naturelle (Paris, França);
p. = página;
p.p. = pro partis, do latim (= em parte);
p.p.excl.typ.= pro partis excludis typus, do latim (= em parte excluso o tipo);
S = Herbarium Botany Departments Swedish Museum of Natural History (Estocolmo,
Suécia);
s.d.= sine data, do latim (= sem data);
s. leg.= sine legere (= sem coletor);
s.l. = sine loco, do latim (= sem local);
s. lato = sensu lato, do latim (= em sentido amplo);
s. n. = sine numero, do latim (= sem número);
s. nom. = sub nomen, do latim (= sob o nome);
sp. nov. = species nova, do latim (= espécie nova);
syn. nov. = sinônimo novo;
US = United States National Herbarium, Department of Botany, Smithsonian Institution
(Washington, Estados Unidos).
W = Herbarium Department of Botany Naturhistorisches Museum Wien (Viena, Áustria).
! = simbolo utilizado para indicar que foi examinado o exemplar-tipo, a ele vinculado.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tendo por base os limites estabelecidos entre os gêneros na subtribo Baccharinae, por
diversos autores (CABRERA, 1937, 1944, 1978; BARROSO, 1976; HELLWIG, 1993, 2003;
NESOM, 1988, 1994; GIULIANO, 2000, 2001, 2005; DEBLE et al. 2004b, 2005), bem como
a redução de tais gêneros a Baccharis, feita por Müller (2006), o referido gênero é
considerado neste trabalho em sentido amplo, até que estudos moleculares e morfológicos
demonstrem ou não a existência de caracteres suficientes para manter os gêneros propostos
anteriormente como independentes.
4.1 Caracterização de Baccharis L.
Hábito
O gênero Baccharis compreende ervas perenes, lianas, subarbustos, arbustos e árvores.
No Brasil, inclui principalmente arbustos ramificados de 0,5-4 m de altura, raramente
menores (Baccharis humilis e B. maritima) ou maiores; este é o caso de Baccharis
longiattenuata, espécie em que alguns indivíduos podem atingir mais de 10 m de altura. A
presença de xilopódio é comum dentro das espécies brasileiras, ocorrendo principalmente nas
seções Cylindricae e Tridentatae. O caule pode ser cilíndrico ou anguloso, por vezes estriado
ou alado; normalmente é lenhoso, sendo herbáceo em poucas espécies do território nacional,
notadamente nas pertencentes às seções Baccharidastrum e Angustifoliae (Baccharis
orbignyana).
Anatomia da madeira
Marchiori, Oliveira-Deble (2007 a, b, c) descreveram a estrutura anatômica da madeira
de Baccharis aliena, B. dracunculifolia, B. hyemalis, B. longiattenuata, B. milleflora, B.
patens, B. psiadioides, B. tridentata e B. wagenitzii (Fig. 1 A-G); todas as espécies
demonstram muita semelhança entre si, tendo em comum: porosidade difusa, vasos de
diâmetro extremamente pequeno a muito pequeno (< 50 µm), elementos vasculares muito
curtos (< 300 µm), placas de perfuração simples, pontoações intervasculares alternas,
parênquima paratraqueal, raios heterogêneos, multisseriados com 2-4 células de largura e
fibras libriformes extremamente curtas (< 750 µm), não septadas, providas de pontoações
simples muito pequenas. Essas características são de larga ocorrência nas Asteraceae
39
(METCALFE, CHALK, 1972; RECORD, HESS, 1934). As madeiras estudadas
(MARCHIORI & OLIVEIRA, 2007 a, b, c) apresentam vasos com diâmetro médio inferior a
50 µm, e não apenas B. wagenitzii (23 µm), que é um subarbusto, mas até mesmo Baccharis
longiattenuata (32 µm) que, de porte médio, é uma das espécies de maior tamanho, tanto no
gênero Baccharis como na tribo Astereae. Apesar do porte arbóreo indicar mesomorfia nas
Compositae (CARLQUIST, 1966), em B. longiattenuata a estrutura anatômica é claramente
xeromórfica, à semelhança do verificado nas demais espécies estudadas. De acordo com
Carlquist (1960), o diâmetro reduzido dos vasos nas Astereae pode ser atribuído tanto à
posição filética mais elevada da tribo, dentro das Compositae, como à especialização
acelerada, decorrente da xeromorfia.
A presença de vasos extremamente pequenos é outro caráter anatômico marcante na
tribo Astereae (CARLQUIST, 1966), contrastando neste aspecto com as Cichorieae
(CARLQUIST, 1960), mas não com as Helenieae (CARLQUIST, 1959). Mesmo assim,
alguns vasos com diâmetro superior a 100 µm podem ser encontrados em certas espécies de
Baccharis (B. cassiniifolia, B. concava, B. neglecta, B. thesioides), e dos gêneros
Haplopappus, Lepidospartum, Olearia e Psiadia (CARLQUIST, 1960).
Para as nove espécies estudadas (MARCHIORI & OLIVEIRA, 2007 a, b, c), além do
diâmetro reduzido, chamam atenção à elevada freqüência de vasos (poros/mm2) e seu
agrupamento em numerosos múltiplos, aspectos anatômicos de valor sabidamente adaptativo
em espécies xeromórficas, pois proporcionam maior capilaridade por unidade de volume da
madeira. Com exceção de Baccharis milleflora e B. tridentata, cujos múltiplos seguem um
padrão radial, o arranjo de vasos nas demais espécies é nitidamente dendrítico (Fig. 1 A).
Ainda com relação aos vasos, cabe salientar que só não foram observados
espessamentos espiralados em Baccharis milleflora e Baccharis hyemalis (MARCHORI,
OLIVEIRA-DEBLE, 2007; OLIVEIRA-DEBLE, 2005). Ao aumentarem a superfície interna
dos vasos, os espessamentos espiralados favorecem a capilaridade, constituindo estratégia
anatômico-ecológica de reconhecido valor adaptativo à xeromorfia. A presença do caráter, em
algumas espécies de Baccharis, e sua completa ausência, em outras, não constitui novidade,
tendo sido observada por Carlquist (1960). Aparente paradoxo, a ausência de espessamentos
espiralados nos vasos de Baccharis milleflora e Baccharis hyemalis aponta para a necessidade
de novos estudos anatômicos, incluindo outras espécies, com vistas ao esclarecimento de
eventuais significados filéticos e/ou evolutivos para o conjunto de Baccharis, e os diferentes
grupos infragenéricos (seções ou subgêneros).
40
A ocorrência de elementos vasculares muito curtos (< 300 µm) nas nove espécies
analisadas traz a vantagem de proporcionar maior número de placas de perfuração por
unidade de volume de madeira, favorecendo, por conseguinte, a capilaridade no xilema
secundário: trata-se, portanto, de mais um caráter anatômico de significado ecológico-adaptati
A
B
C
D
E
100 µm
F
50 µm
Figura 1 – Aspectos anatômicos da madeira de: A) Baccharis aliena, em seção transversal, mostrando poros
racemiformes em arranjo dendrítico. B) B. psiadioides, em seção longitudinal tangencial, destacando o
parênquima axial escasso e a largura dos raios em número de células. C) B. hyemalis, em seção longitudinal
tangencial, destacando vasos com placas de perfuração simples, sem espessamentos espiralados. D) B.
wagenitzii, em seção radial, destacando raios heterogêneos com células procumbentes, quadradas e eretas. E) B.
dracunculifolia, em seção radial, destacando raios com células procumbentes e fileira marginal de células
quadradas. F) B. patens, em seção longitudinal radial, destacando placa de perfuração simples (seta) e cristais
prismáticos em células radiais.
vo. A presença de elementos vasculares curtos, por outro lado, também atesta um alto grau
evolutivo ao xilema de Baccharis.
Em todas as espécies estudadas ocorrem fibras extremamente curtas (< 750 µm); este
comprimento excede o dos elementos vasculares. As fibras libriformes de pontoações simples
diminutas, além de claro indício de especialização do xilema (METCALFE & CHALK,
1972), constituem caráter generalizado na tribo Astereae (CARLQUIST, 1960).
Com relação aos raios, o material estudado segue o padrão referido para as Astereae:
raios heterogêneos com células procumbentes e quadradas, ou células quadradas e eretas, ou
ambos. Com relação aos multisseriados, em todas as espécies verificaram-se raios de 2-4
células de largura. Caráter raro em Compositae (METCALFE, CHALK, 1972), a presença de
cristais foi anotada apenas para Baccharis dracunculifolia e B. patens; a presença do caráter,
todavia, não constitui novidade para as Astereae, sendo referido, por Carlquist (1960), para
Baccharis angustifolia, B. pilularis e Aster spinosus, entre outras espécies da tribo.
Folhas
Alternas
ou
opostas,
raramente
imbricadas
(Baccharis
aracatubensis e
B.
nassauvioides), as folhas podem ser concolores ou discolores, e de margens íntegras,
serreadas ou denteadas. Em apenas uma espécie extra-brasileira (Baccharis ulicina), as folhas
são pinatipartidas em lóbulos lineares. Geralmente com 1-5 cm de comprimento, as folhas
podem estar reduzidas a escamas incospícuas (Baccharis riograndensis, B. trimera) ou ter
mais de 10 cm (Baccharis lychnophora, B. oblongifolia), com limbo uninervado (Baccharis
aliena, B. longii, B. pampeana), trinervado (Baccharis itatiaiae, B. oxyodonta, B. retusa),
pentanervado (Baccharis conyzoides), peninervado (Baccharis dentata, B. muelleri, B.
platypoda) ou retinervado (Baccharis concinna, B. reticularia, B. venulosa); podem, ainda,
ser sésseis ou pecioladas.
Em Baccharis polyphylla, as folhas apresentam-se canaliculadas, ao passo que em
Baccharis aphylla, B. genistifolia e B. notosergila, são planas e facilmente caducas e os ramos
em flor são normalmente áfilos. Baccharis incisa var. incisa (seção Axillaris) possui a
margem das folhas dotadas de dentes agudo-mucronados; em B. pauciflosculosa, pertencente
a mesma seção, eles são geralmente rotundos.
O padrão de nervação e textura são caracteres constantes em uma espécie. Os táxones
reunidos nas seções Baccharidastrum, Molinae e Trinervatae possuem folhas pecioladas,
geralmente trinérvias, de textura papirácea a cartácea. Na maior parte das espécies de
Cylindricae, são uninérvias ou trinérvias, de textura cartácea a coriácea. Baccharis platypoda
42
(Agglomeratae) caracteriza-se pelas folhas coriáceas, glutinosas, peninervadas, com todas as
nervuras evidentes. As espécies da seção Nitidae apresentam folhas peninervadas; em
Aristidentes, elas são retinervadas.
Em Baccharis caprariifolia e B. dracunculifolia (seção Racemosae), as folhas de
indivíduos e ramos jovens são muito maiores e tomentosas, enquanto nos ramos férteis
apresentam-se reduzidas e glabrescentes. Em Baccharis uncinella (seção Racemosae), nos
indivíduos jovens elas são freqüentemente denteadas e providas de tomento lanoso, frouxo, na
face adaxial, enquanto em indivíduos adultos são íntegras e glabras na face adaxial.
São glabras e pontoado-glandulares nas espécies da seção Heterothalamus e na maioria
dos táxones incluídos em Axillaris, Cylindricae, Retusae e Tridentatae. Nas espécies das
seções Dubiae e Heterothalamulopsis, as glândulas estão associadas a tricomas em tufos.
Müller (2006), descreveu detalhadamente as células epidérmicas da superfície das
folhas como espessas e lisas, sendo finas e de parede “ondulada” abaxialmente ou em ambas
as faces. Segundo o mesmo autor, esses dois tipos podem ser encontrados em uma mesma
espécie. O comprimento das células-guarda dos estômatos varia dentro de determinados
limites, em uma única folha. As células-guarda das folhas são maiores que 40 µm na maioria
das espécies do subgênero Baccharis (até 100 µm em algumas espécies) e em diversos grupos
de espécies dentro do Subgênero Molina.
Indumento
Tendo por base o tipo de indumento, Hellwig (1992) separou as espécies de Baccharis
em três grupos: o primeiro, com táxones providos de tricomas unisseriados, sustentados por
uma única célula basal; o segundo, inclui espécies com tricomas bisseriados e geralmente com
função secretora (tricomas glandulares); o terceiro, reúne espécies com tricomas de ápice
unisseriado, sustentado por base multicelular (tricomas em pedestal). O tipo de tricoma tem
sido usado como caráter morfológico importante para a definição de seções e séries dentro de
Baccharis (GIULIANO, 2005).
Nas seções Canescentes (Baccharis gibertii, B. gnaphalioides, B. helichrysoides, B.
leucocephala, B. leucopappa), Curytibensis (Baccharis curytibensis), Ferruginescentes
(Baccharis lychnophora, B. tarchonanthoides), Tarchonanthoides (Baccharis albolanosa, B.
ochracea) e Nitidae, série Lanuginosae (Baccharis calvescens, B. elaegnoides, B.
semiserrata) os tricomas são filiformes (Fig. 2 M), com célula terminal longa, conferindo
aspecto lanoso, sendo freqüentes principalmente nos ramos e face abaxial das folhas.
Relacionado
a
esses
tricomas,
podem
estar
associados
tricomas
flageliformes.
200 µm A-Q
L
I
K
D
H
J
G
A
E
Q
O
B
M
100 µm R-T
C
R
P
N
F
S
T
Figura 2 – A-O) Tricomas das folhas: A-C) em pedestal de Baccharis hirta, B. vismioides e B. multipaniculata.
D) unisseriados flageliformes de B. leptocephala (em dois aspectos). E-F) unisseriado flageliforme com célula
terminal longa de B. urvilleana e B. caprariifolia, respectivamente. G-H) unisseriado flageliforme com célula
terminal curta de Baccharis weirii (em dois aspectos) e B. spicata, respectivamente. I-J) unisseriado com célula
terminal bifurcada de B. dracunculifolia e B. longiattenuata, respectivamente. K-L) unisseriado com célula
terminal ramificada de B. elaegnoides e B. uncinella, respectivamente. M) unisseriado filiforme de B.
helichrysoides. N) unisseriado arboriforme de B. trinervis. O) bisseriado glandular de B. coridifolia. P-Q)
Tricomas em tufos das folhas: P) unisseriados flageliformes, associados a bisseriados glandulares de B.
platypoda (em dois aspectos). Q) unisseriados claviformes, associados a bisseriados glandulares de B. wagenitzii.
R-T) tricomas geminados dos aquênios de B. coridifolia, B. dubia, B. leucopappa, respectivamente.
Em Baccharis albolanosa e em todas as espécies da seção Canescentes, os tricomas
unisseriados filiformes são igualmente abundantes nas brácteas involucrais. Em Baccharis
dracunculifolia, B. erioclada (seção Racemosae) e Baccharis longiattenuata (seção Nitidae),
os tricomas são unisseriados, providos de célula terminal ramificada (Fig. 2 G-I). Em
Baccharis uncinella (seção Racemosae), os tricomas unisseriados possuem célula terminal
com ramificação arboriforme (Fig. 2 K-L). Tricomas longos, unisseriados e hirsutos (Fig. 2 EF) são encontrados em Baccharis caprariifolia (seção Racemosae) e Baccharis urvilleana
(seção Nitidae, série Hirsutae). Poucas espécies brasileiras apresentam tricomas em pedestal
(Fig. 2 A-C), citando os representantes das seções Aristidentes (Baccharis hirta, B. maxima,
B. prenanthoides) e Oblongifoliae (Baccharis oblongifolia, B. vismioides).
Tricomas flageliformes e tricomas bisseriados (glandulares e não-glandulares) são
freqüentes nas flores de Baccharis. Nas corolas femininas os tricomas estão distribuídos
uniformemente ao longo do tubo ou acumulados no ápice (disposição freqüente nas seções
Baccharidastrum e Molinae), ao passo que nas masculinas apresentam-se na base dos
segmentos e prolongam-se, por vezes, até a base do tubo; sua presença é rara no ápice dos
segmentos (encontrados nas espécies da seção Tarchonanthoides).
O indumento presente nas folhas e ramos de muitas espécies de Baccharis está
arranjado na forma de tufos, composto geralmente por um tipo de tricoma flageliforme e outro
bisseriado, normalmente glandular. Em Baccharis wagenitzii, esse arranjo em tufo é formado
por tricomas claviformes (Fig. 2 Q), ao passo que em Baccharis longiattenuata, por tricomas
unisseriados com célula basal ramificada. Segundo Müller (2006), o indumento em tufos é
característico do subgênero Baccharis, nunca ocorrendo em Archibaccharis e na maioria das
espécies dos subgêneros Molinae e Pteronioides.
Os tricomas dos aquênios podem ser geminados, tendo forma esférica ou alongada, por
vezes assimétricos e associados a papilas. Conforme Müller (2006), tricomas geminados em
aquênios, encontram-se em todos os subgêneros, a exceção de Pteronioides.
Capitulescência
Os capítulos podem ser sésseis ou peciolados, dispostos em corimbos, glomérulos,
racemos, espigas ou panículas (Fig. 3 A-L) . O arranjo dos capítulos tem sido utilizado para a
separação de seções ou séries, dentro do gênero (GIULIANO, 2001; GIULIANO, 2005). Na
maioria das espécies brasileiras, os capítulos estão arranjados em capitulescências; apenas em
45
A
D
B
E
C
F
G
H
L
I
J
Figura 3 – Tipos de capitulescência: A) em pseudo-espigas folhosas (seção Axillaris). B) em racemos folhosos
simples terminais (seções Baccharis e Racemosae). C) em racemos folhosos axilares (seção Myriciifoliae). D)
em glomérulos terminais (seção Heterothalamulopsis). E) em corimbos terminais (Canescentes e
Heterothalamus). F) em glomérulos folhosos axilares e terminais corimbiformes (seções Agglomeratae e
Retusae). G) em corimbos folhosos terminais (seção Angustifoliae, Dubiae, Tridentatae). H) em glomérulos
folhosos terminais (seção Agglomeratae). I) em espigas folhosas de glomérulos (seção Baccharis). J) em espigas
de glomérulos (seção Caulopterae). L) em racemos folhosos de glomérulos (seção Cylindricae).
A
C
B
E
D
F
G
Figura 4 - Tipos de capitulescência: A) em panículas folhosas de ramos corimbiformes (seção Aristidentes,
Ferruginescentes e Oblongifoliae). B) em ramos corimbiformes simples axilares (seção Nitidae). C) solitárias
sésseis, rodeada por um falso invólucro de pequenas folhas (Baccharis deblei). D) em ramos corimbiformes
compostos agrupados em capitulescências corimbóides (seções Baccharidastrum, Molinae e Trinervatae). E) em
capitulescências solitárias (seção Angustifoliae). F) em racemos folhosos de ramos racemiformes (seção
Tarchonantoides). G) capitulescências em grupo de 3-4 na axila das folhas (seções Axilares e Cylindricae).
Baccharis deblei e B. trineura eles são solitários, no ápice dos ramos. Na seção Axillaris, os
capítulos podem ser solitários na axila das folhas superiores, compondo, em conjunto, pseudoespigas folhosas. Nas seções Baccharis e Caulopterae, os capítulos comumente estão reunidos
em glomérulos sésseis, compondo pseudo-espigas terminais. Em Baccharis platypoda (seção
Agglomeratae) e na seção Retusae, a capitulescência apresenta-se dimorfa: as masculinas são
pedunculadas, ao passo que as femininas são sésseis. Nas espécies das seções Dubiae e
Heterothalamus, os capítulos estão reunidos em corimbos terminais; em Heterothalamulopsis,
em glomérulos terminais; em Tarchonanthoides, por sua vez, eles se dispõem em racemos
folhosos, compondo amplas panículas folhosas.
Os capítulos podem estar agrupados em ramos corimbiformes axilares ou terminais
(Fig. 4 A-G). São terminais em Baccharis nebulae (seção Oblongifoliae), Baccharis
calvescens, B. elaegnoides, B. longiattenuata e B. muelleri (seção Nitidae). São tipicamente
axilares nas espécies da seção Nitidae, série Nitidae e em Baccharis coronata (seção
Oblongifoliae). Os corimbos podem agrupar-se em panículas corimbóides, como em
Baccharis grandimucronata, B. oblongifolia e B. venulosa (seção Oblongifoliae), bem como
nas seções Baccharidastrum e Molinae.
Os capítulos de Baccharis caprariifolia, B. dracunculifolia, B. erioclada e B. uncinella
(seção Racemosae) estão dispostos em racemos longos folhosos e terminais. Os racemos são
curtos em B. nummularia e B. uleana (seção Racemosae), enquanto em Baccharis
crassipappa e B. myriciifolia (seção Myriciifoliae) eles são axilares.
Distribuição dos sexos
Essencialmente dióicas, poucas espécies do gênero são monóicas (Baccharis breviseta,
B. vulneraria), imperfeitamente dióicas (Baccharis aliena, B. hyemalis, B. psiadioides),
polígamo-dióicas (Baccharis dubia) ou trióicas (Baccharis pohlii). Em Baccharis breviseta e
B. vulneraria, os indivíduos apresentam capítulos com flores marginais femininas dispostas
em muitas séries e 2-12 flores centrais masculinas. Em Baccharis aliena, B. hyemalis e B.
psiadioides, as plantas masculinas apresentam capítulos com flores heterógamas, com 1-2
séries de flores marginais estéreis e flores centrais masculinas. Em Baccharis dubia, os
capítulos com flores heterógamas, possuem flores marginais femininas em número reduzido
(8-14), e flores centrais masculinas mais numerosas.
Invólucro
48
Apresenta brácteas involucrais imbricadas, dispostas em 2-12 séries. De ápice agudo a
rotundo e base rotunda, normalmente com margem membranácea e uma veia mediana, as
brácteas involucrais podem tem margem membranácea ou fimbriada, provida de tricomas ou
não. Em Baccharis coridifolia (seção Tarchonanthoides), essa veia é ramificada, ao passo que
em B. linearifolia (seção Cylindricae) ocorrem três veias paralelas. Müller (2006) descreveu
esta estrutura como um ducto resinoso, normalmente mais engrossado em direção ao ápice.
Nas espécies da seção Canescentes e em Baccharis albolanosa e B. ochracea (seção
Tarchonanthoides), as brácteas involucrais são providas de tricomas bisseriados e glandulares
e unisseriados e filiformes. Na maioria das espécies das seções Axillaris, Cylindricae, Retusae
e Tridentatae, as brácteas são glabras e glutinosas, enquanto em Racemosae, podem
apresentar-se glabras (B. dracunculifolia, B. caprariifolia) ou com tricomas filiformes no
ápice (B. uleana).
Invólucro feminino
Estreitamente cilíndrico e contendo apenas uma flor (Baccharis nassauvioides, B.
minutiflora, B. serrula), até hemisférico e com mais de 200 flores (B. aliena, B. glutinosa), o
invólucro feminino pode variar de glabro e glutinoso (seção Cylindricae) até densamente
lanoso (seção Canescentes). A forma e a proporção de flores femininas/masculinas são
frequentemente usadas para delimitar seções. Em Axillaris, o invólucro é estreitamente
cilíndrico, com 1-12 flores femininas, de pappus curto e não acrescente. Em Cylindricae, o
invólucro varia de cilíndrico (B. linearifolia, B. rufescens) a oblongo (Baccharis camporum,
B. cognata), com 4-40 flores de pappus acrescente. Nas espécies da seção Baccharis, o
invólucro é tipicamente campanulado, com brácteas involucrais dispostas em 3-5 séries, ao
passo que em Canescentes, ele é hemisférico, com brácteas em 2-4 séries.
Invólucro masculino
Varia desde de cilíndrico e com quatro flores (Baccharis pampeana) até hemisférico,
com mais de 100 flores (Baccharis maxima). Pode ser glabro e glutinoso (seção Axillaris) até
densamente lanoso (seção Curytibensis). Em muitas seções a proporção de flores
masculinas/femininas é de 1:1 dentro de uma espécie (seção Agglomeratae, Canescentes),
enquanto em outras seções, o número de flores masculinas pode ser menor (seção
Baccharidastrum, Tridentatae).
Receptáculo
49
Geralmente plano, em algumas espécies apresenta-se cônico (Baccharis dubia, B.
wagenitzii), glabro ou com poucos tricomas (bisseriados e/ou flageliformes). O receptáculo é
paleáceo
nos capítulos femininos das espécies pertencentes
às
seções Dubiae,
Heterothalamus, Heterothalamulopsis, Oblongifoliae e Trinervatae. A pálea das espécies
pertencentes as três primeiras seções permanecem na maturação do fruto, enquanto das outras
duas não.
Flores
O gênero Baccharis comporta indivíduos femininos, com capítulos tendo apenas flores
femininas e indivíduos masculinos, com capítulos contendo apenas flores masculinas. Os
capítulos das sete espécies que fogem a esta regra são descritos no ítem Distribuição dos
sexos.
Flores femininas
As flores femininas possuem corola tubular a filiforme, de ápice denteado (Fig. 5),
truncado (Fig. 6), breve-ligulado ou ligulado, e base bulbiforme ou não. Nas seções Axillaris
e Retusae, a corola normalmente é tubular-filiforme até filiforme, com ápice 5-denteado e
base bulbiforme, com tricomas bisseriados distribuídos uniformemente ao longo do tubo. Em
Cylindricae, a corola é filiforme, com ápice 5-denteado e base não engrossada. Em Baccharis
axillaris (Fig. 5b), da seção Axillaris, o ápice é provido de dentes breves e obtusos, enquanto
em Baccharis pampeana, pertencente à mesma seção da espécie anterior, o ápice é dotado de
longos dentes oblongos, que normalmente se prolongam até a metade do comprimento total
da corola. Em Baccharis tridentata (Fig. 5c) e B. mesoneura (Fig. 6c) da seção Tridentatae, a
corola é provida de tricomas bisseriados, com ápice 5-denteado, provido de dentes
lanceolados e agudos. Em Baccharis platypoda (Fig. 5 A) da seção Agglomeratae, ela se
apresenta tubular-filiforme, de ápice 5-denteado e base não engrossada, glabra ou com
escassos tricomas flageliformes. As espécies da seção Baccharis e Racemosae apresentam
corola com tricomas bisseriados e glandulares distribuídos uniformemente ao longo do tubo; o
ápice é denteado, com dentes lanceolados e agudos.
Em Baccharis coridifolia (seção Tarchonanthoides), a corola é tubular, com ápice
dotado de 5-dentes lanceolados, com escassos tricomas distribuídos ao longo do tubo. Nas
demais espécies desta seção, bem como em Canescentes e Ferruginescentes e em Baccharis
crassipappa e B. myriciifolia (seção Myriciifoliae), são semelhantes ao observado na espécie
anterior.
50
B
C
200 µm
A
D
F
E
G
H
Figura 5 – Ápice denteado das corolas das flores femininas: A) Baccharis platypoda (L. Krieger & Urbano
20.236). B) B. axillaris (L. P. Deble et al. 1.118). C) B. tridentata (L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble 4.135).
D) B. lymanii (L. P. Deble et al. s.n.). E) B. retusa (L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble 4.137). F) B.
dracunculifolia (L. P. Deble et al. s.n.). G) B. rufescens (L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n.). H) B.
mesoneura (M. Sobral et al. 4.946).
51
B
C
200 µm
A
D
F
E
G
H
Figura 6 – Ápice truncado das corolas das flores femininas: A) B. anomala (L. P. Deble & A. S. de OliveiraDeble s.n.); B) B. vulneraria (A. S. de Oliveira-Deble & L. P. Deble s.n.); C) B. quitensis (S. A. Nicolau et al.
1.780); D) B. conyzoides (A. Sehnem 5658); E) B. maxima (R. Simão-Bianchini et al. 703). Variações das
corolas em Caulopterae: F) B. usterii (J. N. C. Marchiori, L. P. Deble & A. S. de Oliveira s.n.); G) B.
riograndensis (L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n.); H) B. articulata (Deble & A. S. de Oliveira-Deble
s.n.).
52
A corola é tubular ou tubular filiforme e com ápice truncado, de onde geralmente se
eleva uma coroa de tricomas bisseriados (glandulares e não glandulares), nas espécies das
seções Baccharidastrum, Molinae, Scandens e Trinervatae. Em Angustifoliae e Aristidentes, a
corola também é truncada no ápice; os tricomas, todavia, estão distribuídos uniformemente
ao longo do tubo.
Em Caulopterae se observa uma maior variação na forma das corolas. É filiforme e de
ápice breve ligulado em Baccharis articulata (Fig. 6 H). Em Baccharis riograndensis (Fig. 6
G) e B. usterii (Fig. 6 F), a lígula possui três lóbulos agudos, aparentado a forma denteada, em
Baccharis trimera, por sua vez, ela é truncada. A corola é tubular e com ápice distintamente
ligulado nas espécies das seções Dubiae, Heterothalamus e Heterothalamulopsis.
Flores masculinas
Possuem menor variação de forma do que as femininas. São normalmente tubularcampanuladas, com ápice 5-secto ou 5-lobado. As flores de Baccharis aliena (seção
Heterothalamus) apresentam a metade superior engrossada, dividida apenas no ápice, em 5
dentes deltóides. Padrão semelhante foi citado por Cuatrecasas (1967) para Baccharis
grandiflora, B. granadina e B. fraterna. Em Baccharis maxima (seção Aristidentes), o ápice
é profundamente partido. Nas espécies da seção Tarchonanthoides, o ápice é lobado, provido
de tricomas esféricos no ápice dos lóbulos.
Flores neutras
São liguladas e amarelas, dispostas em 1-2-séries na margem dos capítulos masculinos
de apenas três espécies, todas pertencentes à seção Heterothalamus (Baccharis aliena, B.
hyemalis, B. psiadioides).
Flores perfeitas
Ocorre em apenas uma espécie no gênero (Baccharis pohlii), sendo tubulosocampanuladas, de ápice 5-denteado e estigma exserto ao tubo da corola, provido de ramas
oblongo-lineares.
Estigma
Nas flores femininas, normalmente é exserto até longo-exserto à corola, tendo ramas
filiformes, lanceoladas ou oblongas (Fig. 7 D-H). Nas espécies da seção Tarchonanthoides,
apresenta ramas breves e mais ou menos igualando a altura da corola. Em Baccharis
400 µm
A
B
C
E
D
H
F
G
Figura 7 – A-C) Rudimento do estigma das flores masculinas: A) Baccharis spicata, com ramas breves e
aderidas entre si. B) B. punctulata, com ramas lanceoladas e separadas. C) B. ochracea, com ramas breves e
separadas. D-H). Ápice do estigma das flores femininas: D) B. platypoda, com ramas lanceoladas e parcialmente
aderidas entre si. E) B. albolanosa, com ramas deltóides e separadas. F) B. dubia, com ramas deltóides e aderidas
entre si. G) B. orbygniana, com ramas filiformes e separadas. H) B. linearifolia, com ramas lanceoladas e
separadas.
54
crassipappa e B. myriciifolia (Seção Myriciifoliae), é apenas breve exserto. Em Baccharis
dubia (Fig. 7f) da seção Dubiae, apresenta-se longo-exserto, com ramas deltóides, por vezes
aderidas. Nas flores masculinas, o estigma é rudimentar e sua forma tem sido utilizada para a
definição de subgêneros e seções, dentro de Baccharis (CUATRECASAS, 1967; ARIZA
ESPINAR, 1973; GIULIANO, 2001; MÜLLER, 2006a). Ramas breves e aderidas (Fig. 7 A)
caracterizam as espécies das seções Axillaris, Baccharis, Cylindricae, Nitidae, Racemosae,
Retusae, Tridentatae. Em Agglomeratae, Dubiae, Heterothalamus e Tarchonanthoides, as
ramas são breves e separadas (Fig. 7 C), ao passo que ramas lanceoladas e separadas (Fig. 7
B), comumente exsertas à corola, são freqüentes nas seções Angustifoliae, Aristidentes,
Baccharidastrum, Caulopterae, Molinae, Scandens e Trinervatae. Nas seções Canescentes,
Curytibensis e Ferruginescentes, as ramas são lanceoladas e mais ou menos igualando a altura
da corola.
Antera
As anteras têm apêndices conectivos ovados com tecas rotundas, raramente suavemente
sagitadas na base, providas de apêndice basal. O ápice é do tipo 7 ou 8 (THIELE, 1988), ao
passo que as camadas de fibras da teca são do tipo Radial (THIELE, 1988). Um ducto de
secreção está presente na região do conectivo, estendendo-se até a base do apêndice apical.
Pólen
As nove espécies de Baccharis (B. aliena, B. glutinosa, B. hyemalis, B. leucocephala, B.
oblongifolia, B. psiadioides, B. riograndensis, B. rupestris e B. wagenitzii) (Fig. 8 [1-20] e 9
[21-36]) estudadas apresentam grãos de pólen médios em sua maioria, pequenos ou médios
somente em B. riograndensis, isopolares, prolato-esferoidais e oblato-esferoidais apenas em
B. leucocephala, âmbito subtriangular, área polar pequena, 3-colporados, sexina espinhosa e
caveada (Fig. 8 [5-8]). Colpos longos, com membrana ornamentada, melhor visualizada sob
MEV, endoaberturas nitidamente lalongadas. Espinhos com ápice agudo e base columelada,
com perfurações de tamanhos variados circundando a base (Fig. 8 [8, 10, 12]). Em B.
leucocephala, os espinhos são mais longos e com base mais estreita (Fig. 8 [5, 6]). Os
espinhos mais esparsos foram observados em B. riograndensis (Fig. 8 [17, 18]). As caveas
são estreitas (0,3-0,5 µm) em B. oblongifolia, B. glutinosa e B. leucocephala ou largas em B.
longiattenuata (ca. 0,9 µm) e em B. riograndensis (ca. 0,7 µm).
O material de comparação apresentou grãos de pólen com forma e área polar
semelhantes às do material padrão. Com relação aos valores dos diâmetros polar e equatorial,
55
estes ficaram, em sua maioria, fora dos limites do intervalo de confiança, mas dentro dos
limites da faixa de variação, quando comparados com o material padrão. No espécime padrão,
Baccharis glutinosa apresentou grãos de pólen de tamanho médio e, nos de comparação,
tamanho pequeno; em B. riograndensis, o espécime padrão apresentou grãos de pólen de
tamanho pequeno e os de comparação (L. P. Deble & A. S. de Oliveira 5.595 e L. P. Deble &
A. S. de Oliveira 5596), tamanho médio.
Baccharis wagenitzii (Fig 9 [21-24]) apresentou grãos de pólen de tamanho pequeno,
isopolares, prolato-esferoidais, âmbito subtriangular, área polar pequena, 3-colporados, sexina
espinhosa e caveada. Colpos longos, com membrana ornamentada (Fig. 9 [24]), endoaberturas
nitidamente lalongadas. Espinhos com ápice agudo e base columelada, com perfurações de
tamanhos variados circundando a base (Fig. 9 [22]). As cáveas são estreitas, de difícil
visualização (ca. 0,4 µm).
O material de comparação apresentou grãos de pólen com forma e área polar
semelhantes às do material padrão. Com relação aos valores dos diâmetros polar e equatorial,
estes ficaram, em sua maioria, fora dos limites do intervalo de confiança, mas dentro dos
limites da faixa de variação quando comparados com o material padrão.
Em Baccharis aliena, B. hyemalis e B. psiadioides (Fig. 9 [25-36]) os grãos de pólen
são pequenos, isopolares, prolato-esferoidais, âmbito subtriangular, área polar grande apenas
em B. psiadoides e pequena nas demais espécies, 3-colporados, sexina espinhosa e caveada
(Fig. 9 [25, 30, 34]). Colpos longos (Fig. 9 [23, 32, 36]), endoaberturas nitidamente
lalongadas. Espinhos com ápice agudo e base columelada, com perfurações de tamanhos
variados circundando a base (Fig. 9 [26, 29, 31]). Em B. aliena, os espinhos são mais curtos e
com base mais larga (Fig. 9 [25, 26]). Espinhos com distribuição mais esparsa foram
observados em B. hyemalis (Fig. 9 [35, 36]). As cáveas são estreitas (Fig. 9 [30, 34]), de
difícil visualização.
O material de comparação apresentou grãos de pólen com forma e área polar
semelhante às do material padrão. Com relação aos valores dos diâmetros polar e equatorial,
estes ficaram dentro dos limites da faixa de variação e fora dos limites do intervalo de
confiança, quando comparados com o material padrão.
As espécies de Baccharis apresentaram grãos de pólen muito semelhantes, diferindo
apenas quanto ao tamanho e forma. As dimensões dos espinhos variaram em B. leucocephala
e, em relação à distância, os mais esparsos foram encontrados apenas em B. riograndensis. As
espécies de Baccharis aliena, B. hyemalis e B. rupestris apresentaram diferenças no tamanho
da área polar e nas dimensões dos espinhos.
Figura 8 – Fotomicrografias e eletromicrografias do pólen de espécies de Baccharis L.: 1-4. B. oblongifolia vista polar: corte óptico (1); vista geral na região do apocolpo MEV (2); vista equatorial: corte óptico e abertura
(3); abertura e superfície MEV (4). 5-8. B. leucocephala - vista polar: corte óptico (5); vista geral na região do
apocolpo MEV (6); vista equatorial: corte óptico e abertura (7); abertura e superfície MEV (8). 9-12. B.
longiattenuata - vista polar: corte óptico (9); vista geral na região do apocolpo MEV (10); vista equatorial: corte
óptico e abertura (11); abertura e superfície MEV (12). 13-16. B. glutinosa - vista polar: corte óptico (13); vista
geral na região do apocolpo MEV (14); vista equatorial: corte óptico e abertura (15); abertura e superfície MEV
(16). 17-18. B. riograndensis - vista polar: corte óptico (17); vista geral na região do apocolpo MEV (18); vista
equatorial: corte óptico e abertura (19); abertura e superfície MEV (20). A seta indica a cávea.
57
Figura 9 - Fotomicrografias e eletromicrografias do pólen de espécies de Baccharis L. 21-23. B. wagenitzii vista polar: corte óptico (21); vista geral na região do apocolpo MEV (22); vista equatorial: corte óptico e
abertura (23). 24-27. B. aliena - vista polar: corte óptico (24); vista geral na região do apocolpo MEV (25); vista
equatorial: corte óptico e abertura (26); abertura e superfície MEV (27). 28-32. H. psiadoides - vista polar: corte
óptico (28); vista geral na região do apocolpo MEV (29); vista equatorial: abertura (30); abertura MEV (31);
superfície MEV (32). 33-36. B. rupestris - vista polar: corte óptico (33); vista geral na região do apocolpo MEV
(34); vista equatorial: corte óptico e abertura (35). abertura e superfície (36). A seta indica a cávea. As setas
indicam a cávea.
58
As primeiras referências sobre palinologia de Baccharis halimifolia L. (espécie-tipo) foram
fornecidas por Wodehouse (1935) e Erdtman (1952); os mesmos autores definiram os grãos
de pólen em Baccharis como oblato-esferoidais, pequenos até médios, com diâmetro polar de
18 – 32 µm e diâmetro equatorial de 20-32µm. Stix (1960) criou o tipo Baccharis, com base
em Baccharis heterophylla H.B.K., espécie centro-americana. As espécies sul-brasileiras de
Baccharis apresentam características polínicas que permitem enquadrá-las no tipo descrito
pela autora, por terem, igualmente, grãos de pólen pequenos a médios, oblato-esferoidais,
tricolporados, endoabertura lalongada e sexina espiculada.
Ariza Espinar (1973) analisou o pólen de onze espécies centro-argentinas de Baccharis;
destas, B. articulata Pers., B. crispa Spreng., B. pingraea DC. e B. stenophylla Ariza são
também comuns à flora do Brasil. Para o conjunto das espécies, o pólen foi caracterizado
como 3-colporado, endoaberturas lalongadas, exina de 3 µm de espessura, nexina delgada,
sexina com teto fino, constituída por columelas delgadas, às vezes coalescentes, e espinhos de
base larga, contraída subitamente até o ápice. As espécies analisadas apresentaram a espessura
da exina com valores maiores do que os encontrados pelo autor e nem sempre os espinhos
apresentaram as características apontadas acima.
A homogeneidade da tribo Astereae foi observada por Nair, Lawrence (1985). As
autoras caracterizaram a tribo como tendo grãos de pólen 3-colporados, com endoabertura
lalongada, exina espinhosa e presença de cávea. Os gêneros aqui analisados foram
considerados estenopalinológicos e, portanto, pode-se concordar com a afirmativa dos
autores.
Barth (1989) analisou amostras de mel brasileiro contendo grãos de pólen não
acetolisados. O tipo Compositae B, criado pela autora, reuniu Baccharidastrum sp. e
Baccharis calvescens DC. Este tipo (Compositae B) foi caracterizado por apresentar grãos de
pólen oblato-esferoidais, 3-colporados, com colpos longos, endoabertura circular, apocolpos
pequenos, ausência de cávea e espículos agudos. Confrontando as informações de Barth
(1989) com as descrições apresentadas, conclui-se que as espécies não podem ser enquadradas
no tipo B, principalmente pela presença de cávea aqui encontrada.
Na descrição de Baccharis trinervis (Lam.) Pers., Roubik, Moreno (1991) reconheceram
grãos de pólen prolato-esferoidais, 3-colporados, com endoaberturas lalongadas e sexina
espinhosa, características igualmente observadas pelos autores no presente trabalho, com
exceção da presença da cávea, não citada pelos autores.
Mendonça et al. (2002) descreveram palinologicamente três espécies de Baccharis (B.
archtostaphyloides Baker, B. serrulata Pers. e B. singularis (Vell.) Barroso), caracterizando-
59
as por apresentar grãos de pólen pequenos ou médios, oblato-esferoidais, área polar muito
pequena, 3-colporados, exina espinhosa e caveada. De acordo com as descrições observadas
no presente trabalho, pode-se concluir que as espécies apresentaram características polínicas
semelhantes.
Em estudo da variabilidade polínica em plantas de Campos de Jordão, Melhem et al.
(2003) descreveram seis espécies de Baccharis (B. anomala DC., B. dracunculifolia DC., B.
microdonta DC., B. pentziifolia Sch. Bip. ex Baker, B. sessiliflora Vahl e B. trimera (Less.)
DC.). Apesar de distintas das presentemente estudadas, tais espécies apresentaram
características semelhantes.
4.2 Descrição de Baccharis L.
Linnaeus, Sp. Pl.: 860. 1753; Gen. Pl. ed. 5, p. 310. 1754. Typus [conservanda, App. 3A, E3,
ICBN]: Baccharis halimifolia L.
= Sergilus Gaert., Fruct. et Semin. Pl. 2, p. 409, t. 174, f. 6, 1791. Typus: Sergilus scoparius
(L.) Gaertner [= Baccharis scoparia (L.) Swartz].
= Molina Ruiz & Pav., Fl. Peruv. 111, t. 24, 1794 (non Cav., 1790). Typus: Molina latifolia
Ruiz & Pavón [=Baccharis latifolia (Ruiz & Pavón) Persoon];
= Tursenia Cass., Dict. Sci. Nat. 37, p. 480, 1825. Syntypus: Baccharis humifusa Kunth,
Baccharis sinuata Kunth;
= Pingraea Cass., Op. cit. 41, p. 57, 1826. Typus: Pingraea angustifolia Cass. [=Baccharis
glutinosa Persoon];
= Stephananthus Lehm., Cat. Sem. Hort. Hamb. p. 18, 1826. Baccharis subg. Stephananthus
Lehmann) Heering, Schriften Naturwiss. Vereins Schleswig-Holstein n. 13, p. 39, 1904.
Arrhenachne Cass., Dict. Sci. Nat. 52, p. 253, 1828. Typus: Stephananthus [Arrhenachne]
juncea Cassini [=Baccharis juncea (Cassini) Desfontaines]
= Heterothalamus Less., Linnaea 5, p. 145, 1830. Typus: Marshalia “Melanthera” aliena;
= Polypappus Less., Linnaea 4, p. 314, 1829 et 6, p. 149, 1831. Typus: Vernonia triplinervia
[Baccharis trineura Soria & Zardini];
= Achyrobaccharis Schultz Bipontinus ex Walpers, Repert. Bot. Syst. 2, p. 952, 1843. Typus:
sem indicação “Baccharides receptaculo paleaceo”;
= Icma Phil. Anales Univ., Chile 41, p. 740, 1872. Typus: Icma involucrata Phil. [=
Baccharis involucrata (Phil.) Hoffm., Baccharis icma Heering]
= Psila Phil., Anales Mus. Nac. Chile secc. 2, Bot. 7, p. 36, 1891. Typus: Psila caespitosa
Philippi [= Baccharis acaulis (Weddell ex R. E. Fries) Cabrera];
60
= Palenia Phil., Anales Mus. Nac. Chile 90, p. 7, 1895. Typus: Palenia delfini Philippi [=
Baccharis nivalis (Weddell) Schultz Bipontinus ex Philippi];
= Eupatoriola O. Hoffm. & Kuntze, Rev. Gen. pl. 3 (2), p. 133, 1898. Typus: Baccharis
oppositifolia O. Kuntze;
= Baccharidastrum Cabrera, Notas Mus. La Plata 2, p. 175, 1937. Typus: Conyza triplinervia
Less. [= Baccharis vulneraria Baker];
= Pseudobaccharis Cabrera, Notas Mus. La Plata, Bot. 9 (46), p. 246, 1944. Typus:
Pseudobaccharis spartioides (Hooker & Arnott ex DC.) Cabrera [= Baccharis spartioides
(Hooker & Arnott ex DC.) Remy];
= Baccharidiopsis G. M. Barroso, Sellowia 26, p. 95, 1975. Typus: Aster pohlii Baker [=
Baccharis pohlii (Baker) A. S. Oliveira & Deble];
= Neomolina F. H. Hellwig, Candollea 48, p. 212, 1993. Typus: Molina racemosa Ruiz &
Pavón [= Baccharis racemosa (Ruiz & Pavón) Persoon;
= Heterothalamulopsis Deble, A. S. Oliveira & Marchiori, Ci. Florest. (Santa Maria) 14, n. 1,
p. 1, 2004. Typus: Heterothalamus wagenitzii F. H. Hellwig.
Plantas monóicas, dióicas, polígamo-dióicas, imperfeitamente dióicas ou trióicas. Ervas,
subarbustos, arbustos, lianas ou pequenas árvores. Folhas alternas, subopostas, mais
raramente opostas, peninérvias ou 1-3-5 nervadas, inteiras ou, mais freqüentemente,
denteadas na metade superior, sésseis ou atenuadas em pecíolo (por vezes pecioladas), de
textura papirácea, cartácea ou coriácea. Capítulos pedunculados ou sésseis, solitários ou
formando panículas axilares, racemos ou cimas corimbiformes. Capítulos discóides,
disciformes ou radiados, homógamos, raro heterógamos. Invólucro dos capítulos femininos
cilíndricos, oblongos, campanulados ou hemisféricos, com brácteas em várias séries,
imbricadas; receptáculo plano, cônico ou convexo, liso ou alveolado, epaleáceo ou com páleas
caducas ou persistentes. Flores femininas com corola filiforme a tubular, de ápice denteado,
truncado ou ligulado; estilete geralmente exserto ao tubo da corola; aquênios femininos
desenvolvidos, cilíndricos, obovados ou comprimidos, 5-18-costados, glabros ou pubescentes,
por vezes glandulosos e com tricomas geminados; pappus formado por cerdas delgadas, algo
escabrosas, dispostas em 1-2-3 séries, acrescentes ou não, caducas ou persistentes,
freqüentemente unidas em anel basal. Invólucros dos capítulos masculinos geralmente
campanulados ou oblongos; brácteas involucrais em várias séries, imbricadas; flores
masculinas com corola tubulosa de ápice 5-lobado ou 5-secto, raramente 5-denteada ou
profundamente partido; anteras com tecas obtusas na base; rudimento estigmático com ramas
61
lanceoladas ou deltóides, separadas ou aderidas entre si; pappus formado por cerdas lisas ou
crespas, geralmente dilatadas no ápice; aquênios masculinos rudimentários.
4.3 Chave para as seções das espécies brasileiras de Baccharis L.
1a. Invólucro feminino paleáceo; páleas persistentes na maturação do fruto. Flores femininas
de ápice distintamente ligulado
.....................................................................................................................................................2
1b. Invólucro feminino geralmente desprovido de páleas (quando paleáceo, com páleas
caducas não permanecendo na maturação do fruto). Flores femininas de ápice denteado ou
truncado (raramente breve-ligulado)
.....................................................................................................................................................4
2a. Capitulescência disposta em glomérulos terminais. Aquênios 10-costados
......................................................................................................HETEROTHALAMULOPSIS
2b. Capitulescência disposta em ramos corimbiformes simples. Aquênios 5-7-costados
.....................................................................................................................................................3
3a. Capítulos com pedúnculos pubescentes; os masculinos perfeitos ou com 8-15 flores
marginais femininas, com lígulas brancas ou creme, não excedendo a altura do invólucro.
Aquênios pubescentes
........................................................................................................................................DUBIAE
3b. Capítulos com pedúnculos glabros; os masculinos com 15-40 flores marginais neutras,
com lígulas amarelas, excedendo a altura do invólucro. Aquênios glabros
.................................................................................................................HETEROTHALAMUS
4a. Flores femininas de ápice truncado ou breve-ligulado
................................................................................................................................................... 5
4b. Flores femininas de ápice denteado
.................................................................................................................................................. 12
5a. Ápice dos aquênios visíveis entre as brácteas involucrais (na maturação). Pappus das
flores femininas 2-3-seriado
.................................................................................................................................................... 6
5b. Ápice dos aquênios não visíveis entre as brácteas involucrais. Pappus das flores femininas
1-seriado, raramente com poucas cerdas adicionais
.................................................................................................................................................... 7
6a. Folhas reduzidas, uninérvias, lineares. Capítulos isolados ou reunidos em corimbos
paucicéfalos (até 5 capítulos)
62
..................................................................................................................... ANGUSTIFOLIAE
6b. Folhas mais largas, trinérvias ou retinérvias. Capítulos reunidos em panículas folhosas de
ramos corimbiformes terminais ou axilares
......................................................................................................................... ARISTIDENTES
7a. Receptáculo feminino paleáceo
......................................................................................................................... TRINERVATAE
7b. Receptáculo feminino desprovido de páleas
.................................................................................................................................................... 8
8a. Caules alados
......................................................................................................................... CAULOPTERAE
8b. Caules sem alas
.................................................................................................................................................... 9
9a. Plantas herbáceas e rizomatosas
............................................................................................................. BACCHARIDASTRUM
9b. Plantas escandentes, subarbustivas ou arbustivas, com caules lenhosos ao menos na base,
não rizomatosas
.................................................................................................................................................. 10
10a. Plantas escandentes. Capítulos dispostos em panículas folhosas de ramos corimbiformes
terminais. Indumento nunca em tufos, composto de tricomas bisseriados glandulares e não
glandulares, flageliformes e em pedestal
............................................................................................................................ SCANDENTES
10b. Plantas subarbustivas ou arbustivas. Capítulos sésseis ou pedunculados, dispostos em
espigas curtas e terminais ou em corimbos compostos agrupados em capitulescências
corimbóides. Indumento em tufos, com tricomas glandulares bisseriados e não glandulares
flageliformes adicionais
.................................................................................................................................................. 11
11a. Capítulos sésseis, dispostos em espigas curtas e terminais
............................................................................................................................ ORGANENSIS
11b.
Capítulos pedunculados,
dispostos em
corimbos compostos agrupados
em
capitulescências corimbóides
................................................................................................................................... MOLINAE
12a. Receptáculo feminino com páleas
..................................................................................................................... OBLONGIFOLIAE
12b. Receptáculo feminino desprovido de páleas
63
.................................................................................................................................................. 13
13a. Plantas glabras ou aparentando glabras (com escassos tricomas flageliformes e/ou
glandulares), com folhas glutinosas em ambas as faces
.................................................................................................................................................. 14
13b. Plantas tomentosas ou lanuginosas ao menos nos ramos jovens. Folhas, ao menos na face
abaxial, não glutinosas
.................................................................................................................................................. 18
14a. Folhas peninérvias, com 6-12 cm de comprimento. Capitulescência dimorfa: as
femininas, em glomérulos densos, sésseis e terminais; as masculinas em glomérulos
pedunculados oriundos na axila de brácteas foliáceas
.................................................................................................................... AGGLOMERATAE
14b. Folhas 1-3-nervadas [raramente peninérvias ou reticuladas, então com até 4 cm de
comprimento]. Capitulescência monomorfa
.................................................................................................................................................. 15
15a. Capitulescência disposta em ramos corimbiformes terminais. Capítulos femininos
pedunculados, com invólucro campanulado
...........................................................................................................................TRIDENTATAE
15b. Capitulescência disposta em espigas folhosas ou racemos folhosos de glomérulos
terminais. Capítulos femininos sésseis ou breve pedunculados, com invólucro estreitamente
cilíndrico a oblongo
.................................................................................................................................................. 16
16a. Pappus das flores femininas 2-seriado, acrescente
............................................................................................................................CYLINDRICAE
16b. Pappus das flores femininas 1-seriado [raramente com poucas cerdas adicionais], não
acrescente
.................................................................................................................................................. 17
17a. Capítulos femininos dispostos na axila das folhas superiores compondo pseudoespigas
folhosas terminais
................................................................................................................................. AXILLARIS
17b. Capítulos femininos dispostos em racemos folhosos de glomérulos terminais
.................................................................................................................................... RETUSAE
18a. Aquênios glabros. Rudimento do estigma das flores masculinas com ramas breves e
aderidas entre sí
................................................................................................................................................. 19
64
18b. Aquênios pubescentes. Rudimento do estigma das flores masculinas com ramas deltóides
ou lanceoladas, livres
.................................................................................................................................................. 22
19a. Capítulos sésseis ou breve pedunculados, dispostos em espigas ou racemos folhosos
.................................................................................................................................................. 20
19b. Capítulos pedunculados, dispostos em racemos folhosos axilares ou ramos
corimbiformes simples, axilares ou terminais
.................................................................................................................................................. 21
20a. Capítulos sésseis, ordenados em espigas folhosas
............................................................................................................................... BACCHARIS
20b. Capítulos breve-pedunculados, dispostos em racemos folhosos
..............................................................................................................................RACEMOSAE
21a. Pappus das flores femininas com cerdas estreitamente filiformes e caducas. Estigma
longo exserto ao tubo da corola
..................................................................................................................................... NITIDAE
21b. Pappus das flores femininas com cerdas engrossadas e persistentes. Estigma de igual
comprimento ou breve exserto ao tubo da corola
......................................................................................................................... MYRICIFOLIAE
22a. Capítulos ordenados em ramos corimbiformes terminais
.................................................................................................................................................. 23
22b. Capítulos dispostos em racemos folhosos de ramos racemiformes
.................................................................................................................................................. 24
23a. Aquênios 10-costados. Pappus das flores femininas caduco
......................................................................................................................... CURITYBENSIS
23b. Aquênios 5-costados. Pappus das flores femininas persistente
..........................................................................................................................CANESCENTES
24a. Plantas herbáceas ou lenhosas apenas na base. Folhas sésseis, de até 5 cm de
comprimento por 0,8 cm de largura
........................................................................................................... TARCHONANTHOIDES
24b. Plantas arbustivas. Folhas pecioladas, de mais de 5 cm de comprimento por 0,8 cm de
largura
...............................................................................................................FERRUGINESCENTES
65
4.4 Classificação infragenérica das espécies brasileiras de Baccharis L.
4.4.1 Seção Agglomeratae Giuliano
D. A. Giuliano, Novon, v. 15, n. 4, p. 535, 2005.
Typus: Baccharis platypoda DC., Prodr. 5, p. 409, 1836.
Plantas dióicas, arbustivas; caules ascendentes ou eretos, glutinosos e glabrescentes, com
escassos tricomas flageliformes em tufos. Folhas pecioladas, obovadas a oblongas,
peninervadas (6-12 cm de comprimento), com todas as nervuras destacadas, glabrescentes,
glutinosas em ambas as faces, de margens íntegras ou denteadas. Capitulescências dimorfas;
as femininas, sésseis, formando glomérulos densos e terminais (Fig. 3 H); as masculinas,
pediceladas, formando glomérulos agrupados em pedúnculos, na axila de brácteas foliáceas
(Fig. 3 F). Receptáculo plano, alveolado e desprovidos de páleas. Capítulos femininos
oblongo-campanulados, pauci a multifloros (6-20 flores); corola tubuloso-filiforme, de ápice
denteado; pappus bisseriado, pouco acrescente ou acrescente e caduco; aquênios cilíndricos,
10-12-costados, glabros, com epiderme estriada. Capítulos masculinos campanulados, pauci a
multifloros (6-20 flores); corola tubulosa, 5-lobada no ápice; rudimento do estigma com
ramas breves e aderidas entre si (Fig. 7 A); pappus unisseriado, com cerdas espessadas no
ápice.
Comentários: A seção Agglomeratae caracteriza-se pela capitulescência dimorfa, folhas
grandes, pecioladas e peninervadas; demonstra relação com as espécies da seção Retusae,
porém distingue-se pela capitulescência monomorfa disposta em glomérulos densos e
terminais (versus glomérulos no ápice dos ramos ou, menos freqüentemente, na axila das
folhas) e pappus das flores femininas bisseriado, pouco acrescente a acrescente (versus
pappus das flores femininas unisseriado e não acrescente).
Distribuição geográfica: Seção com uma espécie, com ocorrência no Brasil e nos Andes da
Bolívia e Peru.
4.4.1.1 Baccharis platypoda DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 409, 1836.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Vauthier 283 ♂ (Lectotypus [designado por Giuliano, 2005]:
G-DC n.v., Foto digitalizada do lectótipo G-DC!).
66
= Baccharis syncephala Sch.-Bip, Bonplandia 4, p. 54, 1856. Typus: BOLÍVIA, s. l., ♂, Bang
2261 (Holotypus NY n.v.).
= Baccharis condensata Rusby, Descr. New Sp. S. Am. Pl. 148, 1920. Typus: BOLÍVIA, La
Paz, Prov. Tamayo, Ingles-Ingles, 6000 ft, 16.VIII.1902, ♂, Willians 1445 (Holotypus NY
n.v.).
Referência: J. Müller (Syst. Bot. Monog. v. 76, p. 129-132, 2006); G. M. Barroso
(Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 130-131, 1976).
Iconografia: J. Müller (op. cit. p. 131, fig. 45 a-q, 2006); R. P. Malagarriga-Heras (Mem.
Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 51, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de
Janeiro e São Paulo), Bolívia e Peru. Habita regiões de altitude.
Etimologia: Derivação do grego que se refere aos ramos alongados da capitulescência
masculina.
Material estudado: BRASIL – Espírito Santo, Alfredo Chaves, estrada São Bento de
Urânia a Castelinho, arbusto 1,50 m, capítulo creme, ♂, encosta de morro com solo arenosos
vegetação baixa, 900-1.000 m s.m., 7.VII.1996, G. & M. Hatschbach, J. M. Silva 65.259
(MBM). Minas Gerais, Ouro Branco, Serra, arbusto alto, em mata de galeria, flores brancas
acinzentadas, ♀, 21.VI.1984, L. Krieger & Urbano 20.236 (MBM) UFJF). Paraná,
Antonina, Serra Ibitiraquire, Pico Paraná, subarbusto 40 cm, capítulos creme, matinha
nebular do cume do morro, exemplar ♂ 1.922 m s.m., 20.XII.1977, O. S. Ribas et al. 2.183
(MBM). Campina Grande do Sul, Pico Paraná, Serra Ibitiraquire, rampa do pouso da torre,
arbusto 50 cm, exemplar ♂, 1.800 m s.m., 2.V.1971, N. Imaguire 503 (MBM).
4.4.2 Seção Angustifoliae Baker
J. Baker, in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 55, 1882. emend. Cuatrecasas Revista Acad. Colomb.
Ci. Exact. 13, p. 88, 1967.
Lectotypus: Baccharis ulicina Hook. & Arn.; designado por J. Cuatrecasas (Revista Acad.
Colomb. Ci. Exact. 13, p. 88, 1967).
67
= Stephananthus Lehm., Cat. Sem. Hort. Hamb., p. 18, 1826; [= Subgênero Stephananthus
(Lehm.) Heering, em Reiche, anales Univ. Chile 111, p. 154, 1902; Jahrb. Hamburg. Wiss.
Anst. Beih. 21, p. 15, 1904; Seção Stephananthus (Lehm.) Cuatrec., Revista Acad. Colomb.
Ci. Exact. 13: 89. 1967. Typus: Stephananthus junceus Lehm. (= Baccharis juncea (Lehm.)
Desf.)];
= Seção Aphyllae Baker, Martius Fl. Bras. 6, III, p. 45, 1882, p. p. excl. typ.;
= Psila Phil., Anales Mus. Nac. Santiago de Chile, Séc. 2, Bot. 8, p. 36, 1891; [= Seção Psila
(Phil.) Cuatrec., Phytologia 52, p. 168, 1982. Typus: Psila caespitosa Phil. (= Baccharis
acaulis (Wedd. ex R. E. Fr.) Cabrera)];
= Seção glandulocarpae G. L. Nesom, Phytologia 68, p. 43, 1990. Typus: Baccharis wrightii
A. Gray;
Plantas dióicas, herbáceas ou subarbustivas, glabras ou glabrescentes, com ramos
freqüentemente flexuosos. Folhas geralmente lineares ou reduzidas, uninervadas, inteiras ou
levemente denteadas, por vezes ausentes nos ramos férteis. Indumento constituído de tricomas
flageliformes e bisseriados glandulares. Capitulescências pedunculadas, geralmente solitárias
(Fig. 4 E) ou formando pequenos grupos de ramos corimbiformes paucicéfalos (Fig. 3 E).
Capítulos femininos campanulados, multifloros (15-100 flores); receptáculo plano,
desprovidos de páleas; flores femininas com corola tubuloso-filiforme de ápice truncado;
pappus das flores femininas, 2-3-seriado, acrescente, persistente; aquênios glabros ou
pubérulos 5-10-costados, provido de tricomas geminados ou não e epiderme lisa; de ápice
visível entre as brácteas involucrais (na maturação). Capítulos masculinos hemisféricos,
multifloros (30-40 flores); flores masculinas com corola tubulosa 5-lobada; rudimento do
estigma com ramas lanceoladas e separadas entre si (Fig. 7 B); pappus das flores masculinas
espessadas no ápice.
Comentários: Angustifoliae demonstra afinidade com a seção Aristidentes, da qual separa-se
pelas folhas reduzidas e uninérvias (versus folhas trinérvias ou retinérvias) e pelo capítulos
isolados ou reunidos em corimbos paucicéfalos (até 5 capítulos) (versus reunida em panículas
folhosas de ramos corimbiformes terminais ou axilares). Neste trabalho, Baccharis
orbignyana Klatt, foi incluído na seção Angustifoliae por apresentar capitulescências
pedunculadas geralmente solitárias, flores femininas com corola tubuloso-filiforme de ápice
truncado; pappus das flores femininas, 2-3-seriado, acrescente e persistente; aquênios glabros
ou pubérulos 5-10-costados.
68
Observação: Giuliano (2005) segregou Angustifoliae em duas séries: Angustifoliae e
Uniflorae, esta última difere da série típica por incluir plantas com folhas trinervadas (versus
uninervadas), dotadas de tricomas em tufos (versus tricomas, quando presentes, nunca em
tufos). O autor inclui sete espécies, seis dos Andes do Equador, Peru e Bolívia e uma do
sudeste do Brasil (Baccharis trineura Soria & Zardini). Sobre a posição infragenérica destas
espécies, ver comentários em espécies não incluídas em seção.
Distribuição geográfica: Cerca de 20 espécies, distribuídas desde a América do Norte até a
Patagônia. Ocorrendo em áreas campestres e ao longo da Cordilheira dos Andes (GIULIANO,
2005). No Brasil está representado por 2 espécies.
4.4.2.1 Baccharis arenaria Baker
J. Baker, in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 62, 1882.
Typus: URUGUAI, margem arenosa do rio Santa Lucia, Sellow d588 ♀ (Holotypus B n.v.
Foto F 14917!).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte 6, p. 283-284, fig. 159 a-h,
1974); G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 89, 1976); D. A. Giuliano (In: Hunziker, A.
T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 21, 2000).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 283, fig. 159 a-h, 1974).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio Grande do Sul), Uruguai e Argentina. Habita dunas
litorâneas e campos arenosos.
Etimologia: Referência ao hábitat, onde foi coletada a espécie-tipo.
Observações: O material de Baccharis arenaria Baker citado por G. M. Barroso & O. Bueno
(2002) para Santa Catarina corresponde a Baccharis semiserrata DC.
Material estudado – BRASIL, Rio Grande do Sul, Jaguarão, 10.XI.1964, Ir. Edésio
10.677 (R). Pelotas, Praia do Barro Duro, subarbusto em restinga, 19.XII.1988, J. A.
Jarenkow 1.121 (FLOR); Praia do Laranjal, 10.XI.1946, Ir. E. Maria 10.667 (R). Rio
69
Grande, Estação Ecológica do Taim, dunas litorâneas semi-fixas, 16.XI.2003, L. P. Deble et
al. s.n. (MBM). Torres, Parque Ten. Portillo, 17.III.1977, K. Hagelund 11.336 (CTES).
4.4.2.2 Baccharis orbignyana Klatt
Abh. Natura. Ges. Halle 15, p. 327, 1881.
Typus: BOLÍVIA, Santa Cruz, Prov. Chiquitos, Santiago de Chiquitos, sommet de
montagne, ♂, d’Orbigny 883 (Holotypus P n.v. Foto digitalizada do holótipo P!).
Referência: J. Müller (Syst. Bot. Monog. v. 76, p. 263-264, 2006); G. M. Barroso
(Rodriguésia v. 28 n. 40, p. 173, 1976 [s. nom. B. multisulcata]).
Iconografia: J. Müller (op. cit., p. 264, fig. 104 a-r, 2006); G. M. Barroso (op. cit. p. 257, foto
29, 1976 [s. nom. B. multisulcata]).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro,
São Paulo e Paraná) e Bolívia (Müller, 2006). Habita campos secos e pedregosos.
Etimologia: Em homenagem a Charles Henry Dessalines d' Orbigny (1806-1876).
Material estudado: BRASIL – Distrito Federal, Brasília, Horto do Guará, Cerro
Queimado, planta pequena, ♀, 13.VIII.1961, E. P. Heringer 8625/819 (SP); entre Gama e
Brasília, , próximo a estrada para Anápolis, erva de 0,80-1 m, capítulos brancos, ♂, 1.175 m
s.m., 26.IX.1965, H. S. Irwin et al. 8.674 (SP NY). Paraná, Palmeira, Rio Papagaios,
campo limpo, recém queimado, 31.I.1959, G. Hatschbach 5.430 (HBR). Ponta Grossa,
Fortaleza, in campo, 22.XII.1903, P. Dusén 2.881 (R).
4.4.3 Seção Aristidentes G. L. Nesom
G. L. Nesom, Phytologia 68, p. 42, 1990.
Typus: Baccharis multiflora Kunth; Nov. Gen. Sp. n. 4, p. 59, 1818.
= Seção Paniculatae Heering Subseção II, Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. Beih. 21: 21, 1904;
= Gênero Neomolina F. Hellwig, Candollea 48, p. 212, 1993. Typus: Molina racemosa Ruiz
& Pav. [= Baccharis racemosa (Ruiz & Pav.) DC.].
70
Plantas geralmente dióicas, herbáceas, hirsutas. Folhas retinérvias ou trinérvias, concolores,
inteiras ou denteadas. Indumento em tufos, constituído de tricomas bisseriados e glandulares e
tricomas unisseriados flageliformes, associados a tricomas em pedestal. Capitulescências
pedunculadas dispostas em panículas folhosas de ramos corimbiformes terminais ou axilares
(Fig. 4 A). Capítulos femininos campanulados, multifloros (10-80 flores); receptáculo glabro,
desprovidos de páleas; flores femininas com corola tubuloso-filiforme, trucadas no ápice;
pappus das flores femininas, 2-3-seriado, acrescente, persistente; aquênios glabros ou
pubérulos, 5-10-costados, com epiderme estriada e tricomas geminados, de ápice não visível
entre as brácteas involucrais. Capítulos masculinos hemisféricos, multifloros (20-30 flores);
flores masculinas com corola tubulosa, 5-lobada ou 5-secta; rudimento do estigma com ramas
lanceoladas e separadas entre si (Fig. 7 B); pappus das flores masculinas espessadas no ápice.
Comentários: Apresenta relação com a seção Angustifoliae, da qual distingue-se pela
características descritas na seção anterior.
Distribuição geográfica: Reúne aproximadamente 7 espécies com distribuição no Uruguai,
Argentina e Brasil, onde está representada por 3 espécies.
4.4.3.1 Baccharis hirta DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 405, 1836.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow d384 [HIB 833] (Lectotypus [designado por
Barroso, 1976]: P n.v., Foto digitalizada do holótipo P! Foto F 37721! Isolectotypus R!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 88, 1976).
Iconografia: J. Baker (Fl. Bras. 6, III, tab. 31, 1882).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e Uruguai. Habita
regiões campestres.
Etimologia: Alude aos tricomas hírtulos que revestem a planta.
Material estudado: BRASIL – s. l. Sellow 967 ♀ (G-DC). Rio Grande do Sul, Bom Jesus,
Fazenda Bernardo Velho, in campis dumetosis, 10.I.1947, B. Rambo s.n. (PACA 34.888 LP).
71
Canguçu, cerca de 5 km a oeste, erva, em encosta de morro, capítulos brancos, 21.I.1987, J.
A. Jarenkow et al. 663 (PEL). Caxias do Sul, Vila Oliva, in campestribus dumetosis,
8.II.1955, B. Rambo s.n. (PACA 56.650). Jaquirana, encosta de morro, subarbusto 40 cm,
V.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (HDCF). São José dos Ausentes, em
vassoural, erva 50 cm, VI.1995, M. Sobral 7.931 (ICN). Vacaria, Faz. da Ronda, in
campestribus dumetosis, 6.I.1947, B. Rambo s.n. (PACA 34.888). Santa Catarina, Bom
Jardim da Serra, Capivaras, II.1891, E. Ule 1.773 (R); II.1891, E. Ule 1.775 (R).
Curitibanos, campos, III.1877, F. Müller 44 (R). São Joaquim, Rodovia São Joaquim-Bom
Jesus, descida para o Rio Pelotas, campo limpo, ereta, 11.III.1005, G. Hatschbach et al.
79.032 (MBM). URUGUAI, Maldonado, Cerro Pan de Azúcar, s.d., J. Chebataroff 3.660
(LP).
4.4.3.2 Baccharis maxima Baker
J. Baker, in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 80, 1882.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Itatiaia, Glaziou 4860 ♀ (Isotypus R!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 91, 1976).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 92, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre no estado do Rio de Janeiro, na Serra de Itatiaia.
Etimologia: Alude ao tamanho dos capítulos.
Observação: Baccharis maxima Baker é incluída nesta seção por apresentar flores femininas
com corola tubuloso-filiforme de ápice truncado; pappus das flores femininas, 2-3-seriado e
persistente, bem como pelos tricomas em pedestal nas folhas.
Material estudado: BRASIL – Rio de Janeiro, Itatiaia, Serra de Itatiaia, Retiro de Ramos,
16.V.1902, Dusén 25 (R); Agulhas Negras, campo de Itatiaia, ex. Herv. do Museu Paulista,
13.V.1906, Luederwaldt & P. Dusén s.n. (SP 16.621); entrada da Reserva do Itatiaia, divisa
com Minas Gerais, próximo a estrada, subarbusto 1,5 m, pappus e corola creme, ♀,
18.VI.1995, R. Simão-Bianchini et al. 703 (SP).
72
4.4.3.3 Baccharis prenanthoides Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 84, 1882.
Typus: BRASIL, São Paulo ad Juqueri, Lund 200 (Holotypus C n.v. Foto digitalizada do
holótipo C!).
Referência: J. Baker (op. cit. p. 84, 1882).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 375 folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de Minas Gerais e São Paulo.
Observação: Após a análise de duas fotos digitalizadas do holótipo da referida espécie,
constatou-se que o material referido em Barroso (1976) para B. medullosa, pertence, em
verdade, a Baccharis prenanthoides Baker.
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, s.l., Warming ad Lagoa Santa, 187 (Foto
digitalizada do holótipo C!).
4.4.4 Seção Axillaris (Giuliano) A. S. de Oliveira-Deble, comb. e stat. nov., ined.
Seção Cylindricae série Axillaris D. A. Giuliano, Novon, v. 15, n. 4, p. 538, 2005.
Typus: Baccharis axillaris DC., Prodr. 5, p. 407, 1836.
Plantas dióicas, subarbustivas, glabras e glutinosas, ascendentes a eretas, por vezes
xilopodíferas. Indumento, quando presente, constituído de tricomas unisseriados flageliformes
e bisseriados glandulares. Folhas sésseis ou breve pecioladas, 1-3-nervadas, raro peninérvias
ou retinérvias, glabras e normalmente pontoado-glandulares. Capitulescências sésseis ou
pediceladas, isoladas ou em grupos de 3-4 na axila das folhas (Fig. 4 G), difusas nos ramos ou
compondo, por vezes, pseudo-espigas folhosas axilares ou terminais (Fig. 3 A-B). Capítulos
femininos sésseis, cilíndricos, paucifloros (1-12 flores); receptáculo desprovido de páleas;
flores femininas com corola tubuloso-filiforme ou tubulosa de base engrossada, ápice
denteado; pappus das flores femininas unisseriado (raro parcialmente bisseriado), com cerdas
normalmente onduladas, não acrescente; aquênios cilíndricos, glabros e 8-16 costados, com
epiderme estriada. Capítulos masculinos, pedunculados, oblongos a campanulados, pauci a
multifloros (4-24 flores); flores masculinas com corola tubulosa de ápice 5-secto; rudimento
73
do estigma com ramas breves, aderidas entre si (Fig. 7 A); pappus das flores masculinas
unisseriado, com cerdas onduladas e ápice espessado ou não.
Comentários: A seção Axillaris reúne espécies com capitulescência disposta na axila das
folhas, difusas ou compondo pseudo-espigas folhosas terminais, invólucro feminino cilíndrico
e pappus não acrescente. Demonstra relação com a seção Retusae, da qual separa-se
principalmente pelo arranjo da capitulescência.
Distribuição geográfica: Reúne aproximadamente 25 espécies em sua maioria distribuídas
principalmente no sul (Santa Catarina e Paraná), sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais) e nordeste (Bahia) do Brasil.
4.4.4.1 Baccharis angusticeps Dusén
P. Dusén, Kongl. Svenska Vetenskapsakad. Handl. Ser. 3, 12, n. 2, p. 77, fig. 14, 1933.
Typus: BRASIL, Paraná, Monte Alegre, 1.000 m s.m., “in fruticetis paludosis, Serra do
Mar, 4.VI.1909, Dusén 8.203 ♀ (Foto F 28500! Isotypi NY n.v. Foto digitalizada do isótipo
NY! US n.v. Foto digitalizada do isótipo US!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 8, p. 3, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit., p. 4, fig. 1 a-d, 2006); G. M.
Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 933, est. 215, 2002 [s.
nom. B. reticularia]).
Distribuição & Hábitat: Ocorre apenas na Serra do Mar, nos estados do Paraná e Santa
Catarina. Habita a orla de matas de altitude.
Etimologia: Alude aos capítulos femininos estreitos da espécie.
Material estudado: BRASIL - Paraná, Campina Grande do Sul, Serra de Ibiraquara,
matinha nebular, 1.600 m s.m., 25.IX.1969, G. Hatschbach 22.208 e 22.216 (MBM); Pico
Caratuva, topo de morro, arbusto 1 m, 20.V.1967, G. Hatschbach 16.465 (HBR). Guaratuba,
Serra de Araçatuba, arbusto na orla da matinha nebular, capítulos creme, 19.VI.1960,
Hatschbach 7.068 (MBM); orla da matinha nebular, 22.XI.1959, G. Hatschbach 6.564
74
(HBR); arbusto, capítulos femininos creme, borda da mata baixa, tipo carrascal, do alto das
serras, cerrado, 10.XI.1959, G. Hatschbach 5.541(HB HBR). Quatro Barras, morro Mãe
Catira, subarbusto 60 cm, flores creme, no alto do morro, 17.VIII.1989, R. Kummrow 3.171
et al. (MBM); arbusto, mata nebular do alto do morro, 1.300 m s.m., 8.X.1985, R. Kummrow
2.620 et al. (MBM); matinha nebular, arbusto de 1 m, 9.IV.1986, J. Cordeiro 266 et al.
(MBM HAS). Santa Catarina, Campo Alegre, Morro do Campo Alegre, orla de capão,
1.200 m s.m., 3.IX.1960, R. Reitz et al 9.761 (HBR RB); nas invernadas, 1.200 m s.m.,
24.III.1961, R. Reitz et al. 10.930 (HBR RB). São Francisco do Sul, Morro do Campo
Alegre, orla de capão, arbusto 2 m, flor amarelada, 1.200 m s.m., 3.IX.1950, R. Reitz et al.
9.761 (FLOR).
4.4.4.2 Baccharis arassatubensis Malag. & Hatsch. ex G. M. Barroso
G. M. Barroso, Rodriguésia, v. 28, n. 40, p. 168, 1976.
Typus: BRASIL, Paraná, Guaratuba, Serra de Araçatuba, 1.300 m s.m., na orla da matinha
nebular, G. Hatschbach 7.078, 7.079 (Lectotypus aqui designado MBM 7.079).
= Baccharis aracatubaensis Malag., Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, p. 137-138, 1977;
Typus: BRASIL, Paraná, Guaratuba, Serra de Araçatuba, G. Hatschbach 5.855 (Holotypus G
n.v.);
= Baccharis delicata Malag., in sched. Typus: BRASIL, Paraná, Rio Negro, campo tenente,
arbusto da capoeira, G. Hatschbach 7.040, nom. nud.
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 8, p. 3-6, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit., p. 5, fig. 1 a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: Exclusivo nos estados do Paraná e Santa Catarina. Habita a orla de
matas e campos de altitude.
Etimologia: Referência a “Serra de Araçatuba”, local de procedência do material-tipo.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Guaratuba, Serra de Araçatuba, orla da matinha
nebular, 9.VI.1960, arbusto de capítulos creme, G. Hatschbach 7.079 (MBM, Holótipo de B.
aracatubensis Malag. & Hatsch. ex G. M. Barroso); arbusto flor creme, vãos de rocha, região
nebular, 1.200 m.s.m, 31.I.1960, G. Hatschbach 6.691 (MBM). Piraquara, Serra do
75
Emboque, arbusto 2 m, matinha nebular, 1.200 m s.m., 14.X.1970, G. Hatschbach 24.945
(MBM). Rio Negro, campo do Tenente, arbusto da capoeira, fem., 29.V.1960, G. Hatschbach
7.040 (MBM 21.762, Holótipo de B. delicata Malag. & Hatsch.). s. l., s.d., Heering 116 (R).
Santa Catarina, Bom Retiro, Campo dos Padres, arbusto 2 m, 21.XII.1948, R. Reitz 2.658
(HBR). Campo Alegre, Morro do Campo Alegre, matinha, arbusto de 2 m, 1.300 m s.m.,
4.XI.1960, Reitz et al. 10.345 (FLOR); Morro do Iquererem, capoeira, 18.X.1957, R. Reitz et
al. 5.304 (HBR); 3.IX.1960, R. Reitz et al. 9.784 (HBR). São Francisco do Sul, Garuva,
Monte Crista, orla do campo, arbusto 2 m, 750 m s.m., 21.X.1966, R. M. Klein et al. 6.836
(FLOR); campo sujo, arbusto 90 cm, 2.IX.1960, R. Reitz et al. 9.809 (HBR RB); capoeira,
6.X.1960, R. Reitz et al. 10.015 (HBR).
4.4.4.3 Baccharis axillaris DC.
A. P. de Candolle, Prod. 5, p. 407, 1836.
Typus: BRASIL, São Paulo, Sellow 481 ♀ (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do
holótipo G-DC!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 8, p. 6-8, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit., p. 7, fig. 3 a-e, 2006).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa
Catarina. Habita campos de altitude.
Etimologia: Alude aos capítulos, na axila das folhas superiores.
Material estudado: BRASIL - Paraná, Almirante Tamandaré, arbusto de até 1,5 m, flor
creme, orla pequeno capão, 23.IX.1976, R. Kummrow 1.128 (MBM). Araucária, arbusto na
beira da estrada, freqüente, 16.II.1968, L. T. Dombrowski 2.943 (RB).Curitiba, Recanto das
Araucárias, subarbusto 1 m, campo limpo seco, 16.V.1989, O. S. Ribas et al. 102 (FLOR);
subarbusto de 1 m, flores creme, campo limpo, seco, 16.V.1989, O. S. Ribas et al. 103
(CTES); Colonia Orleães, campo, 3.X.1960, R. B. Lange 11.321 (HBR); campo sujeito a
queimadas periódicas, 3.X.1960R. Lange 960 (R); Barreirinha, subarbusto 50 cm, capítulos
creme, campo, 6.X.1975, A. Dziewa 70 (MBM); 21 km de Curitiba, próximo ao Rio Timbu,
arbusto de 1-1,5 m, flores amarelas, 17.X.1961; E. Fromm 290 et al. (R); Restinga Seca,
76
14.I.1964, P. Dusén 2.666 (R); Barigui, capoeira, 3.IX.1959, R. Lange 1.319 (RB); UFPR,
próximo ao campus universitário, XII.2003, L. P. Deble et al. s.n. (HDCF). Quatro Barras,
23 km nordeste de Curitiba, borda da mata, subarbusto de 1,5 m, 6.II.1980, A. Krapovickas et
al. 35.525 (CTES). Piraquara, Barro Vermelho, 28.II.1946, G. Hatschbach 219 (ICN); borda
do campo, subarbusto 60 cm, 18.II.1959, G. Hatschbach 5.497 (HBR); subarbusto 80 cm, G.
Hatschbach 5.496 (HBR). Rio Negro, Campo Tenente, do campo sujo, 29.V.1960, G.
Hatschbach 7.038 (ICN). São José dos Pinhais, Rio Pequeno, 1 m, campo, 10.II.1978G.
Hatschbach 40.940 et al. (MBM); Malhada, arbusto de 1,5 m, capítulos creme, capoeira,
17.II.1977, G. Hatschbach 39.759 (MBM); Col. de Guatupê, subarbusto 60 cm, capítulos
creme, campo sujo, 4.III.1980, G. Hatschbach 47.762 (MBM); Roseira, subarbusto 60 cm,
capítulos creme, borda de capão, 5.XI.1961, G. Hatschbach 8.445, (MBM).
4.4.4.4 Baccharis bahiensis Baker
J. Baker, Fl. Bras. 6, III, p. 88, 1882.
Typus: BRASIL, Bahia, Sellow 554 (Holotypus K n.v. Foto digitalizada do holótipo K! Foto
F 14.951!).
Referência: J. Baker (Fl. Bras. 6, III, p. 88, 1882).
Distribuição & Hábitat: Coletada apenas no estado da Bahia, ocorre em campos rupestres.
Etimologia: Referência ao estado de coleta da espécie-tipo (Bahia).
Observações: Retirada da sinonímia de Baccharis reticularia DC., difere da mesma pelo tipo
de capitulescência na axila das folhas e menor número de flores nos capítulos femininos.
Material estudado: BRASIL – Bahia, Palmeiras, Pai Inácio, campos abertos e campos
rupestres, solo arenoso com afloramento de rocha arenítica, arbusto de 1 m de alt., folhas
simples, capítulos alvo, ♀, 25.X.1994, A. M. de Carvalho PCD992 et al. (SPF). Mucugê,
Guiné, Serra do Esbarrancado, campo rupestre, subarbusto de 1 m de altura, flores amareloclaro-esverdeadas, 29.VI.2002, A. A. Conceição 1.062 (SP SPF).
4.4.4.5 Baccharis concinna G. M. Barroso
G. M. Barroso, Rodriguésia, v. 28, n. 40, p. 162, 1976.
77
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Serra do Cipó, Km 132, 1.115 m s.m., A. P. Duarte 2.096 ♀
e ♂ (Holótipo RB!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 162, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 250, foto 23, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre em Minas Gerais. Habita campos rupestres na Serra do
Cipó.
Etimologia: Referência ao hábito da planta (Do latim: concinna = elegante).
Material estudado: BRASIL – MINAS GERAIS, Cardeal Mota, Serra do Cipó, 10-20 km
nordeste da cidade, p. Conceição do Mato Dentro, campo rupestre, arbusto de 1-1,5, folhas
pegajosas, M. M. Arbo et al. 4.173, 15.V.1990 (CTES 160.633). Jaboticatuba, Serra do
Cipó, subarbusto, capítulos creme, campo pedregoso, 5.VIII.1972, G. Hatschbach 29.881
(MBM RB); Km 132, 1.115 m s.m., planta de campo em formação de quartzito, A. P. Duarte
2096, 5.XII.1949 (RB 68.748, tipo de B. concinna). Santana do Riacho, 7-12 km da cidade,
caminho a Lapinha, campo rupestre, solo arenoso, 800 m s.m., arbusto de 1 m, flores
amarelas, M. M. Arbo et al. 4.871, 11.II.1991 (CTES 165.691).
4.4.4.6 Baccharis cultrata Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 93, 1882.
Typus: URUGUAI, Montevidéu, Sellow 2.895 (Holotypus B provavelmente destruído Foto F
14961!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 8, p. 8-10, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 11, fig. 5 a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e no Uruguai.
Habita regiões campestres.
Etimologia: Em relação aos dentes na borda das folhas (do latim: culter, cultri = dente).
78
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Arroio dos Ratos, Fazenda Faxinal,
19.X.1980, K. Hagelund 13.487 (ICN). Guaíba, BR 116, Km 32, XI.1981, M. Santos s.n.
(ICN 51.015). Itapuã, Chácara Weber, in campestribus dumetosis, 18.XII.1948, B. Rambo
s.n. (PACA 38.985); Granja Neugebauer, p. Itapoã, in campestribus dumetosis, fl. masc.,
19.XI.1949, B. Rambo s. n. (PACA 44.443); 11.X.1950, B. Rambo s.n. (PACA 48.950);
Leprosário p. Itapuã, in campestribus dumetosis, 14.XII.1951, B. Rambo s.n. (PACA 51.311);
in campestribus saxosis, 12.IV.1946, B. Rambo s.n. (PACA 33.759). Porto Alegre, Morro da
Polícia, in campestribus dumetosis, 29.IX.1949, B. Rambo s.n. (PACA 43.614); in
campestribus dumetosis, fl. masc. e fem., 16.VII.1948, B. Rambo 37.334 (PACA HBR); in
campestribus dumetosis, VII.1952, B. Rambo s.n. (PACA 52.794); idem, in campestribus
dumetosis, fruticulus 0,4 metralis e xylopodio ramosissimus, 16.VII.1948, B. Rambo s.n.
(MBM 71.404). Santa Maria, Estação de Silvicultura, in dumetosis campestribus,
10.IV.1956, O. Camargo 484 (PACA). Santana do Livramento, cerro Palomas, campo,
7.VI.1989, N. Silveira 8.904 (HAS); morro Armour, 26.III.1976, N. I. Matzenbacher 479
(ICN). Torres, prope litus in arenosis graminosis, 11.II.1954, B. Rambo s.n. (PACA 54.765);
butiazal, 20.VI.1970, A. R. Schultz et al. (ICN 7.732); BR 101, km 6, Campo Bonito, 8 km
SW,butiazal, 60 cm, 10.II.1983, A. Krapovickas et al. 38.503 (CTES). Santa Catarina,
Abelardo Luz, 8-12 km ao norte da cidade, campo, 900-1.000 m s.m., L. B. Smith et al.
13.341 (HBR). Imbituba, Nova Esperança, subarbusto de 0,50 m, nas dunas fixas, 8.X.1977,
G. Hatschbach 40.388 et al. (MBM); subarbusto de 40 cm, capítulos creme, 8.X.1977, G.
Hatschbach 40.373 et al. (MBM).
4.4.4.7 Baccharis hypericifolia Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 69, 1882.
Typus: BRASIL, in Brasilia australis, Sellow 1.176, 1.838 (Syntypus Foto F 14.993!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 8, p. 10-12, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit., p. 7, fig. 3 f-i, 2006).
Distribuição & Hábitat: Espécie rara, encontrada em campos de altitude do Rio Grande do
Sul.
Etimologia: Baker (1882) reconheceu semelhança com as folhas de Hypericum L.
(Hypericaceae).
79
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Bom Jesus, in subpaludosis dumetosis,
fl. nondum aperto, 15.I.1942, B. Rambo s.n. (PACA 8.817). São Francisco de Paula, RS
202, em campo de altitude, próximo a banhado, fl. fem., 25.XI.2005, A. A. Schneider 1.196
(ICN 141.083); Rod. RS 110, próximo ao trevo para Tainhas, flor creme, campo seco
pedregoso, 17.IV.1994, G. Hatschbach et al. 60.624 (MBM - CTES). Vacaria, Fazenda da
Ronda, in subpaludosis dumetosis, fl. masc., 13.I.1947, B. Rambo s.n.(PACA 35.088).
4.4.4.8 Baccharis incisa Hooker & Arnott var. incisa
W. J. Hooker, G. A. W. Arnott, Lond. Journ. III, p. 29, 1841.
Typus: URUGUAI, Baird s.n. (Holotypus P n.v. Foto digitalizada do Holotypus P!).
= Baccharis axillaris var. acutiloba DC., Prod. 5, p. 407, 1836. Typus: BRASIL, São Paulo,
Gaudichaud 417, 418 (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do holótipo G-DC 3198!
Isotypus R!);
= Baccharis acutiloba Sch.-Bip. in sched. Typus: BRASIL, São Paulo, in fruticetis in siccis,
Riedel 652 (Holotypus NY n.v. Foto digitalizada do holótipo NY!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 8, p. 12-14, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit., p. 13, fig. 6, a-e, 2006).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul, em regiões campestres.
Etimologia: Alude aos dentes agudo-mucronados das folhas.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, Taimbezinho, in
campestribus dumetosis, fl. masc., 18.XII.1950, B. Rambo s.n. (PACA 49.316). Canela,
Passo do Inferno, in campestribus dumetosis, fl. fem., 9.I.1955, B. Rambo s.n. (PACA
56.540). Fontoura Xavier, km 273, BR 382, em subosque de araucária, arbusto,
19.XI.1984O. Bueno 3.826 (CTES). Jaquirana, arbusto de 1 m, flores amarelas, 1.150
m.s.m, 9.XI.1961, G. Pabst 6.685 et al. 6.859 (R); p. São Francisco de Paula, in campestribus
dumetosis, fl. fem., 20.II.1952, B. Rambo s.n. (PACA 51.992). Montenegro, Zimmresberg, in
arenosis dumetosis, 19.XI.1941, A. Bruxel s.n. (PACA 29.751); p. Estação Azevedo, in
80
dumetosis secundaris, fl. fem., 6.V.1949, B. Rambo s.n. (PACA 41.404). Santa Maria,
Perau, XI.1980, E. Sobrinho s.n. (HDCF 1.672). São Francisco de Paula, Contendas,
subarbusto em campo, 17.III.1983, J. R. Stehmann et al. 109 (ICN); p. Cambará do Sul,
8.X.2003, L. P. Deble et al. s.n. (HDCF); idem, 8.I.1941, Ir. Edésio s.n. (ICN 19.075); São
Leopoldo, Quinta, X.1937, J. Dutra 1.632 (ICN); morro das Pedras, 24.X.1936, J. Dutra
1.393 (ICN); ad montem das Cabras, in arenosis siccis dumetosis, 31.X.1934, B. Rambo s.n.
(PACA 1.753); ad. montem Jacaré, in arenosis dumetosis, fl. masc., 8.IV.1949, B. Rambo s.n.
(PACA 40.893); idem, in campestribus dumetosis, fl. masc., 2.X.1948 B. Rambo s.n. (PACA
37.799); idem, 3.I.1985, Ir. Edésio 11.049 (ICN). Sapucaia do Sul, ad. montem Sapucaia, p.
São Leopoldo, in rupestribus dumetosis, 16.VI.1949, B. Rambo s.n. (PACA 42.049).
Soledade, arbusto 1,5 m, BR 386, em vassoural, capítulos brancos, fl. fem., , XII.1986, M.
Sobral et al. 5.252 (MBM). Vacaria, Passo do Socorro, 700 m s.m., in dumeto, 27.I.1951, A.
Sehnem 5.773 (PACA). Santa Catarina, Bom Jardim da Serra, Capinzal, capoeira, arbusto
de 2 m, 800 m s.m., R. Reitz et al. 16.192 (HBR RB). Curitibanos, campo, III.1897, F.
Muller 69 (R). Lages, propriedade Painel, entre Lages e São Joaquim, 1.250 m s.m., arbusto
flores brancas, 22.X.1961, G. Pabst 6.172 et al. (HB R); Passo do Socorro, orla de capão,
arbusto de 2m, 900 m s.m., R. M. Klein 4.446 (HBR).
4.4.4.8.1 Baccharis incisa Hooker & Arnott var. dentata (DC.) Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 88, 1882. Bas.: Baccharis axillaris var. dentata DC., A.
P. de Candolle; Prodr. 5, p. 407, 1836.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Gaudichaud 953 (Holotypus G-DC n.v. Foto
digitalizada do holótipo G-DC 3291!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 8, p. 12-13, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit., p. 14, fig. 6, f, 2006).
Distribuição & Hábitat: Ocorre em regiões campestres no Rio Grande do Sul
Comentários: Difere da variedade típica pelas folhas, de dentes agudos ou obtusos (versus
agudo-mucronados).
Material examinado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Caçapava do Sul, 22.IX.1981, K.
Hagelund 13.562 (ICN). Camaquã, Pessegueiro, arbusto cerca de 2 m, beira de estrada,
81
capítulos amarelos, X.1983, M. Sobral 2.378 (ICN); idem, capítulos branco-amarelados,
X.1983, M. Sobral 2.310 (ICN 81.675). Encruzilhada do Sul, arredores, arbustinho no
campo, 11.IX.1971, A. Sehnem 12.431 (PACA 70.972). Lavras do Sul, Fazenda do Posto, 12
km, campo seco pedregoso, arbusto de 2,5 m, no barranco da sanga, 17.X.1971, J. C.
Lindeman e B. Irgang (ICN 8.646). Pinheiro Machado, Coxilha Madeira, arbusto ou
subarbusto 1-1,5 m, 11.XI.1976, s. leg. 11.455 (CTES). Santana da Boavista, Cerro do
Diogo, arbusto com 0,5 m, em campo pedregoso na encosta do cerro, capítulos brancos, fl.
femininas, XI.1987, M. Sobral et al. 5.725 (ICN); em coxilha, 5.XI.2003, L. P. Deble & J. N.
C. Marchiori (HDCF).
4.4.4.9 Baccharis inexspectata sp. nov., ined.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Rosário do Sul, Serra do Caverá, Cerro Grande,
30°11’49.3”S-55°08’10,4”W, população na subida, próximo ao topo, planta ♀, 01.V.2007, L.
P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble 9.344 (Holotypus MBM Isotypi CTES, SI).
Arbusto ramoso, folhoso até o ápice, de 0,5-2 m de altura (Fig. 10 A). Folhas estreitamente
oblongas até obovadas (3-15 mm de comprimento por 0,8-5 mm de largura), subopostas ou
alternas (entrenós de 1-5 mm), 1-3-nervadas, pontuado glandulares, de margens íntegras ou
com 1-2-dentes na metade superior, de ápice levemente agudo a obtuso e base atenuada (Fig.
10 B). Capítulos isolados, dispostos na axila das folhas apicais. Invólucro feminino de 4-5
mm de altura por 0,8-1,5 mm de diâmetro (Fig. 10 C). Brácteas involucrais 3-4-seriadas,
levemente agudas no ápice, hialinas na margem (Fig. 10 E). Flores femininas, 2-4, com corola
tubulosa, de 1,6-2,2 mm de comprimento, irregularmente denteada no ápice (Fig. 10 D).
Estigma exserto, de 2-3,2 mm de comprimento. Pappus branco, 1-seriado, com 2,2-3 mm de
comprimento. Aquênios obovado-elípticos e 12-costados, de 1 mm de comprimento (Fig. 10
F). Invólucro masculino oblongo ou oblongo-campanulado, de 3-4 mm de comprimento por
1,2-2 mm de diâmetro (Fig. 10 G). Brácteas involucrais agudas no ápice, dispostas em 3-4séries. Flores masculinas, 5-8, com corola tubulosa, 5-lobada no ápice, de 2,8-3 mm de
comprimento (Fig. 10 H). Rudimento do estigma de 3 mm de comprimento, com ramas curtas
e aderidas entre si. Pappus branco, 1-seriado, com 2-2,5 mm de comprimento.
82
Figura 10 - Baccharis inexspectata sp. nov., inéd.. A): ramo feminino. B) folhas. C) capítulo feminino. D) flor
feminina. E) brácteas femininas . F) aquênio. G) capítulo masculino. H) flor masculina (A-F, Deble & OliveiraDeble 9.344 holotypus MBM. G, H, Deble & Oliveira-Deble 9.345 paratypus MBM).
83
Distribuição geográfica: Ocorre no Rio Grande do Sul. Habita regiões serranas. Floresce
durante o outono.
Etimologia: Do latim (inexpectata = inesperado), tendo em vista que esta espécie é conhecida
apenas pela população típica, recentemente encontrada na Serra do Caverá (Rosário do Sul).
Comentários: Apresenta afinidade com Baccharis perlata Sch. Bip. ex Baker, do qual
diferencia-se pelas folhas oblongas ou obovadas, frequentemente com 1-3 dentes nas margens
e 0,8-6 mm de largura (versus folhas estreitamente espatuladas com margens inteiras e 0,5-2
mm de largura, pelo pappus das flores femininas com cerdas flexíveis e onduladas
estreitamente filiformes (versus cerdas rígidas, eretas e filiformes), bem como pelos aquênios
obovado-elípticos de 1 mm de comprimento (versus aquênios oblongos de 2 mm).
Material selecionado (Paratypi): BRASIL, Rio Grande do Sul, Rosário do Sul, Serra do
Caverá, Cerro Grande, 30°11’49.3”S-55°08’10,4”W, população na subida próximo ao topo,
planta ♂, 01.V.2007, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble 9.345 (Holotypus MBM Isotypi
CTES, SI).
4.4.4.10 Baccharis lateralis Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 100, 1882.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Sellow 1.146 ♀ (Holotypus B provavelmente destruído
Foto F 15001!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 8, p. 14-16, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 15, fig. 7, a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, em beira de matas e regiões de altitude.
Etimologia: Em relação à capitulescência, disposta lateralmente nos ramos.
Material estudado: BRASIL – Rio de Janeiro, Itatiaia, arbusto nos rochedos da Serra de
Itatiaia, 2.400 m s.m., III.1894, Ule 176 (R). Rio Grande do Sul, Cambará do Sul,
84
Fortaleza, na beira do mato, 9.II.1994, N. Silveira 12.673 (HAS). São José dos Ausentes,
Serra da Rocinha, p. Bom Jesus, in silvula nebulari, fl. fem., 14.II.1947, B. Rambo s.n.
(PACA 35.194); arbustum, 1.000 m s.m., 19.I.1950, A. Sehnem 4.261 (PACA); BR 285,
Serra da Rocinha, beira mata nebular e vegetação rupestre sobre basalto, arbusto 1-2 m, 1.250
m s.m., 9.III.1999, D. Falkenberg 10.295 (FLOR); Cânion Montenegro, beira de paredão
rochoso, 20.III.2005, L. P. Deble et al. (HDCF). Santa Catarina, “Serra Geral”, arbusto
pequeno na encosta da Serra, Ule 1.776, IV.1891 (R). Urubici, Morro da Igreja, em direção
ao acesso para pedra furada, subarbusto em paredão rochoso, 1.700 m s.m., 23.IV.1997, D.
Falkenberg 9.881 (FLOR).
4.4.4.11 Baccharis lymannii G. M. Barroso
G. M. Barroso, Rodriguésia, 28, n. 40, p. 165, 1976.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, flor ♀, L. B. Smith & R. M. Klein 7.461 (Lectotypus [aqui
designado] RB! Isolectotypus HBR!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 8, p. 16-17, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit., p. 4, fig. 1 e-i, 2006); G. M.
Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 252, foto 25, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
na orla de matas, em regiões de campos de altitude.
Etimologia: Homenagem ao botânico norte-americano Lyman Bradford Smith (1904-1997).
Observações: A coleta R. Reitz & R. M. Klein 8.417 citado por G. M. Barroso (1976) como
parátipo coletado em Bom Jardim da Serra (Santa Catarina), pertence a Baccharis brevifolia
DC.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Campina Grande do Sul, Rio Taquari, divisa,
capoeira, 18.X.1959, G. Hatschbach 6.357 (HBR). Curitiba, estrada Curitiba/Paranaguá,
freqüente, 20.IX.1964, L. T. Dombrowski 378 (RB). Rio Grande do Sul, Cambará do Sul,
p. São Francisco de Paula, Itaimbezinho, ad rivum in dumetosis, frutex 1 m, flor fem.,
13.XI.1953, B. Rambo s.n. (PACA 54.494); idem, in dumetosis ad rivum, 13.XI.1951, B.
85
Rambo s.n. (PACA 51.358); idem, in dumetosis ad rivum, flor masc., 18.XII.1950, B. Rambo
s.n. (PACA 49.412). Osório, Fazenda do Arroio, in dumetosis arenosis, fl. fem., 8.IV.1955,
B. Rambo s.n. (PACA 55.900). São Francisco de Paula, Itaimbezinho, in dumetosis,
3.XI.1954, B. Rambo s.n. (PACA 55.953); in dumetosis ad rivum, 5.VI.1954, B. Rambo s.n
(PACA 51.358); in dumetosis ad rivum, fl. masc., 18.XII.1950, B. Rambo s.n. (PACA
49.412). São José dos Ausentes, Serra da Rocinha, XI.2004, L. P. Deble & A. S. de OliveiraDeble (HDCF); p. Cânion Montenegro, V.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble
(MBM). Santa Catarina, Bom Jardim da Serra, desfiladeiro do Funil, campos rupestres
entremeados de banhados e capões de mata nebular, arbusto de beira de mata, capítulos
brancos, II.1989, M. Sobral et al. 6.498 (ICN); Serra do Oratório, arbusto de 1 m, campo, flor
branca, 1.400 m.s.m, 23.X.1958, R. Reitz et al. 7.408, (RB HBR); Serra do Oratório, campo,
arbusto 50 cm, 1.500 m s.m., 18.IX.1958, R. Reitz et al. 7.174 (HBR); Serra do Rio do
Rastro, 5.XI.2004, L. P. Deble et al. (HDCF); idem, próximo ao início da estrada, 1.400 m
s.m., 5.XI.2004, L. P. Deble et al. (HDCF). Bom Retiro, Campo dos Padres, arbusto de 1 m,
1.800 m s.m., 8.XII.1948, R. Reitz 2.492 (HBR RB HAS); bog, 1.650 m s.m., 17XI.1956, L.
B. Smith et al. 7.690 (HBR RB HAS). Campo Alegre, Morro Iquererim, alpine campo,
1.300-1.500 m s.m., 8.IX.1956, L. Smith et al. 7.418 (HBR RB); Fazenda E. Schneider, bog,
900 m s.m., 9.XI.1956, L. B. Smith et al. 7.461 (RB HBR, tipo de B. lymanii); Morro do
Campo Alegre, arbusto de 1,5 m, campo, 1.200 m s.m., 3.IX.1960, R. Reitz et al. 9.748
(HBR). Garuva, Serra do Quiriri, arbusto de 1m, campo de altitude, capítulos creme, 1.800 m
s.m., 16.X.2004, J. M. Silva 4.153 et al. (RB). Rancho Queimado, Serra da Boa Vista,
campo, subarbusto, 13.X.1960, R. Reitz et al. 10.184 (HBR). São José, Serra da Boa Vista,
arbusto 1 m, capoeira, flores esbranquiçadas, 1.000 m.s.m, 13.X.1960, R. Reitz et al. 10.167,
(HBR RB); campo, arbusto 50 cm, 1.200 m s.m., 24.X.1957, R. Reitz et al. 5.371a (HBR).
4.4.4.12 Baccharis minutiflora Martius ex Baker
J. Baker, Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 69, 1882.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Martius 828 (Lectotypus [designado por Barroso, 1976]: P
n.v. Foto digitalizada do lectótipo P! Isolectotypus B provavelmente destruído, Foto F
14957!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 171, 1976).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 51, ramos, 1976).
86
Distribuição & Hábitat: No Brasil, ocorre apenas no estado de Minas Gerais. Habita campos
rupestres.
Etimologia: Referência aos capítulos pequenos da espécie.
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Serra do Espinhaço, shrub 0,5 tall, flowers
greenish yellow, abundant, Summit of the Pico do Itambé, 2.250 m, shrubby vegetation,
mostly to 1 m or less, with mossy ground cover in organic soil overlying sandy soil on
sandstone rocks, 10.X.1972, W. R. Anderson et al. (RB 160.436).
4.4.4.13 Baccharis nassauvioides sp. nov., ined.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Itatiaia, Prateleiras, flores femininas, 2.200 m s.m.,
8.V.1975, A. M. Camerish 57 (RB 296.299!).
= Baccharis imbricata Heering; in sched. [non Malagarriga, 1957 = B. ciliata] (Holotypus B
provavelmente destruído, Foto F 14.995!).
Subarbusto ramoso (Fig. 11 A). Folhas obovadas, obovado-espatuladas ou obovadoorbiculares (4-9 mm de comprimento por 3-6 mm de largura), crassas, imbricadas, rotundas
no ápice e atenuadas na base, trinérvias próximo à base, crenadas nas margens, glabras,
glandulosas (Fig. 11 B). Capítulos isolados, dispostos na axila das folhas ao longo dos ramos.
Invólucro feminino (Fig. 11 C) estreitamente oblongo (4,5-6,5 mm de altura por 0,8-1,5 mm
de diâmetro). Brácteas involucrais 3-4-seriadas, obtusas ou agudas no ápice; as externas,
obovadas a largamente oblongas (2-2,5 mm de altura por 0,8-10 mm de largura); as medianas,
oblongas (3-4 mm de altura por 0,8-10 mm de largura); as internas, linear-oblongas ou
estreitamente elípticas (4-5 mm de altura por 0,8 mm de largura) (Fig. 11 E). Flores
femininas, 1-2, com corola tubulosa de 3 mm de comprimento, irregularmente denteada no
ápice (Fig. 11 D). Estigma exserto, de 3,8-4,5 mm de comprimento; ramas de 0,8 mm. Pappus
com cerdas filiformes (90-112 cerdas), bisseriado, com 2,2-3 mm de comprimento. Aquênios
oblongos, castanho-amarelados, 10-12-costados, de 2-2,5 mm de comprimento (Fig. 11 F).
Capítulos masculino oblongo-campanulado (4.5-5 mm de altura por 1,5-2 mm de largura)
(Fig. 11 H). Invólucro oblongo, de 3,5-4 mm de altura por 1,2 mm de diâmetro. Brácteas
involucrais (Fig. 11 I) levemente agudas no ápice, dispostas em 3-séries; as externas, ovadas
(1-2 mm de comprimento por 0,6-0,8 mm de largura); as medianas, ovadas ou ovadoorbiculares (2-2,5 mm de comprimento por 1,3-1,5 mm de largura); as internas, lanceoladas
87
(2,8-3 mm de comprimento por 1 mm de largura). Flores masculinas, 5-7, com corola
tubulosa, 5-secto no ápice, de 1-1,2 mm de comprimento (Fig. 11 H). Rudimento do estigma
longamente exserto ao tubo da corola de 3,5-4,5 mm de comprimento, com ramas breves e
aderidas entre si. Anteras de 1 mm de comprimento. Pappus amarelo, bisseriado, com cerdas
filiformes (48-56 cerdas) levemente dilatadas no ápice de 3-3,5 mm de comprimento.
Distribuição & Hábitat: Ocorre no estado do Rio de Janeiro. Habita regiões de altitude.
Floresce em maio.
Etimologia: Alude à semelhança do habito com algumas espécies do gênero Nassauvia
Commerson (Asteraceae).
Comentários: Afim a Baccharis aracatubensis Malag. & Hatsch. ex G. M. Barroso, da qual
distingue-se pelas folhas obovadas a obovado-espatuladas, com 4-9 mm de comprimento e 36 mm de largura (versus folhas oblongas, com 10-15 mm de comprimento por 4-6 mm de
largura), pelo invólucro dos capítulos femininos com 4,5-6,5 mm de comprimento por 0,8-1,5
mm de largura (versus 7-9 mm de comprimento por 2,5 mm de largura), com 1-2 flores
(versus 3-5) e pelo pappus das flores femininas com 2,2-3 mm de comprimento (versus 6-8
mm de comprimento. Baccharis nassauvioides também apresenta afinidade com B. serrula
Sch.-Bip. da qual separa-se pelas folhas imbricadas, com 4-9 mm de comprimento por 3-6
mm de largura (versus não imbricadas de 12-15 mm de comprimento por 2-4 mm de largura),
margens com poucos dentes obtusos ou raramente inteiras (versus margem com 6-12mm e
com dentes agudos).
4.4.4.14 Baccharis pampeana A. S. Oliveira, Deble & Marchiori
A. S. de Oliveira, L. P. Deble & J. N. C. Marchiori, Balduinia n. 8, p. 20, 2006.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Alegrete, Cerro do Tigre, ereto, sobre solo rochoso,
2.IV.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira (Holotypus MBM! Isotypi SI! CTES!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 8, p. 17, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 18, fig. 8 a-f, 2006).
88
Figura 11 - Baccharis nassauvioides, sp. nov., ined.. A) ramo feminino. B) folhas. C) capítulo feminino. D) flor
feminina. E) brácteas femininas. F) aquênio. G) capítulos masculinos. H) flores masculinas. I) brácteas
masculinas (A-F, Camerish 57a holotypus RB. G-I, Camerish 57b paratypus RB).
89
Distribuição & Hábitat: Ocorre em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. Habita regiões
campestres, principalmente em solos rochosos e arenosos. Floresce e frutifica de janeiro a
junho.
Etimologia: Refere-se à região de coleta da espécie-tipo (pampa).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Alegrete, Cerro do Tigre, na subida do
cerro, entre rochas, 2.IV.2005, L. P. Deble et al. (MBM). Nova Esperança do Sul, gruta da
linha 1, entre rochas, 27.I.2006, L. P. Deble et al. (MBM). São Francisco de Assis, p.
praia/camping Jacaquá, cerca de 14 km da primeira entrada e a 1 km da estrada à esquerda,
em grande afloramento rochoso com pequenas cavernas, em capoeirinha, subarbusto, 1 m,
8.XI.1990, D. Falkenberg et al. 5.008 (PEL FLOR). Minas Gerais, Diamantina, campo
rupestre com afloramentos rochosos, arbusto de 2,5 m, flores creme-esverdeada, 06.I.2006, C.
Proença et al. 3.115 (SP).
4.4.4.15 Baccharis parvidentata Malag.
R. P. Malagarriga-Heras, Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, p. 138, 1977.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Itatiaia, Ule 641 (Holotypus P n.v. Isotypus R!).
= B. dusenii G. M. Barroso, Rodriguésia 28, n. 40, p. 166, 1976., nom. illeg. non B. dusenii O.
Hoffmann; B. grazielae An. S. de Oliveira & Deble, Balduinia 5, p. 4-5, 2005 [30 de
novembro], nom. nov.; B. perdusenii Giuliano, Novon v. 15, n. 4, p. 539, 2005 [12 de
dezembro], nom. superfl. Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Itatiaia, P. Dusén 660 (Holotypus
R!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 166, 1976 [s. nom. Baccharis
dusenii]).
Iconografia: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 226, fig. 244 e 245 - folhas e 263 flor feminina, 1976 [s. nom. Baccharis dusenii]); R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci.
Nat. La Salle 37, fig. 375, 1976 ).
Distribuição & Hábitat: No Brasil, ocorre no Rio de Janeiro. Habita regiões de altitude.
Etimologia: Refere-se à metade superior das folhas 5-denteadas.
90
Material estudado: BRASIL – Rio de Janeiro, Itatiaia, Abrigo Rebouças, 30.II.1966, H.
Strang et al. 25.797 (HB); Planalto de Itatiaia, subida das Agulhas Negras, 2.400-2.500 m
s.m., 6.II.1969, D. Sucre 4.661 (RB). Terezópolis, Serra dos Órgãos, 2.200 m s.m., I.1952, J.
Vidal II-169 (R).
4.4.4.16 Baccharis pauciflosculosa DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 413, 1836.
Typus: BRASIL, São Paulo e Minas Gerais, Sellow 486 ♀ (Lectotypus [aqui designado] R!).
= Baccharis subincisa Heering & Dusén, Arkiv. Bot. Stock. 9, n. 25, 1910. Typus: BRASIL,
Paraná, Serrinha Dusén 3.081 (Holotypus B provavelmente destruído Foto F 14.996!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 8, p. 17-19, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 9, fig. 8 d-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados do Paraná e Santa Catarina, em campos de
altitude.
Etimologia: Refere-se ocorrência de poucas flores femininas (flósculos) nos capítulos.
Comentários: De Candolle (1836), ao descrever Baccharis pauciflosculosa, baseou-se em
dois materiais “v.s. in h. Mus. reg. Par. a Mus. Imp. Bras. sub n. 480 et 486” o primeiro,
corresponde a um exemplar masculino de Baccharis brevifolia (foto digitalizada G-DC!),
enquanto o segundo, trata-se de um exemplar feminino de Baccharis pauciflosculosa, sendo
presentemente eleito como lectótipo da espécie.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Araucária, arbusto freqüente, 1,5-1,7 m,
12.II.1968, L. T. Dombrowski 2.949 (RB 158.255). Bocaiúva do Sul, Palmital, arbusto de 1
m, flores amarelas, campo sujo, 10.II.1987, E. F. Paciornik 345 et al. (MBM). Campo Largo,
alto da serra de São Luiz do Purunã, 23.II.1960, H. Moreira 191 (RB). Curitiba, Cajurú,
campo seco, arbusto muito freqüente, invólucro verde, corola verde, anteras amarelas, G.
Tessmann 1.950, s.d. (RB); rio Atuba, subarbusto, capítulos creme, campo, 20.II.1974, R.
Kummrov 374 (MBM); Rincão, flor amarelada, 7.II.1946, G. Hatschabch 186 (CTES); 5 km,
E de Curitiba, BR 116, em campo, 80 cm, flores amarelas, 2.II.1973, A. Krapovickas et al.
91
23.097 (CTES). Piraquara, sítio Santa Bárbara, subarbusto de 70 cm, capítulo creme, solo
turfoso, depressão úmida, s.d., O. S. Ribas et al. 6.026 (MBM); borda de campo, arbusto 2 m,
18.II.1959, G. Hatschbach 5.498 e 5.499 (HBR). Ponta Grossa, Parque Estadual de Vila
Velha, V.2003, J. M. Budel s.n. (ICN). São José dos Pinhais, Malhada, arbusto de 1,5 m,
capítulos creme, fl. fem., capoeira, 17.II.1977, G. Hatschbach 39.763 (MBM). Serrinha, in
campo, 15.I.1904, P. Dusén 3.081 (R). Timoreira, Parque Sta. Maria, arbusto com 1,7 m,
borda do campo, 17.II.1963, R. Lange 1.348 (RB HBR HAS). Santa Catarina, Mafra,
ruderal, 17 km do Rio Negrinho, 800-850 m s.m., 11.III.1957, L. Smith et al. 12.041 (RB
HAS HBR).
4.4.4.17 Baccharis perlata Sch.-Bip. ex Baker
J. Baker, in Martius Fl. Bras. 6, III, p. 62, 1882.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, in campis graminosis prope Diamantina, leg Riedel 1.158
(Holotypus n.v. Isotypus NY n.v. Foto digitalizada do isótipo NY!).
= B. delicatula Heering in sched. (Foto F 14.966!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 167, 1976 [s. nom. Baccharis
xyphophylla].
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 126, fig. 236, folhas, 1976); R. P. Malagarriga-Heras
(Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 118, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: No estado de Minas Gerais. Habita afloramentos rochosos.
Material estudado: BRASIL - Minas Gerais, Diamantina, estrada para Conselheiro da
Mata, 6 km da estada Diamantina-Curvelo, campo rupestre, entre rochas, subarbusto de até 60
cm, de alt., flores creme, ♂, 18.11.1984, B. Stannard et al 6.119 (SPF). Gouveia, Serra do
Espinhaço, rodovia para Barão do Guaçuí, subarbusto 1m, capítulo creme, campo rupestre,
afloramento rochoso, 24.X.1999, G. Hatschbach 69.644 et al. (MBM).
4.4.4.18 Baccharis polyphylla Gardner
G. Gardner, London J. Bot. 7, p. 88, 1848.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Diamantina, Gardner 4.902 (Holotypus K n.v., Foto F
15037!).
92
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 170, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 254, foto 27, 1976).
Distribuição & Hábitat: No Brasil, ocorre em Minas Gerais. Habita campos rupestres.
Etimologia: Em relação à quantidade de folhas da espécie.
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Diamantina, Rod. Guinda Cons. Mata, km 20,
arbusto de 1 m, capítulos creme, campo rupestre, afloramentos rochosos, 1.150 m s.m.,
21.V.1989, G. Hastchbach et al. (MBM 161.826).
4.4.4.19 Baccharis pseudovaccinioides Malag.
R. P. Malagarriga-Heras, Contrib. Inst. Geobiol. Canoas, n. 8, p. 35, 1957. Nome substituído:
Baccharis vaccinioides Gardner (non Kunth, 1820) in Hooker Lond. Journ. 4: 121, 1845.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Serra dos Órgãos, entre 1.400 e 1.500 m s.m., Gardner
5.782 ♂ (Holotypus K n.v. Foto F 15079!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 164, 1976).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 34, folhas, 1976);
G. M. Barroso (op. cit. p. 225, fig. 219, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Coletada apenas na Serra dos Órgãos, no estado do Rio de Janeiro.
Habita campos de altitude.
Etimologia: Nome proposto por Malagarriga-Heras, que significa falso vaccinioides.
Material estudado: BRASIL – Rio de Janeiro, Teresópolis, Serra dos Órgãos, subida para
o Campo das Antas, 18.I.1883, J. Saldanha s.n. (R 153.791); Serra do Sino, I.1952, J. Vidal
II-177 (R).
4.4.4.20 Baccharis selloi Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 4 III, p. 68, 1882.
93
Syntypus: BRASIL, in Serra da Piedade, Minas Gerais Warming; sine designationi loci
Sello 2228, 4.964 ♀ ( Fotótipo F 15.064 ♀! e ♂!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 8, p. 19-21, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 20, fig. 9 a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, na orla de matas de altitude.
Etimologia: Em homenagem ao coletor da espécie-tipo, o botânico alemão Friedrich Sellow
(1789-1831).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Guarapuava, Serra da Esperança, arbusto, orla da
mata, 20.X.1960 G. Hatschbach 7.539 (RB). Lapa, Col. Marietal, borda de capão, 8.XI.1959,
G. Hatschbach 6.426 (HBR); Rio Passa Dois, borda de capão, subarbusto 80 cm, 5.X.1958, G.
Hatschbach 5.047 (HBR). Mallet, Rio Bonito, arbusto 3 m, capítulos creme, exemplar
feminino, Floresta Ombrófila Mista, 20.IV.2005, O. S. Ribas et al. 6.830 (RB MBM). Rio
Grande do Sul, Cambará do Sul, estrada para Fortaleza, sobre barranco, beira do caminho,
1.000 m s.m., 23.X.1999, R. Wasum 188 (PACA MBM); arbusto ramoso, 1 m, araucarieto,
junto ao campo, 900 m.s.m, 24.XI.1994, G. Hatschbach et al. 61.321 (MBM). Jaquirana,
XI.1986, R. Wasum s.n. (FLOR). São Francisco de Paula, beira do caminho, 800 m s.m.,
11.X.1999, R. Wasum 167 (PACA); idem, Taimbezinho, p. São Francisco de Paula, ad.
araucarietum, fl. masc., 3.XI.1954, B. Rambo s.n. (PACA 55.955); idem, Aparados da Serra,
arbusto de flores amarelas, 1.300 m.s.m, 24.X.1961, E. Pereira 6.457 et al. (RB); p.
Itaimbezinho, arbusto beira da estrada vicinal, 6.XI.2004, L. P. Deble et al. (HDCF). São
José dos Ausentes, p. Cânion Montenegro, V.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble
(MBM). Santa Catarina, Abelardo Luz, banhado, arbusto de 2 m, flores creme, 900 m s.m.,
29.XII.1963, R. Reitz et al. 16.577 (HBR RB). Caçador, Faz. Carneiros, 1.100 m s.m., orla
de capão, arbusto 2 m, flor creme, 7.XII.1962, R. M. Klein 3.464 (HBR RB FLOR). Campos
Novos, Palmares, pinhal, 950 m s.m., 28.X.1963, R. M. Klein 4.099 (HBR RB). Irani, dry
field, bog, gallery forest and ruderal, 700-900 m.s.m, 8.XI.1964, L. B. Smith et al. 13.045
(RB), idem, rio Irani, orla do campo, arbusto, flor creme, 1.000 m s.m., 27.II.1964, R. M.
Klein 4.808 (HBR RB). Matos Costa, p. Porto União, 14.X.1971, E. Santos 2.925 et al. (R).
94
Santa Cecilia, arbusto 2 m, capoeira, flor creme, 1.100 m s.m., 24.X.1962, R. Reitz et al.
13.406 (HBR RB). São Joaquim, Invernadinha, perto da barra do rio Postinho com o rio
Rondinha, na margem da mata, arbusto 1 m, VII.1971, J. Mattos 15.631a (RB). “Serra do
Espigão”, 1.200 m s.m., arbusto de 2 m, flores amarelo-esverdeadas, 29.X.1961, E. Pereira
6.268 et al. (RB).
4.4.4.21 Baccharis serrula Sch.-Bip. ex Baker
J. Baker, Martius, Fl. Bras. 4 III, p. 70, 1882.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Serra da Lapa, Riedel 1.053 ♂ (Holotypus P n.v. Foto
digitalizada do holótipo P! Isotypi NY n.v. Foto digitalizada do isótipo NY! US n.v. Foto
digitalizada do isótipo US!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 167, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 226, fig. 235, folhas, 1976); R. P. Malagarriga-Heras
(Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 26, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Habita
campos de altitude.
Etimologia: Em relação ao bordo serrado das folhas.
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Santana do Riacho, rodovia Belo Horizonteconceição do Mato Dentro, MG-010, Serra do Cipó, Sede do IBAMA do ato do Palácio,
campos tupestres a NE da sede, 1.300 m s.m., arbusto densamente ramoso, ao sol, em campo
arenoso com muitas gramíneas, em baixada, capítulos creme, ♀, 8.VI,2002, J. R. Pirani 5.077
et al. (SPF); Alto do Pico de Itambé, 5.V.1942, M. Magalhães 1.622 (RB).
4.4.4.22 Baccharis truncata Gardner
G. Gardner, London J. Bot. 7, p. 82, 1848.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Diamantina, Glaziou 19.497 (Holotypus C n.v. Foto SI!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 162, 1976).
95
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 126, fig. 231, folhas, 1976); R. P. Malagarriga-Heras
(Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 27, folhas, 1976);
Distribuição & Hábitat: No Brasil, ocorre em Minas Gerais. Habita campos de altitude.
Etimologia: Referência ao ápice truncado das folhas.
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Água Limpa, 22.V.1955, E. Pereira 1.428
(RB). Diamantina, a 4 km, campo, perto de mata ciliar, subarbusto 60 cm, 31.X.1981, A.
Furlan et al. 2569 (SPF); estrada de terra para Biribiri, a 3 km de Diamantina, solo arenoso,
entre pedras, campo rupestre, subarbusto 0,5 m alt., flores creme, ♂, 18.IV.1987, D. C. Zappi
et al. 10.633 (SPF).
4.4.4.23 Baccharis vauthierii DC.
A. P. de Candolle, Prod. 5, p. 409, 1836.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Tejuco, Vauthier 328 (Holotypus G-DC n.v. Foto
digitalizada do holótipo G-DC 8166!).
= Baccharis arctostaphyloides Baker, Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 88, 1882. Typus: BRASIL,
entre Campos e Vitória, Sellow 2.302 ♀ (Holotypus B n.v. Foto F 14.948!) syn. nov.
Referência: J. Baker (Fl. Bras. 6, III, p. 88, 1882 [s. nom. Baccharis arctostaphyloides]).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Cien. Nat. La Salle, 37, fig. 298, folhas,
1976 [s. nom. Baccharis arctostaphyloides]).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro,
Espirito Santo e São Paulo. Habita regiões de restinga.
Etimologia: Em homenagem a M. Vauthier, coletor da espécie-tipo.
Comentários: Baccharis vauthierii é o nome mais antigo para este táxon, normalmente
identificado como Baccharis arctostaphyloides.
96
Material estudado: BRASIL – Goiás, Cristalina, BR-040, 2 km a leste do município,
campo rupestre, margem de córrego, arbusto 2 m, flor ♂, 1.100 m s.m., 13.VIII.1980, G.
Hatschbach 43.071 (MBM). Minas Gerais, Gouveia, Serra do Espinhaço, arbusto 1 m,
capítulos creme, campo, 1.200 m s.m., planta ♂, 6.IX.1971, G. Hatschbach 27.356 (MBM);
Santa Bárbara, nativa em matas e campos da Serra do Caraça, arbusto 1,5, flores brancas, ♂,
13.XII.1978, H. F. Leitão Filho et al. 9.651 (SP). São Paulo, Botucatu, em cima da Serra,
cerrado degradado, subarbusto 0,8 cm, 14.III.1967, J. Mattos et al. 14.428 (SP).
4.4.4.24 Baccharis xyphophylla Baker
J. Baker, Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 68, 1882.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, in alpinis, Martius s.n. (Holotypus P n.v. Foto digitalizada
do holótipo P!).
Referência: J. Baker (op. cit. p. 68, 1882).
Distribuição & Hábitat: No estado de Minas Gerais. Habita afloramentos rochosos.
Etimologia: Em relação ao hábito xerofítico da espécie.
Material estudado: BRASIL - Minas Gerais, Diamantina, estrada para Conselheiro da
Mata, a 2 km do asfalto, subarbusto 20 cm, capítulos axilares alvos ♂, 11.IV.1982, L. Rossi et
al. 333 (SPF); estrada para Guinda, local altrado pela estração de diamentes, campo
perturbado com afloramentos rochosos, arbusto muito ramificado de1 m, inflorescência ♂
creme esverdeada, 16.VII.1996, N. Roque et al. 289 (SPF).
4.4.5 Seção Baccharidastrum (Cabr.) Nesom
G. L. Nesom, Phytologia, n. 65, v. 3, 1988.
Typus: Conyza triplinervia Less, Linnaea 6, p. 137, 1831.
Plantas dióicas ou monóicas, rizomatosas, glutinosas, glabras, eretas; com caules medulosos e
herbáceos. Folhas alternas, pecioladas, trinervadas, lineares a ovado-lanceoladas, denteadas,
agudas no ápice e obtusas na base. Capitulescências ordenadas em ramos corimbiformes
compostos agrupados em capitulescências corimbóides (Fig. 4 D). Capítulos femininos
campanulados, multifloros (80-200 flores); desprovido de páleas; corola tubuloso-filiforme ou
97
tubulosa de ápice truncado; pappus das flores femininas, unisseriado, acrescente, persistente,
unido em anel basal; aquênios oblongos, pubérulos, 5-costados, com epiderme lisa e papilosa
com alguns tricomas geminados no ápice. Nas espécies monóicas as flores masculinas são
centrais e em menor número que nas femininas (2-12), enquanto nos táxones dióicos, elas são
numerosas (50-100 flores); corola tubulosa 5-lobada; rudimento do estigma com ramas
lanceoladas e separadas (Fig. 7 B); pappus das flores masculinas unisseriado, com cerdas
espessadas no ápice.
Comentários: Demonstra relação com a seção Molinae; da qual distingue-se pelos aquênios
de epiderme papilosa com tricomas geminados no ápice, bem como, pelo hábito herbáceo e
rizomatoso. Baccharis glutinosa foi inserida por Giuliano (2001) na seção Molinae, porém
esta espécie possui características relacionadas à seção Baccharidastrum, como o hábito
herbáceo, corola tubuloso-filiforme de ápice truncado e base engrossada; pappus das flores
femininas, unisseriado, acrescente, persistente, unido em anel basal; aquênios oblongos,
pubérulos, 5-costados, com epiderme lisa e papilosa com alguns tricomas geminados no ápice.
Distribuição geográfica: Reúne 4 espécies no território brasileiro com ampla distribuição no
Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia e Chile.
4.4.5.1 Baccharis breviseta DC.
A. P. de Candolle, Prod. 5, p. 402, 1836.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow 781 (Holotypus G-DC n.v., Foto digitalizada do
holótipo G-DC!).
= Baccharidastrum argutum (Less.) Cabrera, Notas Mus. La Plata Bot., v. 2, n. 16, p. 177,
1937. Bas.: Conyza arguta Less., Linnaea 6, p. 138, 1831 (non B. arguta Pers. [Syn. 2, p. 425,
1807]); Typus: BRASIL meridional, Sellow s.n. (Holotypus P n.v.).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte VI, p. 249, 1974 [s. nom.
Baccharidastrum argutum]); D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica
Argentina, v. 66, p. 5, 2000 [s. nom. Baccharidastrum argutum]).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 248, fig. 135 a-e, 1974).
98
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Uruguai,
Argentina e Paraguai. Habita campos úmidos.
Etimologia: Refere-se às cerdas curtas do pappus.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Campinas do Sul, rio Pinhal, orla do brejo, I.1964,
G. Hatschbach 10.979 (RB MBM). Rio Grande do Sul, Dom Pedrito, BR 293, 10 km após o
trevo de acesso da cidade p. Bagé, subarbusto de 2,5 m, 13.III.2004, L. P. Deble & A. S. de
Oliveira-Deble 6.024 (MBM). Julio de Castilhos, 4.III.1948, Palácios-Cuezzo 2.556 (RB).
Santa Catarina, Campo Alegre, ruderal, 900-1.000 m s.m., 31.I.1957, L. B. Smith et al.
10.506 (HBR RB). Lauro Müller, Vargem Grande, 24.X.1958, R. Reitz et al. 7.477 (HBR
RB). Santo Amaro da Imperatriz, Pilões, capoeira, 26.X.1956, R. Reitz et al. 3.918 (HBR
RB HAS). Sombrio, Pirão Frio, 12.V.1960, R. Reitz et al. 9.649 (HBR RB).
4.4.5.2 Baccharis glutinosa Pers.
C. H. Persoon, Syn. Pl. 2, p. 425, 1807. Molina viscosa Ruiz & Pav., Syst. Veg. Fl. Peruv.
Chil., p. 207, 1798; Baccharis viscosa (Ruiz & Pav.) O. Kuntze, 1891, Rev. Gen. I, p. 320,
1891 (non Lamarck, 1783); Pingraea viscosa (Ruiz & Pav.) F. H. Hellw., Candollea 48, p.
218, 1993.
Typus: CHILE “In Regni Chilensis ruderalis et aridis locis ad Conceptions et Puchacay
Provincias” (Holotypus não localizado. Neotypus, designado por Hellwig, 1993: Chile,
Concepción, Leg. Ruiz & Pavon).
= Baccharis angustifolia Cassini in Cuvier, Dict. Sci. nat., ed. 2, v. 41, p. 58, 1826; Typus:
Mauritius (Holotypus não localizado), 1829, s. leg. (Neotypus P n.v.);
= Baccharis pingraea DC., Prod. 5, p. 420, 1836; Typus: CHILE, Valparaíso, ad Concón,
Poeppig 103 (Syntypus G-DC n.v. foto digitalizada do sintipo G-DC!);
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte 6, p. 281, 1974 [s. nom.
Baccharis pingraea]); D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v.
66, p. 48, 2000 [s. nom. Baccharis pingraea]).
Iconografia: J. Baker (Fl. Bras. 6, III, tab. 23, 1882 [s. nom. Baccharis serrulata var.
pingraea]); A. L. Cabrera (op. cit. p. 280, fig. 157 a-f, 1974 [s. nom. Baccharis pingraea]); J.
Müller (Syst. Bot. Monog., v. 76, p. 251, fig. 98 a-o, 2006 [s. nom. Baccharis pingraea]).
99
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul), Uruguai,
Argentina, Chile e Paraguai. Habita várzeas e campos úmidos.
Etimologia: Relaciona-se ao aspecto viscoso das folhas.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Foz do Iguaçu, Parque Botânico, capinzal,
12.II.1980, Acildo 439 (MBM); capoeira baixa, 12.II.1980, Acildo 440 (MBM). Rio Grande
do Sul, Barra do Quaraí, Parque do Espinilho, 1.IV.2005, A. S. de Oliveira-Deble & L. P.
Deble 5.588 (MBM); erva 50 cm, ruderal, capítulos brancos, II.1990, M. Sobral et al. 6.348
(FLOR); campo úmido, XI.2004, L. P. Deble et al. (HDCF). Imbé, erva 40 cm, em terreno
lodoso, 6.XI.1991, G. C. Coelho 222, (ICN). Manoel Viana, campo úmido, 10.XII.2006, L.
P. Deble et al. s.n. (HDCF). Santa Catarina, Itapiranga, às margens do rio Uruguai, campo,
6.II.1951, B. Rambo n. 49.959 (HBR RB HAS).
4.4.5.3 Baccharis medullosa DC.
A. P. de Candolle, Prod. 5, p. 415, 1836.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow 850 (Holotypus G-DC n.v. foto digitalizada do
holótipo G-DC!);
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte 6, p. 278, 1974).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 279, fig. 156 a-i, 1974).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio Grande do Sul), Uruguai, Argentina e Paraguai.
Habita regiões campestres em várzeas e solos úmidos.
Etimologia: Em relação ao caule meduloso.
Observações: Espécie retirada da sinonímia de Baccharis pingraea DC., distingue-se pelo
hábito, pelas folhas maiores e por ser ramificada apenas na capitulescência.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Manoel Viana, em terreno brejoso,
Fazenda Alcina, II.2007, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM).
100
4.4.5.4 Baccharis vulneraria Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 75, 1882.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Lagoa Santa, Warming, Widgren 258 (Syntypus C n.v. Foto
digitalizada do sintipo C! B n.v. Foto F!).
= Conyza triplinervia Less., Linnaea 6, p. 137, 1831; Baccharis serrulata DC. (non B.
serrulata Pers.); Baccharis pseudoserrulata Malag., R. P. Malagarriga-Heras, Contr. Inst.
Geobiol. 9, p. 25, 1958, nom. superfl.; Baccharidastrum triplinerve (Less.) Cabrera, Not.
Mus. La Plata, Bot, v. 2, n. 16, p. 177, 1937. Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow d
2034 (Holotypus P).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte 6, p. 249, 1974 [s. nom.
Baccharidastrum triplinervium]); D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica
Argentina, v. 66, p. 5, 2000 [s. nom. Baccharidastrum triplinervium]).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 247, fig. 134 a-f, 1974 [s. nom. Baccharidastrum
triplinervium]).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul), Uruguai, Argentina e Paraguai. Habita campos úmidos.
Etimologia: Refere-se a sua indicação para o uso em feridas (do latim: vulnerarius = relativo
a feridas).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Barra do Quaraí, Parque do Espinilho,
1.IV.2005, A. S. de Oliveira-Deble & L. P. Deble (MBM). Caçapava do Sul, Guaritas, em
solo arenoso, barranco na beira da estrada, 9.III.2005, L. P. Deble & Oliveira-Deble (MBM).
Santa Catarina, Bom Jardim da Serra, Faz. Laranja, 1.400 m s.m., 13.I.1959, R. Reitz et al.
8.185 (HBR). Bom Retiro, Pinheiral, riozinho, 1.000 m s.m., L. B. Smith et al. 10.285 (HBR
RB). Campos Novos, campo, 800 m s.m., 1.III.1957, 11.980 (HBR RB). Canoinhas, ruderal,
750 m.s.m, 17.XII.1962, L. B. Smith et al. 8.580 (HBR RB). Joaçaba, campos do Rio Irani,
15 km da Ponte Serrada, bog, 700-900 m s.m., 3.I.1957, L. B. Smith et al. 9.869 (HBR).
Porto União, Faz. Rogério, campo úmido, 6.I.1962, R. Reitz et al. 11.579 (HBR RB).
Rancho Queimado, Serra da Boa Vista, capoeira, 800 m s.m., 27.XII.1960, R. Reitz et al.
10.633 (HBR RB). Rio do Sul, Serra do Matador, 700 m s.m., 1.VIII.1959, R. Reitz et al.
101
6.836 (HBR RB). Urubici, Morro da Igreja, capoeira em beira de mata nebular, subarbusto 1
m, 1.700 m s.m., 29.IV.1995, D. Falkenberg 7.498 (FLOR).
4.4.6 Seção Baccharis
Typus: Baccharis halimifolia L.
= Seção Sergilae DC., Prodr. 5, p. 424, 1836, pr. p. Lectotypus: Chrysocoma scoparia L.
(Baccharis scoparia (L.) Sw.); designado por J. Cuatrecasas (Revista Acad. Colomb. Ci.
Exact. 13, p. 88, 1967).
= Seção Glomeruliflorae Heering, Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. Beih. 21, p. 32, 1904.
Lectotypus: Baccharis glomerulifolia Pers. designado por J. Cuatrecasas (Revista Acad.
Colomb. Ci. Exact. 13, p. 88, 1967).
Plantas dióicas, subarbustivas ou arbustivas. Indumento em tufos; constituído de tricomas
unisseriados flageliformes e filiformes. Folhas geralmente sésseis, por vezes, pecioladas, 1-3nervadas (raramente peninervadas), pubérulas e glandulosas. Capitulescências sésseis,
dispostas em racemos ou espigas folhosas terminais, raramente solitárias (Fig. 3 B, I).
Capítulos femininos campanulados, multifloros (10-50 flores); desprovidos de páleas; flores
femininas com corola tubuloso-filiforme de ápice denteado; pappus das flores femininas
bisseriado, pouco acrescente, caduco; aquênios obovados ou cilíndricos, glabros, 10-12costados; receptáculo geralmente cônico, desprovido de páleas. Capítulos masculinos
campanulados, com 30-40 flores; flores masculinas de ápice 5-lobado; rudimento do estigma
de ramas breves, aderidas entre si (Fig. 7 A); pappus das flores masculinas unisseriado, com
cerdas onduladas, pouco espessadas no ápice.
Comentários: Demonstra afinidade com a seção Racemosae; da qual distingue-se pelos
capítulos sésseis, ordenados em espigas folhosas (versus em racemos folhosos), bem como,
pelo indumento constituído de tricomas unisseriados flageliformes ou filiformes, nunca com
célula terminal ramificada (versus tricomas unisseriados flageliformes, filiformes e com
célula terminal ramificada).
Distribuição geográfica: Com aproximadamente 4 espécies no território nacional que
ocorrem principalmente no sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) e sudeste (São
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) do Brasil.
102
4.4.6.1 Baccharis megapotamica Spreng.
C. P. J. Sprengel, Syst. Veg. n. 3, p. 461, 1826.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, entre Jaceguaí e São Francisco de Paula, Sellow d1967
♂ (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do holótipo G-DC!).
= Baccharis pyamidalis Gardner, Lond. J. Bot. 4, p. 123, 1845. Typus: BRASIL, “Moist
Bushy places, Organ Mountains, at elevation of about 5.000 feet, Gardner 5.781 (Holotypus
K n.v. Foto digitalizada do holótipo K!)
Referência: D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 40,
2000); G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 101-102, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, parte I, p. 916,
est. 210, 2002); R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 244, folhas,
1976).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul), Uruguai, nordeste da Argentina e Paraguai. Habita regiões
campestres, banhados e campos úmidos.
Etimologia: Refere-se ao local de coleta da espécie-tipo, o estado do Rio Grande do Sul
(Brasil).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Guaratuba, Itararé, brejo, arbusto 1,8 m, 800 m
s.m., 10.III.1959, G. Hatschbach 5.536 (HBR). Pien, mata desvastada, arbusto, 24.IV.1959,
G. Hatschbach 5.635 (HBR). Piraquara, Mananciais da Serra, subarbusto de 1,5 m, dos
vargedos, 12.IV.1978, G. Hatschbach 41.145 (CTES). Porto Murtinho, brejo, Sufrutice 40
cm, capítulos creme, 24.XI.1980, G. Hatschbach 43.362 (RB). Rio de Janeiro, Terezópolis,
Serra dos Órgãos, II.1952, J. Vidal II-682 (R 107.914); Pedra do Sino, 2.100 m s.m.,
2.V.1931, A. Brade 10.770 (R). Itatiaia, Pedra Assentada, arbusto flores alvescentes, 2.000
m s.m., 8.II.1945, Brade 17.416 (RB R). Rio Grande do Sul, Arroio dos Ratos, Fazenda
Faxinal, paludoso, 2.VI.1982, K. Hagelund 13.931 (ICN). Cambará do Sul, em campo,
1.100 m s.m., 20.IV.1985, R. Wasum et al. (FLOR). Osório, beira de banhado, 8.V.1950, B.
Rambo 47.046 (ICN). Jaquirana, 6.IV.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM).
Santa Maria, Boca do Monte, 22.I.1944, W. Rau 2.142a (HBR); 5.XI.1934, W. Rau s.n. (R
103
154167). s.l., s.d., F. Sellow 818 (R). São Francisco de Paula, Vila Oliva, 3.I.1946, B.
Rambo 31.014 (CTES); Arroio das Mulatas, Criúva, 24.II.1951, Ir. E. Maria 120 (HBR). São
José dos Ausentes, Cânion Montenegro, 7.IV.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble
(MBM). Santa Catarina, Bom Jardim da Serra, Curral Falso, orla de mata, arbusto 1 m,
19.III.1959, R. Reitz et al. 8.676 (HBR). Calmon, banhado, 900 m s.m., 23.II.1962, R. Reitz
et al. 12.336 (HBR RB). Curitibanos, perto da cidade, campo úmido, 900 m s.m., 23.II.1962,
R. Reitz et al. 12.250 (HBR RB). Matos Costa, banhado, flor creme, 1.100 m s.m.,
23.II.1962, R. Reitz et al. 12.359 (HBR FLOR); s.l., Serra Geral, arbusto sobre ribeiros,
III.1891, E. Ule 1.825 (R).
4.4.6.2 Baccharis notosergila Griseb.
Griseb. Symb, p. 183, 1879.
Typus: ARGENTINA, Entre Rios, Lorentz (Holotypus B n.v. Foto F!).
= Baccharis curtifolia S. Moore, J. Bot, n. 42, p. 37, 1904. Typus: BRASIL, Mato Grosso,
Porto Murtinho, Robert (Holotypus não localizado).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte VI, p. 281, 1974).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 282, fig. 158 a-i, 1974).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Mato Groso e Rio Grande do Sul), Uruguai, Argentina e
Paraguai. Habita regiões campestres.
Material selecionado – BRASIL, Mato Grosso, Porto Murtinho, 2.I.1903, Malme 2.783
(R). Rio Grande do Sul, Itaqui, freqüente, 28.II.1972, Dobereiner et al. 838 (RB).
4.4.6.3 Baccharis spicata (Lam.) Baill.
H. E. Baillon, Bull. Soc. Linn. Paris, 34: 267, 1880. Bas.: Eupatorium spicatum Lam.
Typus: URUGUAI, Montevidéu, s.l. (Holotypus P-LAM n.v., foto digitalizada do holótipo
P-LAM!).
= Baccharis platensis Sprengel, Syst. Veget. 3, p.465, 1826; Typus: BRASIL, Sellow d432
(Holotypus NY n.v. Foto digitalizada do holótipo NY!);
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte VI, p. 259, 1974); D. A.
Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 61-62, 2000).
104
Iconografia: J. Baker (Fl. Bras., 6, III, tab. 26, 1882 [s. nom. B. platensis]); A. L. Cabrera
(op. cit. p. 258, fig. 141 i-o, 1974).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul), Uruguai, Argentina e Paraguai. Habita restingas e campos úmidos.
Etimologia: Refere-se à disposição dos capítulos em espigas.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Curitiba, Uberaba de Baixo, próximo ao rio,
subarbusto 1,5 m, 3.III.1977, R. Landrum 2.353 (MBM); sem localidade, perto da cidade,
campo, arbusto de 1,8 m, 7.IX.1960, R. B. Lange 1.327 (HBR HAS RB). Fernandes
Pinheiro, IX.1950, Vidal III. 167 (R). Piraquara, autódromo Pinhais, capoeira, arbusto 1 m,
26.XII.1973, G. Hatschbach 33.583 (MBM); Pinhais, brejo de várzea, subarbuso,
10.VII.1958, G. Hatschbach 4.828 (HBR). São José dos Pinhais, Reserva Ecológica do
Cambuí, margem do lago, arbusto 1,5 m, 17.X.1986, M. Scaramuzza Filho s.n. (MBM
299.917). Rio Grande do Sul, Bagé, rio próximo à cidade, 4.IV.1975, B. Irgang et al. s.n.
(ICN 27.409 CTES 43.043). Barra do Quaraí, Parque do Espinilho, 1.IV.2005, L. P. Deble
et al. (MBM). Caxias do Sul, Jardim Botânico, 7.IV.1993, L. Capellari et al. 9.050 (MBM).
Lavras do Sul, beira da estrada, arbusto 3 m, 18.VII.2003, A. S. de Oliveira-Deble & L. P.
Deble (MBM). Pelotas, Retiro, beira de regato 24.III.1958, J. C. Sacco 1.077 (HBR). Santa
Maria, Volta do Felizardo, 13.IV.1949, R. Beltrão 2.137 (HBR). São Francisco de Paula,
Vila Oliva, 11.I.1946, B. Rambo 31.189 (CTES); RS 235, beira da estrada, 830 m s.m.,
15.IV.2001, R. Wasum 1.068 (MBM). São Leopoldo, Rio dos Sinos, 10.X.1934, B. Rambo
539 (HBR RB HAS). Viamão, Capivari, 24.IV.1950, B. Rambo 46.939 (CTES); perto da
cidade, vassoural. 3.IV.1955, J. R. Mattos 2.894 (HBR). Santa Catarina, Bom Jardim da
Serra, beira de regato, arbusto 50 cm, 14.I.1959, R. Reitz et al. 8.205 (HBR). Florianópolis,
Morro das Pedras, restinga, arbusto 2 m, flor creme, 16.II.1966, R. M. Klein et. al 6.673
(FLOR HBR HAS); restinga, 16.II.1966, R. M. Klein et al. 6.672 (FLOR HBR); Parque
Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, próximo ao estacionamento Joaquina, baixada
alagada, entre dunas na restinga, subarbusto 1,2 m, 27.II.2005, T. B. Guimarães et al. 473
(FLOR); Canasvieiras, dune formations, 28.III.1957, L. B. Smith et al. 12.261 (HBR). Itajaí,
herbácea, ereta, 15.I.2000, G. Ribeiro s.n. (MBM 204457). Itacorubi, 22.VII.1992, M. H. de
Queiroz (FLOR); antiga estrada para Balneário Daniela, solo arenoso, 50 cm, 11.II.1988, M.
L. Souza et al. 1.118 (FLOR); estrada para Jurerê, 11.II.1988, M. L. Souza et al. 1.045
105
(FLOR); Rio Vermelho, campo em restinga, subarbusto 1 m, flor creme, 27.II.1985, M. L.
Souza et al. 313 (FLOR); Praia dos Navegantes, II.1993, M. Botelho 531 (GUA). Lages,
Morro do Pinheiro Seco, campo úmido, 950 m s.m., arbusto de 1 m, flor amarelada, R Reitz et
al. 14.005 (HBR); próximo a cidade, in subhumidis dumetosis, 10.I.1951, B. Rambo 49.541
(HBR RB HAS). Laguna, mar grosso, dunas, arbusto 50 cm, 31.III.1972, G. Hatschbach et
al. 29.361 (MBM). Painel, campo, 1.000 m.s.m, 15.XII.1967, A. Lourteig 2.213 (HBR).
Palhoça, Morro Cambirela, capoeira, flor creme, 14.IV.1971, Klein et al. 9.366 (FLOR HBR
RB). Piçarras, Praia Alegre, 31.I.1964, E. Pereira 8.797 (RB). Pântano do Sul, Sapé, morro,
pastagem, subarbusto 50 cm, flor creme, 300 m s.m., 17.III.1971, A. Bresolin 200 e 202
(HBR FLOR). São Joaquim, 13 km, northeast of São Joaquim on the road to Cruzeiro, bog,
1.100-1.200 m s.m., 17.I.1957, L. B. Smith et al. 10.260 (HBR). Sombrio, Pirão Frio,
capoeira, 17.III.1960, R. Reitz et al. 9.553 (HBR).
4.4.6.4 Baccharis weirii Baker
J. Baker, in Martius, Fl. Bras. n. 6, III, p. 67, 1882. Baccharis megapotamica var. weirii
(Baker) Barroso; Rodriguésia n. 40, p. 102, 1976. syn. nov.
Typus: BRASIL, São Paulo, Weir 509 ♂ (Holotypus B n.v. Foto F 15089!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 102-103, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte 1, p. 919,
est. 211, 2002).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. Habita banhado e campos paludosos.
Etimologia: Homenagem a J. R. Weir, coletor da espécie-tipo.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Campo Largo, arredores de Campo Largo, brejo
turfoso, subarbusto, 950 m s.m., 3.X.1958, G. Hatschbach 5.049 (HBR). Clevelândia, brejo,
subarbusto 50 cm, 26.X.1969. G. Hatschbach 22.718 (CTES MBM). Curitiba, in paludosis,
29.XI.1903, P. Dusén 2.337 (R). Piraí do Sul, J. Murtinho, brejo, sufrutice 40 cm,
24.XI.1980, G. Hatschbach 43.362 (R MBM). Rio Grande do Sul, Esmeralda, Faz.
Guabiroba, beira da mata, M. Rossato et al. 3.218 (HBR). Jaquirana p. Bom Jesus, ♂,
106
15.V.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (HDCF) São Francisco de Paula, RS 020,
banhado, subarbusto de 20 cm, 950 m s.m., 21.XII.2005, A. A. Schneider 1.160 (ICN). São
José dos Ausentes, p. Cânion Montenegro, V.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble
(MBM). Santa Catarina, Água Doce, Campos de Palmas, bog, 1.100-1.200 m s.m.,
5.XII.1964, L. B. Smith et al. 13.639 (HBR). Bom Jardim da Serra, Faz. Laranja, campo,
1.400 m s.m., 10.XII.1958, R. Reitz et al. 7.706 (HBR). Bom Retiro, campo, arbusto de 1 m,
950 m s.m., 26.X.1957, R. Reitz et al. 5.499 (HBR). Caçador, Faz. Carneiros, banhado do
campo, arbusto 40 cm, 28.X.1962, R. Reitz et al. 13.778 (HBR RB). Campo Alegre, Lower
Fazenda of Ernesto Schneider, bog, 900 m s.m., 9.XI.1956, L. B. Smith 7.471 (HBR RB).
Irani, Campo de Irani, dry field, L. B. Smith et al. 12.460 (HBR). Mafra, perto da cidade,
banhado, I.1953, R. Reitz 5.360 (HBR). Matos Costa, banhado do campo, arbusto de 30 cm,
1.100 m s.m., 27.X.1962, R. Reitz et al. 13.711 (HBR RB). Santa Cecília, Campo do Areão,
banhado do campo, arbusto 50 cm, 1.100 m s.m., 25.X.1962, R. Reitz et al. 13.512 (HBR
RB). São Joaquim, 13 km northeast of São Joaquim on the road to Cruzeiro, bog, 1.1001.200 m s.m., 17.I.1957, L. B. Smith et al. 10.258 (HBR).
4.4.7 Seção Canescentes Giuliano
D. A. Giuliano, Novon v. 15, n. 4, p. 535-536, 2005.
Typus: Baccharis helychrysoides DC.; Prodr. 5, p. 415, 1836.
Plantas subarbustivas eretas, prostradas ou decumbentes, lanosas. Folhas sésseis, discolores,
1-3-nervadas, com tricomas glandulares bisseriados na face adaxial, e unisseriados na face
abaxial, de margens inteiras e revolutas. Indumento constituídos de tricomas unisseriados com
células filiformes. Capitulescências pedunculadas, dispostas em corimbos terminais ou
axilares (Fig. 3 E). Capítulos femininos hemisféricos, multifloros (30-50 flores); receptáculo
plano ou levemente convexo, desprovidos de páleas; flores femininas com corola tubulosofiliforme de ápice denteado; pappus das flores femininas, bisseriado, acrescente, persistente;
aquênios obovados 5-costados, com tricomas geminados curtos ou longos. Capítulos
masculinos hemisféricos, multifloros (25-50 flores); flores masculinas de ápice 5-lobado;
rudimento do estima de ramas lanceoladas ou breves (Fig. 7 B, C), separadas; pappus das
flores masculinas com cerdas crespas pouco espessadas no ápice.
Comentários: Definida recentemente por Giuliano (2005), a seção Canescentes demonstra
afinidade com a seção Curitybensis; da qual distingue-se pelos Aquênios 5-costados. (versus
107
aquênios 10-costados), pappus das flores femininas persistente (versus pappus das flores
femininas caduco).
Distribuição geográfica: Reúne 8 espécies bastante afins, com distribuição no Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai.
4.4.7.1 Baccharis gibertii Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 52, 1882.
Typus: URUGUAI, Montevidéu & Maldonado, Gibert 814 (Holotypus [designado por
Barroso, 1976: K n.v. ] Foto K 13190!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 63, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 229, foto 2, 1976); R. P. Malagarriga-Heras (Mem.
Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 64, folhas, 1977).
Distribuição & Hábitat: Ocorre no Brasil (Rio Grande do sul) e Uruguai. Habita turfeiras e
campos úmidos.
Etimologia: Homenagem ao coletor da espécie, botânico José Ernesto Gibert (1818-1886).
Observações: Espécie pouco coletada; não constam coletas até a presente data, para os
estados do Paraná e Santa Catarina.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Santo Antônio da Patrulha, Roçada,
arbusto, turfeira entre gramíneas altas, restinga, campo, flores alvas, 5.XI.2003, A. Knob et al.
7.515 (UNILASALLE 2.515). URUGUAI, Depto. Canelones, banhado del Negro, cerca del
Arroio Pando, 1.XII.1946, Castelanos 12.773 (CTES).
4.4.7.2 Baccharis gnaphalioides Spreng.
C. P. J. Sprengel, Syst. Veg. n. 3, p. 461. 1826.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow 824 (Holotypus n.v. Foto F 37718!).
= Baccharis radicans DC., Prod. 5, p. 416, 1836. Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow
906 (Holoypus P n.v. Foto digitalizada do holótipo P!).
108
Referência: D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 34,
2000).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 65, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio Grande do Sul), Uruguai e Argentina. Habita dunas
litorâneas.
Etimologia: Refere-se à semelhança com espécies do gênero Gnaphalium L. (Asteraceae).
Observações: Existem duas espécies afins nas dunas litorâneas do sul Brasil: no Rio Grande
do Sul é assinalada a presença de Baccharis gnaphalioides Spreng., com folhas lineares e
capítulos femininos hemisféricos, com 25-30 flores, enquanto que em Santa Catarina, ocorre
B. psamophila Malme, espécie de folhas orbiculares e capítulos campanulados com 10-15
flores. Barroso (1976) reduziu o binômio de Malme à sinonímia de Baccharis gnaphalioides
[s. nom. B. radicans], as duas espécies, todavia, encerram características suficientes para
serem consideradas como distintas.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Chuí, dunas arenosas, IV.2007, Deble
& Oliveira-Deble 4.122 (MBM). Osório, Fazenda do Arroio p., in arenosis dumetosis, flor
feminina, 14.IV.1950, B. Rambo (PACA 46.790). Palmares do Sul, L. da Porteira,
22.VI.2004, J. Mauhs (PACA 94.156). São José do Norte, dunas, 22.II.1981, T. M. Pedersen
12.988 (CTES). Torres, dunas costeiras, 16.I.1982, A. Krapovickas et al. 37.701 (CTES).
Viamão, Morro da Grota, dunas, erva rasteira, 10.VI.1980, O. Bueno 2.609 (HAS CTES).
4.4.7.3 Baccharis helichrysoides DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 415, 1836.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, s. leg. 492, 811 ♀ (Syntypus G-DC n.v., Foto
digitalizada do sintipo G-DC!).
Referência: D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 3536, 2000); G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 60, 1976).
Iconografia: J. Baker (Fl. Bras. 6, III, tab. 21, fig. 1, 1882).
109
Distribuição & Hábitat: No sul e sudeste do Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Paraguai e nordeste da Argentina. Habita
regiões campestres.
Etimologia: Alude à semelhança com espécies do gênero Helichrysum Mill. (Asteraceae).
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, São Roque de Minas, em direção a Serra da
Canastra, subarbusto 30-60 cm, campo cerrado, 12.I.1994, A. M. Giullieti et al. 13.564
(CTES). Paraná, Curitiba, Barigüi, 18.IV.1957, R. B. Lange 1.006 (HBR RB HAS).
Bocaiúva do Sul, Serra do Bocaina, arbusto 1,5 m, capítulo alvo, campo de altitude,
20.IV.1998, J. M. Silva et al. 2.338 (CNPO). Rio de Janeiro, Petrópolis, km 47, estrada 135,
12.III.1973, A. Krapovickas et al. 23.250 (CTES). Rio Grande do Sul, Canela, beira da
estrada de terra p. Lageado Grande, XI.2006, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (HDCF).
Caxias do Sul, campus da UCS, 6.III.1986, R. Wasum 1.297 (PACA). Jaquirana, divisa c.
Bom Jesus, 8.IV.2005, Oliveira-Deble et al. 4.132 (MBM). Marcelino Ramos, Mata do
Sétimo Céu, erva de 80 cm, capítulos brancos, 2.III.1989, J. A. Jarenkow 1.251 (FLOR).
Osório, arbusto 1-1,5 m, vassoural, II.1989, M. Sobral 6.068 (FLOR). São José dos
Ausentes, Serra da Rocinha, 27.III.2007, L. P. Deble & Oliveira-Deble 4.130 (MBM).
Urubici, p. Serra do Corvo Branco, 10.IV.2007, Deble & Oliveira-Deble 4.131 (MBM).
Viamão, beira da estrada, X.1983, M. Sobral 2.430 (MBM). Santa Catarina, Abelardo Luz,
ruderal, 500-600 m s.m., 19.II.1957, L. B. Smith et al. 11.515 (HBR). Dionísio Cerqueira, 3
km do rio Capetinga, ruderal, 900-1.000 m s.m., 22.II.1957, L. B. Smith et al. 11.655 (HBR
RB). Faxinal dos Guedes, ruderal, 700-900 m s.m., 26.II.1957, L. B. Smith et al. 11.848
(HBR). Irineópolis, ruderal, 750 m s.m., 14.III.1957, L. B. Smith et al. 12.141 (HBR). Lages,
Painel, campo, 950 m s.m., 14.IV.1963, R. Reitz et al. 14.944 (HAS HBR RB). Lauro
Müller, Rio do Meio, capoeira, 20.II.1959, R. Reitz et al. 8.451 (HBR RB HAS). Palhoça,
perto da cidade, capoeira, 500 m s.m., 4.IV.1953, R. M. Klein 419 (HBR RB HAS). Rio do
Sul, Alto Matador, beira estrada, 800 m s.m., 13.III.1959, R. Reitz et al. 8.591 (HBR
RB).Santo Amaro da Imperatriz, herbácea 40 cm, 17.I.1993, M. H. de Queiroz (FLOR).
Urubici, Vacas Gordas, SC 430, capoeira, arbusto 1,5 m, 1.120 m s.m., 25.III.1995, D.
Falkenberg 1995 (FLOR).
4.4.7.4 Baccharis leucocephala Dusén
P. Dusén, Arkiv Bot. Stockh. 9, n. 15, p. 24, 1910.
110
Typus: BRASIL, Paraná, Roça Nova, Dusén 2.208 ♀ (Syntipus NY n.v. Foto digitalizada do
sintipo NY! Isosyntypus R!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 62, 1976).
Iconografia: P. Dusén (1 c. tab 1 fig. 5-6); G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense,
Compostas, Parte I, p. 861, est. 193a, 2002).
Distribuição & Hábitat: Nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita
campos de altitude.
Etimologia: Referência ao pappus esbranquiçado dos capítulos femininos e ao tomento albolanoso que reveste as brácteas involucrais.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Curitiba, Pilarzinho, arbusto, X.1964, L. T.
Dombrowski 653 (MBM). Quatro Barras, Serra da Baitaca, arbusto 1,2 m, capítulos creme,
beira mata, 24.X.1996, J. Cordeiro et al. 1.347 (FLOR). São José dos Pinhais, Rio Pequeno,
beira de araucarieto, arbusto 3 m, 2.XI.2004, J. M. Silva 4.187 (MBM); beira de mata de
galeria, J. M. Silva 4.181 (MBM). Rio Grande do Sul, São José dos Ausentes, planta ♂,
5.XI.2004, L. P. Deble & Oliveira-Deble 5.586 (MBM); arbusto 2 m, planta ♀, 5.XI.2004, L.
P. Deble & Oliveira-Deble 5.599 (MBM). Santa Catarina, Bom Jardim da Serra, Boca da
Serra, 1 m, 24.XII.1982, A. Krapovickas 38.293 (CTES). Bom Retiro, Campo dos Padres,
ruderal and forest, 1.400 m s.m., 22.XI.1956, L. B. Smith et al. 7.864 (HBR). Curitibanos, 8
km, bog, 850 m s.m., 6.XII.1956, L. B. Smith et al. 8.355 (HBR RB). Garuva, Serra do
Quiriri, mata do alto do morro, arbusto 2 m, 1.300 m s.m., J. M. Silva et al. 4.126 (MBM).
Lages, Morro do Pinheiro Seco, campo, flor creme, 1.XI.1963, R. M. Klein 4.502 (FLOR).
Lebon Regis, Rio dos Patos, orla de pinhal, arbusto, 900 m s.m., 29.X.1962, R. Reitz et al.
13.876 (HBR RB). Palhoça, 28.XII.1951, R. Reitz 4.537 (HBR RB). Porto União, São
Miguel, arbusto 1 m, 800 m s.m., 27.X.1962, R. Reitz et al. 13.692 (HBR RB). Urubici, SC
439 p. Morro da Igreja, capoeira na regeneração de pinhal secundário, arbusto 1,5 m,
6.XII.1996, D. Falkenberg 8.914 (FLOR).
111
4.4.7.5 Baccharis leucopappa DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 415, 1836; Baccharis helichrysoides var. leucopappa (DC.)
Baker, Fl. Bras. 6, III, p. 51, 1882.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow d3111 e s. leg. 830 ♀ (Holotypus G-DC n.v.
Foto digitalizada do holótipo G-DC!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 63, 1976).
Iconografia: J. Baker (Fl. Bras. 6, III, tab. 21, fig. 2, 1882 [s. nom. B. helichrysoides var.
leucopappa]).
Distribuição & Hábitat: No Brasil, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. Habita campos de altitude.
Etimologia: Em relação à cor branca do pappus.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Canoas, III.1939, R. P. MalagarrigaHeras 3.133 (R). Jaquirana, 1.150 m s.m., 9.XI.1961, E. Pereira 6.852 (RB HBR). Porto
Alegre, Morro da Glória, campo, 10.IX.1931, B. Rambo 501 (HBR RB). São Leopoldo,
Morro Sapucaia, 9.X.1956, B. Rambo 57.463 (HBR). Serra do Faxinal, 21.II.1951, B.
Rambo 50.132 (CTES). São José dos Ausentes, Serra da Rocinha, 18.I.1950, B. Rambo
45.325 (CTES). Santa Catarina, Água Doce, BR 153, Rio Roseira, campo, beira do rio,
arbusto de 1,2 m, 16.II.1978, A. Krapovickas et al. 33.674 (CTES). Bom Jardim da Serra,
Curral Falso, campo, 1.500 m s.m., 19.II.1959, R. Reitz et al. 8.391 (HBR RB); perto da
cidade, campo, III.1953, J. Mattos 2.083 (HBR). Bom Retiro, Campo dos Padres, bog, 1.650
m s.m., 25.I.1957, L. B. Smith et al. 10.425 (HBR RB). Rancho Queimado, Serra da Boa
Vista, campo, 1.000 m s.m., R. Reitz et al. 10.778 (HBR RB). Urubici, Morro da Igreja,
campo turfoso, subarbusto 50 cm, 1.800 m s.m., 29.IV.1995, D. Falkenberg s.n. (FLOR);
campo, 22.I.1960, J. R. Matos 8.242 (HBR).
4.4.7.6 Baccharis patens Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 52, 1882. nom. subs.: Aster phylicoides Sprengel.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow 463 ♂ (Holotypus P n.v. Foto F 15027! Foto
digitalizada Sintipo NY!).
112
= Baccharis bakeri Heering, Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. 21, p. 39, 1903. Typus: BRASIL,
Rio Grande do Sul, Belém Velho, Reineck & Czermarck 106 (Holotypus P n.v. Foto
digitalizada do holótipo P!);
= Baccharis squarrosa Baker, in Mart. Fl. Bras. VI, III, p. 50, 1882. (non Kunth). Typus:
Uruguai, Las Minas, Gibert 881 (Holotypus P n.v.).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 57 e 59, 1976); A. L. Cabrera (Bol.
Soc. Arg. Bot. v. 8, n. 1, p. 31-32, 1959).
Distribuição & Hábitat: Restrita ao estado do Rio Grande do Sul (Brasil) e Uruguai. Habita
afloramentos rochosos e regiões campestres.
Etimologia: Relacionada aos ramos patentes (abertos) da inflorescência.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Bagé, Palmas, Rincão do Inferno,
24.VII.2004, L. P. Deble & Oliveira-Deble 4.124 (MBM). Caçapava do Sul, beira BR 392,
vassoural, subarbusto 50 cm,VIII.1987, M. Sobral et al. 5.707 (MBM ICN); Guaritas, em
afloramento rochoso, 5.IX.2006, L. P. Deble & Oliveira-Deble 4.123 (MBM).. Cambará do
Sul, Parque Nacional dos Aparados da Serra, arbusto de 1,5, crescendo na borda, 13.X.1976,
D. Araújo 1.259 (GUA). Candiota, 20.VIII.1987, P. Oliveira et al. s.n. (CNPO 1.922).Capão
do Leão, Morro Redondo, beira da estrada, arbusto 50-60 cm, capoeira, 15.X.1989, J. A.
Jarenkow 1.363 (FLOR). Caxias do Sul, Criúva, Ilhéus, arbusto em barranco, 17.IX.1988, M.
Rossatto et al. s.n. (MBM 125.415). Cerro Grande do Sul, BR 116, campo alto, arbusto 1 m,
28.IX.1997, J. A. Jarenkow 3.583 (FLOR). Encruzilhada do Sul, Quero-Quero, arbusto 1,5
m, em campo, encosta de morro, capítulos brancos, flores masculinas, 1.IX.1984, M. Sobral et
al. 3.052 (FLOR CTES). Guariba, 15.VIII.1985, F. A. Silva 461 (FLOR). Pelotas, Pedreira
Santa Luzia, campo arbusto 0,5, 20.V.1959, J. C. Sacco 1.223 (HBR RB); IAS, 16.VII.1954,
J. C. Saco 159 (RB). Porto Alegre, Morro da Polícia, in campestribus dumetosis, sufrutex 1,5
metralis, 16.VII.1948, B. Rambo s.n. (PACA 37.333 MBM 39.661); Morro da Polícia, in
campestribus dumetosis, 9.IX.1949, B. Rambo 43.330 (CTES); Morro Santana, campo,
21.I.1958, J. R. Mattos 6.866 (HBR); Jardim Botânico FBZ, 28.VIII.1979, O. Bueno 1.669
(CTES – HAS). Pantano Grande, Serra Granítica, campo sujo, arbusto 1 m, s.d., J. C.
Lindeman et al. s.n. (ICN 20.542 – CTES 39.909). Viamão, Itapuã, campo rochoso,
subarbusto 1 m, 8.IX.1996, D. Falkenberg 3.092 (FLOR); beira de mata, arbusto de 2 m,
113
IX.1983, M. Sobral et al. 2.220 (MBM); Vila Gaúcha, vassoural, s.d., J. R. Mattos 3.743
(HBR).
4.4.7.7 Baccharis phylicifolia DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 415, 1836.
Typus: BRASIL, São Paulo, Sellow 491 ♂ (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do
holótipo G-DC!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 64, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 230, foto 3, 1976); G. M. Barroso & O. Bueno (Fl.
Ilust. Catarinense, Compostas, Parte 1, p. 851, est. 190, 2002).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. Habita campos úmidos.
Etimologia: Refere-se às folhas que lembram as do gênero Phylica L. (Rhamnaceae).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Portão, p. São Leopoldo, in
campestribus dumetosis, flor masculina, B. Rambo (PACA 2.310). São Leopoldo, arredores,
IX.1941, J. E. Leite 2.822 (SP). Sapucaia do Sul, IX.1941, J. E. Leite 2.129 (SP). Santa
Catarina, Florianópolis, Canasvieiras, Ilha de Santa Catarina, campo, 5 m s.m., 6.X.1964, R.
M. Klein et al. 5.908 (HBR RB).
4.4.7.8 Baccharis psammophila Malme
G. O. A. Malme, Kungl. Svenska Vet. Hand, Band 12, n. 2, 1933.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, Laguna, in arena mobili, 24.VI.1909, G. O. Malme 8.425
(Holotypus S n.v.).
Referência: G. O. A. Malme (Kungl. Svenska Vet. Hand, Band 12, n. 2, 1933).
Iconografia: G. O. A. Malme (op. cit., tab. IV fig. dextra, 1933); G. M. Barroso & O. Bueno
(Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 844, est. 188b, 2002 [s. nom. Baccharis
radicans DC.]).
114
Distribuição & Hábitat: No estado de Santa Catarina. Habita solos arenosos e dunas
litorâneas.
Etimologia: Alude a ocorrência da espécie, em dunas litorâneas.
Material estudado: BRASIL – Santa Catarina, Florianópolis, Joaquina, dunas, 8.IV.1983,
A. Reis 273 (FLOR); Praia do Campeche, dunas, 17.II.1967, R. M. Klein 7.250 (FLOR);
Dunas da Lagoa, dunas, 16.III.1966, Klein et al. 6.716 (FLOR); Praia da Galheta, subarbusto
30 cm, caule rastejante, dunas, IV.1988, D. Falkenberg 4.707 (FLOR); D. Falkenberg 4.709
(FLOR). Imbituba, Itapirubá, dunas litorâneas, 12.II.1978, G. Hatschbach 41.007 et al.
(CTES MBM); Ibiraquara, capítulos alvescentes, parcialmente reptante, restinga arbórea,
VI.1986, G. Hatschbach 49.364 (FLOR). Laguna, Mar Grosso, dunas, 31.III.1972, G.
Hatschbach 29.375 et al. (CTES MBM). Sombrio, Praia das Gaivotas, semi-ereta, capítulos
creme, campo de restinga, 15.IV.1994, G. Hatschbach et al. 60.582 (FLOR).
4.4.8 Seção Caulopterae DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 424, 1836.
Lectotypus: Conyza genistelloides Lam. (= Baccharis genistelloides (Lam.) Pers.); designado
por J. Cuatrecasas (Revista Acad. Colomb. Ci. Exact. 13, p. 87, 1967).
= Seção Alatae Less. Linnaea 6, p. 141, 1831 [nom. nud.];
= Seção Sergilae DC., Prodr. 5, p. 424, 1836, p.p. excl. typ.;
= Gênero Pingraea Cass. emend. F. H. Hellwig, Candollea 48, p. 214, 1993, p.p. excl. typ.
Plantas dióicas, arbustivas ou subarbustivas; caules providos de alas longitudinais, glabros ou
pilosos. Folhas trinervadas ou peninervadas, por vezes, reduzidas a brácteas inconspícuas.
Indumento geralmente em tufos, composto por tricomas unisseriados flageliformes e
bisseriados glandulares, raro tricomas em pedestal. Capitulescências sésseis, dispostas em
espigas ou racemos terminais (Fig. 3 J). Capítulos femininos cilíndricos a campanulados,
multifloros (20-80 flores); recepáculo glandular, desprovidos de páleas; flores femininas com
corola filiforme, de ápice truncado, breve-ligulado ou irregularmente ligulado (lígula integra,
ou provida de 2-3 lóbulos); pappus das flores femininas, unisseriado (raro com cerdas
adicionais), por vezes acrescente; aquênios glabros ou pubérulos, 5-18-costados, com
epiderme papilosa e estriada. Capítulos masculinos oblongos a campanulados pauci a
multifloros (10-50 flores); flores masculinas de corola tubulosa, 5-lobada; rudimento do
115
estigma de ramas lanceoladas aderidas ou não (Fig. 7 B); pappus das flores masculinas com
cerdas crespas, espessadas no ápice.
Comentários: Demonstra afinidade com as seções Molinae e Organensis; da seção Molinae
distingue-se pelo arranjo da capitulescência, séssil e disposta em espigas ou racemos terminais
(versus capitulescências pedunculadas, dispostas em corimbos compostos agrupados em
capitulescências corimboides), bem como pelos caules alados (versus caules sem alas). De
Organensis distingue-se principalmente pela ausência de alas no caule.
Distribuição geográfica: Caulopterae reúne cerca de 25 espécies que ocorrem nos Andes da
Colômbia até o centro da Argentina, estendendo-se ao Uruguai, Paraguai e Brasil (Müller,
2006). Com 23 espécies no Brasil, a seção é a segunda em número de espécies, ocorrendo
principalmente no sul e nos pontos mais elevados do sudeste.
4.4.8.1 Baccharis articulata (Lam.) Pers.
C. H. Persoon, Syn. Plant. 2, p. 425, 1807. Bas.: Conyza articulata Lamarck, Encycl. Meth. 2,
p. 94, 1786. Molina articulata (Lam.) Less., Linnaea 6, p. 140, 1831; Pingraea articulata
(Lam.) F. H. Hellwig; Candollea 48, p. 217, 1993.
Typus: URUGUAI, Montevidéu, Commerson s.n. (Holotypus P-LAM n.v. foto digitalizada
do holótipo P-LAM! Isotypus C n.v. Foto digitalizada do isótipo C!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 182-183, 1976); D. A. Giuliano (In:
Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 22, 2000); J. Müller (Syst. Bot.
Monog. v. 76, p. 209-212, 2006).
Iconografia: J. Baker (Fl. Bras. v. 6, n. 3, tab. 15, 1882); A. L. Cabrera (Fl. de la Prov. de
Buenos Aires, Tomo VI, p. 112, f. 28 b, 1963); A. Espinar (Bol. Acad. Nac. Ci, p. 230, fig.
27, 1973); A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Ríos Tomo VI, parte VI, p. 253, f. 137 i-q, 1974); A.
L. Cabrera (Fl. de la Prov. Jujuy, Tomo XIII, parte X, p. 214, fig. 91 a-g, 1978); J. Müller (op.
cit. p. 211, fig. 78 a-o, 2006).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul),
Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. Habita regiões campestres.
116
Etimologia: Em relação aos ramos articulados.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Curitiba, em campo, 21.I.1904, P. Dusén 3023 (R).
Rio Grande do Sul, Bagé, BR 153, beira da estrada, km 526, 5.IX.2006, L. P. Deble & A. S.
de Oliveira-Deble (MBM). Caçapava do Sul, arbusto no campo, 21.IX.1986, R. Wasum et
al. s. n. (FLOR). Montenegro, Butterberg, in dumetosis,13.XI.1950, B. Rambo 49.139
(HBR); Linha Itá-Gravataí, erva de 50 cm, IV.IX.1986, J. A. F. da Costa s.n. (R 161632).
Santa Maria, Cerrito, 31.I.1937, W. Rau 2.134 (HBR). São Francisco de Paula,
18.XII.1949, B. Rambo 44.805 (CTES). São Leopoldo, Quinta São Manoel, s.d., J. Dutra s.n.
(R 37.721). São Sepé, Vista Alegre, Fazenda Trevisan, 14.X.1985, S. J. Longhi 567 (HDCF
1.942). Santa Catarina, Abelardo Luz, banhados do campo, arbusto 900 m s.m.,
26.VIII.1964, R. M. Klein 5.531 (HBR). Bom Retiro, BR 282, 1.000 m s.m., subarbusto 60
cm, em capoeirinha, VI.1988, D. Falkenberg 4.711 (FLOR). Florianópolis, Tapera, Ribeirão,
capoeira, arbusto 1 m, flor creme, 14.X.1969, Klein et al. 8.366 (FLOR); Saco Grande,
capoeira, arbusto 1 m, 14.IX.1966, Klein et al. 6.819 (FLOR); 14.IX.1965, capoeira,
subarbusto R. M. Klein et al. 6.215 (HBR); Morro do Ribeirão, capoeira, subarbusto 1 m,
13.IX.1966, Klein et al. 6.782 (FLOR). Governador Celso Ramos, Jordão, capoeira,
subarbusto, 11.VIII.1961, R. M. Klein 9.662 (HBR). Turvo, perto da cidade, capoeira,
arbusto de 2 m, 11.XI.1943, R. Reitz 141 (HBR).
4.4.8.2. Baccharis crispa Spreng.
C. P. J. Sprengel, Syst. Veg. n. 3, p. 466. 1826. Molina crispa (Spreng.) Less., Linnaea 6, p.
141, 1831; Baccharis genistelloides var. crispa (Spreng.) Baker, Fl. Bras. 6, 3, p. 41, 1882;
Pingraea crispa (Spreng.) F. H. Hellwig, Candollea 48, p. 217, 1993; Baccharis
genistelloides subsp. crispa (Spreng.) J. Müller, Syst. Bot. Monog. 76, p. 198, 2006.
Typus: URUGUAI, Montevidéu, Sellow d397 [= H.I.B. 736] (Holotypus P n.v. Isotypus GDC n.v. Foto digitalizada do isótipo G-DC! Foto F 14.960!).
= Cacalia sessilis Vell., Fl. Flum., icon. 8, tab. 73, 1831; Typus: BRASIL, material
desconhecido (Lectotypus designado por Müller, 2006, tab. 73 in Vellozo, Fl. Flum. icon. 8,
1831).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Patag. Tomo VIII, parte VII, p. 80, 1971); A. Espinar (Bol.
Acad. Nac. Ci. v. 50, p. 232, 1973); J. Müller (Syst. Bot. Monog. v. 76, p. 198-200, 2006 [s.
nom. Baccharis genistelloides subsp. crispa]).
117
Iconografia: J. Baker (Fl. Bras. tab. 16, II, 1882 [s. nom. B. genistelloides var. crispa]); A. L.
Cabrera (op. cit. p. 81, fig. 66, 1971); A. Espinar (op. cit. p. 233, fig. 28, 1973); J. Müller (op.
cit. p. 200, fig. 73 a-l, 2006 [s. nom. B. genistelloides subsp. crispa]).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio de janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do
Sul), Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. Habita regiões campestres.
Etimologia: Alude às alas crespas dos ramos.
Material estudado: BRASIL, Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, Fortaleza, Serra Geral,
10.X.2003, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n. (MBM). São Francisco de Paula,
13.III.1950, B. Rambo s. n. (PACA). São José dos Ausentes, Cânion Montenegro,
14.X.2006, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n. (MBM).
4.4.8.3 Baccharis cylindrica (Less.) DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 426. 1836. Bas.: Molina cylindrica Less., Linnaea 6, p. 144,
1831. Baccharis genistelloides var. cylindrica (Less.) Baker, Fl. Bras. 6, 3, p. 41, 1882.
Typus: URUGUAI, Sellow d649 (Holotypus não localizado Isotypus G-DC n.v. Foto
digitalizada do isótipo G-DC!).
Referência: G. Heiden (O gênero Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS.
Monografia - UFPEL, p. 47, 2005).
Iconografia: J. Baker (Fl. Bras. I, tab. 16, fig. 1, 1882 [s. nom. B. genistelloides var.
cylindrica]); G. Heiden (op. cit. p. 52, fig. 6 c, 2005).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul), Uruguai e Paraguai. Habita regiões campestres.
Etimologia: Refere-se aos capítulos cilíndricos da espécie.
Material estudado: BRASIL - Paraná, Quatro Barras, Morro Mãe Catira, 08.X.1985, R.
Kummrow 2.623 (PACA). Rio Grande do Sul, Jaquirana, p. Bom Jesus, 15.V.2005, L. P.
Deble & A. S. de Oliveira s.n. (MBM). Osório, p. Fazenda do Arroio, in arenosis dumetosis,
118
14.IV.1950, B. Rambo s.n. (PACA 46.822). Santa Catarina, Palhoça, campo do Maciambú,
restinga, 5.XI.1953, R. Reitz et al. 1.261 (HBR).
4.4.8.4 Baccharis gaudichaudiana DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 424, 1836. Baccharis articulata var. gaudichaudiana (DC.)
Baker, Fl. Bras. 6, III, p. 38, 1882.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, Gaudichaud 198 (Holotypus não localizado).
Iconografia: A. P. de Candolle (op. cit. p. 424, 1836).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Habita
regiões de altitude.
Etimologia: Homenagem ao coletor da espécie-tipo, o botânico francês Charles GaudichaudBeaupré (1789-1854).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Bom Jardim da Serra, Cânion
Montenegro, 14.X.2006, L. P. Deble & A. S. de Oliveira s.n. (MBM). Santa Catarina, Bom
Jardim da Serra, Aparados da Serra, próximo ao paredão rochoso, L. P. Deble & A. S. de
Oliveira s.n., XII.2003 (MBM).
4.4.8.5 Baccharis glaziovii Baker
J. Baker, in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 44, 1882.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Itatiaia, Glaziou 4838, 5900 (Syntypus K n.v. Foto F
22482!).
Referência: G. Heiden (O gênero Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS.
Monografia - UFPEL, p. 49-50, 2005).
Iconografia: G. Heiden (op. cit. p. 63, fig. 12d, 2005 [s. nom. B. milleflora DC.]); R. P.
Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 122, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e
Rio Grande do Sul. Habita regiões campestres de altitude.
119
Etimologia: Homenagem ao coletor da espécie, Auguste François Marie Glaziou (18281926).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, 7 km de Cambará
para a Rocinha, junto a ponte do Rio Camisas, 20.X.1994, M. R. Ritter 760 (ICN). Porto
Alegre, Morro da Glória, 28.X.1933, B. Rambo 543 (PACA).
4.4.8.6 Baccharis heeringiana Malag. “heeringeana”
R. P. Malagarriga-Heras in Contrib. Inst. Geobiol. La Salle, Bras. n. 3, p. 6, 1954.
Typus: BRASIL, São Paulo, Cidade Jardim e Campo Congonhas, W. Hoehne 1948, 1953,
1957, 1959 (Lectotypus [aqui designado] SPF 1.948!).
= Baccharis macroptera D. J. Hind, Kew Bull. 48: 261, fig. 6. 1993. Typus: BRASIL, Bahia,
Água Quente, Pico das Almas, vertente norte, vale ao noroeste do Pico, 1.500 m, beira de rio,
♂, Harley et al. 27.310 (Holotypus CEPEC n.v. Isotypi K n.v. Foto digitalizada do isótipo K!
NY n.v. Foto digitalizada do isótipo NY! SPF! US n.v. Foto digitalizada do isótipo US!). syn.
nov.
Referência: D. J. N. Hind (Kew Bulletin, v. 48, p. 261, 1993 [s. nom. B. macroptera]).
Iconografia: D. J. N. Hind (Kew Bulletin, v. 48, p. 262, fig. 6 a-m, 1993 [s. nom. B.
macroptera]).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados da Bahia e São Paulo.
Etimologia: Em homenagem ao botânico Wilhelm Christian August Heering (1876-1916).
Observações: Não há diferenças significativas entre os tipos de Baccharis heeringiana e B.
macroptera; deste modo, a espécie proposta por Hind (1993) fica reduzida a sinonímia.
4.4.8.7 Baccharis jocheniana G. Heiden & Macias
G. Heiden & L. Macias, Novon, v. 18, n. 1, 2008 [no prelo].
Typus: Rio Grande do Sul, São Lourenço do Sul, Boa vista, VIII.2005, G. Heiden s.n.
(Holotypus PEL!).
120
Referência: G. Heiden (O gênero Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS.
Monografia - UFPEL, p. 53, 2005 [s. nom. Baccharis jochenii]).
Iconografia: G. Heiden (op. cit. p. 55, fig. 7 a-c, 2005).
Distribuição & Hábitat: Até o momento coletada apenas no Rio Grande do Sul. Habita orla
de matas e capões.
Etimologia: Homenagem ao botânico alemão Jochen Müller (1968).
Material estudado: BRASIL, Rio Grande do Sul, São José dos Ausentes, Cânion do
Montenegro, X.2006, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (HDCF).
4.4.8.8 Baccharis microcephala (Less.) DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 425, 1836. Bas.: Molina microcephala Less.
Typus: URUGUAI, Montevidéu, Sellow d248 (Holotypus P n.v. Foto digitalizada do
holótipo P!).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte VI, p. 256, 1974); D. A.
Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 41, 2000).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 255, fig. 139, 1974); G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28,
n. 40, p. 263, foto 36, 1976); G. Heiden (O gênero Baccharis L. seção Caulopterae DC.
(Asteraceae) no RS. Monografia - UFPEL, p. 63, fig. 12b, 2005).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul), Paraguai, Uruguai e Argentina. Habita campos úmidos.
Etimologia: Refere-se aos capítulos pequenos.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Barra do Quaraí, Parque do Espinilho,
área não pastejada, 1.IV.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM). Cambará do
Sul, Itaimbézinho, Aparados da Serra Geral, 8.X.2003, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble
s.n. (MBM). Canela, Parque Saiqui, 18.IV.1992, L. T. Pereira 10 (ICN). Guaíba, BR 116,
121
km 32, margem de arroio, 18.IV.1981, N. I. Matzenbacher s.n. (ICN 49294). São Francisco
de Paula, turfeira, 10.VIII.2002, A. Leonhardt et al. s.n. (ICN 119.040). Santa Catarina,
Calmon, perto da cidade, banhado do campo a 900 m s.m., 23.XII.1962, R. Reitz & R. M.
Klein 12.338 (HBR). Curitibanos, campo, 900 m s.m., 22.II.1962, R. Reitz et al. 12.231
(HBR RB). Palhoça, restinga, 18.XII.1952, R. Reitz 4.865 (HBR). Porto União, banhado de
campo, 750 m s.m., 10.XII.1962, R. M. Klein 3.701 (HBR RB). Sombrio, praia alagada,
25.IX.1944, R. Reitz C703 (HBR RB HAS).
4.4.8.9 Baccharis milleflora (Less.) DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 426, 1836. Bas.: Molina milleflora Less. Baccharis
genistelloides var. milleflora Baker, Fl. Bras. 6, III, p. 41, 1882.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, Sellow s.n. (Holotypus P n.v. Foto digitalizada do holótipo
P!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 180-181, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit p. 259, foto 32, 1976 [s. nom. Baccharis
gaudichaudiana]); G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte 1, p.
837, est. 186, 2002).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. Habita campos de altitude.
Etimologia: Alusão às numerosas capitulescências da espécie.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Caçador, pastured forest madereira, Rio Verde,
2.XII.1964, L. B Smith et al. 13.360 (FLOR). Rio Grande do Sul, Cambará do Sul,
Aparados da Serra, 14.XI.2003, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n. (MBM). São
Francisco de Paula, beira do mato, 2006, J. N. C. Marchiori (HDCF 5.520); banhado,
IX.005, C. Scherer et al. (ICN 126.393). São José dos Ausentes, próximo à entrada para o
Cânion Monte Negro, X.2006, An. S. de Oliveira-Deble et al. (MBM); Serra da Rocinha,
XI.2004, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n. (MBM). Santa Catarina, Bom Jardim
da Serra, Serra do Rio do Rastro, 5.XI.2004, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM).
Florianópolis, Cachoeira do Bom Jesus, banhado, arbusto de 1 m, 6.X.1964, R. M. Klein et
122
al. 5.890 (FLOR HBR RB). Rancho Queimado, 1.000 m s.m., campo sujo, arbusto 1 m, flor
branca, 13.X.1960, Reitz et al. 10.153 (FLOR).
4.4.8.10 Baccharis myriocephala DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 426, 1836. Baccharis genistelloides var. myriocephala (Less.)
Baker, Fl. Bras. 6, III, p. 41, p.p, 1882.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Vauthier 265 (Holotypus designado por Müller, 2006, GDC n.v., Foto digitalizada do holótipo G-DC! Isotypus P n.v. Foto digitalizada do Isótipo P!).
Referência: G. Heiden (O gênero Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS.
Monografia - UFPEL, p. 60-61, 2005).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, parte 1, p. 825,
est. 184, 2002); G. Heiden (op. cit. p. 63, fig. 12 d, 2005).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) e Uruguai. Habita a orla de matas e
margens de banhados.
Etimologia: Refere-se ao grande número de capítulos nas inflorescências.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Curitiba, capão de Imbuia, L. T. Dombrowski et al.
427 (RB). Rio Grande do Sul, Guaíba, BR-116, Km 32, 19.X.1980, N. I. Matzenbacher s. nº
(ICN); idem, fazenda São Maximiano, BR-116, Km 32, 16.X.1980, N. I. Matzenbacher s. n.
(ICN). Montenegro, 22.I.1964, E. Pereira 8.524 (RB). São Francisco de Paula, início da
Serra do Pinto, 16.VIII.2001, C. S. Pires, M. Apel & M. Sobral 9233 (ICN) São José dos
Ausentes, Cânion Montenegro, 7.IV.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n.
(MBM). Santa Catarina, Bom Jardim da Serra, Serra do Oratório, arbusto 50 cm, campo,
21.VIII.1958, R. Reitz et al. 6.987 (HBR). Florianópolis, Pantano do Sul, 11.I.1979, A.
Bresolin 1.338 (FLOR HBR).
4.4.8.11 Baccharis opuntioides Mart. ex Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 39, 1882.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Martius s.n. (Holotypus P n.v.)
123
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 182, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Habita
afloramentos rochosos, em altitudes acima de 1.200 m s.m.
Etimologia: Alude à semelhança dos ramos articulados da espécie com as do gênero Opuntia
Mill. (Cactaceae).
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Passa Quatro, Fazenda dos Campos, 1.600
m s.m., X.1948, Vidal s.n. (R 155.821); Planalto do Caparaó, XI.1922, B. Lobo s.n. (R). Rio
de Janeiro, Nova Friburgo, subida p. o Pico, freqüente, flores cremes, 8.VIII.1979, A.
Amorim 148 et al. (RB). Santa Catarina, Urubici, Serra do Corvo Branco, em paredão
rochoso, erva de 0,5 cm, inflorescência imatura, III.2007, A. S. de Oliveira-Deble & L. P.
Deble s.n. (HDCF).
4.4.8.12 Baccharis palustris Heering
Heering, Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. Beih. 31, v. 3, p. 25, 1904.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, arbusto em campo de Capivari, acima da Serra Geral,
III.1891 E. Ule 1783 ♂ (Holotypus não localizado Isotypus P n.v. Foto digitalizada do isótipo
P!).
Referência: G. Heiden (O gênero Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS.
Monografia - UFPEL, p. 65-66, 2005).
Iconografia: G. Heiden (op. cit. p. 70, fig. 17 b, 2005).
Distribuição & Hábitat: Conhecida apenas por duas coletas em campos paludosos de
altitude de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Etimologia: Refere-se ao hábitat paludoso em que a espécie-tipo foi coletada.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Jaquirana p. São Francisco de Paula, in
paludosis alte dumetosis, usque 2 metralis, especies in paludosis turfosis, planalti frequenti,
20.II.1952, B. Rambo 52.024 (HBR).
124
4.4.8.13 Baccharis penningtoni Heering
W. C. A. Heering, Jahrb. Hamb. Wiss. Anst. Beih. 31, p. 119, 1915.
Typus: ARGENTINA, Buenos Aires, rio Lujan, Delta del Rio Paraná, M. S. Pennington 72
(Holotypus HBG n.v.).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte IV, p. 256, 1974); G. Heiden
(O gênero Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS. Monografia - UFPEL, p.
67-68, 2005).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 257, fig. 140 a-g, 1974); G. Heiden (op. cit. p. 70, fig.
17 d, 2005).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio Grande do sul), Argentina e Uruguai. Habita campos
úmidos e banhados.
Etimologia: Homenagem ao coletor do tipo, Miles Stuart Pennington.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, São Borja, estrada para Bororé,
25.II.1999, R. Záchia 3.276 (PACA).
4.4.8.14 Baccharis phyteumoides (Less.) DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 425, 1836. Bas.: Molina phyteumoides Less., Linnaea 6, p.
146-147, 1831.
Typus: BRASIL, Brasilia Meridionalis, Sellow d501 (Holotypus W n.v. Foto F 32214!).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte VI, p. 251-252, 1974); D. A.
Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 48, 2000); G. Heiden
(O gênero Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS. Monografia - UFPEL, p.
72-73, 2005).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 252, fig. 136 a-c, 137 a-h 1974); R. P. MalagarrigaHeras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 241, folhas, 1976); G. Heiden (op. cit. p. 79, fig.
23 a, 2005).
125
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio Grande do Sul), Argentina, Paraguai e Uruguai.
Etimologia: Refere-se à semelhança com espécies do gênero Phyteuma L. (Campanulaceae).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, Aparados da Serra,
18.X.2003, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n. (MBM). São Francisco de Paula,
Flona, J. N. C. Marchiori et al. (MBM).
4.4.8.15 Baccharis pseudovillosa Malag. & J. E. Vidal
R. P. Malagarriga-Heras & J. E. Vidal, Contr. Inst. Geobiol. La Salle Canoas v. 2, n. 47. 1952.
Nome substituído: Baccharis villosa Heering (non Vahl). Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. Beih.
31, v. 3, p. 25. 1904.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, arbusto pequeno em campos de Capivari, acima da Serra
Geral, E. Ule 1782 (Holotypus n.v. Isotypus CORD!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 195, 1976); G. Heiden (O gênero
Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS. Monografia - UFPEL, p. 73-74,
2005).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 265, foto 38, 1976); G. Heiden (op. cit. p. 79, fig. 23
b, 2005); R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 124, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Habita campos úmidos, em regiões de altitude.
Etimologia: Refere-se à pilosidade nas brácteas, folhas e ramos, característica da espécie.
Observações: A estampa n. 176 da página 797, da Flora Catarinense (Barroso & Bueno,
2002), corresponde à Baccharis ramboi G. Heiden & Macias.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, São José dos Ausentes, Cânion
Montenegro, em turfeira, X.2006, An. S. de Oliveira-Deble et al. (MBM); Serra da Rocinha,
6.XI.2004, L. P. Deble & An. S. de Oliveira-Deble (MBM). Santa Catarina, Bom Jardim
da Serra, Faxinal, Cambajuva, banhado de campo, subarbusto 50 cm, 1.200 m s.m.,
126
29.I.1950, R. Reitz 3.479 (HBR RB). Bom Retiro, Morro Bela Vista, Campo dos Padres,
campo and rocky slopes, 26.I.1957, L. B. Smith et al. 10.491 (HBR). Urubici, Serra do Corvo
Branco, 11.IV.2006, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM).
4.4.8.16 Baccharis ramboi G. Heiden & L. Macias
G. Heiden & L. Macias, Novon, v. 18, n. 1, 2008 [no prelo].
Typus: Rio Grande do Sul, Osório, Faz. do Arroio, 6.III.1950, fl. fem., B. Rambo s.n.
(Holotypus PACA!).
Referência: G. Heiden (O gênero Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS.
Monografia - UFPEL, p. 75-76, 2005).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, parte 1, p. 797,
est. 176, 2002 [s. nom. Baccharis pseudovillosa Malag.]); G. Heiden (op. cit. p. 77, fig. 21 ae, 2005).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita
campos paludosos de altitude.
Etimologia: Homenagem ao botânico sul-rio-grandense Pe. Balduíno Rambo S. J. (19051961).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, São José dos Ausentes, Cânion Monte
Negro, em turfeira, IX.2005, A. S. de Oliveira-Deble & L. P. Deble s.n. (MBM); Serra da
Rocinha, 6.XI.2004, L. P. Deble, & A. S. de Oliveira-Deble s.n. (MBM). Santa Catarina,
Bom Jardim da Serra, Serra do Rio do Rastro, 5.XI.2004, L. P. Deble & A. S. de OliveiraDeble s.n. (MBM).
4.4.8.17 Baccharis regnellii Sch.-Bip. ex Baker
J. Baker, Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 74, 1882.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Poços de Caldas, Regnell II.155 (Holotypus C n.v. Foto
digitalizada do holótipo C! Isotypi R! US n.v. foto digitalizada do isótipo US!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 178, 1976).
127
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 336, folhas,
1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Habita locais úmidos, de altitude.
Etimologia: Homenagem ao coletor da espécie-tipo, botânico sueco Anders Fredrik Regnell
(1807-1884).
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Poços de Caldas, Morro do Ferro, beira de
córrego, s.d., M. Emmerich 2.020 (RB).
4.4.8.18 Baccharis riograndensis Malag. & J. E. Vidal
R. P. Malagarriga-Heras & J. E. Vidal, Bol. Inform. Inst. Geobiol. “La Salle”, Canoas v. 1, n.
13, 1949.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Santa Maria, Vidal 37.004 (Lectotypus [aqui
designado] R!).
Referência: G. Heiden (O gênero Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS.
Monografia - UFPEL, p. 80-81, 2005).
Iconografia: G. Heiden (op. cit. p. 90, fig. 28 a, 2005); R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc.
Ci. Nat. La Salle 37, fig. 337, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre apenas no estado do Rio Grande do Sul. Habita regiões
campestres.
Etimologia: Referência ao local de coleta da espécie-tipo (estado do Rio Grande do Sul).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Caçapava do Sul, Guaritas, no campo,
9.III.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM); estrada para Minas do Camaquã,
11.2003, A. S. de Oliveira s.n. (CNPO). Santana da Boa Vista, p. Canguçu, 8.III.2005, L. P.
Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM). São Francisco de Assis, p. Manoel Viana, RS 241,
128
2.IV.2004, L. P. Deble & An. S. de Oliveira-Deble 5.587 (MBM). Três Cachoeiras, Perdida,
200 m s.m., beira de capoeirinha, subarbusto afilo, 0,8 cm, flores brancas, 29.I.1993, D.
Falkenberg 6.069 (FLOR).
4.4.8.19 Baccharis sagittalis (Less.) DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 425, 1836. Molina sagitalis Lessing, Linnaea 6, pág. 142,
1831; Baccharis sagittalis var. poeppigii DC., Prodr. 5, p. 425, 1836; Pingraea sagittalis
(Less.) F. H. Hellwig., Candollea 48, p. 218, 1993.
Typus: CHILE, prov. Talcahuano, in crepidinibus angustis ad Valparaiso, Poeppig 210.
(Lectotypus designado por Müller, 2006] G-DC n.v. foto digitalizada do lectótipo G-DC! Foto
F!).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Patag. Tomo VIII, parte VII, p. 79, 1971); D. A. Giuliano (In:
Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 57-58, 2000); G. Heiden (O gênero
Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS. Monografia - UFPEL, p. 82-83,
2005).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 76, fig. 64, 1971); G. Heiden (op. cit. p. 90, fig. 28 b,
2005).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul), Bolívia,
Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina. Habita regiões campestres.
Etimologia: Referência às folhas sagitadas.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, II.1948, B. Rambo s.
n. (PACA); erva em campo seco, III.1986, M. Sobral et al. 5.031 (ICN). Santa Catarina,
Bom Jardim da Serra, Rio Pericó, 5.XII.2003, L. P. Deble & A. S. de Oliveira s.n. (MBM).
Rancho Queimado, Serra da Boa Vista, campo, subarbusto 50 cm, flores cremes, 24.I.1951,
Reitz et al. 10.707 (FLOR)
4.4.8.20 Baccharis stenocephala Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 39. 1882.
Typus: BRASIL, São Paulo, campos do Morumbi, Burchell 4438 (Holotypus K n.v.)
129
= Baccharis fastigiata Baker; Fl. Bras. 6, III, 39. 1882. Typus: BRASIL, Minas Gerais, pr. de
Cachoeira do Campo, 1841, Claussen 747 (Holotypus K n.v. Foto digitalizada do holótipo
K!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 195, 1976); G. Heiden (O gênero
Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS. Monografia - UFPEL, p. 85-87,
2005).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte 1, p. 807,
est. 179 b, 2002); G. Heiden (op. cit. p. 90, fig. 28 c, 2005).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. Habita campos de altitude.
Etimologia: Refere-se aos capítulos estreitos.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Lapa, Rio Passa 2, xilopodífera, campo seco, flores
creme ♀, 14.II.1972, G. Hatschbach 29.160 (MBM). Piraquara, Pinhais, campo, flor ♂, 907
m s.m., 18.II.1959, G. Hatschbach 5.500 (HBR MBM); campo, 907 m s.m., Gl. Hatschbach
5.501 (HBR). Rio Grande do Sul, Bom Jesus, 1.III.1936, J. Dutra 1.250 (ICN). Caxias do
Sul, Criúva, em orla de capoeira, 25.III.2000, A. Kegler 636 (MBM). São Francisco de
Paula, RS 20, 2 km antes da cidade, 25.III.1994, L. T. Pereira 85 (ICN). Guaíba, Fazenda
São Maximiano, BR 116, Km 308, 05.VII.2003, C. Simões Pires & N. I. Matzenbacher M06
(ICN); Porto Alegre, Chac. Weber, 18.XII.1948, B. Rambo s. n. (PACA). São José dos
Ausentes, p. Cânion Montenegro, V.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM).
Santa Catarina, Campos Novos, 1.000 m s.m., campo, flor creme, 21.I.1963, R. Reitz 6.394
(FLOR); campo, 1.000 m s.m., 31.I.1963, R. Reitz 6.415 (HBR RB). Curitibanos, 850 m
s.m., 9.II.1957, L. B. Smith et al. 11.123 (HBR RB). Irineópolis, banhado do campo, 750 m
s.m., 5.II.1962, Reitz et al. 12.482 (HBR RB). Joaçaba, campo das Palmas, 1.000 m s.m.,
18.II.1957, L. B. Smith et al. 11.406 (HBR RB). Lages, Passo do Socorro, 900 m s.m.,
campo, arbusto 50 cm, flor creme, 3.II.1963, R. Reitz 6.512 (FLOR HBR RB). Mafra,
campo, 800 m s.m., 13.III.1957, L. B. Smith et al. 12.102 (HBR RB). Urubici, Morro da
Igreja, 11.IV.2006, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n. (MBM).
4.4.8.21 Baccharis trimera (Less.) DC.
130
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 425, 1836. Bas.: Molina trimera Less., Linnaea 6, p. 141,
1831. Baccharis genistelloides var. trimera (Less.) Baker, in Mart. Fl. Bras. 6, III, p. 40, 1882
Typus: BRASIL, Santa Catarina, “ad fretum St. Catharinae, Chamisso pr. Rio de Janeiro,
Beyrich (Syntypus KW n.v.).
Referência: J. Baker (Fl. Bras., 6, III, p. 40, 1882); A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo
VI, parte VI, p. 25-256, 1974; Fl. Província Jujuy, Tomo XIII, parte X, p. 215, 1978); G. M.
Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 186-187, 1976); D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T.
Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 64-65, 2000); G. Heiden (O gênero Baccharis L.
seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS. Monografia - UFPEL, p. 91-92, 2005).
Iconografia: J. Baker (op. cit., tab. 16, 1882); A. L. Cabrera (op. cit., p. 254, fig. 138, 1974;
op. cit., p. 214, fig. 91 h-l, 1978); G. M. Barroso (op. cit., p. 260, foto 33, 1976); G. Heiden
(op. cit. p. 101, fig. 32 a, 2005).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul), Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. Habita regiões
campestres.
Etimologia: Refere-se aos ramos, providos de três alas.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Bocaiúva do Sul, Bom Jesus, campo sujo, 900-950
m s.m., 15.IV.1959, G. Hatschbach 5.625 (HBR). Rio Grande do Sul, Alegrete, Cerro do
Tigre, em direção ao rio Ibicuí, campo, subarbusto 70 cm, capítulos esbranquiçados,
11.II.1990, D. Falkenberg 5.225 (FLOR). Bagé, E. E. Fitotécnica, 15.I.1976, A. M. GirardiDeiro s. n. (CNPO); Apa Chico Mendes, 3.IV.2005, A. S. de Oliveira-Deble & L. P. Deble
(MBM). Nova Prata, Fazenda Palmeira Alta, beira de mata, 21.I.1985, I. Guerra et al.
(FLOR). Rosário do Sul, BR 290, beira da sanga da areia, em campo arenoso, 50 cm, flores
brancas, 13.II.1990, D. Falkenberg 5.317 (FLOR). Santa Catarina, Blumenau, Morro
Spitzkopf, pico, 350 m s.m., 2.XI.1948, R. Reitz 2.255 (HBR). Campo Alegre, perto da
cidade, campo, 1.000 m s.m., 17.X.1957, R. Reitz et al. 5.140 (HBR).
4.4.8.22 Baccharis usterii Heering
W. C. A. Heering, Fl. Umgebung Stadt S. Paulo, 260. 1911.
131
Typus: BRASIL, São Paulo, Santa Ana, A. Usteri, s.n. (Holotypus HBG n.v.).
=Baccharis trimeroides Malme, Arkiv. Bot., Stockh. 24, n. 6, p. 51, 1932. Typus: BRASIL,
Mato Grosso, Quinta pr. Rio Grande, 4.IV.1902, G. Malme 1.605 (Holotypus S n.v.).
Referência: G. Heiden (O gênero Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS.
Monografia - UFPEL, p. 96-98, 2005).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte 1, p. 804,
est. 178 a, 2002); G. Heiden (op. cit. p. 101, fig. 32 b, 2005).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita campos de altitude,
em restingas e banhados.
Etimologia: Homenagem ao coletor da espécie-tipo, Alfred Usteri (1869-1948).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Matinhos, litoral paranaense, 08.III.2003, J. M.
Budel s.n. (ICN). Rio Grande do Sul, Bagé, BR 153, 20 km do trevo de acesso à cidade,
24.IV.2005, L. P. Deble & An. S. de Oliveira (MBM). Torres, Parque de Torres,
13.VII.1972, J. Lindeman et al. s.n. (ICN); Tramandaí, Rio Tramandaí, 25.IV.1985, B.
Irgang et al. s.n. (ICN); Vacaria, Faz. da Ronda, 06.I.1947, B. Rambo s.n. (PACA). Santa
Catarina, Palhoça, Pilões, capoeira, 7.VI.1956, R. Reitz et al. 3.275 (HB). Pântano do Sul,
restinga, arbusto 3 m, 20.V.1965, R. M. Klein 6.027 (HBR). Sombrio, perto da cidade,
banhado, arbusto 1 m, 15.IV.1944, R. Reitz c518 (HBR PACA).
4.4.8.23 Baccharis vincifolia Baker “vincaefolia”
J. Baker, Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 83, 1882.
Typus: URUGUAI, Montevidéu, Sellow 453 (Holotypus n.v. Foto F 15.085! Isotypus K n.v.
Foto digitalizada do isótipo K!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia n. 28, n. 40, p. 179-180, 1976); G. Heiden (O gênero
Baccharis L. seção Caulopterae DC. (Asteraceae) no RS. Monografia - UFPEL, p. 98-99,
2005).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 258, foto 30 e 31, 1976).
132
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) e Uruguai.
Habita em matas de altitude.
Etimologia: Refere-se à semelhança com as folhas de Vinca L. (Apocynaceae).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Curitiba, estrada para Araucária, em capoeira
próximo ao campo, 10.VIII.1960, R. Lange 96 (RB).
4.4.9 Seção Curytibenses Giuliano
D. A. Giuliano, Novon v. 15, n. 4, p. 536, 2005.
Typus: Baccharis curitybensis Heering ex Malme, Kongl. Svenska Vetenskapsakad. Handl.
Ser. 3, 12, vol. 12, n. 2, p. 69, 1933.
Planta dióicas, subarbustivas, eretas, ferrugíneo-lanosas. Folhas pecioladas, lanceoladas ou
obovado-elípticas, trinérvias a reticuladas, discolores, com margens inteiras ou pouco
denteadas. Indumento constituído de tricomas unisseriados filiformes. Capitulescências
pedunculadas, dispostas em ramos corimbiformes terminais (Fig. 3 E). Capítulos femininos
hemisféricos, multifloros (50-60 flores); receptáculo levemente convexo, desprovido de
páleas; flores femininas com corola tubuloso-filiforme de ápice denteado; pappus das flores
femininas bisseriado, acrescente e caduco; aquênios cilíndricos 10-costados, providos de
tricomas geminados. Capítulos masculinos hemisféricos, multifloros (60-70 flores); flores
masculinas de corola tubulosa, 5-lobada; rudimento do estigma com ramas lanceoladas,
separadas (Fig. 7 B); pappus das flores masculinas, com cerdas espessadas no ápice.
Comentários: A seção Curitybensis foi definida recentemente por Giuliano (2005) para
abrigar uma espécie que não apresenta afinidade com nenhum outro grupo, dentro do gênero.
Separa-se de Canescentes, principalmente, pelos aquênios 10-costados (versus 5-costados) e
pelo pappus das flores femininas caduco (versus pappus das flores femininas persistente).
Distribuição geográfica: Com apenas 1 espécies que têm distribuição nos estados de Paraná
e Santa Catarina, onde habita regiões campestres de altitude.
4.4.9.1 Baccharis curitybensis Heering ex Malme
G. O. A. Malme, Kongl. Svenska Vetensk. Acad. Handl. ser. 3, 12, v. 69, n. 2, pl. 5, 1933.
133
Typus: BRASIL, Paraná, Curitiba, no campo, Dusén 6906 (Holotypus K n.v. Foto
digitalizada K!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 97, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 841,
est. 187, 2002); G. O. A. Malme (op. cit. p. 79, tab. 5 fig. dextra, 1933).
Distribuição & Hábitat: Nos estados do Paraná e Santa Catarina. Habita campos de altitude.
Etimologia: Referência ao local de coleta do material-tipo da espécie (Curitiba – PR).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Balsa Nova, rock outcrop, Serra de São Luiz by the
Rodovia do Café, campo, 1.100 m s.m., L. B. Smith et al. 14.440 (HBR). Campina Grande
do Sul, Quatro Barras, campo, 22.X.1961,G. Hatschbach 8.501 (HBR RB); Morro Mãe
Catira, encosta de morro, 8.X.1985, R. Kummrow et al. 2. 626 (FLOR); Pico Caratuva, topo
de morro, arbusto, 1950 m s.m., G. Hatschbach 17.845 (HBR). Capivari, p. Bocaiúva, in
campestribus dumetosis, 16.X.1949, G. Hatschbach 1.545 (PACA). Guaratuba, Serra de
Araçatuba, arbusto de 1 m, campo de altitude 1.300 m s.m., 25.II.2000, J. M. Silva et al. 3.262
(MBM); subarbusto 50 cm, orla da mata nebular, 1.XII.1998, J. M. Silva et al. 2.661 (FLOR).
Piraí do Sul, Joaquim Murtinho, campo pedregoso úmido, 17.XI.1970, arbusto 1 m, campo
pedregoso úmido, G. Hatschbach 25.423 (CTES MBM). Santa Catarina, Bom Jardim da
Serra, Aparados da Serra, Curral Falso, arbusto 50 cm, 11.XII.1958, R. Reitz et al. 7.800
(HBR RB). Campo Alegre, Morro do Iquererem, alpine campo, 1.300-1.500 m s.m.,
8.XI.1956, L. B. Smith et al. 7.416 (HBR RB). Garuva, Monte Crista, capoeira, arbusto 1 m,
900 m s.m., R. Reitz et al. 10.034 (HBR RB).
4.4.10 Seção Cylindricae Heering
Baccharis L. seção Cylindricae Heering W. C. A. Heering, in: Reiche, Anales Univ. Chile, n.
111, p. 176, 1902 [1903]; Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. Beih., n. 21, p. 29, 1904.
Lectotypus: Baccharis santiagensis Heering (= Baccharis rufescens Spreng.); designado por
Ariza Espinar (Bol. Acad. Nac. Ci. Nat., n. 50, p. 180, 1973).
= Baccharis L. série Cylindricae (Heering) Giuliano; Novon v. 15, n. 4, p. 538, 2005. syn.
nov.
134
Subarbustos dióicos, geralmente xilopodíferos, glabros ou glabrescentes, normalmente
glutinosos. Folhas freqüentemente opostas, subopostas ou alternas, coriáceas, 1-3-nervadas,
por vezes peninervadas. Indumento constituído de escassos tricomas flageliformes.
Capitulescências sésseis ou breve-pedunculadas, dispostas em glomérulos folhosos no ápice
dos ramos (Fig. 3 L) ou em grupos de 3-4 na axila das folhas (Fig. 4 G). Capítulos femininos
cilíndricos, paucifloros (5-25 flores), desprovidos de páleas; flores femininas com corola
tubuloso-filiforme de ápice denteado; pappus das flores femininas, bisseriado, acrescente e
caduco; aquênios glabros, 10-12-costados, com epiderme estriada. Capítulos masculinos
oblongos a campanulados, paucifloros (10-25 flores); flores masculinas de corola tubulosa, 5lobada; rudimento do estigma com ramas breves, aderidas entre si (Fig. 7 B); pappus das
flores masculinas, com cerdas onduladas e espessadas no ápice.
Comentários: A seção Cylindricae demonstra relação com as seções Axillaris e Retusae, da
qual se separa, principalmente, pelo pappus acrescente. Também é afim a seção Tridentatae,
da qual difere pela capitulescência séssil ou breve pedunculada (versus pedunculada), pelo
invólucro feminino cilíndrico (versus campanulado) e pela epiderme estriada dos aquênios
(versus lisa).
Distribuição geográfica: Cerca de 20 espécies que habitam regiões campestres do Brasil,
Paraguai, Uruguai e Argentina e ao longo dos Andes, desde as Guianas até a Bolívia. No
Brasil está representada por 16 espécies.
4.4.10.1 Baccharis brevifolia DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 409, 1836.
Typus: BRASIL, São Paulo, Lund 849 (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do holótipo
G-DC 3202!).
= Baccharis pseudobrevifolia D. J. N. Hind, Kew Bulletin, v. 48, p. 263, 1993; Typus:
BRASIL, Bahia, Água Quente. Pico das Almas, ♂, Harley et al. 26602 (Holotypus CEPEC
n.v., Isotypi SPF! K n.v. Foto digitalizada do isótipo K!) syn. nov.;
= Baccharis xerophila Martius, Flora, 24, Beibl. 2, p. 11, 1841. Typus: BRASIL, Bahia, prop.
Jacobina; ♀ e ♂, Martii Herb. Fl. Bras. 437 (Syntypus G n.v.);
= Baccharis pauciflosculosa DC. ß puncticulata DC. Prodr. 5, p. 413, 1836. Typus: Brasil,
“Prov. Rio Grande” Sello 959 (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do holótipo G-DC!).
135
Referência: D. J. N. Hind (Kew Bulletin, v. 48, p. 263, 1993 [s. nom. B. pseudobrevifolia]);
A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 4-6, 2006).
Iconografia: D. J. N. Hind (Kew Bulletin, v. 48, p. 264, fig. 7 a-k, 1993 [s. nom. B.
pseudobrevifolia]); A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 5, fig. 1 a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita regiões campestres e beira de
matas.
Etimologia: Refere-se às folhas breves (curtas) da espécie.
Material estudado: BRASIL - Paraná, Rio Branco do Sul, Itapirucu, subarbusto, capítulos
creme, do campo sujo, planta masculina, 4.XI.1959, G. Hatschbach 5.534 (ICN); planta
feminina, 4.XI.1959, G. Hatschbach 5.535 (ICN). Rio Grande do Sul, Bom Jesus, in
campestribus dumetosis, III.1936, fl. masc., Dutra 1.244 (PACA). Cachoeira do Sul, Cerro
dos Peixoto, subarbusto 0,5 m, em campo, capítulos brancos, flores femininas, IV.1985, M.
Sobral 3.789 (ICN). Cambará do Sul, p. São Francisco de Paula, in campestribus dumetosis,
II.1948, B. Rambo s.n. (PACA); Taimbezinho, in humidis graminosis, 20.II.1953, B. Rambo
s.n (PACA) idem, in campestribus dumetosis, fl. masc., 21.II.1951, B. Rambo s.n. (PACA).
Caxias do Sul, Vila Oliva, in campestribus dense graminosis, 8.II.1955, B. Rambo s.n.
(PACA). Porto Alegre, Parque Estadual de Itapuã, campo rupestre, arbusto, 4.V.2003, M.
Pinheiro 393 (ICN); idem, campo rupestre, arbusto, 4.V.2003, M. Pinheiro 394 (ICN); Vila
Manresa, in campestribus dumetosis, fl. masc., 26.III.1951, B. Rambo s.n. (PACA); Morro
Teresópolis, no topo e na encosta, subarbusto 40 cm, 27.V.1980, O. Bueno 2.508 (CTES).
São Francisco de Paula, Serra do Faxinal, p. São Francisco de Paula, in campestribus
dumetosis, 14.II.1946, B. Rambo s.n. (PACA). Viamão, in campestribus dumetosis, fl.
nondum aperto, 5.VI.1954, B. Rambo s.n. (PACA). Santa Catarina, Bom Jardim da Serra,
Curral Falso, arbusto 30 cm, flores creme, 1.500 m s.m., 19.II.1959, Reitz et al. 8.417
(FLOR).
4.4.10.2 Baccharis camporum DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 399, 1836.
136
Typus: BRASIL, São Paulo, Lund 850 (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do holótipo
G-DC 3206!).
= Baccharis cephalotes DC., Prodr. 5, p. 421, 1836. Typus: BRASIL, São Paulo, s.l. 476
(Holotypus G-DC n.v. Isotypus R!).
= Baccharis glaucescens (Chodat & Hassl.) Soria & Zardini, Candollea 46, p. 539, 1991.
Typus: PARAGUAI, Amambay, OBERLAUF DES Río Apa, ♀ e ♂, Hassler 8306
(Lectotypus [designado por Soria & Zardini, 1991]: G. n.v. Isolectotypus NY n.v. Foto
digitalizada do isolectótipo NY!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 6, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 7, fig. 2 a-f, 2006); G. M.
Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 893, est. 202 a, 2002).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Santa
Catarina), Paraguai, Argentina e Uruguai. Habita campos de altitude.
Etimologia: Alude ao hábito campestre da espécie.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Campina Grande do Sul, Quatro-Barras, capítulos
creme, do campo limpo, 8.III.1960, G. Hatschbach 6.874 (ICN). Campo Largo, Rio dos
Papagaios, campo limpo, 930 m s.m., 23.II.1960G. Hatschbach 6.748 (ICN). Capão Grande,
in campo, 3.III.1904, P. Dusén 3.967 (R). Curitiba, in campo, 25.II.1904, P. Dusén 3.860
(R). Guarapuava, Fazenda Reserva, stony campo above rio Reserva, involucre green-yellow,
800-1.000 m s.m., 13.III.1967, J. C. Lindeman et al. 4.816 (RB). Palmeira, do campo,
20.II.1961, G. Hatschbach 7.784 (ICN); Papagaio, campo, 930 m s.m., 21.I.1965, L. B. Smith
et al. 14.939 (HBR). Sengés, a 9 km do sul da cidade, no cerrado, cerca de 40 cm de altura,
9.V.1991, N. Silveira s.n. (HAS). Santa Catarina, Lages, Morro do Pinheiro Seco, campo,
950 m s.m., 16.III.1957, L. B. Smith et al. 12.221 (R HBR).
4.4.10.3 Baccharis cognata DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 413, 1836.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow 985, 946, 975 (Syntypus G-DC n.v. Foto
digitalizada do sintipo G-DC 3212! Isosyntypus R!).
137
= Baccharis polycephala Weddel, Chlor. And. 1, p. 173, 1856; Typus: BOLÍVIA,
“Montagnes des departments de Potosí et de Chuquisaca, 2.500-3.500 m”, Potosí, Prov. Frías,
Postosí, ♂, Weddell 4.091 (Lectotypus P n.v. [designado por Müller, 2006] Isolectotypus P
n.v. F n.v.).
= Baccharis pedalis Sch.-Bip. ex Griseb., Abh. Königl. Ges. Wiss. Göttingen 24, p. 182,
1879. Typus: BOLÍVIA, Tarija, Prov. Gran Chaco, Cuesta de Buyuyu, 15.VI.1873, ♂,
Lorentz & Hieronymus 866 (Lectotypus GOET n.v. [designado por Müller, 2006]);
= Baccharis pseudotridentata Heering, Jahrb. Hamb. Wiss. Anst. 1913, xxxi, Beih, p. 140,
1914, nom. nud. Typus: ARGENTINA, Tucumán, Porv. Tafí, Yacochulla, 1.800 m,
12.XI.1905, ♂, Lillo 3.980 (Holotypus HBG n.v.);
= Baccharis pflanzii Perkins, Engl. Jahrb. Xiix. 224, 1913. Typus: BOLÍVIA, La Paz, Prov.
Murillo, Palca-La Paz, 3.900 m, XI.1907, ♂, Pflanz 67 (Holotypus B, provavelmente
destruído).
= Baccharis hoehneana Malag., Contrib. Inst. Geobiol. La Salle, Bras. 3, p. 5, 1954. Typus:
BRASIL, São Paulo, via Anhanguera, km 30, 11.IV.1949, W. Hoehne 2.286 “nov. hybr.
Baccharis sebastianopolitana x B. cognata” (Holotypus SPF! Isotypi SPF! RB!);
= Baccharis linearifolia (Lam.) Pers. subsp. polycephala (Weddel) J. Muller, Syst. Bot.
Monog. 76, p. 105, 2006. Typus: BOLÍVIA, “Montagnes des départements de Potosí et de
Chuquisaca, 2.500-3.500 m”, Potosí, Prov. Frias, Potosí, ♂, Weddell 4091 (Lectotypus P n.v.
F n.v. [designado por Müller, 2006]).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 6-8, 2006).
Iconografia: J. Baker (Fl. Bras. 6, 3, p. 97, tab. 32, 1882 [s. nom. Baccharis tridentata]);
A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 9, fig. 3 a-e, 2006).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul), Bolívia, Uruguai, Argentina e Paraguai. Habita regiões
campestres.
Etimologia: Refere-se ao fato da espécie ser conhecida.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Capão Grande, in campo ad marg. silv., P. Dusén
4.261, s.d. (R). Guarapuava, Fazenda Reserva, invólucro amarelo, 800-1.000 m s.m.,
138
13.III.1967, J. C. Lindeman et al. 4.817 (RB). Lago, in campo, 7.III.1904, Dusén 4.133 (R).
Rio Grande do Sul, Bagé Instituto permacultural do Pampa – Ipep, no campo, 24.III.2002, L.
P. Deble et al. 295 (CNPO); BR 153, Passo do Enforcado, 70 km NE, 5.III.1981, J. C.
Lindemann et al. (CNPO); BR 153, beira de estrada, 20 km do Arroio Passo da Areia,
subarbusto 70 cm, planta feminina, 24.IV.2005, L. P. Deble et al 2.776 (MBM); BR 153,
beira de estrada, 20 km do arroio Passo da Areia, subarbusto 70 cm, planta masculina,
24.IV.2005, L. P. Deble et al. 2.777 (MBM); entrada para Guaritas e Rincão do Inferno,
24.IV.2005, L. P. Deble et al. (MBM); Casa de Pedra, em campo pastejado, planta masculina,
12.IV.1991, M. Ritter 616 (ICN); planta feminina, 12.IV.1991, M. Ritter 617 (ICN). Barra
do Chuí, beira da estrada, V.2007, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM). Bom
Jesus, estrada para Vacaria, à direita, km 2, campo, subarbusto de 30 cm, 7.V.1987, H. M.
Longhi-Wagner et al. s.n. (ICN). Caçapava do Sul, estrada para Minas do Camaquã,
7.IV.2002, A. S. de Oliveira 307 et al. (CNPO); 7.IV.2002, A. S. de Oliveira-Deble 306 et al.
(CNPO); Morro Perao, 21.II.1948, A. M. Palácios et al. 1.492 (CTES). Guaíba, BR-116, km
32, campo, vassoura, 25.IV.1981, N. I. Matzenbacher (ICN). Jaquirana, p. São Francisco de
Paula, in campestribus dumetosis, fl. masc., 20.II.1952, B. Rambo s.n. (PACA). Mariana
Pimentel, arbusto na beira da estrada, 5.XI.1981, R. L. Dutra 34 (RB HAS). Pelotas, campo
próximo ao mato, abundante, 19.V.1959, J. C. Sacco 1.203 (HB). Porto Alegre, Morro do
Osso, erva, campo do Sétimo Céu, 5.V.2004, M. Grings 94, (ICN); Morro Santa Tereza, in
campestribus dumetosis, fl. masc., 29.IV.1949, B. Rambo s.n. (PACA); Vila Manresa, in
campestribus dumetosis, fl. fem., 3.III.1949, B. Rambo s.n. (PACA); 1923, J. Malme 1.513
(R). Sapucaia do Sul, p. São Leopoldo, in campestribus dumetosis, fl. masc., 17.III.1949, B.
Rambo s.n. (PACA). Santa Catarina, Chapecó, Faz. São Vicente , campo, 900-1.000 m
s.m., 20.II.1957, L. B. Smith et al. 11.566 (HBR). Florianópolis, Rio Vermelho, campo,
arbusto, flores creme, M. L. Souza et al. 721 (FLOR); Parque Municipal das Dunas da Lagoa
da Conceição, baixada seca entre dunas, na restinga, 26.V.2005, T. B. Guimarães et al. 1.012
(FLOR); Morro do Ribeirão, capoeira, arbusto de 1 m, 14.III.1967, R. M. Klein 7.281 (FLOR
HBR); Jurerê, restinga, arbusto de 1 m, R. M. Klein et al. 5.958 (FLOR HBR). São Joaquim,
no Prisco, em campo, 29.II.1960, J. Mattos 7.740 (HAS). Curitibanos, flores brancas,
11.IV.1988, J. Augusto s.n. (R).
4.4.10.4 Baccharis humilis Sch.-Bip. ex Baker
J. Baker, in Mart. Fl. Bras. 6, III, p. 92, 1882.
139
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Riedel 521 (Holotypus P n.v. Foto P 509661! P 509663! K
129305!).
= Baccharis humilis Sch-Bip. var. gehrtii Toledo; Typus: BRASIL, Mato Grosso, Campo
Grande, Olho d’água, campo, flores alvas, ♀, 4.IX.1936, W. Archer & A. Gehrt s.n.
(Holotypus SP 36.343!) nom. nud.
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 10, 2006); G. M.
Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 146, 1976).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p.11, fig. 4 f-i, 2006).
Distribuição & Hábitat: Ocorre no Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, Mato
Grosso. Habita em regiões campestres, logo após queimadas.
Material estudado: BRASIL – Distrito Federal, campus da UNB, cerrado, muito freqüente,
X.1964, G. M. Barroso 527 (RB). Mato Grosso, Campo Grande, Olho d’água, campo,
flores alvas, ♀, 4.IX.1936, W. Archer & A. Gehrt s.n. (SP 36.343); “Chapada dos
Guimarães”, rodovia MT-251, trevo para a Chapada, capítulos creme, campo recém
queimado, G. Hatschbach 63.535, A. Pott., V. Pott & E. Barbosa, 19.X.1995 (MBM 86.141).
Minas Gerais, Constantino Gomes, BR 153, xilopodífera, capítulos creme, campo limpo, G.
Hatschbach 34.938 & Kummrow, 18.IX.1974 (MBM 32.196). Gouveia, rodovia MG-259,
próximo ao trevo para Datas, flor creme, campo rupestre, recém queimado, G. Hatschbach,
M. Hatschbach & E. Barbosa 68.158, 24.VII.1998 (MBM 277.264).
4.4.10.5 Baccharis leptocephala DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 413, 1836.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Blanquet 78 (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do
holótipo G-DC!).
= Baccharis rufescens var. varians (Gardner) Baker; Fl. Bras. 6, III, p. 63, 1882. Typus:
BRASIL, Goiás, Villa de Arrayas, 1.840, ♀, Gardner 3.839 (G-3 n.v. P-2 n.v.); Minas Gerais:
Formigas, 1.840, ♀, Gardner 4.913 (G n.v. W n.v.);
= Baccharis rufescens var. leptocephala (DC.) Baker, Fl. Bras. 6, III, p. 64, 1882. Syntypus:
BRASIL, Rio Grande do sul, s. l., ♂, Sellow s.n. [HIB 948 - Lectotypus designado por Malag,
1977] (G-DC n.v. P n.v.);
140
= Baccharis varians Gardner, Hooker Lond. Journ. Bot. vii, n.8, p. 4, 1848; Typus: BRASIL,
Goiás, Gardner 3.839 (Holotypus P n.v. Foto P! p.p.);
= Baccharis curvifolia Gardner, Hook. Lond. Journ. Bot. vii, p. 87, 1848. Typus: BRASIL,
Minas Gerais, Gardner 4.903 (Holotypus K n.v.);
= Baccharis guianensis Schomburgk, Fauna & Flora Guy. p. 1.135, 1848. Typus: GUIANA,
“Auf trocknersavanne in der Ungebung von Pirara“, Schomburgk 605 (Foto F 14.985!).
Referencia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 10-13, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 12, fig. 5, a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados do Pará, Maranhão, Mato Grosso, Distrito
Federal, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul, bem como no Uruguai, Argentina, Paraguai, Guianas e Venezuela. Habita regiões de
campo.
Etimologia: Refere-se aos capítulos estreitos da espécie.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Bom Jesus, Fazenda Caraúva, in
campestribus dumetosis, fl. masc., III.1936 J. Dutra 1.260 (PACA ICN). Porto Alegre, vila
Manresa, in campestribus dumetosis, f. nondum aperto, 3.III.1949, B. Rambo s.n. (PACA
40.348). Santa Catarina, Chapecó, Fazenda Campo São Vicente, campo, 900-1.000 m s.m.,
20.II.1957, L. B. Smith et al. 11.551 (HBR). Joaçaba, Campos de Palmas, campo, 1.0001.200 m s.m., 18.II.1957, L. B. Smith et al. 11.426 (HBR RB). Mafra, campo, 800-850 m
s.m., 13.III.1957, L. B. Smith et al. 12.111 (HBR).
4.4.10.6 Baccharis leptophylla DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 423, 1836. Baccharis tenuifolia var. leptophylla (DC.) Malme,
Kongl. Svenska Vetenskapsakad. Handl. 32, n. 5, p. 51, 1899 [nom. illeg.]; Baccharis
pseudotenuifolia var. leptophylla (DC.) Giuliano, Monog. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. 74,
n. 2, p. 1245, 1999.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, s. leg. 993 (Holotypus G-DC n.v., Foto digitalizada do
holótipo G-DC!).
141
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 13-15, 2006); D. A.
Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 52, 2000 [s. nom. B.
pseudotenuifolia var. leptophylla]).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 14, fig. 6, a-e, 2006); S. E.
Freire et al. (Darwiniana n. 44, v. 2, p. 387, fig. 3 a-c, 2006).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul),
Uruguai, Argentina e Paraguai. Habita regiões campestres.
Etimologia: Referência às folhas estreitas da espécie.
Material estudado: BRASIL - Paraná, Capão Grande, campo, 3.III.1906, P. Dusén 3.966
(R). Arapoti, Rio das Cinzas, cerrado, 10.III.1960, G. Hatschbach 6.844 (HBR); campo,
3.III.1906, P. Dusén 3.966 (R); by school on road to Jaguariaiva, campo, 950 m s.m.,
17.I.1965, L. B. Smith et al. 14.716 (HBR). Tibagi, rio Tibagi, in paludosis, 7.I.1904, P.
Dusén 3.230 (R). Rio Grande do Sul, Alegrete, em solo arenoso, XII.2006, A. S. de
Oliveira-Deble & L. P. Deble (HDCF). Cacequi, em barranco arenoso, II.2007, A. S. de
Oliveira-Deble & L. P. Deble (HDCF). Carazinho, grassy banks, soil mainly sandy,
19.III.1991, Segredo s.n. (MBM 248.844); fl. feminina, 1.VI.1954, B. Rambo s.n. (PACA
490). Cruz Alta, 13.IV.1893, A. Malme s.n. (R 15.790). Pelotas, Praia do Laranjal,
10.XI.1946, Ir. Edésio Maria 10 (ICN); Laranjal, 7.III.1956, J. C. Saco 511 (HBR). Porto
Alegre, topo do Morro da Polícia, sufrutex floribus albidis, 12.IV.1975, G. F. J. Pabst 9.617
(HB); idem, subarbusto freqüente no campo, flor feminina, 26.III.1993, C. Mondin 752
(ICN). São Leopoldo, Seminário Central, III.1941, J. Eugenio s.n. (R 154.389); in
campestribus dumetosis, 17.III.1950, B. Rambo 46.350 (CTES). Sapucaia do Sul, planta
ereta, cerca de 50 cm, 23.IV.1979, O. Bueno 1.296 (RB). Viamão, Itapoã, região de campos
rupestres entremeados com campos arenosos de vegetação subxerófila, erva em campo
arenoso, 0,3 m, capítulos brancos, flores masculinas, III.2000, M. Sobral 8.954 et al. (MBM);
idem, flores femininas, III.2000, M. Sobral 8.951 et al. (MBM). Santa Catarina, Sombrio,
no campo, 17.V.1945, R. Reitz c1.064 (CTES); s.l., 1965, L. Smith 14.716 (RB).
4.4.10.7 Baccharis linearifolia (Lam.) Pers.
C. H. Persoon, Syn. Pl. 2, p. 425, 1807, Bas.: Conyza linearifolia Lamarck, Encycl. 2, p. 92,
1786.
142
Typus: URUGUAI, Montevidéu, 1767, Commerson s.n. (Holotypus P-LAM n.v. Foto
digitalizada do holótipo P-LAM!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 29, 2006 [s. nom. B.
rufescens]).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 30, fig. 14 a-e, 2006 [s. nom.
B. rufescens]).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio Grande do Sul), Uruguai, Argentina e Paraguai.
Habita áreas de campo.
Etimologia: Referência às folhas lineares, no ápice dos ramos.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Manoel Viana, p. São Francisco de
Assis, 2.IV.1005, An. S. de Oliveira et al. (HDCF); beira de estrada, em barranco arenoso,
X.2006, A. S. de Oliveira-Deble & L. P. Deble (HDCF). Montenegro, Est. Capela, in
campestribus dumetosis, fl. fem., 6.V.1949, B. Rambo s.n. (PACA 41.476). Osório, Fazenda
do Arroio, in arenosis dumetosis, fl. masc., 14.IV.1950, B. Rambo s.n. (PACA 46.811). Porto
Alegre, Morro da Polícia, in campestribus dumetosis, fl. fem., 5.III.1949, B. Rambo s.n.
(PACA 40.394). Santana da Boa Vista, p. Canguçu, 8.III.2005, L. P. Deble et al. (MBM).
Santa Maria, Estação Silvicultura, in campestribus dumetosis, 1.III.1956, O. Camargo 145
(PACA); Boca do Monte, III.1939, J. Vidal s.n. (R 37.960). São Francisco de Assis, p.
Manoel Viana, 1.II.2004, A. S. de Oliveira et al. s.n. (MBM). São Leopoldo, in summo
Monte das Cabras, in rupestribus dumetosis, 8.IV.1949, B. Rambo s.n. (PACA 40.913); São
Vicente do Sul, Cerro do Loreto, 8.X.1990, D. Falkenberg et al. 4.986 (FLOR).Sapucaia do
Sul, morro Sapucaia, 20.IV.1940, Ir. Augusto s.n. (ICN 31.711). Uruguaiana, BR 472,
campo sujo, arbusto 1 m, flores esbranquiçadas, 10.II.1990, D. Falkenberg et al. 5.120
(FLOR); D. Falkenberg et al. 5.118 (FLOR).
4.4.10.8 Baccharis longii Govaerts
R. H. A. Govaets, World Checkl. Seed Pl. 2, n. 1, p. 9, 1996. Nome substituído: Baccharis
martiana G. M. Barroso, Rodriguésia 40, p. 139, 1976, nom. illeg. (non Colla); Baccharis
rufescens var. alpestris (Martius) Baker, in Fl. Bras. 6, III, p. 64, 1882. Baccharis alpestris
143
Martius, nom. illeg. (non Gardner), in Sched.; (Foto F 20685!); Baccharis pseudoalpestris
Malagarriga, Contr. Inst. Geobiol. 8, p. 35, 1957, (nom. illeg.).
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Martius (Holotypus P n.v.).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 139, 1976).
Distribuição & Hábitat: Coletada apenas nos estados de Goiás e Minas Gerais. Habita
regiões campestres e pedregosas.
Material estudado: BRASIL – Goiás, Cristalina, 2 km by road E of Cristalina, 1.200 m
s.m., gallery forest and grassy seeping hillside above; Wiry shrub to 1 m tall, leaves
glandular in press, wet hillside, open, 4.IV.1973, W. R. Anderson 8.141 (HB). Minas Gerais,
Diamantina, Serra Diamantina, rupestre, subida nas pedras, arbusto 1-2 m, flores alvas,
IV.1960, Mendes-Magalhães 17.573 (RB HB). São João da Chapada, 7 km N de, Serra do
Espinhaço, Cerrado on outcrops, brejo, and gallery forest, 29.III.1970, H. S. Irwin et al.
28.588 (HB).
4.4.10.9 Baccharis maritima Baker
J. Baker, in Mart. Fl. Bras. 6, III, p. 72, 1882.
Typus: URUGUAI, Montevideo, in arenis maritimis, Gibert 81 (Holotypus P n.v.).
Referência: J. Baker (op. cit. 6, III, p. 72, 1882).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 891,
est. 201, 2002 [s. nom. Baccharis humilis]).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e Uruguai. Habita
dunas arenosas.
Etimologia: Em relação ao local de coleta da espécie-tipo.
Material examinado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Chuí, Barra do Chuí, em dunas
arenosas, na beira da praia, V.2007, L. P. Deble e A. S. de Oliveira-Deble (MBM).
4.4.10.10 Baccharis microdonta DC.
144
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 416, 1836.
Typus: BRASIL, São Paulo, Sellow 4936 HIB 483 (Holotypus P n.v. Isotypus R!).
= Baccharis sebastianopolitana Baker; Fl. Bras. 6, III, p. 65, 1882; Typus: BRASIL, Paraná,
8.XII.1828, ♂, Sellow 4.936 (Holotypus P n.v.);
= Baccharis dracunculifolia var. subdentata O. Kuntze; Rev. Gen. Pl. 3, pt. 3, p. 132, 1898;
Baccharis dracunculifolia var. subdentata f. subviscosa O. Kuntze, Rev. Gen. Pl. 3, pt. 3, p.
132, 1898; Typus: ARGENTINA, Tucumán, Tafí, Siambón, 12.I.1873, ♀, Lorentz &
Hieronymus 1024 (Lectotypus NY n.v.);
= Baccharis meridionalis Heering & Dusén, Ark. Bot. 9, n. 15, p. 26, 1910. Typus: BRASIL,
Paraná, Fernandes Pinheiro, in silvula, P. Dusén 4.337 (Holotypus B n.v. Fotótipo F 15016!
Isotypus CORD!).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. de la Prov. Jujuy Tomo XIII, parte X, p. 218, 1978); D. A.
Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 41-42, 2000); A. S. de
Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 15-17, 2006).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 217 fig. a-g, 1978); A. S. de Oliveira & J. N. C.
Marchiori (op. cit. p. 16, fig. 7 a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul), Uruguai, Argentina e Bolívia. Habita áreas campestres e orla de
matas.
Etimologia: Refere-se aos pequenos dentes, nos bordos das folhas.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Capão Grande, in fruticetis, 1.III.1904, P. Dusén
3.956 (R). Curitiba, road to rio Branco do Sul, shrub 2-3 alt., 5.II.1975, P. M. Fadyen s.n.
(RB 244.450). Rio Grande do Sul, Caçapava do Sul, IV.1985, Sobral 3.901 (ICN). Caxias
do Sul, arredores da cidade, arbusto de flores branco-esverdeadas, 23.IV.1964, E. Santos
1.878 et al. (R). Farroupilha, in dumetosis, 30.IV.1958, O. Camargo s.n. (PACA 63.712).
Giruá, Granja Sodol, 28.IV.1963, K. Hagelund s.n. (ICN 142.180, 142.181). Iraí, Rodeio
Bonito, botões florais brancos, 23.IX.1986, A. Benetti 785 (HAS). Montenegro, p. São
Salvador, arbustum in dumetum, 30.III.1949, A. Senhen 3.749 (CTES). Nova Prata, beira da
estrada, arbusto 2 m, 9.V.1984, O. Bueno 3.815 (CTES - HAS). Pelotas, 7.III.1880, L.
145
Damazio s.n. (RB 56.942). Santa Maria, Itaara, 30.IV.2004, L. P. Deble & A. S. de OliveiraDeble (MBM). São Francisco de Paula, no caminho, 750 m s.m., 26.XI.2000, R. Wasum
787 (PACA); idem, 830 m.s.m, 13.X.2001, R. Wasum 1.173 (PACA). São José dos
Ausentes, Serra da Rocinha, 27.III.2004, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM).
Serra do Faxinal, 21.II.1951, B. Rambo 50.167 (CTES). Santa Catarina, Anita Garibaldi,
capoeira, arbusto 3 m, flores creme, 700 m s.m., 13.IV.1963, Reitz et al. 14.802 (FLOR
HBR). Anitápolis, capoeira, 2.IV.1953, R. Klein 455 (PACA); capoeira, 2.IV.1953, R. M.
Klein 412 (HBR). Campos Novos, Marombas, capoeira, arbusto, flor creme, 900 m s.m.,
11.IV.1963, R. Reitz et al. 14.587 (HBR RB). Canoinhas, arbusto, 23.III.1981, S. Sohn et al.
63 (HBR). Lacerdópolis, capoeira, arbusto 2 m, 12.IV.1963, R. Reitz et al. 14.723 (HBR).
Lauro Muller, Rio do Meio, capoeira, arbusto de 2 m, R. Reitz et al. 8.465 (HBR RB).
Palhoça, Campo do Maciambu, restinga, arbusto de 1 m, 12.III.1953, R. Reitz et al. 372
(HBR RB); restinga, 14.V.1953, R. Reitz et al. 624, (PACA). Santo Antônio de Lisboa,
encosta, arbusto 2 m, 28.V.1991, M. H. de Queiroz 462 (FLOR). Sombrio, p. Araranguá, in
campestribus siccis dumetosis, fl. nodum evoluto, 3.II.1946, B. Rambo s.n (PACA 31.518).
4.4.10.11 Baccharis multifolia A. S. Oliveira, Deble & Marchiori
A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori, Balduinia, n. 7, p. 17, 2006.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Alegrete, Cerro do Tigre, An. S. de Oliveira 5.584 & L.
P. Deble (Holotypus MBM! Isotypi SI! CTES!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 17-19, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 18, fig. 8 a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: Até o momento, conhecida apenas para o sudoeste do Rio Grande
do Sul, ocorrendo em solos arenosos de áreas campestres.
Etimologia: Refere-se à quantidade de folhas da espécie.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Cacequi, p. Rosário do Sul, beira de
barranco, 3.III.2007, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (HDCF). Manoel Viana, p. São
Francisco de Assis, sobre solo arenoso, 2.IV.2005, L. P. Deble et al. 5.580 (MBM, PACA).
146
São Francisco de Assis, p. Manoel Viana, RS 241, subarbusto prostrado sobre solo arenoso,
1.IV.2004, An. S. de Oliveira-Deble 5.589 & L. P. Deble (MBM).
4.4.10.12 Baccharis pentodonta Malme
G. O. A. Malme, Kongl. Svenska Vetenskapsakad. Handl. 32, n. 5, p. 52, 1899.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Cruz Alta, in campi aprico arenoso, G. Malme 772
(Holotypus S n.v.).
= Baccharis gracilima Heering & Dusén, Arkiv Bot. Stockh. 9, n. 15, p. 28, 1910; Typus:
BRASIL, Paraná, “in grasreichem campo nicht selten z. B. Bei Curityba, Serrinha,
Guavirava, Villa Velha, Ponta Grossa, Pirahy u.s.w.” (Foto F 14.981!).
= Baccharis pluridentata Heering, Fl. São Paulo, p. 261, 1912. Typus: BRASIL, São Paulo,
“Villa Marianna, Mooca, Villa Leopoldina”.
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 19-21, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 20, fig. 9 a-f, 2006); G. M.
Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 958, est. 223, 2002).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul. Habita áreas campestres.
Etimologia: Refere-se ao bordo das folhas, normalmente com cinco dentes.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Curitiba, freqüente, III.1966, L. T. Dombrowski
1.813 (RB CTES MBM). Porto Amazonas, campo limpo, xilopodífera, 7.VI.1977, G.
Hatschbach 39.977 (CTES MBM). Rio Grande do Sul, Caçapava do Sul, estrada para
Coxilha dos Felicianos, 18.VII.2003, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM).
Cambará do Sul, Aparados da Serra, 8.X.2003, L. P. Deble et al. (MBM). Jaquirana, beira
de estrada, IV.2004, L. P. Deble et al. (MBM); p. Bom Jesus, beira da estrada, 15.V.2005, L.
P. Deble & Oliveira-Deble (MBM). Porto Alegre, Vila Manresa, in campestribus dumetosis,
flor masculina, 14.V.1949, B. Rambo 41.548 (PACA - CTES); in saxosis dumetosis, flor
feminina, 15.VIII.1945, B. Rambo s.n. (PACA 28.998); in campestribus dumetosis,
16.VIII.1942, B. Rambo s.n. (PACA 2.676). Santo Ângelo, São João Velho, 3.IV.1976, K.
Hagelund 10.228 (CTES ICN). São Francisco de Paula, p. Tainhas, Faz. Fogaça, herba in
147
campo, 800 m s.m., 3.V.1970, A. Sehnem 10.980 (PACA). São Gabriel, Faz. Santa Cecília,
p. São Gabriel, in campestribus dumetosis, sterilis, I.1944, B. Rambo s.n. (PACA). São José
dos Ausentes, Serra da Rocinha, 27.III.2004, L. P. Deble et al. (MBM); estrada para Cânion
Montenegro, V.2005, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM). Tainhas, p. São
Francisco de Paula, in campestribus dumetosis, 17.II.1946, B. Rambo s.n. (PACA 32.340).
Santa Catarina, Curitibanos, subarbusto xilopodífero de 40 cm, flores branco-amareladas,
9.IV.1993, D. Falkenberg 6.152 (FLOR). Lages, in campestribus dumetosis, nondum aperto,
1935, A. Bruxel s.n. (PACA 6.793).
4.4.10.13 Baccharis petraea Heering
W. C. A. Heering, Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. 21, Beiheft 3, p. 30, 1904.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, Tubarão, arbusto entre os rochedos, perto de pedras
grandes, VII.1891, E. Ule 1836 (Holotypus P n.v. Foto digitalizada do holótipo P!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 23, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 24, fig. 11 a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Santa Catarina, Rio Grande do Sul), Paraguai, Uruguai e
nordeste da Argentina. Habita afloramentos rochosos.
Etimologia: Refere-se ao hábito da espécie, que cresce em afloramentos rochosos.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Giruá, Granja Sodol, K. Hagelund,
3.VIII.1963 (ICN 106.367). ARGENTINA – Misiones, San Ignácio, loc. Santa Maria, G. J.
Schwarz 3.231, 27.VIII.1946 (R 153.547).
4.4.10.14 Baccharis rufescens Sprengel
C. P. J. Sprengel, Syst. Veg. n. 3, p. 464, 1826.
Typus: URUGUAI, Montevidéu, Sellow s.n. (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do
holótipo G-DC!).
= Baccharis pseudotenuifolia Malag., Contr. Inst. Geobiol. La Salle, Bras., n. 2, p. 46, 1952.
Baccharis rufescens var. tenuifolia (DC.) Baker, Fl. Bras. 6, III, p. p. 63, 1882. Typus:
BRASIL, São Paulo, Sellow 512 (Holotypus P. n.v.).
148
= Baccharis subspathulata Gardner, Hook., Lond. Journ. Bot. 7, p. 87, 1848. Typus:
BRASIL, Bahia, Santa Rosa?, IX.1839, Gardner 2.905 (Holotypus K n. v. Foto digitalizada
do holótipo K!).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, p. 263, 1974); D. A. Giuliano (In: Hunziker,
A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 56, 2000); A. S. de Oliveira & J. N. C.
Marchiori (Balduinia n. 7, p. 23-25, 2006 [s. nom. B. pseudotenuifolia]).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 264-265, 1974); A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori
(Balduinia n. 7, p. 26, fig. 12 a-f, 2006, [s. nom. B. pseudotenuifolia]).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul), Uruguai, Argentina e Paraguai. Habita regiões campestres.
Etimologia: Refere-se à cor avermelhada das folhas.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Jaguariaíva, rio Samambaia, xilopodífera, 50 cm,
capítulos creme, campo limpo, seco, solo arenoso, 11.II.1997, O. Ribas et al. 1.752 (R). Rio
Grande do Sul, Jaquirana, arbusto na beira da estrada, IV.2004, L. P. Deble & A. S. de
Oliveira-Deble s.n. (MBM). Montenegro, Est. Capela, in campestribus dumetosis, fl. fem., B.
Rambo, 6.V.1949 (PACA 41.476). Osório, Fazenda do Arroio, in arenosis dumetosis, fl.
masc., B. Rambo, 14.IV.1950 (PACA 46.811). Porto Alegre, Morro da Polícia, 3.III.1949, Ir.
Januário s.n. (FLOR); Morro da Polícia, in campestribus dumetosis, fl. fem., B. Rambo,
5.III.1949 (PACA 40.394). Santana da Boa Vista, p. Canguçu, L. P. Deble & A. S. de
Oliveira-Deble, 8.III.2005 (MBM). Santa Maria, Estação Silvicultura, in campestribus
dumetosis, O. Camargo 145, 1.III.1956 (PACA 58.912); Boca do Monte, III.1939, J. Vidal
s.n. (R 37.960); 2.III.1948, Palácios-Cuezzo 2.387 (CTES). São Francisco de Assis, p.
Manoel Viana, A. S. de Oliveira & L. P. Deble, 1.II.2004 (MBM). São Leopoldo, in summo
Monte das Cabras, in rupestribus dumetosis, B. Rambo, 8.IV.1949 (PACA 40.913). Sapucaia
do Sul, morro Sapucaia, Ir. Augusto, 20.IV.1940 (ICN 31.711). Santa Catarina,
Florianópolis, estrada para Jurerê, 15.III.1988, M. L. Souza et al. 1.009 (FLOR); Morro Rua
Maria Vivência de Jesus, formação herbácea, IV.1991, M. H. de Queiroz 391 (FLOR);
Joaquina, 26.VI.1991, M. H. de Queiroz (FLOR); Parque Municipal das Dunas da Lagoa da
149
Conceição, baixada seca, entre dunas na restinga, subarbusto 70 cm, 21.II.2005, T. B.
Guimarães et al. 943 (FLOR).
4.4.10.15 Baccharis sessiliflora Vahl
M. Vahl, Symb. Bot. n. 3, p. 97, 1794.
Typus: URUGUAI, Montevidéu, Commerson s.n. (Holotypus B n.v. Foto F 14959!).
= Baccharis rotundifolia Spreng., Syst. Veg. n. 3, p. 465, 1826; Typus: BRASIL, Rio Grande
do Sul, Sellow 951, 954. (Holotypus P n.v. Foto P 509666! Isotypus R!);
= B. chilco H. B. & K., Nov. Gen. Sp. 4, f. 56, 1818 [syn. nov.]; Typus: COLOMBIA,
Boyacá, prope Santa ana”, Hunboldt & Bonpland s.n. (Holotypus P n.v.);
= B. cordobensis Heering, Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. n. 31, p. 132, 1915; Typus:
ARGENTINA, Córdoba, próxima a Córdoba, ♂, Stuckert 2.462 (Lectotypus HBG n.v.
[designado por Müller, 2006] Isolectotypus CORD!);
= B. linearifolia subsp. chilco (Kunth) J. Muller [syn. nov.], Syst. Bot. Monog., v. 76, p. 108,
2006; Typus: COLOMBIA, Boyacá, Prope. Santa Ana, ♀, Humboldt & Bonpland s.n.
(Holotypus P-HBK n.v.);
= B. rotundifolia Spreng., Syst. Veg., 3, p. 465, 1826. Typus: URUGUAI, Montevidéu,
Sellow s.n (Holotypus P n.v. Foto digitalizada do holótipo P!);
= B. rotundifolia var. stuckertii Heering, Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. n. 31, p. 131, 1915;
B.sessiliflora var. stuckertii (Heering) Cabrera, Rev. Mus. La Plata, Secc. Bot., n. 4, p. 117,
1941. Typus: ARGENTINA, Córdoba, Huerta Grande, 17.II.1897, Stuckert 1.793 (Lectotypus
[designado por Müller, 2006] HBG n.v. Isolectotypus CORD!).
Referência: D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 60,
2000); A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 31, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 32, fig. 15 a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, bem como no Uruguai, Colômbia, Argentina e
Paraguai. Habita áreas campestres.
Etimologia: Refere-se às folhas sésseis, características da espécie.
150
Material estudado: BRASIL – Paraná, Sengés, Rio Itararé, campo pedregoso, VI.1971, G.
Hatschbach 17.778 (MBM). Rio Grande do Sul, Arroio dos Ratos, Granja Faxinal,
5.IX.1974, K. Hagelund 8.180 (ICN); idem, 1983, K. Hagelund 14.601 (ICN). Bom Jesus,
Caraúva, frutex 50-60 cm altus, III.1936, J. Dutra 1.390 (ICN). Espírito Santo, p. Porto
Alegre, in campestribus siccis dumetosis, 13.IV.1949, B. Rambo s.n. (PACA 41.032). Porto
Alegre, Morro da Polícia, in campestribus dumetosis, 8.VI.1949, B. Rambo s.n. (PACA
4.190); campo novo, Morro Tapera, entrada pela pedreira, subarbusto numeroso, disperso
com flor amarela, em campo não mexido na encosta, 15.IV.1980, O. Bueno 2.426 (HAS);
Parque Estadual de Itapuã, Morro do Araçá, arbusto, campo rupestre, 4.V.2003, M. Pinheiro
390 (ICN); Morro da Polícia, 11.V.1939, R. P. Malagarriga-Heras 3.189 (ICN); in
campestribus siccis dumetosis, 13.IV.1949, B. Rambo s.n. (PACA 41.032). São Paulo, São
José dos Campos, campo alto e seco, herbácea com xilopódio, 8.XI.1953, W. Hoehne s.n.
(MBM 190.253). Mogi-Guaçu, Reserva Florestal, perto de Pádua Sales, 20.VI.1956, O.
Handro 585 (MBM). Santa Catarina, Lages, 3 km east of Lages, morro do Pinheiro Seco,
campo, 900-950 m s.m., 16.III.1957, L. B. Smith et al. 12.227 (HBR RB).
4.4.10.16 Baccharis subdentata DC.
A. P. De Candolle, Prodr. 5, p. 408, 1836.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Serro frio, Vauthier 1833 (Holotypus G-DC n.v. Foto G-DC
3257!).
= Baccharis pedalis Sch.-Bip. Ex Griseb., Abh. Königl. Ges. Wiss. Göttingen 24, p. 182,
1879; Baccharis rufescens var. pedalis (Sch.-Bip. ex Griseb.) Baker; Fl. Bras. 6, III, p. 64,
1882. Typus: BOLÍVIA, Tarija, Prov. Gran Chaco, Cuesta de Buyuyu, 15.VI.1873, ♂,
Lorentz & Hieronymus 866 (Lectotypus [designado por Müller, 2006] GOET n.v. Foto K!);
= B. varians Gardner, London J. Bot. 7, p. 84, 1848. Baccharis rufescens var. varians Baker;
Fl. Bras. 6, III, p. 63, 1882; Typus: BRASIL, Minas Gerais, próximo de Formiga, Gardner
4.913 ( Holotypus K n.v. Foto digitalizada do holótipo NY! Isosyntypus R! Foto F!) syn. nov.
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 35-34, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 33, fig. 16 a-f); G. M. Barroso
(Rodriguésia 76, n. 40, p. foto 19, 1976).
151
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Bolívia, Minas Gerais, Goiás, Distrito
Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Etimologia: Referência ao bordo das folhas, brevemente denteadas.
Material estudado: BRASIL - Goiás, Anápolis, arredores, planta ereta, capítulos creme,
campo cerrado, G. Hatschbach & Kummrow 38.255, 22.III.1976 (MBM 70.180).
Pirenópolis, “Serra dos Pirineus”, ereta, 30 cm, capítulo creme, campo cerrado, 1.200-1.300
m s.m., G. Hatschbach et al. 70.243, 16.II.2000 (MBM 243.975). Minas Gerais, Uberlândia,
Rod. Br 050, 20 km de Urberlândia, xilopodífera, 70 cm, capítulos creme, campo cerrado, G.
Hatschbach 49.951, 26.III.1980 (MBM 70.190). Rio Grande do Sul, São José dos Ausentes,
região de campos rupestres entremeados com mata nebular, erva em campo, capítulos
brancos, flores pistiladas, I.2002, M. Sobral et al. 9.506 (ICN 123.407); Serra da Rocinha, L.
P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble, 27.III.2004 (MBM); Cânion Monte Negro, L. P. Deble &
A. S. de Oliveira-Deble, 7.IV.2005 (MBM). Santa Catarina, Lages, campo, Morro Pinheiro
Seco, 3 km de Lages, 900-950 m s.m., L. B. Smith & R. Klein 12.213, 16.III.1957 (RB
100.626 ).
4.4.11 Seção Dubiae A. S. de Oliveira & L. P. Deble, sect. nov., inéd.
Typus: Baccharis dubia Deble & A. S. de Oliveira, Balduinia 9, p. 10, 2006.
Plantas dióicas ou polígamo-dióicas, subarbustivas ou arbustivas, densamente ramosas.
Folhas obovadas a oblanceoladas, subopostas a alternas, concolores, sésseis, uninérvias,
pontuado-glandulosas, com tricomas esparsos, levemente agudas até rotundas no ápice e
atenuadas na base. Capítulos pedunculados pubescentes, dispostos em corimbos terminais
(Fig. 3 G). Invólucro campanulado. Receptáculo feminino paleáceo. Flores dimorfas: as
marginais, 8-14, femininas, com corola carnosa, tubulosa, com ápice breve-ligulado e lígula
trilobada. Estigma exserto ao tubo da corola, com ramas deltóides. Aquênios obovados, 5costados, pubérulos, com pubescência de tricomas geminados e papilas. Pappus amarelo,
unisseriado, com cerdas geniculadas. Flores do disco, 40-60, masculinas, com corola
tubulosa. Rudimento do estigma breves e aderidos entre si (Fig. 7 A).
Comentários: A seção Dubia caracteriza-se pelas flores femininas breve-liguladas, com 1-2
lóbulos frontais, pela capitulescência em corimbos terminais, pelos ramos e brácteas
152
involucrais externas providas de tricomas longos e filiformes, e pelos aquênios angulosos,
providos de papilas e tricomas longos geminados. Demonstra relação com a seção
Heterothalamus, da qual se separa, principalmente, pelos ramos e brácteas involucrais pilosas,
com tricomas flageliformes longos (versus ramos e brácteas involucrais glabras) e aquênios
com papilas de tricomas geminados.
Distribuição geográfica: Seção com 2 espécies bastante singulares dentro do gênero.
4.4.11.1 Baccharis dubia Deble & A. S. Oliveira
L. P. Deble & An. S. de Oliveira, Balduinia 9, p. 10, 2006.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Serra do Caparaó, 2.500 m s.m., arbusto com até 40 cm,
flores alvas, 19.IX.1941, A. C. Brade 16.970 (Holotypus RB 45.893!).
Referência: L. P. Deble & A. S. de Oliveira (Balduinia n. 9, p. 10-12, 2006).
Iconografia: L. P. Deble & A. S. de Oliveira (Balduinia n. 9, p. 11, fig. 1 a-e, 2006).
Distribuição & Hábitat: Brasil, conhecida até o momento para Serra do Caparaó, em Minas
Gerais. Habita altitudes superiores a 2.000 m s.m.
Etimologia: Refere-se à posição da espécie dentro do gênero Baccharis L.
Observações: Baccharis dubia apresenta maior afinidade com B. boliviensis e B. beckii; estas
espécies, entretanto, são dióicas e de folhas lineares (0,5-3 cm de comprimento por 0,3-2
mm).
Material estudado: BRASIL - Minas Gerais, Serra do Caparaó, 2.500 m s.m., arbusto com
até 40 cm, flores alvas, 19.IX.1941, A. C. Brade 16.970 (RB).
4.4.11.2 Baccharis macrophylla Dusén
P. Dusén, Archiv. Mus. Nac. Rio de Janeiro, 13, n. 14, 1903. Pseudobaccharis macrophylla
(Dusén) Malag; Contr. Inst. Geob. La Salle, n. 2, p. 47, 1952.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Itatiaia, s. leg. 4844. Holotypus B n.v. Foto do holótipo F!
153
= Baccharis coriacea Glaz, Bull. Soc. Bot. France 57, Mem. 3, p. 403, 1910. Typus:
BRASIL, Minas Gerais, Itatiaia, campos de Itatiaia, 20.XI.1876, Glaziov. 8.771 (Holotypus
n.v. Foto digitalizada do tipo P 594253!); syn. nov.
= Heterothalamus macrophyllus Heering, in Sched.
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Cien. Nat. La Salle, 37, fig. 58 folhas,
1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Habita
campos de altitude, na serra de Itatiaia.
Etimologia: Referência ao tamanho das folhas.
Material estudado: BRASIL – Rio de Janeiro, Serra de Itatiaia, in campo, 2.200 m s.m.,
VII.1902, P. Dusén (R 157.443).
4.4.12 Seção Ferruginescentes, A. S. de Oliveira-Deble sect. nov., ined.
Typus: Baccharis tarchonanthoides DC., Prodr. 5, p. 414, 1836.
Plantas dióicas, arbustivas, eretas, ferrugíneo-tomentosas. Indumento nunca em tufos,
constituído de tricomas filiformes com célula terminal alongada e tricomas bisseriados
glandulares. Folhas pecioladas, peninérvias, discolores na face abaxial, de margens íntegras.
Capitulescências pedunculadas dispostas em panículas folhosas de ramos corimbiformes
terminais ou axilares (Fig. 4 A). Capítulos femininos campanulados, multifloros (20-50
flores); flores femininas com corola tubuloso-filiforme de ápice denteado; estigma breveexserto, com ramas lineares, lanceoladas; aquênios oblongos, pouco angulosos, 5-costados,
amarelos; pappus das flores femininas unisseriado, filiforme, acrescente. Capítulos
masculinos campanulados, com 20-30 flores; flores masculinas de corola tubulosa 5-lobada;
lóbulos da corola com tricomas glandulares no ápice; rudimento do estigma com ramas
breves, aderidas entre si (Fig. 7 A); pappus das flores masculinas, com cerdas não espessadas
no ápice.
Comentários: Apresenta relação com a seção Tarchonanthoides; todavia distingue-se pelo
hábito arbustivo (versus herbáceo ou lenhoso apenas na base), pelas folhas pecioladas de mais
154
de 5 cm de comprimento por 0,8 cm de largura (versus folhas sésseis, de até 5 cm de
comprimento por 0,8 cm de largura).
Distribuição geográfica: Reúne 2 espécies que habitam regiões campestres do sul (Paraná) e
sudeste (Rio de Janeiro e Minas Gerais) do Brasil.
4.4.12.1 Baccharis lychnophora Gardner
G. Gardner, London J. Bot. 7, p. 85, 1848.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Gardner 4.898 (Holotypus K n.v., Foto digitalizada do
holótipo K!).
= Baccharis tarchonanthoides var. integrifolia Baker in Martius; Fl. Bras. 6, III,1882. Typus:
Brasil, in summo Brasiliae monte Itambe (Lectotypus [designado por Barroso, 1976]: M n.v.).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 67, 1976).
Distribuição & Hábitat: Restrita ao estado de Minas Gerais. Habita campos de altitude.
Etimologia: Alude à semelhança da espécie com as do gênero Lychonophora Mart.
(Asteraceae).
Material estudado: BRASIL - Minas Gerais, Belo Horizonte, Serra de Ibitiboca,
16.VII.1933, M. Barreto 3.866 (SP); Serra da Piedade, Caeté, campo, na pedra, arbusto de 1
m de altura, ♀, 16.VII.1933, M. Barreto 3.866 (SP); Santa Bárbara, Serra do Caraça,
caminho para Capelinha e Gruta de Lourdes, arvoreta no inteior da mata, capítulos voesverdeados, 27.V.1983, J. R. Pirani e O. Yano, 704 (SP). Ouro Preto, 28.V.1923, J. B. de
Godoy s.n. (SP 8.402).
4.4.12.2 Baccharis tarchonanthoides DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 414, 1836.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Vauthier 275 (Holotypus P n.v.).
= Baccharis ibitiensis Toledo; Arq. Bot. Est. S. Paulo nova ser. F. Maior n. 3, p. 67, 1953.
Typus: BRASIL, São Paulo, Amparo, Monte Alegre, encosta do Pico da Serra Negra, 1.200 m
s.m., 30.VIII.1943, M. Kulmann 1.032 (Holotypus SPF! Isotypus RB!).
155
Referência: J. Baker (Fl. Bras. 6, III, p. 49-50, 1882);G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n.
40, p. 66, 1976).
Iconografia: J. Baker (op. cit., tab. 20, 1882); R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat.
La Salle 37, fig. 148, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e
Paraná. Habita campos de altitude, sobre solo pedregoso.
Etimologia: Está relacionada com a semelhança da espécie com as do gênero Tarchonanthus
L. (Asteraceae).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Bocaiúva do Sul, Serra da Bocaina, matinha
nebular do alto do morro, subarbusto de 70 cm, 16.I.2004, O. S. Ribas et al. 5.790 (CTES
MBM). Campina Grande do Sul, Serra Ibitiraquire, trilha para o pico Paraná, subarbusto 2
m, capítulos creme, 1.300 m s.m., 5.X.1997, J. M. Silva et al. 2.039 (FLOR). Castro, fundão
orla de capão, curiola, campo pedregoso, no topo do morro. 27.X.1967, H. Hatschbach 17.582
(MBM). Campo Largo, Purunã, ad silvulam campestrem, 4.XII.1949, G. Hatschbach 1.634
(PACA MBM). Guaratuba, Usina Chaminé, orla da floresta, arbusto de 2 m, 9.XI.2000, E.
Barbosa et al. 552 (CTES MBM). Ponta Grossa, Buraco do Padre, campo, afloramento de
arenito, arbusto de 70 cm, 27.X.1995, O. S. Ribas 899 et al. (CTES MBM); Rio de Janeiro,
Petrópolis, Base da Pedra Maria Comprida, capoeira, arbusto de 1,5 m, 10.VIII.1968, D.
Sucre 3.468 et al. (CTES).
4.4.13 Seção Heterothalamulopsis (Deble, A. S. Oliveira & Marchiori) comb. & stat.
nov., ined.
Bas.: Heterothalamulopsis Deble, A. S. Oliveira & Marchiori, Ci. Florest. (Santa Maria), v.
14, n. 1, p. 1, 2004.
Typus: Heterothalamus wagenitzii F. Hellw., Haussknechtia 9, p. 135, 2003.
Subarbustos dióicos, densamente ramosos. Folhas alternas, sésseis, glabras ou com poucos
tricomas, escassamente pontoado-glandulosas, estreitamente lineares, íntegras, uninérvias, de
ápice acuminado até mucronado e base atenuada. Indumento em tufos, constituído de
tricomas unisseriados claviformes e bisseriados glandulares. Capítulos sésseis ou breve
pedunculados em glomérulos terminais (Fig. 3 D). Capítulos femininos campanulados,
156
multifloros (30-50 flores); receptáculo paleáceos, com páleas persistentes na maturação do
fruto; corola de tubo carnoso e ápice ligulado; pappus das flores femininas com poucas
cerdas, frequentemente geniculadas na base, não acrescente, caduco. Invólucro masculino
campanulado, multifloros (25-40 flores); corola branca, tubulosa, de ápice dilatado e 5lobado. Rudimento do estigma com ramas breves, aderidas entre si. Pappus de cerdas brancas,
persistentes, planas, de ápice curvo e dilatado. Aquênios 10-costados, glabros, com epiderme
estriada.
Comentários: Com uma espécie bastante singular dentro do gênero, com distribuição nos
Taimbés da Serra Geral do nordeste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, parece
demonstrar relação com as espécies da seção Dubiae e Heterothalamus.
Distribuição geográfica: Com apenas 1 espécie de distribuição restrita aos Aparados da
Serra Geral (Rio Grande do Sul e Santa Catarina).
4.4.13.1 Baccharis wagenitzii (F. Hellw.) Müller
J. Müller, Syst. Bot. Monogr., v. 76, p. 306, 2006. Bas.: Heterothalamus wagenitzii F.
Hellwig, Haussknechtia 9, p. 135, 2003. Heterothalamulopsis wagenitzii (F. Hellw.) Deble,
An. S. de Oliveira & Marchiori, Ci. Florest. (Santa Maria), v. 14, n. 1, p. 1, 2004.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Itaimbezinho, p. São Francisco de Paula, in
rupestribus dumetosis, planta feminina, 13.XI.1953, B. Rambo 54.522 (Holotypus B n.v.,
Isotypi PACA!, HBR!).
= Heterothalamus glomeratus G. M. Barroso, nom. nud.
Referência: F. Hellwig (Haussknechtia 9, p. 135-139, 2003 [s. nom. Heterothalamus
wagenitzii]); L. P. Deble, J. N. C. Marchiori & A. S. de Oliveira (Rev. Ciênc. Florestal, v. 14,
n. 1, p. 1-7, 2004 [s. nom. Heterothalamulopsis wagenitzii]; Balduinia n. 1, p. 4-6, 2005 [s.
nom. Heterothalamulopsis wagenitzii]).
Iconografia: F. Hellwig (op. cit., p. 138-139, figs. 1 (a-b) e 2 (a-f), 2003 [s. nom.
Heterothalamus baccharoides]); L. P. Deble, J. N. C. Marchiori & A. S. de Oliveira (op. cit.,
p. 4-6, figs. 1 (a-c), 2 (a-d), 3 (a-l), 2004 [s. nom. Heterothalamulopsis wagenitzii]; op. cit. p.
17, fig. 1 a-h, 2005 [s. nom. Heterothalamulopsis wagenitzii]).
157
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita
regiões de altitude, na borda de paredões rochosos.
Etimologia: O epíteto específico presta homenagem ao botânico alemão Gerhard Wagenitz
(1927).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, Itaimbezinho p. São
Francisco de Paula, in rupestribus dumetosis, B. Rambo, 13. XI. 1953 (PACA HBR);
Itaimbezinho p. São Francisco de Paula, in rupestribus dumetosis, 7. II. 1941 B. Rambo
(PACA); Cambará p. São Francisco de Paula, in rupestribus dumetosis, II. 1948 B. Rambo
(PACA); Itaimbezinho, em borda de mata com araucária, 27. XII. 1988, A. Jarenkov & R. M.
Bueno 1181 (MBM PEL); Fortaleza, borda do perau, arbusto de 1 m, capítulos creme, 24. XI.
1994, G. Hatschbach & O. S. Ribas (MBM 170.245); Itaimbezinho, beira do paredão rochoso,
capítulos imaturos, subarbusto de 60 cm, 9. X. 2003, L. P. Deble, A. S. de Oliveira & J. N. C.
Marchiori (PACA, HDCF, CNPO); Fortaleza, capítulos imaturos, 9. X. 2003, L. P. Deble, A.
S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (HDCF, CNPO); Fortaleza, flores creme, arbusto de 50
cm, 11. X. 2003, L. P. Deble, A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (CNPO, PACA, HDCF);
Fortaleza, no paredão rochoso, arbusto de 50 cm, exemplar feminino, 12. XI. 2003, L. P.
Deble 558a, A. S. de Oliveira 634a & J. N. C. Marchiori (CNPO, PACA, HBR); Fortaleza,
subarbusto de 40 cm, exemplar masculino, flores creme, 12. XI. 2003, L. P. Deble 558b, A. S.
de Oliveira 634b & J. N. C. Marchiori (CNPO, PACA, HBR); Itaimbezinho, herba inter
rupes ad rivum, 19. XII. 1950, A. Sehnen (PACA 50. 967, SI). Santa Catarina, Araranguá,
Serra da Pedra, 1000 m, flor branca, 28. XII. 1943, R. Reitz 302 (HBR). Bom Jardim da
Serra, beira do rio, perto da cidade, 16. I. 1957, L. B. Smith & R. Reitz 10.191 (HBR); Serra
do Oratório, 1400 m, flor branca, 9. XII. 1958, R. Reitz & R. M. Klein 7.677 (HBR 22.816);
Curral Falso, flor branca, 10. XII. 1958, R. Reitz & R. M. Klein (HBR 22.883); 1500m, flor
branca, arbusto de 30 cm, 13. I. 1959, R. Reitz & R. M. Klein 8.157 (HBR 22.718, LP); Beira
do rio do Rastro, 14. XII. 1971, L. B. Smith & R. M. Klein 15.784 (HBR SI); em paredão
rochoso, arbusto de 80 cm, flores creme, exemplar masculino, 5. XII. 2003, L. P. Deble 560a,
A. S. de Oliveira 636a & J. N. C. Marchiori (ICN, HDCF), ibidem, subarbusto de 50 cm,
exemplar feminino, 5. XII. 2003, L. P. Deble 560b, A. S. de Oliveira 636b & J. N. C.
Marchiori (ICN, HDCF). Grão Pará, Serra do Corvo Branco, paredão rochoso, capítulos
creme, arbusto de 50 cm, 10. XII. 2000, G. Hatschbach et al. (MBM 254.080, UPCB). Bom
Retiro, Campo dos Padres, 1900 m, rupestre, flor branca, 20. XII. 1948, R. Reitz 2.386
158
(HBR), ibidem, 20. XII. 1948, R. Reitz 2.632 (HBR). São Joaquim, Serra do Oratório,
aparados da Serra, 1400 m, arbusto de 1 m, 14. XII.1967, A. Lourteig 2.153 (SI). Ubirici,
1100 m, arbusto de 70 cm, 17. II. 1995, G. Hatschbach & O. S. Ribas (MBM 172.703).
4.4.14 Seção Heterothalamus (Less.) A. S. de Oliveira-Deble, comb. & stat. nov., inéd.
Bas.: Heterothalamus Less., Linnaea 5, p. 145, 1830.
Typus: Marshalia aliena Sprengel, Syst. Veg. 3, p. 446, 1826.
Plantas imperfeitamente dióicas, subarbustivas ou arbustivas, densamente ramosas,
frequentemente glutinosas. Folhas alternas, lineares ou oblongas, sésseis, concolores, glabras
ou glabrescentes, pontuado-glandulosas, de margens inteiras, dentadas ou serradas na metade
superior. Indumento constituído de escassos tricomas flageliformes. Capítulos dispostos em
corimbos terminais (Fig. 3 E). O invólucro é campanulado nas plantas funcionalmente
masculinas, e hemisférico ou globoso nas plantas femininas. Receptáculo paleáceo nas plantas
femininas, com páleas persistentesna maturação do fruto. Capítulos femininos multifloros
(130-350 flores); flores femininas com corola geralmente glabra, de ápice ligulado. Pappus
unisseriado, não acrescente, caduco. Capítulo masculino com flores dimorfas; as marginais,
de cor amarela, dispostas em uma ou duas séries, são neutras com tubo carnoso e ápice
provido de lígula membranosa até carnosa e pappus de poucas cerdas, curtas e caducas, de
base geniculada ou não; flores do disco numerosas (cerca de 40-100) e tipicamente
hermafroditas, porém masculinas por aborto do gineceu, geralmente glabras, de ápice dilatado
e 5-denteado; rudimento estigmático de ápice capitado, de ramos breves e geralmente
separados (Fig. 7 C); pappus unisseriado, caduco. Aquênios cônicos, levemente curvos ou
curvos, 5-7-costados, com epiderme estriada, por vezes papilosa.
Comentários: Demonstra relação com a seção Heterothalamulopsis; distingue-se pela
capitulescência em corimbos terminais (versus glomérulos terminais), capítulos masculinos
com uma ou duas fileiras de flores marginais neutras e liguladas (versus capítulos masculinos
homógamos) e pappus das flores masculinas de ápice não dilatado (versus ápice dilatado).
Distribuição geográfica: Seção com 3 espécies muito particulares dentro do gênero, que
ocorrem no sul do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina), Uruguai e centro da Argentina.
No Brasil estão representadas as três espécies, uma delas (Baccharis hyemalis) é exclusiva do
Rio Grande do Sul.
159
4.4.14.1 Baccharis aliena (Spreng.) Müller
J. Muller, Syst. Bot. Monogr., v. 76, p. 305, 2006. Bas.: Marshalia aliena Sprengel, Syst.
Veg. 3, p. 446, 1826. Heterothalamus alienus (Spreng.) O. Kuntze, Gen. Plant. 3, n. 2, p.
158, 1898.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, entre São Sepé e Cachoeira do Sul, Sellow d1673
(Holotypus P n.v. Foto do holótipo SI!).
= H. brunnioides Lessing, Linnaea 6, p. 504, 1831;
= Sterea romerilla D. Don., Mss.
Referência: J. Baker (Fl. Bras. 6, III, tab. 19, 1882); Deble, Oliveira & Marchiori (Balduinia
n. 1, p. 7-11, 2005 [s. nom. Heterothalamus alienus]).
Iconografia: J. Baker (op. cit. tab. 19, 1882); Deble, Marchiori & Oliveira (op. cit., p. 18, fig.
2, 2005 [s. nom. Heterothalamus alienus]).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio Grande do Sul e Santa Catarina), centro da
Argentina e Uruguai. É freqüente em altitudes de 100-500 m s.m., e também ocorre em zonas
serranas.
Etimologia: Do latim alienus (= estranho) uma referência ao hábito particular da espécie.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Bagé, Estância Três Flores, estrada para
a Pedra Grande, 18. XI. 1986, A. M. Girardi-Deiro et al. (CNPO); próximo a Estância Olívio
Martins, 11. IV. 1985, A. M. Girardi-Deiro et al. (CNPO); Estância da Viola, 21. XI. 1985, A.
M. Girardi-Deiro & Gonçalves (CNPO), estrada para a Pedra Grande, 18. XI. 1986, A. M.
Girardi-Deiro (CNPO); perto da cidade, 1 km ao sul, R. M. Klein & U. Pastore 11.927 (HBR
52.106); Casa de Pedra, XII. 1991, M. Sobral (PEL 20.662); Casa de Pedra, 02. XI. 1989, I.
Fernandes & J. Giachin (ICN 92.466); ibidem, 02. XI. 1989, I. Fernandes & J. Giachin (ICN
92.467); Bom Jesus, 10. II. 1937, Dutra (ICN 15.443); 06. I. 1947,
B. Rambo (SI).
Caçapava do Sul, Gruta do Segredo, 31.X.1961, Pabst 6.430 & Pereira 6.603 (LP PEL);
Guaritas, 13. X. 1985, J. R. Stehmann (ICN 64.322); ibidem, solo pedregoso, 12.X.1985, D.
Falkenberg (MBM 103.640); ibidem, 04. IV. 1996, P. Brack & R. Rodrigues (ICN 119.899);
ibidem, em frutificação, 12. VII. 2003, L. P. Deble & A. S. de Oliveira (CNPO, HDCF);
ibidem, 270m de alt., 29. X. 1999, R. Wasum (MBM). Cachoeira do Sul, XI. 1983, M.
160
Sobral 2526, (MBM 99.738). Cambará do Sul, Serra da Pedra, 05. II. 1948, B. Rambo (ICN
16.372). Canela, Passo do Inferno, 10. II. 1941, B. Rambo (PACA 4.860). Canguçu, Mina
do Paredão, 24. IV. 1982, S. Miotto (ICN 64.780). Caxias do Sul, criúva, no campo, 25. III.
2000, L. Scur 670 (MBM). Dom Pedrito, BR 290, em direção a Bagé, 27.V.2003, L. P.
Deble & A. S. de Oliveira (HDCF, CNPO). Encruzilhada do Sul, serro São Salvador, 500 m
de alt. , 23. I. 1994, D. Falkenberg (MBM 202.686). Lavras do Sul, 25.VII. 1982, M. L.
Porto, (ICN 64.791). Pelotas, pedreira capão do leão, 4. X. 1950, J. Gomes 352 (PEL 852,
SI). Piratini, Serra das Asperezas, próximo a divisa com Pinheiro Machado, 19. XI. 1989, J.
Jarenkow 1437 (PEL). Rio Grande, I. 1936, M. M. Job (ICN 31.804); beira da estrada,
arbusto de 4 m, 5. XI. 2003, L. P. Deble & A. S. de Oliveira (CNPO, HDCF). Santana da
Boa Vista, XI. 1987, M. Sobral et al. (ICN 81.499, PACA). Santana do Livramento, beira
da estrada, cerca de 14 km da entrada da cidade, 03. IV. 2004, L. P. Deble, A. S. de Oliveira
& J. N. C. Marchiori (HDCF, CNPO). São Francisco de Paula, 02. VII. 1954, B. Rambo
(PACA 4.367). São Sepé, 02. XII. 1983, K. Hagelund (ICN 69.681). “Serra do Sudeste”,
s.d., A. Krapovickas et al. (SI). Vacaria, 13. I. 1947, B. Rambo (PACA 37.073). Santa
Catarina: Bom Jardim da Serra, rodovia SC-438, 3 km do cidade, 18. IV. 1994, G.
Hatschbach & E. Barbosa (MBM 167. 367). Lages, Passo do Socorro, flor passada, 03. II.
1963, R. Reitz 6.540 (HBR 31.478). Laguna, restinga perto da cidade10. XI. 1951, R. Reitz
& R. Klein, (HBR 14.664). São Joaquim, arbusto de flor amarela, 14. XII. 1967, A. Lourteig
2.178 (HBR).
4.4.14.2 Baccharis hyemalis Deble
L. P. Deble, Balduinia n. 9, p. 20-21, 2006. Nome substituído: Heterothalamus rupestris
Deble, An. S. de Oliveira & Marchiori, Rev. Ciência Florestal, v. 13, n. 2, p. 1, 2003 (non B.
rupestris Heering, 1915).
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Caçapava do Sul, Guaritas, em afloramento rochoso,
12.VII.2003, L. P. Deble 499 & An. S. de Oliveira 575 (Holotypus SI! Isotypus, ICN! CNPO!
MBM! PACA! SMDB!).
Referência: L. P. Deble, An. S. de Oliveira & Marchiori (Balduinia n. 1, p. 13-14, 2005 [s.
nom. Heterothalamus rupestris]).
Iconografia: L. P. Deble, An. S. de Oliveira & Marchiori (op. cit. p. 20, fig. 4 a-h, 2005 [s.
nom. Heterothalamus rupestris]).
161
Distribuição & Hábitat: No Brasil, têm distribuição restrita à serra do Sudeste, no Rio
Grande do Sul. Habita afloramentos rochosos úmidos.
Etimologia: Referência à época de floração da espécie.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Arroio dos Ratos, 15. X.1981, K.
Hagelung (ICN). Bagé, Rincão do Inferno, sobre afloramento rochoso, 12.VI.2003, L. P.
Deble 500 & An. S. de Oliveira 575 (SI); Casa de Pedra, sobre afloramento rochoso, 30. VI.
1991, I. Fernandes & J. Giachin (ICN); ibidem, 29. VI. 1991, I. Fernandes & J. Giachin
(ICN); Rincão do Inferno, sobre afloramento rochoso, 27. VII. 2003, L. P. Deble 500 & A. S.
de Oliveira 576 (CNPO); Pedra Grande, sobre afloramento rochoso, 17. XI. 2000, A. M.
Girardi-Deiro et al. (CNPO); ibidem, 12. VII. 2001, A. M. Girardi-Deiro et al. (CNPO); BR
153, VIII. 1987, M. Sobral et al. (MBM, ICN). Caçapava do Sul, Guaritas, 30. V. 1976, M.
L. Porto, B. Irgang et al. (ICN); sobre afloramento rochoso, 12. VII. 2003, L. P. Deble 499 &
A. S. de Oliveira 575 (SI, ICN, PACA,CNPO); Canguçu, sobre afloramento rochoso, arbusto
ramoso de 50 cm, em frutificação, 5. XI. 2003, L. P. Deble, A. S. de Oliveira & J. N. C.
Marchiori (HDCF). Encruzilhada do Sul, sobre afloramento rochoso, 11. IX. 1971, A.
Sehnem (PACA 12427). Guaíba, Fazenda São Maximiliano, sobre solo pedregoso, 26. I.
2001, N. I. Matzembacher (ICN).
4.4.14.3 Baccharis psiadioides (Less.) Müller
J. Müller, Syst. Bot. Monogr., v. 76, p. 306, 2006. Bas.: Heterothalamus psiadioides Less.,
Linnaea 6, p. 504, 1831.
Typus: Brasil, Rio Grande Sellow 958 (Holotypus P n.v. Foto SI!).
= B. czermakii Hochr., Ann. Conserv. & Jard. Bot. Geneve, p. 173, 1899. Typus: Brasil, Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, “campos pierreux dês montagnes de la rua da Independência”,
10.X.1897, Czermak (Holotypus P n.v. Foto digitalizada do holótipo P!).
Referência: L. P. Deble, J. N. C. Marchiori & A. S. de Oliveira (Balduinia n. 1, p. 11-12,
2005 [s. nom. Heterothalamus psiadioides]).
Iconografia: L. P. Deble, J. N. C. Marchiori & A. S. de Oliveira (Balduinia n. 1, p. 19, fig. 3
a-i, 2005 [s. nom. Heterothalamus psiadioides]).
162
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina) e Uruguai. Habita
solos rasos, afloramentos rochosos e beira de matas. Floresce e frutifica de outubro a
dezembro.
Etimologia: O epíteto específico compõem-se de Psiadia Jacq. (gênero africano de
Asteraceae, pertencente à subtribo Baccharinae) e do sufixo grego oides (= com aspecto de).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Arroio dos Ratos, 10. XI. 1977T. M.
Pedersen 11.989 (SI); 05. X. 1978, K. Hagelung (ICN). Barra do Ribeiro, Alto Douradinho,
9. X. 1990, J. Jarenkow 1.722 (PEL 12.043, MBM). Camaquã, 23. IX. 1985, D. Falkenberg
(PEL 12.111, ICN, MBM, PACA). Canguçu, arbusto de 1 m de alt., em afloramento rochoso,
flores amarelas, 5. XI. 2003, L. P. Deble, A. S. de Oliveira-Deble & J. N. C. Marchiori
(HDCF, CNPO). Cerro Grande do Sul, 28. IX. 1997, J. Jarenkow 3.540 (PEL 18.300).
Encruzilhada do Sul, 11. IX. 1971, A. Sehnem (PACA); 9. X. 1972, Lindeman et al. (ICN).
Guaíba, 13. X. 1980, I. Boldrini (ICN); 19. X. 1980, Matzenbacher (ICN); 24. X. 1981, S.
Boechat (ICN); 5. XI. 1981, R. P. Bueno (ICN); 12. XI. 1983, Jesen & Bauermann (ICN); 4.
X. 1986, A. Zanin (ICN); Montenegro, Pinhal, 26. X. 1949, A. Sehnem 3.954 (SI). Morro
Redondo, cerca de 5 – 6 km da cidade, em direção a Capão do Leão, 15. X. 1989, J.
Jarenkow (PEL, MBM). Pelotas, 30. IX. 1954, I. Teodoro 180 (SI); Pedreira Capão do Leão,
04. X. 1954, I. Teodoro 353 (SI); ibidem, 4. X. 1950, J. Gomes 353 (PEL, LP); 30. IX. 1954,
J. Sacco (ICN, PEL); 17. IX. 1958, J. Sacco (PACA); Capoeira, Horto Florestal, 09. VI. 1959,
J. Sacco (ICN, HBR, PEL). Porto Alegre, Morro da Polícia, 26. VIII. 1939, I. Teodoro
(ICN); Morro Santana, 28. IX.1956, J. Mattos (MBM); 03. I. 1959, J. Mattos (UPCB); 02. XI.
1936, W. Rau (LP); I. 1939, W. Rau (SI); Vila Manresa, 22. IX. 1950, B. Rambo (PACA, SI);
ibidem, 02. VII. 1954, B. Rambo (PACA); Morro Santana, 2. VI. 1954, B. Rambo (PACA);
Morro da Polícia, 20. IX. 1948, B. Rambo (PACA, SI); Morro da Glória, X. 1944, B. Rambo
(LP); 10. X. 1945, B. Rambo (LP); 02. XI. 1931, B. Rambo (LP); 1. XI. 1957, Rambo
(PACA); Morro Santa Teresa, 24. X. 1958, G. Pabst 4.591 (LP). São Francisco de Paula,
Itaimbezinho, 19. XII. 1950, A. Sehnem 5.145 (SI); Itaimbezinho, 2. VII. 1954, B. Rambo
(PACA); 08. IV. 1955, B. Rambo (PACA); 03. XII. 1971, A. Girardi & M. L. Porto (ICN);
Arbusto de 80 cm de alt., beira do penhasco, flores amarelas, 12. XI. 2003, L. P. Deble, A. S.
de Oliveira-Deble & J. N. C. Marchiori, (HDCF, CNPO). Santana da Boa Vista, arbusto de
flores amarelo-claras, IX. 1985, M. Sobral et al. (ICN, MBM); 10. X. 1987, J. Jarenkow & M.
Sobral (PEL 9.874, PACA); arbusto de 1,5 m de alt., beira do mato, flores amarelas, 5. XI.
163
2003, L. P. Deble, A. S. de Oliveira-Deble & J. N. C. Marchiori (HDCF, CNPO); ibidem,
arbusto de 1,2 m, 5. XI. 2003, L. P. Deble, A. S. de Oliveira-Deble & J. N. C. Marchiori
(HDCF, CNPO). São Leopoldo, Morro das Pedras, 26. XI. 1939, I. Teodoro (ICN). Torres,
15. VII. 1972, B. Irgang et al. (ICN). Sentinela do Sul, 5-10 km de Araçá, 5. X. 1996,
Jarenkow 3.164 (PEL 16.743). Viamão, arbusto de 1,5 m, no campo, IX. 1983, M. Sobral &
P. Brack (MBM). Santa Catarina, Garopaba, 18 XI. 1970, R. Klein & A. Bressolin, 9.226
(HBR). Imbituba, Itapiruba, 12. II. 1978, G. Hatschbach & C. Zardini (MBM, LP). Laguna,
restinga litorânea, 10. XI. 1951, R. Reitz & R. Klein (MBM, UPCB, LP, PACA); 02. X.
1993, D. Falkenberg (PEL, MBM, UPCB).
4.4.15 Seção Molinae (Ruiz & Pav.) Cuatrecasas
J. Cuatrecasas, Rev. Acad. Colomb. Ci. Exact. 13, n. 49, p. 15, 1967. Molinae Ruiz & Pav.
Prodr. fl. peruv., p. 111, t. 24, 1794 [non Schrank (Gramineae), 1789; nec Cavallines
(Malpighiaceae, 1790, nec Gay (Euphorbiaceae, 1833). Baccharis subgen. Molinae (Persoon)
Heering, Schriften Naturwiss. Vereins Schleswig-Holstein 13, p. 40, 1904. Lectotypus
[designado por Cuatrecasas, 1967]: Baccharis latifolia Pers., Syn. II, p. 424, 1807.
= Seção Corymbosae Heering, Fl. Chile n. 4, p. 5, 1903. Lectotypus [designado por
Cuatrecasas, 1967]: Baccharis marginalis DC., Prodr. 5, p. 402, 1836.
Plantas geralmente dióicas, arbustivas ou arbóreas. Folhas pecioladas, oblanceoladas,
lanceoladas, elípticas a ovadas, 3-5-nervadas, concolores, íntegras ou denteadas na metade
superior, glabras ou hirsutas. Indumento em tufos, constituído de tricomas unisseriados
flageliformes, raro filiformes ou claviformes e tricomas bisseriados glandulares.
Capitulescências
pedunculadas,
dispostas em
corimbos compostos agrupados
em
capitulescências corimboides (Fig. 4 D). Capítulos femininos campanulados, multifloros (40100 flores); receptáculo desprovido de páleas; flores femininas com corola filiforme de ápice
truncado, normalmente com uma coroa de tricomas bisseriados (glandulares e não
glandulares); aquênios 5-costados, glabros ou pubescentes,, com tricomas bisseriados e
geminados, epiderme geralmente estriada, papilosa ou não; pappus das flores femininas,
unisseriado, acrescente, persistente e normalmente unido em anel basal. Capítulos masculinos
campanulados, multifloros (20-40 flores); flores masculinas de corola tubulosa, 5-lobada;
rudimento do estigma com ramas lanceoladas e separadas (Fig. 7 B); pappus das flores
masculinas espessadas no ápice.
164
Comentários: Seção muito próxima de Baccharidastrum, da qual se separa por incluir plantas
lenhosas (versus herbáceas ou lenhosas apenas na base) e pelo indumento dos aquênios
constituído de tricomas bisseriados e geminados (versus desprovidos de tricomas). Giuliano
(2001) reconheceu Baccharis glutinosa [s. nom. B. pingraea] dentro da seção Molinae e
Baccharis breviseta e B. vulneraria dentro do gênero Baccharidastrum. Em estudo mais
recente, Muller (2006) reconheceu as espécies da seção Molinae dentro do informal “grupo
latifolia” e não assinalou um grupo para Baccharis glutinosa.
Distribuição geográfica: Cerca de treze espécies distribuídas nos Andes da Venezuela até o
norte do Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil. No Brasil está representado por 5
espécies.
4.4.15.1 Baccharis conyzoides (Less.) DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 403, 1836. Bas.: Molina conyzoides Lessing, Linnaea, 6, p.
129, 1831.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, Chamisso (Holotypus B n.v. Foto F !).
= Baccharis quinquenervis DC., Prodr. 5, p. 399, 1836. Typus: BRASIL, São Paulo, Lund
842 (Holotypus G-DC n.v. Isotypus B Foto F 8173!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 111, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas 5, parte I, p.
1013, est. 239, 2002); R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Cien. Nat. La Salle, 37, fig. 108,
folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul. Em regiões campestres e capoeiras.
Etimologia: Refere-se à semelhança da espécie com as do gênero Conyza Less. (Asteraceae).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Paranaguá, Ilha do Mel, Baía, orla do mato, erva
pendente, 21.I.1954, G. Tessmann 1.355 (MBM); Caiobá, restinga, erva decumbente,
5.XI.1947, G. Tessmann 2.661 (MBM); Matinhos, Sertãozinho, XII.1964, L. T. Dombrowski
1.051 et al. (MBM). Rio Grande do Sul, Osório, Aguapé, erva escandente em beira de mata,
165
IX.1985, M. Sobral et al. 4.144 (MBM); Lagoa da Pinguela, erva ereta, em banhado, III.1987,
M. Sobral et al. 5.691 (ICN). São Francisco de Paula, Serra do Faxinal, herba in silva, 900
m s.m., 23.II.1951, A. Sehnem 5658 (PACA). Terra de Areia, 23.XI.1995, J. Laroca et al.
(ICN 111.185). Santa Catarina, Araranguá, Escalvado, capoeira, erva 1 m, 12.IV.1946, R.
Reitz c 1.580 (HBR RB HAS). Blumenau, Morro Spitzkopf, topo de morro, 950m,
20.XI.1959, R. M. Klein 2.319 (HBR). Brusque, mata, capoeira, erva, 25.XI.1949, R. Reitz
3.211 (HBR). Guabiruba, herbáceo, flores amarelas, 23.VII.1992, M. H. de Queiroz s.n.
(FLOR). Florianópolis, Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, próximo Av.
das Rendeiras, entre dunas na restinga, subarbusto prostrado 30 cm, flores creme, 21.II.2005,
T. B. Guimarães et al. 936 (FLOR); subarbusto prostrado 1,2 m, flores creme, 20.II.2005, T.
B. Guimarães et al. 1.022 (FLOR); antiga estrada para o Balneário Daniela, 4.IX.1987, M. L.
Souza et al. 1.146 (FLOR); Praia de Itapoá, herbácea 50 cm, 16.II.1999, W. do Amaral 490
(MBM). Garuva, Mina Velha, capoeira, 18.IV.1958, R. Reitz et al. 6.683 (HBR RB HAS).
Gaspar, Salto, 17.VI.1991, M. H. de Queiroz CE-13 (FLOR). Itajaí, Cordeiros, erva,
9.X.1959, R. Reitz et al. 9.186 (HBR). Palhoça, campo do Maciambú, restinga, arbusto de 1
m, 5.XI.1953, R. Reitz et al. 1.278 (HBR). Santo Amaro da Imperatriz, 24.II.1992, M. H.
de Queiroz s.n. (FLOR). Santo Antônio de Lisboa, 1.VII.1991, M. H. de Queiroz s.n.
(FLOR).
4.4.15.2 Baccharis oxyodonta DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 404, 1836. Pingraea oxyodonta (DC.) F. H. Hellwig,
Candollea 48, p. 218, 1993. Typus: BRASIL, Minas Gerais, Vauthier 260 (Holotypus G-DC
n.v. Foto digitalizada do holótipo G-DC!);
= Baccharis triplinervia DC., 1.c. Typus: BRASIL, Minas Gerais, Vauthier 271 (Holotypus
G-DC n.v. foto digitalizada do holótipo G-DC!).
Referência: D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 45,
2000).
Iconografia: J. Baker (Fl. Bras. 6, III, p. 76, tab. 27, 1882).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul), Uruguai, nordeste da Argentina e Paraguai. Habita orla de
matas, formando capoeiras.
166
Etimologia: Refere-se aos dentes agudos no bordo das folhas.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Campo Largo, Javacaen, arbusto 1,70 m, capítulos
creme, capoeira, 14.VIII.1973, G. Hatschbach 32.293 (MBM). Curitiba, Guabirotuba,
11VI.1986, N. Imaguire 5.811 (MBM); bosque Chico Mendes, arbusto de 2,5 m, flores,
capítulos brancos, beira de mata, 26.VIII.1994, M. Borgo et al. s.n. (MBM 205.990); Detran,
floresta ruderal das margens do rio, arbusto 1m, capítulos creme, 23.VI.1986, N. Imaguire
5.809 (MBM); Santo Inácio, Parque Barigui, 8.VIII.1990, R. L. Esteves 561 (R). Rio Grande
do Sul, Alegrete, p. Capivari, 16.III.1948, Palácios-Cuezzo 1.888 (CTES). Bento Gonçalves,
cascata dos três monges, em beira de estrada, 800 m s.m., 26.VI.1998, R. C. Molon et al. s.n.
(MBM 229.523). Caxias do Sul, Fazenda Souza, na formação de Baccharis, 780 m s.m.,
10.VII.2002, M. Rossato 107 (MBM); vila Oliva, in dumetosis submidis, 14.VII.1950, B.
Rambo 47.256 (CTES). Esmeralda, Estação Ecológica Aracuri, VIII.1984, M. Sobral et al.
3.020 (FLOR). Giruá, Granja Sodol, s.d., K. Hagelund 2.450 (CTES). Montenegro,
Kappesberg, 4.VII.1950, B. Rambo 47.224 (CTES). Novo Hamburgo, 12.VIII.1949, B.
Rambo 42.895 (CTES). Santa Maria, Cerrito, 20.VII.1950, R. Beltrão 2.142 (HBR); Perau,
X.2003, L. P. Deble & A. S. de Oliveira Deble (MBM). São Francisco de Paula, RS 235, em
beira de estrada, 830 m s.m., 11.VIII.2002, R. Wasum 1.518 (MBM); RS 235, na orla da
mata, X.2001, R. Wasum 1.108 (MBM 263.189); RS 235, na orla da mata, 15.VII.2001, R.
Wasum 1.107 (MBM 263.188). São Salvador, herbacea in dumeto, 16.VIII.1950, A. Sehnem
s.n. (MBM 276.483). Santa Catarina, Blumenau, 2.VII.1984, Schwacke 162 (R). Bom
Jardim da Serra, Serra do Oratório, arbusto lianoso, 1.400 m s.m., 19.III.1959, R. Reitz et
al. 8.661 (HBR). Catanduvas, orla de imbuial, arbusto 3 m, 25.VIII.1964, R. M. Klein 5.449
(HBR). Corupá, Rod. SC-301, descida da serra, arbusto 2 m, capítulos creme, capoeira,
15.X.2004, G. Hatschbach et al. 78.053 (MBM 298.833). Florianópolis, Cachoeira do Bom
Jesus, capoeira, arbusto 2 m, 4.VIII.1964, Klein et al. 5.396 (FLOR). Herval Velho, orla da
mata, 700 m s.m., 25.VIII.1964, R. M. Klein 5.438 (FLOR). Papanduva, Serra do Espigão,
capoeira, arbusto, 1.000 m s.m., 10.VII.1962, R. Reitz et al. 13.082 (HBR). Urubici, Morro
da Igreja, capoeira na beira da estrada, arbusto 1 m, 24.V.1991, D. Falkenberg 5.489 (FLOR).
4.4.15.3 Baccharis punctulata DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 405, 1836. Baccharis oxyodonta var. punctulata (DC.) Baker,
Fl. Bras. 6, III, p. 77, 1882; Pingraea punctulata (DC.) F. H. Hellw., Candollea 48, p. 218,
1993.
167
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow 3.618 (= 970) (Holotypus P n.v. Isotypus G-DC
n.v. Foto digitalizada do isótipo G-DC! Foto F 37.737!).
= Baccharis amygdalina Griseb., Abh. Königl. Ges. Wiss. Göttingen 19, p.175, 1874; Typus:
ARGENTINA, Tucumán, Dept. Tafí, Siambón, III.1872, ♂, Lorentz 213 (Holotypus GOET
n.v. Isotypus CORD!)
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios p. 268-269, 1974; Fl. de la Prov. Jujuy p. 246,
1978); D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 53, 2000).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 269, fig. 149, 1974; op. cit. p. 243, fig. 104 a-e, 1978).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul), Uruguai, Argentina e Paraguai. Habita regiões campestres e
beira de estradas.
Etimologia: Refere-se à face abaxial, pontoado-glandular.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Cerro Azul, Morro Grande, capoeira, 23.I.1959, G.
Hatschbach 5.410 (HBR). Curitiba, Vila Lorena, arbusto de 1 m, capítulos alvescentes, borda
de campo sujo, 9.V.1985, J. Cordeiro 31 (MBM); Barigüi, arbusto, 3.III.1972, L. T.
Dombroski 4.078 (CTES MBM). Três Córregos, perto da cidade, beira da estrada, arbusto 2
m, 24.I.1962, R. Reitz et al. 12.049 (HBR). Turvo, Contenda, borda de mata secundária,
10.V.1959, G. Hatschbach 5.867 (HBR). Rio Grande do Sul, Bagé, Embrapa Pecuária Sul,
IV.2003, A. S. de Oliveira-Deble & L. P. Deble (MBM). Barra do Quaraí Parque do
Espinilho, 1.IV.2005, A. S. de Oliveira-Deble & L. P. Deble (MBM). Caçapava do Sul,
Guaritas, matinha na beira da estrada, subarbusto de 1 m, 9.III.2005, L. P. Deble & A. S. de
Oliveira-Deble (MBM). Caxias do Sul, estrada p. Loreto, beira da estrada, 27.V.1985, R.
Wasum et al. s.n. (FLOR). Encruzilhada do Sul, estrada secundária entre a cidade e Amaral
Ferrador, capoeira, em afloramento, arbusto 1,5 m, 22.I.1994, D. Falkenberg et al. 6.529
(FLOR). Nova Prata, Faz. Tupy, beira da estrada, 22.II.1985, I. Guerra et al. s.n. (FLOR).
Pelotas, próximo a Encruzilhada, capoeira, 22.V.1959, J. C. Saco 1.244 (HBR RB PACA
HAS). Santana da Boa Vista, p. Canguçu, 8.III.2005, L. P. Deble (HDCF). São Francisco
de Assis, p. Manoel Viana, 2.IV.2004, L. P. Deble et al. (MBM). Santa Catarina, Caçador,
ruderal, 6.II.1957, L. B. Smith et al. 10.885 (HBR). Campos Novos, 19-20 km south of
168
Campos Novos on the road to Anita Garibaldi, campo, 800-900 m s.m., 1.III.1957, L. B.
Smith et al. 11.979 (HBR). Curitibanos, Monte Alegre, vassoural, 25.II.1960, J. R. Mattos
8.663 (HBR); perto da cidade, campo, 900 m s.m., 22.II.1962, R. Reitz et al. 12.536 (HBR).
Lages, Passo do Socorro, capoeira, 13.IV.1963, R. Reitz et al. 14.824 (HBR RB).
4.4.15.4 Baccharis serrulata (Lam.) Pers.
Persoon, Syn. Pl. 2, p. 423, 1807. Bas.: Conyza serrulata Lamarck, Enc. Meth. 2, p. 85, 1786.
Typus: BRASIL, M. Commerson n.v. (Holotypus P-Lam n.v. foto digitalizada do holótipo PLam!).
= B. depauperata Gardner, Lond. Journ. Bot. 4, p. 120, 1845; Typus: BRASIL, Rio de
Janeiro, Serra dos Órgãos, 496 (Holotypus K n.v.).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 81, 1976).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 141, folhas,
1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Pernambuco, Espírito Santo, Bahia, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Habita regiões campestres. Floresce e frutifica de
novembro a março.
Etimologia: Em relação ao bordo das folhas serradas.
Material estudado: BRASIL – Bahia, Rio de Contas, Pico das Almas, vertente leste,
campo do Queiroz, arbusto de até 1-1,5 m de altura, flores femininas, 14.XII.1988, R. M.
Harley 27.236 (SP). Rio de Janeiro, Armação de Búzios, restinga da Praia Gorda, erva,
folhas verdes claras, discolores, caule piloso, flor alvascenta, 22.X.1998, D. Fernandes 95
(RB 338.513). São Paulo, Campos do Jordão, Fazenda da Guarda, Pedra Chorona,
subarbusto, 25.X.1974, J. Mattos 15.914 (SP).
4.4.15.5 Baccharis stylosa Gardner
G. Gardner, London J. Bot. 4, p. 120, 1845.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Serra dos Órgãos, Gardner 5784 (Holotypus K n.v.).
169
= Baccharis imbricata Malag., Contrib. Inst. Geobiol. Canoas, n. 8, p. 38, 1957. Typus:
BRASIL, Minas Gerais, Caparaó, XI.1922, B. Lobo s.n. (Holotypus R!).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 32, folhas, 1976
[s. nom. B. imbricata]).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Habita
regiões de altitude.
Etimologia: Em relação ao estilete das flores femininas.
Material examinado: BRASIL – Rio de Janeiro, Itatiaia, Serra de Itatiaia, arbusto nos
rochedos 2.300 m.s.m, III.1894, E. Ule 175 (R); Resende, Planalto, Pedra do Altar,
3.XI.1965, G. Eiten & L. T. Eiten, 6.555 (SP) . Teresópolis, Parque Nacional da Serra dos
Órgãos, Pedra do Sino, 21.XII.1975, F. L. Di Giorgio 4 (RB 173.209).
4.4.16 Seção Myriciifolae A. S. de Oliveira, sect. nov. ined.
Typus: Baccharis myriciifolia DC., Prodr. 5, p. 405, 1836.
Plantas dióicas, subarbustivas, pubérulas. Folhas sésseis, lineares a oblanceoladas, uninérvias,
inteiras ou denteadas na metade superior. Indumento em tufos; constituído de tricomas
unisseriados,
flageliformes
e
tricomas
bisseriados,
glandulares.
Capítulescências
pedunculadas, dispostas em racemos axilares (Fig. 3 C). Capítulos femininos campanulados,
multifloros (15-25 flores); receptáculo desprovido de páleas; flores femininas com corola
tubulosa, de ápice denteado; pappus das flores femininas bisseriado, acrescente e persistente;
aquênios 10-costados; glabros, com epiderme lisa. Capítulos masculinos campanulados,
multifloros (15-20 flores); flores masculinas de corola tubulosa, 5-lobada; rudimento do
estigma com ramas breves e aderidas (Fig. 7 A); pappus das flores masculinas com cerdas
espessadas no ápice.
Comentários: Baccharis myriciifolia foi inserido por Giuliano (2005) na seção Nitidae (série
Lanuginosae). A capitulescência, todavia é em racemos axilares (versus corimbos axilares ou
terminais), as flores femininas possuem corola tubulosa, de estigma incluso ou apenas
sobressaindo a altura do tubo (versus corola tubuloso-filiforme ou filiforme, com estigma
170
exserto ao tubo) e o pappus é provido de cerdas engrossadas, persistentes e unidas em anel
basal (versus pappus de cerdas filiformes, caducas).
Distribuição geográfica: A seção Myriciifoliae inclui 2 espécies brasileiras que ocorrem
principalmente em beira de rios e regiões campestres de altitude.
4.4.16.1 Baccharis crassipappa sp. nov., ined.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Joaquim Felício, Serra do Cabral, subarbusto, 50 cm,
capítulo alvascento, margem do córrego encachoeirado, campo cerrado, 10.IV.2004, G.
Hatschbach, M. Hatschbach & O. S. Ribas 77.696, planta ♀ (MBM).
Subarbusto de 0,50 cm de altura, ereto (Fig. 12 A). Folhas lineares, estreitamente oblongas ou
oblanceoladas de 15-50 mm de comprimento por 1-2 mm de largura, alternas, internós de 1-5
mm de comprimento, uninérvias, sésseis, concolores, inteiras na margens, ápice agudo ou
rotundo base atenuada; glabras ou com alguns tricomas próximos a base (Fig. 12 B).
Capítulos curtamente pedunculados ou pedunculados, em racemos terminais ou solitários na
axila das folhas; pedúnculos de 25 mm de comprimento. Capítulos femininos campanulados
de 4-4,5 mm de comprimento e largura; flores 18-24; invólucros de 3-4 mm de comprimento
por 4-4,5 mm de largura (Fig. 12 C); brácteas involucrais em 4 séries (Fig. 12 E), ápice
agudo, hialinas na margem; as externas, ovadas ou ovado-lanceoladas de 1,2-2 mm de
comprimento por 0,8-1,2 mm de largura; as medianas, lanceoladas de 2,5-3 mm de
comprimento por 0,8-1 mm de largura; as internas, lanceoladas de 2,8-3,3 mm de
comprimento por 0,8 mm de largura. Corola feminina tubulosa de 1,8 mm de comprimento,
de ápice denteado (Fig. 12 D). Estilete excedendo o ápice da corolla de 2 mm de
comprimento; ramas lanceoladas de 0,4 mm de comprimento. Pappus branco, bisseriado de 22,2 mm de comprimento; com 60-70 cerdas. Aquênios obovados de 1-1,2 mm de
comprimento, glabros, 10-costados (Fig. 12 F). Capítulos masculinos campanulados de 2,53,5 mm de comprimento por 4-4,5 mm de largura (Fig. 12 G); 17-19 flores ; invólucros de
2,5-3 mm de comprimento por 3,5-4 mm de largura; brácteas involucrais em 4 séries, de ápice
agudo, margem hialina; brácteas externas, ovadas ou ovado lanceoladas de 1,5-2 mm de
comprimento por 1 mm de largura; as medianas, lanceoladas de 2-2,5 mm de comprimento
por 0,8-1 mm de largura; as internas estreitamente lanceoladas de 2-2,8 mm de comprimento
por 0,6 mm de largura. Corola masculina de 2-2,5 mm de comprimento, ápice com 5 lóbulos
lanceolados de 0,6-0,8 mm de comprimento (Fig. 12 H). Anteras de 0,6-0,8 mm de
171
comprimento. Estilete excedendo ou não o tubo da corolla de 2-2,3 mm de comprimento;
rudimento do estigma breve e aderido entre si (Fig. 12 I). Pappus branco, unisseriado de 1,82,2 mm de comprimento; com 21-27 cerdas.
Distribuição & Hábitat: Ocorre no estado de Minas Gerais (Serra do Cabral). Habita regiões
ripárias. Floresce em junho.
Etimologia: Em relação às cerdas engrossadas do pappus.
Comentários: Distingue-se de Baccharis myriciifolia DC., principalmente pelas folhas de 1-2
mm de largura, bem como pelo pappus com cerdas mais espessas.
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Joaquim Felício, Serra do Cabral, subarbusto
50 cm, capítulo alvascento, margem do córrego encachoeirado, campo cerrado, planta ♂,
10.IV.2004, G. Hatschbach, M. Hatschbach & O. S. Ribas 77.699 (MBM).
4.4.16.2 Baccharis myriciifolia DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 405, 1836.
Typus: BRASIL, São Paulo, s. leg. 484 (Holotypus G-DC n.v., Foto digitalizada do holótipo
G-DC!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 99, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 999,
est. 235, 2002).
172
Figura 12 – Baccharis crassipappa, sp. nov., ined.. A) ramo masculino. B) folhas. C) capítulo feminino. D) flor
feminina. E) brácteas femininas. F) aquênio. G) capítulo masculino. H) flor masculina. I) ápice das ramas do
stigma masculino (A, B, G-I, Hatschbach & al. 77.699 paratypus MBM. C-F, Hatschbach & al. 77.696
holotypus MBM).
173
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Habita
campos úmidos e regiões ripárias.
Etimologia: Em relação às folhas da espécie que lembram as do gênero Myrica L.
(Myricaceae).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Campina Grande do Sul, capoeira, arbusto 2 m,
26.V.1959, G. Hatschbach 5.910 (HBR) Jaguariaíva, Rio das Mortes, beira do rio, arbusto 1
m, 850 m.s.m., 18.XII.1965, Reitz et al. 17.932 (FLOR HBR); Barra do Rio das Mortes, Rio
Jaguariaíva, 810 m.s.m., L. B. Smith et al. 14.754 (HBR); Arapoti, campo, stream bank and
gallery forest, 850-1.000 m.s.m., 17.I.1965, L. B. Smith et al. 14.686 (HBR); Córrego 3
Bocas, margem do córrego, arbusto 1 m, 10.I.1973, G. Hatschbach 31.104 (CTES MBM).
Lapa, Rio Passa Dois, proximidades do rio, subarbusto 1 m, 900 m.s.m., 5.X.1958, G.
Hatschbach 5.062 (HBR). Palmeira, rio Tibagi, subarbusto de 50 cm, capítulos alvescentes,
zonas de campo, margens do rio, 5.IV.1988, J. P. Cordeiro 529 et al. (MBM); Córrego das
Antas, subarbusto 70 cm, 2.II.1975, T. M. Pedersen 10.941 (CTES); Witmarsum, córrego,
12.XI.1963, R. M. Klein 4.597 (HBR RB); Recanto dos Papagaios, beira de rio, subarbusto,
18.IX.1989, L. T. Dombrowski 13.971 (MBM). Ponta Grossa, proximidades Rio Tibagi,
subarbusto, 1.000 m.s.m., 16.XI.1977, L. R. Landrum 2.515 (MBM). Sengés, Rio Funil,
margem do rio, subarbusto 70 cm, 27.V.1977, G. Hatschbach 39.950 (MBM). Tibagi,
Guartelá, beira do rio, flores creme, 23.XII.1992, A. C. Cervi 3.981 (FLOR). Santa Catarina,
Campo Alegre, base do Morro Iquererim, 900-1.000, 9.XII.1956, L. B. Smith et al. 8.490
(HBR RB).
4.4.17 Seção Nitidae Cuatrecasas
J. Cuatrecasas, Revista Acad. Colomb. Ci. Exact. 13, p. 70, 1967.
Typus: Molina nitida (Ruiz & Pav.) Pers.
Plantas dióicas, arbustivas, pubérulas ou tomentosas. Folhas pecioladas, oblongas, obovadoelípticas, oblanceoladas ou lanceoladas, peninérvias. Indumento constituído de tricomas
unisseriados flageliformes, filiformes e com célula terminal ramificada. Capítulescências
pedunculadas, dispostas em ramos corimbiformes simples terminais (Fig. 3 E) ou na axila das
folhas superiores (Fig. 4 B). Capítulos femininos campanulados, multifloros (20-60 flores);
receptáculo desprovido de páleas; flores femininas com corola tubuloso-filiforme ou
174
filiforme, de ápice denteado ou denticulado; pappus das flores femininas, bisseriado,
acrescente e caduco; aquênios 10-costados, glabros, de epiderme estriada. Capítulos
masculinos campanulados, multifloros (15-40 flores); flores masculinas de corola tubulosa, 5lobada; rudimento estigmático com ramas breves, aderidas entre si (Fig. 5 A); pappus das
flores masculinas, com cerdas espessadas no ápice.
Comentários: A seção Nitidae apresenta afinidade com a seção Myricifoliae; da qual se
distingue pela espessura do pappus das flores femininas com cerdas estreitamente filiformes e
caducas (versus pappus das flores femininas com cerdas engrossadas e persistentes), pela
corola das flores femininas tubuloso-filiforme a filiforme, com estigma longo exserto (versus
corola tubulosa, com estigma de igual comprimento ou apenas sobressaindo ao tubo da
corola).
Observação: Giuliano (2005) segregou Nitidae em três séries: Hirsutae, Lanuginosae e
Nitidae; em seu estudo, o autor considerou o tipo de indumento e o arranjo da capitulescência
como estruturas anatômicas relevantes para essa separação. No presente trabalho, prefere-se
manter apenas as duas últimas séries como independentes.
4.4.17.1 Série Lanuginosae Giuliano
D. A. Giuliano, Novon v. 15, n. 4, p. 540, 2005.
Typus: Baccharis calvescens DC., Prodr. 5, p 413, 1836.
Plantas lanosas ao menos na face abaxial. Indumento em tufos; constituído de tricomas
unisseriados flageliformes e com a célula terminal curta e ramificada, normalmente
associados a tricomas bisseriados e glandulares; folhas concolores ou discolores.
Distribuição geográfica: Com 3 espécies do leste do Paraguai, Nordeste da Argentina,
Uruguai, sul, sudeste e centro-oeste do Brasil. Ocorrem em vegetação campestre e orla de
matas e capões.
4.4.17.1.1 Baccharis calvescens DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 413, 1882.
Typus: BRASIL, Minas Gerais (Mariana) e Bahia, Vauthier 332 (Lectotypus [designado por
Barroso, 1976: G-DC n.v. Foto digitalizada do lectótipo G-DC!).
175
= Baccharis oleifolia Gardner, Lond. J. Bot. 7, p. 86, 1848. Typus: BRASIL, Minas Gerais,
Diamantina, Cachoeira do Campo, Mariana, Serra do Ouro Preto, Caldas, VII.1840, Gardner
4.901 (Holotypus K n.v. Foto digitalizada do holótipo K! Isotypi R! NY n.v. Foto digitalizada
do isótipo NY! US n.v. Foto digitalizada do isótipo US! P n.v. Foto digitalizada do isótipo
P!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 119, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 864,
est. 194a, 2002).
Distribuição & Hábitat: De ampla distribuição nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Habita capoeiras e matas de
altitude.
Etimologia: Alude aos tricomas caducos, que revestem as folhas.
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais Blanchet 1972 et 1973 (foto digitalizada GDC) Paraná, Lago, in campo, 9.III.1904, P. Dusén 4.229 (R). Quatro Barras, Morro Sete,
3.IV.1992, A. C. Cervi 3.641 (FLOR); Capão de Imbuia, orla da mata de araucária, arvoreta,
s.d., L. T. Dombrowski 5.261 (RB MBM). São Jerônimo da Serra, capoeira, arbusto 3 m,
25.I.1962, R. Reitz et al. 12039 (HBR). Tibagi, saída p. Ortiqueira, capoeira, arbusto 2 m,
10.IV.1959, G. Hatschbach 5.650 (HBR). Santa Catarina, Florianópolis, Saco Grande,
capoeira, arbusto 3 m, 20.IV.1967, R. M. Klein et al. 7.377 (FLOR HBR); Sertão de Dentro,
Ribeirão, capoeira, arbusto, 21.V.1968, R. M. Klein et al. 7.706 (FLOR HBR). Governador
Celso Ramos, Jordão, capoeira, arbusto 3 m, 19.V.1971, Klein et al. 9.439 (FLOR HBR RB).
Palhoça, Morro Cambirela, capoeira, arbusto, 14.IV.1971, Klein et al. 9.358 (FLOR HBR).
Rancho Queimado, na mata, arbusto 2 m, 29.III.1996, J. R. Mattos 32.362 (FLOR); Serra da
Boa Vista, capoeira, , arbusto, 1.000 m s.m., 13.IV.1961, R. Reitz et al. 10.982 (HBR). Santo
Amaro da Imperatriz, Pilões, capoeira 200 m s.m., 4.V.1956, R. Reitz et al. 3.224 (HBR RB
HAS); Hotel Plaza Caldas Imperatriz, 3.VIII.1990, M. H. de Queiroz s.n (FLOR). São João
Batista, 13.VI.1991, M. H. de Queiroz s. n. (FLOR). São Pedro de Alcântara, Pingo de
Ouro, arbusto, 22.V.1991, M. H. de Queiroz s.n. (FLOR); capoeira, arbustivo 3 m, flor
branca, 14.V.1990, M. H. de Queiroz s.n. (FLOR). Sombrio, Guarapuvu, Vista Alegre,
176
capoeira arbusto 2 m, 14.V.1960, Reitz et al. 9.684 (FLOR HBR RB). Urubici, Serra do
Corvo Branco, beira da estrada, 11.IV.2006, L. P. Deble & Oliveira-Deble (MBM).
4.4.17.1.2 Baccharis elaeagnoides Steud. ex Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 53, 1882; Baccharis semiserrata var. elaeagnoides
(Steud. ex Baker) G. M. Barroso, Rodriguésia, v. 28, n. 40, p. 118, 1976 [sem basiônimo
referido]. Bacharis semisserata (Steud. ex Baker) Govaerts, World Checklist, Seed Plants, v.
2, n. 1-2, p. 9, 1996.
Typus: BRASIL, próximo a São Paulo, Serra Estrela, Lund & Riedel 1835 (Syntypus NY n.v.
foto digitalizada do sintipo NY!).
Referência: D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 30,
2000).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas Parte I, p. 870 est.
195 e p.867 est. 194, 2002 [s. nom. B. semiserrata var. semiserrata]); S. E. Freire et al.
(Darwiniana v. 2, n. 44, p. 384, fig. 2 i-k, 2006).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina), Uruguai e Argentina.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Campina Grande do Sul, campininha, capoeira,
26.V.1959, G. Hatschbach 5.907 (HBR). Curitiba, Capão de Imbuia, s.d., Dombrowsky 359
(RB); Barigui, IX.1955, H. Moreira Filho, 25 (HBR). Piraí do Sul, Faz. Queiroz, campo,
6.VI.1959, G. Hatschbach 5.971 (HBR). Rio Branco do Sul, 22.VIII.1961, R. M. Klein 2.468
(HBR). Rio Grande do Sul, Caxias do Sul, Kappesberg, 11.IX.1949, B. Rambo 43.375
(CTES). Fontoura Xavier, 16.X.1980, U. Pastore 4a (FLOR HBR). Montenegro, L.
Campestre, arbustum in dumeto, 25.X.1950, A. Senhem 4976 (CTES). São Francisco de
Paula, Serra do Pinto, árvore de 5 m, 13.XI.1972, J. C. Lindeman et al. (CTES – ICN);
Morrinhos in dumetosis secundaris, arbusto 4 m, 7.II.1952, B. Rambo 52.134 (HBR). São
José dos Ausentes, Serra da Rocinha, 6.XI.2004, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n.
(MBM). Santa Catarina, Blumenau, fazenda Faxinal, beira capoeirão, arbusto 1,5 m, 500 m
s.m., 14.XI.1986, D. Falkenberg 3.925 (FLOR); morro Spitzkopf, 21.VIII.1959, R. Reitz
8.987 (HBR HAS RB). Bom Retiro, perto da cidade, 950 m s.m., arbusto de 2 m, 27.X.1957,
177
R. Reitz et al. 5.532 (HBR); Campo dos Padres, 1.400-1.500 m s.m., L. B. Smith et al. 7.648
(HBR RB). Brusque, capoeira, 22.VIII.1947, R. Reitz 1.815 (HBR); Mata de Hoffmann,
capoeira, 28.IX.1950, R. M. Klein 339 (HBR). Caçador, Rio Castelhanos, capoeira 3 m,
4.X.1961, R. Reitz et al. 13.806 (HBR). Garuva, Três Barras, capoeira, 21.I.1958, R. Reitz et
al. 6.246 (HBR). Governador Celso Ramos, Jordão, capoeira, arbusto de 3 m, 17.XII.1971,
A. Bresolin 475 (FLOR HBR). Ibirama, Horto Florestal, 2.XI.1953, R. Reitz et al. 1.117
(HBR HAS RB). Imaruí, Alto Rio D’Uma, capoeira, arvoreta 5 m, 18.X.1973, A. Bresolin
901 (FLOR HBR). Itajaí, Cunhas, 19.IX.1955, R. M. Klein 1.605 (HBR RB). Jacinto
Machado, Sanga Areia, IX.1950, R. Reitz et al. 9.017 (HBR RB). Lages, Alto da Serra,
capoeira, arbusto 3 m, 13.IX.1962, R. M. Klein 2.923 (HBR). Lauro Muller, Vargem Grande
III.1959, R. Reitz et al. 8.696 (HBR RB). Mondaí, Pinheiral, 23.II.1957, L. B. Smith et al.
11.718 (HBR RB). Papanduva, Serra do Espigão, 1.000 m s.m., capoeira, arbusto 2 m,
flores creme, 24.X.1962, R. Reitz et al. 13.414 (FLOR). Paulo Lopes, Bom Retiro, capoeirão,
arvoreta de 4 m, 17.X.1973, A. Bresolin 891 (HBR FLOR). Rancho Queimado, Serra da Boa
Vista, campo 1.200 m s.m., 24.X.1957, R. Reitz et al. 5.366 (HBR). Rio do Sul, Serra do
Matador, capoeira, 1.VIII.1958, R. Reitz et al. 6.847 (HBR). Santo Amaro da Imperatriz,
4.VI.1991, M. H. de Queiroz (FLOR); Hotel Plaza, Caldas da Imperatriz, formação arbustiva
3 m, 26.X.1990, M. H. de Queiroz, 309 (FLOR). Sombrio, Pirão Frio, orla da mata,
5.IX.1959, R. Reitz et al. 9.074 (HBR RB HAS).
4.4.17.1.3 Baccharis semisserata DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 404 1836.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Serra dos Órgãos, Vauthier 338 (Holotypus G-DC n.v. Foto
digitalizada do holotipo G-DC!).
Referência: D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 60,
2000).
Iconografia: S. E. Freire et al. (Darwiniana v. 2, n. 44, p. 384, fig. 3 j-i, 2006); R. P.
Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 70, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. Habita regiões campestres e capoeiras.
178
Etimologia: Refere-se ao bordo das folhas, serrado na metade superior.
Observações: A estampa n. 194, p. 867 da “Flora Catarinense” (Barroso & Bueno, 2002)
corresponde a Baccharis elaeagnoides Steud. ex Baker.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Bocaiúva do Sul, Pessegueiro, capoeira, 1.000 m
s.m., 23.VIII.1961, R. M. Klein 2.478 (HBR). Curitiba, in small wood on W slope, shrub of
3 m, 21.IX.1966, J. C. Lindeman et al. 2.499 (HBR). Guaraqueçaba, Morro do Costão,
arvoreta de 3 m, flores amarelas, 9.VIII.1983, S. F. Athayde 35 et al. (FLOR). Rio Grande
do Sul, Agudo, Morro do Agudo, arbusto 1,5 m, roça abandonada, 27.IX.1985, D.
Falkenberg 3.368 (FLOR). Caxias do Sul, Faz. Souza, beira da estrada, 31.VI.1984, Valéria
Dal Ponte et al. s. n. (CTES 118.551). Fontoura Xavier, freqüente na vegetação secundária,
16.X.1980, U. Pastore 3-A (FLOR HBR). Osório, Aguapé, arbusto 2m, beira de mata,
capítulos brancos, flores femininas, IX.1985, M. Sobral et al. 4.138 (FLOR). Palmeira das
Missões, 6.X.1975, K. Hagelund 9.873 (CTES). Piratini, beira da estrada, arbusto 2 m,
11.X.1972, J. C Lindeman et al.(CTES 42.898). Santa Maria, 29.IX.1976, K. Hagelund
10.461 (CTES); próximo à cidade, 8.XI.1947, W. Rau 2.148 (HBR); Perau, X.2003, L. P.
Deble & An. S. de Oliveira-Deble 2.002 (MBM). Santa Catarina, Bom Retiro, perto da
cidade, capoeira, 950 m s.m., arbusto de 2 m, R. Reitz et al. 5.532 (HBR). Porto União, São
Miguel, capoeira, arbusto 80 cm, 16.IX.1962, R. M. Klein 3.084 (HBR). Caçador, Rio
Castelhanos, capoeira, arbusto de 3 m, 29.X.1962, R. Reitz et al. 13.803 (HBR). Campos
Novos, Tupitinga, Caxambu, 700 m s.m., 29.X.1963, R. M. Klein 4.224 (HBR RB).
4.4.17.2 Série Nitidae (Cuatrecasas) Giuliano
D. A. Giuliano, Novon v. 15, n. 4, p. 540, 2005. Basiônimo: Baccharis sect. Nitidae
Cuatrecasas, Revista Acad. Colomb. Ci. Exact. 13, n. 49, p. 70, 1967.
Typus: Molina nitida Ruiz & Pavón. Syst. Veg.: 204, 1798 (= Baccharis nitida (Ruiz &
Pavón) Pers.).
= Série Hirsutae Giuliano; D. A. Giuliano, Novon v. 15, n. 4, p. 540, 2005. Typus: Baccharis
urvilleana Baker in Martius. Fl. Bras. 6, III, p. 61, 1882.
Plantas hirsutas a glabrescentes, folhas concolores. Indumento em tufos; constituído de
tricomas unisseriados flageliformes e tricomas unisseriados com célula terminal ramificada,
normalmente associados a tricomas bisseriados e glandulares.
179
Distribuição geográfica: Com cerca de 6 espécies dos Andes das Guianas até a Bolívia,
Brasil, nordeste da Argentina, Uruguai e Paraguai. Ocorrem em regiões campestres e orla de
matas de altitude.
4.4.17.2.1 Baccharis dentata (Vell.) G. M. Barroso
G. M. Barroso, Rodriguésia, v. 28, n. 40, p. 96, 1976. Bas.: Chrysocoma dentata Vellozo, Fl.
Flum.: 334, 1829.
Typus: material original desconhecido (Lectotypus [designado por Barroso, 1976]: táb. 47, Fl.
Flum. Icones VIII, 1831-1827).
= Chrysocoma maritima Vell., Fl. Flum. p. 334, 1829. Typus: material original desconhecido
(Lectotypus [designado por Barroso, 1976]: táb. 22, Fl. Flum. Icones VIII, 1831 [1827];
= Baccharis macrodonta DC., Prodr. 5, p. 416, 1836; Typus: BRASIL, São Paulo, Sellow 485
(Holotypus B n.v. Foto F 33723! Isotypus R!);
= Baccharis fuchsiaefolia Gardner in Hooker, London J. Bot. 7, p. 88, 1848. Typus: BRASIL,
Minas Gerais, p. de Japinhacanga, Gardner 4917 (Holotypus K n.v. Isotypus NY n.v. Foto
digitalizada do isótipo NY!);
= Baccharis orgyalis DC., Prodr. p. 416, 1836. Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Serra dos
Órgãos, Lhotsky (Holotypus G-DC n.v. Isotypus B n.v. Foto F 37727!).
Referência: D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 28,
2000).
Iconografia: Vellozo (Fl. Flum. Tab. 47, (1827) 1831 [s. nom. Chrysocoma dentata]); G. M.
Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 1029, est. 244 e p. 966, est.
226, 2002 [s. nom. B. subdentata DC.]).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul), Argentina e Paraguai. Habita matas
nebulares e margens de rios.
Etimologia: Refere-se ao bordo denteado da folha.
Observações: Na “Flora Catarinense” a estampa n. 266, p. 966 corresponde a B. dentata
(Vell.) G. M. Barroso.
180
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Cristália, Rio Santa Clara, arbusto de 2 m,
capítulos femininos alvescentes, cerrado, margens arenosas úmidas do rio, 13.VI.1990, G. &
M. Hatschbach 54.254 (MBM). Paraná, Campina Grande do Sul, Taquari, capoeira,
arbusto 3 m, capítulos creme, 15.X.1996, J. Cordeiro, et al 1.331 (FLOR); estrada rio Taquari,
matinha ao longo do brejo, arbusto 18.X.1959, G. Hatschbach 6.384 (HBR). Colombo, Hotel
Betânia, Floresta ombrófila mista, arbusto de 1 m, 1.IV.2005, P. R. de Andrade s.n. (MBM
297.642). Catanduvas, ruderal, 700-800 m s.m., 12.X.1964, L. B. Smith et al. 12.426
(FLOR). Curitiba, Barigui, interior da mata, arbusto de 2,5 m, 17.IX.1958, R. B. Lange 1.194
(HBR). Rio de Janeiro, Petrópolis, 14.I.1990, R. Esteves & V. Esteves 528 (R).
Teresópolis, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, 900 m s.m., IX.1953, J. Vidal II-6875
(R). Rio Grande do Sul, Camaquã, Pessegueiro, beira estrada, arbusto 2,5 m, flor
masculina, 12.X.1983, M. Sobral, 2.342 (FLOR). São Francisco de Paula, Itaimbezinho,
araucarieto, 18.XII.1950, B. Rambo s.n. (PACA 49.391). Santa Catarina, Caçador, Rio do
Bugre, clareira de imbuial, arbusto de 3 m, 800 m s.m., R. Reitz et al. 13.787 (HBR). Campo
Alegre, lower slops of Morro Iquererim, pinheiral, 1.100-1.300 m s.m., 08.XI.1956, L. B.
Smith et al. 7.372 (HBR). Canoinhas, Rio dos Poços, orla de pinhal, arbusto 2 m, flor creme,
750 m s.m., 26.X.1962, Reitz et al. 13.601 (FLOR HBR). Catanduvas, east of Catanduvas,
ruderal, 700-800 m s.m., 12.X.1964, L. B. Smith et al. 12.426 (HBR). Lauro Muller, Pinhal
da Companhia, arbusto de 2 m, 25.X.1958, R. Reitz et al. 7.549 (HBR). Palhoça, Morro do
Cambirela, topo do morro, arbusto de 2 m, 800 m s.m., 22.IX.1971, R. M. Klein et al. 9.729
(FLOR HBR). Papanduva, Serra do Espigão, beira de rio, arbusto 3 m, flor branca,
24.X.1962, Reitz et al. 13.428 (HBR FLOR). Porto União, perto da cidade, arbusto 4 m,
26.X.1962, R. Reitz et al. 13.636 (HBR). Rio dos Patos, Lebon Regis, pinheiral, arbusto 2 m,
29.X.1962, R. Reitz et al. 13.874 (HBR); R. Reitz et al. 13.871 (HBR). Rio do Sul, Serra do
Matador, capoeira, arbusto de 2 m, 11.IX.1958, R. Reitz et al. 7.081 (HBR); arbusto 3 m,
12.IX.1958, R. Reitz et al. 7.137 (HBR) . Santo Amaro da Imperatriz, Pilões, mata, arbusto
de 2m, 27.IX.1956, R. Reitz et al. 3.769 (HBR); arbusto 3 m, 28.IX.1956, R. Reitz et al.
3.779 (HBR). Timbé do Sul, Serra da Rocinha, matinha nebular, arbusto 1 m, 800 m s.m., G.
Hatschbach et al. 78.252 (MBM).
4.4.17.2.2 Baccharis longiattenuata An. S. de Oliveira “longoattenuata”
A. S. de Oliveira, Balduinia 9, p. 6, 2006.
181
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Caçapava do Sul, Guaritas, árvore, cerca de 10-12
metros de altura, na mata, 23.XII.2003, A. S. de Oliveira & L. P. Deble s.n. (Holotypus
MBM! Isotypi CTES! SI!).
Referência: A. S. de Oliveira & L. P. Deble (Balduinia n. 9, p. 5-9, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & L. P. Deble (op. cit. p. 8, fig. 2 a-g, 2006); G. M. Barroso &
O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 904, est. 206 [s. nom. B. mesoneura] e
p. 936, est. 216, 2002 [s. nom. B. pseudomyriocephala]).
Distribuição & Hábitat: Baccharis longiattenuata A. S. de Oliveira ocorre em solos
arenosos, na orla de florestas subtropicais, no leste e nordeste do Rio Grande do Sul e em
restingas do sudeste de Santa Catarina.
Etimologia: Do latim longus (= comprido) e attenuatus (= fino, reduzido), uma alusão às
folhas, que apresentam base longamente atenuada em pseudopecíolo.
Comentários: Baccharis longiattenuata A. S. de Oliveira, demonstra relação com B.
urvilleana Brongm., da qual difere pelas folhas obovadas, obtusas a rotundas no ápice (versus
elípticas ou lanceoladas, agudas no ápice), de base longo-atenuada (versus atenuada), bem
como pelos capítulos femininos com 20-25 flores (versus 50-60 flores). De B. papillosa,
difere pela forma das folhas e capitulescência.
Observação: Baccharis longiattenuata An. S. de Oliveira é freqüentemente determinado
como B. mesoneura DC., B. lateralis Baker ou B. pseudomyriocephala Malag. A primeira
espécie apresenta hábito subarbustivo, folhas trinervadas, capitulescência em panículas
terminais, bem como capítulos femininos de 3-4 mm de comprimento. B. lateralis é um
subarbusto, com capítulos na axila das folhas superiores, sendo os femininos cilíndricos, de
pappus não acrescente, e com apenas 2-4 flores. B. pseudomyriocephala, é um arbusto de
folhas trinervadas, com capitulescência disposta em corimbos terminais e capítulos femininos
cilíndricos, de pappus não acrescente.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Arroio do Sal, balneário Rondinha
Velha, arvoreta com mais ou menos 4 m de altura em beira de mata, solo arenoso,
182
21.IV.1990, M. G. Rossoni 43 (RB). Osório, Morro Grande, in silvula arenosa, 10.I.1952, B.
Rambo s.n. (PACA 51.781); beira de mata atlântica, II.1989, M. Sobral et al. 6078 (CTES
ICN). Palmares do Sul, Lagoa da Porteira, em borda de mata de restinga, 18.XII.2002, J.
Mauhs s.n. (PACA 87.069). Porto Alegre, Morro Teresópolis, topo do morro, próximo à
mata, arbusto 2,5 m, 29.I.1980, O. Bueno 2.150 (RB HAS). Torres, região de mata atlântica
(mata ombrófila densa), arbusto de 1,5–2 m, em beira de estrada, capítulos creme, flores
masculinas, III.2000, M. Sobral et al. 8.932 (ICN); 11.I.1977, K. Hagelund 10.851 (CTES).
Santa Catarina, Florianópolis, Canasvieiras, campo úmido, 6.X.1964, R. M. Klein et al.
5.909 (HBR); Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, baixada seca entre dunas
na restinga, 29.XI.2004, T. B. Guimarães et al. 1.021 (FLOR); próximo ao estacionamento
Joaquina, arbusto 1,8 m, T. B. Guimarães et al. 774 (FLOR); Dunas Moçambique, arbusto 1,5
m, 24.X.1991, M. H. de Queiroz 585 (FLOR); Garopaba, Siriú, dunas, arbusto 3 m,
19.XII.1970, Bresolin 61 et al. (FLOR HBR RB); Siriú, dunas, 19.XII.1970, A. Bresolin et al.
61 (R HBR); Pontal da Daniela, restinga, arbusto 3 m, s.d., M. L. Souza et al. s.n. (FLOR);
Praia dos Ingleses, dunas de encosta, arbusto de 3 m, 15.XI.1971, A. Bresolin 402 e 403
(HBR FLOR); Pântano do Sul, restinga, 2 m, flores amareladas, 7.XI.1991, M. H. de Queiroz
591 (FLOR); Lagoinha do Leste, restinga, capoeira, arbusto 3 m., 19.XII.1970, R. M. Klein
9.190 et al. (HBR RB FLOR); restinga, arbusto 1 m, 20.X.1965, R. M. Klein et al. 6.308
(FLOR HBR). Sombrio, p. Araranguá, árvore no campo, flor branca, 30.XII.1945, R. Reitz
1.805 (ICN); perto da cidade, campo, flores brancas, árvore 15 m, 30.XII.1945, R. Reitz
c1.375 (HBR RB HAS CTES); Praia da Lagoa, 1945, R. Reitz c1.287 (HBR). Ubatuba, beira
da praia, 27.XII.1949, D. Hans 310 (R).
4.4.17.2.3 Baccharis malmei Müller
J. Müller, Ann. Bot. Fennici,v. 43, p. 471-474, 2006.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Serra do Tinguá, Glaziou 8.776 (Holotypus BR n.v.
Isotypus BR n.v. G n.v. S n.v.).
Referência: J. Müller (Ann. Bot. Fennici v. 43, p. 471-474, 2006).
Iconografia: J. Müller (op. cit p. 473, fig. 1 a-n, 2006); G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust.
Catarinense, Compostas, Parte 1, p. 1035, est. 246, 2002 [s. nom. B. cassinifolia DC.]).
183
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Habita matas em zonas litorâneas.
Etimologia: Em homenagem ao botânico sueco Gustav Oskar Andersson Malme (18641937).
Observações: Baccharis malmei Müller foi determinada por vários botânicos como B.
cassiniifolia DC.; através da análise do tipo da espécie de De Candolle, constatou-se que a
mesma é coespecífica de B. singularis (Vell.) G. M. Barroso.
Material estudado: BRASIL – Bahia, Rui Barbosa, planta terrestre arbustiva, 2 m, 1,5
copa, 30 cm diâmetro fuste, lenhosa, savana arbustiva, 975 m s.m., 16.X.1978, E. Faria (RB
193.318). Paraná, Curitiba, Morretes, Serra do Mar, arbusto de 2 m, 30.III.1967, L B. Smith
16.226 (RB). Piraquara, Morro Anhangava, 1.350 m s.m., 8.IV.1951, G. Hatschbach 2.209
(MBM). Quatro Barras, Morro Sete, arbusto 1 m, capítulos alvescentes, matinha nebular,
15.VI.1989, O. S. Ribas et al. 129 (FLOR); Morro mãe Catira , 1.100 m s.m., 30.III.1967, G.
Hatschbach 16.226 (MBM). Santa Catarina, Campo Alegre, mata, arbusto 2 m, 24.III.1961,
R. Reitz et al. 10.932 (HBR RB). Garuva, Monte Crista, matinha, arbusto 3 m, 950 m s.m.,
23.III.1961, Reitz et al. 10.904 (FLOR HBR). Rancho Queimado, Serra da Boa Vista, 1.000
m s.m., 11.VIII.1960, R. Reitz et al. 9.708 (HBR RB).
4.4.17.2.4 Baccharis rivularis Gardner
G. Gardner, London J. Bot. 7, p. 83, 1848.
Typus: BRASIL, Goiás, Gardner 3838 (Holotypus K n.v. Isotypi US n.v. Foto digitalizada
do isótipo US! Ny n.v. Foto digitalizada do Isótipo NY! Foto F 15054!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 125, 1976).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 91, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro) e
Paraguai. Habita campos úmidos, córregos e beira de rios.
Etimologia: Refere-se ao local de coleta da espécie-tipo, as margens de rios.
184
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Serra do Espinhaço, 950 m.s.m, 13.I.1968,
Irwin 23.323 (RB); Turvo, arbusto do campo sujo, 24.IV.1926, Hoehne et al. 17.505 (SP).
4.4.17.2.5 Baccharis singularis (Vell.) G. M. Barroso
G. M. Barroso, Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 96, 1976. Bas.: Chrysocoma singularis Vellozo,
Fl. Flum. 325, 1829.
Typus: material original desconhecido (Lectotypus [designado por Barroso, 1976]: táb. 7, Fl.
Flum. Icones VIII, 1831 [1827]; in Arch. Mus. Nac. Rio de Janeiro 5, p. 305, 1881.
= Chrysocoma purpurea Vellozo, Fl. Flum. 334, 1829; Typus: material original desconhecido
(Lectotypus [designado por Barroso, 1976]: táb. 45, icones VIII, Fl. Flum., 1831 [1827]);
= Baccharis senicula Martius, Bot. Z, 1838, Beibl. 2, p. 61, 1838; Typus: BRASIL, Bahia,
Ilhéus, Martius 6671 (Holotypus B n.v. Foto F 15065. Isotypus NY n.v. Foto digitalizada do
Isótipo NY!);
= Baccharis daphnoides Hook. et Arn., J. Bot. 3, p. 34-35, 1841; Typus: URUGUAI, Baird
s.n.;
= Baccharis cassiniifolia DC. “cassinaefolia”, Prodr. 5, p. 412, 1836; Typus: BRASIL, Rio de
Janeiro, Lund 128 (Lectotypus designado por J. Muller, G-DC n.v. Foto digitalizada do
lectotipo G-DC!);
= Baccharis cassinoides DC., Prodr. 5, p. 412, 1836. Typus: BRASIL, São Paulo, Sellow s.n
HIB 477 (Holotypus P n.v. Isotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do isótipo G-DC!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 96, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte 1, p. 906,
est. 207a, 2002).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (desde a Bahia até o Rio Grande do Sul) e no Uruguai.
Habita a restinga litorânea.
Etimologia: Referência às características individuais da espécie.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Guaratuba, Serra de Araçatuba, arbusto de 3 m,
flores alvescentes, restinga, 12.II.1980, P. I. Oliveira 222 (MBM). Matinhos, Caiobá, Morro
do Boi, encosta graminosa, arbusto de 2,5 m, 11.IV.1974, R. Kummrow 548 (CTES MBM).
185
Morretes, 6.IV.1904, P. Dusén 4.349 (R). Paranaguá, Ilha do Mel, Morro das
Desencantadas, restinga, arbusto de 2,5 m, 28.II.1980, R. Kummrow 1.355 (CTES MBM);
Balneário Ipanema, restinga arbustiva, arbusto 1,60 m, 22.II.1993, J. Cordeiro 1.002 (MBM).
Rio Grande do Sul, Pelotas, IAS, 31.III.1955, J. C. Sacco 365 (HBR); 14.III.1955, J. C.
Sacco 293 (R HBR). Rondinha, na praia, em mata sobre duna, N. Silveira 8.829, 21.III.1991
(HAS 56.290). Santa Catarina, Araquari, Barra do Sul, restinga, arbusto lianoso,
8.IV.1953, R. Reitz et al. 501 (HBR PACA RB). Florianópolis, rio Tavares, restinga, arbusto
de 2 m, 11.III.1953, R. Reitz et al. 318 (HBR PACA RB); Parque Municipal das Dunas da
Lagoa da Conceição, próximo as dunas fixas do Rio Tavares, arbusto 1,4 m, corola creme
esverdeada, 16.II.2005, T. B. Guimarães et al. 913 (FLOR). Garuva, Monte Crista, matinha,
arbusto 3 m, 23.III.1961, R. Reitz et al. 10.904 (HBR); Três Barras, capoeira, arbusto de 1,5
m, 23.III.1958, R. Reitz et al. 6.607 (HBR RB). Governador Celso Ramos, vargem do
Macário, orla mata de várzea, escandente 10 m, flor creme, 20.III.1972, A. Bresolin 518
(FLOR HBR RB). Itajaí, Morro da Fazenda, capoeira, 28.IV.1954, R. Reitz et al. 1.803 (RB
PACA HAS HBR). Joinville, Palácio Episcopal, capoeira, arbusto de 2 m, 27.III.1958, R.
Reitz et al. 6.625 (HBR RB HAS). Palhoça, Morro Cambirela, capoeira, arbusto 2 m, flor
creme, 100 m s.m., 25.IV.1972, R. M. Klein 10.160 (HBR RB FLOR). Penha, estrada para
praia vermelha, 23.VI.1985, D. Falkenberg 2.509 (FLOR). Rancho Queimado, Serra da Boa
Vista, mata, arbusto 2 m, 11.VIII.1960, R. Reitz et al. 9.708 (HBR). Santo Amaro da
Imperatriz, Pilões, capoeira, arbusto de 3 m, 4.V.1956, R. Reitz et al. 3.174 (RB HBR HAS).
São Francisco do Sul, perto da cidade, capoeira, arbusto 1,5 m, 9.III.1951, R. M. Klein 1.972
(HBR); capoeira, arbusto 2 m, 9.III.1951, R. M. Klein 332 (HBR RB PACA HAS). São
Paulo, Guarujá, 23.IV.1975, T. E. Pedersen 11.193 (CTES).
4.4.17.2.6 Baccharis urvilleana Brongm.
A. T. Brongmart, Bot. Voy Coq., t. 61, 1831.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, D’Urville s.n. (Holotypus P n.v.).
= Baccharis muelleri Baker, in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 61, 1882. Typus: BRASIL, Santa
Catarina, Barra do Itajaí, F. Mueller 355 (Holotypus [designado por Barroso, 1976]: K n.v.
Foto digitalizada do lectótipo K!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 99, 1976).
186
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 234, foto 7, 1976 [sob. nom. B. muelleri]); G. M.
Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 900, est. 205, 2002).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita
restingas e campos úmidos.
Etimologia: Homenagem ao naturalista Jules Sébastian César Dumont D’Urville (17901842).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Terra de Areia, vassoural, 12.I.1989,
P. Neves s.n. (ICN 84.263). Torres, Parque de Torres, banhado e capões, 14.VII.1972, B.
Irgang et al. (ICN 28.290). Santa Catarina, Araranguá, Garuva, 11.X.1944, R. Reitz 758
(HBR RB). Blumenau, Faz. Faxinal, próx. Rio Garcia, beira de capoeirão, arbusto 2 m, 500
m s.m., 14.XI.1986, D. Falkenberg 3.880 (FLOR). Florianópolis, Cachoeira do Bom Jesus,
Ilha de Santa Catarina, lugares úmidos, 10m, fl. creme, 6.X.1964, R. M. Klein et al. 5.897
(HBR); Rio Tavares, banhado de restinga, arbusto 2 m, flor creme, 17.X.1969, R. M. Klein et
al. 8.401 (HBR FLOR). Garopaba, restinga, arvoreta 5 m, flor creme, 21.X.1970, R. M. Klein
et al. 8.856 (FLOR HBR RB). Palhoça, Campo do Maciambu, banhado, arbusto de 3 m,
5.XI.1953, R. Reitz et al. 1.216 (HBR). Porto Belo, Barro Branco, capoeira, arbusto de 3 m,
21.X.1975, R. M. Klein 11.225 (HBR): Perequê, capoeira do brejo, arbusto de 3 m,
28.IX.1979, R. M. Klein 11.883 (HBR). Santo Amaro da Imperatriz, Pilões, capoeira,
arbusto 3 m, flor branca, 200 m s.m., 28.IX.1956, R. Reitz et al. 4.011 (FLOR HBR). São
Francisco do Sul, Barra do Saí-Guaçu, restinga, 3.I.1954, R. Reitz et al. 1.462 (HBR).
Sombrio, Garuva, capoeira, arbusto 3 m, 1.X.1944, R. Reitz 758 (RB HAS HBR); banhado
de campo, arbusto de 3 m, 19.IX.1945, R. Reitz 1.895 (HBR RB HAS); in dumetosis,
19.IX.1945, B. Rambo 31.866 (PACA); 3 km L., capoeira, arbusto ramoso 2 m, 23.X.1980,
G. Hatschbach 43.228 (CTES MBM).
4.4.18 Seção Oblongifoliae DC. emend. Cuatrec
A. P. de Candolle, Prod. 5, p. 416, 1836.
J. Cuatrecasas, Revista Acad. Colomb. Ci. Exact. 13, p. 87, 1967.
Lectotypus: Molina oblongifolia Ruiz & Pav. [= Baccharis oblongifolia (Ruiz & Pav.) Pers.];
designado por J. Cuatrecasas (Revista Acad. Colomb. Ci. Exact. 13, p. 87, 1967).
187
= Seção Paniculatae Heering Subseção VI, Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. Beih. 21, p. 23,
1904.
Plantas dióicas, subarbustivas ou arbustivas, glabrescentes ou tomentosas. Folhas pecioladas,
peninérvias ou retinérvias. Indumento constituído de tricomas unisseriados flageliformes e
tricomas em pedestal, normalmente ferrugíneos. Capítulescências pedunculadas, dispostas em
panículas folhosas de ramos corimbiformes curtos ou alongados (Fig. 4 A). Capítulos
femininos campanulados, multifloros (10-30 flores); receptáculo plano, provido de páleas
caducas; flores femininas com corola tubuloso-filiforme de ápice denteado; pappus das flores
femininas, 1-2-series, acrescente e persistente; aquênios 5-costados, pubérulos, provido de
papilas e tricomas geminados. Capítulos masculinos campanulados, multifloros (25-45
flores); flores masculinas de corola tubulosa, 5-lobada; rudimento estigmático com ramas
curtas e breves, aderidas ou separadas (Fig. 7 A e C); pappus das flores masculinas com
cerdas onduladas, espessadas no ápice.
Comentários: O hábito, a forma das folhas e da capitulescência alude as encontradas na seção
Ferruginescentes. A seção Oblongifoliae, todavia, parece não demonstrar relação com
nenhum outro grupo dentro do gênero.
Distribuição geográfica: Cerca de 12 espécies distribuídas no Brasil, nordeste da Argentina e
nos Andes da Bolívia, Peru, Venezuela, Equador, Colômbia e Guianas. No Brasil está
representada por 9 espécies.
4.4.18.1 Baccharis coronata Giuliano
D. A. Giuliano, Novon 16, p. 490-491, 2006.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, município de Bom Retiro, Campo dos Padres 2.000,
16.XII.1948, R. Reitz 2.422 (Holotypus LP n.v., Isotypus HBR!).
Referência: D. A. Giuliano (Novon 16, p. 490-491, 2006).
Iconografia: D. A. Giuliano (op. cit. p. 491, fig. 1 a-g, 2006).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita regiões
de altitude.
188
Etimologia: Alude à capitulescência em corimbos axilares, coroados pelas folhas superiores.
Observações: Espécie recentemente descrita para o estado de Santa Catarina (Giuliano,
2006). Sua distribuição geográfica é estendida ao Rio Grande do Sul.
Material estudado: BRASIL, Rio Grande do Sul, São José dos Ausentes, cânion
Montenegro, 1.250 m s.m., 16.XI.2006, A. S. de Oliveira-Deble & L. P. Deble (MBM). Santa
Catarina, Bom Jardim da Serra, Serra do Oratório, Aparados da Serra, arbusto 1,5,
18.IX.1958, R. Reitz et al. 7.173 (HBR); Topo da Serra do Rio do Rastro, borda dos aparados,
arbusto 1,5 m, 1.400 m s.m., 12.X.1996, D. Falkenberg 8.488 (FLOR). Bom Retiro, Campo
dos Padres, arbusto 2 m, 16.XII.1948, R. Reitz 2.422 (HBR-Paratypus); campo, 17.XI.1956,
L. B. Smith et al. 7.720 (HBR). Guabiruba, Fazenda Renaux – Hering, 700 m s.m.,
capoeirão, árvore 7 m, flores brancas, 10.X.1985, M. Leonor Souza et al. 813 (FLOR).
Urubici, Morro da Igreja, beira mata nebular, arbusto 1,5 m, 1.750 m s.m., 9.X.1996, D.
Falkenberg 8.396 (FLOR).
4.4.18.2 Baccharis grandimucronata Malag.
R. P. Malagarriga-Heras, Contr. Inst. Geobiol. Canoas 8, p. 38, 1957.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Itatiaia, Hemmendorf 651 (Holotypus R!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia 76, n. 40, p. 72, 1976).
Distribuição & Hábitat: No sudeste do Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo).
Habita orla de matas de altitude.
Etimologia: Refere-se às folhas mucronadas; não obstante, a espécie (incluindo o exemplar
tipo) apresenta folhas de ápice apiculado.
Observações: Afim a B. oblongifolia (Ruiz & Pavón) Pers. e a B. nebulae Malag. & Hatschb.
ex A. S. de Oliveira, distingue-se pela inflorescência em curtos corimbos multicéfalos, no
ápice dos ramos.
Material estudado: BRASIL – Rio de Janeiro, Itatiaia, 8 km da estrada de acesso ao
Parque Nacional, partindo do município de Itamonte (Minas Gerais), arbusto com cerca de 4
189
m, corola alvascenta, 24.VI.2005, R. L. Esteves 2.163 (HB 10.489). Nova Friburgo, Pico da
Caledônea, alto da montanha, afloramentos rochosos, campo sujo com Eryngium, carrascos e
matas de altitude, 2.219 m s.m., arbusto de 3 m de alt., folhas discolores, verde-claras na face
abaxial, brácteas involurais verde-claras, flores brancas, ♂, 15.VI.2004, R. Mello-Silva 2.608
et al. (SPF).
4.4.18.3 Baccharis ligustrina DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 421, 1836; Pseudobaccharis ligustrina (DC.) Malagarriga,
Contr. Inst. Geobiol. Canoas 2, p. 35, 1952; Psila brachylaenoides DC. var. ligustrina (DC.)
Aristeguieta, Fl. Venezuela v. 10, n. 1, p. 317, 1964.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Vauthier 285 (Holotypus G-DC n.v., Foto digitalizada do
holótipo G-DC!).
= B. bupleurioides Gardner, Hooker Lond. Journ. 7, p. 86, 1848; Typus: BRASIL, Minas
Gerais “in marshy buschy places Diamond District”, VII.1840, Gardner 4915 (Holotypus US!
Isotypi R! NY n.v. Foto digitalizada do isótipo NY! Foto F 14952!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 73, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 231, foto 4, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre no estado de Minas Gerais. Habita campos de altitude.
Etimologia: Alude às folhas, que são semelhantes as do gênero de Ligustrum L. (Oleaceae).
Comentários: Afim a Baccharis grandimucronata Malag., distingue-se da mesma pelas
folhas de ápice obtuso e densas capitulescências.
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Buenópolis, Serra do Cabral, subida para
estrada Real, arbusto de 1,80 m, capítulos alvos, flores masculinas, campo cerrado, margem
do córrego, 900-1.100 m s.m., 24.VIII.2002, G. Hatschbach et al. 73.811 (MBM 272.479).
4.4.18.4 Baccharis nebulae Malag. & Hatsch. ex An. S. de Oliveira
A. S. de Oliveira, Balduinia n. 5, p. 11, 2005.
190
Typus: BRASIL, Paraná, Campina Grande do Sul, pico Caratuva, G. Hatschbach 17.311
(Lectotypus [aqui designado] MBM!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 5, p. 11-13, 2005).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 12, fig. 8 a-e, 2005).
Distribuição & Hábitat: Nos estados do Paraná e Santa Catarina, em matas nebulares e
encosta de morros, normalmente em altitude superior a 1.000 m s.m.
Etimologia: Relaciona-se a zona nebular, onde ocorre a espécie.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Campina Grande do Sul, serra Ibitiraquire, trilha
para o pico Paraná, arbusto 1,5 m, capítulo creme, matinha nebular, 1.850 m s.m., 5.X.1997,
J. M. Silva et al. 2.054 (MBM). Guaratuba, serra de Araçatuba, arbusto de 1,70 m, capítulos
creme, mata nebular, 1.300 m s.m., 9.XI.1994, C. B. Poliquesi 201 et al. (MBM); ibidem,
subarbusto 50 cm, capítulo creme, matinha nebular, 1.300 m s.m., 25.II.2000, J. M. Silva et
al. 3.260 (MBM). Piraquara, serra do Emboque, arbusto 1 m, capítulos creme, matinha
nebular, 1.200 m s.m., 3.XII.1970, G. Hatschbach 25.747 (MBM RB). Quatro Barras, morro
Mãe Catira, arbusto de 1 m, capítulos creme, matinha nebular, 1.300 m s.m., 31.X.1999, J. M.
Silva 662 et al. (MBM); ibidem, subarbusto 60 cm, flor creme, feminina, encosta do morro,
8.X.1985, R. Kummrow 2.631 et al. (MBM); ibidem, subarbusto de 1 m, capítulo creme,
mata nebular do cume e encosta do morro, 8.X.1985, R. Kummrow 2.622 et al. (MBM).
Santa Catarina, Campo Alegre, subida para a Serra Quiriri, arbusto 1,30 m de altura, flor
creme, campo de altitude, 1.500 m s.m., 28.XII.1999, J. Cordeiro et al. 1.700 (MBM); ibidem,
arbusto 1,70 m, capítulos alvacentos, matinha nebular, 1.000 m s.m., 19.XI.1992, J. Cordeiro
938 et al. (MBM).
4.4.18.5 Baccharis oblongifolia (Ruiz & Pavón) Pers.
C. H. Persoon, Syn. Pl. 2: 424, 1807. Bas.: Molina oblongifolia Ruiz & Pavón, Syst. Veg. Fl.
Peruv. Chil., 203, 1798.
Typus: PERU, in regni chilensis silvis, Ruiz & Pavon (Holotypus MA n.v.).
191
=Baccharis brachylaenoides DC., Prodr. 5, p. 421, 1836; Psila brachylaenoides (DC.)
Aristeguieta, Fl. Venezuela, v. 10, n. 1, p. 316. 1964. Typus: BRASIL, Rio de Janeiro,
Corcovado, leg. Lund. 609 (Holotypus G-DC n.v., foto digitalizada do holótipo G-DC!);
= Baccharis oblanceolata Rusby, Mem. Torr. Bot. Club, 6, p. 61, 1896; Typus: BOLÍVIA,
Mapiri, VII-VIII.1892, Bang 1.490 (Lectotypus [designado por Muller, 2006] NY n.v.
Isolectotypus CORD! US n.v. Foto digitalizada do Isoléctotipo US!);
= Baccharis roraimae Schomb., Fauna et Flora Guy., p. 1078. Typus: GUIANA, Pico
Roraima, XI.1842, Schomburg 982 (Holotypus B n.v. Foto F 15055!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 5, p. 8-10, 2005).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 9, fig. 1 a-f, 2005).
Distribuição & Hábitat: Apresenta ampla distribuição na América do Sul, ocorrendo desde a
Venezuela, Bolívia, Colômbia, Peru, Guianas, até e Argentina e o sul e sudeste do Brasil.
Habita orla de matas de altitude.
Etimologia: Referência à forma oblonga das folhas.
Comentários: Baccharis oblongifolia (Ruiz & Pavón) Pers., assemelha-se a B
grandimucronata Malag., diferindo pelas capitulescência terminal alongada, compondo
amplas panículas.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Balsa Nova, serra São Luis, arbusto de 1,70 m,
capítulos creme, matinha à beira da cuesta devoniana, G. Hatschbach 15.785, s.d. (MBM).
Bocaina do Sul, serra, arbusto 2 m, capítulos alvacentos, 13.V.2004, J. Cordeiro et a.
2.170(MBM). Campina Grande do Sul, Serra do Capivari Grande, arbusto de capítulos
creme, 1 m, orla da matinha nebular, 6.VIII.1961, G. Hatschbach 15.785 (MBM).
Guaratuba, Pedra Branca de Araraquara, arbusto de 1,5 m, capítulos creme, mata pluvial,
17.X.1964, em barrancos na beira do rio, s.leg. (MBM 75.457). Lapa, Serrinha, rio São
Vicente, erva 2 m, flores creme, borda da mata ciliar, 17.VI.1951, G. Hatschbach 2.283
(MBM, SI); ibidem, fazenda Santa Amélia, flores creme, arbusto de 1 m, crescendo no
paredão de arenito das margens do rio Iguaçu, 17.VI.1951, G Hatschbach (MBM 71.412).
Morretes, Marumbi, arbusto 3 m, capítulos alvescentes, encosta de morro, mata pluvial
192
baixa, 1.IX.1991, O. S. Ribas 371 et al. (MBM); ibidem, Serra do Mar, arvoreta, flores creme,
900 m s.m., 11.VIII.1989, A. C. Cervi, 2.780 (MBM); ibidem, Marumbi, trilha para o pico,
km 60 da ferrovia Curitiba-Paranaguá, 100 m, arbusto de flores brancas a beges, Floresta
Atlântica, 09.VIII.1983, F. C. da Silva s.n. (MBM 116.344). Palmeira, rio dos Papagaios,
5.VIII.1967, J. Lindeman et al. 5.816 (MBM). ibidem, rio Lajeado, arbusto 2 m, capítulos
creme, mata de galeria, 5.VII.1997, O. S. Ribas et al. 1.885 (MBM). Ponta Grossa, Parque
Estadual de Vila Velha, arbusto de ca. 2 m, 17.VII.2001I. J. Takeda s.n. (ICN 127.128).
Prudentópolis, rio dos Patos, arbusto de 2 m, flor creme, capoeira, 07.IX.1976. G.
Hatschbach 41.430 (MBM). São João do Triunfo, fazenda da Cia. Fiat Lux, J. C. Lindeman
et al. 1.902, s. d. (MBM). São José dos Pinhais, Serra do Emboque, arbusto com capítulos
creme, matinha nebular, 1.000-1.100 m s.m., 29.VIII.1968, G. Hatschbach 19.641 (MBM);
ibidem, Zinco, arbusto de 3 m, capítulos creme, da capoeira, 21.VII.1982, G. Hatschbach
(MBM 76.725). Tijucas do Sul, represa de Vossoroca, arbusto de capítulos alvescentes,
clareiras da mata, XII.1976, R. Kummrow 950 (MBM). Rio Grande do Sul, Cambará do
Sul, arbusto 3,5 m, no interior de mata, 20.VIII.1983, M. Sobral 2.145 (MBM ICN). Caxias
do Sul, vila Oliva, p. Caxias, in araucarieto, sterilis, 30.V.1954, B. Rambo s.n. (PACA
44.609); in dumetosis subpaludosis, 12.VII.1950, B. Rambo 47.251 (CTES). Farroupilha,
Parque dos Pinheiros, arbusto de 3 m de altura, 26.IX.1978, Z. Soares et al. s.n. (HAS 8.751).
Gramado, arbustiva in dumeto, 500 m s.m., 27.XII.1949, A. Sehnem s.n. (PACA 50.447).
Jaquirana, interior mata do Gaspar, 19.VIII.2000, R. Wasum 643 (MBM). Montenegro, in
dumetosis secundariis, 30.V.1954, B. Rambo s.n. (PACA 43.373). São Francisco de Paula,
RS 235, na orla da mata, 830 m s.m., 15.VII.2001, R. Wasum 1.109, (MBM); ibidem, RS
235, em beira da estrada, 19.VIII.2001, R. Wasum 11.222 (PACA). Santa Catarina,
Biguaçu, serra do Faxinal, in araucarieto, 20.VII.1951, B. Rambo 50.380 (HBR). Blumenau,
morro do Spitzkopf, topo do morro, 21.VIII.1959, R. Reitz et al. 8.999 (PACA PEL). Bom
Jardim da Serra, serra do Oratório, capoeira, arbusto 2 m, flor branca, 1.400 m s.m.,
19.III.1959, R. Reitz et al. 8.662 (PEL); ibidem, serra do rio do rastro, arbusto, inflorescência
branca, 5.V.1991, N. Silveira 10.462, (HAS). Brusque, 23.VII.1992, M. H. de Queiroz s.n.
(FLOR); Guabiruba, Crista do Morro, 23.VII.1992, M. H. de Queiroz s.n. (FLOR). Chapecó,
pinhal, arbusto de 2 m de altura, flores creme, 450 m s.m., 28.VIII.1964, R. M. Klein 5.596
(LP). Florianópolis, in summo monte Cambirela, in rupestribus dumetosis, 18.VII.1951, B.
Rambo s.n. (PACA 50.331). Itajaí, morro da Fazenda, mata, 01.VII.1954, R. Reitz et al.
1.905 (PACA). Lages, Encruzilhada, alto da serra, mata, 900 m.s.m, arbusto de 2 m, flor
branca, 19.IV.1962, R. Reitz et al. 12.569 (HBR). Palhoça, Pilões, capoeira, 9.VII.1956, R.
193
Reitz et al. 3.394 (HBR, MBM, PACA); Pilões, capoeira, arbusto 2 m, flor verde-amarelada,
200 m s.m., 9.VII.1956, R. Reitz et al. 3.386 (HBR, PEL). Rancho Queimado, serra da Boa
Vista, mata, 1.000 m s.m., arbusto de 1 m, flor branca, 11.VIII.1960, R. Reitz et al. 9.720
(HBR). Santo Amaro da Imperatriz, Pilões, capoeira, 200 m s.m., arbusto de 2 m, flor verde
amarelada, 9.VII.1956, R. Reitz et al. 3.386 (HBR).
4.4.18.6 Baccharis rufidula Sch.-Bip. ex Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 81, 1882; Baccharis brachylaenoides var. rufidula
(Sch-Bip. ex Baker) An. S. de Oliveira & Deble; Balduinia 5, p. 4-5, 2005;
Baccharis polycephala Sch.-Bip., Linnaea, 30, p. 181, 1859-60 [nom. nud.]; Baccharis
brachylaenoides var. polycephala (Sch.-Bip.) G. M. Barroso, Rodriguésia 28, n. 40, p. 71,
1976; Baccharis pseudopolycephala Malag., Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, n. 107, p. 134,
1977 [nom. illeg.]; Baccharis brachylaenoides var. polycephala (Malag.) Govaerts, World
Checklist Seed Pl. 2, n. 1, p. 9, 1996 [nom illeg.]; Baccharis brachylaenoides var.
polycephala Govaerts,
World Checklist Seed Pl. 3, n. 1, p. 9, 1999 [nom. illeg.];
Pseudobaccharis polycephala (Sch.-Bip.) Malag., Contrib. Inst. Geobiol. Canoas, 8, p. 36,
1957.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Poços de Caldas, Regnell II 155 (Foto NY!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 5, p. 10, 2005).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 9, fig. 1 b’ folha, 2005).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita beira de matas de altitude.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Mandirituba, arbusto 2 m, mata de Araucária,
23.VIII.1988, R. Kummrow 3.053 et al. (FLOR). São Mateus do Sul, BR 476, km 152, em
bosque degradado de araucária, subarbusto de 2 m, 26.I.1985, A Krapovickas et al. (CTES
39.670). Santa Catarina, Blumenau, Morro Spitzkopf, topo do morro, arvoreta 4 m, R. Reitz
et al. 8.997 (HBR). Bocaiúva do Sul, Conceição, capoeirão, arbusto 3 m, 22.VIII.1961, R. M.
Klein 2.500 (HBR). Lauro Müller, Vargem Grande, capoeira, arbusto 2 m, 11.VII.1958,
Reitz et al. 6.708 (HBR). Timbó, Represa do Rio Cedro, arvoreta 5 m, 650 m s.m.,
19.VII.1956, Reitz et al. 3.518 (HBR).
194
4.4.18.7 Baccharis venulosa DC.
A. P. de Candolle, Prod. 5, p. 421, 1836.
Typus: PERU, “in Peruviae montibus Oronocensibus”, Haenke s.n. (Foto F 15083!).
Referência: (op. cit. p. 421, 1836).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 237 folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Minas Gerais) e Peru. Habita campos rupestres de
altitude.
Etimologia: Referência às folhas, com nervuras destacadas.
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Lima Duarte, Serra de Ibitipoca, entre
pedras na margem do Ribeirão do Salto, arbusto 1 m, 13.IX.1940, M. Magalhães 449 (SP);
Serra de Ibitipoca, Pico do Peão, heliófila em formação de arenito, 1.450-1.580 m s.m.,
28.IX.1970, P. I. S. Braga 1.891 (R MBM);
4.4.18.8 Baccharis vernonioides DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 422, 1836. Pseudobaccharis vernonioides (DC.) G. M.
Barroso, Contr. Inst. Geobiol., Canoas 8, p. 34, 1952.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Mariana, Vauthier 268 (Holotypus G-DC n.v. Foto
digitalizada do holótipo G-DC!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia n. 28, v. 40, p. 74, 1976).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 118, folhas,
1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Habita regiões de altitude. Floresce e frutifica de maio a setembro.
Etimologia: Alusão à semelhança com as folhas do gênero Vernonia Scherb. (Asteraceae).
195
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Ouro Preto, Campo Grande, Serra de Ouro
Preto, 16.VIII.1937, M. Barreto 9.185 (SP). São Tomé das Letras, Baependi, na encosta leste
da Serra de São Tomé, capoeira, arbusto de 2 m, pouco pubescente, 20.VI.1962, J. Mattos et
al. 10.320 (SP). Serra do Caraça, Seminário do Caraça, caminho para cascatinha, trepadeira
na beira da mata, 26.VII.1989, I. Cordeiro et al. 893 (SP). Rio de Janeiro, Campo Grande,
23.V.1905, Schwacke 1748 (RB).
4.4.18.9 Baccharis vismioides DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 412. 1836.
Typus: BRASIL, São Paulo, Sellow 478 (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do
Holotypus G-DC! Isotypus R! B n.v. Foto F 37746!)
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 5, p. 13-15, 2005).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 14, fig. 3 a-f, 2005).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados do Paraná e São Paulo. Habita várzeas e terrenos
brejosos. Floresce e frutifica de março a maio.
Etimologia: Refere-se à semelhança com espécies do gênero Vismia Vand. (Clusiaceae).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Jaguariúna, ad rivulum, 1.V.1911, P. Dusén
11.732 (SI). Tibagi, arredores, 696 m s.m., subarbusto 60 cm, capítulos creme, do brejo,
várzea do rio Tibagi, 05.VI.1959, G. Hatschbach 5.985 (MBM); ibidem, 05.VI.1959, G.
Hatschbach 5.986 (MBM). São Paulo, São Paulo, Av. Paulista, 12.IV.1907, P. A. Usteri s.n.
(SP).
4.4.19 Seção Organensis A. S. de Oliveira-Deble, sect. nov., ined.
Typus: Baccharis organensis Baker, Fl. Bras. 6, III, p. 74, 1882.
Plantas dióicas, arbustivas, geralmente glabras. Folhas pecioladas ovadas a oblongas,
trinervadas, glabras. Capitulescências sésseis ou brevemente pediceladas, dispostas em
espigas curtas e terminais (Fig. 3 I). Capítulos femininos campanulados, multifloros (25-40
flores); receptáculo desprovido de páleas; flores femininas com corola filiforme, de ápice
196
truncado ou irregularmente ligulado; pappus das flores femininas unisseriado, acrescente e
persistente; aquênios glabros, 5-costados. Capítulos masculinos campanulados, multifloros
(20 flores); flores masculinas de corola tubulosa 5-lobada; rudimento estigmático de ramas
lanceoladas aderidas ou separadas (Fig. 7 A e C); pappus das flores masculinas com cerdas
lisas, espessadas no ápice.
Comentários: A seção Organensis reúne duas espécies brasileiras que demonstram afinidades
com as seções Caulopterae e Molinae; de Caulopterae distingue-se pelos caules não alados
(versus alados); de Molinae separam-se pelas capitulescências sésseis ou brevemente
pediceladas, dispostas em espigas curtas terminais (versus capitulescências pedunculadas,
dispostas em corimbos).
Distribuição geográfica: Reúne 2 espécies com distribuição no sul e sudeste do Brasil.
4.4.19.1 Baccharis organensis Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 74, 1882.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Serra dos Órgãos, Glaziou 4038, 6034 (Syntypus P,
Isosyntypi NY n.v. Foto digitalizada do isosintipo NY! B n.v. Foto F 15012!).
Referência: G. Heiden (O gênero Baccharis seção Caulopterae no RS, Monografia - UFPEL,
p. 64-65, 2005).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte 1, p. 1038,
est. 246, 2002); G. Heiden (op. cit. p. 70, fig. 17 a, 2005).
Distribuição & Hábitat: Nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul. Habita regiões de altitude, orla de matas, campos úmidos e restingas.
Etimologia: Refere-se a Serra dos Órgãos local de coleta do material-tipo.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Campina Grande do Sul, Serra do Ibitiraquire,
Morro Tucum, arbusto 1,60 m, borda da matinha nebular, 1.739 m s.m., 24.X.2000, J.
Cordeiro et al. 1.774 (CTES). Morretes, Serra Marumbi, Pico Olimpo, subarbusto 50 cm,
capítulos creme, orla da mata nebular, 1.500 m s.m., 13.XI.1970, G. Hatschbach 25.379
197
(MBM). Quatro Barras, Morro Anhangava, alto do morro, arbusto de 1 m, 5.X.1989, J.
Cordeiro 637 et al. (CTES MBM); Morro Mãe Catira, arbusto 1,70 m, matinha nebular, 1.300
m s.m., 31.X. 1989, J. M. Silva 656 et al. (CTES MBM). Vila Velha, campo graminoso,
19.XII.1903, P. Dusén 2.812 e p.p (R). Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, Taimbé, semisarmentum in silva, 1.000 m s.m., 19.XII.1950, A. Sehnem 5.119 (PACA). Santa Catarina,
Garuva, Serra do Quiriri, arbusto 1 m, 1.300 m s.m., 16.X.2004, J. M. Silva et al. 4.122
(MBM).
4.4.19.2 Baccharis paranaensis Heering & Dusén
P. Dusén, Arkiv. F. Bot. 9, v. 15, p. 29. 1915.
Typus: BRASIL, Paraná, Dusén 3667 (Holotypus B n.v. Foto F 15002! Isotypi R! LP!).
Referência: G. Heiden (O gênero Baccharis seção Caulopterae no RS, Monografia - UFPEL,
p. 66-67, 2005).
Iconografia: G. Heiden (op. cit. p. 70, fig. 17 c, 2005); G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust.
Catarinense, Compostas, Parte 1, p. 910, est. 208a, 2002).
Distribuição & Hábitat: Nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita
a floresta ombrófila mista. Floresce de julho a fevereiro.
Etimologia: Em relação ao local de coleta do material-tipo (estado do Paraná).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, São Francisco de Paula, Floresta
Nacional, em beira de mata, 24.IX.1994, R.Wasum et al. s.n. (MBM 173.298).
4.4.20 Seção Racemosae Ariza
Ariza Espinar, L. A., Bol. Acad. Nac. Ci. n. 50, p. 183, 1973.
Typus: Baccharis dracunculifolia DC.
Plantas dióicas, arbustivas, tomentosas, pubérulas ou lanuginosas. Indumento constituído de
tricomas unisseriados flageliformes, filiformes e com célula terminal ramificada. Folhas
geralmente sésseis ou breve-pecioladas, 1-3-nervadas, concolores ou discolores, glandulosas
em ambas as faces ou só na adaxial. Capitulescências breve-pedunculadas, dispostas em
198
racemos ou glomérulos folhosos terminais (Fig. 3 B). Capítulos femininos campanulados,
multifloros (15-25 flores); receptáculo plano, desprovidos de páleas; flores femininas com
corola tubuloso-filiforme de ápice denteado; pappus das flores femininas bisseriado, pouco
acrescente, caduco; receptáculo geralmente cônico; aquênios obovados ou cilíndricos,
glabros, 10-12-costados. Capítulos masculinos campanulados, com 15-25 flores; flores
masculinas de ápice 5-lobado; rudimento estigmático de ramas breves, aderidas entre si (Fig.
7 A); pappus das flores masculinas unisseriado, com cerdas onduladas, pouco dilatadas no
ápice.
Comentários: Racemosae demonstra relação com a seção Baccharis, da qual distingue-se
pela capitulescência disposta em racemos ou glomérulos folhosos terminais (versus espigas
folhosas). Em recente estudo para a Argentina, Giuliano (2001) incluiu Racemosae na
sinonímia de Discolores. Todavia Racemosae apresenta um tipo de indumento característico,
com célula terminal ramificada, que não foi assinalada para Discolores, embora ocorra em
algumas espécie da seção Nitidae.
Distribuição geográfica: Seis espécies distribuídas na Bolívia, metade norte da Argentina,
Paraguai, Uruguai e Brasil, sendo este último o centro de diversidade, com quatro espécies
exclusivas.
4.4.20.1 Baccharis caprariifolia DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 416, 1836. “caprariaefolia”
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, entre Porto Alegre e Taquari, Sellow d1242, d1243,
Theremin 966 ♀ e ♂ (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do holótipo G-DC!).
= Baccharis recurvata Gardner, in Hook. Lond. Journ. Bot. II, 1848. Typus: BRASIL, Minas
Gerais, Gardner 4.900 IX.1840 (Holotypus K n.v. Isotypus R!);
= Baccharis grisea Baker, Fl. Bras. 6, 3, p. 53, 1882. Typus: BRASIL, Minas Gerais p. Poços
de Caldas, Regnell III.750 (Holotypus B n.v. Foto F 37708!);
= Baccharis disticha Sch.-Bip. ex Baker, Fl. Bras. 6, 3, p. 53, 1882. Typus: BRASIL, Minas
Gerais, Riedell s.n. (Holotypus P n.v. Isotypus NY n.v. Foto digitalizada do isótipo NY!).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte 6, p. 259-261, 1974); D. A.
Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 25-26, 2000).
199
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 261, fig. 143 a-h, 1974); G. M. Barroso (Rodriguésia v.
28, n. 40, p. 237, foto 9, 1976); G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas,
Parte I, p. 954, est. 222, 2002 [s. nom. B. pentziifolia]).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul), Paraguai, Uruguai e Argentina. Habita regiões campestres.
Etimologia: Alude à semelhança de suas folhas com a de espécies do gênero Capraria L.
(Scrophulariceae).
Material estudado: BRASIL, Paraná, Araucária, capoeira, 30.VII.1962, R. B. Lange 386
(HBR HAS RB). Curitiba, Barigui, 19.IX.1959, R. B. Lange 1.313 (HBR RB HAS). Rio
Branco do Sul, PR-90, Serra do Brumado, campo seco em encosta, arbusto 1 m, 13.IX.2001,
J. M. Silva et al. 3.443 (CTES); Capiruzinho, dominante na capoeira, 950 m s.m.,
23.VIII.1961, R. M. Klein 2.477 (HBR RB). São José dos Pinhais, capoeira, IX.1952,
Hatschbach 2.812 (HBR RB HAS). Rio Grande do Sul, Agudo, Morro do Agudo, capoeira,
arbusto 1,5 m, 27.IX.1985, D. Falkenberg 3.324 (FLOR). Caxias do Sul, Kappesberg, B.
Rambo 43.370 (CTES). Galópolis, Travessão Tirolês, beira estrada, 30.IX.1984, I. Guerra et
al. 317 (CTES). Santa Maria, p. Itaara, beira da estrada, 28.VII.2006, L. P. Deble & A. S. de
Oliveira-Deble (MBM); Cerrito, IX.2003, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM);
Perau, X.2003, A. S. de Oliveira-Deble & L. P. Deble (MBM). São Leopoldo, IX.1894, J.
Eugenio 16 (R); no campo, 10.X.1934, B. Rambo 1.754 (HBR RB). Santa Catarina, Bom
Retiro, capoeira, arbusto 1 m, 1.000 m s.m., 29.IX.1986, D. Falkenberg 3.490 (FLOR).
Canoinhas, salseiro, 750 m s.m., 15.IX.1962, R. M. Klein 3.005 (HBR RB). Florianópolis,
Caixa dágua do Rio Tavares, campo, arbusto 1 m, 16.IX.1965, R. M. Klein et al. 6.253
(FLOR HBR RB HAS); campo, arbusto de 1 m, 16.IX.1965, R. M. Klein et al. 6.254 (FLOR
HBR RB HAS). Papanduva, Serra do Espigão, 1.000 m s.m., R. M. Klein 2.979 (HBR).
4.4.20.2 Baccharis dracunculifolia DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 421, 1836.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Lund 127 ♀ e ♂ (Lectotypus [designado por Muller,
2006] G-DC n.v., Foto digitalizada do lectótipo G-DC!).
200
= Baccharis leptospermoides DC.,1. c. Typus: Brasil, São Paulo, Sellow s.n. = HIB 482
(Holotypus P n.v., foto digitalizada do holótipo P! Isotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do
isótipo G-DC!);
= Baccharis pulverulenta Klatt, Abh. Naturf. Ges. Halle 15, p. 327, 1882. Typus: Bolívia,
Santa Cruz, prov. Vallegrande, 1842, d’Orbigny 1143 (Holotypus P n.v. Foto digitalizada do
holótipo P!);
= Baccharis dracunculifolia var. integerrima Kuntze, Rev. Gen. Pl. 3, n. 2, p. 132, 1898.
Typus: Santa Cruz, Santa Cruz, V.1892, Kuntze s.n. (Lectotypus [designado por Müller, 2006]
NY n.v. Foto digitalizada do lectótipo NY!);
= Baccharis dracunculifolia f. spectabilis Heering, Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. 31, p. 143,
1916. Typus: Argentina, Tucumán, dept. Tafí, Jacochulla, 1800 m s.m., Lillo 3772 (Holotypus
HBG n.v. Isotypus CORD!).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte 6, p. 262-263, 1974); D. A.
Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 29, 2000); J. Müller
(Syst. Bot. Monog. v. 76, p. 58-62, 2006).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 262, fig. 144 h-l, 1974); J. Müller (op. cit. p. 60, fig. 11
a-u, 2006).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul), Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia.
Habita regiões campestres em beira de estradas.
Etimologia: Alude às folhas semelhantes com as do gênero Dracunculus Adans. (Araceae).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Colombo, Embrapa, arbusto, 5.III.1986, A.
Pegoraro 14 (FLOR). Curitiba, Parque Iguaçu, orla de capão, arbusto 3 m, 10.X.1986, J. M.
Silva et al. 202 (FLOR). Quatro Barras, campo, arvoreta de 4 m, 27.IX.1966, J. C.
Lindeman et al. 2.536 (HBR RB). Rio Grande do Sul, Bagé, começo do Passo do Enforcado
BR 153, 70 km NE da cidade, invólucro esverdeado, capítulos brancos, 5.III.1981, J. C.
Lindeman et al. (CNPO 594); acostamento à beira da estrada municipal, próxima a estância
Sr. Olívio Martins, 11.IV.1985, Girardi-Deiro et al. (CNPO 957); beira da estrada, próximo
ao passo do Cação, 10.IV.1986, Girardi-Deiro et al. (CNPO 1.179); beira da estrada velha
201
para Hulha Negra, em frente ao potreiro 3 do CNPO, Girardi-Deiro 821, s.d (CNPO);
Embrapa Uepae, experimento herbicidas, 20.III.1981, Girardi-Deiro et al. (CNPO 745); rio
próximo à cidade, 4.IV.1975, B. Irgang et al. s.n. (ICN 27.412– CTES 43.002). Bom Jesus,
in dumetosis ad viam, III.1936, J. Dutra 1.240 (PACA). Candiota, Poacá, 21.III.1988, P.
Oliveira et al. (CNPO 1.942). Cerro Largo, p. São Luiz, in dumetosis secundaris, I.1943, P.
Buck s.n. (PACA 11.454). Montenegro, in dumetosis secundaris, 19.I.1949, B. Rambo s.n.
(PACA 39.991). Pelotas, 15.IV.1951, Duperial 2.164 (HBR); IAS, 23.I.1950, Ir. E. Maria,
11.004 (HBR). Porto Alegre, Morro da Glória, campo, 6.XII.1933, B. Rambo 497 (HBR).
Santa Maria, 12.V.1939, W. Rau 2.133 (HBR); Cerrito, 13.III.1940, R. Beltrão 2.141
(HBR). Santa Catarina, Brusque, capoeira, arbusto 3 m, 22.II.1952, R. M. Klein 330
(HBR). Caçador, ruderal, 900-1.000 m s.m., 6.II.1957, L. B. Smith et al. 10.896 (HBR).
Campo Erê, campo, 900 m s.m., 28.II.1969, R. M. Klein 5.023 (HBR). Campos Novos,
ruderal 600-700 m s.m., 9.II.1957, L. B. Smith et al. 11.166 (HBR). Dionísio Cerqueira
ruderal, 750-850 m s.m., 23.II.1957, L. B. Smith et al. 11.698 (HBR RB). Erval Velho,
capoeira, 1.000 m s.m., arbusto 1,5 m, 1.II.1962, R. Reitz et al. 12.174 (HBR). Florianópolis,
Morro da Costa da Lagoa, capoeira, 250 m, arbusto de 2 m, fl. creme, 15.II.1967, R. M. Klein
7.205 (HBR RB HAS); Praia dos Ingleses, capão, arbusto de 2 m, 15.X.1969, R. M. Klein et
al. 8.389 (HBR FLOR). Itajaí, Arraial dos Cunhas, capoeira, arbusto de 2 m, 14.IV.1955, R.
M. Klein 1.301 (HBR RB HAS). Joaçaba, Rio do Peixe, 27.II.1957, L. B. Smith et al. 11.898
(HBR). Lacerdópolis, Capinzal, capoeira, arbusto de 2 m, 12.IV.1963, R. Reitz et al. 14.685
(HBR RB). Lages, Rio Caveiras, ruderal, 800-900 m s.m., 12.II.1957, L. B. Smith et al.
11.314 (HBR RB). Lauro Muller, Rio do Meio, capoeira, arbusto de 3 m, 20.III.1959, R.
Reitz et al. 8.687 (HBR). Palhoça, campo Maciambú, restinga, arbusto 1 m, 5.XI.1953, R.
Reitz et al. 1.273 (HBR). Rio do Sul, Serra do Matador, capoeira, arbusto 1,5 m, 12.III.1959,
L. B. Smith et al. 8.542 (HBR). Santa Cecília, capoeira, 14.X.1962, R. Reitz et al. 13.406
(HBR RB). Santo Amaro da Imperatriz, Pilões, capoeira, arbusto 1 m, 4.V.1956, R. Reitz et
al. 3.170 (HBR). Santo Antônio de Lisboa, arbusto de 5 m, 4.X.1991, M. H. de Queiroz 559
(FLOR); Saco Grande, capoeira, arbusto 2 m, 15.III.1967, R. M. Klein et al. 7.308 (FLOR).
São Joaquim, invernadinha, 28.II.1960, J. R. Mattos 8.758 (HBR RB HAS). São Pedro de
Alcântara, capoeira, 3 m, 14.V.1990, M. H. de Queiroz s.n. (FLOR). Sombrio, Guarapuvu,
Vista Alegre, capoeira, arbusto de 3 m, 14.V.1960, R. Reitz et al. 9.682 (HBR).
4.4.20.3 Baccharis erioclada DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 415, 1836.
202
Typus: BRASIL, São Paulo, s. leg. 469 ♀ (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do
holótipo G-DC! Isotypus R!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 107-108, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 881,
est. 198 e p. 1019, est. 241, 2002 [s. nom. Baccharis erigeroides DC var. erigeroides]); R. P.
Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, f. 24, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: No sul e sudeste do Brasil (São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul). Habita campos de altitude.
Etimologia: Derivação do vocábulo grego que refere-se ao tomento lanoso que reveste a
planta.
Observações: O Material examinado de Baccharis erigeroides DC. citado por Barroso &
Bueno (2002), pertence a B. erioclada DC.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Campina Grande do Sul, Morro Camacua, arbusto
0,85 cm, 1.VII.1999, J. Cordeiro et al. 1.535 (MBM). Curitiba, aeroporto, pequeno arbusto
de flores alvescentes, 23.II.1960, Ed. Pereira et al. 5.554 (HB); Portão, Fazendinha, campo,
arbusto 50 cm, 10.VI.1990, E. Melo et al. 287 (CTES); BR 116, Centro Politécnico, campo,
4.V.1984, L. C. Prazeres et al s.n. (R); Capão da Imbuia, em campo, 14.X.1966, L. T.
Dombrowski 1.885 (RB MBM); Barigui, mata alagadiça, 20.X.1956, R. B. Lange 157 (HBR
RB HAS); do campo, arbusto 1 m, 12.VI.1986, N. Imaguirre 8.809 (MBM).. Guaratuba,
Serra de Araçatuba, subarbusto 60 cm, Itabiruçu, campo, arbusto de 1 m, 850 m s.m., R. M.
Klein 2.494 (HBR). São José dos Pinhais, Guatupe, arbusto 80 cm, capítulos alvescentes,
orla do campo e capoeira, s.d., J. Cordeiro 429 et al. (FLOR). Xaxim, Adrianápolis, campo,
arbusto 1 m, 4.V.1957, R. B. Lange 1.018 (HBR). Rio Grande do Sul, Bom Jesus, Caraúva,
frutex 2 m, III.1936, J. Dutra 1.239 (ICN). Caxias do Sul, Lúcia do Piraí, campo, 19.III.2001,
L. Scur 733 (MBM). São Paulo, São Paulo, Vale do Paraíba, campo sujo, encosta, 1.600 m
s.m., 23.VII.1977, W. E. 21 (R). Santa Catarina, Bom Retiro, arbusto no campo, 1.900 m
s.m., 17.XII.1948, R. Reitz 2.512 (CTES HBR). Campos Novos, 1.000 m s.m., 1.IV.1963, R.
Reitz et al. 14.629 (HBR RB). Canoinhas, Arroios, capoeira, arbusto 2 m, flores brancas,
203
10.VII.1962, R. Reitz 13.085 (FLOR HBR RB). Curitibanos, campo, 900 m s.m., 22.II.1962,
R. Reitz et al. 12.240 (HBR RB); R. Reitz et al. 12.221 (HBR RB); campo, arbusto 1 m,
24.IV.1962, R. Reitz et al. 12.914 (HBR RB). Irineópolis, campo úmido e sujo, arbusto 1 m,
flor branca, 15.IX.1962, R. M. Klein 3.035 (FLOR HBR RB). Ponte Alta, capoeira, 900 m
s.m., 19.IV.1962, R. Reitz et al. 12.592 (HBR RB). Santa Cecília, Campo do Areão, 1.200 m
s.m., 20.IV.1962, R. Reitz et al. 12.622 (HBR RB). São Paulo, próximo a Interlagos,
10.V.1949, W. Hoehne 12.361 (CTES HBR); via Anhanguera, 17.VI.1949, W. Hoehne 2.484
(HBR).
4.4.20.4 Baccharis nummularia Heering ex Malme
G. O. A. Malme, Kongl. Svenska Vetensk. Acad. Handl. ser. 3, 12, v. 68, n. 2, pl. 12, 1933.
Typus: BRASIL, Paraná, Pinhais, in campo, Dusén 7.105 (Holotypus B n.v. Foto 28516!
Isotypi LP! NY n.v. Foto digitalizada do isótipo NY!).
= Baccharis barrosoana Mattos, Loefgrenia 45, p. 1, 1970. Typus: BRASIL, Santa Catarina,
Vacas Gordas, Mundo Novo, 1.500 m s.m., arbusto 50 cm, 12.XI.1964, Mattos 12.130
(Holotypus RB!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 108-109, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 873,
est. 196a, 2002).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Habita campos de altitude.
Etimologia: Alusão às folhas ovadas ou ovado-orbiculares.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Campina Grande do Sul, estrada Rio Taquari,
brejo, subarbusto 70 cm, 18.X.1959, G. Hatschbach 6.361 (HBR MBM). Campo Largo,
Rodovia do Café, arbusto, IX.1971, L. T. Dombrowski 3.808 (CTES). Guaratuba, Serra de
Araçatuba, subarbusto 50 cm, capítulos creme, campo de altitude, 1.350 m s.m., J. M. Silva
1.501 et al. (MBM); Morro dos Perdidos, borda de mata nebular, arbusto 50 cm, 1.200 m
s.m., 18.IX.1997, H. M. Fernandes et al. 34 (MBM). São José dos Pinhais, Purgatório,
capoeira, arbusto, 10.IX.1982, G. Hatschbach 45.292 (MBM). Tijucas do Sul, Serra
204
Papanduva, solo turfoso, úmido, subarbusto 60 cm, 18.IX.1997, J. M. Silva et al. 1996 (CTES
MBM). Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, Faxinal, beira da mata, arbusto de 1 m,
XII.1983, M. Sobral et al. 27.146 (MBM); Aparados da Serra, 14.XI.2003, L. P. Deble & A.
S. de Oliveira-Deble (MBM). Farroupilha, Parque dos Pinheiros, 26.IX.1978, O. Bueno
1.045 (CTES – HAS). Aparados da Serra, 1.300 m s.m., 24.X.1961, G. Pabst 6.292 et al.
(HB). São Francisco de Paula, em turfeira, 700-800 m s.m., X.2001, M. Sobral et al. 9.385
(MBM); Faz. Englert, in dumetosis, 2.I.1955, B. Rambo s.n. (PACA 56.368). São José dos
Ausentes, alto da Serra da Rocinha, solo turfoso e úmido, subarbusto ramoso, 1.100 m s.m.,
20.XI.2004, G. Hatschbach et al. 78.273 (MBM); Cânion Montenegro, 14.XI.2006, L. P.
Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM). Santa Catarina, Bom Jardim da Serra, em
pântano, arbusto 1 m, A. Krapovickas et al. 36.936 (CTES); Serra do Oratório, campo,
arbusto 50 cm, campo, 1.400 m s.m., 9.XII.1958, R. Reitz et al. 7.679 (HBR HAS PACA);
Curral Falso, campo, 1.500 m s.m., arbusto 30 cm, 13.I.1959, R. Reitz et al. 8.165 (RB HBR
PACA); Faxinal, campo, 1.200 m s.m., R. Reitz 3.442 (HBR); Serra do Rio do Rastro,
5.XI.2004, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM). Campo Alegre, Morro do Campo
Alegre, campo, subarbusto 30 cm, flor branca, 1.300 m s.m., 7.X.1960, Reitz et al. 10.072
(FLOR HBR); Serra do Quiriri, arbusto 1,5 m, 1.300 m s.m., 29.IX.2001, O. S. Ribas et al.
3.672 (MBM). Garuva, Monte Crista, campo, arbusto, 900 m s.m., 6.X.1960, R. Reitz et al.
9.998 (HBR RB). Urubici, Alto do Morro da Igreja, solo turfoso, sublenhosa 50 cm, 1.700 m
s.m., 8.XII.2000, G. Hatschbach et al. 71.672 (MBM).
4.4.20.5 Baccharis uleana Malag.
R. P. Malagarriga-Heras, Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, p. 139, 1976.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, Tubarão, E. Ule 1510 (Holotypus P n.v.).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (op. cit., fig. 368, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita
campos de altitude.
Etimologia: Homenagem ao coletor da espécie-tipo, o botânico Ernest Heinrich Georg Ule
(1854-1915).
205
Observações: Espécie pouco conhecida, foi recoletada na última década. Confundida com
Baccharis nummularia DC., distingue-se pelas folhas pecioladas, pelo menor número de
flores, pelos capítulos oblongos, pelas brácteas involucrais ovadas e em menor número e pelo
maior porte.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, São José dos Ausentes, Cânion
Montenegro, 14.XI.2006, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM). Santa Catarina,
Bom Retiro, Campo dos Padres, 2.000 m s.m., 18.XII.1948, R. Reitz 2.491 (HBR RB HAS).
Urubici, Morro da Igreja, dentro da área cercada pelo Cindacta, nos afloramentos basálticos
ao sul, capoeirinha que invade campo graminoso úmido, capítulos creme, anteras amarelas,
folhas discolores, 1.800 m s.m., 6.XII.1996, D. Falkenberg 8.969 (FLOR); Topo do Morro da
Igreja, junto à entrada do Cindacta, arbusto 1,5 m, 7.XII.1996, D. Falkenberg 8.994 (FLOR);
capoeirinha em área de mata nebular desmatada, arbusto 1 m, 1.700 m s.m., 16.X.1993, D.
Falkenberg 6.284 (FLOR); campo úmido, arbusto 1 m, 18.X.2006, A. A. Schneider 1.339
(ICN).
4.4.20.6 Baccharis uncinella DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 415, 1836.
Typus: BRASIL, São Paulo, Sellow 470 ♀ (Holotypus G-DC n.v. Isotypus R!).
= Baccharis discolor Baker, Martius Fl. Bras. 6, III, p. 48, 1882. Typus: BRASIL, Itatiaia,
Glaziou 4.858, 5.902, 5.691 (Holotypus B n.v. Foto F 14967!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 106-107, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte 1, p. 877,
est. 197a, 2002).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. Habita campos de altitude.
Etimologia: Alude ao ápice encurvado das folhas.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Quatro Barras, Morro Anhangava, arbusto de 2.5
m, planta masculina, capítulos alvescentes, 1.100 m.s.m, 1.XI.1996, E. P. Santos 162 (FLOR).
206
Rio de Janeiro, Parque Nacional de Itatiaia, arbusto 1,5 m, 2.000 m s.m., 30.I.1975, A.
Krapovickas 27.204 (CTES). Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, Aparados da Serra,
arbusto 3 m, 8.X.2003, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM). Canela, arbusto 2 m,
beira da mata, X.1983, M. Sobral s.n. (FLOR). Esmeralda, E. E. Aracuri, 15.XII.1984, N. I.
Matzenbacher et al. s.n. (ICN 61.669) Gramado, matinho próximo ao lago Negro, arbusto 3
m, J. C. Lindeman s.n. (CTES 42.902 – ICN 20.880). São Francisco de Paula, banhado,
1.XI.2004, C. Scherer et al. s.n. (ICN 126385). São José dos Ausentes, Serra da Rocinha,
6.XI.2004, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM). Santa Catarina, Bom Jardim da
Serra, Serra do Oratório, Aparados da Serra, 1.400 m s.m., flor branca, 23.X.1958, R. Reitz et
al. 7.438 (HBR); em campo pedregoso, arbusto 70 cm, formando matas, 25.XI.1980, A.
Krapovickas et al. 36.914 (CTES). Rio dos Patos, campo, arbusto 2 m, 900 m s.m.,
29.X.1962, R. Reitz 13.850 (HBR). São Pedro de Alcântara, capoeira, 18.IX.1991, M. H. de
Queiroz 293 (FLOR).
4.4.21 Seção Retusae A. S. de Oliveira-Deble, sect. nov., ined.
Typus: Baccharis retusa DC., Prodr. 5, p. 412, 1836.
Plantas dióicas, subarbustivas ou arbustivas, glabras ou glabrescentes. Folhas opostas a
alternas, cartáceas ou coriáceas, trinérvias raro peninérvias. Indumento constituído de
tricomas flageliformes. Capitulescências sésseis ou breve-pedunculados, dispostas em
glomérulos no ápice dos ramos (Fig. 3 F) ou, menos frequentemente, na axila das folhas.
Capítulos femininos oblongos, paucifloros (5-12 flores); receptáculo plano ou levemente
cônico, desprovidos de páleas; flores femininas com corola tubuloso-filiforme ou filiforme,
bulbiforme na base, denteada no ápice; pappus das flores femininas unisseriado, não
acrescente, caduco; aquênios glabros, 10-costados, com epiderme estriada. Capítulos
masculinos pauci a multifloros (10-25 flores); flores masculinas de corola tubulosa, 5-lobada;
rudimento estigmático com ramas breves, aderidas entre si (Fig. 7 A); pappus das flores
masculinas, com cerdas espessadas no ápice.
Comentários: Reúne espécies que estavam inicialmente incluídas na seção Cylindricae, série
Cylindricae (Giuliano, 2005); diferentemente da referida série, apresentam capitulescência
dimorfa, disposta na axila das folhas superiores, compondo glomérulos folhosos terminais nas
plantas femininas, axilares nas plantas masculinas e pappus unisseriado, não acrescente.
Demonstra maior afinidade com a seção Axillaris, da qual distingue-se pela disposição da
207
capitulescência, em glomérulos folhosos terminais ou axilares (versus solitários ou em grupo
de 2-4 na axila das folhas, compondo em conjunto pseudoespigas terminais), e pelo invólucro
feminino oblongo (versus cilíndrico). Demonstra, igualmente, relação com a seção
Agglomeratae, da qual difere principalmente pelos capítulos femininos oblongo (versus
oblongo-campanulados), com pappus unisseriado, não acrescente (versus pappus bisseriado,
pouco acrescente ou acrescente) e corola das flores femininas filiformes, frequentemente
engrossadas na base (versus corola feminina tubuloso-filiforme, de base não engrossada).
Distribuição geográfica: Reúne 13 espécies, que ocorrem no sul (Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul) sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) e nordeste (Bahia) do
Brasil.
4.4.21.1 Baccharis halimimorpha DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 411, 1836.
Typus: BRASIL, Bahia, s.l. (Holotypus G-DC n.v.).
Referência: A. P. de Candolle (op. cit. p. 411, 1836).
Distribuição & Hábitat: No estado da Bahia. Habita regiões campestres.
Etimologia: Em relação à semelhança com as folhas do gênero Halimium L.
Material estudado: BRASIL – Bahia, Mucugê, estrada velha Andaraí-Mucugê, em trecho
próximo de Igatu, arbusto 1,8 m, capítulos creme-esverdeados, ♂, 8.IX.1981, J. R. Pirani et
al. 2.111 (RB SP).
4.4.21.2 Baccharis intermixta Gardner
G. Gardner, London J. Bot. 7, p. 84, 1848.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Gardner 4910 (Holotypus K n.v.).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 182, 1976).
208
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 995,
est. 234 e p. 1.032 est. 245, 2002 [s. nom. B. schultzii]); R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc.
Ci. Nat. La Salle 37, fig. 35, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e
Santa Catarina. Habita regiões de altitude, formando capoeiras.
Etimologia: Referência às capitulescências, entre os ramos e as brácteas.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Bocaiúva do Sul, Conceição, campo, arbusto de 2
m, R. M. Klein 2.474 (HBR). Colombo, Embrapa Florestas, arbusto, sub-bosque mata
secundária, 920 m s.m., 3.IX.1986, A. Pegoraro 71 (FLOR). Morretes, Porto Barreiro,
arbusto de 2 m, capítulos creme, em capoeira, 9.VIII. 1973, G. Hatschbach 32.273 (MBM).
Rio Branco do Sul, Campina, capoeira, arbusto de 1 m, 23.VIII.1961, R. M. Klein 2.501
(HBR RB). Santa Catarina, Bom Jardim da Serra, Aparados da Serra, Serra do Oratório,
1.400 m s.m., 21.VIII.1958, R. Reitz et al. 6.993 (HBR RB). Grão Pará, SC 439, encosta
leste da Serra do Corvo Branco, beira de mata atlântica, arbusto 2 m, 1.050 m s.m.,
26.IX.1996, D. Falkenberg 8.320 (FLOR). Irineópolis, campo úmido e sujo, arbusto 2 m, 750
m s.m., 15.IX.1962, R. M. Klein 3.038 (HBR). Otacílio Costa, Encruzilhada, Alto da Serra,
campo, 13.II.1962, R. M. Klein 2.924 (HBR RB). Papanduva, Serra do Espigão, capoeira,
arbusto 2 m, flor creme, 10.VII.1962, Reitz et al. 13.067 (FLOR HBR). Rancho Queimado,
Serra da Boa Vista, 1.000 m s.m., 7.IX.1960, R. Reitz et al. 9.844 (HBR RB). Santa Cecília,
Campo Areão, 1.200 m s.m., 20.IV.1962, R. Reitz et al. 12.619 (HBR RB). Santo Amaro da
Imperatriz, estrada de barro, arbusto 2,5, flores amarelas, 22.VIII.1990, M. H. de Queiroz
269 (FLOR); Pilões, capoeira, 6.IX.1956, R. Reitz et al. 3.645 (HBR RB). São Pedro de
Alcântara, capoeira, 3 m, 6.IX.1990, M. H. de Queiroz 282 (FLOR). Urubici, estrada p.
Campo dos Padres, 1.700 m s.m., 18.X.2006, A. A. Schneider 1.364 (ICN).
4.4.21.3 Baccharis itatiaiae Wawra
Wawra, Itin. Princ. S. Coburgi 2, p. 28, 1888.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Itatiaia, Wawra 408 (Holotypus W n.v. Isotypus R!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 132, 1976).
209
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 241, foto 14, 1976).
Distribuição & Hábitat: Nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Habita regiões de
altitude.
Etimologia: Referência ao local de coleta do material tipo, a Serra de Itatiaia (RJ).
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Belo Horizonte, Serra do Curral, VII.1949, J.
Vidal s.n. (R 154.099). Itamonte, Pousada dos Lobos, arbusto com flores esbranquiçadas em
glomérulos, s. d., M. F. O. Silva 53 (RB 416.640). Ouro Preto, Morro da Igreja de São
Francisco de Paula, 2.VIII.1949, J. Vidal (R 154.100). Rio de Janeiro, Itatiaia, Rio do Ouro a
2.100 m s.m., IX.1934, Brade 14.090 (RB).
4.4.21.4 Baccharis oreophila Malme
G. O. A Malme, Kongl. Svenska Vetensk. Acad. Handl. ser. 3, 12, n. 2, p. 75, 1933.
Typus: BRASIL, Paraná, Carvalho, in monte Marumbi, 1.200 m s.m., Dusén 13.313
(Holotypus S n.v.).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 128, 1976).
Iconografia: G. O. A. Malme (op. cit. p. 75, fig. 13, folhas, 1933).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
Habita regiões de altitude, na orla de matas.
Etimologia: Alusão ao hábitat da espécie em regiões montanhosas.
Material estudado: BRASIL – Paraná, São José dos Pinhais, arvoreta de 4 m, capítulos
alvascentas, araucarieto, 2.XI.2004, J. M. Silva 4.201 (MBM). Tijucas do Sul, lagoinha, mata
secundária, arvoreta, 12.III.1959, G. Hatschbach 5.543 (HBR). Rio de Janeiro, Resende,
Parque Nacional de Itatiaia, 1.700-1.800 m s.m., 30.VII.1966, G. Eiten & L. T. Eiten 7.658
(SP). São Paulo, Campos do Jordão, Umuarama, arbusto 2 m de altura, flores femininas,
18.VIII.1974, M. Sakane 165 (SP K).
210
4.4.21.5 Baccharis pentziifolia Sch.-Bip. ex Baker
J. Baker, Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 96, 1882.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Riedel 530, 531 (Sintypi P n.v. Foto digitalizada do sintipo
P! NY n.v. Foto digitalizada do sintipo NY!).
= Baccharis subumbelliformis Heering ex Malme, Svensk. Vet. Akad. Handl. ser III. Xii. n. 2,
p. 79, 1933. Typus: BRASIL, Paraná, Jaguariaíva, P. Dusén 16.587 (Holotypus B n.v.
Isotypus US n.v. Foto digitalizada do isótipo US!);
= Baccharis sphenophylla Dusén ex Malme Svensk. Vet. Akad. Handl. ser III. Xii. n. 2, p. 78,
1933. Typus: BRASIL, Paraná, in campo, desvio Ribas, P. Dusén 7604 (Lectotypus
[designado por Barroso, 1976) B, n.v., Foto F 150169! Isolectotypus NY n.v. Foto
digitalizada do isolectótipo NY!);
= Baccharis praemorsa Heering, in sched. Typus: BRASIL, São Paulo, Moura 15039.
(Holotypus B provavelmente destruído, Foto F 15039!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 21, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 22, fig. 10 a-d, 2006); G. O.
A. Malme (op. cit. p. 79, tab. 4 fig. esq., 1933 [s. nom. Baccharis subumbelliformis]).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e
Paraná. Habita regiões campestres.
Etimologia: Refere-se à semelhança das folhas com as do gênero Pentzia Thunb.
(Asteraceae).
Observações: A estampa n. 222, p. 954 da “Flora Catarinense” (Barroso & Bueno, 2002),
corresponde a B. caprariifolia DC.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Capão Grande, no campo, 1904, P. Dusén 3.988
(R). Jaguariaíva, Fazenda Barros, arbusto de 1,5 m, capítulo creme, campo cerrado, O. S.
Ribas & L. B. S. Pereira, 1.620, 8.II.1997 (MBM 208.334). Lapa, Colônia São Carlos,
capítulo creme, zona de campo, afloramentos de arenito, 22.XI.2001O. S. Ribas et al. 3.293
(CNPO 3.071). Ponta Grossa, rio Tibagi, no campo, subarbusto 0,60 m, inflorescência
branca, visitada por abelhas, 15.VII.1994, N. Silveira 12.335 (HAS). Sengés, Fazenda
211
Morungava, subarbusto 0,50 m, do cerrado, G. Hatschbach 29.230, 27.II.1972 (MBM
21.706). São Paulo, São Paulo, próximo a Jaraguá, 3.VII.1946, W. Hoehne 11.984 (CTES
SPF).
4.4.21.6 Baccharis pseudomyriocephala Malag.
R. P. Malagarriga-Heras, Contrib. Geobiol. Canoas, 8, p. 31, L. 6, 1957. Nome substituído:
Baccharis myriocephala Baker (non DC.) in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 93, 1882.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro? ou São Paulo, Campos da Bocaína? Glaziou 8.130
(Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do holótipo G-DC! Isotypus R!).
Referência: J. Baker (Fl. Bras. 6, III, p. 93, 1882 [s. nom. Baccharis myriocephala]).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte 1, p. 948,
est. 220, 2002 [s. nom. B. pauciflosculosa DC.]); R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci.
Nat. La Salle 37, fig. 36 e 84, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Habita
regiões de altitude.
Etimologia: O epíteto específico foi dado por Malagarriga-Heras para a espécie de Baker, por
ter sido primeiramente utilizado para uma espécie da seção Caulopterae.
Observações: A estampa n. 216, da página 936, constante na “Flora Catarinense” (Barroso &
Bueno, 2002) sob o nome de Baccharis pseudomyriocephala Malag., pertence, em verdade, a
Baccharis longiattenuata An. S. de Oliveira.
Material estudado: BRASIL – Santa Catarina, Laguna, próximo à cidade, restinga,
arbusto de 1 m, 5.VI.1952, R. Reitz et al. 266 (HBR). Palhoça, campo do Maciambú,
restinga, arbusto de 1 m, 14.V.1953, R. Reitz et al. 624 e 626 (HBR RB HAS).
4.4.21.7 Baccharis ramosissima Gardner
G. Gardner, London J. Bot. 7, p. 84, 1848.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Gardner 4.898 (Holotypus K n.v. Isotypus B n.v. Foto F
15045!).
212
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 149, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 225, fig. 221 folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo.
Habita campos de altitude.
Etimologia: Em relação ao hábito ramoso da espécie.
Material estudado: BRASIL – Goiás, Alto Paraíso, Chapada dos Veadeiros, campo
rupestre, arbusto 2 m, 27.I.1979, Gates & Starbrook 82 (SP). Minas Gerais, Ouro Branco,
Serra do Ouro Branco, campo limpo graminoso com afloramentos rochosos, 1.450 m.s.m,
arbusto de 1 m, ramoso no ápice, heliófilo, capítulos verde-amarelados, no campo, s.d., J. R.
Pirani et al. (CTES 346.611).
4.4.21.8 Baccharis reticularia DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 405, 1836.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Vauthier 329 (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do
holótipo G-DC!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 25, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 11, fig. 4 a-e, 2006).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e
Paraná. Habita regiões campestres.
Etimologia: Referência à venação reticulada das folhas.
Observações: A estampa n. 215, p. 933, constante na “Flora Catarinense” (Barroso & Bueno,
2002), pertence à Baccharis angusticeps Dusén, bem como todo o material examinado.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Palmeira, rio Tibagi, arbusto de 3 m, flor creme,
campo de solo rochoso, 12.II.1982, P. I. Oliveira 368 (MBM); Rodovia do Café, campo
213
pegregoso com afloramento de arenito, arbusto 1 m, 10.V.1964, G. Hatschbach 11.261
(MBM); Capão da Índia, afloramentos de arenito, subarbusto 50 cm, ramoso, ereto,
21.IV.1980, G. Hatschbach 42.971 et al. (MBM). Ponta Grossa, campo, 900 m s.m.,
14.I.1965, L. B. Smith et al. 14.472 (FLOR); Parque Vila Velha, taipa, zona de campo,
margem de arroio, 920 m s.m., 21.XII.1962, G. Hatschbach 9.583 (HB MBM). Vila Velha,
campo graminoso, 19.XII.1903, P. Dusén 2.812 (R). São Paulo, São Paulo, Parque Estadual
de São Paulo, planta masculina, 14.VII.1945, W. Hoehne s.n. (SPF).
4.4.21.9 Baccharis retusa DC.
A. P. de Candolle Prodr. 5, p. 412, 1836.
Typus: Brasil, São Paulo, Sellow 479 (Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do holótipo GDC!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 27, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 28, fig. 13 a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita campos de altitude. Floresce e frutifica de outubro
a janeiro.
Etimologia: Refere-se ao ápice obtuso das folhas.
Material estudado: BRASIL – Minas Gerais, Diamantina, 37 miles from Diamantina in
route to Curvelo, 3.400 m.s.m, 23.XII.1959, B. R. Maguire et al. 44.759 (RB). Paraná,
Bocaiúva do Sul, Ouro Fino, arbusto capítulos creme, da capoeira, comum, 8.VII.1959, G.
Hatschbach 6.127 (RB MBM). Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, Aparados da Serra,
planta ♀, 8.X.2003, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble 4.137 (MBM); idem, Fortaleza,
planta ♀, 28.III.2004, L. P. Deble et al. s.n. (MBM); ad rivum in dumetosis, fl. masc.,
5.XI.1951, B. Rambo s.n. (PACA 51.951); idem, ad araucarietum in dumetosis, 9.IX.1952,
B. Rambo s.n. (PACA 52.949); erva heliófila, crescendo à beira do precipício, flores
amarelas, 13.X.1976, D. Araújo 1.258 (GUA). Lages, beira da estrada, planta ♂, 12.IV.2006,
L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble 4.139 (MBM). Montenegro, Morro do Cabrito, no
topo do morro, arbusto com 1,8 m, 255 m s.m., 4.X.1989I. Fernandes 606 (ICN RB); Novo
214
Hamburgo, ad montem Ferrabraz, 14.X.1936, B. Rambo s.n. (PACA 2.325). Pareci, p.
Montenegro, in campestribus dumetosis, fl. masc., 25.IX.1945, Sicher s.n. (PACA 29.602).
São Francisco de Paula, 21.X.1960, A. L. Cabrera 2.357 (CTES); s.d., B. Rambo s.n. (RB
84.105). São José dos Ausentes, Cânion Monte Negro, planta ♀, 14.XI.2006, L. P. Deble &
Oliveira-Deble 4.138 (MBM). São Leopoldo, in siccis dumetosis, fl. masc., 9.X.1954, J.
Dutra s.n. (PACA 37.131). Sapucaia do Sul, in summo monte, p. São Leopoldo, in
rupestribus dumetosis, fl. fem., 9.X.1955, B. Rambo s.n. (PACA 57.471); Morro Sapucaia,
arbusto terrestre no topo do morro, 19.X.1986, I. Fernandes 200 (ICN GUA RB). Santa
Catarina, Bom Jardim da Serra, Serra do Oratório, arbusto 1 m, flores brancas, 1.400
m.s.m, 21.VIII.1958, Reitz et al. 6.993 (FLOR); s.l., s.d., L. B Smith 11.286 (RB). Lages,
estrada de rodagem federal, km 1 sul de Lages, 900 m s.m., 12.II.1957, L. B. Smith et al.
11.286 (R RB); beira da estrada, 12.IV.2006, L. P. Deble & Oliveira-Deble (MBM).
4.4.21.10 Baccharis salzmannii DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 409, 1836.
Typus: BRASIL, Bahia, Salzmann s.n. “in collibus aridis” (Holotypus G-DC n.v. Foto
digitalizada do holótipo G-DC! Isotypus R! K n.v. Foto digitalizada K! B n.v. Foto F 8165!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 150, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 225, fig. 218 folhas, 1976); R. P. Malagarriga-Heras
(Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 38, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre nos estados da Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Habita regiões de altitude.
Etimologia: Homenagem ao botânico alemão Philipp Salzmann (1781-1851).
Material estudado: BRASIL – Bahia, arredores, Morro do Chapéu, arbusto de 1,5 m,
capítulos creme, planta ♂ encosta de morro, 15.I.1977, G. Hatschbach 39.624 (MBM);
Mucugê, rod. P. Palmeira, arbusto 2 m, flores creme ♀, borda de cerrado, 18.VI.1984, G.
Hatschbach 48.020 (MBM). Distrito Federal, Reserva Ecológica do IBGE, arbusto de 2,0 m
de altura, capítulos alvascentos, ♂, 1.IX.1983, B. A. S. Pereira 706 (SP). Minas Gerais,
Cristália, arbusto de 1,5, capítulos creme ♀, capoeira, 23.VII.1978, G Hatschbach 41.494
215
(MBM); Diamantina, 37 miles from Diamantina on route to Curvelo, alt. 3.400 feet,
23.XII.1959, ♂, B. Maguire et al. 44.759 (RB). Santa Catarina, Monte Crista, Garuva, orla
do campo, arbusto 2 m, flor esbranquiçada, 900 m s.m., 6.X.1960, R. Reitz et al. 9.988 (RB).
4.4.21.11 Baccharis schultzii Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 4 III, p. 78, 1882.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, “in campis Brasiliae orientalis, Widgren 257 Poços de
Caldas Regnell III 758, sine loco specialli Riedell 538, 540 (Syntypus P n.v. Isosyntypus R!).
= Baccharis montana Sch.-Bip. ex Baker, Fl. Bras. 6, III, p. 78, 1882.
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 129, 1976).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 42, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Habita regiões de altitude, em borda de matas.
Etimologia: Homenagem ao botânico inglês Carl Heinrich Schultz Bipontinus (1805-1867).
Observações: A estampa n. 245, p. 1.032, da “Flora Catarinense” (Barroso & Bueno, 2002)
pertence a Baccharis intermixta Gardner.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Quatro Barras, Rio Taquari, orla do campo,
arbusto 2 m, 9.VII.1974, G. Hatschbach 34.555 (CTES MBM); Alto da Serra do Mar, Corvo,
margem do mato próximo ao córrego, árvore de 3 m, 10.IV.1948, G. Tessmann s. n. (MBM
266.609). Rio de Janeiro, Nova Friburgo, Morro Possolé, Sítio Dr. Dungs, árvore 3-4 m,
inflorescência branca ♂, 28.I.1968, G. Pabst 9.118 (MBM). Santa Catarina, Rancho
Queimado, Serra da Boa Vista, campo, arbusto 2 m, 1.200 m s.m., 24.X.1957, R. Reitz 5.383
(HBR).
4.4.21.12 Baccharis trilobata An. S. de Oliveira & Marchiori
An. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori, Balduinia n. 7, p. 35, 2006.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, Lages, in rupestribus dumetosis, B. Rambo s.n. (Holotypus
PACA 49.558!).
216
= Baccharis pentziifolia var. minor G. M. Barroso, Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 154, 1976).
Typus: BRASIL, Paraná, Castro, XI.1950, Vidal III.79 (Holotypus R!).
Referência: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 7, p. 34-36, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 35, fig. 17 a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: Nos estados do Paraná e Santa Catarina. Habita áreas campestres.
Etimologia: Alude ao ápice das folhas freqüentemente provido de 3 lóbulos.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Balsa Nova, São Luiz do Purunã, campo, solo
rochoso, 14.XII.1979, G. Hatschbach 42.640 (CTES – MBM). Castro, XI.1950, Vidal III.79
(R). Lapa, sobre rochas úmidas, arbusto 70 cm, flor creme, 11.II.1965, Reitz et al. 17.393
(HBR FLOR). Palmeira, km 49, Rodovia do Café, campo, arbusto 60 cm, flores creme,
abundante, 12.XII.1965, Reitz et al. 17.475 (FLOR HBR); arbusto 60 cm, 21.X.1965, L. B.
Smith et al. 14.934 (FLOR HBR RB); Rio do Salto, subarbusto de 60 cm, 29.III.1959, G.
Hatschbach 5.595 e 5.595 (HBR). Ponta Grossa, Rio Tibagi, no campo, subarbusto de 0,60
m, inflorescência branca, visitada por abelhas, 15.VII.1994, N. Silveira 12.335 (HAS). Santa
Catarina, Lages, in campestribus graminosis, flor masc., A. Bruxel, 1935 (PACA); in
campestribus dumetosis, flor fem., 10.I.1951, B. Rambo s.n. (PACA 49.558).
4.4.22 Seção Scandentes Cuatrecasas
J. Cuatrecasas, Rev. Colomb. Ci. Exact. n. 13, v. 49, p. 42, 1967.
Typus: Baccharis decussata (Klatt.) Hieron., Engl. Bot. Jahrb. 28 p. 39, 1887.
Plantas dióicas, escandentes. Folhas pecioladas, 3-5-nervadas, concolores ou discolores,
íntegras ou denteadas na metade, tomentosas ou hirsutas. Indumento constituído de tricomas
flageliformes e em pedestal, nunca em tufos. Capitulescências pedunculadas dispostas em
ramos corimbiformes terminais, formando panículas folhosas (Fig. 4 A). Capítulos femininos
campanulados (50-60 flores), desprovidos de páleas; flores femininas com corola filiforme de
ápice truncado; pappus das flores femininas, unisseriado, unido em anel basal, acrescente;
aquênios papilosos, 5-costados, com epiderme lisa e papilosa, com tricomas longos
geminados. Capítulos masculinos campanulados (20-25 flores); flores masculinas de corola
217
tubulosa, 5-lobada; rudimento do estigma com ramas lanceoladas e separadas (Fig. 7 B);
pappus das flores masculinas espessadas no ápice.
Comentários: A seção Scandentes está relacionada à seção Trinervatae DC., em recente
estudo para a Argentina, Giuliano (2001) reconheceu esta na sinonímia de Trinervatae, tendo
em vista que ambas reúnem espécies escandentes, com capítulos pedunculados, formando
panículas folhosas de ramos corimbiformes terminais. No presente estudo, preferiu-se manter
as duas seções como independentes, tendo em vista que Trinervatae apresenta páleas no
receptáculo feminino (versus desprovido de páleas) e tricomas em tufos nas folhas e ramos
(versus nunca em tufos).
Distribuição geográfica: Sandentes inclui 5 espécies geralmente escandentes, que habitam a
orla de matas de altitudes ou subtropicais, com ocorrência nos Andes da Colômbia e Bolívia,
estendendo-se até a Argentina, Paraguai e Brasil onde o grupo está representado por 1
espécie.
4.4.22.1 Baccharis anomala DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 463, 1836. Baccharis anomala DC. subsp. paulopolitana
Malag., Contr. Inst. Geobiol. n. 3, p. 4, 1954
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, s. l. 956 (Holotypus G-DC n.v., Foto digitalizada do
holótipo G-DC!).
= Baccharis anomala DC. subsp. ramboana Malag., Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, p. 132,
1977. Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Vila Oliva, Rambo s.n. (Holotypus PACA 30.783!
Isotypus PACA 31335!).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, Tomo VI, parte VI, p. 269-270, 1974); D. A.
Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 20-21, 2000)
Iconografia: J. Baker (Fl. Bras. 6, III, 1.c. tab. 28, 1882); A. L. Cabrera (op. cit. p. 270, fig.
150 a-c, 1974); R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Cien. Nat. La Salle, fig. 19, folhas,
1976).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (estados do sul e sudeste), Paraguai, Uruguai e Argentina.
De hábito escandente, ocorre em beira de matas e capões.
218
Etimologia: Refere-se ao hábito incomum em relação a maioria das espécies de Baccharis.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Campo Largo, Serra de São Luiz do Purunã,
arbusto escandente de flor alvo-amareladas, 23.II.1960, Ed. Pereira 5.397 (HB). Campo
Magro, caverna do sumidouro, floresta ombrófila mista montana, folhas com galhas de
insetos, subarbusto, capoeirinha, 24.VI.1996, G. Tiepolo et al. (MBM). Colombo, trepadeira,
flor creme, floresta ombrófila mista, 2004, P. R. de Andrade s. n. (MBM). Curitiba, Jardim
Botânico, trepadeira lenhosa, capítulos creme, orla da mata, floresta ombrófila mista,
18.I.2005, S.C. Wolfart et al. (MBM); km 39, em direção a Paranaguá, s.d., Fromm 313 et al.
(R). Guaraqueçaba, reserva natural Salto Morato, herbácea ereta, 1,4 m, capoeirinha
herbácea, 17.XII.2000, M. Scheer 347 (MBM). Ipiranga, in fruticetis ad margen viae ferr,
1.II.1904, P. Dusén 3.348 (R). São José dos Pinhais, Guaricana, apoiante, orla da mata,
28.IX.1983, P. I. Oliveira 744 (FLOR); Guapiara, mata secundária, trepadeira, 3.II.1959, G.
Hatschbach 5.492 (HBR). Rio Grande do Sul, Bagé, beira da BR 154, após ponte sobre o
Arroio das Traíras, 8.V.1986, Girardi-Deiro et al. (CNPO); ibidem, estrada Candido Simões
Pires, 2.IV.1992, Girardi-Deiro et al. 979 (CNPO); Passo dos Enforcados, mata na beira do
rio Camaquã, 5.III.1981, J. C. Lindeman et al. 7015 (CNPO). Barra do Quaraí, Parque do
Espinilho, 1.IV.2004, L. P. Deble et al. (MBM). Candiota, mato capoeira na ponte do Arroio
Candiota, 14.I.1988, P. Oliveira et al. (CNPO). Caxias do Sul, estrada para Loreto, na mata,
27.V.1985, I. Guerra et al. (FLOR); 23.IV.1964, J. C. Saco 2.128 et al. (GUA); arredores da
cidade, arbusto semi-escandente, 20.IV.1964, E. Santos 1.843 et al. (R). Osório, Palmital, 5
km da estrada do mar, arbusto apoiante em borda de mata de restinga, 30.XII.1996, J. A.
Jarenkow 3.461 (FLOR); p. litus boreali, 2.X.1950, B. Rambo 48.919 (CTES). Pelotas, 1880,
J. Saldanha 6520 (R); 7.III.1880, Schwacke 330 (R). Santa Maria, Alemoa, III.1939, J. Vidal
s.n. (R 38.156). Santo Ângelo, Cachoeirão, 18.II.1893, G. O. A. Malme 532 (R). São José
dos Ausentes, Serra da Rocinha, 27.III.2004, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble s.n.
(HDCF). Vale do Sol, linha XV de novembro, arbusto apoiante em vassoural, 27.II.1993, J.
A. Jarenkow 2.340 (FLOR). Santa Catarina, Campos Novos, wooded gorge, 9.II.1957, L.
B. Smith 11.161 (HBR). Grão Pará, Serra do Corvo branco, apoiante, capítulos creme,
matinha nebular, 10.III.2005, G Hatschbach et al. 78.963 (MBM). Joinvile, estrada Dona
Francisca, capoeira, arbusto 2 m, 4.X.1957, R. Reitz et al. 5.018 (HBR). Itajaí, s.d., F. Müller
272 (R). Porto União, perto da cidade, arbusto lianoso, 22.IV.1962, R. Reitz et al. 12.752
(HBR). Rancho Queimado, Serra da Boa Vista, capoeira, arbusto lianoso, 8.IX.1960, R.
Reitz 9.938 (HBR). Santo Amaro da Imperatriz, Pilões, capoeira, 28.IX.1956, R. Reitz et
219
al. 3.785 (HBR). Urubici, Morro da Igreja, 10.IV.2006, L. P. Deble & Oliveira-Deble
(MBM). Xanxerê, campo, 19.II.1957, L. B. Smith et al. 11.487 (HBR).
4.4.23 Seção Tarchonanthoides (Heering) Cuatrecasas
J. Cuatrecasas, Rev. Acad. Colombiana 13, n. 49, p. 89, 1967.
Lectótipo: Baccharis artemisioides Hook. & Arn., designado por J. Cuatrecasas (Rev. Acad.
Colomb. Ci Exact. 13, p. 89, 1967).
= Subgênero Tarchonanthoides Heering, Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. Beih, n. 21, p. 26,
1904.
Plantas dióicas, herbáceas ou lenhosas apenas na base, pubérulas ou lanosas. Folhas lineares a
oblongas, concolores ou discolores, sésseis, 1-3-nervadas ou retinervias, pubérulas ou lanosas.
Indumento constituído de tricomas unisseriados filiformes e flageliformes e tricomas em
pedestal localizados principalmente na margem das folhas. Capitulescências pediceladas,
dispostas em racemos folhosos de ramos racemiformes (Fig. 4 F). Capítulos femininos
obongos a campanulados; receptáculo desprovidos de páleas, pauci ou multifloros (5-40
flores); flores femininas com corola tubulosa de ápice denteado; pappus das flores femininas
bisseriado (unisseriado apenas em Baccharis multipaniculata), acrescente, persistente e unido
em anel basal; receptáculo cônico; aquênios obovados ou cilíndricos, 5-8 costados,
pubescentes, constituído de papilas e tricomas geminados longos. Capítulos masculinos
campanulados, providos de 20-30 flores; flores masculinas de corola tubulosa 5-lobada;
lóbulos providos de tricomas no ápice; rudimento do estigma com ramas breves e aderidas ou
livres (Fig. 7 A e C); pappus das flores masculinas geralmente mais curto que a corola, com
ápice não espessado.
Comentários: Apresenta relação com a seção Ferruginescentes; das qual separa-se pelo
hábito herbáceo, por vezes, lenhoso apenas na base (versus hábito arbustivo) e pelas folhas
sésseis de até 5 cm de comprimento por 0,8 cm de largura (versus folhas pecioladas, de mais
de 5 cm de comprimento por 0,8 cm de largura).
Observação: Giuliano (2001) reconheceu o nome válido para esta seção como Paniculatae
Heering, cujo lectótipo é Baccharis paniculata, espécie do Chile que apresenta aquênios
glabros. No presente estudo prefere-se manter a seção Tarchonanthoides como válida, cujo
lectótipo é Baccharis artemisioides e reúne espécies muito parecidas entre si, geralmente
220
plantas herbáceas, lenhosas apenas na base, com aquênios providos de tricomas geminados e
papilas.
Distribuição geográfica: A seção Tarchonanthoides inclui 7 espécies, com distribuição no
Brasil, Uruguai, metade norte da Argentina, Paraguai e Bolívia. O centro de diversidade inclui
o sul do Brasil e parte do sudeste (São Paulo), com 4 espécies exclusivas.
4.4.23.1 Baccharis albolanosa An. S. de Oliveira & L. P. Deble
A. S. de Oliveira & L. P. Deble, Balduinia, n. 9, p. 4, 2006.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, São Francisco de Assis, RS 241, para Manoel Viana,
em solo arenoso, II.2006, L. Deble & An. S. de Oliveira s.n. (Holotypus MBM! Isotypi
PACA! SI! CTES!).
Referência: A. S. de Oliveira & L. P. Deble (Balduinia n. 9, p. 4-5, 2006).
Iconografia: A. S. de Oliveira & L. P. Deble (op. cit. p. 6, fig. 1 a-f, 2006).
Distribuição & Hábitat: No Brasil ocorre no sudoeste do estado do Rio Grande do Sul.
Habita campos arenosos.
Etimologia: Alusão à densa pubescência albolanosa.
Comentários: Afim a B. ochracea Spreng., da qual difere pela pubescência albo-lanosa nas
brácteas involucrais (versus lúteo ou ferrugíneo-tomentosa), bem como pelos capítulos
femininos com 5-7 mm de altura e 4-5 mm de diâmetro (versus 3-4 mm de altura e 3 mm de
diâmetro), apresentando brácteas involucrais dispostas em 4-5-séries (versus 2-3-séries).
Baccharis albolanosa igualmente demonstra relação com B. artemisioides Hook. & Arn.; esta
espécie, todavia, apresenta pubescência argênteo-tomentosa, invólucro feminino com brácteas
dispostas em 3-séries, com dorso apenas pubérulo e pápus de 6-7 mm, exserto 3-4 mm do
invólucro (versus 1,5-2 mm).
Material estudado: BRASIL - Rio Grande do Sul, Alegrete, divisa c. Rosário do Sul,
XII.2006, L. P. Deble & A. S. de Oliveira-Deble (MBM). São Francisco de Assis, zona de
campos pedregosos entremeados com matas de galeria, arbusto de 1m, em afloramento
221
rochoso nos arredores da cidade, capítulos brancos, masculinos, II.1990, M. Sobral et al.
6.316 (ICN FLOR).
4.4.23.2 Baccharis coridifolia DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 422, 1836.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, entre Herval e Piratini, Sellow d1893. 2.III.1824.
(Lectotypus, designado por Müller, 2006; P n.v. Foto digitalizada do lectótipo P! Isolectotypi
R! G-DC n.v. Foto digitalizada do isolectótipo G-DC!).
=Eupatorium montevidense Spreng., Syst. Veg. 3, p. 417, 1826, non Baccharis montevidensis
Sprengel, 1826; Typus: URUGUAI, Montevideo, ♀, Sellow s.n. (Holotypus P n.v. Foto
digitalizada do holótipo P!).
Referência: D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 2627, 2000); A. Espinar (Bol. Acad. Nac. Ci. n. 50, p. 269-270, 1973); A. L. Cabrera (Fl. Ilust.
Entre Rios p. 270-273, 1974; Fl. de la Prov. Jujuy p. 236, 1978); J. Müller (Syst. Bot. Monog.
v. 76, p. 273-274, 2006).
Iconografia: A. Espinar (op. cit. p. 271, fig. 37, 1973); A. L. Cabrera (op. cit. p. 271, fig. 151
a-g, 1974; op. cit. p. 237, fig. 101 a-g, 1978); J. Müller (op. cit. v. 76, p. 275, fig. 108 a-v,
2006).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul),
Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. Habita regiões campestres.
Etimologia: Alude a semelhança com espécies do gênero Coris Tourn. ex L. (Primulaceae).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Curitiba, campo, III.1977, F. Muller 68 (R).
Jaguariaíva, BR 151, próximo ao rio Lambari, campo limpo, sublenhosa, 23.IV.1988, G.
Hatschbahc 52.130 et al. (MBM). Palmeira, BR 277, Rio Capivara, subarbusto 50 cm, campo
limpo, 1.III.1989, O. S. Ribas et al. 62 (FLOR); campo, subarbusto 9.V.1969, G. Hatschbach
91.463 (CTES MBM). Piraquara, Pinhaes, borda de capão, arbusto 1,2 m, 18.II.1959, G.
Hatschbach 5.502 (HBR). Rio Grande do Sul, Alegrete, Apa Ibirapuitã, campo sujo,
21.III.1998, R. Wasum s.n. (MBM 227507). Bagé, UEPAE, estradinha para leitaria, J. C.
Lindeman 6.988, 13.XII.1980 (CNPO 519), E. E. Fitotécnica, potreiro B, arbusto na beira da
222
sanga, frutos, A. M. G. Deiro, 22.IV.1976 (CNPO 371); V.1950, J. Gomes s. n. (FLOR).
Caçapava do Sul, BR 290, km 223, erva beira do mato, 5.V.1985, M. Sobral 3.895 (MBM).
Cachoeira do Sul, 11.V.1893, G. O. A. Malme 808 (R). Candiota, Fazenda Candiota, Paulo
Oliveira et al., 20.XIII.1987 (CNPO 1935). Dom Pedrito, campo, 19.III.1981, R. M. Klein et
al. 12.015 (HBR) Montenegro, p. Estação Azevedo, 25.VIII.1936, in campestribus
dumetosis, B. Rambo s.n. (PACA). Pelotas, 4.VI.1959, J. C. Saco 1.307 (HBR); perto da
cidade, s.d., R. P. Malagarriga-Heras 173 (HBR). Santana da Boavista, Passo da Chácara,
herba in campestribus, 30.III.1975, A Sehnen 14.616 (PACA). São Borja, 22.IV.1983, S.
Streck 22a (PACA). São Vicente do Sul, base do Cerro do Loreto, campo, subarbusto de 0,41 m, flores brancas, 8.II.1990, D. Falkenberg et al. 1.990 (FLOR). Santa Catarina, Bom
Jardim da Serra, Serra do Oratório, no campo, arbusto 40 cm, 1.400 m s.m., 19.III.1959, R.
Reitz et al. 8.665 (HBR RB). Lages, Morro do Pinheiro Seco, 900-950 m s.m., 16.III.1957, L.
B. Smith et al. 12.212 (R HBR); no campo, 900-1.000 m s.m., 12.II.1957, L. B. Smith et al.
11.334 (HBR RB). Lebon Regis, campo, 900 m s.m., 22.II.1962, R. Reitz et al. 12.304 (HBR
RB). Mafra, 4 km northwest of Mafra on the road to Barracas, campo 800-850 m s.m.,
13.III.1957, L. B. Smith et al. 12.083 (HBR RB); campo e ruderal, 13.III.1957, L. B. Smith
et al. 12.082 (HBR RB R).
4.4.23.3 Baccharis erigeroides DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 418, 1836.
Typus: BRASIL, São Paulo, Mogi, Lund 845 (Holotypus G-DC n.v., Foto digitalizada do
holótipo G-DC!).
= Baccharis erigeroides DC. var. dusenii Heering; Arkiv f. Bot. 9 (15): 23, 1910, est. 7, fig. 1.
Typus: BRASIL, Paraná, Capão Grande, nos campos, Dusén 2.766 (Holotypus R!);
= Baccharis puberula DC; Prodr. 5, p. 401, 1836. Typus: BRASIL, São Paulo, Sellow 515
(Holotypus G-DC n.v. Foto digitalizada do holótipo G-DC!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 54-55, 1976).
Iconografia: W. Heering (Arkiv f. Bot. 9 n. 15, p. 23, est. 7, fig. 1 [s. nom. Baccharis
erigeroides var. dusenii] 1910); R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Cien. Nat. La Salle, 37,
fig. 313, folhas, 1976).
223
Distribuição & Hábitat: No Brasil ocorre nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. Habita campos de altitude.
Etimologia: Alusão à semelhança da espécie com o gênero Erigeron L. (Asteraceae).
Comentários: A variedade proposta por Heering (1910) não apresentam diferenças
significativas do material típico; ficando, desse modo, reduzida a sinonímia.
Material estudado: BRASIL – Paraná, Água Doce, Campos de Palmas, 1.100 m s.m.,
4.XII.1964, L. B. Smith et al. 13.533 (FLOR). Campina Grande do Sul, do campo limo,
capítulos cremes, 22.X.1961, G. Hatschbach 8.354 (MBM). Campo Largo, Rio dos
Papagaios, do campo limpo, 23.II.1960, G. Hatschbach 6.759 (MBM). Curitiba, campo
úmido, 3.XI.1960, E. A. Moreira 78 (RB). Palmeira, Rod. BR 277, rio Papagaios, ereta,
capítulos alvescentes (fem.), campo limpo seco, 11.II.1988, G. Hatschbach 51.875 et al.
(MBM). Piraí do Sul, Tijuco Preto, capítulos creme, do campo, 9.X.1958, G. Hatschbach
5.118 (MBM HBR RB). Piraquara, Capão Pomar, campo, subarbustiva, 15.X.1971, N.
Imaguire (RB MBM). Tibagi, Rodovia Castro Tibagi km 24, campo limpo seco, capítulos
creme, masculino, 19.X.1993, G. Hatschbach 59.654 et al. (FLOR). Rio Grande do Sul,
Cambará do Sul, p. São Francisco de Paula, in campestribus dumetosis, II.1938, B. Rambo
s.n. (PACA 36.255). São José dos Ausentes, em campo, 5.XI.2004, L. P. Deble & A. S. de
Oliveira-Deble (MBM). Santa Catarina, Bom Jardim da Serra, Serra do Oratório, erva,
campo, 1.400 m s.m., 23.X.1958, R. Reitz 7.461 (RB HBR); Faxinal, campo, 1.200 m s.m.,
29.I.1950, R. Reitz et al. 3.434 (HBR); Faz. Laranja, campo 1.400 m s.m., erva, 10.XII.1958,
R. Reitz et al. 7.736 (HBR HAS RB). São Joaquim, entre São Joaquim e Rio Pelotas,
subarbusto de flores alvacentas, 23.X.1961, Pabst. et al. 6.222 (R RB). Lages, Morro do
Pinheiro Seco, campo, flor creme, 950 m s.m., 1.XI.1963, R. M. Klein 4.535 (FLOR RB
HBR).
4.4.23.4 Baccharis multipaniculata A. S. de Oliveira-Deble & Deble, sp. nov., ined.
Typus: BRASIL, Santa Catarina, Curitibanos, no campo, flores ♂, 900 m s.m., 22.II.1962,
R. Reitz & R. M. Klein 12.222 (Holotypus HBR 50.895!).
Subarbusto de 0,5-1,5 m; ramos ascendentes, tomentosos com tricomas unisseriados e
glandulares (Fig. 13 A). Folhas linear-lanceoladas a lanceoladas (10-20 mm comprimento por
224
1-4 mm largura), subopostas ou alternas (entre-nós de 10 mm), sésseis, uninérvias; de
margem inteira e revoluta, ápice agudo e base semiamplexicaule; superfície abaxial e adaxial
com indumento de tricomas unisseriados flagelaliformes, glandulares, curtos e rígidos (Fig.
13 B). Capítulos pedunculados, dispostos em panículas terminais. Capítulos femininos (Fig.
13 C) campanulados de 2,5-3 mm de altura e largura (flores 6-7); invólucro de 2-2,5 mm
altura por 2,5 de largura. Brácteas involucrais em 2-3 series, obtusas ou rotundas no ápice,
enegrecidas no dorso, margens hialinas (Fig. 13 E); as externas, ovadas (1-1,5 mm
comprimento por 0,7-1 mm largura); as medianas e internas, oblongas (2-2,5 mm
comprimento por 0,8-1 mm largura). Corola feminina tubulosa de 1,5 mm comprimento,
denteadas no ápice (Fig. 13 D). Estilete de 1,5-1,8 mm de comprimento; ramas lanceoladas de
0,3 mm de comprimento. Pappus branco, unisseriado de 1,8-2,2 mm de comprimento (35-40
cerdas), unido em anel basal, acrescente, persistente. Aquênios amarelos, obovado-elípticos
de 1 mm de comprimento, 5-costados, com tricomas globosos (Fig. 13 F). Capítulos
masculinos hemisféricos (Fig. 13 G) de 2 mm de comprimento, 2-2,5 mm largura (flores 1216); invólucro de 2 mm de comprimento e largura. Brácteas involucrais obtusas ou agudas no
ápice (Fig. 13 I), em 2 séries; as externas ovadas (2 mm de comprimento por 2,5 de largura);
as internas, ovado-oblongas (1,5-2 mm de comprimento por 1-1,2 mm de largura). Corola
masculina de 1-1,2 mm de comprimento, 5-lobadas (Fig. 13 H). Anteras de 0,5-0,7 mm de
comprimento. Estilete de 1-1,5 mm comprimento; ramas do estigma breves e aderidos ou
livres. Pappus branco, unisseriados, 1-1,5 mm de comprimento (15-20 cerdas).
Distribuição e Hábitat: Ocorre nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita
regiões campestres de altitude.
Etimologia: Em relação à disposição da inflorescência formando muitas panículas.
Comentários: Afim a Baccharis coridifolia DC., distingue-se pelas folhas semiamplexicaules
(versus atenuadas ou rotundas), pela capitulescência feminina disposta em panículas densas,
multicéfalas (versus capitulescências femininas em panículas triangulares, paucicéfalas),
pelos invólucros femininos campanulados (versus oblongo) e pelo pappus das flores
femininas com 35-40 cerdas (versus 100-130).
Material examinado (paratypus): BRASIL – Rio Grande do Sul, São Francisco de Paula,
Itaimbezinho, in paludosis dumetosis, flor ♂, 12.II.1956, B. Rambo (PACA 58.571).
Figura 13 – Baccharis multipaniculata, sp. nov., ined. A) ramo feminino. B) folhas. C) capítulo feminino. D)
flor feminina. E) brácteas femininas. F) aquênios. G) capítulos masculinos. H) flor masculina. I) brácteas
masculinas (A-F, Reitz & Klein 12.222 holotypus HBR. G-I, Rambo s.n. paratypus PACA).
226
4.4.23.5 Baccharis ochracea Spreng.
C. P. J. Sprengel, Syst. Veg. n. 3, p. 460, 1826.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow d1978. (Holotypus B n.v. Isotypus NY n.v. Foto
digitalizada do isótipo NY!).
= Baccharis velutina DC., Prodr. 5, 415, 1836. Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow
995, 819 (Holotypus G-DC n.v. foto digitalizada do holótipo G-DC!).
Referência: D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 4445, 2000).
Iconografia: J. Baker (Fl. Ilust. Bras. 6, III, tab. 19, 1882).
Distribuição & Hábitat: No Brasil ocorre nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. Habita regiões campestres.
Etimologia: Alude a pubescência ferruginea da espécie.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Arroio Grande, BR 116, Km 582,
rough grassland, by the roadside, 18.II.1984, T. M. Pedersen 13.841 (CTES MBM). Bagé,
próximo a Estância Verana, 11.IV.1985 Girardi Deiro et al. s.n. (CNPO 929); entrada BR 153
p. estrada Cândido Simões, 70 Km NE, 5.III.1981, J. C. Lindeman et al. s.n. (CNPO 619); RS
153, ponte sobre o arroio das Traíras, beira de estrada, 28.III.1985, O. Bueno et al. 4.313
(CTES HAS); BR 153, planta ♂, IV.2006, A. S. de Oliveira-Deble & L. P. Deble (MBM).
Barra do Ribeiro, II.1908, J. Dutra 805 (R). Bom Jesus, Caraúno, frutex metralis, III.1936,
J. Dutra 1.261 (ICN); Rodovia Bom Jesus, km 15, beira de rio, campo, 12.III.2005, G.
Hatschbach et al. 79.088 (MBM). Cambará do Sul, Fortaleza dos Aparados, região de mata
ombrófila mista entremeada com campos pedregosos, erva de 1 m, em campo, VIII.1998, M.
Sobral et al. 8.664 (MBM). Candiota, campo na beira da represa, 13.I.1988, P. Oliveira et al.
s.n. (CNPO 1.888). Canoas, III.1939, I. Teodoro 46 (RB). Guaíba, Fazenda São Maximiano,
Br 116, km 308, 5.VII.2003, C. S. Pires et al. s.n. (ICN 128.448). Lavras do Sul, Rincão do
Inferno, encosta, campo pedregoso, 26.III.1985, O. Bueno et al. 4.234 (CTES – HAS).
Pelotas, campo do IAS, flores masculinas, 14.III.1950, J. Gomes s.n. (FLOR); Retiro,
8.III.1956, J. C. Saco 549 (HB PEL); 12.III.1958, s.leg. (R 110663); Praia do Laranjal, s.d., I.
Edésio s.n. (RB 170955); Retiro, beira da estrada, 12.III.1958, G. L. Brauner 8 (R). Porto
227
Alegre, Morro Santana, 18.III.1970, L. Baptista et al. s.n. (ICN 7.608); Menino Deus,
2.II.1921, G. O. A. Malme 1.400 (R); Morro das Abertas, encosta, subarbusto, 26.III.1980, O.
Bueno 2.307 (CTES - HAS); Morro Tapera, planta 60 cm, 8.V.1979, O. Bueno 1.383 (RB
HAS); Teresópolis, subarbusto 60 cm, encosta, 27.V.1980, O. Bueno 2.509 (RB HAS). São
Leopoldo, IV.1941, J. Eugenio s.n. (R 154215); 30.XI.1935, B. Rambo 494 (HBR). Santa
Maria, Rincão dos Potreiros, 14.III.1950, R. Beltrão 2.251 (R); Passo do Verde, 13.III.1938,
W. Rau 2.145 (HBR). Sapucaia do Sul, in dumetosis campestribus, 9.III.1949, B. Rambo
40.440 (CTES). Viamão, EEFV, fora da estação p. Tarumã, 23.III.1989, L. Mentz et al. s.n.,
(ICN 95.036). s.l., J. Dutra 1.541, s.d. (ICN). Santa Catarina, Água Doce, BR 153, próximo
ao Morro Capão Doce, 1.III.1984, T. M. Pedersen 13.732 (CTES). s.l., acima da Serra Geral,
no campo de Capivari, II.1891, E. Ule 1.501 (R). Bom Jardim da Serra, beira de rio, 1.1001.200 m s.m., 16.I.1957, L. B. Smith et al. 10.217 (HBR). Caçador, Joaçaba, campo, 1.200 m
s.m., 6.II.1957, L. B. Smith et al. 10.940 (R RB HBR). Joaçaba, Campos de Palmas, 1.0001.200 m s.m., 18.II.1957, L. B. Smith et al. 11.379 (HBR). São Joaquim, Lava Tudo, campo
limpo, 11.III.2005, G. Hatschbach 79.028 et al. (MBM).
4.4.23.6 Baccharis suberectifola A. S. de Oliveira-Deble & L. P. Deble, sp. nov., ined.
Typus: BRASIL, Paraná, Palmeira, Rod. BR-277, rio Papagaios, campo limpo, ereta,
capítulos alvescentes ♂, 11.II.1988, G. Hatschbach 51.875 & S. Ginzbarg (Holotypus MBM
119.688!).
Subarbusto, ereto, ramificado somente na capitulescência, 0,8-1,5 m (Fig. 14 A). Folhas
adpressas nos ramos, alternas, internos de 4-15 mm, concolores, lineares de 15-35 mm de
comprimento por 1-3 mm de largura, 1-3-nervadas, sésseis, glandulares, inteiras na margem,
ápice agudo e base truncada (Fig. 14 B). Capitulos pedunculados dispostos em panículas
terminais. Capítulos femininos oblongos de 7-8 mm de comprimento por 2-3 mm de
largura(Fig. 14 C); flores 5-6; invólucro de 5 mm de comprimento por 2-3 mm de largura;
brácteas involucrais em 3 séries, ápice agudo ou obtuso (Fig. 14 E); as externas ovadolanceoladas ou lanceoladas de 1,5-3 mm de comprimento por 1 mm de largura; as internas e
medianas oblongas de 4-4,5 mm de comprimento por 1-1,5 mm de largura. Corola feminina
tubulosa de 3,5 mm de comprimento, de ápice denteado (Fig. 14 D). Estilete excedendo o
ápice da corolla de 4-4,2 mm de comprimento; ramas lanceoladas de 0,7 mm de comprimento.
Pappus amarelo, em várias series de 3,5-4,5 mm long; cerdas 55-60, em anel basal,
persistente. Aquênios escurecidos de 2-2,5 mm de comprimento, com tricomas bisseriados
228
glandulares e curtos e globosos (Fig. 14 F). Capítulos masculinos campanulados ou
hemisféricos de 3,5-4 mm de comprimento e largura (Fig. 14 G); flores 15-20; invólucros de
2,5-3 mm de comprimento por 2,5-3,5 mm de largura; brácteas involucrais em 2-3-series,
agudas ou obtusas (Fig. 14 I); as externas ovadas ou lanceoladas de 1,5-2,5 mm de
comprimento por 1 mm de largura; as internas, ovadas de 2,5 mm de comprimento, 1-1,8 mm
de largura. Corola masculina de 2,5-3 mm de comprimento, de ápice 5-lobado, lóbulos de 0,7
mm de comprimento (Fig. 14 H). Anteras de 0,7-0,8 mm de comprimento. Rudimento
estigma excedendo a corola de 3 mm de comprimento; ramas do estigma breves aderidos ou
não entre si. Pappus branco ou amarelo, unisseriado de 1,5-2 mm de comprimento; com 1622 cerdas.
Distribuição & Hábitat: Ocorre no estado do Paraná. Habita regiões campestres. Floresce e
frutifica em Fevereiro.
Etimologia: Em relação às folhas eretas e rígidas.
Comentários: Afim à B. coridifolia DC., difere pelos ramos simples, ramificados somente na
capitulescência (versus ramificados), pelas folhas rigidas adpressas aos ramos (versus não
adpressas aos ramos), pelas brácteas involucrais femininas de ápice agudo ou obtuso (versus
ápice rotundo) e pelo pappus das flores femininas com 55-60 cerdas (versus 100-130).
Baccharis suberectifolia também apresenta relação com B. erigeroides DC., da qual difere
pelas folhas lineares, com 15-35 mm de comprimento por 1-3 mm de largura (versus oblongas
de 20-50 mm de comprimento por 3-8 mm largura), pelos internos com 4-15 mm (versus 1040 mm), pelos capítulos femininos oblongos, com 7-8 mm de comprimento, 2-3 mm de
largura (versus campanulado com 9-11 mm de comprimento, 7-8 mm de largura); bem como
pelo número de flores nos capítulos femininos 5-6 ( versus 15-20).
Material estudado (paratypi): BRASIL – Paraná, Campo Largo, rio Papagaios, campo
limpo, 930 m s.m., 23.II.1960, G. Hatschbach 6.759 (MBM). Palmeira, Rio Papagaios,
campo limpo seco, ereta, capítulos alvescentes ♀, 11.II.1988, G. Hatschbach 51.875 & S.
Ginsbarg (MBM); idem, capítulos creme ♂, 11.II.1988, G. Hatschbach 51.876 & S. Ginsbarg
(MBM).
229
Figura 14 – Baccharis suberectifolia, sp. nov., ined.. A) planta feminina. B) folhas. C) capítulo feminino. D) flor
feminina. E) brácteas femininas. F) aquênio. G) capítulo masculino. H) flor masculina. I) brácteas femininas (AF, Hatschbach 51.875 & Ginzbarg holotypus MBM. G-I, Hatschbach 51.876 & Ginzbarg paratypus MBM).
230
4.4.24 Seção Tridentatae Giuliano
D. A. Giuliano, Novon v. 15, n. 4, p. 537, 2005.
Typus: Baccharis tridentata Vahl., Symb. Bot. 3, p. 98, 1794.
Plantas dióicas, subarbustivas, geralmente xilopodíferas. Folhas pseudopecioladas, trinérvias,
glabrescentes, glandulosas, denteadas na metade superior. Indumento constituído de tricomas
flageliformes reunidos em tufos. Capitulescências pedunculadas, dispostas em ramos
corimbiformes terminais (Fig. 3 E). Capítulos femininos campanulados, multifloros (15-25
flores); receptáculo desprovido de páleas; flores femininas com corola filiforme de ápice
denteado; pappus das flores femininas bisseriado, pouco acrescente e caduco; aquênios
oblongos, glabros, 10-12-costados, com epiderme lisa. Capítulos masculinos campanulados,
multifloros (15-20 flores); flores masculinas de corola tubulosa, 5-lobada; rudimento do
estigma com ramas breves, aderidas entre si (Fig. 7 A); pappus das flores masculinas,
espessadas no ápice.
Comentários: A seção Tridentatae demonstra-se bastante homogênea; relacionada à seção
Cylindricae, distingue-se pelos invólucros campanulados (versus cilíndricos a oblongos), pelo
pappus das flores femininas pouco acrescente (versus acrescente) e pelos aquênios de
epiderme lisa (versus estriada).
Distribuição geográfica: Reúne 7 espécies distribuídas nos Andes da Bolívia, Argentina,
Paraguai e campos do Uruguai, sul e sudeste do Brasil, onde está representado por 6 espécies.
4.4.24.1 Baccharis deltoidea Baker
J. Baker in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 90, 1882. Baccharis tridentata var. deltoidea (Baker)
Heering, Jahrb. Hamb. Wiss. Anst. 31, p. 134, 1913.
Typus: URUGUAI, Montevidéu, Sellow 2875d (Holotypus n.v.).
Referência: J. Baker (op. cit. p. 90, 1882).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Habita regiões
campestres.
Etimologia: Referência ao ápice deltóide das folhas.
231
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Arroio dos Ratos, Granja Faxinal,
1.X.1977, K. Hagelund 11.712 (ICN); 6.X.1982, K. Hagelund 13.993 (MBM). Bom Jesus,
Serra da Rocinha, in campestribus dumetosis, 18.I.1950, B. Rambo s.n. (PACA 45.350).
Porto Alegre, Parque Estadual de Itapuã, Toca do Tigre, campo arbustivo, arbusto 1 m, flor
feminina, 27.IX.1950, B. Rambo 48.862 (ICN); morro do Araçá, 13.XI.2002, M. Pinheiro,
491 (ICN); arbusto, em campo rupestre, 11.X.2002, M. Pinheiro, 391 (ICN); Vila Manresa, in
campestribus dumetosis, 2.X.1948, B. Rambo s.n. (PACA 37.790); Espírito Santo, in
campestribus dumetosis, 12.IX.1947, K. Emrich s.n. (PACA 37.019). Santa Catarina, São
Joaquim, 29.II.1960, no campo, J. Mattos 7.739 (HAS).
4.4.24.2 Baccharis illinita DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 412, 1836.
Typus: BRASIL, São Paulo, Sellow 502 (Holotypus G-DC n.v., Foto digitalizada do holótipo
G-DC! Isotypus R!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 111-112, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso & O. Bueno (Fl. Ilust. Catarinense, Compostas, Parte I, p. 973,
est. 228a, 2002).
Distribuição & Hábitat: Nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina,
Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. Habita regiões campestres.
Etimologia: Refere-se ao aspecto resinoso da planta (do latim: illino = untar).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Curitiba, Pinhais, subarbusto 1 m, 31.I.1947, G.
Hatsbchbach 613 (CTES); in paludosis, 25.II.1904, P. Dusén 3.856 (R). Marmeleiro, arbusto
de 1,25 m, capítulos creme, brejo, 21.II.1971, G. Hatschbach 26.402 (HB). Piraquara, Col.
Santa Maria, brejo, subarbusto 60 cm, 26.IV.1974, G. Hatschbach 34.390 (CTES MBM).
Ponta Grossa, Rodovia do Café, Faz. Rivadávia, brejo, 2.X.1964, G. Hatschbach 11.626
(HBR). Rio Grande do Sul, Bom Jesus, Serra da Rocinha, in umidis saxosis, 3.II.1953,
B.Rambo SJ s.n. (PACA 53.872); in campestribus turfosis graminosis, 28.II.1946, B. Rambo
SJ s.n. (PACA 32.471). Cambará do Sul, Itaimbezinho, pântano, I.1976, S. Boechat s.n.
(ICN 41.960). Caxias do Sul, Vila Oliva, in campestribus dumetosis, 8.II.1955, B. Rambo SJ
232
s.n. (PACA). Nonoai, in campestribus dumetosis, III.1945, B. Rambo SJ s.n. (PACA 28.319).
Porto Alegre, Morro da Glória, 6.III.1933, B. Rambo 484 (HBR RB HAS). São Francisco
de Paula, Taimbézinho, in campestribus subhumidis, 14.IV.1952, B. Rambo SJ s.n. (PACA
52.220). Vacaria, Fazenda da Ronda, in saxosis graminosis, 13.I.1947, B. Rambo SJ s.n.
(PACA 35.081). s.l., s.d., B. Rambo SJ s.n. (PACA 31.671). Santa Catarina, Campo
Alegre, Serra do Quiriri, Rio dos Alemães, solo úmido, subarbusto 70 cm, capítulos
alvescentes, 1.300 m s.m., 14.I.1998, O. S. Ribas et al. 2.273 (FLOR); campo, arbusto 1m,
flor branca, 1.300 m s.m., 5.II.1958, R. Reitz et al. 6434 (FLOR); matinha nebular, 1.400 m
s.m., ereta até 50 cm, capítulo creme, 28.IV.2001, O. S. Ribas et al. 3.539 (CNPO).
4.4.24.3 Baccharis illinitoides Malag.
R. P. Malagarriga-Heras, Mem. Soc. Cienc. Nat. La Salle, 37, n. 107, p. 138, 1976.
Typus: PARAGUAI, “in altaplanitie et declivibus “Serra de Amambay”, T. Rojas & Hassler
10.392 (Holotypus P n.v.).
Referência: R. P. Malagarriga-Heras (op. cit. p. 138, 1976).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Mato Grosso do Sul) e Paraguai. Habita regiões
campestres.
Etimologia: Em relação à semelhança com Baccharis illinita DC.
Material estudado: BRASIL, Mato Grosso do Sul, ereta, 40 cm, depressão brejosa no
cerrado, 700 m s.m., ♂, 9.III.2004, G. Hatschbach et al. 76.927 (MBM).
4.4.24.4 Baccharis mesoneura DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 412, 1836.
Typus: BRASIL, São Paulo? s. leg. 501 (Holotypus G-DC n.v., Foto digitalizada do holótipo
G-DC! Isotypus R!).
Referência: A. P. de Candolle (op. cit. p. 412, 1836).
Iconografia: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 233, fig. 6, 1976); R. P.
Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Ci. Nat. La Salle 37, fig. 99, folhas, 1976).
233
Distribuição & Hábitat: Nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. Habita campos de altitude.
Etimologia: Refere-se à saliência da nervura principal.
Observações: Baccharis mesoneura não havia sido incluída em seção infragenérica até o
presente estudo. Esta espécie é relacionada a Baccharis illinita da qual separa-se pelo maior
porte e pelas folhas de textura cartácea (versus coriácea), pouco resinosas (versus
distintamente resinosas).
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, Itaimbezinho, Parque
Nacional dos Aparados da Serra, perto da sede, arbusto 1,5 m, 9.X.2003, A. S. de OliveiraDeble & L. P. Deble (HDCF 5.628). Canela, arbusto de 1-1,5 m, em vassoural nos arredores
da cidade, capítulos brancos, flores femininas, II.2006, M. Sobral et al. 4.946 (ICN). Santa
Catarina, Capinzal, campo, 7 km southeast of the Capinzal, 500 m s.m., 28.II.1957, L. B.
Smith et al. 11.946 (HBR).
4.4.24.5 Baccharis subopposita DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 413, 1836. Baccharis tridentata var. subopposita (DC.)
Cabrera, Fl. prov. Buenos Aires 6, p. 130, 1963.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow d1883 [978] (Lectotypus P n.v. Isolectotypus R!
G-DC n.v. Foto digitalizada do isolectótipo G-DC!).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. Ilust. Entre Rios, p. 275-277, 1974 [s. nom. B. tridentata var.
subopposita]).
Iconografia: A. L. Cabrera (op. cit. p. 275, fig. 153 a-b, 1974 [s. nom. B. tridentata var.
subopposita]).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul),
Uruguai e Argentina. Habita regiões campestres.
Etimologia: Em relação às folhas subopostas da espécie.
234
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, s.l., s.d., Sellow d1432 (R); Bagé,
Rincão do Inferno, 27.VII.2003, A. S. de Oliveira-Deble & L. P. Deble 4.136 (MBM).
Cachoeira do Sul, 1822. G. O. A. Malme 630 (R). Giruá, Granja Sodol, III.1964, K.
Hagelund 1.792 (CTES ICN). Santa Catarina, Sombrio, perto da cidade, no campo,
subarbusto de 50 cm, 19.X.1944, R. Reitz c802 (HBR RB).
4.4.24.6 Baccharis tridentata Vahl
M. Vahl, Symb. Bot. n. 3, p. 98, 1794.
Typus: URUGUAI, Montevidéu, Commerson s.n. (Holotypus C n.v. Isotypus P n.v. Foto
digitalizada do isótipo P! P-LAM n.v. Foto digitalizada do isótipo P-LAM!).
= Baccharis affinis DC. Prodr. 5, p. 413, 1836; Baccharis subopposita var. affinis (DC.)
Baker, Fl. Bras. 6, III, p. 91, 1882. Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sellow s.n. [969]
(Isolectotypus G-DC n.v. foto digitalizada do isolectótipo G-DC!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 112-113, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit. p. 237, foto 10, 1976).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do sul) e
Uruguai. Habita regiões campestres e beira de matas.
Etimologia: Alude ao ápice tridentado das folhas.
Material estudado: BRASIL – Rio Grande do Sul, Bagé, Casa de Pedra, sobre rochas no
topo do morro, 31.XI.1989, M. R. Ritter 492 (ICN). Caçapava do Sul, Guaritas, arbusto, B.
Irgang et al., 25.IX.1984 (ICN 92.574); beira da estrada, 5.IV.2003, L. P. Deble & A. S. de
Oliveira-Deble 4.135 (MBM); BR 392, arbusto 1-2 m, beira da mata, capítulos amarelados,
VIII.1987, M. Sobral et al. 5.706 (FLOR); Passo dos Marinheiros, campo pedregoso,
vassoural, arbusto 1,5 m, 10.X.1972, J. C. Lindeman et al. (CTES 42.897). Encruzilhada do
Sul, Quero-Quero, arbusto 2 m, beira de mata, 1.X.1984, M. Sobral et al. 3.039 (FLOR).
Pelotas, IAS, Horto Botânico, 22.VIII.1955, J. C. Saco 401 (HBR); 10.VIII.1954, C. Saco
156 (HB). Sapucaia do Sul, Morro Sapucaia, arbusto 2 m, 30.VIII.1986, I. Fernandes 188
(GUA). São Leopoldo, VII.1941, J. Eugênio s.n. (R 154.380); montem Sapucaia, in
rupestribus dumetosis, 5.IX.1948, B. Rambo 37.513 a e b (HBR).
235
4.4.25 Seção Trinervatae DC.
Emend. J. Cuatrecasas, Prodr. 5, p. 399, 1836; Revista Acad. Colomb. Ci. Exact. 13, p. 88,
1967.
Lectotypus: Baccharis trinervis Pers.; designado por J. Cuatrecasas (Revista Acad. Coloma.
Ci. Exact. 13, p. 88, 1967).
= Seção Paniculatae Heering Subseção I, Jahrb. Hamburg. Wiss. Anst. Beih. 21, p. 20, 1904.
Plantas dióicas, normalmente escandentes. Folhas pecioladas, 3-5-nervadas, concolores ou
discolores, inteiras, tomentosas ou hirsutas. Indumento constituído de tricomas flageliformes
e glandulares em tufos. Capitulescências pedunculadas dispostas em em ramos corimbiformes
compostos agrupados em capitulescências corimbóides (Fig. 4 D). Capítulos femininos
campanulados, multifloros (30-80 flores); receptáculo paleáceo; páleas lanceoladas,
facilmente caducas; flores femininas com corola filiforme de ápice truncado ou
irregularmente lobado; pappus das flores femininas unisseriado, acrescente, persistente,
cerdas unidas parcialmente em anel basal; aquênios pubescentes com longos tricomas
geminados, de epiderme lisa e 5-costados. Capítulos masculinos campanulados, multifloros
(40 flores); flores masculinas de corola tubulosa, 5-lobada no ápice; rudimento do estigma
com ramas lanceoladas e separadas (Fig. 7 B); pappus das flores masculinas espessadas no
ápice.
Comentários: Separa-se das demais seções que apresentam rudimento do estigma com ramas
lanceoladas e flores femininas de ápice truncado, com pappus unisseriado e persistente,
principalmente pelo invólucro feminino provido de páleas.
Distribuição geográfica: Oito espécies que ocorrem desde o centro do México, América
Central até o norte da Argentina (Müller, 2006). No Brasil estão representadas 3 entidades
taxonômicas, de ampla distribuição geográfica.
4.4.25.1 Baccharis quitensis Kunth in H. B. K.
F. W. H. A. von Humboldt, A. J. A. Bonpland & K. S, Kunth, Nov. Gen. Et sp., 4, f o. 57,
1818.
Typus: ECUADOR, Pichincha, “in alta planitie Quitensi ad radices montis ignivomi RucuPichincha, alt. 1.500 hex.”♀, Humboldt & Bonpland s.n. (Holotypus P-HBK n.v. Foto
digitalizada do holótipo P-HBK!).
236
= Baccharis flexuosa Baker, Fl. Bras. v. 6, n. III, 1882; Pingraea flexuosa (Baker) F. H.
Hellwig, Candollea 48, p. 217, 1993. Typus: BRASIL, Minas Gerais, Lagoa Santa, ♀,
Warming s.n. (Holotypus K-67796, Foto digitalizada do holótipo K!).
Referência: J. Müller (Syst. Bot. Monog. v. 76, p. 175-176, 2006).
Iconografia: J. Müller (op. cit. p. 177, fig. 64 a-v, 2006).
Distribuição e Hábitat: No Brasil (São Paulo e Minas Gerais), Argentina, Bolívia, Peru e
Ecuador. Habita orla de matas de altitude.
Etimologia: Em relação ao local de coleta da espécie-tipo.
Material estudado: BRASIL – São Paulo, Cajuru, Fazenda Santana, área 2, dossel aberto,
flores esverdeadas, ápice esbranquiçado, ♀, 10.II.1999, S. A. Nicolau et al. 1.780 (SP).
4.4.25.2 Baccharis rhexioides Kunth
Kunth, Nov. Gen. Sp. v, 4, p. 66, 1820. Molina rhexioides (Kunth) Lessing, Linnaea 6, p. 406,
1831;Pseudobaccharis rhexioides (Kunth) V. M. Badillo, Bol. Soc. Venez. Ci. Nat. 10, p.
306, 1946. B. trinervis Pers. var. rhexioides (Kunth) Baker, Fl. Bras. 6, III, p. 73, 1882;
Typus: PERU, “Juxta Montan, alt. 1.400 hex”, ♀, Humboldt & Bonpland 386 (Foto F
15051!).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. de La Província de Jujuy, Tomo XIII, parte X, p. 229-231,
1978); D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 54, 2000).
Iconografia: J. Cuatrecasas (Rev. Acad. Colomb. Ci. Exact. 13, v. 49, n. 45, fig. 9b, 1967 [s.
nom. B. trinervis var. rhexioides]); A. L. Cabrera (op. cit. p. 230, fig. 98 a-h, 1978).
Distribuição & Hábitat: América do sul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Venezuela,
Colômbia, Peru). Habita orla de matas.
Material estudado: BRASIL – Rio de Janeiro, Corcovado, à Paineiras, s.d., Glaziou 553
(R).
237
4.4.25.3 Baccharis trinervis Pers.
C. H. Persoon, Syn. Plant. 2, p. 423, 1807. Bas.: Conyza trinervis Lam. Encycl. 2, p. 85, 1786
(nom C. trinervia Miller (1768); Pseudobaccharis trinervis (Lam.) V. M. Badillo, Bol. Soc.
Ven. Ci. Nat, 10, p. 306, 1946; Psila trinervis (Lam.) Cabrera, Bol. Soc. Arg. Bot. 5, p. 211,
1955.
Typus: BRASIL, Commerson s.n. (Holotypus P n.v., Isotypus G-DC n.v., Foto digitalizada
do isótipo G-DC!).
= Baccharis laxa Gardner, Lond. Journ. Bot., 4, p.121, 1845; Typus: BRASIL, Rio de Janeiro,
Serra dos Órgãos, Gardner 497 (Holotypus K n.v. Isotypus NY n.v. Foto digitalizada do
isótipo NY!).
Referência: A. L. Cabrera (Fl. de La Província de Jujuy, Tomo XIII, parte X, p. 228-229,
1978); D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 65, 2000).
Iconografia: J. Cuatrecasas (Rev. Acad. Colomb. Ci. Ex. 13, v. 49, p. 52, fig 10, 1967); A. L.
Cabrera (op. cit. p. 230, fig. 98 i, 1978).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul), Paraguai, Uruguai, Argentina e Bolívia. Habita matas de
altitude.
Etimologia: Refere-se às folhas trinervadas.
Observações: A estampa n. 237, p. 1.006, da “Flora Catarinense” (G. M. Barroso & O.
Bueno, 2002) corresponde à estampa 29 de Baccharis triplinervis Baker (= Baccharis
trineura Soria & Zardini).
Material estudado: BRASIL – Paraná, Curitiba, Jardim Botânico, arbusto 1.4 m, clareira
de capão, 13.III.1992, C. B. Poliquesi 102 (FLOR). Rio Grande do Sul, Alegrete,
continuação da estrada Alegrete Cerro do Tigre, após Cerro do Tigre, em direção ao rio
Ibicuí, 11.II.1990, D. Falkenberg & M. Sobral 5225 (ICN). Marcelino Ramos, Mata do
Sétimo Céu, arbusto, borda da mata, 4.VIII.1986, J. A. Jarenkow 420 (FLOR ICN). Osório,
Bocó dos Faria, 8.V.1950, B. Rambo 47.019 (CTES). São Leopoldo, 9.VII.1935, B. Rambo
et al. 1.973 (HBR). Santa Catarina, Celso Ramos, pinheiral, 650 m s.m., 1.III.1957, L. B.
238
Smith et al. 12.001 (HBR). Palhoça, Morro Cambirela, liana, flor creme, 18.V.1971, R. M.
Klein et al. 9.401 (FLOR HBR RB). Papanduva, Serra do Espigão, 1.000 m s.m.,
20.IV.1941, R. Reitz et al. 12.692 (HBR). Penha, estrada para praia vermelha, beira de mata
atlântica de encosta, liana, 23.VI.1986, D. Falkenberg 2.513 (FLOR).
4.5 Espécies não incluídas em seções infragenéricas
4.5.1 Baccharis aphylla (Vell.) DC.
Prodr. 5, p. 424, 1836. Bas.: Chrysocoma aphylla Vellozo, Fl. Flum. 324, 1831.
Typus: BRASIL, material tipo desconhecido, (Lectotypus designado por Müller, 2006, táb. 1
in Vellozo, Fl. Flum. icon. 8, 1831).
= Baccharis nuda (Vell.) DC., Prod. 5, p. 424, 1836. Bas.: Chrysocoma nuda Vellozo, Fl.
Flum., icon. 8, tab. 50, 1831. Typus: BRASIL, material tipo desconhecido (Lectotypus,
designado por J. Muller: tab. 50 in Vellozo, Fl. flum. icon. 8, 1831).
Referência: J. Müller (Syst. Bot. Monog. v. 76, p. 245-248, 2006).
Iconografia: Vellozo (Fl. Flum. p. 50, tab. 1, 1831); Baker (Fl. Bras. tab. 18, 1882); Müller
(op. cit. p. 246, fig. 96 a-n, 2006); R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Cien. Nat. La Salle,
Fig. 359, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: No Brasil (Minas Gerais, São Paulo e Paraná) e Bolívia. Habita
campos de altitude.
Etimologia: Refere-se a espécie ser desprovida de folhas.
Comentários: Baker (1882) propôs a série Aphyllae para incluir Baccharis aphylla e mais
três espécies: B. gracilis DC., B. multisulcata Baker e B. polygona Baker. Não foi possível
consultar material das duas primeiras espécies; no tocante a Baccharis polygona, trata-se, de
um possível sinônimo de Baccharis genistifolia DC.
Observação: Baccharis aphylla e B. genistifolia [= série Aphyllae] relacionam-se a seção
Caulopterae, pois compartilham características morfológicas como a ausência de folhas, o
receptáculo glandular, a corola feminina de ápice breve ligulado e o pappus unisseriado e
239
persistente. Estas duas espécies diferem, todavia, da referida seção, pelos caules não alados e
os aquênios desprovidos de papilas.
Material selecionado: BRASIL – Paraná, Ponta Grossa, 30.XII.1903, P. Dusén 2.644 (R).
Quatro Barras, campo limpo, capítulos creme ♂, 22.X.1961, G. Hatschbach 8.352 (RB
HBR). São Paulo, Bosque da Saúde, planta campestre, ♂, 1.XI.1943, O. Handro s.n. (SP
49.472); 3 km ao sul de Pilar do Sul, no cerrado degradado, subarbusto com cerca de 40 cm
de altura, inflorescência esbranquiçada, ♀, VI.1967, J. Mattos 14.096 (SP).
4.5.2 Baccharis ciliata Gardner
G. Gardner, Lond. Journ. Bot., n. 4, p. 122.
Typus: BRASIL, Rio de Janeiro, Serra dos Órgãos, Gardner 5.783 (Holotypus K n.v.
Isotypus NY, foto digitalizada do isótipo NY!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 97, 1976).
Iconografia: R. P. Malagarriga-Heras (Mem. Soc. Cien. Nat. La Salle, fig. 120, folhas, 1976).
Distribuição & Hábitat: Ocorre no Rio de Janeiro (Serra dos Órgãos). Habita altitudes acima
de 2.000 metros.
Etimologia: Em relação às folhas com o bordo ciliado.
Observação: Esta espécie possivelmente apresenta relação com a seção Molinae, tendo em
vista, as flores femininas de ápice truncado, provida de pappus unisseriado e persistente; os
capitulos, todavia, estão reunidos em corimbos terminais simples e as folhas são uninérvias.
Material selecionado: BRASIL – Rio de Janeiro, Serra dos Órgãos, 12.II.1952, Vidal II 553
(R, RB).
4.5.3 Baccharis deblei An. S. de Oliveira & Marchiori
A. S. de Oliveira-Deble & J. N. C. Marchiori, Balduinia, n. 3, p. 1, 2005.
240
Typus: BRASIL, Santa Catarina, Bom Jardim da Serra, Serra do Rio do Rastro, em turfeira,
subarbusto ramoso de 60 cm, flores brancas, L. P. Deble, An. S. de Oliveira, & Marchiori,
5.XI.2004, Holotypus MBM! Isotypi PACA! SI! CTES!
Referência: A. S de Oliveira & J. N. C. Marchiori (Balduinia n. 3, p. 1-4, 2005).
Iconografia: A. S de Oliveira & J. N. C. Marchiori (op. cit. p. 3, fig. 1 a-f, 2005).
Distribuição & Hábitat: No Brasil ocorre nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. Espécie rara, habita campos turfosos dos Aparados da Serra Geral, em altitudes
superiores a 900 m. Floresce e frutifica de novembro a março.
Etimologia: Em homenagem ao botânico coletor da espécie Leonardo Paz Deble (1980).
Comentários: Baccharis deblei A. S. de Oliveira & Marchiori, apresenta flores femininas
com corola truncada ou breve ligulada e o rudimento do estigma das flores masculinas
apresenta ramas breves e separadas, essas características morfológicas sugerem uma possível
relação com a seção Angustifoliae Baker.
Material selecionado: BRASIL - Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, Serra da Pedra p.
Cambará, fl. fem., in sphagneto, II.1948, B. Rambo s.n. (PACA 36.356). São José dos
Ausentes, Serra da Rocinha, in paludoso, campo, 1.000 m, 19.I.1959, A. Sehnem s.n.
(PACA); ibidem, in paludosis turfosis, fl. masc., 14.I.1942, B. Rambo s. n. (PACA); ibidem,
in sphagneto paludoso, fl. masc., 14.II.1947, B. Rambo s.n. (PACA); ibidem, in sphagneto, fl.
fem., 18.I.1950, B. Rambo s.n. (PACA); ibidem, Serra da Rocinha p. Bom Jesus, in
sphagneto, fl. masc., 18.I.1950, B. Rambo s.n (PACA). Santa Catarina, Bom Jardim da
Serra, source of rio Capivaras, Serra do Oratório, 10 km east of Bom Jardim da Serra
(Cambajuva), bog 1.200 m, 16.I.1957, L. B. Smith et al. 10.126 (HBR RB); ibidem, turbera
de Sphagnum, cerca de 1.400 m, em paisaje de bosques de araucaria y campos, 28.I.1971, Ah.
& Esk s.n. (SI). Bom Retiro, Campo dos Padres, bog, 25.0I.1957, L. B. Smith et al. s.n.
10.455 (HBR); ibidem, Fazenda Santo Antônio, bog and pasture, 1.650 m, 23.I.1957, L. B.
Smith et al. 10.328 (HBR), ibidem, in sphagneto, 23.I.1957, B. Rambo s. n. (PACA).
Urubici, Morro da Igreja, topo do morro, 10.III.2005, G. Hatschbach 78.997 et al. (MBM);
ibidem, no alto, subarbusto de 50 cm, capítulos creme, borda dos peraus, 1.800 m, 16.II.1995,
241
G. Hatschbach 61.673 et al. (MBM); ibidem, Morro da Igreja, salto do rio Avencal,
subarbusto, capítulos creme, alto do morro em campo úmido de altitude, 14.XII.2004, E
Barbosa et al. 996 (MBM).
4.5.4 Baccharis elliptica Gardner
G. Gardner, London J. Bot. 7, p. 83, 1848.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Diamantina, Gardner 4.908 (Holotypus K n.v. Isotypus R!)
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 93, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 232, foto 5, 1976).
Distribuição & Hábitat: No Brasil, coletado apenas no estado de Minas Gerais. Habita no
Cerrado.
Etimologia: Em relação às folhas elípticas.
Comentários: Baccharis elliptica parece não apresentar relação com nenhuma espécie do
gênero; sugere-se estudos posteriores, para uma melhor definição da posição do referido
táxon.
Material selecionado: BRASIL – Minas Gerais, Diamantina, 20 km, na estrada para
conselheiro da mata, 17.V.1977, P. B. Gibbs et al. (MBM). Ouro Preto, Serra das
Canarinhas, freqüente, 24.V.1979, L. Mantone 803 et al. (RB).
4.5.5 Baccharis genistifolia DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 423, 1836.
Typus: BRASIL, Rio Grande do Sul, s.l., s.d. 835 (Holotypus P n.v. foto digitalizada do
holótipo P! Isotypus R!).
Referência: Ariza Espinar E. (Bol. Acad. Nac. Cienc. Cordoba, v. 50, n. 1-4, p. 263-264,
1973); D. A. Giuliano (In: Hunziker, A. T. Flora Fanerogámica Argentina, v. 66, p. 33, 2000).
Iconografia: Troiani (Revista Fac. Agron. Univ. Nac. La Pampa 1 (1-2), p. 52, fig. 7, 1985).
242
Distribuição & Hábitat: Na metade sul do Uruguai e Argentina. Sua presença no Brasil é
duvidosa, havendo apenas a coleta do material-tipo.
Comentários: Sobre a posição infragenérica de Baccharis genistifolia ver Observação e
Comentários, constantes em B. aphylla.
Material estudado: BRASIL, Rio Grande do Sul, s. d., s.l. 835 (R 153.024).
4.5.6 Baccharis pohlii (Baker) Deble & An. S. de Oliveira, comb. nov.
Bas.: Aster pohlii Baker, in Martius, Fl. Bras. 6, III, p. 23, 1882.
Typus: BRASIL, Brasilia centralis, Pohl 660. Holotypus W n.v.
= Baccharidiopsis pohlii (Baker) G. M. Barroso, Rodriguésia 76, n. 40, p. 26, 1976
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia v. 28, n. 40, p. 26-28, 1976).
Iconografia: G. M. Barroso (op. cit., p. 228, fig. 1, 1976).
Distribuição & Hábitat: No Brasil, ocorre no estado de Minas Gerais. Habita regiões
campestres.
Comentários: Baccharis pohlii possivelmente pertence a seção Aristidentes; não foi possível,
entretanto, consultar material suficiente para estabelecer com maior clareza sua posição
infragenérica.
Material selecionado: BRASIL – Minas Gerais, Belo Horizonte, Serra do Curral, campo
cerrado, brotação e floração após queimada, IX.1955, Roth 1.623 (RB)
4.5.7 Baccharis trineura Soria & Zardini
Soria & Zardini, Candollea, Genève, v. 56, n. 1, p. 116, 2001. Nome substituído: B.
triplinervis (Spreng.) Baker [nom. illeg.] non Persoon; Polypappus trinplinervis Lessing, Syn.
Comp. P. 204, 1826;Vernonia triplinervis Spreng., Syst. 3, p. 435, 1826.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Mariana, Sellow 816 (Holotypus K n.v. Foto F!).
Referência: G. M. Barroso (Rodriguésia 76, n. 40, p. 90, 1976).
243
Iconografia: J. Baker (Fl. Bras. 6, III, tab. 29, 1882).
Distribuição & Hábitat: Registrada apenas para o estado de São Paulo e Minas Gerais.
Habita regiões campestres.
Comentários: Não apresenta relação com nenhuma outra espécie brasileira do gênero.
Material selecionado: BRASIL – São Paulo, São Paulo, Taipas, VII.1913, Brade 6.667
(SP); Campos do Jordão, próximo ao camping Cbb, no campo, 70 cm, 9.IX.1989, R. Simão &
Bianchini 151 (SPF).
4.6 Espécies não examinadas
4.6.1 Baccharis bifrons Baker
J. Baker, Fl. Bras. 6, III, p. 54, 1882.
Typus: BRASIL, sem local, Martius (Holotypus n.v.).
4.6.2 Baccharis cinerea DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 400, 1836.
Typus: BRASIL, Piauhy, Goyaz & c., Gardner 1.726 (Holotypus BR n.v. Foto F 20674!).
4.6.3 Baccharis gracilis DC.
A. P. de Candolle, Prodr. 5, p. 423, 1836
Typus: BRASIL, São Paulo, Sellow 516 (Holotypus P n.v. Foto digitalizada do holótipo P!).
.
4.6.4 Baccharis inamoena Gardner
G. Gardner, L. Jorn. Bot., n. 7, p. 81, 1848.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, em campo, próximo ao Morro Velho, IX.1848, Gardner s.n.
4.6.5 Baccharis multisulcata Baker
J. Baker; Fl. Bras. 6, III, p.45, 1882.
Typus: BRASIL, Minas Gerais, Lagoa Santa, Warming 151 (Holotypus n.v. Foto F 22.489!).
4.6.6 B. rotundifolia f. subcuneata Malme
244
G. O. A. Malme, Kongl. Svenska Vetensk. Acad. Handl. (ser. 3), 12, 2, p. 81. 1933;
Baccharis sessiliflora var. subcuneata (Malme) Malag., Mem. Soc. Cien. Nat. La Salle, 37, n.
107, p. 168, 1976.
Typus: BRASIL, Paraná, Turma 13, 13.IV.1909, ♀ e ♂, Dusén 7.985 (Holotypus S n.v.)
4.6.7 Baccharis salicifolia (Ruiz & Pav.) Pers.
Persoon, Syn. Pl. 2, p. 425, 1807. Bas.: Molina salicifolia Ruiz & Pavón, Syst. Veg. Fl. Peruv.
210, 1798; Pingraea salicifolia (Ruiz & Pav.) F. H. Hellwig, Candollea n. 48, p. 218, 1993.
Typus: PERU, Huánuco, copiosè ad Pillao et Acomayo tractus, ♀ (Lectotypus MA n.v.).
Observações: Espécie citada para o Brasil por J. Muller, 2006, durante a revisão de herbários
não foi encontrado material que possa ser atribuído a essa espécie.
245
5 CONCLUSÕES
1.
São presentemente reconhecidas 162 espécies de Baccharis para o Brasil, distribuídas
em 25 seções naturais.
2.
São descritas cinco novas seções (Dubiae, Ferruginescentes, Myricifoliae, Organensis,
Retusae) e propostas três combinações e status novos: Axillaris, Heterothalamulopsis e
Heterothalamus.
3.
A serie Hirsutae Giuliano é interpretada como sinônimo da serie Nitidae.
4.
São descritas 5 espécies novas: Baccharis crassipappa (seção Myriciifoliae), B.
inexspectata e B. nassauvioides (seção Axillaris), B. multipaniculata e B. suberectifolia
(seção Tarchonantoides).
5.
Nove espécies são reabilitadas: Baccharis bahiensis, B. halimimorpha, B. heeringiana
Malag, B. maritima, B. perlata, B. psamophilla, B. weirii, B. vauthieri e B. venulosa.
6.
Seis espécies são sinonimizadas: B. pseudobrevifolia, B. coriacea., B. macroptera, B.
varians, B. arctostaphyloides, B. megapotamica var. weirii.
7.
Baccharis illinitoides e B. orbygniana são presentemente reconhecidas para a flora do
Brasil.
8.
A análise do pólen de Baccharis aliena, B. hyemalis e B. psiadioides (seção
Heterothalamus), B. glutinosa (seção Molinae), B. leucocephala (seção Canescentes), B.
oblongifolia (seção Oblongifoliae), B. riograndensis (seção Caulopterae) e B. wagenitzii
(seção Heterothalamulopsis), que as mesmas possuem características muito parecidas entre si
e já mencionadas para a tribo Astereae, não sendo possível separá-las com base nos atributos
palinológicos.
9.
A anatomia da madeira demonstrou grande semelhança estrutural nas nove espécies
estudadas (Baccharis aliena, B. hyemalis e B. psiadioides [seção Heterothalamus], B.
dracunculifolia DC. [seção Racemosae], B. longiattenuata [seção Nitidae], B. milleflora
[seção Caulopterae], B. patens [seção Canescentes], B. tridentata [seção Tridentatae], B.
wagenitzii [seção Heterothalamulopsis], fato que pode ser atribuído tanto ao elevado grau
evolutivo do xilema, traço marcante na tribo Astereae e família Asteraceae, como à
especialização acelerada, de valor adaptativo à xeromorfia. Os caracteres diferenciais entre
estas espécies não contestam a homogeneidade estrutural das mesmas.
10.
As espécies de Baccharis foram divididas em 25 seções naturais, com base em
características florais, disposição de capítulos, presença ou não de páleas no receptáculo,
246
indumento, número de flores, forma do rudimento do estigma de flores masculinas, ápice das
corolas femininas, forma e pilosidade do aquênio, e nervação das folhas.
11.
A seção Axillaris, com 25 espécies, é a mais representativa, seguida por Caulopterae
(23 spp.), Cylindricae (16 spp.), Retusae (13), Oblongifoliae (9 spp.), Nitidae e Canescentes
(8 spp.), Racemosae, Tarchonantoides, Tridentata (6 spp.), Molinae (5 spp.), Canescentes e
Baccharidastrum (4 spp.), Baccharis, Heterothalamus e Trinervatae (3 spp.), Angustifoliae,
Aristidentes, Dubiae, Ferruginescentes, Myriciifoliae, Organensis, (2 spp.), Agglomeratae,
Heterothalamulopsis, Curitybensis e Scandentes (1 sp.).
12.
A série Axillaris teve seu status elevado, por reunir espécies que apresentam
capitulescência formando pseudoespigas terminais, pela forma das corolas femininas
engrossadas na base e pelo pappus não acrescente e caduco.
13.
A seção Dubia foi descrita para abrigar duas espécies (Baccharis dubia e B.
macrophylla) muito características, que não podem ser incluídas nas demais seções por terem
flores femininas breve-liguladas, com 1-2 lóbulos frontais, pela capitulescência em corimbos
terminais, pelos ramos e brácteas involucrais externas providas de tricomas longos e
filiformes, e pelos aquênios angulosos, providos de papilas e longos tricomas geminados.
14.
A seção Ferruginescentes reúne duas espécies de hábito arbustivo, ferrugíneo-
tomentosas
(Baccharis
lychonophora
e
B.
tarchonantoides),
de
capitulescências
pedunculadas, dispostas em ramos corimbiformes formando panículas terminais, indumento
constituído de tricomas filiformes com célula terminal alongada e folhas pecioladas de mais
de 5 cm de comprimento por 0,8 cm de largura.
15.
A seção Heterothalamulopsis compreende uma única espécie (Baccharis wagenitzii),
que demonstra relação com as espécies da seção Heterothalamus; todavia, esta espécie
apresenta capitulescência em glomérulos terminais, capítulos masculinos homógamos e
pappus das flores masculinas com ápice dilatado.
16.
A seção Heterothalamus reúne 3 espécies (Baccharis aliena, B. hyemalis e B.
psiadioides), que apresentam capitulescência em corimbos terminais, capítulos masculinos
com uma fileira de flores marginais neutras liguladas e pappus das flores masculinas não
espessado.
17.
A seção Myriciifoliae inclui duas espécies (Baccharis crassipappa e B. myriciifolia),
que apresentam capítulescências pedunculadas, dispostas em racemos axilares, além de
pappus das flores femininas com cerdas engrossadas, persistentes e estigma de igual
comprimento ou breve-exserto ao tubo da corola.
247
18.
A seção Organensis compreende duas espécies (Baccharis organensis e B.
paranaensis) que apresentam capitulescências sésseis ou brevemente pediceladas, dispostas
em espigas curtas terminais, além de caules não alados, em folhas pecioladas ovadas até
oblongas, trinervadas e glabras.
19.
A seção Retusae reúne espécies brasileiras (Baccharis halimimorpha, B. intermixta, B.
itatiaeae, B. oreophila, B. pentiziifolia, B. pseudomyriocephala, B. ramosissima, B.
reticularia, B. retusa, B. salzmanii, B. schultzii, Baccharis sp. e Baccharis trilobata) que
apresentam capitulescência dimorfa, disposta na axila das folhas superiores, compondo
glomérulos folhosos terminais nas plantas femininas e axilares nas plantas masculinas, além
do pappus unisseriado não acrescente.
20.
Sete espécies não foram inseridas em seção, dado suas características morfológicas
peculiares: Baccharis aphylla, B. ciliata, B. deblei, B. genistifolia, B. elliptica, B. pohlii e B.
trineura.
21.
Seis espécies e uma forma não foram examinadas: Baccharis bifrons Baker, B. cinerea
DC. e B. inamoena Gardner (seção Trinervatae), B. gracilis, B. multisulcata (ser. Aphyllae
sensu Baker), B. sessiliflora f. subcuneata(seção Cylindricae) e B. salicifolia (seção Molinae).
248
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